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Porto Alegre
2011 – 1º semestre
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Porto Alegre
2011 – 1º semestre
RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL DO PROFISSIONAL
CONTÁBIL
Resumo: A profissão contábil ficou por anos sem nenhum tipo de alteração
significativa, até que surgiram várias denúncias vindas dos EUA relativo a fraude e a
partir desse fato as legislações que regem a profissão começaram a sofre
alterações. O objetivo desse trabalho é relatar como a legislação brasileira foi se
adaptando e sendo introduzida através da nova Lei 11.638 de 2007 no cenário
internacional através da IFRS e posteriormente nas mudanças feitas pelo Código
Civil e Penal dando mais responsabilidade para os profissionais da área.
1 INTRODUÇÃO
*
Helmer Araújo Freire do Nascimento – Graduando do curso de Ciências Contábeis da Universidade
Federal Rio Grande do Sul – Email: helmer2@uol.com.br
Assim, considerando que a profissão contábil passou a ser uma das
profissões mais normatizadas exigindo do profissional uma maior formação
profissional ser um bom conhecedor das legislações em vigor, bem como dos risco
e penalidades exigidos pela profissão.
Após a quebra da Bolsa de Valores (1929) foi criado o SEC com a atuação
voltada para o controle e a fiscalização das companhias listadas na Bolsa de Valores
(companhias abertas) onde tem autoridade para estabelecer critérios e padrões
contábeis (NIYAMA, 2008). As mudanças na estrutura econômica acabam gerando
demandas por atualização nas formas de metodologias de gestão corporativa,
atingindo do controle e dos registros contábeis. Assim como no ano de 1929, onde a
crise econômica provocada pela quebra da Bolsa de New York tornou necessário o
estabelecimento de novas metodologias contábeis, as transformações estruturais
nos fluxos econômicos cada vez mais demandam novos padrões de convergência
metodológica. Naquela ocasião, criou-se nos EUA um órgão internacional de
referência para a emissão de normas contábeis chamado FASB (Financial Accouing
Standards Board).
WorldCom
Ocorreu manipulação de resultados onde a empresa contabilizou como
investimentos US$ 3,9 bilhões, que na realidade eram despesas sendo assim
transformou-se em lucro o prejuízo que tivera no período, forjando o lucro da
empresa.
Eron
Fundada em 1930 foi considerada uma das maiores empresas de gás natural
e eletricidade dos Estados Unidos, a empresa pediu concordata em dezembro de
2001, depois de ser denunciada por fraudes contábeis e fiscais e com uma dívida de
US$ 13 bilhões. Admitiu ter inflacionado artificialmente seus lucros e ocultado o
endividamento.
Xerox
Multada em US$ 10 milhões por ter inflado suas receitas e lucros nos
balanços de 1997 a 2000, ao incluir pagamentos futuros previstos em contratos
correntes. A Xerox não quis comentar sobre qualquer malversação em sua prática
contábil.
Em dezembro de 2007, com a sanção feita pelo Presidente Luiz Inácio Lula
da Silva à lei nº 11. 638/07, entrou em vigor com algumas alterações relativas à
elaboração e divulgação das demonstrações contábeis sendo assim a convergência
contábil brasileira vive um momento importante onde foi alterada e revogou
dispositivos da Lei 6.404/76, as principais alterações sobretudo que se refere a Lei
S/A.
Com a vigência da Lei nº 11.638/07, que é baseada nas normas
internacionais (IASB), o Brasil sinaliza o desenvolvimento de um sistema de
informação que irá proporcionar maior comparabilidade, precisão e transparência
para seus diversos públicos.
- Caso a empresa apresente erros nas - Não existe obrigatoriedade deste fato.
demonstrações contábeis e tenham que
republicá-las gerando prejuízos para a
empresa, o diretor financeiro e o presidente
terão que devolver qualquer bônus e até
mesmo participação nos lucros que eles
tenham recebido.
Por outro lado, deve ser considerado que as decisões tomadas no âmbito da
elaboração das demonstrações financeiras impactam, diretamente, o resultado da
empresa e, por consequência, o lucro a ser distribuído. Fica claro, então, que
decisões equivocadas, ou tomadas de maneira negligente, imprudente ou com
imperícia, podem acarretar a distribuição também equivocada de dividendos aos
sócios (quotistas ou acionistas). E a responsabilidade pela distribuição de dividendos
fictícios é do administrador, solidariamente com o sócio, se este sabia da sua
ilegitimidade (BRASIL, 2001).
Segundo Fiuza (2001, p. 166), “explica que por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Sendo assim para configurar o ato ilícito a
doutrina relata que deve ter um dano moral ou patrimonial (STJ, Súmula 27) para
produzir o efeito jurídico, elementos essenciais o fato lesivo, a ocorrência do dano e
nexo causalidade entre o dano e o comportamento do agente e por último a
consequência do ato ilícito que gera a obrigação da indenização.
Com o Novo Código Civil (BRASIL, 2002) em vigor essa mudanças foram
benéficas sendo que com o fortalecimento dos aspectos morais e éticos da profissão
contábil, trazendo mais transparência aos balanços, livros e razão, escrituração
contábil e fiscal.
Os artigos que regem Novo Código Civil (BRASIL, 2002) tratam do sobre o
direito de empresa que disciplina sobre a vida do empresário e das empresas
trazendo o fim da bipartição das obrigações civis e comerciais.
No Art. 1.178. Parágrafo único diz Este fato está diretamente relacionado
que quando os atos forem executados com o Art. 1.521, do Código Civil anterior,
fora do estabelecimento o preponente ou que trata da reparação civil em seu item III
a sociedade, responderá pelo limites dos que cita: são também responsáveis: III – o
poderes conferidos por escrito. Os atos patrão, amo ou comitente, por seus
praticados pelo Contabilista que empregados, serviçais e prepostos, no
extrapolem os poderes conferidos são de exercício do trabalho que lhes competir,
sua exclusiva responsabilidade e por ele ou por ocasião dele.
responderá
Fonte: Carvalho, Iara Pinto de; Chagas, Paulo César, A Responsabilidade do Contador no Novo
Código Civil; 2003, p.9
O código de Ética profissional do contador foi aprovado pelo CFC, por meio
da Resolução nº 803 de 10/10/96, contempla a crescente preocupação da classe
contábil com a sua conduta profissional, inserindo em seu contexto a necessidade
da contabilidade para com o social. De acordo com o seu art.2.º, I, todo contabilista
deve exercer a sua profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a sua
independência profissional. Ainda, deve guardar sigilo sobre o que souber em razão
de suas funções, manifestar a qualquer momento a existência de impedimento para
o exercício de sua função.
1
Disponível em: <www.conjur.com.br>.
− Contabilidade − Folha de Pagamento GFIP
− Contribuição Assistencial − GPS
− Contribuição Associativa − GRFC
− Contribuição Confederativa − Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
− Contribuição Sindical − Livro de Inspeção do Trabalho
− Declaração Anual do Imposto de Renda − Livro Diário
das Pessoas − Livro Razão
Físicas (para os sócios – DIRPF) − Livro Registro de Empregados
− Declaração Anual do Simples Nacional − Livro Registro de Inventário
(DASN) − Norma Regulamentadora 7 (Ministério do
− Declaração de Bens e Direitos no Exterior Trabalho)
(DBE/BACEN) − Norma Regulamentadora 7 (Ministério do
− Declaração de Débitos e Créditos Trabalho)
Tributários Federais - Demonstrativo de Apuração das
(DCTF) Contribuições Sociais
− Declaração de Imposto de Renda Pessoa (DACON)
Jurídica (DIPJ) - Relatório emitidos pelo Comitê de
- Constituição Federal 1988. Pronunciamentos Contábeis ( CPC).
- CVM.
- CFC.
- IBRACON
4 CONCLUSÃO
ABSTRACT
The accounting profession has been for years without any kind of ignificant
change, until there were several complaints from the U.S. on fraud and from fact that
the laws governing the profession began to change. The aim of this work is to report
as Brazilian law was adapting and being introduced through the new Law 11.638 of
2007 in the international arena through the IFRS and Subsequent changes made by
the Civil Code and Criminal giving more responsibility to the professionals area.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 10. 406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código civil. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 28 abr.
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CALLAO, S.; JARNE, J.; LAÍNEZ, J. A. Adoption of IFRS in Spain: effect on the
comparability and relevance of financial reporting. Journal of Accounting, Auditing
and Taxation, v. 16, n. 2, p. 148-178, 2007.
CALIXTO, Laura. Análise das pesquisas com foco nos impactos da adoção do IFRS
em países europeus. Revista Contabilidade Vista e Revista, Belo Horizonte, v. 21,
n. 1, p. 160, jan. 2010.
Gil, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2006.