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A Carta 15 é, além de tudo, uma carta muito forte. Antes de concluir as definições
em leituras, devemos entender um pouco sobre as características do animal, e
depois, correlacioná-lo com o mundo cartomântico, para associá-lo com o extremo
da lógica. Então, convido-os a embarcar comigo nesse universo de simbologias para
a continuação do Blogagem Coletiva.
Características Básicas:
O urso é um animal mamífero e se caracteriza por ter um corpo bem pesado. Além
disso, ele tem a cauda curta, e geralmente, suas orelhas são pequenas e
arredondadas. Eles são plantígrados, ou seja, ao caminhar, a planta e o calcanhar
tocam o solo, assim como nós seres humanos. Há quem associe o urso como
carnívoro, mas esse conceito se perde, quando consideramos as diversas espécies de
urso que existem no mundo. Os ursos têm caráter solitário, e os seus laços
familiares são mais fortes entre a mãe e os seus filhotes. No finalzinho do verão, os
ursos comem mais do que o normal, pois precisam hibernar no inverno, já que
nessa época não encontram os alimentos que fazem parte de sua “nutrição”.
Considerações sobre
Conceito cartomântico
Essa carta fala basicamente de EXCESSOS! Proteção, ciúmes, zelo e até inveja.
Tudo aquilo que não é pouco, e ainda vem demais. E, por ser demais, machuca,
prende e fere. Intencionalmente ou não, inclusive. Nessa carta, vemos a mãe, o pai,
o marido, o irmão ou qualquer outra pessoa deliberadamente EXCESSIVA em
proteger e ter pra si. Podemos ver isso claramente na Mãe Urso, que não desgruda
dos filhotes, e ainda adota filhotes órfãos. Pode também representar uma pessoa,
geralmente um homem forte, talvez moreninho, parrudo (como dizemos aqui em
Salvador), ou seja, esse homem pode lembrar as características de um urso. Mas,
pode ser uma mulher também, que lembre um urso devido as suas características
físicas. Vale ressaltar que, associar as cartas a pessoas é uma das muitas
possibilidades de interpretação, e cabe a cada cartomante definir a melhor forma
que se adeque ao seu modo particular de leitura. O grande pulo do gato é, analisar o
contexto da situação versus as cartas vizinhas.
Relações espirituais:
Por representar proteção, zelo e cuidados ao extremo, que chega a ser prejudicial,
essa carta pode estar representando uma Obsessão espiritual. Claro que, antes de
entrar nesta seara, devemos procurar conscientizar o consulente dos problemas
reais (visíveis) que podem existir, ao passo de que, muitos consulentes são
tendenciados a achar que todo problema é espiritual. Penso que nosso papel
enquanto cartomante é, além de tudo, orientar. Entretanto, não podemos
desconsiderar que obsessão espiritual existe. Nessa ótica, temos o Urso na figura do
espírito obsessor, que quer proteger, cuidar, amar, mas, por estar em outro plano e
por não ter elevação suficiente, suga, desanima e rouba forças, sem nenhuma
intenção. Se bem que, tudo isso pode ser muito bem representado também, pelo
Rato (23). Mas, nosso bicho aqui é outro (risos). Para os espíritas, o espírito
obsessor. Para os umbandistas e candomblecistas, o Egum. Temos que ter muito
cuidado ao “diagnosticar” essa obsessão, analisando o contexto da história e as
combinações. Falo com conhecimento de causa, devido ao meu histórico familiar,
onde o meu pai, que é falecido há 14 anos, sempre aparece nos jogos, associado ao
urso. Nesse contexto, o urso representa a obsessão que ele tem em cuidar de nós,
mesmo estando em outro plano. Desse modo, não é que o Urso seja a
personificação do Egum, mas representa a Obsessão deste, ok?
Temos em nosso oráculo de estudo, três cartas que causam apreensão quando
aparecem. Nesse quesito, não existe meio termo, ou é, ou não é. Por isso, vamos
explorar um pouco desses animais, diferenciando sua forma de ataque/defesa.
O Urso age pelo instinto. Ele não escolhe vítimas! Ele sente uma necessidade, e só
atacará aquele que quiser impedi-lo. Ele não ver cara nem cor de cabelo. Ataque
garantido. O interesse do urso não é movido a vaidades, a sentido de traição vulgar
ou qualquer tipo de desmande. Ele só ataca por necessidade, quando ela surge ou,
para se defender ou defender as suas crias.
A raposa é astuciosa. Extremamente interesseira, ela escolhe muito bem a quem
atingir. Sorrateira, esguia e muito inteligente, ela planta com vontade de colher.
Movida única e exclusivamente pelos seus interesses, que podem ser caprichos,
uma raposa faz qualquer coisa para conseguir o que quer. Dissimula, finge, chora,
ri. A raposa é um mixto de falsidade movida a ambição. Se ela não vê uma
oportunidade, pra ela não interessa. Então, o ataque dela é certo, só no que ela vê
como oportunidade. Se não é o caso, passe despreocupado por ela, mas nunca
esqueça: Um olho aberto, e o outro arregalado. Não se pode confiar em raposas.
A cobra, diferentemente do Urso e da Raposa, sempre vai dar botes, para isso, ela
só precisa estar perto. Ela sempre vai ser um risco eminente, sem escolhas. Não
interessa quem você é, e o que foi fazer, mas se estiver perto de uma cobra, ela vai
dá o bote. Por isso, ela é a caracterização mais comum da falsidade, ou seja, ela
precisa estar próxima para ferir.
“O urso sempre age por INSTINTO, ele representa o instinto maternal (e muito
protetor), o instinto de defesa (quando se está triste, sem forças, desanimado e
precisa se recolher num período difícil, vejo o luto aqui), é o instinto sexual entre
um casal que tem química e é o instinto de sobrevivência (falsidade, inveja, ciúme,
agressividade, ego, paixões enlouquecidas...). O urso ainda não se lapidou, ele age
por puro instinto” (Tânia Durão)
“Vejo como uma proteção exagerada, egoísta que sufoca o outro com ciúme e
excesso de cuidados” (Souzza Máarcia)
“Portanto, quando ver o Urso em uma jogada, lembre-se que seus influxos podem
ser evitados. Não entre em seu território. Não invada seu espaço. Não altere sua
rotina” (Emanuel J Santos)