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Dedicatória
Este Trabalho é dedicado a toda minha família pelo amor e incentivo dado durante a
minha formação pessoal e académica, especialmente aos meus Pais Janfar Mucusse
e Maria Madalena Coelho e à minha irmã Arminda Janfar que sempre me apoiou e
esteve do meu lado quando mais precisei.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Agradecimentos
A toda minha família pelo amor, incentivo e apoio prestado durante a minha formação
pessoal e académica. Um especial agradecimento aos meus pais Janfar Mucusse e
Maria Madalena Coelho e a minha irmã Arminda Janfar que sempre estiveram do meu
lado e acompanharam cada passo da minha caminhada até hoje.
A Mozal pela oportunidade que me foi dada, especialmente ao Senhor Rajan Pillay,
Superintendente do Processo que sempre esteve disponível para esclarecer dúvidas
e ajudar na concepção deste Trabalho.
Aos meus colegas de estágio na Mozal, Arnaldo Rupia Nhavoto, Mata Luís Vicente,
Estevão Manhiça e Albino Amosse pela amizade, companherismo, apoio e acima de
tudo colaboração.
Aos meus amigos de infância da Rua dos Combatentes pela amizade e pelo apoio
incondicional que me têm dado até hoje.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Declaração de honra
Juro por minha honra que este Trabalho foi elaborado por mim usando a bibliografia
mencionada durante o decorrer do texto.
O autor
________________________________________________
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Resumo
A Mozal é uma companhia que opera em Moçambique cujo principal objectivo é
produzir alumínio. A Mozal é constituída essencialmente por 3 departamentos tais
como a redução, o carbono e a casa das moldes.
O departamento de redução é o principal responsável pela produção do alumínio, cujo
processo de produção envolve a redução da alumina num processo electrolítico
denominado Hall-Heroult. Esta reacção ocorre numa célula electrolítica usando a
tecnologia da Aluminum Pechiney (AP35) e consiste essencialmente na redução do
óxido de alumínio (alumina) usando carbono como redutor e consequentemente como
ânodo. Estes ânodos feitos de carbono são fabricados e fornecidos à redução pelo
departamento do carbono.
Em condições normais, são necessários cerca de 2200℃ para que esta reacção
ocorra, fazendo com que não seja viável do ponto de vista económico e operatório.
Esta reacção ocorre economicamente usando uma substância para dissolver a
alumina o que faz com que a reacção ocorra a temperaturas mais baixas, cerca de
960℃. A única substância capaz de dissolver alumina e a criolita, que é usada com
outros aditivos tais como o 𝐴𝑙𝐹3 , 𝐶𝑎𝐹2 e a própria alumina, constituindo o que se
denomina de banho, com o objectivo de diminuir mais ainda as temperaturas de
operação da célula.
O principal aditivo é o 𝐴𝑙𝐹3 que é usado no balanço térmico para melhorar a eficiência
da corrente, diminuir a densidade do banho e diminuir a solubilidade do alumínio. Por
outro lado, este aditivo tem algumas desvantagens tais como a redução da
solubilidade da alumina, aumenta a resistividade do banho e é o principal responsável
pelas emissões de gases contendo 𝐻𝐹 que são maléficos para o homem e para o
meio ambiente, para além de ser caro. Dai que se deve optimizar o seu consumo na
célula electrolítica, que é essencialmente coloca-la no nível ideal de cerca de 8 a 12%.
Para optimizar esta substância, deve-se saber se a quantidade alimentada pelo
sistema que controla as células electrolíticas, o nível 2, vai de acordo com as
necessidades reais das células electrolíticas que serão calculadas através de um
balanço massico efectuado num período de 24 horas.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................2
2. OBJECTIVOS .................................................................................................................3
3. ÂMBITO DO TRABALHO................................................................................................3
4. DESCRIÇÃO DA MOZAL ...............................................................................................4
5. ASPECTOS DE SEGURANÇA .......................................................................................4
6. PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO ALUMINIO .....................................................................6
6.1. MATÉRIA PRIMA...................................................................................................14
6.1.1. ALUMINA ........................................................................................................14
6.1.2. CARBONO .....................................................................................................14
6.1.3. BANHO ELECTROLÍTICO ..............................................................................16
6.1.4. ENERGIA ELÉCTRICA ...................................................................................17
7. PRINCIPAIS ASPECTOS E OPERAÇÕES NA PRODUÇÃO DO ALUMÍNIO............18
7.1. SUCÇÃO DO METAL ............................................................................................18
7.2. REGULAÇÃO DO BANHO ....................................................................................18
7.3. TROCA DE ÂNODOS ............................................................................................18
7.4. COBERTURA DOS ÂNODOS ...............................................................................19
7.5. LEVANTAMENTO DO BEAM ................................................................................20
7.6. EFEITO ANÓDICO ................................................................................................21
7.7. MEDIÇÕES............................................................................................................22
8. OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMINIO ...........................22
8.1. DESCRIÇÃO DO TRIFLUORETO DE ALUMINIO .................................................22
8.2. BALANÇO DOS FLUORETOS ..............................................................................25
8.2.1. Consumo do 𝑨𝒍𝑭𝟑 pelas impurezas da alumina .............................................25
8.2.2. Emissões das células electrolíticas .................................................................26
8.2.3. Contaminação do cátodo ................................................................................28
8.2.4. Adições ...........................................................................................................28
8.2.5. Perdas ............................................................................................................29
8.2.6. Central de tratamento dos gases (GTC) .........................................................29
8.2.7. Fluoretos na alumina fluorinatada ...................................................................30
8.3. EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS .......................................................................30
8.4. BALANÇO MASSICO ............................................................................................31
8.4.1. Critério de seleção das 3 células electrolíticas ................................................32
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
vi
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Lista de figuras
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Lista de tabelas
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Glossário
CLAD: liga bi-métalica (alumínio e ferro fundido) usada para assegurar o stem ao
hexápode.
CE: eficiência da corrente.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
CRUST BIN: recipiente usado para depositar o material que cai no banho quando se
troca o ânodo gasto.
GREEN POLE: Material usado para libertar os gases formados por baixo dos ânodos.
HOODS: Portas que não permitem a evaporação dos gases e garantem o balanço
térmico da célula.
PTA (Pot tending assembly): Grua usada para diversas operações do potroom tais
como: troca e cobertura dos ânodos, levantamento do beam, sucção do metal.
x
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
1. INTRODUÇÃO
O 𝐴𝑙𝐹3 é a subtância mais importante na regulação da temperatura e é à partir desta
substância que gases como 𝐻𝐹 são emitidos. Estes gases são nocivos à vida animal
e ao ambiente, sendo por essa razão e pela economia do processo que esses gases
são succionados e enviados a uma central de tratamento que o recicla removendo os
fluoretos e só depois os emite para a atmosfera. As emissões desses gases são
medidas por dois equipamentos denominados boreal laser e isokinectic.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
2. OBJECTIVOS
Objectivo geral
Identificar oportunidades para optimizar o consumo do 𝐴𝑙𝐹3 .
Objectivos específicos
Propor mecanismos ou maneiras com vista a reduzir as emissões dos fluoretos
nas células electrolíticas.
Identificar as razões das perdas do 𝐴𝑙𝐹3 no processo
3. ÂMBITO DO TRABALHO
A principal razão para se pretender optimizar o 𝐴𝑙𝐹3 é porque ele possui vantagens e
desvantagens para além de ser apresentar custos elevados de aquisição.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
4. DESCRIÇÃO DA MOZAL
A Mozal é uma empresa multinacional do grupo BHP Billiton que opera em
Moçambique, com 47% das acções, com partcipação dos grupos Mitsubishi
Corporation (25%), Industrial Development Corporation of South Africa Limited (24%)
e o Governo Moçambicano com 4% das acções. A Mozal localiza-se na Província de
Maputo, Distrito de Boane, no Parque Industrial de Beluluane, a 17 Km da Cidade de
Maputo.
5. ASPECTOS DE SEGURANÇA
A política da Mozal é dano zero. Isto significa que deve-se estar consciente em relação
a todos os riscos que podem aparecer durante o desempenho de uma determinada
tarefa.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Inalação
Pode causar irritações a membrana mucosa e irritações ao sistema respiratório. Em
caso de inalação deve-se procurar assistência médica imediatamente.
Ingestão
Em caso de ingestão deve-se beber 1 a 2 copos de água e tentar induzir o vómito,
mas apenas na presença de um médico.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Cátodo
Cátodo é a parte negativa da célula, que é onde o aluminio é produzido. Os principais
componentes do cátodo são: A parede da celula (potshell) que é feita de aço; 2
Camadas de tijolos refratários para prevenir perdas de calor; 20 Blocos catódicos nos
quais são conectadas barras de aço para colectar a corrente e transmitir à seguinte
célula.
Positive risers
Os positive risers são condutores de alumínio que transportam a corrente de uma
célula electrolítica para outra. Cada célula possui 5 positive risers, sendo que cada
um conduz aproximadamente 70 KA. Eles são constituídos por uma parte vertical e
uma parte flexível conectada ao beam. A parte flexível permite o movimento do beam
acompanhando o desgaste dos ânodos de carbono com vista a manter a distância
entre o ânodo e o metal. O mesmo movimento acontece quando se faz a sucção do
metal e em outras situações como veremos mais adiante.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Beam
São conductores feitos de alumínio que distribuem a corrente para o stem dos ânodos.
O beam é constituído por duas barras metálicas de alumínio que se movimentam
verticalmente devido aos motores em que cada uma está ligada. Cada barra do beam
suporta 10 anodos, por forma que quando elas se movimentam todos os 20 ânodos
acompanham esse movimento.
Superstrutura da célula
É a parte da célula electrolítica que contém os hoods e a tubagem de sucção dos
gases para os GTC’s. A superstrutura sustenta também os alimentadores, beam e a
porta de sucção do metal e do banho.
Os hoods são feitos de uma liga de alumínio e são termicamente isolados com 2 pegas
prevenindo o escape dos gases emitidos na célula.
Potmicro
Cada célula é controlada por um Potmicro (denominado nivel 1) que transmite toda
informação ao nível 2.
O nível 1 consiste num potmicro e o um pot control cabinet. Essas duas unidades
estão situadas do lado oposto do corredor, defronte às células electrolíticas.
O nível 2 está localizado na sala de control. Ele fornece todos os repórteres e grava
todos os acontecimentos do shift. O nível 2 é o sistema de controlo para todas as
células electrolíticas, ou seja, é responsável por todas funções do nível 1.
Resumidamente o nível 2: comunica-se com o nível 1 (potmicro) continuamente;
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Alimentadores
Alimentadores são dispositivos mecânicos constituídos por um semi-silo e um
dispositivo de alimentação que se localizam na superstrutura da célula electrolítica e
tem a função de alimentar a célula com a alumina fluorinatada e o trifluoreto de
alumínio.
Em cada célula electrolítica existem 5 alimentadores:
Na mozal existem 2 linhas de produção. Cada linha contém 2 potrooms, sendo que
em cada potroom estão conectados 144 células electrolíticas em série resultando para
cada linha 288 células electrolíticas e para as duas linhas 576 células electrolíticas.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Reacção global é:
𝑉𝑎𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐴𝑙 = 3 +
São necessários 3 moles de electrões para libertar 1 mol de 𝐴𝑙. Cada mol de 𝐴𝑙 pesa
26.98 𝑔, então:
26.98 𝑔
1 𝑚𝑜𝑙 𝑒𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟õ𝑒𝑠 𝑙𝑖𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎𝑚
3
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
𝑄
𝐹𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑦 =
96485
𝑄 =𝐼×𝑡
𝐼×𝑡
𝐹𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑦 =
96485
𝐼 × 86400
𝐹𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑦 =
96485
𝐴𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 = 8.053 × 𝐼
𝐴𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 = 8.053 × 𝐼 × 𝐶𝐸
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
6.1.1. ALUMINA
É um sólido branco pulverizado que forma o ingrediente principal no processo de
redução. A sua fórmula química é 𝐴𝑙2 𝑂3 e é importado da Austrália por navio e
armazenado no porto em silos com capacidade de 45000 toneladas sendo depois
transportado do porto para a Mozal por camiões.
𝑥 − 1000 𝑘𝑔
𝑥 = 1889.5 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎
1889.5 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎
= 1.8895
1000 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙
Na prática usa-se:
𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎
1.92
𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙
6.1.2. CARBONO
É um dos materiais usados para fazer os ânodos. Tal como alumina, o coke é
importado por navios até ao porto na Matola e a partir dai por camiões até a planta.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
1920 𝑘𝑔 − 𝑦
340 𝑘𝑔 𝐶
𝑦=
𝑡𝑜𝑛 𝐴𝑙
Na prática usa-se:
𝑘𝑔 𝑜𝑓 𝐶𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑜
415
𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝐴𝑙
Fábrica da pasta
Nesta secção é onde são feitos os ânodos crus a partir da mistura de coque do
petróleo, o alcatrão líquido e carbono gasto reciclado, são blocos com dimensões
1560mm x 655mm x 655mm pesando cerca de 900-1100Kg. Depois desta secção os
ânodos crus seguem aos fornos de cozedura.
Forno de cozimento
É nesta secção onde os ânodos são cozidos nos fornos durante 20 dias a uma
temperatura de 1100 o C, para calcinar o alcatrão que vai ligar a estrutura do ânodo
proporcionando a ligação entre os elementos que compõem a estrutura do ânodo, e
para que adquiram a resistência mecânica e melhorem as propriedades eléctricas. De
seguida faz-se o arrefecimento lento e uniforme.
Oficina de chumbamento
Os ânodos cozidos são enviados para esta secção onde são conectadas as hastes
condutoras de corrente eléctrica (stem) em cada dois blocos de ânodos. Depois desta
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
secção, os ânodos são enviados para o departamento da redução para o seu uso por
meio de um veíclo apropriado denomina APTV (anode palet transport vehicle)
Outras razões da escolha da criolita como electrólito para dissolver a alumina são: é
menos reactiva que a alumina, conduz bem a corrente eléctrica, protege as paredes
da célula devido a camada que se forma por diferença de temperatura entre o seu
interior e o exterior, não contamina o metal (excepto com o sódio)
Numa célula electrolítica em operação normal, o banho líquido deve estar a uma
temperatura maior que a sua temperatura de fusão. A diferença entre estas duas
temperaturas é definida como sobreaquecimento (𝑆𝐴 = 𝑇𝐵𝑎𝑛ℎ𝑜 − 𝑇𝑓𝑢𝑠ã𝑜 ), como se
pode ver no diagrama de fases da criolita contendo com aditivo o 𝐴𝑙𝐹3 .
Superheat
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
O sobreaquecimento deve ser suficiente mas não muito forte devido: a eficiência da
corrente é baixa quando a temperatura é muito alta. Por outro lado, quando a
temperatura é alta, a resistência também o é (efeito Joule), consequentemente o
consumo da corrente irá ser alto também podendo causar danos as células
electrolíticas.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Se a célula electrolítica tiver muito banho os pins que suportam os ânodos serão
atacados resultando numa contaminação do alumínio devido ao ferro presente na
composição desses pins. Por outro lado, as linhas dos campo o campo magnético
serão afectadas causando turbulência e como consequência a célula electrolítica
ficará instável. Os quebradores da crosta poderão ficar bloqueados devido ao
permanente contacto com o banho.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
O ânodo é também consumido por uma segunda reacção que é conhecida como
oxidação do carbono (air burn) e ocorre se o carbono entra em contacto com o
oxigénio do ar a temperaturas superiores a 450℃. A célula electrolítica opera a cerca
de 960℃, consequentemente há condicoes favoráveis para que o carbono seja
oxidado pelo oxigénio do ar. Esta reacção faz com que o carbono esteja a ser
consumido não para fazer alumínio como previsto. Para minimizar estas perdas, faz-
se a cobertura dos ânodos usando um material que para além de proteger os ânodos
não seja por outro lado indesejável na composição do banho como veremos na
seguinte operação.
A cobertura dos ânodos é feita quando a crosta em volta do ânodo novo é formada
com vista a suportar o peso do material de cobertura e prevenir a queda deste material
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
para o banho, que se for em grandes quantidades pode causar a sua precipitação na
superfície do cátodo causando instabilidade como vimos anteriormente.
O levantamento do beam deve ser feita porque operações tais como a sucção do
metal em cada 32 horas e troca de ânodos ocorrem com o abaixamento do beam com
vista a manter a distância entre o metal e o ânodo (AMD) em cerca de 5 cm. Os
positive risers acompanham o movimento do beam. Isto épossível porque eles
apresentam uma parte flexível capaz de acompanhar a subida e descida do beam.
Este beam distribui a corrente eléctrica para os 20 ânodos em cada célula electrolítica.
Cada ânodo é segurado pelo beam através de dois dispositivos, C-clamp e o
conectador. O levantamento do beam faz-se depois da sucção do metal.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
3 3
𝑁𝑎3 𝐴𝑙𝐹6 + 𝐶 → 𝐴𝑙 + 3𝑁𝑎𝐹 + 𝐶𝐹4
4 4
1
𝑁𝑎3 𝐴𝑙𝐹6 + 𝐶 → 𝐴𝑙 + 3𝑁𝑎𝐹 + 𝐶2 𝐹6
2
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
7.7. MEDIÇÕES
Com vista a controlar o processo de redução nas células electrolíticas, as análisesda
composição do alumínio produzido (principalmente o teor de ferro, silício, sódio e
fósforo), a composição do banho, a temperatura das células electrolíticas, a altura do
metal e do banho e da composição do material de cobertura dos ânodossão feitas.
4𝐴𝑙𝐹3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) + 3𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 → 2𝑁𝑎3 𝐴𝑙𝐹6 (𝐵𝑎𝑡ℎ) + 𝐴𝑙2 𝑂3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) + 3𝐶𝑂2 (𝑔)
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Cor Branco
Cheiro Odourless
Ponto de ebulição 1537°C
Densidade relativa 2.88g
Solubilidade em água Solúvel
Ponto de fusão 1291°C
Estabilidade Estável
O excess do 𝐴𝑙𝐹3 facilita a transferência do alumínio para o cátodo, fazendo com que
a probabilidade de se recombinar com o oxigénio seja reduzida.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Sem o 𝐴𝑙𝐹3 a celula opera a cerca de 1000℃. A adição desta substância faz com que
a celula atinja uma temperatura de cerca de 960℃.
990
985
980
975
970
TEMPERATURE
965
960
955
950
945
940
935
930
PERCENTAGE AlF3 EXCESS
Temp.Th_5.7 Temp+ Temp-
24
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
30
Addition ( kg/day )
20
10
0
-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
-10
-20
Temp ( deviation from setpoint )
A resistividade aumenta por cerca de 0.003 µ.cm por cada aumento na percentagem
de excesso do 𝐴𝑙𝐹3 . Devido a este fenómeno, existe um limite em que o 𝐴𝑙𝐹3 pode ser
adicionado.
Quanto mais 𝐴𝑙𝐹3 no banho faz com que a dissolução da alumina reduza.
Dependendo da qualidade da alumina usada, os problemas de dissolução podem
ocorrer acima dos 12% de excesso de 𝐴𝑙𝐹3 . A solubilidade do banho diminui com a
temperatura.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
a alumina é adicionada ao banho, o sódio reage com o 𝐴𝑙𝐹3 produzindo mais banho
de acordo com a reacção:
3𝑁𝑎2 𝑂(𝑎𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎) + 4𝐴𝑙𝐹3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) → 𝐴𝑙2 𝑂3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) + 2(3𝑁𝑎𝐹𝐴𝑙𝐹3 )𝐵𝑎𝑡ℎ
Por outro lado, quando o óxido de cálcio reage com o excesso de 𝐴𝑙𝐹3 forma uma
substância que é também usada para reduzir o ponto de fusão da criolita, o fluoreto
de cálcio:
3𝐶𝑎𝑂(𝑎𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎) + 2𝐴𝑙𝐹3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) → 𝐴𝑙2 𝑂3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) + 3𝐶𝑎𝐹2 (𝐵𝑎𝑡ℎ)
Volatilização do banho
A maior contribuição das emissões na forma de partículas é devido a vaporização do
banho. O 𝐶𝑂 e o 𝐶𝑂2 formados durante a reacção evaporam mantendo e a sua
pressão parcial de vapor em equilíbrio com os componentes voláteis do banho.
Quando a temperatura baixa o vapor condensa formando as partículas contendo
fluoretos.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Banho arrastado
O banho líquido arrastado na célula electrolítica pelos gases condensa tornando-se
em partículas assim que o gás arrefece. O arrastamento do banho é directamente
proporcional à velocidade do gás e à razão (𝜌𝐺 )/(𝜌𝐿 − 𝜌𝐺 ) e inversamente
proporcional à tensão superficial do banho.
A crosta age como filtro dificultando a libertação do banho arrastado, sendo por essa
razão e também devido ao balanço térmico da célula que ela deve ser mantida e
renovada através do material da cobertura dos ânodos que se mistura com as poeiras
do carbono.
Hidrólise do banho:
A humidade reage com o 𝐴𝑙𝐹3 mais rapidamente que com a criolita or qualquer outro
componente presente no banho porque a constante de equilíbrio é quase mil vezes
superior para o 𝐴𝑙𝐹3 .
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
3𝑁𝑎𝐴𝑙𝐹4 (𝑔) + 3𝐻2 𝑂(𝑔) → 𝐴𝑙2 𝑂3 (𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑛ℎ𝑜) + 6𝐻𝐹(𝑔) + 𝑁𝑎3 𝐴𝑙𝐹6 (𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑛ℎ𝑜)
A hidrólise dos vapores ou fumos das células apenas muda a razão entre os gases e
as partículas, não alterando a quantidade total das emissões dos fluoretos.
8.2.4. Adições
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
8.2.5. Perdas
As perdas dos fluoretos podem ser devido as emissões. Essas perdas podem ocorrer
durante o start up, durante operações onde os hoods são removidos (troca dos
ânodos, cobertura dos ânodos, etc) ou ainda quando os hoods estão em péssimas
condições.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Figura 9. GTC
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
O grupo das 3 celulas electroliticas deve estar localizado por baixo dos equipamentos
que medem as emissões dos fluoretos (boreal laser e isokinectic). A localização
destes equipamentos é: norte do roomB e sul do roomC.
Outro aspecto a ter em conta, tem a ver com o programa da troca dos ânodos e a sua
correspondente cobertura. As 3 células electrolíticas devem estar a operar
normalmente, isto é, devem estar estáveis, não devem estar em start up.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Alumina fluorinatada
Para a célula electrolítica B105 o CAFD deu para o período de tempo seleccionado
para o balanço massico 5410 shots, sendo que cada shot contém cerca de 930 g de
alumina. Logo a quantidade de alumina alimentada nesta célula foi de:
930 𝑔
× 5410 𝑠ℎ𝑜𝑡𝑠 = 5031.3 𝐾𝑔
𝑠ℎ𝑜𝑡
A composição da alumina fluorinatada proveniente do GTC2 é de 1.6% de fluoretos,
então a quantidade desses fluoretos na alumina fluorinatada será de:
5031.3 𝐾𝑔 × 0.016 = 80.5 𝐾𝑔
3 × 19 𝑔 𝑑𝑒 𝐹 − 84 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3
80.5 𝑘𝑔 𝑜𝑓 𝐹 − 𝑋
𝑋 = 118.63 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3
ATFD
A célula electrolítica B105 deu para o período de tempo considerado 69 shots de
trifluoreto de alumínio, cada shot contendo 1100 g. Então a quantidade total
alimentada foi de:
1100 𝑔
× 69 𝑠ℎ𝑜𝑡𝑠 = 75.9 𝐾𝑔
𝑠ℎ𝑜𝑡
Geração
Como vimos anteriormente os fluoretos podem ser gerados na célulaprincipalmente
porque o 𝑁𝑎 contido na criolita (3𝑁𝑎𝐹𝐴𝑙𝐹3 ) é adsorvido nos poros ou capilares abertos
da graphite que constitue o cátodo, libertando como podemos ver fluoretos. Os
mecanismos de absorção não são ainda muito bem compreendidos, recorrendo-se à
analises do cátodo quando a célula electrolítica está parada ou quando atinge o seu
33
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
tempo de vida útil. 4Estima-se que cerca de 15 Kg de fluoretos sejam emitidos por
célula por dia.
Assim, de acordo com isto, a contribuição desses fluoretos na geração do 𝐴𝑙𝐹3 nas
celulas é de:
3 × 19 𝑔 𝑑𝑒 𝐹 − 84 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3
15 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐹 − 𝑋
𝑋 = 22.11 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3
4 Fonte: Mozal
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Quando a troca dos ânodos ocorre, algum material de cobertura dos ânodos e a crosta
que se forma em volta do ânodo caem e são misturadas com o banho e são de
seguida removidos pelo PTA e introduzidos no crust bin. Em cada crust bin são
introduzidas cerca de 3.3 toneladas destes materiais resultantes da sua remoção em
3 células electrolíticas. Assim sendo, em cada célula electrolítica remove-se cerca de
1.1 tonelada.
35
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Quando o ânodo gasto é removido algum material de cobertura dos ânodos fica retido
nos blocos anódicos.
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Para medir a quantidade deste material retido, primeiro deve-se esperar arrefecer, de
segunda deve-se remove-lo usando a empilhadora para o quebrar e a parte
remanescente remove-se usando um martelo. A massa assim obtida é introduzida
num contentor que é transportado usando a empilhadora até a balança, onde é
pesada. Todo este processo excepto a remoção do ânodo da célula electrolítica foi
realizado no rodding shop. A massa retida em cada ânodo é muito variável e a média
é 350 Kg.
3
2
1
0
10:57:40
10:07:37
00:01:23
05:03:49
09:57:53
14:52:00
19:46:21
00:40:17
05:34:01
10:27:54
15:21:55
20:15:51
01:09:37
06:03:40
17:52:50
22:46:54
03:40:58
08:34:55
13:29:11
18:23:51
23:17:58
04:11:55
09:05:53
14:01:18
18:55:11
23:49:34
04:43:26
09:37:08
14:31:24
19:25:39
00:19:55
05:13:58
15:01:14
19:53:25
Sampling Time
1.03 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐹
𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝐴𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
𝐴𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 = 8.053 × 𝐼 × 𝐶𝐸
5Fonte: Mozal
37
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
1.03 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐹
× 2.72 𝑡𝑜𝑛 𝐴𝑙 = 2.8 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐹
𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝐴𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
0.1944 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐹
𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝐴𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
0.1944 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐹
× 2.72 𝑡𝑜𝑛 𝐴𝑙 = 0.523 𝐾𝑔 𝑑𝑒 𝐹
𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑒 𝐴𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
Consumo
Como vimos anteriormente o 𝐴𝑙𝐹3 é consumido basicamente pelos óxidos de sódio e
de cálcio contidos na alumina.
3𝑁𝑎2 𝑂(𝑎𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎) + 4𝐴𝑙𝐹3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) → 𝐴𝑙2 𝑂3 (𝐵𝑎𝑡ℎ) + 2(3𝑁𝑎𝐹𝐴𝑙𝐹3 )𝐵𝑎𝑡ℎ
A composição do óxido de sódio na alumina é de 0.44% (tabela 6), logo:
38
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
4 × 84 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3 − 3 × 62 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑂
𝑘 − 22.14 𝐾𝑔
𝑘 = 40 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3
2 × 84 𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3 − 3 × 56 𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑂
𝑘 − 0.91 𝐾𝑔
𝑘 = 0.91 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝐹3
39
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Célula
Massa AlF3
electrolítica AlF3 (%) F(Kg)
total (Kg)
B105
Entradas Alumina fluorinatada (Kg) 5031.3 118.63 80.5
Cobertura dos ânodos (Kg) 1500 9 135
ATFD (Kg) nível 2 75.9 100 75.9
ATFD (Kg) balanço massico 67.78 100 67.78
Geração (Kg)
Saídas Emissões (Kg F/ton Al) 1.12 4.49 3.05
Entrada do GTC (Kg F/ton Al) 36.15 144.91 98.33
Material retido no ânodo
350 9.4 32.9
gasto (Kg)
Crust bin (Kg) 1100 10.9 119.9
Consumo (Kg) 40.91
O mesmo balanço mássico foi feito para as duas outras células electrolíticas (B106 e
B107) e os resultados encontram-se resumidos nas tabelas 3, 4 e 5.
Importa referir que neste balanço mássico não se considerou a quantidade de banho
adicionada ou removida (succionada) pelo facto de esta operação não ter decorrido
durante o período de tempo considerado.
40
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Célula
Massa AlF3
electrolítica AlF3 (%) F (Kg)
total (Kg)
B106
Entradas Alumina fluorinatada (Kg) 7701.33 181.59 123.22
Cobertura dos ânodos (Kg) 1500 9 135
ATFD (Kg) nível 2 14.3 100 14.3
ATFD (Kg) balanço massico 22.12 100 22.12
Geração (Kg)
Saídas Emissões (Kg F/ton Al) 1.12 4.49 3.05
Entrada do GTC (Kg F/ton
36.15 144.91 98.33
Al)
Material retido no ânodo
350 7.2 25.2
gasto (Kg)
Crust bin (Kg) 1100 11.2 123.2
Consumo (Kg) 62.61
Como se pode ver pelo balanço massico, a célula precisa de 22.12 𝐾𝑔 de 𝐴𝑙𝐹3 , e o
nível 2 calculou e alimentou pelo ATFD 14.30 𝐾𝑔.
41
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Célula
Massa AlF3
electrolítica AlF3 (%) F(Kg)
total (Kg)
B107
Entradas Alumina fluorinatada (Kg) 6363.1 150.04 101.81
Cobertura dos ânodos (Kg) 1500 9 135
ATFD (Kg) nível 2 62.7 100 62.7
ATFD (Kg) balanço massico 40.09 100 40.09
Geração (Kg)
Saídas Emissões (Kg F/ton Al) 1.12 4.49 3.05
Entrada do GTC (Kg F/ton
36.15 144.91 98.33
Al)
Material retido no ânodo
350 8 28
gasto (Kg)
Crust bin (Kg) 1100 10.7 117.7
Consumo (Kg) 51.73
Como podemos ver pelo balanço massico, a célula precisa de 40.09 𝐾𝑔 de 𝐴𝑙𝐹3 e o
nível 2 calculou e alimentou pelo ATFD 62.70 𝐾𝑔.
De forma a analisar melhor os resultados, far-se-á a média para as 3 células
electrolíticas:
42
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Média dos 3
Massa total AlF3 (%) AlF3 (Kg) F (Kg)
balanços
Entradas Alumina fluorinatada (Kg) 6365.24 150.09
Cobertura dos ânodos (Kg) 1500 9 135
Como podemos ver 43.29 𝐾𝑔 de 𝐴𝑙𝐹3 são necessários, e o nível 2 calculou e alimentou
pelo ATFD 50.97 𝐾𝑔 de 𝐴𝑙𝐹3 .
43
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
44
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
9. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Como se pode observar pelo balanço mássico médio para as 3 células electrolíticas
seleccionadas (tabela 6), o ATFD alimentou uma quantidade de 𝐴𝑙𝐹3 maior em relação
as necessidades da célula de acordo com o balanço massico em cerca de 8 Kg. Isto
pode ser explícito por varios factores:
As razões que fazem com que a necessidade do 𝐴𝑙𝐹3 seja menor são: a geração
desta substância na célula, a sucção e reciclagem os fluoretos gasosos pelo GTC, o
material da cobertura dos ânodos que cai no banho. Por outro lado, o nível 2 pode
estar alimentando mais 𝐴𝑙𝐹3 mais que as necessidades porque provavelmente a
quantidade alimentada possa não estar a entrar no banho, ficando acumulada na
crosta protectora e consequentemente a composição do 𝐴𝑙𝐹3 no banho será baixa o
fará com que o ATFD alimente mais 𝐴𝑙𝐹3 .
A crosta que cai no banho e é removida e a massa da cobertura dos anos que resta
por cima dos ânodos são muito variáveis, dai que esses valores médios usados
podem ter influenciado o balanço mássico.
45
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
46
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
10. RECOMENDAÇÕES
ATFD e o CAFD devem ser verificados periodicamente;
Para reduzir o arrastamento do banho pelos gases libertados pelas células
electrolíticas a cobertura dos ánodos deve ser feita correctamente;
Instalar equipamentos para medir a humidade do ar;
Medir a humidade da alumina;
A cobertura dos ânodos deve ser feita apenas quando a crosta e formada em
volta do ânodo com vista a suportar o peso do material de cobertura. Se este
procedimento não for respeitado o material irá cair no banho causando
precipitação na superfície do cátodo, e depois da sua dissolução a
concentração do 𝐴𝑙𝐹3 na célula electrolítica aumenta.
Quando operações tais como a sucção do metal e do banho ocorrem, a crosta
próxima da porta onde se faz a sucção destes (tapping door) é quebrada ou
aberta para permitir a sua sucção. A abertura desta crosta permite a emissão
dos gases formados e para reduzir essas emissões deve-se fechar de imediato
a porta de sucção.
Quando operações tais como a troca e cobertura dos ânodos ocorrem, os
hoods devem ser fechados de imediato após o seu termino.
Após o tratamento de um efeito anódicoimpossível o green pole deve ser
introduzido dentro da célula electrolítica e logo de seguida deve-se fechar a
porta de sucção para reduzir as emissões e só depois é que deve-se verificar
os alimentadores da alumina um por um.
Se o ATFD não tem spout deve ser parado e trocado porque o 𝐴𝑙𝐹3 pode estar
caindo não no banho mas sim na crosta protectora, ficando ai acumulada.
47
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
12. ANEXOS
12.1. ANEXO I
Tabela 7. GTC2
GTC2
%F Na
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Impurezas na alumina
SiO2 (%) 0.007
Fe2O3 (%) 0.005
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
POTROOM B
Roof vent B
Sample
Fg mg 38.1
Fp mg 12.2
Ft mg 50.3
Dust mg 78.4
Fg mg/Nm3 0.807
Fp mg/Nm3 0.259
Ft mg/Nm3 1.066
Dust mg/Nm3 1.662
Fg kg/tAl 0.71
Fp kg/tAl 0.19441
Ft kg/tAl 0.90441
Dust kg/tAl 1.24929
51
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
Adição de
Propriedades fisico-químicas do
banho Alumina Trifluoreto de aluminio Fluoreto de cálcio
Temperatura
Densidade
Viscosidade
Resistividade
Solubilidade
Evaporação
Solubilidade do Al
52
OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
12.2. ANEXO II
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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OPTIMIZAÇÃO DO CONSUMO DO TRIFLUORETO DE ALUMÍNIO
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