Sei sulla pagina 1di 16

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Fundação Instituída nos termos da Lei n°5.152, de 21/10/1966 - São Luís-Maranhão

CAMPUS – SÃO BERNADO


CENTRO DAS LICENCIATURAS INTERDISCIPLINARES
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS – QUÍMICA

EDMILSON LIMA ALVES

TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO

São Bernado
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Fundação Instituída nos termos da Lei n°5.152, de 21/10/1966 - São Luís-Maranhão

EDMILSON LIMA ALVES

TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO

Trabalho pesquisado por Edmilson Lima Alves para


obtenção da 3° nota na disciplina de Energias e
combustíveis no Curso de Licenciatura
Interdisciplinar em Ciências Naturais – Química da
Universidade Federal do Maranhão – UFMA,
Campus São Bernado.

Professora (a):
Prof.a Dra Louise Lee da Silva Magalhães

São Bernado
2019
SUMÁRIO
1 COMBUSTÃO ........................................................................................................... 4

1.1 Combustão direta................................................................................................ 4

1.2 Co- Combustão.................................................................................................... 4

2 COGERAÇÃO ........................................................................................................... 4

2.1 Cogeração a Gás Natural ................................................................................... 5

3 CRAQUEAMENTO .................................................................................................. 5

3.1 Craqueamento catalítico .................................................................................... 6

3.2 Craqueamento térmico ....................................................................................... 7

4 DIGESTÃO ANAERÓBIA ....................................................................................... 7

5 FERMENTAÇÃO...................................................................................................... 8

5.1 Fermentação Lática ............................................................................................ 9

5.2 Fermentação Alcoólica ..................................................................................... 10

5.3 Fermentação Acética ........................................................................................ 10

6 GASEIFICAÇÃO .................................................................................................... 10

6.1 Gaseificação hidrotérmica ............................................................................... 11

7 HIDRÓLISE ............................................................................................................. 12

7.1 Hidrólise Enzimática ........................................................................................ 12

8 LIQUEFAÇÃO ........................................................................................................ 12

8.1 Liquefação hidrotérmica .................................................................................. 12

9 PIRÓLISE ................................................................................................................ 13

9.1 Pirólise lenta ou carbonização ......................................................................... 13

9.2 Pirólise rápida ................................................................................................... 14

9.3 Pirolise instantânea (pirólise de “flash”) ........................................................ 14

9.4 Pirólise analítica ................................................................................................ 14

10 TRANSESTERIFICAÇÃO .................................................................................. 14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 15
1 COMBUSTÃO
Aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de
oxigénio, produzindo vapor a alta pressão. Esse vapor geralmente é usado em caldeiras ou para
mover turbinas. É uma das formas mais comuns hoje em dia e sua eficiência energética situa-
se na faixa de 20 a 25%;

1.1 Combustão direta


Combustão é a transformação da energia química dos combustíveis em calor, por meio
das reações dos elementos constituintes com o oxigênio fornecido. Para fins energéticos, a
combustão direta ocorre essencialmente em fogões (cocção de alimentos), fornos (metalurgia,
por exemplo) e caldeiras (por exemplo). Embora muito prático e, às vezes, conveniente, o
processo de combustão direta é normalmente muito ineficiente. Outro problema da combustão
direta é a alta umidade (20% ou mais no caso da lenha) e a baixa densidade energética do
combustível (lenha, palha, resíduos etc.), o que dificulta o seu armazenamento e transporte.

1.2 Co- Combustão


Essa prática propõe a substituição de parte do carvão mineral utilizado em urnas
termoeléctricas por biomassa. Dessa forma, reduz-se significativamente a emissão de poluentes.
A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%, sendo por isso uma escolha
bem atrativa e económica atualmente.

2 COGERAÇÃO
A cogeração é um processo que transforma e reutiliza a energia gerada por uma matriz,
durante a produção de álcool, por exemplo, é gerado vapor que pode ser utilizado para
cozimento, secagem, aquecimento, destilação e outros fins. Desse modo, não há desperdício
de uma matriz energética: é um processo ecologicamente inteligente e que evita a extração de
carvão natural, diesel ou gás natural. A cogeração de energia é muito utilizada na cadeia
sucroalcooleira, em que o processamento da cana-de-açúcar para obtenção de uma matriz
energética ,o álcool ,gera vapor que é reutilizado para movimentação de máquinas, turbinas e a
própria energia elétrica essencial durante este mesmo processo. É justamente esse ciclo que
chamamos de cogeração de energia, ou seja, durante o desenvolvimento de um tipo de energia
(álcool) é possível obter outro (energia térmica).
Somente no Brasil, a cogeração de energia já foi responsável por quase 5% de toda a
energia elétrica produzida no País durante a década de 80. Hoje em dia, o reaproveitamento da
energia é ainda mais eficaz, uma vez que a cogeração de também é aplicada em prédios
comerciais que tem a utilizam calor (água quente ou vapor). Neste caso, a energia térmica é
proveniente da energia elétrica. Entre os setores que mais utilizam o conceito de cogeração de
energia, vale destacar indústrias químicas, farmacêuticas, petroquímicas, de bebidas e
alimentos, papel, celulose e têxtil. Em todas estas, o objetivo é o reaproveitamento do vapor
para aquecimento.
A cogeração de energia também é utilizada em fornos de alta temperatura na indústria
do vidro, do cimento e em siderúrgicas. Já no setor comercial, é aplicada para o aquecimento
de água e no ar-condicionado central em shoppings, supermercados, hotéis, clubes esportivos,
entre outros. Vantagens da cogeração de energia: - Custo de energia térmica e elétrica é menor;
a energia térmica proveniente da cogeração é de alta qualidade e confiabilidade; - Economia na
transmissão e distribuição de energia; - Redução na emissão de gases poluentes na atmosfera,
sendo um dos processos energéticos mais sustentáveis do mundo. Em países como Holanda e
Finlândia, a cogeração de energia responde a cerca de 40% de toda a potência energética
utilizada. Desvantagem: - Limitação física, uma vez que o reaproveitamento do vapor só pode
ser aplicado perto do equipamento que gerou tal energia térmica.

2.1 Cogeração a Gás Natural


A Cogeração a Gás Natural pode chegar a uma eficiência global de até 86%, o que torna
essa solução praticamente sem desperdício, além de proporcionar uma redução significativa da
emissão de poluentes quando comparada, por exemplo, à produção das mesmas utilidades de
maneira independente. Ou seja, além de reduzir seus custos com energia (elétrica e térmica), a
cogeração contribui para o meio ambiente. Diante destes benefícios, alguns setores, como
Alimentício, Celulose e Papel, Farmacêutico, Materiais Sintéticos, Plásticos, Químico,
Siderúrgico, Têxtil, Vidros, dentre outros, têm buscado cada vez mais este tipo de solução.
A EDP, sendo uma empresa com expertise em toda a cadeia de valor da energia:
geração, distribuição, transmissão, comercialização e soluções em energia, possui diferenciais
competitivos para definir a melhor solução para os clientes, considerando todos os parâmetros
fundamentais para a viabilidade do seu negócio.

3 CRAQUEAMENTO
Por definição, craqueamento é a transformação por ruptura (cracking, quebra) de
moléculas grandes em moléculas menores. Utilizado para transformar óleos pesados, de
pequeno valor, em derivados de petróleo mais leves, como GLP e nafta, produtos de maior
valor, ou seja , consiste na quebra de moléculas de triglicerídeos (presentes em óleos e gorduras)
em moléculas menores, conhecidas como hidrocarbonetos. Além de apresentarem
características semelhantes ao diesel de petróleo, dão origem ao biodiesel. Geralmente neste
processo ocorre a formação de uma mistura composta por hidrocarbonetos saturados,
insaturados ou aromáticos: cetonas, aldeídos e ácidos carboxílicos. Estes últimos são compostos
oxigenados que os tornam indesejáveis à utilização do biocombustível, pois deixam o produto
ácido e podem levar os motores que o utilizam à corrosão.
A pirólise de óleos e gorduras pode ser realizada via craqueamento térmico ou catalítico.
O craqueamento térmico produz misturas complexas que são quimicamente semelhantes ao
óleo diesel. Para a quebra das grandes moléculas em moléculas menores, são utilizados
catalisadores. A distribuição dos produtos finais depende da temperatura de reação do
catalisador e do reator e também do procedimento de coleta e armazenamento do produto. O
processo pode ser realizado à pressão atmosférica.
A hidrogenação do óleo antes do craqueamento é favorável à produção de biodiesel. O
processo de produção tem um rendimento de aproximadamente 60%, ou seja, 10 litros de óleo
produzem 6 litros de biodiesel. Plantas oleaginosas presentes em cada região do país podem ser
usadas diretamente na produção do biocombustível, viabilizando, então, a produção do
biodiesel em pequena escala, principalmente em comunidades isoladas e em propriedades
agrícolas. O combustível obtido pelo craqueamento de óleos e gorduras não é considerado
biodiesel pela nomenclatura internacional. A Embrapa adotou o termo ecodiesel para
combustíveis obtidos a partir da pirólise dos triglicerídeos. Mas o termo mais utilizado é
biodiesel craqueado, diferenciando assim do obtido pela rota da transesterificação.

3.1 Craqueamento catalítico


O craqueamento catalítico é um processo de refino do petróleo utilizado para aumentar
a produção de gasolina e GLP de uma refinaria através da conversão de frações pesadas,
provenientes da destilação do petróleo (gasóleo e resíduos), em frações mais leves. Este
processo é largamente utilizado em todo o mundo, uma vez que a demanda de gasolina em
vários países é superior à dos óleos combustíveis. O craqueamento catalítico corrige o déficit
da produção de gasolina e GLP, suplementando a diferença entre a quantidade obtida
diretamente do petróleo e a requerida pelo mercado mundial crescente. De maneira bastante
simplificada, o processo de craqueamento consiste em um reator, o riser; um ciclone, para
separar as partículas de catalisador dos produtos; e um regenerador, onde estas partículas são
reativadas pela queima do coque depositado sobre sua superfície.
Uma Unidade de Craqueamento Catalítico Fluído, também conhecida como U-FCC,
tem como objetivo a produção de alta octanagem. A U-FCC, ao contrário das unidades de
destilação atmosférica e a vácuo, nas quais ocorria uma separação física em colunas de
destilação ocorre também reações químicas, onde a carga da unidade é o gasóleo pesado, o qual
entra em contato com minúsculos grãos chamados catalisador, à uma temperatura de cerca de
500ºc, ocorre então a quebra dos hidrocarbonetos longos, gerando uma mistura de
hidrocarbonetos menores, que são a seguir separados em uma coluna de destilação.
No fundo é retirado resíduo aromático, no meio óleo leve e no topo uma mistura de gás
combustível, GLP e gasolina que são enviados para a unidade concentradora de gases onde são
separados, após sendo tratados para a retirada de compostos de enxofre.

3.2 Craqueamento térmico


O craqueamento térmico caracteriza-se pela degradação dos óleos e gorduras por altas
temperaturas e na presença de catalisadores. Ao atingir temperaturas próximas a 400 ºC, as
ligações químicas dos triglicerídeos se rompem, formando moléculas menores, com
características físico-químicas semelhantes às dos combustíveis fósseis. No processo de
craqueamento térmico, duas etapas distintas e sucessivas ocorrem:
Na etapa inicial, craqueamento primário, ocorre a formação de ácidos carboxílicos,
obtidos pelo rompimento de ligações de carbono e oxigênio, entre a parte glicerídea e o resto
da cadeia carbônica do triglicerídeo.
Na segunda etapa, chamada de craqueamento secundário, os ácidos carboxílicos
formados na etapa inicial são desoxigenados. Este processo pode acontecer através de duas
rotas: a descarboxilação e a descarbonilação. Os dois processos ocorrem simultaneamente
durante o processo de pirólise. Na descarboxilação são formados dióxido de carbono e alcanos
lineares, enquanto que na descarbonilação formam-se monóxido de carbono, água e alcenos
terminais. O uso de catalisadores pode favorecer uma determinada rota do craqueamento
secundário.

4 DIGESTÃO ANAERÓBIA
A digestão anaeróbia é um conjunto de processos nos quais as bactérias degradam
qualquer tipo de matéria orgânica em meio livre de gás oxigênio. Também chamado de digestão
anaeróbica ou gasificação, este tipo de decomposição é amplamente utilizado para a gestão de
resíduos e produção industrial de produtos lácteos, etanol, silagem e cerveja.
Além disso, a digestão anaeróbia é muito importante para a geração de energia, sendo
considerada uma fonte de energia renovável. O processo produz uma mistura de metano e
dióxido de carbono, o famoso biogás — um substituto ao gás natural. Este composto pode ser
utilizado como combustível para o aquecimento de água e até para colocar motores em
funcionamento.
A digestão anaeróbica atualmente é muito utilizada para o tratamento de resíduos como
os provenientes de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s), ou em biodigestores
(mecanismos que usam geralmente detritos animais para a geração de biogás) que usam o gás
resultante do processo para gerar energia.
Na digestão anaeróbica ocorrem diversos processos que juntos resultam na
decomposição da matéria: a primeira fase é a liquefação ou hidrólise onde o material orgânico
complexo é transformado em compostos dissolvidos ou matéria orgânica volátil; a segunda fase
é a gaseificação que pode ser subdividia em duas fases fermentação ácida ou acidogênese, onde
os compostos são transformados em ácidos orgânicos voláteis (fórmico, acético, propiônico,
butírico e valérico), e a fermentação acetogênica ou acetogênese, onde os produtos da subfase
anterior são transformados em acetato, hidrogênio e monóxido de carbono; a terceira e última
fase é a metanogênese, onde os produtos da acetogênese são transformados, principalmente em
metano (CH4), embora também sejam gerados outros gases.
Alguns processos para a digestão anaeróbia em estações de tratamento de esgoto são:
“lodo ativado”, “filtro biológico”, “lagoas anaeróbias” ou ainda, “reatores anaeróbios”, entre
outros. Note que o objetivo destes processos é a decomposição e tratamento de esgoto em
primeiro plano não a obtenção de biogás como nos processos a seguir.

5 FERMENTAÇÃO
A fermentação é um processo de produção de energia que não utiliza gás oxigênio, ou
seja, é um processo anaeróbio. Durante a fermentação ocorre a síntese de trifosfato de adenosina
(ATP ) e não envolve a cadeia respiratória. O ATP armazena em suas ligações fosfato, grande
parte da energia desprendida pelas reações exergônicas. Além disso, o ATP tem a capacidade
de liberar, por hidrólise, essa energia para promover reações endergônicas.
É importante destacar que o ATP funciona dentro da célula como uma reserva de
energia, que pode ser usada em qualquer momento que a célula necessitar. O ATP é um
nucleotídeo formado por uma molécula de adenina (base nitrogenada), uma molécula de açúcar
ribose e três fosfatos (representados por P). O conjunto adenina + ribose forma a adenosina
fosfato (AMP). Com a adição de mais um fosfato, forma-se a adenosina difosfato (ADP) e com
a adição do terceiro fosfato, forma-se finalmente a adenosina trifosfato (ATP). Na fermentação,
o aceptor final de hidrogênios é um composto orgânico.
Algumas bactérias realizam a fermentação, pois para algumas bactérias anaeróbicas, o
oxigênio é letal e elas só ocorrem em ambientes muito restritos, como solos profundos e regiões
onde o teor de oxigênio é praticamente zero. Essas micro-organismos são considerados
anaeróbios estritos. Como exemplo podemos citar o bacilo causador do tétano, o Clostridium
tetani.
No entanto, há organismos anaeróbios facultativos, que realizam a fermentação na
ausência de oxigênio e a respiração aeróbia na presença desse gás. É o caso de certos fungos
,como o Saccharomyces cerevisae(levedura) e de algumas bactérias.
Na fermentação, a glicose é degradada parcialmente, na ausência de oxigênio, em
substâncias orgânicas mais simples, como o ácido lático (fermentação lática) e o álcool etílico
(fermentação alcoólica). Nesses processos, há um saldo de apenas duas moléculas de ATP por
molécula de glicose degradada. Portanto, o ganho energético é maior na respiração aeróbia do
que na fermentação.
A fermentação ocorre no citosol. Inicialmente acontece a glicólise, quando a molécula
de glicose é degradada em dois piruvatos, cada um com três carbonos, com saldo de dois ATP.
Essa etapa é comum tanto para a fermentação como para a respiração.

5.1 Fermentação Lática


Na fermentação lática, o piruvato é transformado em ácido lático pela utilização de íons
hidrogênio transportados pelo dinucleótido de nicotinamida e adenina (NADH) formados na
glicólise. Não há liberação de gás carbônico. A fermentação lática é realizada por algumas
bactérias (lactobacilos), alguns protozoários, fungos e por células do tecido muscular humano.
Quando uma pessoa realiza atividade física muito intensa, há insuficiência de gás
oxigênio para manter a respiração celular nos músculos e liberar a energia necessária. Nesses
casos, as células degradam anaerobicamente a glicose em ácido lático. Cessada a atividade
física, o ácido lático formado é transformado novamente em piruvato, que continua a ser
degradado pelo processo aeróbio.
A indústria alimentícia emprega a atividade de fermentação lática das bactérias
na produção de vários alimentos, como queijos, coalhadas e iogurtes. Algumas vitaminas, como
as do complexo B, são produzidas em nosso intestino graças à ação dos lactobacilos.
Pode ocorrer a fermentação lática nas nossas células musculares. Quando submetemos
nossas células musculares a uma atividade intensa pode ocorrer que o oxigênio levado às células
dos músculos não seja suficiente para suprir as atividades energéticas dos mesmos.

5.2 Fermentação Alcoólica


Na fermentação alcoólica, inicialmente o piruvato libera uma molécula de dióxido de
carbono (CO2), formando um composto com dois carbonos que sofre redução pelo NADH,
originando álcool etílico. A fermentação alcoólica ocorre principalmente em bactérias e
leveduras. Entre as leveduras, que são fungos microscópicos, a espécie Saccharomyces
cerevisae é utilizada na produção de bebidas alcoólicas.
Esse levedo transforma suco de uva em vinho e suco de cevada em cerveja. O suco da
cana-de-açúcar fermentado e destilado produz o álcool etílico(etanol), usado
como combustíveis ou na produção de aguardente. O levedo também é empregado para fazer
pão. Nesse caso, o CO2 produzido por fermentação fica armazenado no interior da massa, em
pequenas câmaras, fazendo-a crescer. Ao assar a massa, as paredes dessas câmaras se
enrijecem, mantendo a estrutura alveolar.

5.3 Fermentação Acética


A fermentação acética é realizada por bactérias denominadas acetobactérias. Esses
microrganismos produzem o ácido acético, que é utilizado pelo homem na fabricação de
vinagre. O ácido acético também é responsável pelo azedamento do vinho e dos sucos de
frutos. O ácido acético está presente no vinagre caseiro (5% do vinagre é de ácido acético e o
restante é água). Além de ser usado na alimentação, o ácido acético é encontrado na produção
de compostos orgânicos como plásticos, ésteres, acetatos de celulose e acetatos inorgânicos.

6 GASEIFICAÇÃO
Trata-se da conversão de combustíveis sólidos em gasosos, por meio de reações
termoquímicas, envolvendo vapor quente e ar, ou oxigênio, em quantidades inferiores à
estequiométrica (mínimo teórico para a combustão). Há vários tipos de gaseificadores, com
grandes diferenças de temperatura e/ou pressão. Os mais comuns são os reatores de leito fixo e
de leito fluidizado. O gás resultante é uma mistura de monóxido de carbono, hidrogênio,
metano, dióxido de carbono e nitrogênio, cujas proporções variam de acordo com as condições
do processo, particularmente se é ar ou oxigênio que está sendo usado na oxidação.
É comum encontrarmos associações da biomassa com uma gaseificação, processo esse
que consiste na utilização desta fonte natural de energia. Portanto, de modo mais aprofundado,
pode-se compreender uma gaseificação como sendo “a conversão de combustíveis sólidos em
gasosos, por meio de reações termoquímicas, envolvendo vapor quente e ar, ou oxigênio, em
quantidades inferiores à estequiométrica (mínimo teórico para a combustão). Há vários tipos de
gaseificadores, com grandes diferenças de temperatura e/ou pressão. Os mais comuns são os
reatores de leito fixo e de leito fluidizado. O gás resultante é uma mistura de monóxido de
carbono, hidrogênio, metano, dióxido de carbono e nitrogênio, cujas proporções variam de
acordo com as condições do processo, particularmente se é ar ou oxigênio que está sendo usado
na oxidação"
No que se refere às tecnologias de gaseificação, hoje várias são acessíveis, sendo que a
maioria delas ainda utiliza como comburente o gás oxigênio (O2), mas em quantidades baixas.
Sabe-se que atmosferas ricas em O2 dão origem a combustões completas (com formação de gás
carbônico como um dos derivados), já atmosferas deficientes em O2 podem dar origem a
combustões incompletas (com formação de monóxido de carbono ou mesmo ao carvão sólido,
que também é combustível). Dessa forma, o principal componente de partida de uma
gaseificação passa a serem materiais ricos em carbono.
Ao ser usada em indiscriminadamente, “a gaseificação possui algumas desvantagens
técnicas que devem ser levadas em consideração: a tecnologia é mais complicada que a queima
direta e deve-se ter especial atenção com os aspectos de segurança, uma vez que o gás produzido
é tóxico. Portanto a instalação dos gaseificadores deve ser feita de forma a evitar vazamentos e
em locais bem ventilados. Deve-se considerar ainda a redução da eficiência do sistema de
gaseificação, que ocorre devido à perda de calor e ao consumo de energia nos ventiladores.
Instalações de pequena escala tem uma má reputação por apresentarem falhas frequentes. A
maioria dos problemas ocorrem no manuseio do combustível e na limpeza dos gases. A razão
disto é devido ao fato que as instalações para gaseificação não são tratadas como sistemas
integrados”

6.1 Gaseificação hidrotérmica


Neste processo é utilizada água no estado supercrítico, também conhecido como
gaseificação em água supercrítica este processo utiliza pressões acima de 22,1 MPa e
temperaturas superiores a 374 °C. Este processo origina maioritariamente bicombustíveis
gasosos, no entanto, o valor do gás obtido não é competitivo com os custos de produção
7 HIDRÓLISE
Hidrólise é a “quebra” da biomassa lignocelulósica, que é composta por polissacarídeos
em açúcares menores para eventual fermentação e produção de etanol. Os processos de
conversão do material lignocelulósico em etanol são diferenciados principalmente quanto aos
métodos de hidrólise e fermentação, estágios esses que estão menos amadurecidos
tecnologicamente. Os processos de hidrólise podem ser divididos em duas categorias: aqueles
que usam os ácidos minerais (diluído ou concentrado), como por exemplo o ácido sulfúrico, e
os que usam enzimas .

7.1 Hidrólise Enzimática


Hidro=água; lise=quebra. Como o nome sugere, é uma reação química na qual uma
enzima quebra uma molécula em outras menores utilizando água. Na produção de etanol
celulósico, a hidrólise enzimática acontece logo após o pré-tratamento da biomassa. Nessa
etapa, as enzimas digerem a parede celular vegetal, liberando os açúcares C6 e C5 que serão
convertidos posteriormente em etanol pelas leveduras durante a fermentação.

8 LIQUEFAÇÃO
A transformação da biomassa, ou outras fontes fósseis de carbono, em produtos
majoritariamente líquidos recebe o nome de liquefação. A liquefação pode ser direta ou indireta.
Esta última consiste em produzir gás de síntese, CO + H2, por gaseificação e, com catalisador,
transformá-lo em metanol ou hidrocarboneto. Já o processo direto se dá em atmosfera redutora
de hidrogênio ou mistura de hidrogênio e monóxido de carbono, sendo, portanto, uma forma de
pirólise. A biomassa é triturada em uma faixa granulométrica escolhida e misturada com algum
solvente, formando uma suspensão com 10% a 30% de sólidos. O líquido mais comum é a água,
entretanto, podem-se empregar meios orgânicos, como, por exemplo, óleo creosoto (que é uma
fração do bio-óleo), óleo antracênico, etileno glicol ou tetralina (tetrahidroxi-naftaleno), um
excelente doador de hidrogênio.

8.1 Liquefação hidrotérmica


Liquefação hidrotérmica (HTL) é um processo que transforma a biomassa em óleo em
água a temperaturas médias (280-370 °C) e gamas alargadas de pressão, mas geralmente estas
andam entre 10-25 MPa, de modo a que mantenham a água em estado condensado. Este
processo origina quatro frações de produtos: óleo, gás, resíduo solido e uma fase aquosa.
9 PIRÓLISE
Pirólise é a combustão da biomassa (geralmente lenha) praticamente sem a presença de
oxigênio, o que faz com ela se transformem em carvão que possui duas vezes mais densidade
energética que a biomassa original. A pirólise convencional produz alcatrão e ácido pirolenhoso
como resíduos que, depois de tratamento prévio, podem ser utilizados como óleo combustível.
A desvantagem é que são necessárias cerca de quatro t de biomassa para produzir apenas um t
de carvão. Outro tipo de pirólise, mais avançada, que usa temperaturas mais altas gera como
produtos um gás rico em hidrogênio e monóxido de carbono (60%) e apenas 10% de carvão
sólido, o que a torna comparável à gaseificação. A pirólise ocorre, geralmente, a uma
temperatura, variando de 400 ° C, até ao início do sistema de gaseificação (PEDROZA et al.,
2010, 2011).
O processo de pirólise produz combustíveis líquidos com alto rendimento, ainda existem
alguns desafios que precisam ser enfrentados no uso desses produtos. O óleo resultante da
pirólise de biomassa, usualmente denominado de bio-óleo, além de ser um combustível líquido
renovável, sendo essa a principal vantagem sobre derivados do petróleo, pode ser usado para a
produção de várias substâncias químicas (GUEDES et al., 2010).

9.1 Pirólise lenta ou carbonização


Utilizam-se baixas taxas de aquecimento (menos de 2°C / segundo), baixa temperatura
(inferior a 500 ° C) e tempos de residência dos produtos de elevadas (gás: maior do que 5s e
sólida pode ser minutos, horas ou dias). Tem como objetivo maximizar o resíduo carbonáceo
(sólidos) como, por exemplo, na produção clássica de carvão, a partir da biomassa, devido à
volatilização lenta do combustível, bem como as reações secundárias de polimerização e de
coque dos produtos mais voláteis (PARADELA, 2012). Nos USA, desenvolveu-se um sistema
para a produção de carvão no ambiente rural, utilizando motor diesel, acoplando um sistema de
combustão para a produção de energia elétrica em pequena escala (PANNIRSELVAM et al.,
2005).
Quanto aos termos “pirólise lenta” e “pirólise rápida”, diferenciam-se entre si, através
de variáveis de processos, tais como: (1) taxa de aquecimento, (2) temperatura, (3) tempo de
residência das fases sólida e gasosa e (4) produtos desejados. A tabela 3 apresenta as variáveis
de processos, os tipos de pirólise foram subdivididos em: (1) carbonização; (2) convencional;
(3) rápido; (4) flash-líquido; (5) flash-gás; (6) ultra; (7) vácuo; (8) hidro-pirólise e (9) metano-
pirólise (VIEIRA, 2004).
9.2 Pirólise rápida
Na pirólise rápida, tecnologia já desenvolvida no Brasil em projetos de média e grande
escala, o bio-óleo é o principal produto e é composto basicamente de alcatrões solúveis e
insolúveis e ácido pirolenhoso que contém produtos químicos valiosos como o ácido acético,
metanol e acetona. Observa-se, também, nesse tipo de sistema, a produção de carvão e gás. Para
esse tipo de pirólise, observa-se um melhor rendimento na recuperação de co-produtos (carvão
e gás), baixo impacto ambiental e aplicabilidade do bioóleo em escala industrial
(PANNIRSELVAM et al., 2005).

9.3 Pirolise instantânea (pirólise de “flash”)


As velocidades de aquecimento são ainda mais elevadas (maiores que 1000ºC/s). Além
disso, os tempos de residência são ainda menores (dos sólidos, menores que 1 segundo), através
da utilização de partículas muito pequenas do material a pirolisar, de modo a maximizar a
transferência de calor (PARADELA, 2012).

9.4 Pirólise analítica


De acordo com Vieira (2004), lodo doméstico é um tipo de resíduo sólido, gerado em
todo o mundo, a partir do tratamento de águas residuárias de origem doméstica. A denominação
“lodo” tem sido utilizada para assinalar os subprodutos sólidos do tratamento de esgotos. No
tratamento de processos biológicos, parte da matéria orgânica é absorvida e convertida, fazendo
parte da biomassa microbiana, denominada genericamente de lodo biológico ou secundário,
composto principalmente de sólidos biológicos (PEDROZA, 2010).
A grande produção de lodo vem incentivando, nos últimos anos, a aplicação de
tecnologias que visem o aproveitamento do lodo residual gerado. A tabela 4 mostra os
rendimentos do lodo de esgoto processo de pirólise (SILVA et al., 2012).

10 TRANSESTERIFICAÇÃO
A transesterificação é a reação química que ocorre entre um éster e um álcool, com
formação de um novo éster e álcool. Conforme o tipo de substância que reage com o éster,
temos os seguintes tipos de transesterificação: Alcoólise : Reação entre álcool e éster;
Acidólise: Reação entre éster e ácido carboxílico; Interesterificação : Reação entre dois ésteres.
A transesterificação para obtenção de óleos ocorre através da mistura de óleo vegetal ou
gordura animal com um álcool simples na presença de catalisadores. Como resultado, originam-
se o biodiesel e glicerina. O principal uso da transesterificação é para produção de biodiesel.
Nesse caso, os óleos vegetais são obtidos da soja, girassol, amendoim, mamona, algodão ou
dendê. A transesterificação ocorre a partir de um mol de triglicerídeo e três mols de álcool.
Durante a reação, os triglicerídeos transformam-se em monoésteres de ácidos graxos, os
quais compõem o biodiesel. Além disso, também surge a glicerina como um subproduto da
reação. Para a produção de biodiesel, o metanol e etanol são os álcoois mais utilizados, sendo
o metanol mais eficiente para o processo. Os catalisadores da reação podem ser ácidos ou bases.
O hidróxido de sódio (NaOH) é um dos mais utilizados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, H. V.; ALCOÓLICA, Fermentação. Ciência e Tecnologia. Piracicaba. São Paulo,
2005.

CARVALHO, Irineide Teixeira de. Microbiologia dos alimentos. 2016.

PARADELA, F. M. R. Estudo da pirólise de misturas de resíduos de plásticos, pneus e


biomassa. 2012. 322f. Tese (Doutorado em Engenharia Química e Bioquímica) - Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2012.

PEDROZA, M. M. Bio-óleo e biogás da degradação termoquímica de lodo de esgoto


doméstico em cilindro rotativo. 2011. 114f. Tese (Doutorado em Química) - Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal,
2011.

PANNIRSELVAM, P. V. et al. Desenvolvimento de projeto para produção de fibra de coco


com inovação de tecnologia limpa e geração de energia. Universidade Federal do Rio Grande
do Norte. Revista Analytica, São Paulo, n. 15, p. 56-61, fev./mar. 2005.

GUEDES, C. L. B. et al. Avaliação de biocombustível derivado do bio-óleo obtido por pirólise


rápida de biomassa lignocelulósica como aditivo para gasolina. Química Nova, São Paulo, v.
33, n. 4, p. 781-786, 2010.

Energias alternativas .Disponível em : < https://energiasalternativas.webnode.com.pt/energias-


renovaveis/biomassa/> Acesso em 20 de junho de 2019.

Biomassa. Disponível em: < http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/biomassa/53.htm>.


Acesso em 20 de junho de 2019.

Conceito de cogeração. Disponível em :< https://www.tecnogera.com.br/blog/entenda-o-


conceito-de-cogeracao-de-energia> .Acesso em 20 de junho de 2019.

Universo petróleo. Disponível em: < http://www.universodopetroleo.com.br/2010/07/saiba-


como-acontece-o-processo-de_13.html>. Acesso em 20 de junho de 2019

Agro energia. Disponível em : <


http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fbl23vmz02wx5e
o0sawqe3wx8euqg.html>. Acesso em 20 de junho de 2019
Digestão anaeróbia. Disponível em: < https://www.infoescola.com/ecologia/digestao-
anaerobica/>. Acesso em 20 junho de 2019

Fermentação. Disponível em :< https://www.estudopratico.com.br/fermentacao/>. Acesso


em 21 de junho de 2019.

Gaseificação. Disponível em :< https://www.infoescola.com/reacoes-quimicas/gaseificacao/>.


Acesso em 22 de junho de 2019.

Hidrólise enzimática. Disponível em: < http://www.granbio.com.br/biotecpedia/hidrolise-


enzimatica>. Acesso em 22 de junho de 2019.

GÓMEZ, E. O. Estudo da pirólise rápida de capim elefante em leito fluidizado borbulhante


mediante caracterização dos finos de carvão. 2002. 412f. Tese (Doutorado) – Curso de
Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, 2002.

Potrebbero piacerti anche