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PREZADO ALUNO:

Bem-vindo ao conteúdo da disciplina Didática Geral. Nesta modalidade de


ensino, pretende-se que você aprenda o teor desta disciplina com autonomia,
ou seja, você deve estudar o material contido nesta apostila e direcionar os
encontros presenciais com o professor para, prioritariamente, solucionar
eventuais dúvidas que venham a surgir.

Ocorrerão, para auxiliá-lo em seus estudos, 8 (oito) encontros presenciais com


um professor em datas que serão agendadas pelo Coordenador Auxiliar do
curso, no âmbito do campus onde você estuda.

Como já foi mencionado acima, esses encontros têm por objetivo prioritário
esclarecer suas dúvidas com relação aos conteúdos apresentados na apostila,
no entanto, será também neste contexto que você receberá detalhes de
orientação para a realização das atividades solicitadas na disciplina que
servirão como objeto de avaliação semestral.

Para que você tenha um bom desempenho nesta modalidade de ensino, é


necessário que haja de sua parte uma importante cooperação, no sentido do
comprometimento para a realização das atividades propostas. Sendo assim,
organize-se para dedicar algumas horas de sua semana para cumprir as
tarefas de forma adequada.

O conteúdo da Apostila apresenta uma síntese do assunto tratado para que


você tenha uma boa referência do ensino enfatizado na disciplina. Entretanto,
esta síntese pode ser enriquecida com a leitura da bibliografia indicada, pois
ela poderá, eventualmente, ajudá-lo na compreensão do assunto e facilitar sua
atuação nas avaliações previstas.

Ao final desta apostila você encontrará exercícios de fixação imprescindíveis


para que seu aprendizado ocorra de forma mais significativa na sua vida
acadêmica. Os exercícios deverão ser realizados conforme orientação do
professor nos encontros presenciais, ao qual ressaltamos que a cada encontro
você deverá previamente ter lido e resolvido os exercícos para que assim
aproveite na sua plenitude, ou seja, esclareça suas dúvidas, questione,
participe, enfim dedique-se, empenhe-se.

Bom estudo!

INTRODUÇÃO

1. Introdução

A didática é uma disciplina que se preocupa com o processo de ensino e


aprendizagem. Estudar didática, por sua vez, significa ir além do acúmulo de
conhecimento sobre técnicas que ajudam a desenvolver o processo. Significa,
antes de tudo, desenvolver a capacidade de questionamento e de
experimentação sobre esses procedimentos, aprender a refletir ao escolher
entre as diversas alternativas de desenvolvimento da atividade docente.

É muito importante que você, futuro professor, tenha uma visão ampla e
profunda do contexto em que se desenvolverá sua atividade profissional, ou
seja, da escola e, principalmente, da sala de aula.

De início, serão apresentados aspectos conceituais básicos, quando você


aprenderá a diferenciar termos como: educação, ensino, aprendizagem,
didática, pedagogia e filosofia, termos que se entrelaçam por possuírem, em
alguns casos, ligações até profundas entre si, mas que apresentam
significados diferentes.

Em seguida, será enfocada a importância da didática na formação profissional


do professor, ou seja, na sua formação. Entre outros aspectos de interesse,
será dada ênfase ao esclarecimento do compromisso social e ético que a
profissão exige, o futuro papel que você deverá desempenhar na sociedade e
no processo de ensino – aprendizagem de seus futuros alunos.

Na sequência, será apresentada uma visão geral sobre o contexto da


instituição escolar, seu futuro local de trabalho, com especial atenção para a
relação professor X aluno no contexto da sala de aula nas dimensões afetiva,
cognitiva, socioeconômica e cultural diferenciadas dos alunos.

Serão ressaltados, também, aspectos relativos ao planejamento da ação


didática, tais como a distinção entre os conceitos de planejamento e plano, a
apresentação dos diferentes tipos de planejamento na educação, e, de modo
mais específico, um detalhamento a respeito do Plano de Aula, documento que
deverá ser elaborado por você futuramente, quando do exercício da sua
profissão como professor.

Serão salientadas algumas características sobre a relação professor x aluno, a


importância do diálogo e da disciplina na sala de aula, que nos ajudam a
compreender como o ensino se relaciona com a aprendizagem.

Finalmente, serão apresentadas informações específicas sobre recursos


didáticos, que estão disponíveis aos professores para cumprir uma de suas
principais funções em sala de aula, a de estimular a aprendizagem, além de
aspectos específicos sobre a avaliação.

ASPECTOS CONCEITUAIS

2. Aspectos Conceituais

A compreensão dos conceitos dos diversos termos ligados ao tema é


fundamental para o entendimento do que vem pela frente, tanto neste texto
quanto na sua atuação profissional como professor. Atente para as diferenças
conceituais e, com certeza, muitos aspectos antes obscuros se revelarão mais
fáceis de serem entendidos e trabalhados no exercício da sua profissão.
2.1 Educação

De início, é importante aprender e compreender o conceito de “educação”. De


modo geral, o termo é uma manifestação da cultura e, sendo assim, depende
do contexto histórico e social em que está inserido. Seus fins variam, portanto,
com as épocas e as sociedades, no tempo e no espaço, mas, de qualquer
modo, ela sempre contribui para a subsistência do grupo como tal. Trata-se de
um termo abrangente, que pode ser entendido em dois sentidos:

• sentido social: ação que as gerações anteriores exercem sobre as gerações


mais jovens, orientando sua conduta, transmitindo conhecimentos, normas,
valores, crenças e costumes aceitos pelo grupo social do qual fazem parte. O
termo origina-se do verbo latino educare, que significa, nesse sentido, criar,
alimentar, ou seja, conceder algo a alguém;

• sentido individual: desenvolvimento das aptidões e capacidades de cada


indivíduo, tendo em vista o aprimoramento da sua personalidade. O verbo
educare – criar – nesse caso, expressa a estimulação e liberação de forças
latentes.

Nos dois sentidos, a palavra está ligada ao aspecto formativo.

“Educação” é um termo que apresenta um conceito extremamente amplo,


muito mais do que o termo “ensino”, ou seja, educar é muito mais do que
ensinar.

A educação pode se processar de forma assistemática ou sistemática, cujas


características principais, segundo Piletti (2000), são as seguintes:

• forma assistemática: ocorre em sociedades muito simples, que apresentam


acervo cultural rudimentar. Nesse contexto, crianças e jovens participam das
atividades dos adultos e, pela experiência direta, aprendem as lendas, os mitos
e as normas que regulam a conduta a ser seguida pelo grupo;
Unidade I
• forma sistemática: ocorre em sociedades a partir de um certo grau de
complexidade, com acervo cultural suficientemente vasto, o que torna
necessário sistematizar parte significativa desse patrimônio cultural, para
garantir sua transmissão às futuras gerações. É nesse contexto que surge a
escola como instituição social, criada para educar e ensinar.

Escola, portanto, é um elemento da vida em sociedade que passou a ser


importante à medida que as sociedades foram se tornando mais complexas,
quando o desenvolvimento tecnológico promoveu aquisições culturais mais
vastas.

2.2 Pedagogia

É o estudo sistemático da educação, ou seja, é a ciência e a arte da educação.


Trata-se do espaço para reflexão sobre o ideal da educação e da formação
humana em seus contextos mais gerais e completos. Possui inúmeras ligações
com todos os demais termos aqui apresentados, o que reforça a necessidade
de absoluta compreensão do seu significado.

2.3 Didática

Segundo Piletti (2010), a didática é o ramo específico da pedagogia que tem


como objetivo dirigir tecnicamente o ensino em direção à aprendizagem, ou
seja, a didática é a parte da pedagogia que tem como objeto de estudo o
ensino em sua relação com a aprendizagem.

A didática é um ramo da pedagogia. Estuda o ensino, enquanto a pedagogia


estuda a educação.

No passado, a didática era dominada pela figura central do professor como


sendo aquele que ensina, o detentor do conhecimento a ser passado para as
gerações. No presente, projeta-se o aspecto correlativo da aprendizagem. O
princípio básico deixa de ser a passividade e passa a ser a atividade do aluno.

Neste novo contexto, ensinar e aprender são, portanto, duas faces de uma
mesma moeda. A didática não pode tratar do ensino sem considerar
simultaneamente a aprendizagem, que é, inclusive, a finalidade da atividade
em sala de aula. Didática é, então, o estudo da situação instrucional, isto é, do
processo de ensino e aprendizagem, enfatizando a relação professor-aluno.

É importante que a pesquisa didática adapte os métodos e as técnicas de


maneira a obter o máximo de resultado com o mínimo de esforço, o que
refletirá um trabalho muito eficaz.

2.4 Ensino

É uma ação deliberada e organizada. A atividade pela qual o professor, por


meio de métodos adequados, orienta a aprendizagem dos alunos. É o objeto
principal da didática. Como já mencionado, ensinar e aprender são duas faces
de uma mesma moeda. Assim, a didática não pode tratar do ensino sem
considerar simultaneamente a aprendizagem, na verdade o ensino visa a
aprendizagem.

2.5 Aprendizagem

Num primeiro momento, poderíamos descrever a aprendizagem como sendo


“um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos
padrões e formas de perceber, ser, pensar e agir.” (Schmitz, 1982, p. 53). Mas
a aprendizagem não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos,
conteúdos ou informações. Estes devem passar por um processo complexo
que vise transformar as informações recebidas, dando-lhes um caráter
significativo para a vida das pessoas.

É importante observar, com relação aos tipos de aprendizagem, que não se


aprende uma só coisa de cada vez, mas várias.
Segundo Claudino Piletti, os tipos de aprendizagem são: (2010, p.32)

• Aprendizagem motora- consiste na aprendizagem de habilidades motoras,


verbais e gráficas;
• aprendizagem cognitiva- abrange a aquisição de informações e
conhecimentos;
• aprendizagem afetiva ou emocional- diz respeito aos sentimentos e emoções;

No processo de ensino-aprendizagem o aluno é, ao mesmo tempo, objeto,


sujeito e construtor do processo, enquanto o professor é o estimulador,
orientador e facilitador, ou seja, é ele quem deve criar as condições para que o
aluno adquira conhecimento e compreensão dos fatos.

2.6 Filosofia

É a reflexão sistemática sobre a concepção da vida e da existência do homem.


Os sistemas de educação são baseados em concepções de homem e padrões
sociais. São, desse modo, os aspectos filosóficos que dão à educação o seu
sentido e os seus fins.

Uma doutrina pedagógica fundamenta-se numa teoria filosófica, ou seja, toda


pedagogia supõe uma filosofia. O valor da nossa doutrina de educação
depende da nossa concepção do homem e da vida. A didática, como parte da
pedagogia, também está calcada numa concepção filosófica. Até o século XIX,
fundamentava-se exclusivamente na filosofia. No século passado, a psicologia
atingiu o status de ciência. Assim, os aspectos filosóficos da didática passaram
a fundamentar-se nas ciências do comportamento, em especial, na psicologia e
na biologia.

Nesse aspecto, há uma relação direta entre filosofia e pedagogia. A filosofia


entendida como reflexão sistemática sobre a concepção da vida e a pedagogia,
como reflexão sistemática sobre o ideal da educação e da formação humana
de uma sociedade. A didática, por sua vez, como parte integrante da
pedagogia, também se baseia numa concepção de homem e sociedade,
portanto, subordina-se a propósitos sociais, políticos e pedagógicos para a
educação escolar, a serem estabelecidos em função da realidade social de
cada povo.

A DIDÁTICA E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR

3. A Didática e a formação do professor

A formação profissional do professor pode ser definida como um “processo


pedagógico, intencional e organizado, de preparação teórico-científica e técnica
do professor para dirigir competentemente o processo de ensino” (Haidt, 2002).
Abrange, desse modo, ao menos duas dimensões:
• formação teórico-científica: inclui a formação acadêmica específica nas
disciplinas em que o docente vai especializar-se e a formação pedagógica, que
envolve conhecimentos de filosofia, sociologia, história da educação e da
própria pedagogia, que contribuem para o esclarecimento do fenômeno
educativo no contexto histórico-social;

• formação técnico-prática: visa à preparação específica para a docência,


incluindo a didática, as metodologias específicas das matérias, a psicologia da
educação, a pesquisa educacional, entre outras.

A formação profissional do professor envolve uma articulação entre a teoria e a


prática pedagógica.

Outro aspecto a ser destacado diz respeito ao fato de a formação profissional


do professor implicar uma contínua integração entre teoria e prática: a teoria
vinculada aos problemas reais postos pela experiência prática, e a ação prática
sendo orientada teoricamente. Com base nesse entendimento, a didática é a
disciplina que se caracteriza pela mediação entre as bases teórico-científicas
da educação escolar e a prática docente. Ela opera como uma ponte de duas
vias entre ambas (Libâneo, 2008).

Esse papel de síntese entre a teoria e a prática assegura a integração entre os


fins e os meios da educação escolar e, em tais condições, a didática pode
constituir-se em uma espécie de teoria do ensino (Haidt, 2002).

O objeto de estudo da didática é o processo de ensino e aprendizagem. Desse


modo, ela busca descrever e explicar seus nexos e ligações. Investiga fatores
co-determinantes desse processo, indica princípios, condições e meios de
direção do ensino, tendo em vista a aprendizagem, que são comuns ao ensino
das diferentes disciplinas de conteúdo específico. É, pois, uma matéria de
estudo que integra e articula conhecimentos teóricos e práticos obtidos nas
disciplinas específicas de formação acadêmica, visando à formação integral do
futuro docente (você), que, depois de formado, passará a exercer funções de
extrema responsabilidade.

Seu trabalho como professor, no futuro, será preparar seus alunos para se
tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho, nas
associações de classe, na vida cultural e política, enfim, em toda a sociedade.
É uma atividade, portanto, fundamentalmente social, cuja característica
principal é fazer a mediação entre o aluno e a sociedade, entre as condições
de origem do aluno e a sua destinação na sociedade, papel que se cumpre ao
prover condições que assegurem ao aluno a assimilação do conteúdo das
matérias de estudo e a observação de posturas éticas (Libâneo,2008,p.47).
Nesse processo, os meios a sua disposição para executar a difícil tarefa são: o
planejamento e desenvolvimento de suas aulas e a avaliação do processo de
ensino. Ninguém pode dar o que não possui, portanto, é fundamental agir com
ética sempre, tornando-se exemplo de conduta.

O sinal mais indicativo da responsabilidade do professor é o permanente


empenho na educação de seus alunos, de modo que estes aprendam
conhecimentos básicos, habilidades e normas de conduta, tendo em vista
equipá-los para enfrentar os desafios da vida prática, sejam no trabalho, na
família ou em outro contexto, desde que promova a democratização da
sociedade. Quando o professor se posiciona ao lado dos interesses da
população majoritária, ele se insere nessa luta pela democratização da
sociedade.

O sinal que indica a responsabilidade do professor é o constante empenho


pela educação de seus alunos.

3.1 A prática educativa e a democratização da sociedade

Entende-se como prática educativa o processo de fornecer aos indivíduos o


conhecimento e as experiências culturais que os tornam aptos a atuar no meio
social e a transformá-lo em função das necessidades da coletividade. Pode
ocorrer em dois sentidos:

• sentido amplo: ocorre em várias instituições e atividades sociais decorrentes


da organização de uma sociedade, da religião, dos costumes e outras formas
de convivência humana;
• sentido estrito: ocorre em instituições escolares ou não, com finalidades
explícitas de instrução e ensino mediante uma ação consciente, deliberada e
planejada.

Na história da humanidade, a prática educativa sempre foi determinada pela


estrutura social à qual estava subordinada. Essa estrutura de organização
social decorre do processo de existência dos homens em grupos sociais, ou
seja, a história da humanidade, da sociedade e da sua vida se concretiza e se
desenvolve na dinâmica das relações sociais. Com o tempo, foram surgindo na
sociedade as desigualdades econômicas e de classe. A evolução desse
processo se deu, sinteticamente, da seguinte maneira:

• sociedades primitivas: igual usufruto do trabalho comum;


• sociedades escravistas: os meios de trabalho e o próprio trabalhador
passaram a ser propriedade do dono das terras;
• sociedade feudal: os servos eram obrigados a trabalhar gratuitamente as
terras do seu senhor ou pagar-lhe tributos;
• sociedade capitalista: ocorre a separação entre os proprietários dos meios de
produção e os que vendem a sua força de trabalho.

Gradativamente, a sociedade vai se tornando desigual. A desigualdade entre os


homens sempre determinou o acesso à cultura e à educação. Os meios de
produção material, cultural e educativa são detidos pela classe dominante e
colocados a serviço dos seus interesses, visando perpetuar a estrutura social.
A educação que o trabalhador recebe visa prepará-lo para o trabalho físico e
para atitudes conformistas, devendo ele contentar-se com a educação
deficiente. A minoria dominante, assim, difunde sua concepção de mundo para
justificar o sistema de relações sociais como se fosse representativo de todas
as classes sociais, o que não corresponde à realidade.

Escolas, meios de comunicação de massa etc. repassam a ideologia


dominante, às vezes, passando ideias e valores que não condizem com a
realidade social do grupo, fazendo-o crer na sua própria incompetência.
Pessoas menos avisadas acabam acreditando que a sociedade é boa, os
indivíduos é que destoam.

Mas por que essa reflexão tão profunda? O que tem a ver com o assunto aqui
tratado? Talvez você esteja se fazendo essas perguntas. A resposta é a
seguinte: a prática educativa, a relação professor-aluno, os objetivos da
educação, o trabalho docente e nossa percepção do aluno são carregados de
significados sociais que se constituem na dinâmica das relações entre classes,
raças, grupos religiosos, homens e mulheres, jovens e adultos etc. (Piletti,
2010).

Você, como futuro educador, tendo em vista a formação integral de pessoas


que vivem em contextos sociais diversos, deve tentar descobrir as relações
sociais reais implicadas em cada acontecimento da vida, da profissão, da
matéria que ensina, do discurso, dos meios de comunicação de massa, das
relações familiares e de trabalho de seus futuros alunos (Libâneo, 2008).

O discurso atual dos educadores do Brasil clama pela melhoria da qualidade da


educação oferecida nas escolas públicas de educação básica. Pois bem,
quanto mais se diversificam as formas de educação extraescolar e se refinam
os meios de difusão da ideologia dominante, tanto mais a educação escolar, a
prática educativa e a boa formação de professores adquirem importância,
principalmente para as classes menos privilegiadas da sociedade (Libâneo,
2008).

A INSTITUIÇÃO ESCOLAR

4. A Instituição Escolar

A escola surgiu historicamente como fruto da necessidade de se preservar e


reproduzir a cultura e os conhecimentos da humanidade, crenças, valores e
conquistas sociais, concepções de vida e de mundo. Ela acompanhou e se
modernizou à medida que foi capaz de se tornar um instrumento poderoso na
produção de novos valores e crenças.

A instituição escolar é, para os alunos, antes de tudo, um local de encontros


existenciais, de vivência das relações humanas e de veiculação e intercâmbio
de valores e princípios de vida. Não raro, quando adultos, esquecemo-nos de
muito do que havíamos aprendido quando éramos crianças, mas o clima
daqueles dias do colégio jamais sai de nossas mentes.
Libâneo (2008) defende que o processo educativo que se desenvolve na
escola pela instrução e ensino, consiste na assimilação de conhecimentos e
experiências acumulados pelas gerações. A escola pela qual devemos lutar
visa o desenvolvimento científico e cultural do povo, preparando as crianças e
jovens para a vida, para o trabalho, para a cidadania, através da educação
geral, intelectual e profissional.

À medida que a escola se organiza com atividades que facilitem o crescimento


e o desenvolvimento nas várias dimensões do ser humano, ela se torna algo
vivo dinâmico, interessante, questionador e acima de tudo motivador.

A escola é um espaço aberto que deve favorecer e estimular a presença, o


estudo e o enfrentamento de tudo o que constitui a vida do aluno: de suas
ideias, crenças e valores, de suas relações no bairro, cidade e país, de seu
grupo de amigos, lazer e diversão; do trabalho dos pais e conhecidos, de sua
profissão ou futura profissão. (1.cutter.unicamp.br/document/?down=20764).

Há diversos departamentos nos quais você deverá conviver no exercício da


sua profissão (diretoria, secretaria, coordenação, salas-ambiente, biblioteca,
sala de informática, laboratórios etc.), mas o mais importante, e que será aqui
destacado, é a sala de aula.

Assim, a sala de aula é um espaço de convivência, onde cada aluno tem seu
modo de viver, brincar, estudar e de se relacionar, devido a uma grande
heterogeneidade de crenças, costumes e valores e isto, desta forma, é uma
grande oportunidade para exercitar o viver em sociedade.

Se o contexto da instituição escolar for baseado na escola tradicional a sala de


aula deve ser vista por você como um “quartel general” para a busca da
aprendizagem, no sentido de organização física, que deve ser apropriada para
favorecer a utilização dos métodos mais adequados para o ensino.

A sala de aula é o lugar em que a aprendizagem é apenas organizada de modo


a tornar-se livre em outros ambientes, assim, requer-se que o professor possa
ver todos os alunos e que os alunos possam ver o professor e a lousa.

Na escola tradicional a sala de aula, vista como quartel general da


aprendizagem, deve ser adequada para servir aos objetivos escolares.

Todos os alunos, nesse tipo de escola, desenvolvem a mesma atividade ao


mesmo tempo. Isso requer salas de aula idênticas, com condições aceitáveis
de luminosidade e acústica suficiente.

Por outro lado, caso a escola seja do tipo “ativa”, baseada em técnicas
didáticas modernas que visam promover o aluno ativamente e não como um
ser passivo, os alunos deverão desenvolver atividades diferentes, agrupando-
se de forma diversa e escolhendo o espaço mais adequado para cada tipo de
trabalho. Nesse caso, requer-se uma organização diferente da sala de aula.
As carteiras deverão ser individuais e não fixas no solo. Por vezes, poderão ser
substituídas por mesas redondas. Em vez de uma grande lousa, seria
conveniente que cada equipe dispusesse do seu próprio quadro-negro. O
estrado em que tradicionalmente fica a mesa do professor talvez não exista,
para que o professor não possua suporte físico para dar aulas expositivas. A
mesa do professor talvez seja colocada num discreto canto da sala de aula,
para que ele sinta que não é mais o ator principal da classe. Quaisquer ideias
de simetria e ordem devem ser abolidas. Não é necessário que a sala de aula
tenha uma boa acústica, para que o professor sinta certa dificuldade de ser
ouvido. Assim, quando quiser algo da classe inteira, terá que reunir em sua
mesa os chefes de equipe.

Ao menos essas duas realidades convivem hoje no Brasil, e é bom que você
esteja preparado para enfrentá-las com ações de qualidade, o que dependerá
em grande parte, da relação que você manterá com seus futuros alunos.

A escola tem função própria enquanto instituição educacional, diferente, por


exemplo, da família. Há conhecimentos, habilidades e atitudes a serem
adquiridas, desenvolvidas e revistas, com tecnologia, espaço e condições
apropriadas.

Cabe à escola promover e implementar tais conhecimentos. Definir metas


curriculares, um programa a ser cumprido, recursos necessários e compatíveis
com os objetivos colocados à disposição, um sistema de avaliação que informe
alunos, professores, pais e sociedade se os alunos estão se desenvolvendo.
Na escola, a sala de aula é o lugar privilegiado para a aprendizagem, tornando
o espaço escola um lugar de convivência humana e relações pedagógicas que
devem ser organizadas como melhor forma de se ajustarem aos objetivos
propostos para o processo instrucional.

Refletindo-se sobre o processo instrucional, pode-se destacar, segundo Haidt


(2007), que “os procedimentos de ensino são as ações, processos ou
comportamentos planejados pelo professor, para colocar o aluno em contato
direto com as coisas, fatos ou fenômenos que lhe possibilitem modificar sua
conduta, em função dos objetivos previstos”. Portanto, os procedimentos de
ensino dizem respeito às formas de intervenção na sala de aula.

4.1 Tipos de Escola e seus Elementos Principais

Ao se formar, você estará apto a atuar como professor na educação básica. É


importante, antes de ingressar no mercado de trabalho, que você obtenha
conhecimento sobre diferentes tipos de escola, pois cada uma difere da outra
em diversos pontos. No quadro a seguir, são apontadas as principais
diferenças entre elas. Ressalta-se que as escolas tradicionais são mais
numerosas ano contexto brasileiro e continuam a existir com muita força, no
entanto, nos últimos tempos, outros tipos de escola têm surgido e disputado o
mercado da educação com elas.

Quadro – Tipos de Escola e Diferenças Fundamentais


Componente Escola tradicional Escola Nova Escola Tecnicista Escola Crítica

Professor É o transmissor deÉ o facilitador daÉ o técnico que seleciona,É o educador que
conteúdos aos alunos,aprendizagem, ou seja, oorganiza e aplica umdireciona e conduz o
ou seja o “Professor”. “Orientador”. conjunto de meios queprocesso de ensino e
garantem a eficiência e aaprendizagem. É o
eficácia do ensino. É o“Educador”.
“Técnico”.

Aluno É um ser passivo, queÉ um ser ativo, centro doÉ o elemento para o qual oÉ uma pessoa
deve assimilar osprocesso de ensino ematerial é preparado. concreta, objetiva,
conteúdos transmitidosaprendizagem. que determina e é
pelo professor. determinada pelo
social, político,
econômico e pela
história.

Obedecem a sequênciaObedecem aoSão operacionalizados eSão definidos a partir


Objetivos
lógica dos conteúdos,desenvolvimento categorizados a partir dedas necessidades
não são muitopsicológico do aluno eclassificação em geraisconcretas do contexto
Educacionais explicitados e baseiam-buscam sua auto-(educacionais) ehistórico e social no
se em documentosrealização. específicos (institucionais). qual se encontram os
legais. sujeitos.

Conteúdos São selecionados aSão selecionados a partirQualquer conteúdo, desdeSão selecionados a


Programáticos partir da culturados interesses dosque estruturado segundopartir das culturas
universal acumulada ealunos e visam seuos objetivos da escola. dominantes (ciência,
organizados emdesenvolvimento filosofia, arte, política,
disciplinas, visando apsicológico. história, etc.) e visam
quantidade de a apropriação para a
conhecimento. superação.

Metodologia Aulas centradas noAtividades centradas noÊnfase nos meios (recursosDistingue os papéis
professor (expositivas)aluno (trabalhos emaudiovisuais, instruçãode professor e aluno
e exercícios de fixaçãogrupo, pesquisas,programada, tecnologias depara fazer a
(leituras, cópias, ...) jogos, ...) ensino, ensinoarticulação entre eles.
individualizado, “máquinasUtiliza-se de todos os
de ensinar”) meios que
possibilitem a
apreensão crítica dos
conteúdos

Avaliação Valoriza-se os aspectosValoriza-se os aspectosAvalia-se os objetivosPreocupa-se com a


cognitivos, com ênfaseafetivos, com ênfase empropostos, com ênfase nasuperação do estágio
na memorização. Éauto-avaliação. É umaprodutividade do aluno sobdo senso comum
uma avaliação para oavaliação para oa forma de um sistema de(desorganização do
professor. desenvolvimento doavaliação. Avalia oconteúdo) para a
aluno. comportamento de entradaconsciência crítica
e saída. (sistematização dos
conteúdos).

Aluno Educado É aquele que domina oÉ o aluno criativo,É o aluno eficiente,É o aluno que domina
conteúdo culturalparticipativo, queprodutivo, que lidasolidamente os
universal transmitidoaprendeu a aprender cientificamente com osconteúdos e percebe-
pela escola problemas da realidade se determinado e
capaz de operar
conscientemente
mudanças na
realidade
É proclamada para todos,
e democrática
Escola É um privilégio das Prega uma sociedade semÉ muito importante e
camadas sociais mais escola, com tele-educação,deve ser de boa
favorecidas, e ensino a distância e nãoqualidade para todas
autoritária formal as camadas da
população

Organização da As funções sãoAs funções se confundemÉ o modelo empresarialA organização é um


Escola claramente definidas e(autoridade disfarçada).aplicado à escola, com ameio para que a
hierarquizadas, comOcorre o afrouxamentodivisão entre quem planejaescola funcione bem
normas disciplinaresdas normas disciplinares e quem executa nos seus múltiplos
rígidas aspectos
Extraído de CENAFOR (1983), apud OLIVEIRA, T.N.O. (snt)

Relação Professor-Aluno

5. A relação professor-aluno

Como mencionado anteriormente, a aprendizagem é um processo contínuo e


bilateral, aprende-se sempre e isso não é uma propriedade exclusiva do aluno:
o professor também aprende.

O significado de ensinar nos leva a outros termos, como: fazer saber, instruir,
comunicar conhecimentos, mostrar, orientar, guiar, dirigir, desenvolver
habilidades – que apontam para o professor enquanto agente principal e
responsável pelo ensino. Nesse sentido, o ensino centraliza-se no professor,
em suas qualidades e habilidades.

Contudo, a aprendizagem deve ser significativa para o aluno, envolvendo-o


como pessoa. Trata-se de um processo que deve levar o aluno a relacionar o
que está aprendendo com conhecimentos e experiências que já possui e,
assim, interagir e transferir o que aprendeu em situações concretas na
sociedade em que vive.

A aprendizagem precisa ser acompanhada de um feedback imediato, ou seja,


de um retorno que forneça dados ao aluno e ao professor para corrigir e levar
adiante o processo. Segundo Haidt (2007), o processo de ensino-
aprendizagem é uma atividade conjunta de professores e alunos, organizado
sob a direção do professor, com a finalidade de prover as condições e meios
pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos, habilidades,
atitudes e convicções.

Os alunos de escolas de educação básica, regra geral, encontram-se numa


faixa etária na qual assimilam conhecimentos e desenvolvem hábitos e atitudes
de convívio social, justamente por meio do convívio.

É durante esse convívio que o domínio afetivo se une à esfera cognitiva e


surge o aluno integral, como ele realmente é, agindo não somente com a
razão, mas também com os sentimentos.
Não se pode esquecer a função educativa da interação humana, pois é
convivendo com seus semelhantes que o ser humano é educado e se educa.
Essa interatividade envolve, necessariamente, na escola, a relação entre
professor e aluno. Nela, o professor tem basicamente duas funções, de acordo
com Haidt (2007):

• função incentivadora: aproveitando a curiosidade natural do aluno para


despertar seu interesse e mobilizar seus esquemas cognitivos;

• função orientadora: orientando os esforços do aluno para aprender, ajudando-


o a construir seu conhecimento.

Na aprendizagem o professor é, portanto, acima de tudo um estimulador,


orientador e facilitador. Seu papel será o de ajudar o aluno a aprender, criar as
condições para que o aluno adquira informações e acima de tudo questione,
não seja somente um receptor, mas seja capaz de discernir, questionar, pensar
a sociedade e o mundo no qual ele esta inserido.

Futuramente caberá a você, como professor, ajudar seu aluno a transformar a


curiosidade em esforço cognitivo e a passar de um conhecimento confuso a um
saber organizado. Em outras palavras, caberá a você, ser muito mais do que
um professor: ser um educador. Como educador, caberá a você, não apenas
transmitir conhecimento, mas também facilitar a veiculação de ideias, valores e
princípios de vida, contribuindo para a formação cidadã do seu futuro aluno.

5.1 A importância do diálogo

A construção do conhecimento é um processo interpessoal. O professor, de


certa forma, aprende com seu aluno, na medida em que consegue perceber
como ele percebe e sente o mundo. Assim, o professor pode e deve rever
comportamentos, ratificar ou retificar opiniões, desfazer preconceitos, mudar
atitudes, alterar posturas. Devemos sempre nos lembrar deste princípio
fundamental: a construção do conhecimento é um processo social, e não
individual. Professor e aluno ensinam e aprendem um com o outro.

De nada adiantará a você, no futuro exercício da sua profissão, conhecer


novos métodos e técnicas de ensino ou usar recursos audiovisuais modernos,
se encarar seu aluno como um ser passivo e receptivo. Sua forma de ensinar e
de interagir com seus alunos dependerá do modo como você os conceberá
(seres ativos ou passivos) e da maneira como verá a atuação deles no
processo de aprendizagem.

5.2 A Disciplina na Sala de Aula

Disciplina de verdade só ocorre com o desenvolvimento da autodisciplina nos


alunos.
Uma aula disciplinada é muito mais do que conservar a classe em ordem. O
objetivo, ao buscar disciplina, deve ser o de desenvolver no aluno o
autocontrole, o autorrespeito e o respeito pelas pessoas e coisas que o
rodeiam. Se o professor não tem essas qualidades, é inútil tentar desenvolvê-
las nos alunos, por isso é bom ir treinando-as desde já. A verdadeira disciplina
não se origina de pressões, mas parte do íntimo do indivíduo. Há alguns
processos que são costumeiramente utilizados para conseguir disciplina. São
eles:

• uso da força: bastante utilizado antigamente, ainda é empregado por muitos


professores. Nesse processo, são utilizados castigos e ameaças. As normas
estabelecidas pelo professor devem ser seguidas sem questionamento. O
aluno, regra geral, obedece aos regulamentos, segue as ordens, executa os
deveres, sem qualquer interesse, apenas para livrar-se das punições e
censuras;

• chantagem afetiva: consiste em cativar a amizade do aluno ou da classe para


se alcançar disciplina. O aluno, então, fará tudo o que o professor desejar, por
medo de perder sua amizade ou magoá-lo. Ao seguir as normas e os
regulamentos, terá em mente agradar o professor;

• uso da responsabilidade: consiste em desenvolver a responsabilidade do


aluno. Exige capacidade para acompanhar o seu amadurecimento, dando-lhe
responsabilidades dentro dos limites de seu nível de maturidade e de
inteligência. Consiste em criar oportunidades para a autodireção do aluno.

Os três processos têm possibilidades de alcançar o alvo, mas o terceiro é, sem


dúvida, o que deve ser priorizado.
Muitas vezes, no entanto, você, no exercício da profissão, será obrigado a
recorrer aos outros dois, sem contudo , jamais chegar ao extremo da força
física.

Para desenvolver nos alunos a autodisciplina, alguns aspectos devem ser


observados:

• utilizar formas positivas de orientação: evitar castigos que possam humilhar o


aluno;

• considerar cada incidente: os alunos não devem ser punidos como exemplo
para o grupo;

• promover um clima de respeito e confiança: sendo tratados com respeito e


compreensão, os alunos aprendem a respeitar-se mutuamente. Por outro lado,
pessoas continuamente cerceadas ou humilhadas facilmente aprendem a
duvidar de si e dos outros;

• ajudar os alunos a compreender a razão de ser das regras: o aluno deve ser
conduzido a compreender a necessidade da existência de regulamentos e, se
possível, até ajudar na sua formulação;
• ajudar os alunos a prever as consequências dos próprios atos: em certos
casos, porém, é melhor deixar que tenham suas experiências e delas tirem
normas para o futuro;

• procurar as causas da indisciplina de maneira objetiva e racional: num


ambiente autoritário, obtemos uma disciplina superficial, com a aplicação de
regras coercitivas;

• ajudar os alunos a compreender as causas do seu próprio comportamento e a


desenvolver meios de solucionar seus conflitos: em grande parte das vezes, o
problema é trazido de casa, e é preciso não coibir essa fonte de informações,
reprimindo os alunos sob exigências de ordem, silêncio ou atenção. Pedir para
os alunos se colocarem no lugar de outra pessoa, por exemplo, é um meio de
ajudá-los a aprender que um problema tem muitos ângulos.

Sabemos que o relacionamento em sala de aula é bom quando vemos alunos


alegres e seguros enquanto desenvolvem suas atividades de aprendizagem.

Como professor, sua influência será muito importante, e a criação de um clima


psicológico que favoreça ou não a aprendizagem dependerá principalmente de
você. Esse clima estará sujeito, em grande parte, ao tipo de liderança por você
adotado (Piletti, 2010). Existem três tipos básicos:

• Autoritária: nela, tudo o que deve ser feito é determinado pelo líder. Ele não
diz aos liderados quais os critérios de avaliação, e as notas não podem ser
discutidas. Esse líder não participa das atividades da turma, apenas distribui as
tarefas e dá as ordens. Como resultado, os alunos manifestam dois
comportamentos típicos: apatia e agressividade;

• Democrática: nela, tudo o que for feito será objeto de decisão da turma. Todos
são livres para trabalhar com os colegas que quiserem, e o líder discute com
todos os elementos os critérios de avaliação, além de participar das atividades
do grupo. Como resultado, os alunos mostram-se responsáveis e espontâneos
no desenvolvimento de suas tarefas, e são menos frequentes os
comportamentos agressivos;

• Permissiva: nela, o líder é passivo, dá liberdade completa ao grupo de


indivíduos a fim de que eles determinem suas próprias atividades. Ele não se
preocupa com qualquer avaliação sobre a atividade do grupo e permanece
alheio ao que está acontecendo. Como resultado, os alunos não chegam a se
organizar como grupo, e se dedicam mais tempo às tarefas propostas na
ausência do líder.

Pode-se concluir que o melhor tipo de liderança é a democrática. Há algumas


dicas de atitudes e comportamentos que você deve adotar para desempenhar
esse papel:

• tenha claro o objetivo a atingir em cada tarefa;


• comunique esse objetivo;
• faça da aula um desafio para seus alunos;
• sugira, em vez de impor;
• ouça as sugestões dos alunos e coloque-as em discussão;
• coloque-se diante deles como um orientador;
• faça os alunos trabalharem com você, e não para você;
• elogie tudo o que for elogiável e destaque os acertos;
• estimule as equipes a estabelecer regras de trabalho;
• não fale muito, mas ouça muito;
• encerre as atividades com uma avaliação feita pelos próprios alunos.

Várias podem ser as causas da indisciplina de um aluno. Ele pode estar


simplesmente nervoso, ou doente, com problema em casa, os pais podem ter
discussões constantes, ele pode não estar dormindo o suficiente, neste caso
cabe ao professor tentar averiguar as causas. A falha pode ter sido da escola,
sua (em sua atuação como professor), da técnica utilizada, ou mesmo estar em
outro aluno.

Planejamento da Ação Didática

6. Planejamento da ação didática

Uma certa confusão cerca o entendimento do conceito de planejamento,


principalmente no que concerne à diferença entre “planejamento” e “plano”. Por
isso, de início, é importante apresentar claramente o conceito aqui adotado.
Entende-se por planejamento o “processo” mental que supõe análise, reflexão
e previsão. Como processo não é algo que acontece num dado momento, mas
num período de tempo. Já o plano é um dos resultados possíveis do processo
de planejamento. Os outros seriam os programas e os projetos. A relação entre
eles é a seguinte:
• um programa pode ser composto por um conjunto de planos;
• um plano pode ser composto por um conjunto de projetos;
• um projeto é o produto de menor alcance entre os possíveis produtos do
planejamento.

Planejar é extremamente importante e necessário em qualquer área da


atividade humana, e na educação não é diferente.

Alguns fatos justificam esta afirmativa. Por exemplo, planejar:


• Evita improvisação, e particularmente na educação, com toda a sua
grandiosidade e importância, o improviso é uma catástrofe;
• Prevê e supera dificuldades, o que é bem melhor do que “apagar incêndios”
com atitudes corretivas;
• Ajuda a cumprir os objetivos com:
- economia de tempo;
- eficiência e eficácia na ação.

Mas, o que seria um bom plano, resultado de um adequado processo de


planejamento? Um bom plano apresenta, no mínimo, as seguintes
características:
• coerência e unidade – conexão entre os objetivos e meios, de modo que os
objetivos sejam alcançados;
• continuidade e seqüência - trabalho de forma integrada do começo ao fim,
garantindo relação entre as várias atividades;
• flexibilidade – possibilidade de ajustar o plano, adaptando-o a situações não
previstas. O plano deve atender os interesses e necessidades dos alunos e ao
mesmo tempo atender os pontos essenciais a serem desenvolvidos;
• objetividade e funcionalidade – deve analisar as condições da realidade,
adequando o plano às condições de sua realização, como tempo, recursos
disponíveis, características dos alunos etc.;
• clareza e precisão – a linguagem utilizada deve ser simples e clara, com
enunciados exatos e indicações precisas, pois o plano não pode ser passível
de dupla interpretação.

6.1 - Tipos de planejamento em educação

Em educação ocorrem vários níveis de planejamento, que variam em


abrangência e complexidade. São eles:

• De sistema educacional – como o próprio nome sugere, é sistêmico, realizado


em três níveis (nacional, estadual e municipal). Este nível de planejamento
reflete a política de educação adotada no país.
• Da escola – deve ter caráter participativo, com professores, pais de alunos,
alunos e funcionários participando da tomada de decisão. Em geral, o esquema
de ação das escolas segue etapas, dentre as quais:

* sondagem (levantamento de dados e fatos importantes da realidade) e


diagnóstico (análise e interpretação dos dados coletados) da realidade escolar;
* definição dos objetivos e prioridades da escola;
* proposição da organização geral da escola no que se refere a:
* grade curricular e carga horária;
* calendário escolar;
* critérios de agrupamentos dos alunos;
* definição do sistema de avaliação, contendo normas para adaptação,
recuperação, reposição de aulas, compensação de ausências, promoção dos
alunos
* plano de curso, contendo as programações das atividades curriculares;
* elaboração do sistema disciplinar da escola;
* atribuição de funções a todos os elementos que trabalham na escola.
* de currículo – previsão dos diversos componentes curriculares que serão
desenvolvidos ao longo do curso. Deve seguir as diretrizes fixadas pelo
Conselho Nacional de Educação (núcleo comum) e pelo Conselho Estadual de
Educação (parte diversificada do currículo);
* Didático ou de Ensino – previsão das ações e procedimentos que o professor
vai realizar junto a seus alunos, e a organização das atividades discentes e das
experiências de aprendizagem. Em outras palavras, é a especificação e
operacionalização do plano curricular. No aspecto didático, planejar é:
* analisar as características (aspirações, necessidades e possibilidades) dos
alunos;
* refletir sobre recursos disponíveis;
* definir objetivos educacionais adequados aos alunos;
* selecionar e estruturar conteúdos a serem assimilados;
* prever e organizar os procedimentos do professor;
* prever e escolher recursos didáticos adequados para estimular a participação
dos alunos;
* prever procedimentos de avaliação condizentes com os objetivos propostos.

Existem três tipos de planejamento didático ou de ensino. São eles:


A) de curso: previsão dos conhecimentos e atividades a serem desenvolvidos
numa classe durante o período letivo;
B) de unidade: reunião de várias aulas sobre assuntos correlatos;
C) de aula: sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo.

6.2 - O Plano de Aula

Dentre os diferentes níveis de planejamento, o que se refere ao “Plano de


Aula” é aquele mais próximo da sua futura atuação como professor, o que
justifica uma aproximação maior ao conceito. O preparo e uso de um bom
Plano de Aula seria o suficiente para revolucionar o ensino de muitos
professores. Muitas vezes nós, professores, vacilamos no ensino e erramos o
alvo por não termos objetivo definido. O Plano de Aula simples, claro e bem
elaborado pode nos ajudar muito no nosso dia a dia. Algumas das principais
vantagens que o Plano de Aula traz para professores e alunos são:
• facilita o avanço da aula em direção ao alvo;
• proporciona economia e maior controle do tempo;
• lembra ao professor de elementos essenciais à aula (material necessário,
tarefas, avisos, métodos etc.);
• organiza o tempo do professor e a aula, evitando imprevistos, contratempos e
detalhes esquecidos;
• incentiva o preparo prévio da aula;
• preserva o procedimento e o conteúdo da aula em um arquivo para uso
futuro;
• facilita a avaliação e eventual reformulação da aula.

Infelizmente, para a maioria dos professores um Plano de Aula parece mais


uma camisa de força do que o que ele realmente é, uma ferramenta que nos
liberta para desenvolver nossa criatividade.

Na tentativa de espantar alguns fantasmas que pairam sobre o “temível” Plano


de Aula, devemo-nos lembrar de um princípio fundamental: “o plano de aula
existe para o professor, e não o professor para o Plano de Aula!”. Cada
professor precisa de um plano, mas o plano é servo do mestre, e não o
contrário. Por isso, é imprescindível que cada professor descubra como
organizar e estruturar a aula conforme seu “gosto”, personalidade e
habilidades.

Sugerimos um pequeno formulário que inclui os elementos que a maioria dos


professores precisa para preparar uma aula bem organizada.
Esboço de um Plano de Aula:
Título da
Lição:_____________________________________________________
Data: ___/___/___.
Nome do Professor:
________________________________________________
Objetivos: No final dessa aula o aluno deverá ser capaz de...
Saber__________________________________________________________
___
Sentir___________________________________________________________
__
Fazer___________________________________________________________
__
Material Necessário:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________

Divisão da Lição Métodos Didáticos Duração


Captação
Explicação
Atividade (s) dos Alunos
Revisão / Recapitulação
Aplicação / Desafio final

Tarefa:
___________________________________________________________
Avisos:
___________________________________________________________
Semana que vem:
__________________________________________________
Avaliação / Observações sobre a Aula:

Observações sobre cada item do Plano:

• Objetivos – sugere-se não mais de três objetivos para a aula, que devem ser
definidos de acordo com o que o aluno deve ser capaz de saber, fazer, sentir
etc., no final da aula. Alguns professores escrevem objetivos sobre o que eles
farão na aula, mas isso é errado, o objetivo é o aluno. Nem toda aula incluirá os
aspectos do saber, sentir e fazer (objetivos cognitivos, afetivos ou ativos)
embora o professor faria bem se sempre verificasse o impacto da aula nessas
três categorias gerais. Na medida do possível, os objetivos devem ser
mensuráveis, específicos, alcançáveis, práticos, breves e sugeridos pelo texto.
• Material necessário – aqui o professor deverá anotar todo material de apoio
que precisará, para evitar o constrangimento de chegar ao ponto alto da aula e
descobrir que deixou um recurso fundamental em casa
• Captação – talvez o mais importante da aula seja o primeiro contato com os
alunos. Esses momentos precisam ser planejados. O “por acaso” sempre vira
um caso de desastre. A captação é como um gancho que atrai o aluno levanta
uma necessidade real em sua vida e sugere que há uma resposta.
• Explicação – é o corpo da lição, a transmissão da essência da lição para
aquele dia. Anote os métodos didáticos que pretende usar e quanto tempo
cada método ou etapa da aula vai exigir.
• Atividade (s) dos alunos – essa categoria talvez sirva mais para aulas com
crianças pequenas, em que algum trabalho manual ou recreativo acompanha a
aula. Mas classes de jovens e adultos muitas vezes podem ser desafiadas com
alguma atividade em conjunto, que reforçará a idéia central da lição.
• Revisão / recapitulação – muitas vezes a aula incluirá um resumo final ou
alguma atividade de recapitulação da matéria, visando gravar a mensagem na
mente e no coração dos alunos.
• Aplicação / desafio final – talvez haja um projeto específico no coração do
professor ou dos alunos como resultado da lição. Deve ser anotado nesse
espaço.
• Tarefa – aqui, o professor deve anotar as eventuais tarefas a serem passadas
aos alunos para que eles façam antes da próxima aula
• Avisos – muitas vezes o professor precisa fazer lembretes sobre eventos
sociais da classe, alunos doentes com necessidade de visitação, atividades
discentes etc.
• Semana que vem – deve ser anotado aqui o assunto e quaisquer outros
atrativos da próxima semana para criar expectativa nos alunos para a aula
seguinte;
• Avaliação / observações sobre a aula – depois da aula, o professor deve
anotar suas próprias observações sobre o que funcionou ou não, como
melhorar a próxima aula etc. Depois, o Plano de Aula deve ser arquivado num
lugar de fácil acesso, visando uma futura ministração.

Tipos de Aula e Procedimentos de Ensino

7. Tipos de aula e procedimentos de ensino

Há vários tipos diferentes de aula, cada um com suas qualidades e defeitos,


mas que surtem efeitos positivos, sempre que adequados à realidade que o
professor encontra na escola. De início, é interessante verificar o significado de
alguns termos importantes para o assunto:

• estratégia – trata-se da descrição dos meios disponíveis para atingir objetivos;


• método – trata-se do caminho a seguir para alcançar um fim – roteiro geral;
• técnica – trata-se da operacionalização do método;
• procedimento – trata-se da descrição das atividades desenvolvidas por
professor e alunos.

Existem alguns tipos mais conhecidos de método e técnica. Dentre eles,


destacam-se:

• Tradicionais – exigem um comportamento passivo do aluno e envolvem:


- Aula expositiva - técnica mais tradicional de ensino, como a cópia, o ditado e
a leitura, ainda é muito útil e necessária. Hoje, no entanto, só é viável quando o
professor assume a posição de diálogo. A posição dogmática (mensagem não
pode ser contestada) não é mais aceita;

- Perguntas e respostas - enriquecem a aula expositiva. O professor dirige


perguntas aos alunos sobre o que estudaram ou sobre a sua experiência. O
objetivo não é julgar ou atribuir notas, mas estimular a participação. Os alunos
também podem perguntar e o professor responder, com uma variação na qual
quem não sabe interroga quem sabe. Torna a aula expositiva menos
individualizada.

• Novos ou ativos – dão grande destaque à vida social do aluno como fator
fundamental para o seu desenvolvimento intelectual e moral e envolvem os
seguintes métodos e técnicas:

- Montessori – centrado no aluno, baseia-se nos princípios da liberdade,


atividade, vitalidade e individualidade, que se resumem na autoeducação. Em
um ambiente apropriado, as necessidades interiores dos alunos de cada grau
de desenvolvimento o impulsionam a aprender. O professor deve ser
substituído pelo material didático, que corrige a si mesmo e permite que o
aluno eduque a si mesmo, o que deve ser recompensado com um “parabéns”
ou “ muito bem”
- Centros de interesse – leva em conta a evolução natural dos interesses do
aluno. Inicialmente, uma criança só se interessa por si mesma, depois por sua
família e sua casa, e finalmente progride para círculos de interesse cada vez
mais amplos, até atingir os problemas da humanidade. Procura fazer com que
o aluno se interesse agora por aquilo que ele vai necessitar mais tarde.
- Unidades didáticas – aqui o ensino é desenvolvido através de unidades
amplas, significativas e coesas, superando as limitações do ensino através de
informações isoladas e estanques (lições, pontos...). Tem como objetivo
primordial a integração das diferentes matérias. Uma variante sua é o método
das unidades de experiência.
- Trabalho em grupo – oferece ao aluno a oportunidade de trocar idéias e
opiniões, desenvolvendo a prática da convivência social. A formação dos
grupos pode ser espontânea ou dirigida. O método visa completar e enriquecer
conhecimentos, enriquecer experiências, atender a diferenças individuais,
treinar a capacidade de liderança e aceitação, e desenvolver o senso crítico, a
criatividade e o espírito de cooperação.
- Solução de problemas – considera que ensinar é apresentar problemas e
aprender, resolvê-los. O problema deve estimular o pensamento reflexivo na
busca de uma solução satisfatória, uma vez que o hábito resolve situações
rotineiras, já o pensamento reflexivo, as situações novas.
- Método de projetos – se propõe a transformar as atitudes dos alunos,
convertendo-os em seres ativos que concebem, preparam e executam o
próprio trabalho. A tarefa do professor é dirigi-los, sugerir-lhes idéias úteis e
auxiliá-los quando necessário. Assemelha-se ao método de solução de
problemas, mas é mais amplo, pois aquele possui um caráter intelectual e este
envolve atividades manuais, estéticas, sociais e intelectuais. Todo projeto é um
problema, mas nem todo problema é um projeto.
- Psicogenético – criado por Jean Piaget, biólogo e filósofo suíço, prega que o
pensamento é a base em que se assenta a aprendizagem, a maneira da
inteligência manifestar-se. Esta, por sua vez, é um fenômeno biológico sujeito à
maturação do organismo, a novas estruturas mentais, e não a aumento de
conhecimentos. O desenvolvimento do pensamento da criança se realiza
através de etapas: sensório motriz, simbólico, intuitivo, operatório e operatório
formal.
- Estudo dirigido – se fundamenta no princípio de que o professor não ensina,
ajuda o aluno a aprender. Parte sempre da utilização de um texto, solicitando
tarefas como sínteses, citação dos principais fatos, divisão dos textos em
partes principais, extração das idéias principais, resumos etc.;
- Fichas didáticas – consiste em colocar à disposição do aluno, na sala de aula,
fichas necessárias ao estudo de um determinado conteúdo. Inclui fichas de
noções (conceitos a serem ensinados), de exercício (questões sobre o
conteúdo apresentado) e de correção (respostas correspondentes às questões
apresentadas).
- Instrução programada – aqui, o comportamento desejado é fixado pela
recompensa. Enfatiza-se a importância de uma definição precisa do que o
aluno deverá aprender e dos materiais a serem utilizados, para que o aluno
aprenda exatamente o que se quer que ele aprenda. A matéria é desdobrada
em pequenas informações e o seu acerto ou erro é conhecido imediatamente.

Você deve estar se perguntando: como decidir que método ou técnica utilizar?

A resposta é: depende dos seguintes fatores:


• Dos objetivos educacionais;
• Da experiência didática do professor;
• Do tipo de aluno;
• Das condições físicas da sala de aula;
• Do tempo disponível;
• Da estrutura do assunto e tipo de aprendizagem a ser desenvolvido.

7.1. Recursos Didáticos

Recursos didáticos (ou de ensino) são componentes do ambiente da


aprendizagem que dão origem à estimulação para o aluno (Gagné, R., 1971
apud Piletti, C. 2010). Tradicionalmente esses recursos são classificados da
seguinte maneira:

• recursos visuais – projeções, cartazes, gravuras, ...;


• recursos auditivos – rádio, gravações, ...;
• recursos audiovisuais – cinema, televisão, ...;

Nem essa nem outra qualquer classificação é universalmente aceita. Todas são
muito arbitrárias, pois sabemos que as expressões sonoras, verbais e visuais
se complementam. Uma classificação que, apesar de muito ampla, se
aproxima mais da realidade é a seguinte:
• recursos Humanos – professor, aluno, pessoal escolar, comunidade;
• recursos Materiais
- do ambiente natural – água, rocha, etc.;
- do ambiente escolar – lousa, giz, cartazes, etc.;
- da comunidade – bibliotecas, indústrias, lojas, etc.

Essa classificação tem a vantagem de incluir os recursos da comunidade, o


que contribui para diminuir a distância entre a escola e a realidade onde ela se
insere.
O uso adequado dos recursos didáticos ajuda os professores a:

• motivar e despertar o interesse dos alunos;


• desenvolver a capacidade de observação nos alunos;
• aproximar o aluno da realidade;
• visualizar conteúdos da aprendizagem;
• facilitar a fixação da aprendizagem;
• ilustrar noções abstratas;
• desenvolver a experimentação concreta.

Com base no uso adequado de recursos e em reflexões sobre a forma de


ensinar, o professor tem condição de aplicar uma avaliação mais justa a seus
alunos. Um dos instrumentos mais didáticos de que os professores dispõem
para essa finalidade é a chamada “Escada de Bloom”.
Avaliação
Síntese
Análise
Aplicação
Compreensão
Conhecimento
Escada de Bloom

Trata-se de degraus a serem alcançados de acordo com a aprendizagem.


Cada degrau apresenta as seguintes características fundamentais:

• Conhecimento – é atingido quando o aluno passa a ter conhecimento de


determinado assunto, ou seja, quando o assunto é apresentado a ele pela
primeira vez. Neste nível, o máximo que o professor deve cobrar em termos de
avaliação é que o aluno responda as questões com as palavras do autor ou do
professor, quando for o caso, meramente repetindo-as.
• Compreensão - é atingida quando o professor trabalha por tempo suficiente
para proporcionar entendimento real sobre o assunto. Neste nível, o professor
poderá solicitar aos alunos que respondam aos questionamentos com suas
próprias palavras.
• Aplicação – é atingida após o cumprimento das etapas anteriores e se
caracteriza pela apresentação de uma situação problema e a requisição aos
alunos que apliquem sua compreensão sobre o assunto para dar solução ao
problema.
• Análise – é atingida quando os alunos são preparados suficientemente para
desdobrar o assunto em partes e estudar cuidadosamente cada uma delas, de
modo a proporcionar o entendimento detalhado.
• Síntese – é atingida quando o aluno está apto a sintetizar o conhecimento de
modo a, após o entendimento de cada uma das partes que compõe o assunto,
adquirirem entendimento do todo.
• Avaliação – último estágio ou degrau, a ser atingido quando o aluno, após
passar por todos os demais, estiver apto a avaliar a importância do assunto
para sua vida e para a sociedade. Só aqui ele poderá se pronunciar no sentido
de dizer se o assunto é ou não importante, em sua opinião.

Atualmente, os recursos audiovisuais têm sido mais utilizados do que nunca,


graças aos avanços tecnológicos recentes da comunicação. Quanto à sua
utilização em sala de aula, no entanto cabem algumas considerações didáticas.
O ser humano toma conhecimento do mundo exterior através dos cinco
sentidos. Pesquisas revelam que aprendemos:

• 1% através do paladar;
• 1,5% através do tato;
• 3,5% através do olfato;
• 11% através da audição;
• 83% através da visão.

Daquilo que aprendemos, em média, conseguimos reter:

• 10% do que lemos;


• 20% do que ouvimos;
• 30% do que vemos;
• 50% do que vemos e ouvimos;
• 70% do que ouvimos e logo discutimos;
• 90% do que ouvimos e logo realizamos.

Esses dados nos permitem concluir que os cinco sentidos não têm a mesma
importância para a aprendizagem. Notamos, também, que a percepção através
de um sentido isolado é menos eficaz do que a percepção através de dois ou
mais sentidos conjugados. Por isso, sugerimos a você, na sua atuação
profissional futura, que procure utilizar simultaneamente recursos orais e
visuais. O quadro 1, a seguir, ajuda a reforçar essa idéia.

Quadro 1 – Fixação da Aprendizagem


Método aplicado Retido após 3 horas Retido após 3 dias
Somente oral 70% 10%
Somente visual 72% 20%
Visual e oral simultaneamente 85% 65%

Deve-se levar em consideração que a maior parte das escolas do país,


principalmente as públicas, não dispõe de recursos financeiros e materiais
necessários para a utilização de recursos de ponta, bem como de pessoal
treinado. Deste modo, os recursos mais conhecidos, passíveis de utilização
são:
• Lousa
• Gravuras
• Cartazes
• Murais didáticos
• Álbuns seriados ou flipcharts
• Exposições de materiais
• Mapas e gráficos

O uso adequado de cada recurso é fundamental para a sua eficácia. Há vasta


bibliografia que aponta como utilizá-los. Recomendamos a leitura, por exemplo,
de livros da Série Educação da Editora Ática, como Didática Geral, de Claudino
Piletti e Curso de Didática Geral, de Regina Célia Casaux Haidt que, inclusive,
serviram de base para a elaboração deste livro-texto.

7.2 As novas tecnologias da educação e o papel do professor na sociedade


digital

Você, futuro professor, deve estar preparado para interagir com uma geração
mais atualizada e mais informada, até porque os modernos meios de
comunicação, liderados pela Internet, permitem o acesso instantâneo à
informação e os alunos têm mais facilidade para buscar conhecimento por meio
da tecnologia colocada à sua disposição. Além disso, existe uma tendência
cada vez maior de abertura de cursos à distância, voltados à educação básica.

Nesta nova realidade, os procedimentos didáticos devem privilegiar a


construção coletiva dos conhecimentos mediada pela tecnologia, na qual o
professor é um coadjuvante que intermedia e orienta essa construção e faz uso
dessas ferramentas.

O uso dos recursos da informática têm o potencial de levá-lo, como educador, a


ter muito mais oportunidade de compreender os processos mentais, os
conceitos e as estratégias utilizadas pelo aluno e, com esse conhecimento,
mediar e contribuir de maneira mais efetiva nesse processo de
ensinoaprendizagem.
(http://aprendentes.pbwopks.com/f/profeatecnol5%255B15255D.pdf)

O professor, pesquisando junto com os educandos, problematiza e desafia-os,


pelo uso da tecnologia, à qual os jovens modernos estão mais habituados,
surgindo mais facilmente à interatividade.

Não se trata, porém, de substituir o livro pelo texto tecnológico, a fala do


docente e os recursos tradicionais pelo fascínio das novas tecnologias. Não se
pode esquecer que o mais poderoso e autêntico "recurso" da aprendizagem
continua sendo o professor. Contudo vale realmente frisar a importância da
interação, a atuação participativa que é necessária em qualquer tipo de aula
com ou sem tecnologia. Nesse contexto, é necessário refletir sobre o
papel/competências do professor, nesse processo de mediar a interação,
utilizando recursos tecnológicos de maneira criativa, na busca da construção
do conhecimento.
Isto implica em uma análise da mudança do paradigma educacional e da
função do professor na relação pedagógica, focalizando as inovações
tecnológicas como ferramentas para ampliar a interação.

Segundo Elaine Turk Faria , os recursos tecnológicos facilitam a passagem do


modelo mecanicista para uma educação sociointeracionista, ainda que a
realização de um novo paradigma educacional dependa do projeto político-
pedagógico da instituição escolar, da maneira como o professor sente a
necessidade dessa mudança e da forma como prepara o ambiente da aula. É
importante criar um ambiente de ensino e aprendizagem instigante, que
proporcione oportunidades para que seus alunos pesquisem e participem na
comunidade, com autonomia.

Muitos são os tipos de aplicativos que o professor pode escolher, dependendo


dos objetivos da disciplina, conteúdo, características dos educandos e proposta
pedagógica da escola.

Iolanda Cortelazzo (1999, p.22-23) apresenta uma classificação de softwares


em:

• software de informação (que só transmite a informação);


• tutorial (aquele que ensina procedimentos);
• tutorial de exercícios e prática;
• jogos educacionais;
• simulação (aqueles que propõem estudo de caso que simulam situações da
vida real);
• utilitários (que executam tarefas pré-determinadas);
• software de autoria (que apresentam programas específicos);
• aplicativos (que realizam uma tarefa com diversas operações);

Na verdade é grande a lista de softwares e mídias que são simples exercícios


de memória ou que auxiliam na construção contínua do sujeito individual e
coletivo, mas, sobretudo colaborativo, solidário e humano e com a contínua
inovação tecnológica, muito ainda está por ser apresentado ao professor.

Neste momento, o que importa perceber é que planejar uma aula com recursos
tecnológicos exige um preparo do ambiente, além da infraestrutura necessária
e de um preparo pessoal do professor, que deve ser constante.

7.3 Temas Transversais

O Ministério da Educação vem desenvolvendo, desde 1995, debate sobre os


Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, uma proposta de conteúdos que
orientam a estrutura curricular do nosso sistema educacional. Neles, incluem-
se um núcleo de temas sob a denominação de “Convívio Social e Ética”.

Segundo uma importante linha de pensamento na área da educação, temas


como ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde e orientação sexual,
devem ser trabalhados transversalmente aos conteúdos tradicionais nas
escolas de ensino fundamental e médio, o que está, inclusive, em
conformidade com um documento elaborado pelo Ministério da Educação,
dando-lhes uma nova organização na estrutura do sistema educacional.

A origem dos temas transversais está em questionamentos realizados por


grupos de vários países sobre o papel da escola na sociedade globalizada e
sobre que conteúdos devem ser abordados nessa escola. A atual estrutura
curricular das escolas, no Brasil e em grande parte do ocidente, tem sua
origem na cultura grega clássica, incorporada pelos dominadores romanos e
espalhada como valor hegemônico pelo mundo. O Contexto dos pensadores
clássicos gregos era de desenvolvimento cultural e intelectual, mas altamente
elitista. Não havia preocupação com o quotidiano das pessoas nem com o
trabalho manual, de responsabilidade das mulheres e escravos.

Tais valores prevalecem na sociedade ocidental até hoje, representados na


estrutura curricular das escolas. Tem origem numa concepção de mundo
elitista, que limita o exercício intelectual a uma minoria de cidadãos em
detrimento de um universo mais amplo de conhecimentos que, se explorados
pelo intelecto humano, poderiam propiciar um desenvolvimento mais próximo
dos interesses quotidianos da sociedade.

Algumas das principais consequências desse modelo elitista são os


destacados desenvolvimentos intelectuais e tecnológicos da sociedade, mas,
que parcela da população tem acesso e usufrui de fato dessas conquistas?

No final do milênio, grupos sociais politicamente organizados desenvolveram


projetos educacionais e pressionaram alguns estados para incluir na estrutura
curricular, temas que abordassem conteúdos mais vinculados ao quotidiano da
maioria da população. Basicamente, apresentavam duas propostas:

Proposta 1 – preserva os conteúdos curriculares tradicionais e insere


transversalmente os temas: saúde, ética, meio ambiente, respeito às
diferenças, direitos do consumidor, igualdade de oportunidades, educação de
sentimentos... que seriam trabalhados de 3 formas possíveis:

Relação intrínseca – segundo este entendimento, não tem sentido existir


distinções entre conteúdos tradicionais e transversais. O professor deve
trabalhar a matemática, por exemplo, junto com democracia, cidadania etc.
Relação pontual – deve funcionar através de módulos ou projetos específicos
vinculados aos temas transversais, que seriam inseridos nas aulas em
determinados momentos do curso. Prioriza os conteúdos tradicionais, mas abre
espaço a outros conteúdos.
Relação Interdisciplinar – segundo este entendimento, o professor deve
integrar o conteúdo específico da área de conhecimento não só com os temas
transversais, mas também com os conteúdos das demais áreas.

As três formas preservam as disciplinas curriculares tradicionais, cabendo aos


temas transversais girar em torno desse eixo ou impregná-lo, portanto,
inserem-se no contexto de uma só proposta.
• Proposta 2 - os temas transversais (centro das preocupações sociais) ocupam
o eixo longitudinal. As disciplinas tradicionais não são mais fins em si mesmas,
mas meios para atingir fins mais de acordo com os anseios e necessidades da
população.

Essas concepções são estrangeiras (principalmente da Espanha). Neste curso,


entende-se que o Brasil precisa incluir os temas transversais em sua estrutura
curricular de acordo com caminhos metodológicos próprios, respeitando a
realidade cultural e social diferenciada entre as regiões.

Os temas transversais expressam conceitos e valore básicos à democracia e à


cidadania e obedecem a questões importantes e urgentes para a sociedade
contemporânea. A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho, o consumo, a
orientação sexual e a pluralidade cultural não são disciplinas autôomas, mas
temas que permeiam todas as áreas do conhecimento e estão sendo
intesamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos
alunos e educadores em seu cotidiano.

Os temas transversais atuam como eixo unificador, em torno do qual


organizam-se as disciplinas, devendo ser trabalhados de modo coordenado e
não como um assunto descontextualizado nas aulas. O que importa é que os
alunos possam construir significados e conferir sentido àquilo que aprendem.

AVALIAÇÃO

8. Avaliação

A avaliação tem passado, ao longo dos anos, por sucessivas transformações.


Mesmo assim, o processo avaliativo continua tendo sua complexidade no
contexto educacional.

O processo de ensino e aprendizagem requer momentos de reflexão, parada e


retomada das atividades. Essas “paradas” possibilitam um espaço para que os
alunos, individualmente ou em grupos, possam utilizar o conjunto de
conhecimentos apreendidos para criar, questionar, sugerir, procurar novas
formas de aplicar o saber, enfim, mostrar as transformações que o novo saber
lhes proporcionou. Durante todo o processo, a avaliação deve estar presente,
formulando juízos sobre os diferentes elementos que configuram o caminho da
atividade pedagógica. Assim, devem ser avaliados não só os alunos, mas o
professor, o cotidiano desenvolvido, os recursos utilizados, os objetivos e a
metodologia, bem como outros elementos.
(http://www.faculdadeexpoente.edu.br/upload/noticiasarquivos/1204057841.pdf)
.

Luckesi, C. (2005), define avaliação como: “o ato crítico que nos subsidia na
verificação de como estamos construindo o nosso projeto educacional. A
avaliação da aprendizagem é como um ato amoroso, no sentido de que a
avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. É necessário
distinguir avaliação de julgamento. O julgamento é um ato que distingue o certo
do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A avaliação tem por
base acolher uma situação, para, (e só então) ajuizar a sua qualidade, tendo
em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário. A avaliação, como ato
diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a inclusão e não a
seleção (que obrigatoriamente conduz à exclusão). O diagnóstico tem por
objetivo aquilatar coisas, atos, situações, pessoas, tendo em vista tomar
decisões no sentido de criar condições para a obtenção de uma maior
satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou construindo.”

Para Piletti, C. (2010) a avaliação é:

“ um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos,


habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de
decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola
como um todo.”

Já para Haidt, R. C.C.(2007) a avaliação é:

“um processo de coleta e análise de dados, tendo em vista verificar se os


objetivos propostos foram atingidos. No âmbito escolar, a avaliação se realiza
em vários níveis: do processo ensino-aprendizagem, do currículo, do
funcionamento da escola como um todo.”

É comum entender a avaliação como o resultado de testes, provas, trabalhos


ou pesquisas que são dadas ao aluno e aos quais se atribui uma nota ou
conceito e neste caso, esta aprova ou reprova.

Ao elaborar os instrumentos de avaliação, o professor necessita de uma


reflexão sobre os objetivos propostos em seu planejamento, para garantir de
fato a verificação da aprendizagem. Piletti, C. (2010) estabelece princípios
básicos de avaliação que o professor precisa ter claros ao aplicar um
instrumento de avaliação, como:

• Estabelecer com clareza o que vai ser avaliado, avaliar o aproveitamento, a


inteligência, o desenvolvimento sócio-emocional, as competências e
habilidades necessárias para a assimilação dos conteúdos.
• Selecionar instrumentos adequados para avaliar e o que se pretende avaliar.
• Utilizar, na avaliação, uma variedade de instrumentos para se ter um quadro
mais completo do desenvolvimento do aluno (quantitativo e qualitativo).
• Ter consciência de possibilidades e limitações dos instrumentos de avaliação.
• A avaliação é um meio para alcançar fins e não um fim em si mesma.

O professor, ao elaborar um instrumento de avaliação deve ter consciência do


que de fato quer avaliar, quais os objetivos que quer atingir com a avaliação.

8.1 Técnicas e Instrumentos de avaliação da aprendizagem


A avaliação é a fase final de um processo de coleta, análise e interpretação de
dados. Os recursos que são utilizados para isso, denominam-se “instrumentos
de avaliação”.

Segundo Haidt, R.C.C. (2007), para avaliar o aproveitamento dos alunos


existem três técnicas básicas e uma grande variedade de instrumentos de
avaliação, que podem ser sintetizados do seguinte modo:

TÉCNICAS
INSTRUMENTOS
OBJETIVOS BÁSICOS
Observação – é a técnica mais comum, e nela que o professor avalia não
apenas a aquisição de conhecimentos, mas também verifica hábitos e
habilidades do convívio social;
Registro da observação:
• Fichas
• Caderno
Verificar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicossocial do educando, em
decorrência das experiências vivenciadas.
Autoavaliação – é a apreciação feita pelo próprio aluno no processo vivenciado
e dos resultados obtidos.
Registro da autoavaliação

Aplicação de Provas:
- Argüição;
- Dissertação;
- Testes;
Prova oral
Prova Escrita
- Dissertativa
- Objetiva
Determinar o aproveitamento cognitivo do aluno, em decorrência da
aprendizagem.

A seleção das técnicas e instrumentos de avaliação deve ser realizada durante


o processo de planejamento pedagógico e deve considerar os seguintes
aspectos:

- objetivos direcionados para o ensino-aprendizagem;


- a natureza do componente curricular;
- métodos e procedimentos usados no ensino;
- número de alunos;
- tempo do professor;

A avaliação do processo de ensino e aprendizagem requer que o aluno não só


adquira os conhecimentos necessários para viver em sociedade, mas avalie as
habilidades e competências exigidas para tal. Nessa perspectiva, a avaliação
deve estar a serviço da aprendizagem, em favor do aluno, em favor de uma
formação básica que possibilitem competências técnicas, humanas e sociais.
Os modelos pedagógicos historicamente retratam o contexto da sociedade.
Entretanto, não existe uma metodologia consensual. Uma concepção filosófica
da educação, regra geral, não nega a anterior. Ela se adapta e inova a cada
momento. O fundamental é que a análise do conteúdo pelo aluno possa passar
de uma apropriação apenas reprodutiva para uma apropriação transformadora.
(http://www.eps.ufsc.br/disserta98/regina/cap2.htm)

O ato de avaliar está presente em todos os momentos da vida humana, seja na


alfabetização ou na graduação, e se reflete pela unidade imediata do
pensamento e da ação.

BIBLIOGRAFIA

Bibliografia Básica:

• ANDRÉ, M. E. D. A; OLIVEIRA, M. R. N. S. (orgs.). Alternativas do ensino de


didática. Campinas: Papirus, 2008.
• HAIDT, R. C. C. Curso de didática geral. 8 ed. São Paulo: Ática, 2007.
• LIBÂNEO, J. C. Didática. 18 ed. São Paulo: Cortez, 2008.

Bibliografia Complementar:

• GRANVILLE, M.A. Teorias e práticas na formação de professores. Campinas:


Papirus, 2007.
• LUCHESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 16.ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
• MASETTO, M. Didática: a aula como centro. 4 ed. São Paulo: FTD, 1997
• PILETTI, C. Didática Geral. 24ed. São Paulo: Ática, 2010.
• RIOS, T. A. Compreender e ensinar. São Paulo: Cortez, 2008.
• VEIGA, I. A. Lições de Didática. Campinas: Papirus, 2006.

QUESTÕES DE DIDÁTICA GERAL

1. “Ação que as gerações adultas exercem sobre as gerações jovens. Esta definição
corresponde à educação no seu sentido:

(a) Psicológico;
(b) Pedagógico;
(c) Didático;
(d) Social;
(e) Filosófico.

2. Complete a frase: “No passado, a didática era dominada pela figura central do professor. No
presente, projeta-se o aspecto correlativo da aprendizagem. O princípio básico deixa de ser a
____________ e passa a ser a ____________ do aluno”:

(a) Inferioridade - superioridade;


(b) Submissão - Autoridade;
(c) Atividade - Autoridade;
(d) Autoridade - Passividade;
(e) Passividade - Atividade.

3. Filosofia, para fins deste estudo, pode ser definida como:

(a) Estudo sistemático da educação;


(b) Reflexão sistemática sobre a concepção da vida e da existência do homem;
(c) Atividade pela qual o professor orienta a aprendizagem dos alunos;
(d) Estudo sistemático do ensino;
(e) Desenvolvimento das aptidões de cada indivíduo, no sentido de aprimorar sua personalidade.

4. Os conteúdos do ensino e os processos próprios para a construção do conhecimento são


objetos próprios da:

(a) Pedagogia;
(b) Filosofia;
(c) Psicologia;
(d) Sociologia
(e) Didática

5. A Educação é um termo cujo conceito é extremamente amplo. Sobre este termo é correto
afirmar que:

I – de forma assistemática, ocorre em sociedades muito simples, que apresentam acervo


cultural rudimentar;
II – em sociedades muito simples, a educação é passada de geração para geração por meio da
participação direta das crianças nas atividades dos adultos;
III – de modo sistemático, ocorre em sociedades a partir de um certo grau de complexidade;
IV – a escola é importante em sociedades mais complexas;
V – quando o acervo cultural da sociedade é vasto, a educação ocorre de forma assistemática.

A alternativa correta é:

(a) I, II, III, IV e V.


(b) I, II, III e V.
(c) I e III, apenas
(d) I, II, III e IV
(e) V, apenas
6. Quando nos referimos ao “outro lado da moeda”, no contexto atual do objeto de estudo da
didática, estamos nos referindo:

(a) à educação;
(b) à aprendizagem;
(c) ao ensino;
(d) à relação professor X aluno;
(e) à disciplina em sala de aula;

7. Sobre o conceito do termo “Educação”, é correto afirmar-se que:

I – contribui para a subsistência do grupo como tal;


II – é a manifestação da cultura;
III – depende do contexto histórico e social onde se insere;
IV –é o objeto de estudo da didática;
V – seus fins variam com a época e a sociedades.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas:

(a) I, II, III, IV e V


(b) III, apenas
(c) I, II, III e IV
(d) II e IV, apenas
(e) I,II,III e V

8. Dentre os processos normalmente utilizados para se conseguir disciplina em sala de aula,


aquele que dá aos alunos responsabilidades dentro dos limites do seu nível de maturidade e
inteligência é o uso da:

(a) responsabilidade;
(b) chantagem afetiva;
(c) força;
(d) democracia;
(e) autoridade.

9, Em relação à indisciplina na sala de aula, compete ao professor:

I- ajudar os alunos a prever as consequências dos seus próprios atos;


II- ajudar os alunos a compreender a razão de ser das regras;
III- procurar as causas da indisciplina de maneira objetiva e racional;
IV- aplicar regras coercitivas;
V- aplicar de imediato suspensão ao aluno
VI- utilizar formas positivas de orientação;
VII- ajudar os alunos a compreender as causas do seu próprio comportamento;

A alternativa correta e:

(a) há somente uma errada


(b) há duas erradas
(c) há três erradas
(d) há quatro erradas
(e) há cinco erradas
10. Haydt (2007), considera que a interação social na sala de aula se processa por meio
das relações estabelecidas entre professores e alunos, onde, diariamente, se desenvolvem,
entre outros aspectos:

(a) amor, ódio e egocentrismo


(b) construção, reflexão e descanso
(c) hábitos, atitudes e valores
(d) honestidade e justiça social
(e) autoritarismo, indisciplina e resgate histórico

11. No relacionamento com o aluno, o professor aprende a:

I- rever comportamentos;
II- ratificar ou retificar opiniões;
III- desenvolver novas habilidades;
IV- desfazer preconceitos;
V- alterar posturas

A alternativa que contém todas as afirmações corretas é::

(a) I, II, III, IV e V


(b) I, II e III
(c) III apenas
(d) I, II, III e IV
(e) I, II, IV e V

12. Segundo o texto da apostila, o processo de ensino e aprendizagem deve ser dirigido:

(a) pelo sistema escolar;


(b) pela escola;
(c) pelo aluno;
(d) pelo professor;
(e) pelo Ministério da Educação.

13. Os alunos desenvolvem atividades diferentes, agrupam-se de forma diversa e escolhem o


espaço mais adequado para cada tipo de trabalho. Não é necessário que haja boa acústica na
sala de aula. Estas características correspondem ä escola:

(a) Ativa
(b) Nova
© Tradicional
(d) Tecnicista
(e) Pública.

14. Relacione os tipos de escola e a forma como são selecionados os conteúdos


programáticos:

A- Escola Tradicional
B- Escola Nova
C- Escola Tecnicista
D- Escola Crítica
I- os conteúdos são selecionados a partir da cultura universal acumulada e organizados em
disciplinas e visam a quantidade de conhecimento;
II- os conteúdos são selecionados a partir das culturas dominantes e visam a apropriação para a
superação;
III- os conteúdos são selecionados a partir dos interesses dos alunos e visam seu desenvolvimento
psicológico;
IV- selecionado qualquer conteúdo, desde que estruturado segundo os objetivos da escola.

Assinale a alternativa correta:


(a) A-I; B-II; C-III; D-IV
(b) A-I; B-III; C-IV; D-II
(c) A-IV; B-II; C-III; D-I
(d) A-III; B-IV; C-I; D-II
(e) A-II; B-I; C-III; D-IV

15. O tipo de escola em que o professor é o educador que direciona e conduz o processo de ensino
e aprendizagem é a:
(a) Tecnicista
(b) Nova
(c) Crítica
(d) Tradicional
(e) Particular

16. Sobre a Escola Nova, é correto afirmar que:

(a) a metodologia é centrada no professor.


(b) a avaliação valoriza os aspectos afetivos com ênfase na autoavaliação.
(c) seus objetivos educacionais são definidos a partir das necessidades concretas do contexto
histórico e social.
(d) a escola caracteriza-se pelo autoritarismo.
(e) a organização da escola segue o modelo empresarial

17. O tipo de escola em que o aluno é um ser passivo, que deve assimilar os conteúdos
transmitidos pelo professor é:

(a) Tradicional
(b) Nova
(c) Crítica
(d) Tecnicista
(e) Ativa

18. Analise as afirmações abaixo:

I- Na Escola Crítica , a organização é um meio para que a escola funcione bem nos seus múltiplos
aspectos;
II- Na Escola Nova, o aluno educado é o aluno criativo, participativo, que aprendeu a aprender;
III- Na Escola Tradicional, as aulas são centradas no aluno;
IV- Na Escola Tecnicista, a metodologia dá ênfase aos meios (recursos audiovisuais, tecnologias de
ensino, instrução programada...)

A alternativa que contém todas as afirmações corretas é:


(a) I, II, III e IV
(b) I, II e III
(c) II, III e IV
(d) I, II e IV
(e) II e III, apenas

19. Sobre uma aula disciplinada, é correto afirmar que:

I- é muito mais do que conservar a classe em ordem;


II-visa desenvolver autocontrole no aluno;
III-visa desenvolver auto-respeito no aluno;
IV-visa desenvolver no aluno respeito pelas pessoas que o rodeiam;
V-ela deve partir do íntimo do aluno, não de pressões.

A alternativa correta é:

(f) I e II
(g) III, apenas
(h) I, II, III, IV e V
(i) I e III
(j) I, II, III e V

20. O tipo de escola onde é fundamental que o professor veja os alunos e os alunos vejam o
professor e a lousa é:

(a) Ativa
(b) Tradicional;
(c) Nova;
(d) Passiva;
(e) Tecnicista

21. Segundo Haydt (2007), o educador na sua relação com o educando, estimula e ativa o
interesse do aluno e orienta o seu esforço individual para aprender. Assim sendo, na relação
professor X aluno o professor tem, basicamente, as seguintes funções:

I – Incentivadora;
II – Planejadora;
III – Orientadora;
IV – Transmissora de conhecimentos.

A alternativa correta é:

(a) I e II
(b) IV, apenas
(c) II e III
(d) I e, III
(e) I,II,III e IV

22. Cabe ao professor, durante sua intervenção na sala de aula, e por meio de sua interação
com a classe, ajudar o aluno a transformar sua curiosidade em esforço cognitivo e passar de
um conhecimento confuso para um saber:

(a) sincrético
(b) fragmentado
(c) organizado
(d) diversificado
(e) globalizado
23. A atividade profissional do professor é fundamentalmente social. Neste contexto (o social),
podemos destacar como sua característica mais importante:

(a) seguir eticamente a legislação educacional do país e ensinar seus alunos a fazerem o
mesmo;
(b) transmitir conhecimento para as futuras gerações.
(c) ensinar habilidades e passar sua experiência para os alunos;
(d) fazer a mediação entre as condições de origem do aluno e a sua destinação posterior na
sociedade;
(e) atuar na sociedade como elemento articulador da teoria com a prática;

24. Assinale qual o sinal mais indicativo da responsabilidade de um professor no seu exercício
profissional?

(a) o cumprimento dos horários de início e final das aulas;


(b) o intelecto dos seus alunos;
(c) a sua participação em associações de classe;
(d) a sua forma de controlar a disciplina em sala de aula.
(e) o seu permanente empenho na educação e formação dos seus alunos.

25. Assinale a alternativa que melhor complementa a afirmação:


A prática do professor deve ser entendida como:

(a) um trabalho desvinculado da individualidade prática.


(b) uma atividade prazerosa e independente da teoria.
(c) um trabalho em que a unidade teoria-prática se caracteriza pela ação-reflexão-ação
(d) uma ação pedagógica ideologizada e teórica
(e) uma prática educativa relacionada aos interesses pessoais

26. Haydt, abordando a importância do diálogo na relação pedagógica, considera que no


contato interpessoal, instaura-se um processo de intercâmbio, no qual:

(a) aprender é um processo unilateral.


(b) o professor apenas deve ensinar ao seu aluno.
(c) mestre é aquele que sempre ensina.
(d) o conhecimento é a base de todo produto educativo
(e) o diálogo é fundamental, pois o conhecimento será construído em conjunto.

27. São tipos de liderança a serem exercidas em sala de aula:

I – Democrática;
II – Permissiva;
III –Estratégica;
IV – Autoritária;
V – Dividida.

Assinale a alternativa correta:

(a) I e II.
(b) II, III e IV.
(c) Todas as alternativas
(d) I, II e IV.
(e) I,II,III e V.

28. No decorrer do seu estágio na instituição escolar, ou seja, no seu futuro ambiente de
trabalho, há diversos departamentos nos quais você deverá conviver no exercício da sua
profissão. Dentre eles, o que merece maior destaque no seu curso de formação e no estágio é:

(a) a sala dos professores;


(b) a biblioteca;
(c) a sala de aula;
(d) a diretoria;
(e) a secretaria.

29. “Um processo mental que supõe análise, reflexão e previsão”. Esta definição corresponde
a:

A alternativa correta é:

(a) Planejamento;
(b) Programa;
(c) Plano;
(d) Projeto;
(e) Proposta.

30. Na relação entre os termos plano, programa, projeto e planejamento, é correto afirmar que:

I – Um programa pode ser composto por um conjunto de planos;


II – Um plano pode ser composto por um conjunto de projetos;
III – O projeto é o produto de menor alcance entre os possíveis produtos de um planejamento;
IV – Programa, projeto e planejamento são os possíveis resultados de um plano.

A alternativa correta é:
(a) I e IV
(b) I e III
(c) II e III
(d) I, II e III
(e) IV, apenas

31 Dentre os diferentes tipos de plano educacional, o que mais se aproxima da sua atividade
futura como professor é:

(a) Plano de Aula


(b) Plano de Curso
(c) Plano de Unidade
(d) Plano de Sistema
(e) Plano de Escola

32. Existem três tipos de planejamento didático ou de ensino. Esses tipos e sua descrição,
podem ser sintetizados da seguinte maneira:

I) Plano de curso – reunião de várias aulas sobre assuntos correlatos;


II) Plano de aula- sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo;
III) Plano de unidade – previsão dos conhecimentos e atividades a serem desenvolvidas numa
classe;

Assinale a alternativa correta:

(a) II, apenas.


(b) I, II e III.
(c) I e II.
(d) II e III.
(e) III, apenas.

33. Planejar é extremamente importante e necessário em qualquer área da atividade humana,


e na educação não é diferente. Entre as vantagens de se planejar a atividade educacional,
pode-se mencionar:

(a) prevê mas não supera dificuldades;


(b) permite gastar mais tempo;
(c) não se importa com a eficácia;
(d) permite improvisação.
(e) evita a improvisação;

34. O “Plano” é um dos resultados possíveis do processo de planejamento. Um bom plano


apresenta, entre outras, as seguintes características:

(a) clareza e imprecisão.


(b) inflexibilidade.
(c) objetividade e funcionalidade.
(d) descontinuidade e sequência.
(e) unidade e incoerência.

35. De acordo com os autores citados no livro-texto, são características de um bom plano:
A alternativa correta é:

(a) coerência, continuidade e clareza;


(b) continuidade, fidedignidade e ação;
(c) ação flexibilidade e validade;
(d) validade, objetividade e subjetividade;
(e) subjetividade, precisão e previsão.

36. Num Plano de Aula, os objetivos devem ser definidos com base no que o aluno deva ser
capaz de saber, sentir ou fazer, ao final da aula. Esses objetivos podem ser definidos como:

I – Saber - cognitivos;
II – Fazer - passivos;
III – Fazer - ativos;
IV – Sentir - afetivos.

A alternativa correta é:
(a) somente a I
(b) I, III e IV
(c) I e IV
(d) II e III
(e) somente a IV
37. De acordo com o livro-texto, dentre os diferentes tipos de plano, o plano de aula é o mais
afeito às atividades docentes em seu sentido estrito. Entre seus elementos constitutivos, NÃO
consta:
Assinale a alternativa correta:

(a) objetivos.
(b) avaliação.
(c) avisos.
(d) conclusão.
(e) tarefa.

38. Relacione os tipos de planejamento às suas características:

I – Planejamento de Sistema Educacional;


II – Planejamento Didático;
III – Planejamento da Escola;

A- Previsão das ações pedagógicas e administrativas, a ser elaborado por toda a equipe;
B- Reflete a política de educação adotada;
C- Previsão das ações e procedimentos que o professor vai realizar.

A alternativa correta é:
(a) I-A / II-B / III-C
(b) I-B / II-C / III-A
(c) I-B / II-A / III-C
(d) I-C / II-B / III-A
(e) I-A / II-C / III-B

39. Sobre as aulas tradicionais, pode-se afirmar que:

I- requerem um comportamento passivo do aluno;


II-cópias, ditados e leituras, são formas de aulas expositivas;
III- a técnica de perguntas e respostas enriquece uma aula expositiva;
IV- os tipos de aulas tradicionais são as aulas expositivas e os trabalhos em grupo.

A alternativa correta é:
(a) I e II, apenas
(b) I, III e IV
(c) I, II e III
(d) II e III, apenas
(e) I, II, III e IV

40. O método ativo de aula que considera que “ensinar é apresentar problemas e aprender,
resolvê-los” é:

A alternativa correta é:
(a) método de projetos;
(b) psicogenético
(c) centros de interesse
(d) unidades didáticas
(e) solução de problemas;
41. O método criado por Jean Piaget, utilizado em aulas ativas, é denominado:

A alternativa correta é:
(a) Estudo Dirigido;
(b) Método de Projetos;
(c) Unidades Didáticas;
(d) Centros de Interesse.
(e) Psicogenético;

42. De acordo com a “Escada de Bloom”, o nível (ou degrau) em que o professor pode solicitar
ao aluno que responda a um questionamento com suas próprias palavras é:

A alternativa correta é:
(a) conhecimento;
(b) análise;
(c) compreensão;
(d) aplicação;
(e) síntese.

43. Dentre os cinco sentidos, qual aquele pelo qual o ser humano aprende menos?

(a) tato;
(b) olfato;
(c) paladar;
(d) audição;
(e) visão.

44. Dentre os cinco sentidos,qual aquele pelo qual o ser humano aprende mais?

A alternativa correta é:
(a) tato;
(b) visão.
(c) paladar;
(d) olfato;
(e) audição;

45. De acordo com a escada de Bloom, o aluno só estará apto a discernir se determinado
assunto é ou não importante para a sua vida e para a sociedade quando atingir que degrau?

(a) síntese;
(b) análise;
(c) aplicação;
(d) avaliação;
(e) compreensão.

46. De acordo com a escada de Bloom, o primeiro estágio (ou degrau) da aprendizagem é:

(a) conhecimento;
(b) compreensão;
(c) aplicação;
(d) análise;
(e) avaliação.

47. O desdobramento do assunto estudado em partes, e o estudo cuidadoso de cada uma


delas de modo a proporcionar o entendimento detalhado , na escada de Bloom, refere-se :

A alternativa correta é:
(a) ao conhecimento;
(b) à compreensão;
(c) à aplicação;
(d) à análise;
(e) à síntese.

48. No que se refere à fixação da aprendizagem, obtemos maior sucesso quando:

A alternativa correta é:
(a) lemos;
(b) ouvimos;
(c) vemos e ouvimos;
(d) ouvimos e logo realizamos;
(e) ouvimos e logo discutimos.

49. Com base no uso adequado de recursos e em reflexão sobre a forma de ensinar, um
professor tem condição de aplicar uma avaliação mais justa a seus alunos. Um dos
instrumentos mais didáticos que se dispõe para essa finalidade é a chamada “Escada de
Bloom”. Trata-se de degraus a serem alcançados de acordo com a aprendizagem promovida.
Sobre ela, assinale a alternativa correta:

(a) conhecimento é atingido quando o professor trabalha por tempo suficiente para que o aluno
responda com suas palavras a questões sobre o assunto.
(b) avaliação é atingida quando os alunos são preparados para desdobrar o assunto em partes.
(c) aplicação é atingida quando os alunos são preparados para desdobrar o assunto em partes.
(d) síntese é atingida quando o aluno está apto a sintetizar o conhecimento adquirido.
(e) compreensão é atingida quando o aluno ouve pela primeira vez sobre determinado assunto.

50. O Ministério da Educação – ME vem desenvolvendo, desde 1995, uma proposta de


conteúdos que orientam a estrutura curricular dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs,
incluído os chamados temas transversais. Dentre os temas transversais, podem ser
considerados vários temas, entre os quais NÃO se inclui:

(a) pluralidade cultural.


(b) matemática.
(c) meio ambiente.
(d) saúde.
(e) orientação sexual.

51. A decisão de se utilizar um método ou técnica numa aula, depende de alguns fatores,
dentre os quais:

I) dos objetivos educacionais e do tipo de aluno;


II) do tempo disponível e das condições físicas da sala de aula;
III) da estrutura do assunto e tipo de aprendizagem a ser desenvolvida;
Assinale a alternativa correta:

(a) somente I está correta.


(b) somente II está correta.
(c) todas estão corretas.
(d) somente III está correta.
(e) todas estão incorretas.

52. É centrado no aluno, baseia-se nos princípios da liberdade, atividade, vitalidade e


individualidade, que se resumem na auto-educação. Assinale a alternativa que apresenta o tipo
de aula e procedimento de ensino descrito:

(a) Jean Piaget.


(b) tradicional.
(c) psicogenético.
(d) instrução programada.
(e) montessori.

53. O método de ensino onde a tarefa dos professores é dirigir, sugerir idéias úteis e auxiliar os
alunos, assemelha-se ao método de solução de problemas, mas é mais abrangente, é:

(a) fichas didáticas.


(b) método de projetos.
(c) instrução programada.
(d) estudo dirigido.
(e) trabalho em grupo.

54. Recursos didáticos são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem à
estimulação para o aluno (Cagné, R., 1971 apud Piletti, C. 2001). Tradicionalmente esses
recursos são classificados da seguinte maneira:

I) recursos visuais (projeções, cartazes, gravuras);


II) recursos auditivos (rádios, gravações,.)
III) recursos audiovisuais (cinema, televisão)

Assinale a alternativa correta:

(a) I, II e III
(b) I e II, apenas.
(c) II e III, apenas
(d) I e III, apenas
(e) Nenhuma está correta.

55. São características do trabalho em grupo:

I – desenvolver a prática do convívio social;


II – desenvolver a criatividade e o espírito de cooperação;
III – treinar a capacidade de liderança e aceitação;
IV – considerar que ensinar é apresentar problemas e aprender, resolvê-los.

A alternativa correta é:
(a) II e III, apenas
(b) I e IV, apenas
(c) I e III e IV
(d) I, II e III
(e) IV, apenas

56. A aula expositiva sempre fez parte da prática docente, independentemente da concepção
pedagógica dominante. Essa técnica de ensino, embora amplamente rejeitada, pode ser muito
útil na produção da aprendizagem, desde que:

(a) seja utilizada apenas para expor novos conteúdos


(b) o professor continue sendo o único produtor de conhecimentos do grupo
(c) o professor assuma a posição de diálogo
(d) a mensagem do professor não possa ser contestada
(e) adote sempre as técnicas da cópia, ditado e leitura

57. O método baseado no desenvolvimento de novas estruturas mentais nos indivíduos, foi
desenvolvido por:

A alternativa correta é:
(a) Paulo Freire;
(b) Rubem Alves;
(c) Fernando Pessoa;
(d) Machado de Assis;
(e) Jean Piaget.

58. Os temas transversais expressam conceitos e valores básicos à democracia e à cidadania


e permeiam todas as áreas do conhecimento.
O entendimento da diversidade do patrimônio cultural brasileiro e o reconhecimento da
diversidade como um direito dos povos e dos indivíduos, repudiando toda a forma de
discriminação por raça, classe, crença religiosa e sexo são assuntos a serem estudados pelo
tema:

(a) trabalho e consumo


(b) pluralidade cultural
(c) saúde
(d) ética
(e) meio ambiente.

59. Ao elaborar os instrumentos de avaliação, o professor deve:

I-refletir sobre os objetivos propostos em seu planejamento para garantir a verificação da


aprendizagem;
II- estabelecer com clareza o que vai ser avaliado;
III- ter consciência de que a avaliação é um fim em si mesmo, e não um meio para alcançar
fins;.
IV-selecionar instrumentos adequados para avaliar se os objetivos serão alcançados.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas:


(a) I, II, III e IV
(b) I, II, e III
(c) II, III e IV
(d) I, II e IV
(e) I, III e IV

60. LUCKESI (2005), discute alguns tipos de avaliação:


A- Avaliação Classificatória
B- Avaliação Diagnóstica
C- Avaliação Participativa

I- instrumentos para a compreensão dos estágios de aprendizagem em que se encontra o aluno,


visando a tomada de decisão de maneira suficiente e satisfatória para o avanço no processo de
aprendizagem.
II- instrumento para aprovar ou reprovar o aluno, que constitui uma prática seletiva.
III- Instrumento que permite a discussão do professor e do aluno, sobre o estado de aprendizagem
em que ele se encontra

Relacione os itens acima e assinale a alternativa correta:


(a) A-II; B-I; C-III;
(b) A-II; B-III; C-I;
(c) A-III; B-II; C-I;
(d) A-III; B-I; C-II;
(e) A-I; B-II; C-III.

61. Para LUCKESI ( 2005), a prática da avaliação da aprendizagem escolar, pode estar a favor
ou contra a democratização do ensino.
Assinale a alternativa correta:

(a) a avaliação existe para garantir a nota do aluno;


(b) a avaliação classificatória garante a democratização do ensino;
(c) a avaliação é a medida da quantidade dos acertos, tendo em vista a aprovação do aluno
(d) na avaliação o professor deve tornar as questões difíceis para “pegar o aluno pelo pé”
(e) a prática classificatória da Avaliação é anti-democrática.

62. O uso dos recursos da informática dá oportunidade ao educador de:

I- compreender os processos mentais, conceitos e estratégias usadas pelos alunos;


II- mediar e contribuir de maneira mais efetiva no processo ensino-aprendizagem;
III intermediar e orientar a construção do conhecimento ,junto com os alunos;
IV- criar um ambiente de ensino e aprendizagem instigante por meio da pesquisa.

A alternativa correta é:

(a) I, II, III e IV


(b) I, II e III, apenas
(c) II, III e IV, apenas
(d) II e III apenas
(e) I e II, apenas

63. Dentro da visão em que educar é formar e aprender, é construir o próprio saber, a avaliação
assume dimensões mais abrangentes. Ela não se resume apenas em atribuir notas, mas:
(a) verifica se o professor ensina corretamente
(b) classifica e retém ou promove os alunos com menor rendimento
(c) distingue somente os acertos e erros dos alunos
(d) verifica se os alunos atingiram ou estão atingindo os objetivos propostos
(e) verifica apenas a ausência ou presença do aluno na hora da prova

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