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Universidade Federal da Fronteira Sul

Engenharia Ambiental e Sanitária


Planejamento Ambiental e Urbanismo

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS E PAGAMENTO POR


SERVIÇOS AMBIENTAIS
Isabela Medeiros
Mikael Lodi
Rafael Araújo
SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS
DEFINIÇÕES - ECOSSISTEMA

Segundo Pinto-Coelho (2000)


ecossistema é a reunião de todos os
organismos com o meio físico onde
vivem, esse termo foi proposto por
Tansley (1935). A definição de
ecossistema é uma interação equilibrada
de relacionamento entre animais,
plantas, micro-organismos e elementos
como a água, o solo e o ar (ECYCLE,
2019).

Fonte: Google Imagens


SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS
DECRETO Nº 55.947/2010 define serviços
ecossistêmicos como “benefícios que as pessoas
obtêm dos ecossistemas”

De acordo com o site Ecycle (2019) “os serviços


ecossistêmicos são os bens e serviços que nós
obtemos dos ecossistemas direta ou indiretamente”.
Esses serviços são vitais para o ser humano e para
questões econômicas (MMA, 2019).

Fonte: Google Imagens


SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS x SERVIÇOS AMBIENTAIS
Existe uma confusão que pode ser gerada por causa dos termos serviços ecossistêmicos
e serviços ambientais que tendem a serem ditos como se tivessem o mesmo significado.

Distinção:
- serviço ecossistêmico é o que se refere à contribuição da natureza para os seres
humanos
- serviços ambientais são as ações dos seres humanos que irão favorecer a conservação
ou a melhoria dos ecossistemas e assim contribuíram com os serviços ecossistêmicos
através da melhoria dos serviços que estes prestam (MMA,2019).
DECRETO Nº 55.947/2010 define “serviços ambientais como serviços ecossistêmicos
que têm impactos positivos além da área onde são gerados”.

Exemplo: restauração de uma APP com plantio de mudas ► melhora o ecossistema de


vegetação nativa na beira do rio ► favorecendo o serviço de regulação do fluxo de água e de
controle da erosão.
O QUE É SE?
CATEGORIAS
PROVISÃO
REGULAÇÃO
CULTURAL
SUPORTE
HISTÓRIA
IMPORTÂNCIA
PLATAFORMA INTERGOVERNAMENTAL DA BIODIVERSIDADE E
SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS
CICES
ESTUDO DE CASO
PAGAMENTO POR SERVIÇOS
AMBIENTAIS (PSA)
HISTÓRICO
O conceito e os princípios do pagamento por serviços ambientais surgiram no final
do século XX na Costa Rica, onde as ações implantadas conseguiram reverter a
situação de desmatamento, fazendo com que a cobertura vegetal do país passasse
de 20 % para quase 50%.

Junto com a Costa Rica, apenas México e Equador possuem políticas públicas
consolidadas de PSA, mas existem iniciativas neste sentido no mundo todo, do
Japão aos EUA.
Por aqui a idéia ainda é nova, mas já vem gerando frutos. O Programa Produtor de
Água da Agência Nacional de Águas (ANA) já remunera proprietários de terras que
preservam suas propriedades nas bacias hidrográficas do Rio Guandu, no Rio de
Janeiro, no sul de Minas Gerais, na bacia do Rio Jaguari que abastece o Sistema
Cantareira, nas Microbacias do Rio Moinho e do Rio Cancã, em Joanópolis (SP) e
Nazaré Paulista (SP), na Bacia do Ribeirão Piripau no Distrito Federal e no Espírito
Santo, na bacia do Rio Benevente.
O QUE É PSA?

O PSA pode ser considerado como um mecanismo de estímulo à conservação e à


manutenção dos recursos naturais, visto também como um instrumento econômico.

Trabalha com o mesmo princípio do usuário pagador visando a minimização da


falha na gestão atual por meio de um novo mercado. O beneficiário ou usuário do
serviço ambiental retribui, através de recursos financeiros ou outra forma de
remuneração, aos provedores do serviço. Não adianta só cobrar multas de
poluidores, mas também beneficiar os prestadores de serviços ambientais.
PSA NO BRASIL
A Lei n. 6.938/81 inovou ao prever a responsabilidade civil objetiva pelo dano
ambiental.

a Lei n. 9.605/98 tratou amplamente da responsabilidade penal e administrativa


por atos ilícitos atentatórios aos interesses difusos ambientais.

A Lei 12.305/10 introduziu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e, no seu artigo


6º, inciso II, ao lado do já consagrado princípio do poluidor-pagador,
expressamente afirmou o protetor-recebedor

Lei 12.651/2012, conhecida como Novo Código Florestal, tratou da temática pela
primeira vez no ordenamento, em verdadeira mudança de paradigma da tutela
ambiental no país (artigo 41).
Lei 12.651/2012

Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do


cumprimento da legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à
conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas
práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução dos
impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento
ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de progressividade,
abrangendo as seguintes categorias e linhas de ação:
I - pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição, monetária ou
não, às atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas e que gerem
serviços ambientais, tais como, isolada ou cumulativamente:

a) o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a


diminuição do fluxo de carbono;
b) a conservação da beleza cênica natural;
c) a conservação da biodiversidade;
d) a conservação das águas e dos serviços hídricos;
e) a regulação do clima;
f) a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico;
g) a conservação e o melhoramento do solo;
h) a manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso
restrito;
www.camara.leg.br
COMO O PSA FUNCIONA
Para o PSA funcionar deve haver pessoas com capacidade de preservar e manter
o serviço ambiental, além dos compradores que irão se beneficiar da proteção do
serviço, como empresas privadas, poder público, pessoas físicas, etc. Ressaltando
que essa prática é voluntária, podendo ser adotada por empresas para melhorar
sua imagem em relação aos impactos de suas ações cotidianas.

O foco do PSA hoje é bastante direcionado para proteção e recuperação dos


recursos hídricos e biodiversidade e também para a mitigação das mudanças
climáticas pelo sequestro de carbono através de diversas técnicas.
OBJETIVOS DO PSA
PLANEJAMENTO
PROJEÇÃO FUTURA

Projeções para o ano de 2050 apontam que, se continuarmos com esse padrão de
consumo e estilo de vida, necessitaremos de mais de dois planetas para
mantermos nosso consumo. Se faz necessário um esforço mundial para reverter
essa tendência, fazendo com que passemos a viver dentro da biocapacidade
planetária (BRASIL, 2014).
CUSTO-BENEFÍCIO
EXEMPLOS APLICADOS
Espírito Santo, na bacia do Rio Benevente. Neste último projeto, que tem previsão
de expansão para todo o Estado, já são realizados pagamentos no valor de
R$36.966,10 por ano para 13 proprietários que respondem por uma área de 272,21
hectares preservados. Os recursos para o PSA, neste caso, vêm em parte de
royalties do petróleo e gás natural (3% dos royalties) e de 100% da compensação
ambiental de empreendimentos hidrelétricos que são repassados ao Estado
(Fonte: Ecodebate).

Também está sendo lançado em Belo Horizonte (MG) um projeto de PSA Urbano
que visa remunerar os catadores de materiais recicláveis com base na quantidade
de gás carbônico que deixará de ser emitida para a atmosfera pela reciclagem dos
resíduos coletados por eles.
No plano internacional, um modelo bastante referido na literatura é o caso de Nova
York. A bacia hidrográfica dessa grande cidade americana atende por dia a
demanda de aproximadamente 9 milhões de pessoas. Por sua vez, a prefeitura
nova-iorquina investe há longos anos em propriedades rurais situadas a até 200km
de distância de sua sede. Os resultados são surpreendentes tanto em termos do
aumento de volume de água quanto de sua qualidade.

Atualmente, os moradores e visitantes de Nova York podem tomar água da


torneira, sendo que antes ela passa apenas por processo de filtragem e adição de
cloro e flúor. Não há outras formas de tratamento. Assim, um investimento na área
rural, inclusive em outros municípios, reflete diretamente no ambiente urbano, que
é densamente povoado e grande demandante de água de qualidade.
Outro país apontado como referência é a Costa Rica, primeiro da América Latina a
instituir um programa de PSA. O objetivo foi reverter as elevadas taxas de
desmatamento verificadas entre 1940 e 1980, quando houve uma redução da
cobertura vegetal de 75% para 21%. O PSA foi estabelecido pela Lei 7.575/1996 e
atualmente está consolidado como instituto, tendo contribuído para a elevação dos
índices antes mencionados para 52% em 2012.
Obrigado!!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, D. C.; ROMEIRO, A. R. Serviços ecossistêmicos e sua importância para o sistema econômico e o bem-estar humano. Campinas,
2009. 45 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Pagamento por Serviços Ambientais. Brasília, 2014, 56 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Pagamento por serviços ambientais na Mata Atlântica: Lições aprendidas e desafios. Brasília, 2011, 280 p.
DEUTSCHE GESELLSCHAFT FÜR INTERNATIONALE ZUSAMMENARBEIT. Integração de Serviços Ecossistêmicos ao Planejamento do
Desenvolvimento. Brasília, 2012, 92 p.
ECYCLE. O que são serviços ecossistêmicos? Disponível em https://www.ecycle.com.br/ 4787-servicos-ecossistemicos. Acesso em: set. 2019.
ECYCLE. O que é Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e como ele funciona? Dísponível em
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/4799
-ferramentas-protecao-da-natureza-pagamentos-por-servicos-ambientais-valoracao-ambiental-modelos-economicos-processo-sustentavel-floresta-respon
sabilidade-valor-recursos-cursos-sistemas-dinheiro-beneficiario-provedor-conservacao-recebedor-remuneracao.html. Acesso em: Set. 2019.
FICHINO, B. S. Trade-off entre serviços ecossistêmicos de provisão, suporte e regulação em Florestas de Araucária. São Paulo, 2014, 84 p.
JARDIM, M. H.; BURSZTYN, M. A. Pagamento por serviços ambientais na gestão de recursos hídricos: o caso de Extrema (MG). Uberlândia,
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PEIXOTO, Marcus. Pagamento por Serviços Ambientais - Aspectos teóricos e proposições legislativas. Núcleo de Pesquisas e Estudos do Senado,
Brasília, 2011, 32 p.
PINTO-COELHO, Ricardo Motta. Fundamentos em ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2000.
WUNDER, S. Payment for environmental services: some nuts and bolts. 2005, 32p.

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