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Excelentíssimo Juiz de Direito da 2a Vara Cível da Comarca da

Capital

Processo: xxxxxxxxxxxxxx

O Condomínio Bosque das Araras, cnpj- , representado na figura de seu síndico, Marcelo
Rodrigues,data de nascimento, filiação, rg-xxx, cpf-xxx, email-xxxx, situação civil, domiciliado
à rua xxxx, profissão vem por seu advogado- xxxxxx, com escritório na rua xxxxx apresentar
sua

CONTESTAÇÃO

Com base nos fatos e argumentos que seguem:

I- DOS FATOS

O autor andava pela calçada da rua onde morava, no Rio de Janeiro, quando foi
atingido na cabeça por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 601 do
edifício do Condomínio Bosque das Araras. Ele desmaiou devido ao impacto, sendo
socorrido por transeuntes que contataram o Corpo de Bombeiros, que o transferiu, de
imediato, via ambulância, para o Hospital Municipal X.
Lá chegando, João foi internado e submetido a exames e, em seguida, a uma cirurgia
para estagnar a hemorragia interna sofrida. Ele permaneceu internado por 30 dias, deixando
de executar contratos já negociados. A internação de João, nesse período, causou uma
perda de R$ 20 mil.
Após sua alta, ele retomou sua função como caminhoneiro, realizando novos fretes.
Contudo, 20 dias após seu retorno às atividades laborais, João, sentindo-se mal, voltou ao
Hospital X. Foi constatada a necessidade de realização de nova cirurgia, em decorrência de
uma infecção no crânio causada por uma gaze cirúrgica deixada no seu corpo por ocasião da
primeira cirurgia. João ficou mais 30 dias internado, deixando de realizar outros contratos. A
internação de João, por este novo período, causou uma perda de R$ 10 mil.

II-PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO

Ilegitimidade Passiva-
Compete ao réu alegar em preliminar de contestação sua ilegitimidade passiva para
figurar em demanda processual. O condomínio, réu da presente ação é parte ilegítima, uma
vez que não é o causador do dano que o autor busca compensação. As ações/omissões
imputadas ao réu foram realizadas pelo morador do apto. 601 e pelo Hospital/médico. Por
isso, vem por meio desta alegação de preliminar de contestação, pedir a exclusão do
presente réu da relação processual, e respeitando o princípio da boa-fé vem informar os
dados conhecidos do ocupante do apartamento 601:

“ Fulano de tal,data de nascimento, filiação, relação civil, rg,cpf profissão,email, domiciliado a


rua tal.”

Reitera portanto a ilegitimidade de figurar como parte no presente processo

III- DO MÉRITO

Com base no princípio da eventualidade, no caso do não acolhimento da preliminar de


contestação, o réu vem apresentar a impugnação de mérito dos argumentos do autor, com
base nos fundamentos e argumentos abaixo expostos.

Embora infeliz seja a situação do autor, o condomínio não é responsável pelo dano, e
por isso também das indenizações pretendidas. Ocorre que é sabido de onde foi originário o
objeto que gerou o dano inicial ao autor(apto. 601 do condomínio, ocupado por fulano de tal
e dados) e a infecção proveio de erro médico, na modalidade de negligência, que foge do
desenvolvimento normal da situação, e é de responsabilidade do Hospital( se o médico tiver
vínculo empregatício) ou do próprio médico que realizou a cirurgia.
Segundo o artigo 938 do código civil: “Aquele que habitar
prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido”

Decorre deste artigo o entendimento de que o condomínio pode ser responsabilizado


caso não seja identificado o causador do dano (Superior Tribunal de Justiça STJ -
RECURSO ESPECIAL : REsp 246830 SP 2000/0008155-8). Entretanto, como já
especificado, o causador do dano já é conhecido: apartamento 601 do condomínio(ocupado
por fulano de tal e dados), demonstrando-se portanto a ilegitimidade do condomínio de
figurar no polo passivo do presente processo e a necessidade de sua exclusão de tal polo.

Com relação ao erro médico, este é dividido em 3: Negligência, imprudência e


imperícia, que são as modalidades clássicas do “Dano”. Ocorre que o dano proveniente
deste erro médico não decorre de um desenvolvimento esperado ou natural dos fatos que
causaram a lesão na vítima. A infecção é de culpa exclusiva do Hospital/Médico, tendo em
vista que ela poderia ter sido evitada se o procedimento tivesse sido cumprido.
Para a responsabilização pelo dano causado, é preciso que o nexo causal exista entre
ele e a conduta/omissão do agente, ocorre que uma infecção por bandagem não tem como
ser causada pela ação do apto.601, visto que só é possível quando da ocorrência de um erro
médico. Portanto, o condomínio também não pode responder por este dano, tendo em vista a
inexistência do nexo causal entre a conduta atribuída a ele e o resultado.
(Dependendo da ausência de comprovação no fato concreto) Além do já exposto,
resolve por impugnar também os valores apresentados pelo réu, uma vez que carece de
comprovação os fretes citados, estando os mesmos em desequilíbrio com o rendimento
médio de um caminhoneiro comum. (Impugnar também qualquer pedido de dano moral ”deve
ter sido afetado algum direito da personalidade” e qualquer outro argumento apresentado em
sede de inicial no caso concreto).

IV- DOS PEDIDOS


Baseado nos fatos e argumentos apresentados vem requerer:

I- o reconhecimento preliminar da ilegitimidade passiva do presente réu de figurar no polo


passivo da presente demanda, com a sua imediata exclusão da relação processual.

II- eventualmente, no julgamento do mérito, condene o ocupante do apartamento 601 em


substituição ao condomínio, pela conduta que o cabe, e o Hospital/médico pela infecção.

III- eventualmente, estabeleça os lucros cessantes com base na média de remuneração de


um caminhoneiro comum( caso não comprovado os fretes no caso concreto).

IV- eventualmente, (impugnar quaisquer outros argumentos apresentados no caso concreto).

Nestes termos,
Pede deferimento.

Rio de Janeiro 24 de abril de 2019

ADVOGADO
OAB

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