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001354/2012-17
INTERESSADOS: Líder Comércio de Baterias Ltda. e Companhia Piratininga de Força e Luz - CPFL
Piratininga.
ASSUNTO: Recurso interposto pela empresa Líder Comércio de Baterias Ltda. contra decisão proferida pela
Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo - ARSESP, referente à cobrança por
consumo de energia elétrica não faturada efetuada pela Companhia Piratininga de Força e Luz - CPFL
Piratininga.
I-RELATÓRIO
4. A CPFL Piratininga cobrou, com base no inciso V do artigo 130 da Resolução no 414, de
2010, utilizando o consumo base mensal de 2.358 kWh, registrado no mês de fevereiro de 2012, o montante
de 10.375 kWh, equivalente às diferenças entre os valores apurados e faturados, acrescidas de 30% a título
de custo administrativo (art. 73 da Resolução no 456, de 2000), pelo período de agosto de 2010 a janeiro de
2011, totalizando o valor de R$ 5.227,19.
5. Em 14 de abril de 2011 o Consumidor encaminhou reclamação à Ouvidoria da ARSESP,
requerendo: (i) a realização de perícia técnica pelo IPEM, a fim de esclarecer se as bobinas de potencial
estão realmente queimadas, e de que forma ocorreu a queima; (ii) ser informado da data da realização da
avaliação do medidor; (iii) o cancelamento do custo administrativo; e (iv) o cancelamento da cobrança em
vista da não comprovação de fraude no medidor.
II – F U N D A M E N T A Ç Ã O
10. A unidade consumidora em questão é atendida pela CPFL Piratininga em tensão secundária
com ligação trifásica, classificada como comercial, tendo como titular a empresa Líder Comércio de Baterias.
12. Com vistas a verificar se a queima das bobinas de potencial se deu devido ao uso intencional
de artifícios irregulares ou devido simplesmente a um defeito intrínseco no medidor, a Concessionária
providenciou o Laudo de Verificação do medidor. O Laudo concluiu que os dois lacres de aferição do medidor
13. Nesse contexto, dado que todos os lacres (aferição, bornes e caixa de medição) estavam
intactos e que no Laudo ficou evidente que a queima se deu de modo intencional, não se pode inferir a
existência de um procedimento irregular no medidor, nos termos do art. 129 da Resolução no 414, de 2010, já
em vigência quando da lavratura do TOI.
15. Mesmo com a solicitação expressa do Consumidor para que fosse informado sobre a data
que seria realizada a avaliação do medidor, em 14 de abril de 2011 a Concessionária efetuou o Laudo sem
prestar a informação ao Consumidor.
16. Assim, conclui-se que o conjunto probatório apresentado pela Concessionária não é
suficiente para caracterizar procedimento irregular e permitir recuperação de receita nos termos dos arts. 129
e 130 da Resolução no 414, de 2010.
17. Não obstante, visto que não foi constatada a violação do medidor, a observação no TOI de
que a bobina de potencial estava queimada em conjunto com a análise do histórico de consumos são
suficientes para caracterizar a deficiência na medição, nos moldes do art. 115 da Resolução no 414, de 2010.
III – D I R E I T O
IV – D I S P O S I T I V O