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Escola Secundária de Penafiel

Núcleo de Estágio de Informática

Manual de TIC

Unidade 1: Introdução às Tecnologias da Informação e


Comunicação
1.1 Conceitos Básicos sobre Tecnologias da Informação e
Comunicação

INFORMAÇÃO + AUTOMÁTICA

INFORMÁTICA

Tratamento da Informação por


meios automáticos

Dispositivos Electrónicos

Computadores
Sistemas Informáticos

Da Informática às Tecnologias da Informação e Comunicação


A palavra Informática tem origem na junção das palavras informação e automática.
Informática significa, portanto, tratamento da informação por
meios automáticos.

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) dizem


respeito a processos de tratamento, controlo e comunicação de informação,
fundamentalmente baseados em meios informáticos.

Dados e Informação
Dados são representações codificadas de factos ou eventos, objectos, pessoas ou outros
tipos de entidades. Essas representações codificadas podem ser palavras, números ou
outros tipos de códigos ou símbolos.

Informação diz respeito a um conjunto de dados articulados entre si de modo a


assumirem um certo significado e a poderem traduzir-se em conhecimento para os seres
humanos.

Tecnologias da Informação e Comunicação 2


Em suma, a Informação é constituída por dados organizados com algum significado para
nós, seres humanos; enquanto, por outro lado, os dados, por si só, podem não ter qualquer
significado.

Informação Digital
É a representação dos dados apenas através de sinais numéricos
simples ou dígitos (no computador é 0 (zero) e 1), ou em dois estados
físicos (ligado e não ligado).

Unidades de Informação Digital:


Bit: é a unidade mais pequena de informação num computador (pode ser 1 ou 0);
Byte: conjunto de oito bits (Combinação de oito zeros e uns);
Kbyte: 1024 Bytes;
Mbyte: 1024 Kbytes;
Gbyte: 1024 Mbytes;
Tbyte – 1024 Gbytes.

Áreas de Aplicação das TIC


Para além da Informática propriamente dita, as TIC expandem-se para outras áreas, entre
as quais se destacam as seguintes:

Informática

A informática constitui actualmente um domínio muito amplo que


diz respeito à concepção, criação, utilização e manutenção de sistemas
informáticos. Podemos identificar as seguintes áreas principais em que
se subdivide a informática, como actividade científica, técnica e
profissional:
9 Informática na óptica do hardware – concepção e implementação dos
componentes de hardware;
9 Informática na óptica do software – concepção e desenvolvimento do
software necessário ao funcionamento do hardware;
9 Informática na óptica do utilizador – operação ou utilização dos sistemas
informáticos para a realização de determinadas tarefas de tratamento de

Tecnologias da Informação e Comunicação 3


informação, com fins diversificados (elaboração de documentos, manipulação
de informação de bases de dados, desenho assistido por computador, etc.);
9 Informática na óptica dos técnicos de informática ou técnicos de
manutenção de sistemas – montagem, manutenção e reparação de sistemas
informáticos.

Burótica

Designa a aplicação de meios informáticos no tratamento e circulação da informação num


escritório ou parte administrativa de uma organização.

Uma outra expressão actualmente utilizada com o mesmo


significado é ofimática – de Office, escritório, em inglês.

Em qualquer dos casos, trata-se de conceber, adaptar e


utilizar meios informáticos para recolher, tratar e fazer
circular a informação que interessa a uma organização (empresa, departamento da
Administração Pública, etc.).

Para tal, as organizações podem necessitar, não apenas de instalar um determinado número
de computadores e respectivo software, como também, usualmente, torna-se necessário
montar redes de computadores, ter uma ligação à Internet e/ou utilizar outros tipos de
serviços telemáticos.

BUREAU + INFORMÁTICA

BURÓTICA

Telemática

A telemática conjuga os meios informáticos (computadores, modems, etc.) com meios


de comunicação à distância ou telecomunicações (linhas telefónicas,
satélites, etc.).

A própria palavra telemática resulta da conjugação das palavras


telecomunicações e informática.

Actualmente, a telemática é uma área das Tecnologias da

Tecnologias da Informação e Comunicação 4


Informação e Comunicação em grande desenvolvimento e com grandes potencialidades
e perspectivas.

A forma mais simples de efectuar uma comunicação


telemática é utilizar um modem, ligando um computador
pessoal à rede telefónica e, desta forma, entrar em contacto
com outro computador igual ao nosso ou com um sistema
informático diferente, outros computadores ou redes de
computadores.

Actualmente, as comunicações telemáticas passam, na sua maior parte, pela maior rede de
âmbito mundial – a Internet. Esta rede interliga milhões de computadores e redes em todo
o mundo.
TELECOMUNICAÇÕES + INFORMÁTICA

TELEMÁTICA

Controlo e Automação

As tecnologias de Controlo e Automação dizem respeito a sistemas e processos


de controlo da produção industrial.

Alguns dos principais domínios já consagrados nesta área são os seguintes:


9 Sistemas de Aquisição e Tratamento de Dados (SATD) – sistemas
constituídos por sensores e outro dispositivos electrónicos que captam dados
do mundo exterior e cana lizam-nos para computadores, onde determinados
programas fazem o tratamento desses dados.
9 Controlo de Processos por Computador (CPC) – sistemas baseados em
sensores e outros dispositivos capazes de controlar processos de produção
industrial.
9 Robótica – sistemas electromecânicos (robôs) em que
intervêm meios e processos informáticos.
9 Computer Aided Manufactoring (CAM) – sistemas
de fabrico controlado por computador. Por vezes fala-se de CAD/CAM,
querendo referir sistemas de conjugação de desenho (CAD) e fabrico (CAM)
baseados em computador.

Tecnologias da Informação e Comunicação 5


9 Computer Integrated Manufactoring (CIM) – um nível mais avançado de
fabrico baseado em computadores, neste caso, com total integração dos
processos de produção, graças aos sistemas informáticos.

1.2 Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema


informático

Estrutura genérica de um sistema informático

Basicamente, um computador é um conjunto de dispositivos mecânicos e electrónicos


capazes de processar informação.

O modelo geral de um sistema informático, tal como hoje ainda o entendem, foi definido
pela primeira vez pelo cientista Von Neumann. Essa estrutura pode ser vista,
simplificadamente, como consistindo em:

9 Um processador ou unidade de processamento central – UPC (ou CPU)


que funciona em ligação directa com unidades de memória ou armazenamento
de dados;
9 Dispositivos de entrada (input) e dispositivos de saída (output) – estes
dispositivos também costumam ser designados por periféricos.

Memória Unidade Central de


Principal Processamento
Equipamento
de
Programas Unidade de
Input/Output
(instruções) e Controlo
dados para
processamento
Dados

Unidade de
Entrada e saída Aritmética e
de dados e Programas, Dados e Comandos Lógica
informações

Tecnologias da Informação e Comunicação 6


Hardware e Software

Os Sistemas Informáticos, em geral, são constituídos por dois tipos de componentes


fundamentais: Hardware e Software.

A nível do hardware, é costume estabelecer-se uma distinção entre:


9 Componentes Centrais do computador – o que inclui o processador, as
memórias centrais, etc.;
9 Periféricos ou dispositivos de I/O (Input/Output) – dispositivos que
podem ligar-se a um computador para entrada e/ou saída de dados, tais como:
teclado, rato, monitor, impressora, scanner, modem, etc.

O Software, por sua vez, tem a ver com os programas de computador, ou seja, instruções
que são capazes de fazer funcionar o hardware, sob intervenção mais ou menos interactiva
dos utilizadores.

Ao nível de software é costume distinguir-se entre:


9 Software de Sistema – é fundamentalmente, o sistema operativo,
que consiste numa primeira camada de software ou conjunto de
instruções que transformam o hardware num, sistema com o qual o utilizador
pode interactuar e fazer funcionar os seus programas;
9 Software de Aplicação – engloba todo o restante tipo de programas
de computador com os quais o utilizador pode realizar determinadas
tarefas, como, por exemplo: programas de processamento de texto, programas
de folha de cálculo, sistemas de gestão de bases de dados, etc.

Componentes de um Sistema Informático – Visão Geral

A estrutura geral de um sistema informático pode ser vista da seguinte forma:


9 Um conjunto de componentes centrais – onde se incluem: processador ou
unidade central de processamento (CPU); memórias primárias e outros
componentes;
9 Dispositivos de entrada (input) e dispositivos de saída (output) – estes
dispositivos também costumam ser designados por periféricos.

Os dados ou informação são introduzidos através de um ou mais dispositivos de entrada


ou input, de onde são canalizados para as componentes centrais de processamento e, daí,
os resultados poderão ser enviados para dispositivos de saída ou output.

Tecnologias da Informação e Comunicação 7


Os componentes centrais de um sistema informático, geralmente, estão encaixados numa
placa principal ou motherboard.

Entre esses componentes centrais podemos destacar o processador ou Unidade Central de


Processamento (CPU), as memórias primárias (RAM, ROM) e outros componentes
(chips de controlo, etc.).

As memórias principais (memórias primárias) do sistema actuam directamente em ligação


com a unidade central de processamento – por isso devem ser consideradas componentes
centrais.

As memórias secundárias, dispositivos de armazenamento ou armazenamento de massa


– como são o caso das unidades de discos, disquetes, leitores e gravadores de CD ou DVD,
etc., - devem ser considerados periféricos ou dispositivos de I/O, uma vez que se destinam
a armazenar dados ou informação a ser enviados para as componentes centrais ou delas
provenientes.

Os periféricos ou dispositivos de input e/ou output podem ser, assim, classificados:

9 Dispositivos só de entrada ou input: teclado, rato, scanner, etc.;

9 Dispositivos só de saída ou output: monitor de vídeo, impressora, etc.;

9 Dispositivos de entrada e saída ou input/output: unidades (drives) de discos,


placas de som, modems, placas de rede, etc.

O interior de um PC

Quando abrimos um computador


pessoal, podemos identificar os seguintes
componentes principais:

9 Placa Principal (Motherboard) – a placa de circuito impresso de maiores


dimensões no interior do PC, na qual se encontra a CPU e à qual se vão ligar os
periféricos através de conectores e placas de expansão;

9 Placas de expansão – outras placas de circuito impresso ligadas à


motherboard através de encaixes (slots) próprios;

9 Drives – unidades concebidas para funcionarem com discos, disquetes, CD ou


outros dispositivos de armazenamento;

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9 Fonte de alimentação – recebe a energia do exterior e adapta-a ao
funcionamento interno do PC;

9 Cabos eléctricos – interligam os diversos componentes entre si.

Nos computadores pessoais, o processador, a memória principal, bem como os


conectores que permitem estabelecer ligação aos periféricos, encontram-se todos
integrados na placa de circuito impresso, usualmente designada por motherboard (placa-
mãe) ou system board (placa do sistema).

A Placa Principal ou Motherboard

Uma motherboard pode apresentar diferentes


combinações e disposições físicas dos seus
componentes, consoante as marcas ou o modelo; apesar
disso, é relativamente fácil identificar as principais
secções de uma motherboard de um PC, que são as
seguintes:

9 CPU ou processador – o componente fundamental de um sistema


informático, uma vez que é ele que efectua as principais operações de
processamento;

9 Memória RAM (Random Access Memory) – constituída por chips que


armazenam temporariamente as instruções do software com que o computador
funciona, bem como os dados que o utilizador introduz ou manipula; uma parte
específica de memória que trabalha associada à RAM é a chamada cache; este
último tipo de memória destina-se a acelerar a transmissão da informação da
RAM para o processador;

9 Memória ROM (Read-only Memory) – constituída por um ou mais chips


que contêm instruções fixas para o desempenho de funções básicas do sistema;

9 Chips de Controlo – diversos chips destinados a controlar a circulação dos


dados entre os diversos componentes da motherboard;

9 Slots de expansão – conjunto de encaixes onde se inserem placas que


controlam a ligação às componentes centrais de certos periféricos, como, por
exemplo: placas gráficas, placas de som, placas de rede, etc.;

Tecnologias da Informação e Comunicação 9


9 Bus ou barramento – sistema de fios condutores por onde circulam os dados
entre CPU, memória RAM, placas de expansão dos periféricos, etc.;

9 Conectores – dispositivos de conexão para cabos internos e para dispositivos


de I/O, como, por exemplo, o teclado, o rato e outros.

O Processador ou Unidade Central de Processamento (CPU)

Nos PC, a CPU ou Unidade Central de Processamento é equi valente ao


microprocessador. Trata-se de um circuito integrado que contém milhares
ou milhões de componentes electrónicos, organizados de modo a poderem
efectuar operações típicas de processamento. A estrutura de um processador ou
CPU é bastante complexa e variável consoante a marca ou a versão; no entanto, podem
destacar-se as seguintes secções e componentes fundamentais:

9 Secção de aquisição e descodificação de instruções – onde são recebidas as


instruções provindas de outros componentes,
para, em seguida, serem descodificadas de modo
que a CPU possa determinar quais as operações a
realizar;

9 Secção de execução – onde são processadas as


instruções e dados recebidos.

Memórias Primárias – ROM e RAM

É na memória que são armazenados os dados para processamento, os dados intermédios,


os resultados finais e até mesmo o programa que, num dado momento, está a ser
executado, determinando assim o processamento.

Quando falamos de memórias relativamente a sistemas informáticos, devemos considerar


duas categorias principais:

Tecnologias da Informação e Comunicação 10


Memórias Primárias (principais ou centrais)

São memórias indispensáveis ao funcionamento do sistema informático (ROM e RAM).

É a memória que se encontra mais próxima do processador. É nesta que estão


armazenadas as instruções e os dados com que o processador vai trabalhar bem como o
resultado intermédio e final do processamento.

Tem que estar constantemente a ser alimentada de corrente eléctrica - é volátil, quando o
PC desliga perde-se toda a informação contida na memória.

As memórias principais podem ser de dois tipos:

9 RAM (Random Acess Memory)


Memórias de acesso aleatórias ou memórias em que são feitas operações de
leitura e de escrita de dados em interacção directa com o processador.

É uma memória volátil porque tem necessidade constante de estar ligada a


corrente eléctrica, é de leitura e de escrita e guarda as informações
temporariamente porque cada vez que se desliga o
computador, todas as informações se perdem.

A capacidade ou quantidade de memória RAM de um sistema informático


é um dos factores mais importantes para a avaliação da capacidade desse
sistema.

A quantidade de RAM não só condiciona o tamanho dos programas que o


sistema pode correr, como também pode condicionar a velocidade de
funcionamento do sistema.

A capacidade de memória primária de um computador avalia-se pelo


número de bytes que constituem a sua RAM e mede-se em múltiplos de bytes:
Kilobytes, Megabytes, Gigabytes, etc.

9 ROM (Read Only Memory)

Memórias só de leitura que contêm instruções fixas para o funcionamento do


sistema.

Tecnologias da Informação e Comunicação 11


As memórias do tipo ROM são utilizadas principalmente para incluir instruções
de rotina para o funcionamento básico de um computador, como as operações
de arranque ou de interacção com dispositivos de input/output.

É o caso por exemplo, da chamada ROM BIOS


(Basic Input/Output) que contém as instruções
básicas para o CPU poder comunicar com os
dispositivos.

A informação contida nesta memória é incluída no momento de fabrico. O


facto de ser só de leitura significa que as instruções nela contidas mantêm-se
inalteráveis durante as operações de processamento – nesta memória o
processador só pode ler e não escrever.

Memorias Secundárias (auxiliares, externas ou de massa)

Suportes de armazenamento de informação que interessa guardar antes


e/ou depois das actividades de processamento.

Um sistema informático necessita, para além das memórias


primárias, de outras memórias ou meios de armazenamento secundário.

Quando falamos de meios de armazenamento secundário devemos ter em conta dois tipos
distintos de meios:

9 Suportes de armazenamento – onde se encontra a informação (discos,


disquetes, flash);

9 Drives – dispositivos que canalizam a informação entre os suportes de


armazenamento e a memória principal ou o processador.

9 Unidade de Discos Rígidos

As unidades de discos rígidos são dispositivos de Input/Output que lêem e


escrevem informação.
O disco rígido destina-se a guardar permanentemente os programas e os dados
do PC.

Tecnologias da Informação e Comunicação 12


A capacidade de armazenamento é medida, na ordem dos Gibabytes e
velocidades de acesso mais rápidas que todos os dispositivos de armazenamento
secundário.

É o mais indispensável porque é nele que se instala o sistema operativo e os


principais programas de aplicação com que
se trabalha. É também um bom meio para
guardar dados ou documentos com que se
pretenda trabalhar, no entanto, quando se
pretende trabalhar com segurança é
recomendável que se guarde essa
informação noutros meios alternativos ou
suplementares de armazenamento
secundário.

Tem de se ligar ao Bus da motherboard para haver circulação dos dados entre
este dispositivo e o CPU deste sistema.

Pode ser feita directamente através de conectores ou indirectamente pelos


conectores das placas de expansão. Em qualquer um dos casos exige uma
interface ou dispositivo controlador para gerir a transferência.

9 Unidade de disquetes

As unidades de disquetes são dispositivos de input/output que


lêem e escrevem informação em suportes magnéticos com a
forma de pequenos discos flexíveis contidos numa bolsa
protectora (normalmente de plástico).

9 Unidades de bandas magnéticas

As unidades de bandas magnéticas são dispositivos de


leitura e escrita em suportes
magnéticos com a forma de
fitas ou bandas: cassetes, tapes,
cartridges, bobinas usadas em grandes sistemas, etc.

Tecnologias da Informação e Comunicação 13


São dispositivos de acesso sequencial – o acesso aos dados tem de ser feito
através de uma sequência de acordo com a ordem da fita

9 Unidades de discos ópticos

As unidades de discos ópticos são dispositivos que lêem e, em alguns casos,


também escrevem informação em suportes ópticos.
Há duas gerações:
CDs (Compact Disk)
DVDs (Digital Versatile Disks)

Em ambos os casos a gravação e a leitura da informação é


baseada na tecnologia a laser.
Vantagens: Armazenam grandes quantidades de informação, facilmente
transportadas, durabilidade e fiabilidade da informação.

O Bus ou Barramento de um Sistema Informático

O Bus ou Barramento do sistema é o conjunto de fios condutores situados na


motherboard pelos quais circulam os dados entre a
CPU, a memória RAM e as placas de expansão dos
periféricos. O Barramento do sistema engloba três
tipos de canais, que se diferenciam entre si pelos
diferentes tipos de sinais que transmitem:

Tecnologias da Informação e Comunicação 14


9 Bus de dados – canais por onde circulam os dados entre o processador e a
memória principal (RAM) ou os dispositivos de I/O;

9 Bus de endereços – canais através dos quais são indicadas as posições da


memória RAM ou dos dispositivos de I/O onde se encontram as instruções e
os dados com destino à CPU ou para onde são enviados os dados resultantes
do processamento;

9 Bus de controlo – canais que sinalizam e controlam as operações em curso no


sistema.

As características mais importantes numa arquitectura de Bus são:

9 A largura do bus ou o número de canais para a circulação dos dados (bits);


9 A velocidade a que esses mesmos dados podem circular no bus – medida em
hertz (Impulsos por segundo) ou bps (bit por segundo).

Ligações ou conexões de periféricos

Os pontos de ligação ou conectores entre uma motherboard e os periféricos podem ser


de tipos diferentes e situam-se em locais distintos.

Alguns desses conectores localizam-se na própria motherboard, como é quase sempre o


caso do conector do teclado e do rato. Outros conectores de periféricos localizam-se em
placas de expansão que encaixam nos slots da motherboard. É o caso, por exemplo, das
placas gráficas ou de vídeo onde se ligam os monitores.

Certos conectores são de uso genérico, como é o caso das chamadas portas ou portos. É
costume distinguirem-se dois tipos de portas: portas série e portas
paralelas. Numa porta série, a transmissão de dados é efectuada sob
a forma de um fluxo ou série única de bits. Numa
porta paralela, a transmissão dos dados é
efectuada através de vários fluxos de bits simultâneos.

A uma porta série podem ligar-se, por exemplo, modems externos ou ratos antigos. A
uma porta paralela é costume ligarem-se impressoras.

Mais recentemente, têm vindo a ganhar relevo outros tipos de conexões de periféricos. É o
caso das ligações conhecidas como USB (Universal Serial Bus) e da FireWire (ou IEEE
1394). Tanto num caso como no outro, as transmissões são efectuadas com velocidades

Tecnologias da Informação e Comunicação 15


muito superiores às das portas série e paralela, sendo, por isso, indicadas para os novos
periféricos, incluindo unidades de CD e DVD externas.

Interface Série Paralela SCSI USB FireWire

Norma RS232C IEEE 1284 (várias) USB IEEE 1394

Nº Periféricos 1 1 8/16 127 63


Velocidade
115 Kbit 2 Mbit 40/80 Mbyte 12 Mbit 12-400 Mbit
(por segundo)
Hardware Hardware e Hardware e
Configuração Auto (PnP) Auto (PnP)
e Software Software Software

Principais Dispositivos de Input

Nesta secção, iremos abordar os principais periféricos ou dispositivos que são


exclusivamente de input, como é o caso de teclados, ratos, scanners, câmaras digitais e
outros dispositivos de leitura óptica.

Teclado
Um teclado (keyboard) é um dispositivo de input indispensável
num computador, pois é principalmente através dele que os
utilizadores podem introduzir caracteres, sejam estes para dar
instruções ou fornecer dados ao sistema, seja para a escrita de documentos, etc.

Os teclados costumam ligar-se aos computadores através de conectores próprios


existentes nas motherboards.

Um teclado é constituído por diversas partes ou grupos de teclas


com finalidades distintas. A parte principal de um teclado
corresponde aos caracteres alfanuméricos (letras e algarismos),
sinais de pontuação, barras de espaços, etc.

Tecnologias da Informação e Comunicação 16


Para além desta secção principal, os teclados têm, ainda, habitualmente, outras secções:
9 Os conjuntos das teclas de funções (F1,F2, etc.) – podem ser utilizados para
funções específicas, consoante aquilo para que foram programadas ao nível do
sistema operativo ou dos ambientes de trabalho dos programas.
9 A secção do teclado numérico – cujas teclas podem ser utilizadas para uma
mais fácil introdução de valores numéricos.
9 A secção das teclas de navegação (setas, teclas Home, End, Page Up, Page
Down,etc.).

Existem ainda outras teclas com funções especiais, como é o caso das seguintes:

9 Tecla Enter – destina-se a finalizar a introdução de um dado ou a mudar de


linha;
9 Tecla Esc – (de Escape) costuma ser utilizada para sair de determinada
situação;
9 Tecla Shift – utilizada em combinação com outras teclas para, entre outras
coisas, escrever as maiúsculas;
9 Tecla Alt – utilizada também em combinação com outras teclas para funções
diversificadas, como, por exemplo, para aceder a menus em certos programas,
etc.;
9 Tecla Ctrl – (de controlo) utilizada para finalidades diversas.

Tecnologias da Informação e Comunicação 17


Ratos e outros dispositivos de apontar

Tal como o teclado, o rato (mouse) é, também, actualmente, um dispositivo de input


fundamental no trabalho com um computador. Com efeito, a maioria
dos sistemas operativos, ambientes de trabalho e programas de aplicação
funcionam, em grande medida, com base em símbolos e outros
grafismos no ecrã, sobre os quais o rato deve actuar para fazer funcionar as operações
pretendidas.

Os ratos mais vulgares têm dois botões; no entanto, existem ratos com apenas
um botão e ratos com três botões. Mais recentemente surgiu um outro tipo de
rato com os dois botões normais e mais um botão de rodar, que se destina a
movimentar mais facilmente janelas ou páginas de texto com barras de rolamento, como é
o caso de muitas páginas da Internet.

Na maior parte dos casos, um rato liga-se a um computador através de


um cabo e uma porta série ou uma porta USB. Existem também ratos
sem cabo que comunicam com o computador através de ondas
(tecnologia genericamente designada por Wireless, ou seja, sem fios).

Nos computadores portáteis, existem dispositivos de apontar que substituem o rato mas
que não se parecem nada com o seu formato habitual. Esses dispositivos surgem
incorporados nos próprios portáteis, para maior facilidade de utilização, podendo assumir a
forma de pointig device, track ball, touch pad.
Touch Pad

Pointig Device

Track Ball

Tecnologias da Informação e Comunicação 18


Ecrãs Sensíveis ao Toque

Um ecrã de computador, sendo a parte do monitor onde aparecem as imagens, faz parte de
um periférico de output; no entanto, existem ecrãs especiais que também podem
funcionar como dispositivos de input – os ecrãs sensíveis ao
toque. Os ecrãs de toque são típicos de certos computadores
de bolso e também dos chamados “quiosques de
informação”. Em qualquer dos casos, estes ecrãs são revestidos
por superfícies especiais que detectam toques dos dedos ou
de outros objectos através de mecanismos ópticos ou
fotossensíveis, transformando os toques em acções previstas no contexto da aplicação que
está a ser apresentada no ecrã.

Canetas Ópticas

Uma caneta óptica é um dispositivo com a forma de uma


caneta ou lápis, mas que tem, no seu interior, um mecanismo
fotossensível que lhe permite captar e enviar sinais luminosos de
e para o ecrã. Como este mecanismo se liga ao computador
através de um cabo, torna-se assim possível enviar sinais de input para a unidade de
processamento do sistema e interagir com os programas de aplicação a correr no momento.

Leitores de códigos de barras

Os leitores de códigos de barras são também dispositivos de leitura óptica, neste caso,
dirigidos especificamente a faixas de códigos de barras – usadas habitualmente para a
identificação de produtos comerciais, livros, etc. Assim, os
leitores de códigos e barras são usados principalmente em
estabelecimentos comerciais para captar a informação dos
produtos transaccionados para os respectivos sistemas informáticos, permitindo a
codificação dos preços e outras informações.

Scanners ou digitalizadores de imagens

Um scanner ou digitalizador de imagens é um dispositivo de


input que permite captar, através de processos ópticos, imagens

Tecnologias da Informação e Comunicação 19


e/ou texto contidos em folhas de papel, livros, etc.; essa captação faz-se convertendo a
informação para um formato digital adequado à sua visualização no monitor do sistema
informático, gravação em disco ou passagem à impressora.

Os scanners podem ligar-se a um computador através de diferentes tipos de interface,


nomeadamente: porta paralela, porta USB, etc.

Câmaras Digitais – fotográficas e de vídeo

Uma câmara fotográfica digital capta as imagens do exterior pelos


mesmos processos ópticos de uma câmara fotográfica tradicional,
mas, em vez de reter a imagem numa película, procede de imediato à
sua conversão para formato digital.

Para guardar as imagens assim captadas, as câmaras digitais usam, geralmente, suportes de
armazenamento de um tipo específico: cartões de memória flash.
Assim, estas imagens, depois de registadas pela câmara, podem ser transformadas para um
computador e tratadas como qualquer outro ficheiro de imagens.

Existem câmaras de vídeo mais simples utilizadas para comunicação em


directo através da Internet – utilizando software específico e um canal de
conversação, as chamadas Webcam. Estas, geralmente, ligam-se a uma
porta USB e também permitem captação e gravação de imagens estáticas ou
em movimento.

Principais Dispositivos de Output

Nesta secção, abordaremos os principais periféricos ou dispositivos que são exclusivamente


de output ou saída de informação, designadamente:

9 O subsistema gráfico ou subsistema de vídeo – que inclui o monitor e a placa


gráfica ou de vídeo;
9 Os projectores de imagens de computador ou projectores de vídeo;
9 As impressoras e os plotters.

Tecnologias da Informação e Comunicação 20


Subsistema gráfico Monitores e Placas Gráficas

Num sistema informático, o subsistema gráfico ou subsistema de vídeo é composto,


basicamente, por:

9 Uma placa gráfica – responsável pelo tratamento e


transferência da informação da CPU/RAM para o monitor;
9 Um Monitor – apresenta, num ecrã, a informação recebida da
placa gráfica.

Aquilo que surge no ecrã do computador provém, em primeira análise, do software que
está a ser processado em cada momento, portanto, em RAM e na CPU.

Existem monitores de dois tipos fundamentais:


9 Monitores do tipo CRT ou tubos de raios catódicos – que são
do mesmo género de monitores de televisão;

9 Monitores do tipo LCD ou ecrãs de cristais líquidos – mais


estreitos do que os do tipo CRT e com uma tecnologia de
funcionamento também muito diferente.

Uma outra característica importante num monitor é a sua capacidade em termos de


resolução. A resolução de um monitor corresponde ao número de pontos de imagem
(píxeis) que o ecrã pode apresentar simultaneamente na horizontal e na vertical.

Ao longo da evolução dos monitores mais usados em PC assistiu-se ao surgimento de


diversos padrões de resolução, nomeadamente os seguintes:

9 CGA
9 EGA
9 VGA
9 SVGA

Este último – SVGA – acabou por se tornar no padrão ou standard efectivo para os PC,
com resoluções que começam em 800x600 píxeis e podem ir até 1600x1200 píxeis ou mais.

Um outro aspecto importante nos monitores é o dot pitch – que se refere à distância entre
píxeis no ecrã do monitor. Quanto menor for o dot pitch melhor será a qualidade da
imagem. Os valores típicos de dot pitch dos monitores andam na ordem dos 0,20 a 0,30
(milímetros).

Tecnologias da Informação e Comunicação 21


Projectores de imagens de computador

Os projectores de imagens do computador ou projectores de vídeo


são dispositivos que se ligam ao computador através do mesmo
conector a que se liga o monitor e assim permitem projectar o
conteúdo do ecrã.

Impressoras e Plotters

As impressoras são dispositivos de output indispensáveis sempre que se pretende passar


para o papel determinada informação ou o resultado de um trabalho feito no computador.

Existem diversos tipos de impressoras, sendo actualmente as mais divulgadas:

9 Impressoras matriciais ou de agulhas;


9 Impressoras de jactos de tinta;
9 Impressoras laser.

Os Plotters ou traçadores gráficos são também dispositivos de output,


semelhantes às impressoras, que se destinam a imprimir grafismos em que é
exigida elevada precisão, como, por exemplo, no design de peças industriais
ou em arquitectura.

Outros dispositivos de Input/Output

Nesta secção referir-se-ão mais alguns dispositivos que são simultaneamente


de input/output, ou seja, que permitem efectuar tanto entradas como saídas
de dados. Nesta categoria de periféricos, é necessário incluir, antes de mais, as
drives ou unidades de discos, disquetes ou de outros suportes de
armazenamento secundário. Cabem também nesta categoria de dispositivos de
I/O os seguintes:

9 As placas de som e outros dispositivos correlacionados (subsistema


de som);
9 Dispositivos de conectividade a redes de computadores – como são
o caso das placas de rede ou dos modems.

Tecnologias da Informação e Comunicação 22


Subsistema de Som

O subsistema de som é constituído, no mínimo, por uma placa de som e


um par de altifalantes ou colunas; para além
disso, podemos ter também um microfone, uma
aparelhagem sonora, teclados ou outros
instrumentos MIDI.

Uma placa de som tem efectivamente as duas vertentes I/O – entrada e


saída de dados - uma vez que permite:

9 Digitalizar sons – recebe inputs sonoros (voz, música, etc.) do


exterior e converte-os para um formato digital, podendo assim essa
informação ser guardada em ficheiros informáticos;

9 Reproduzir sons para equipamentos exteriores (colunas ou


aparelhagens de som) – output - podendo a informação relativa a
esses sons ser proveniente de ficheiros digitais, de CD de áudio, de
equipamentos MIDI, etc.

Dispositivos de conectividade a redes de computadores

O termo conectividade designa a possibilidade técnica de se ligarem meios


informáticos uns aos outros – o que remete para redes de computadores.
Para as redes locais o dispositivo primário de conectividade ou de ligação é a
placa de rede ou interface de rede (NIC).

Para as redes de âmbito mais alargado,


como, por exemplo, o caso da Internet, as
ligações passam, na maioria das vezes, por
redes telefónicas ou de outros tipos de
cabos; neste caso, os dispositivos de ligação podem ser: modems, placas de
ligação RDIS ou outros tipos de dispositivos de conexão.

Tecnologias da Informação e Comunicação 23


Portanto, como dispositivos de conectividade a redes de computadores,
temos fundamentalmente placas de rede e modems.

Uma placa de rede é um dispositivo que se encaixa num slot da motherboard


e que permite ligar um computador a uma rede local (LAN). Trata-se,
efectivamente, de um dispositivo de I/O, pois permite enviar dados de um
computador para outro, bem como receber dados provenientes de outros
computadores.

Um modem é um dispositivo que permite ligar um


computador a outros computadores remotos ou a
redes alargadas (WAN), como é o caso da Internet,
através das linhas telefónicas, convertendo os sinais
digitais do computador em sinais analógicos das linhas telefónicas e vice-versa.

1.3 Tipos de Software e Aplicações Informáticas

Software de Sistema
Software de Sistema é onde se inclui o sistema operativo; este nível de
software é responsável, entre outras coisas, por gerir os recursos de
hardware e torná-los acessíveis ao utilizador e aos seus programas de aplicação.
O sistema operativo (SO) constitui a primeira e a principal camada de software
de um sistema informático, indispensável ao seu funcionamento.

Sistema Operativo MS-DOS

O primeiro sistema operativo que se constitui como parte integrante do


standard IBM PC e dos restantes PC foi o MS-DOS (Microsoft – Disk
Operating System).

O MS-DOS é um sistema operativo monotarefa (um só programa de


cada vez) e com uma interface de utilizador baseada em linha de
comando (CLI). Não é, portanto, um ambiente gráfico e, por isso, hoje
em dia é pouco utilizado.

Tecnologias da Informação e Comunicação 24


Sistema Operativo MS Windows

Actualmente, os sistemas operativos mais difundidos


no mundo do PC são os da “família” Microsoft
Windows.

Estes marcaram uma viragem, no mundo dos PC, para


os ambientes gráficos (GUI – Graphics User
Interface). É um sistema operativo multitarefa.

Software de Aplicação

O Software de Aplicação engloba todos os programas de computador que se


destinam a efectuar tarefas com interesse para o utilizador,
tais como: processamento de texto, folhas de cálculo, bases
de dados, programas de desenho, etc.

Pacotes de aplicação do tipo Office

Entre os programas de aplicação mais úteis ao nível da utilização pessoal encontram-se os


chamados pacotes de software de produtividade pessoal ou de escritório.

Os pacotes de software de produtividade pessoal ou de escritório actualmente mais


divulgados são as versões do Microsoft Office: MS Office 2000, MS Office XP, MS Office
2003 e MS Office 2007.

Tecnologias da Informação e Comunicação 25

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