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Por que a escolha desse tipo de Energia

Uma das opções para a produção de energia, a baixo custo que vem apresentando resultados
favoráveis e já difundido em vários países é o biogás. Apesar de ser conhecido há muito tempo, só
mais recentemente os processos de obtenção de biogás vêm se desenvolvendo sem objetivos
práticos em maior amplitude, objetivando sua utilização como energético.
Na prática a produção de biogás é possível com a utilização de um equipamento denominado
de biodigestor.
As vantagens de usar o biodigestor em propriedades rurais e mesmo em residências, é que
ele pode ajudar a diminuir a poluição através da conversão de biomassa em biofertilizante, e captar o
gás metano que poderia ser disperso na natureza para uso como fonte de energia.
Abaixo se alistam alguns dos resultados possíveis desse tipo de geração:
 Possibilidade de participação do mercado de carbono;
 Redução à dependência de adubos químicos;
 Redução à dependência de energia térmica para os diversos usos;
 Redução da poluição causada por armazenamento/tratamentos dos dejetos em locais
inapropriados como lagos e lagoas;
 Diminuição do impacto ambiental e agregação de valor.
Quaisquer que sejam as práticas produtivas utilizadas deve haver preocupações no sentido
de minimizar os impactos sobre o meio ambiente.

O que são Biodigestores?


São equipamentos de fabricação relativamente simples, que possibilitam o reaproveitamento
de detritos para gerar gás e adubo, também chamados de biogás e biofertilizantes. O biodigestor
geralmente é alimentado com restos de alimentos e fezes de animais, acrescidos de água.
Dentro do aparelho, esses detritos entram em decomposição pela ação de bactérias
anaeróbicas (que não dependem de oxigênio). Durante o processo, todo o material orgânico acaba
convertido em gás metano, que é utilizado como combustível em fogões de cozinha ou geradores de
energia elétrica. No caso de uma granja, por exemplo, o gás gerado pelas fezes das galinhas é usado
para aquecer os ovos nas incubadoras. O resíduo sólido que sobra no biodigestor também pode ser
aproveitado como fertilizante.
"O material orgânico utilizado não deve conter produtos tóxicos, pois matariam as bactérias
responsáveis pela produção do gás.
3.2 – História

Embora a primeira instalação operacional destinada a produzir gás combustível só


tenhasurgido na segunda metade do século XIX, o biogás já era conhecido desdehá muito tempo,
pois a produção de gás combustível a partir de resíduos orgânicosnão é um processo novo. Já em
1776, o pesquisador italiano Alessandro Voltadescobriu que o gás metano já existia incorporado ao
chamado “gás dos pântanos”,como resultado da decomposição de restos vegetais em ambientes
confinados.
Em 1806, na Inglaterra, Humphrey Davy identificou um gás rico em carbono edióxido de
carbono, resultante da decomposição de dejetos animais em lugaresúmidos. Em 1857, em Bombaim,
Índia, foi construída aprimeira instalação operacional destinada a produzir gás combustível, para um
hospital . Nessa mesma época, pesquisadores como Fischer eSchrader, na Alemanha e Grayon, na
França, entre outros, estabeleceram as basesteóricas e experimentais da biodigestão anaeróbia.
Posteriormente, e, 1890, DonaldCameron projetou uma fossa séptica para a cidade de Exeter,
Inglaterra, sendo o gásproduzido utilizado para iluminação pública.
“Uma importante contribuição para o tratamento anaeróbio de esgotos residenciais foi feita
por Karl Imhoff, na Alemanha, que, por volta de 1920,desenvolveu um tanque biodigestor, o tanque
Imhoff, bastante difundido na época.
O primeiro biodigestor posto emfuncionamento regular na Índia foi ao início deste século
está em Bombaim. Em 1950,Patel instalou, ainda na Índia, o primeiro Biodigestor de sistema
contínuo.
A partir da crise energética deflagrada em 1973, a utilização de biodigestorespassou a ser
uma opção adotada tanto por países ricos como países de TerceiroMundo. Em nenhum deles,
contudo, o uso dessa tecnologia alternativa foi ou é tãoacentuada como na China e Índia.
O interesse da China pelo uso de biodigestores deveu-se, originalmente, aquestões militares.
Preocupada com a Guerra Fria, a China temeu que um ataquenuclear impediria toda e qualquer
atividade econômica (principalmente industrial).
Entretanto, com a pulverização de pequenas unidades biodigestores ao longo do
país,algumas poderiam escapar ao ataque inimigo.
Há pelo menos meio século, para os chineses, a implantação de biodigestorestransformou-se
em questão vital, incrustada em lógicas de política internacional. Umpaís continental, com excesso
de população, a China buscou, durante os anos 50 e 60, no auge da Guerra Fria, por uma alternativa
de descentralização energética.
No caso de uma guerra que poderia significar a destruição quase total da civilização como a
conhecemos – o ataque às centrais energéticas, como poderosas usinas hidroelétricas, representaria
o fim de toda atividade econômica. Isso porque a energia deixaria de ser disponível nos grandes
centros, a penas unidades de biodigestão conseguiriam passar incólumes ao poder inimigo.

3.3 Modelos de biodigestores


3.3.1 Indiano
A Figura abaixo mostra o modelo indiano de biodigestor que tem como característica
principal o uso de uma câmpanula flutuante como gasômetro, sendo que a mesma pode estar
mergulhada sobre a biomassa em fermentação. Existe ainda uma parede central que divide o tanque
de fermentação em duas câmaras, onde a função desta divisória é fazer com que o material circule
por todo o interior da câmara de fermentação de forma homogênea. O biodigestor possui pressão de
operação constante, ou seja, à medida que o biogás produzido não é consumido, o gasômetro
desloca-se verticalmente, aumentando o volume deste, mantendo dessa forma a pressão constante
em seu interior. Do ponto de vista construtivo, apresenta-se de fácil construção, contudo o
gasômetro de metal pode encarecer o custo final, e também à distância da propriedade pode
dificultar e encarecer o transporte inviabilizando a implantação deste modelo de biodigestor.
Figura 3.1: Biodigestor Indiano
Os principais componentes de um biodigestor modelo indiano são:
a) caixa de carga (local de diluição dos dejetos);
b) tubo de carga (condutor dos dejetos diluídos da caixa de carga para o interior do
biodigestor);
c) câmara de biodigestão cilíndrica (local onde ocorre a fermentação anaeróbia com
produção de biogás);
d) gasômetro (local para armazenar o biogás produzido formado por campânula que se
movimenta para cima e para baixo);
e) tubo-guia (guia o gasômetro quando este se movimenta para cima e para baixo);
f) tubo de descarga (condutor para saída do material fermentado sólido e líquido);
g) caixa ou canaleta de descarga (local de recebimento do material fermentado sólido e
líquido);
h) saída de biogás (dispositivo que permite a saída do biogás produzido para ser
encaminhado para os pontos de consumo).

3.3.2 Chinês
Os principais componentes de um biodigestor modelo Chinês são os seguintes: caixa de
carga, tubo de carga, câmara de biodigestão cilíndrica com fundo esférico, gasômetro em formato
esférico, galeria de descarga e caixa de descarga.
Sendo assim uma melhor descrição do modelo chinês mostrado na Figura abaixo seria que o
mesmo é confeccionando sob a forma de uma câmara de fermentação cilíndrica em alvenaria (tijolo
ou blocos), com teto impermeável, destinado ao armazenamento do biogás. Este biodigestor
funciona com pressão hidráulica, onde o aumento de pressão em seu interior resulta no acúmulo do
biogás na câmara de fermentação, induzindo-o para a caixa de saída. O biodigestor é constituído
quase que totalmente em alvenaria, dispensando o uso de gasômetro com chapa de aço, obtendo
uma redução de custos, porém podem ocorrer problemas com vazamento do biogás caso a estrutura
não seja bem vedada e impermeabilizada. Neste tipo de biodigestor uma parte do biogás produzido
na caixa de saída é liberada na atmosfera, reduzindo em parte a pressão interna do gás e devido a
isso, o mesmo não é indicado para instalações de grande porte.

Figura 3.2: Biodigestor Chinês


3.3.3 Canadiano ou de fluxo tubular
O digestor conhecido como canadense é chamado de biodigestor de fluxo tubular, o qual
possui uma construção simplificada do tipo horizontal com câmara de biodigestão escavada no solo
(1ª figura abaixo) e com gasômetro do tipo inflável feito de material plástico ou similar (segunda
figura abaixo).

Figura 3.3: Biodigestor Canadense Figura 3.4: Gasômetro Biodigestor Canadense

Este modelo de biodigestor é mais recente e apresenta uma tecnologia bem mais moderna e
avançada, porém menos complexa. É um modelo tipo horizontal, apresentando uma caixa de carga
em alvenaria e com a largura maior que a profundidade, possuindo, portanto, uma área maior de
exposição ao sol, o que possibilita grande produção de biogás, evitando o entupimento. Durante a
produção de biogás, a cúpula do biodigestor infla porque é feita de material plástico maleável (PVC),
podendo ser retirada.
O biodigestor de fluxo tubular é amplamente difundido em propriedades rurais e é, hoje, a
tecnologia mais utilizada dentre as demais. Neste tipo de biodigestor, o biogás pode ser enviado para
um gasômetro separado, permitindo maior controle.
Embora o biodigestor descrito apresente a vantagem de ser de fácil construção, possui
menor durabilidade, como no caso da lona plástica perfurar e deixar escapar gás.
3.3.4 Caseiro
A construção é feita a partir de um tambor metálico de 200 litros (0,2 m3), facilmente
encontrado a preço reduzido, de fácil construção e montagem, garantindo o baixo custo final.

Figura 3.5: Biodigestor Caseiro

O projeto consistiu na construção de biodigestores que pudessem ser adquirido ou feito por
pessoas de baixo poder aquisitivo, pois o material utilizado na construção do biodigestor foram dois
tambores de 200 L cada, dois registros de 1/2”, mangueira de gás e dois pinos de panela de pressão e
o filtro foi construído com cano de PVC de ½”, conexões, palha de aço. A matéria orgânica utilizada
foi o esterco de animais .
4 – Funcionamento Do Biodigestor

4.1 – Escolha Do Local

O biodigestor deverá ser localizado de forma, levando em consideração três pontos: fácil
acesso do local de acumulo de esterco, fácil acesso aos locais de aplicação do biofertilizante,
proximidade ao local de uso do biogás. Em biodigestores de manta, o biogás terá pouca pressão e
poderá ser conduzido até, no máximo, 50 metros. Quando for possível, aproveite a declividade
natural do terreno para facilitar a carga e a descarga do biodigestor. Instale o biodigestor longe de
arvores, pois as raízes, com o tempo poderão crescer e furar o biodigestor. Como medida de
segurança, mantenha uma distância de no mínimo de 10 metros entre o biodigestor e quaisquer
edificações.

4.2 – Dimensão

Existem vários modelos de biodigestores. Os mais simples possuem um único estágio,


alimentação contínua e sem agitação. O tempo de retenção dos dejetos depende da capacidade das
bactérias em degradar a matéria orgânica. Um método prático de estimar o tamanho do biodigestor
é dado pela equação abaixo

𝑽𝑩 = 𝑽𝑪 ∗ 𝑻𝑯𝑹

Onde:
VB = Volume do Biodigestor (m3)
VC = Volume da carga diária (dejetos+água) (m3/dia)
THR = Tempo de Retenção Hidráulico (dias)

35 dias para dejetos de bovinos e suínos


Uma vez que, TRH é { 45 dias para dejetos de caprinos e ovinos
60 dias para cama de frango

Planta de Topo da Escavação:


A figura 4.1 mostra a planta de topo de escavação, onde seus dimensionamentos são
mostrados na tabela 4.2.1.

Figura 4.1: mostra escavação do biodigestor


Comprimento Largura Comprimento Largura
Volume Profundidade
superior C - 1 Superior L - 1 inferior C-2 inferior L-
(m3) (metros)
(metros) (metros) (metros) 2 (metros)
3 1,0 3,5 1,2 3,0 0,7
7 1,0 6,0 2,0 4,8 0,8
15 1,4 7,0 2,5 5,5 1,0
20 1,5 8,0 3,0 6,0 1,0
30 1,5 10,0 3,5 8,0 1,5
Tabela 4.1: mostra medidas de escavação para diversos volumes de biodigestor

4.3 – Instalação
Escavar um buraco no solo, com as medidas definidas de acordo com o dimensionamento,
como mostra a figura 4.2. Já a figura 4.3 mostra dois orifícios um para a entrada dos dejetos e outro
para a saída do biofertilizante que irá para outro local de armazenagem, a saída do biogás será
através de uma tubulação situada na parte superior do biodigestor. Então o biodigestor será
revestido internamente com uma manta plástica de PVC como mostra a figura 4.4.

Figura 4.2: Mostra a construção do biodigestor já com seus devidos dimensionamentos


Figura 4.3: mostra a entrada e a saída do biodigestor

Figura 4.4: Mostra a manta plástica de PVC cobrindo o biodigestor

A figura 4..5 mostra o biodigestor pronto para ser usado, inclusive com a tubulação por onde
sairá o biogás, como mostra a figura 4.6.

Figura 4.5: Mostra o biodigestor pronto para uso


Figura 4.6: Mostra a tubulação por onde sairá o biogás

O biodigestor só apresenta risco de explosão quando o biogás esta misturado com oxigênio
no seu interior. Esta situação acontece no inicio da operação. Por isso, é de fundamental importância
que a produção inicial de biogás seja liberada, e não queimada. Prossiga da seguinte maneira:
 Mantenha o registro de saída de biogás fechado durante a operação inicial. Uma vez
que a manta esteja inflada.
 Abrir o registro de gás e liberar todo o conteúdo (que é uma mistura de biogás e ar),
fechando o registro em seguida.
 Manter o registro fechado até que o biodigestor infle novamente.
 A partir desse momento, o biogás poderá ser usado em segurança, e desde que o
biodigestor continue em operação, não entrará mais ar no seu interior.

Por estar o biogás sob pressão, mesmo havendo pequeno vazamento através da manta, o ar
não entrará no interior do biodigestor. De qualquer forma, é importante ficar atento a vazamentos e
concerta-los assim que forem detectados.
Para conduzir o gás na linha principal, usa-se tubo de plástico flexível de parede grossa
(mangueira preta) ou rígido PVC colável. Não improvise a tubulação de gás porque é perigoso por ser
explosivo. Todas as emendas rígidas devem ser com selante (cola ou fita branca) ou quando flexível,
com braçadeiras. Faça o teste de vazamento banhando todas as junções com água e sabão. Junto
com o biogás sempre existe vapor de água. Este por condensação se deposita nos pontos mais baixos
e com tempo impede a passagem do gás. Por isso, toda a tubulação de gás deve ter aclives e
declives. Em todo o ponto baixo, deve existir um dreno, feito com uma conexão “T” do fundo do qual
sai um pedaço de tubo ou mangueira que deve ser mergulhado em água dentro de uma garrafa ou
uma caixa de concreto, mais fundo do que a pressão do biogás.

4.4 – Operação Diária


Manter os animais presos no curral durante uma parte do dia ou à noite coletar esterco pela
manhã e depositar na caixa de entrada como mostra a figura 4.7. Adicionar água na proporção
correta, de acordo com a tabela 4.2, misturar e liberar para o biodigestor retirar e aplicar o
biofertilizante nas hortas, utilizar o biogás para cozinhar, como mostra a figura 4.8.
Figura 4.7: mostra a coleta do dejeto para usar no biodigestor

Tabela 4.2: mostra a relação dejetos de animais (kilos) por água (litros)

Observação:
O esterco de caprinos e ovinos pode entupir o biodigestor, por ser um material de difícil
degradação. Recomenda-se então, no caso desse dejeto, um pre-tratamento antes de dar carga no
biodigestor, coletar o esterco fresco, porém já pisoteado pelos animais deixar o esterco de molho de
um dia para o outro no tonel ou caixa de entrada mexer periodicamente e descartar material que
flutuar para a superfície, mexer novamente e liberar para o biodigestor.

Figura 4.8: Mostra todo processo até a produção do biogás

O processo da produção do biogás se dar através da digestão anaeróbia (biometanização)


consiste de um complexo de cultura mista de microorganismo, capazes de metabolizar materiais
orgânicos complexos, tais como carboidratos, lipídios e proteínas para produzir metano (CH4) e
dióxido de carbono (CO2) e material celular. A digestão anaeróbia, em biodigestores, é o processo
mais viável para conversão dos resíduos de suínos e bovinos, em energia elétrica. O confinamento
desses dejetos no biodigestor compreende entre 30 e 40 dias, então a partir desse período a biogás
estará pronto para ser consumido pelo motor para produção de energia elétrica como mostra a
figura 4.9, onde esse motor poderá ser adaptado para receber o biogás.

Figura 4.9: Mostra o motor já adaptado para receber o biogás

4.5 – Medidas De Segurança

Para ter mais segurança devem-se seguir algumas orientações importantes como:

Lembre-se das crianças e dos animais. Mantenhao


biodigestor e depósito de biofertilizantes isolados.
Uma boa cerca e uma boa limpeza emvolta evitam
muitos incômodos.

Uma vez por mês, verifique o estado geral


dasinstalações de biogás em inspeção visual. Observe
especialmente as juntas e emendas para verificar se
está ocorrendo vazamento, pincelando com água e
sabão. Não improvise: Use braçadeiras e conexões
adequadas. Instale corretamente os drenos da água.

Cuidado com os ratos. Tubos plásticos do


tipomangueira, em forros e porões, são um
pratofavorito para os roedores.
Cuidados com acidentes de explosões. Evitar que o
gás se misture com o ar dentro da campânula e na
linha de condução de gás.

Providenciar ventilação adequada em torno das


linhas de gás dentro da casa, no entanto, os
aparelhos queimadores devem ser localizados
protegidos de corrente de ar.

Não fumar e não acender fósforos perto do digestor.


CAPÍTULO 5
5- Aspectos Positivos e Negativos da Utilização do Biodigestor
Portanto, para os pequenos proprietários rurais fazer uso de um biodigestor com finalidades
energéticas e ambientais é muito vantajoso, uma vez que se torna mais econômico que a energia da
concessionária, tanto por gerar energia como por lhe proporcionar adubo de boa qualidade para as
plantações. Tal análise foi baseada no processo de comparação do custo de energia fornecida pela
concessionária e pelo uso de biodigestor.

5.1- Aspectos positivos


 Biogás

O resultado das reações que ocorre no Biodigestor é a produção de biogás não só esses mais
de outros derivados, onde o biogás pode ser utilizado como combustível. Sua utilização é muito
ampla, desde uso doméstico, como substituto da lenha ou GLP (gás liquefeito de petróleo), ou
alternativa de geração de energia por meio do acionamento de geradores e motores.
O biogás, também conhecido como gás dos pântanos é o resultado da decomposição de
matérias orgânicas, em meio anaeróbio, por bactérias denominadas metagogênicas, sendo uma
mistura, onde seus principais componentes são o gás metano, com valores médios na ordem de 55 a
65%, e o dióxido de carbono com aproximadamente 35 a 45% de sua composição.
A produção do biogás é naturalmente encontrada em pântanos, aterros e esgotos entre
outros.
Um facto curioso está ligado ao antigo costume de se enterrar o lixo em buracos nos
quintais, bastante comum ainda hoje onde não se tem serviço de coleta de lixo. Após aterrado o
material orgânico no meio anaeróbico formado, sob a ação das bactérias metagogênicas, passava a
produzir gás metano, em alguns casos o volume retido alcançava altas pressões produzindo
rompimento do solo e frequentemente a combustão espontânea, desprendendo enormes chamas
com duração de alguns minutos.
Essas enormes chamas algumas vezes era erroneamente associado, por desconhecimento
das pessoas surpreendidas, a fenômenos sobrenaturais ou manifestações de seres místicos e
folclóricos.
Atualmente, em vários países o biogás é produzido em aterros sanitários e aplicado como
fonte energética em processos sanitários, e em alguns casos existe até a comercialização do biogás
para uso nas indústrias. Em São Paulo o biogás chegou a ser utilizado, experimentalmente, em
caminhões de coleta de lixo.
Em processos mais elaborados as usinas de açúcar e álcool estão conseguindo produzir
biogás a partir do vinhoto, o produto obtido, depois de tratado e engarrafado, pode ser usado como
combustível em varias aplicações nas próprias usinas, além disto a decomposição do vinhoto resulta
em fertilizante de excelente qualidade, evitando-se assim, a poluição de rios e mananciais pelo
lançamento direto do vinhoto, que é originalmente um resíduo tóxico.
Um dos sistemas de obtenção do biogás dos mais conhecidos é o biodigestor para aplicação
rural, existindo grande número de unidades instaladas, principalmente nos países originários dos
modelos mais difundidos, Índia (com aproximadamente 300 mil ) e a China ( com mais de 8 milhões ).
O biogás pode ser usado em fogões, motores, lâmpadas e geladeiras a gás, podendo ser
considerado uma das fontes energéticas mais econômicas e de fácil aquisição pelas pequenas
propriedades rurais. A utilização do biogás é mostrado na figura 5.1, a seguir.

Figura 5.1- Mostra um fogão utilizando o biogás como combustível.

Além disso, o biogás pode ser utilizado:


- em iluminação;
- para aquecimento de fogões;
- como combustível para motores de combustão interna;
- em chocadeiras;
- em secadores de grãos ou secadores diversos;
- para a geração de energia elétrica.
O biogás é inflamável, por isso deve-se ter alguns cuidados ao fazer uso desse gás.
QUANTOS ANIMAIS SÃO NECESSÁRIOS PARA PRODUZIR 1m3 de biogás por dia?
3 vacas – presas a noite
3 caprinos ou ovinos – presos a noite
3 suínos confinados.

 Biofertilizante - Adubação Orgânica


O mais importante quando se quer fazer uma horta caseira, comunitária ou comercial, é
tratar o solo com profundo respeito e cuidado, pois é dele que depende a produção sadia de sua
horta. E, para se manter, recuperar e crescer, a fertilidade do solo, precisamos de matéria orgânica.
Então, através da adubação orgânica poderemos manter todos os nutrientes que a planta precisa. O
biofertilizante produzido através do biodigestor é um dos mais potentes adubos orgânicos.
O biofertilizante, por suas qualidades, tem grande poder de recuperar os solos desgastados,
e isto já está na consciência de muitos agricultores. Segundo estatística publicada, mais de 40% dos
possuidores de biodigestores tinha como finalidade usar o adubo em lavouras, considerando o gás
um subproduto.
 Devido ao seu pH (potencial de hidrogênio) em torno de 7,5, o biofertilizante
funciona como corretor de acidez, eliminando o alumínio e liberando o fósforo dos sais insolúveis do
alumínio e ferro. Além disso, o aumento do pH dificulta a multiplicação de fungos não benéficos à
agricultura.
 O biofertilizante tem grande poder de fixação, pois mantém os sais minerais em
formas aproveitáveis pelas plantas, evitando que esses sais se tornem muito solúveis e que sejam
levados pelas águas.
 Melhora a estrutura e a textura, deixando-o mais fácil de ser trabalhado e facilitando
a penetração das raízes. As raízes penetrando mais no terreno, terão mais umidade disponível no
subsolo, resistindo melhor aos períodos de estiagem.
 Dá firmeza aos grumos do solo, de modo que resistam à ação desagregadora da
água, absorvendo as chuvas mais rapidamente evitando à erosão em conservando a terra úmida por
muito mais tempo.
 A aplicação do biofertilizante cria condições para que a terra respire com mais
profundidade. O biofertilizante deixa a terra com a estrutura mais porosa, permitindo maior
penetração do ar, na zona explorada pelas raízes, facilitando sua respiração, obtendo melhores
condições de desenvolvimento da planta.
 O biofertilizante também favorece multiplicação das bactérias aos milhares, dando
vida ao solo. A intensa atividade das bactérias fixa o nitrogênio atmosférico transformando em sais
aproveitáveis pelas plantas, fora as bactérias que se fixam nas raízes das leguminosas.
 Além dessas atuações de valor inestimável, que aumenta muito a produtividade das
lavouras, se o biodigestor for operado corretamente, o biofertilizante já está completamente curado
quando sai do biodigestor. Não tem mais o perigo de fermentar, não possui odor, não é poluente e
não cria moscas e outros insetos. O poder germinativo das sementes dos matos fica eliminado com a
biofermentação, não havendo perigo de infestações nas lavouras.
Na agricultura pode ser aplicado diretamente no solo em forma líquida ou seca. Nas plantas
coloca-se um (01) litro de biofertilizante em dez (10) de água, e passa-se a mistura por uma peneira
fina. Aí é só pulverizar. Como mostra a figura 5.2, a seguir.

Figura 5.2- Mostra a aplicação do biofertilizante na agricultura.


Por tanto, logo após todo o processo de produção do biogás, existe uma sobra dentro do
biodigestor que podemos chamar de biofertilizante.O biofertilizante pode ser usado como adubo
orgânico para fortalecer o solo e para o desenvolvimento das plantas. Desta forma, o uso do
biofertilizante apresenta algumas vantagens, como:
- não apresenta custo nenhum se comparado aos fertilizantes inorgânicos;
- não propaga mau cheiro;
- é rica em nitrogênio, substância muito carente no solo;
- a biomassa que fica dentro do biodigestor sem contato com o ar, mata todas as bactérias
aeróbicas e germes existentes nas fezes e demais matérias orgânicas;
- está livre dos parasitas da esquistossomose, de vírus da poliomielite e bactérias como a do
tifo e malária;
- recupera terras agrícolas empobrecidas em nutrientes pelo excesso ou uso contínuo de
fertilizantes inorgânicos, ou seja, produtos químicos;
- é um agente de combate a erosão, porque mantém o equilíbrio ecológico retendo maior
quantidade de água pluvial;
- o resíduo da matéria orgânica apresenta uma capacidade de retenção de umidade pelo
solo, permitindo que a planta se desenvolva durante o período de seca.
- por outro lado, vale destacar que a única desvantagem do uso de biofertilizante é a não
eliminação da acidez do solo, causada pelo uso exagerado de fertilizantes inorgânicos dificultando,
muitas vezes, a absorção pela raiz da água e de nutrientes do solo como o potássio e o nitrogênio
que influenciam na germinação e crescimento da planta.

 Saúde em Geral

Saúde humana

A utilização do Biodigestor faz com haja a diminuição de doenças entre os ribeirinhos, pois
estes defecavam nos rios, sendo que este serve de banho para tais ribeirinhos, e também tal rio é
utilizado para consumo em seus alimentos.
Por tanto, havendo a redução das doenças, consequentemente haverá a diminuição pela
busca por hospitais, com isso os gastos com a saúde diminui.

Saúde Animal

Segundo informado pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), de 30 a 40%


da mortalidade dos caprinos está relacionada a transmissão de doenças pelas fezes. A digestão
anaeróbia, ou biodigestão, é a tecnologia mais eficiente no tratamento de esgoto municipal e a mais
usada em países em desenvolvimento. Esse processo vem sendo aplicado cada vez mais no
aproveitamento de efluentes agropecuários com excelentes resultados. A tabela 5.1 especifica
algumas importantes patogenias e mostra o potencial de destruição das mesmas pelo processo de
biodigestão.
Tabela 5.1- Potencial de redução de contaminação através da biodigestão.

 Redução do efeito estufa.

Uma vantagem ecológica é que com a queima do gás armazenado no Biodigestor ocorre à
destruição do metano, esse é muito prejudicial ao meio ambiente. Logo o metano queimado se
transforma no dióxido de carbono, esse é 20 vezes menos agressivo ao meio ambiente, com isso vai
ocorrer um ganho ambiental.
O Brasil é um grande produtor de produtos agrícolas, os quais geram uma grande quantidade
de resíduos, onde esses podem, e muitas vezes são utilizados como fontes energéticas. Alguns desses
resíduos como: plantas, animais e seus derivados, são chamados biomassa. Sua utilização pode ser
de diversas maneiras e estado para obtenção das mais variadas formas de energia.
Como vantagem da biomassa em substituição aos combustíveis fósseis, podemos citar o
maior emprego da mão-de-obra, a menor poluição atmosférica global e localizada, e a estabilidade
do ciclo de carbono. Assim, a crescente preocupação da sociedade com questões ambientais deve
fluir as decisões dos responsáveis dentro destes aspectos, os combustíveis fósseis são os mais
criticados devido à produção de uma quantidade de CO2 que o planeta não tem condições de
assimilar em longo prazo, causando o chamado efeito estufa.
Acrescentando a isso, tem-se também a redução do desmatamento, pois com a utilização do
biogás não será mais necessário à utilização de madeira para sua queima no fogão a lenha, pois a
partir da utilização do biodigestor os ribeirinhos utilizarão o biogás.

5.2-Aspectos negativos
 Custo no abastecimento

Esse aspecto negativo de se utilizar o biodigestor, é que para se produzir em larga escala
biogás, biofertilizantes, e principalmente energia elétrica. É preciso de muitos dejetos de animais,
não só esses mais outras fontes, como palhas, sobras de cultivo, esgoto doméstico, resto industriais
de alimento, entre outros.

Para ter muito dejetos (fontes de energia) é preciso investimento, ou seja, para que o
biodigestor continue funcionando será preciso investir em ração e alimentos para esses animais
poderem defecar, e com isso se ter dejetos suficientes para ser utilizado para a biodigestão. A figura
5.3 abaixo mostra uma base de quantos dejetos de animais é produzido por ano.
Figura 5.3 – Mostra uma base de quantos dejetos (esterco) é produzido por ano.

 Perigo de Explosão
Outro aspecto negativo é que há o perigo de explosão do Biodigestor, pois esse só apresenta
risco de explosão quando o biogás esta misturado com oxigênio no seu interior. Esta situação
acontece no inicio da operação. Por isso, é de fundamental importância que a produção inicial de
biogás seja liberada, e não queimada.
Prossiga da seguinte forma – mantenha o registro de saída de biogás fechado durante a
operação inicial. Uma vez que a manta esteja inflada, abrir o registro de gás e liberar todo o
conteúdo (que é uma mistura de biogás e ar), fechando o registro em seguida. Manter o registro
fechado até que o biodigestor infle novamente. A partir desse momento, o biogás poderá ser usado
em segurança, e desde que o biodigestor continue em operação, não entrará mais ar no seu interior.
Observação: por estar o biogás sob pressão, mesmo havendo pequeno vazamento através da
manta, o ar não entra no interior do biodigestor. De qualquer forma, é importante ficar atento a
vazamentos e concerta-los assim que forem detectados.
O biogás é um combustível e quando misturado com o ar, como todos os combustíveis
gasosos, torna-se explosivo. Portanto devem-se ter todas as precauções para evitarem-se acidentes,
sendo importante o acompanhamento de um professor. O manuseio com o esterco deve ser cercado
com os cuidados sanitários necessários, sendo imprescindível o uso de luvas entre outros. Mais uma
vez lembramo-nos da necessidade de descarte das duas primeiras cargas do gasômetro.

 Atenção
Um aspecto negativo é que muitas vezes as pessoas quando fazem a manutenção do
equipamento não prestam a devida atenção.
O esterco de caprinos e ovinos pode entupir o biodigestor, por ser um material de difícil
degradação. Recomenda-se então, no caso desse dejeto, um pré-tratamento. Logo antes de dar
carga no biodigestor, deve:

1. Coletar o esterco fresco, porém já pisoteado pelos animais.


2. Deixar o esterco de molho de um dia para o outro no tonel ou caixa de entrada
3. Mexer periodicamente e descartar material que flutuar para a superfície
4. Mexer novamente e liberar para o biodigestor.

5.3 – Conclusão

O biodigestor atualmente é uma alternativa para minimizar os impactos negativos causados


pela atividade de suinocultura. Através da sua implantação, os dejetos produzidos em cada
propriedade ganham um destino adequado com efetivos retornos aos proprietários.
Assim sendo, ocorre melhora na qualidade de vida dos produtores rurais e também da
população em geral que depende do meio ambiente para sobreviver. O processo de biodigestão
anaeróbica ajuda o meio ambiente na destruição de organismos patogênicos e parasitas. Dessa
forma o tratamento dos dejetos por meio da biodigestão possui grandes vantagens, pois, auxilia na
transformação de gases prejudiciais em fonte de energia.
CAPÍTULO 6
6.1 – VIABILIDADE
Com o aumento da demanda energética no atual contexto mundial, a implantação de fontes
alternativas de energia torna-se cada vez mais necessária. Entretanto, é preciso analisar tanto os
seus impactos ambientais, bem como sua viabilidade econômica e financeira. Atualmente, o custo de
implantação de biodigestores varia de R$ 10 mil a R$ 100 mil, valores que limitam o uso da
tecnologia em propriedades rurais de maior porte. Já o modelo desenvolvido pela Köhler
Biodigestores – empresa de Toledo incubada no Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu –
diminui o custo para cerca de um terço, facilitando a instalação em propriedades de pequeno e
médio porte.
Um metro cúbico de biogás pode ser produzido com os seguintes ingredientes:
25 g de esterco fresco de vaca ou
 Kg de esterco seco de galinha ou
 12 Kg de esterco de porco ou
 25 Kg de plantas ou casca de cereais ou
 20 Kg de lixo
Esse metro cúbico de biogás equivale a:
 0,613 litro de gasolina
 0,579 litro de querosene
 0,553 litro de óleo diesel
 0,454 litro de gás de cozinha
 1,536 quilo de lenha
 0,790 litro de álcool hidratado
 1,428 Kw de eletricidade

O cálculo para obter a quantidade de biogás necessário por dia foi baseado no número de
moradores em uma residência, sendo que nela residem 5 pessoas, foi feita uma média aproximada
da quantidade necessária de biogás. Para isso, utilizamos um simulador de consumo elétrico da
COPEL e chegamos em um o consumo elétrico de aproximadamente 200 kWh/mês, sendo que nesta
casa consta os seguintes itens da tabela 6.1.

Item: Qtde x Potência (Watts)


Geladeira 1 x 130
L. Fluorescente 6x9
Ventilador 2 x 120
Televisor 1 x 100
Bomba D’água ¾ CV 1 x 849
Tabela 6.1 – Simulação de Consumo

Dispondo deste consumo aproximado, utilizamos a relação de equivalência de 1m³ de biogás


e definimos que para manter o consumo de 200 kWh/mês é necessária a produção de 140m³ de
biogás. Para sabermos a capacidade de geração de biogás utilizamos a tabela 6.2 que mostra a
capacidade de produção de 1m³ de biogás por quantidade de dejetos.

Tabela 6.2 - Capacidade de Produção de 1m³ de Biogás

Outro fator a ser considerado, é a produção diária de dejetos por animal.

Espécie Produção diária (Kg/animal)


Suínos (25 - 100 Kg) 2,3
Aves 0,18
Bovino 25 a 30
Tabela 6.3 - Produção diária (Kg/animal)

Com todas essas considerações chegamos a uma quantidade necessária para geração de
140m³ de biogás.

MATERIAL QUANTIDADE
Bovino 3496,5 kg
Suíno 1678,32 kg
Galinha 699,3 kg
Resíduos Vegetais 3496,5 kg
Lixo 2797,2 kg
Tabela 6.4 - Quantidade Necessária para geração de 140m³ de BIOGÁS

Por se tratar de uma grande quantidade de dejetos por espécie, chegamos à conclusão de
que a grande vantagem para as famílias que residem no lago da hidrelétrica de Tucuruí seria a
mesclagem dos diversos tipos de dejetos, resultando em uma iniciativa de criação de animais e
reaproveitamento de resíduos vegetais e lixo orgânico que até então não tem participação ativa na
vida destas pessoas. Nesse processo de mesclagem chegamos a uma meta familiar de que cada uma
dessas famílias tem que manter uma criação de 10 a 15 Suínos + 10 a 20 Aves + a agregação de
resíduos vegetais e Lixo para o suprimento energético necessário por mês que é de 200 kWh/mês.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<<http://www.catolica-to.edu.br/portal/portal/downloads/docs_gestaoambiental/projetos2009-1/1-
periodo/O_biodigestor_como_principio_de_sustentabilidade_de_uma_propriedade_rural.pdf>>

GASPAR, M. R. B. L. Utilização de biodigestores em pequenas e médias propriedades rurais com


ênfase na agregação de valor: um estudo de caso na região de Toledo – PR. 2003. 119 f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
2003.

CASTRO, L. R. ; CORTEZ, L. A. B. . Influência da temperatura no desempenho de biodigestores com


esterco bovino. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 2, n. 1, p.
97-102, 1998

ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. São Paulo: Atlas, 2003.

www.custoseagronegocioonline.com.br

Site: www.winrock.org.br

OLIVER, André de Paula M. Manual de Treinamento em biodigestão. Disponível em:


<http// www.acesso em 29 de novembro, 2008.

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