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TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO
São Bernado
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Fundação Instituída nos termos da Lei n°5.152, de 21/10/1966 - São Luís-Maranhão
TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO
Professora (a):
Prof.a Dra Louise Lee da Silva Magalhães
São Bernado
2019
SUMÁRIO
1 COMBUSTÃO ........................................................................................................... 4
2 COGERAÇÃO ........................................................................................................... 4
3 CRAQUEAMENTO .................................................................................................. 5
5 FERMENTAÇÃO...................................................................................................... 8
6 GASEIFICAÇÃO .................................................................................................... 10
7 HIDRÓLISE ............................................................................................................. 12
8 LIQUEFAÇÃO ........................................................................................................ 12
9 PIRÓLISE ................................................................................................................ 13
10 TRANSESTERIFICAÇÃO .................................................................................. 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 15
1 COMBUSTÃO
Aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de
oxigénio, produzindo vapor a alta pressão. Esse vapor geralmente é usado em caldeiras ou para
mover turbinas. É uma das formas mais comuns hoje em dia e sua eficiência energética situa-
se na faixa de 20 a 25%;
2 COGERAÇÃO
A cogeração é um processo que transforma e reutiliza a energia gerada por uma matriz,
durante a produção de álcool, por exemplo, é gerado vapor que pode ser utilizado para
cozimento, secagem, aquecimento, destilação e outros fins. Desse modo, não há desperdício
de uma matriz energética: é um processo ecologicamente inteligente e que evita a extração de
carvão natural, diesel ou gás natural. A cogeração de energia é muito utilizada na cadeia
sucroalcooleira, em que o processamento da cana-de-açúcar para obtenção de uma matriz
energética ,o álcool ,gera vapor que é reutilizado para movimentação de máquinas, turbinas e a
própria energia elétrica essencial durante este mesmo processo. É justamente esse ciclo que
chamamos de cogeração de energia, ou seja, durante o desenvolvimento de um tipo de energia
(álcool) é possível obter outro (energia térmica).
Somente no Brasil, a cogeração de energia já foi responsável por quase 5% de toda a
energia elétrica produzida no País durante a década de 80. Hoje em dia, o reaproveitamento da
energia é ainda mais eficaz, uma vez que a cogeração de também é aplicada em prédios
comerciais que tem a utilizam calor (água quente ou vapor). Neste caso, a energia térmica é
proveniente da energia elétrica. Entre os setores que mais utilizam o conceito de cogeração de
energia, vale destacar indústrias químicas, farmacêuticas, petroquímicas, de bebidas e
alimentos, papel, celulose e têxtil. Em todas estas, o objetivo é o reaproveitamento do vapor
para aquecimento.
A cogeração de energia também é utilizada em fornos de alta temperatura na indústria
do vidro, do cimento e em siderúrgicas. Já no setor comercial, é aplicada para o aquecimento
de água e no ar-condicionado central em shoppings, supermercados, hotéis, clubes esportivos,
entre outros. Vantagens da cogeração de energia: - Custo de energia térmica e elétrica é menor;
a energia térmica proveniente da cogeração é de alta qualidade e confiabilidade; - Economia na
transmissão e distribuição de energia; - Redução na emissão de gases poluentes na atmosfera,
sendo um dos processos energéticos mais sustentáveis do mundo. Em países como Holanda e
Finlândia, a cogeração de energia responde a cerca de 40% de toda a potência energética
utilizada. Desvantagem: - Limitação física, uma vez que o reaproveitamento do vapor só pode
ser aplicado perto do equipamento que gerou tal energia térmica.
3 CRAQUEAMENTO
Por definição, craqueamento é a transformação por ruptura (cracking, quebra) de
moléculas grandes em moléculas menores. Utilizado para transformar óleos pesados, de
pequeno valor, em derivados de petróleo mais leves, como GLP e nafta, produtos de maior
valor, ou seja , consiste na quebra de moléculas de triglicerídeos (presentes em óleos e gorduras)
em moléculas menores, conhecidas como hidrocarbonetos. Além de apresentarem
características semelhantes ao diesel de petróleo, dão origem ao biodiesel. Geralmente neste
processo ocorre a formação de uma mistura composta por hidrocarbonetos saturados,
insaturados ou aromáticos: cetonas, aldeídos e ácidos carboxílicos. Estes últimos são compostos
oxigenados que os tornam indesejáveis à utilização do biocombustível, pois deixam o produto
ácido e podem levar os motores que o utilizam à corrosão.
A pirólise de óleos e gorduras pode ser realizada via craqueamento térmico ou catalítico.
O craqueamento térmico produz misturas complexas que são quimicamente semelhantes ao
óleo diesel. Para a quebra das grandes moléculas em moléculas menores, são utilizados
catalisadores. A distribuição dos produtos finais depende da temperatura de reação do
catalisador e do reator e também do procedimento de coleta e armazenamento do produto. O
processo pode ser realizado à pressão atmosférica.
A hidrogenação do óleo antes do craqueamento é favorável à produção de biodiesel. O
processo de produção tem um rendimento de aproximadamente 60%, ou seja, 10 litros de óleo
produzem 6 litros de biodiesel. Plantas oleaginosas presentes em cada região do país podem ser
usadas diretamente na produção do biocombustível, viabilizando, então, a produção do
biodiesel em pequena escala, principalmente em comunidades isoladas e em propriedades
agrícolas. O combustível obtido pelo craqueamento de óleos e gorduras não é considerado
biodiesel pela nomenclatura internacional. A Embrapa adotou o termo ecodiesel para
combustíveis obtidos a partir da pirólise dos triglicerídeos. Mas o termo mais utilizado é
biodiesel craqueado, diferenciando assim do obtido pela rota da transesterificação.
4 DIGESTÃO ANAERÓBIA
A digestão anaeróbia é um conjunto de processos nos quais as bactérias degradam
qualquer tipo de matéria orgânica em meio livre de gás oxigênio. Também chamado de digestão
anaeróbica ou gasificação, este tipo de decomposição é amplamente utilizado para a gestão de
resíduos e produção industrial de produtos lácteos, etanol, silagem e cerveja.
Além disso, a digestão anaeróbia é muito importante para a geração de energia, sendo
considerada uma fonte de energia renovável. O processo produz uma mistura de metano e
dióxido de carbono, o famoso biogás — um substituto ao gás natural. Este composto pode ser
utilizado como combustível para o aquecimento de água e até para colocar motores em
funcionamento.
A digestão anaeróbica atualmente é muito utilizada para o tratamento de resíduos como
os provenientes de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s), ou em biodigestores
(mecanismos que usam geralmente detritos animais para a geração de biogás) que usam o gás
resultante do processo para gerar energia.
Na digestão anaeróbica ocorrem diversos processos que juntos resultam na
decomposição da matéria: a primeira fase é a liquefação ou hidrólise onde o material orgânico
complexo é transformado em compostos dissolvidos ou matéria orgânica volátil; a segunda fase
é a gaseificação que pode ser subdividia em duas fases fermentação ácida ou acidogênese, onde
os compostos são transformados em ácidos orgânicos voláteis (fórmico, acético, propiônico,
butírico e valérico), e a fermentação acetogênica ou acetogênese, onde os produtos da subfase
anterior são transformados em acetato, hidrogênio e monóxido de carbono; a terceira e última
fase é a metanogênese, onde os produtos da acetogênese são transformados, principalmente em
metano (CH4), embora também sejam gerados outros gases.
Alguns processos para a digestão anaeróbia em estações de tratamento de esgoto são:
“lodo ativado”, “filtro biológico”, “lagoas anaeróbias” ou ainda, “reatores anaeróbios”, entre
outros. Note que o objetivo destes processos é a decomposição e tratamento de esgoto em
primeiro plano não a obtenção de biogás como nos processos a seguir.
5 FERMENTAÇÃO
A fermentação é um processo de produção de energia que não utiliza gás oxigênio, ou
seja, é um processo anaeróbio. Durante a fermentação ocorre a síntese de trifosfato de adenosina
(ATP ) e não envolve a cadeia respiratória. O ATP armazena em suas ligações fosfato, grande
parte da energia desprendida pelas reações exergônicas. Além disso, o ATP tem a capacidade
de liberar, por hidrólise, essa energia para promover reações endergônicas.
É importante destacar que o ATP funciona dentro da célula como uma reserva de
energia, que pode ser usada em qualquer momento que a célula necessitar. O ATP é um
nucleotídeo formado por uma molécula de adenina (base nitrogenada), uma molécula de açúcar
ribose e três fosfatos (representados por P). O conjunto adenina + ribose forma a adenosina
fosfato (AMP). Com a adição de mais um fosfato, forma-se a adenosina difosfato (ADP) e com
a adição do terceiro fosfato, forma-se finalmente a adenosina trifosfato (ATP). Na fermentação,
o aceptor final de hidrogênios é um composto orgânico.
Algumas bactérias realizam a fermentação, pois para algumas bactérias anaeróbicas, o
oxigênio é letal e elas só ocorrem em ambientes muito restritos, como solos profundos e regiões
onde o teor de oxigênio é praticamente zero. Essas micro-organismos são considerados
anaeróbios estritos. Como exemplo podemos citar o bacilo causador do tétano, o Clostridium
tetani.
No entanto, há organismos anaeróbios facultativos, que realizam a fermentação na
ausência de oxigênio e a respiração aeróbia na presença desse gás. É o caso de certos fungos
,como o Saccharomyces cerevisae(levedura) e de algumas bactérias.
Na fermentação, a glicose é degradada parcialmente, na ausência de oxigênio, em
substâncias orgânicas mais simples, como o ácido lático (fermentação lática) e o álcool etílico
(fermentação alcoólica). Nesses processos, há um saldo de apenas duas moléculas de ATP por
molécula de glicose degradada. Portanto, o ganho energético é maior na respiração aeróbia do
que na fermentação.
A fermentação ocorre no citosol. Inicialmente acontece a glicólise, quando a molécula
de glicose é degradada em dois piruvatos, cada um com três carbonos, com saldo de dois ATP.
Essa etapa é comum tanto para a fermentação como para a respiração.
6 GASEIFICAÇÃO
Trata-se da conversão de combustíveis sólidos em gasosos, por meio de reações
termoquímicas, envolvendo vapor quente e ar, ou oxigênio, em quantidades inferiores à
estequiométrica (mínimo teórico para a combustão). Há vários tipos de gaseificadores, com
grandes diferenças de temperatura e/ou pressão. Os mais comuns são os reatores de leito fixo e
de leito fluidizado. O gás resultante é uma mistura de monóxido de carbono, hidrogênio,
metano, dióxido de carbono e nitrogênio, cujas proporções variam de acordo com as condições
do processo, particularmente se é ar ou oxigênio que está sendo usado na oxidação.
É comum encontrarmos associações da biomassa com uma gaseificação, processo esse
que consiste na utilização desta fonte natural de energia. Portanto, de modo mais aprofundado,
pode-se compreender uma gaseificação como sendo “a conversão de combustíveis sólidos em
gasosos, por meio de reações termoquímicas, envolvendo vapor quente e ar, ou oxigênio, em
quantidades inferiores à estequiométrica (mínimo teórico para a combustão). Há vários tipos de
gaseificadores, com grandes diferenças de temperatura e/ou pressão. Os mais comuns são os
reatores de leito fixo e de leito fluidizado. O gás resultante é uma mistura de monóxido de
carbono, hidrogênio, metano, dióxido de carbono e nitrogênio, cujas proporções variam de
acordo com as condições do processo, particularmente se é ar ou oxigênio que está sendo usado
na oxidação"
No que se refere às tecnologias de gaseificação, hoje várias são acessíveis, sendo que a
maioria delas ainda utiliza como comburente o gás oxigênio (O2), mas em quantidades baixas.
Sabe-se que atmosferas ricas em O2 dão origem a combustões completas (com formação de gás
carbônico como um dos derivados), já atmosferas deficientes em O2 podem dar origem a
combustões incompletas (com formação de monóxido de carbono ou mesmo ao carvão sólido,
que também é combustível). Dessa forma, o principal componente de partida de uma
gaseificação passa a serem materiais ricos em carbono.
Ao ser usada em indiscriminadamente, “a gaseificação possui algumas desvantagens
técnicas que devem ser levadas em consideração: a tecnologia é mais complicada que a queima
direta e deve-se ter especial atenção com os aspectos de segurança, uma vez que o gás produzido
é tóxico. Portanto a instalação dos gaseificadores deve ser feita de forma a evitar vazamentos e
em locais bem ventilados. Deve-se considerar ainda a redução da eficiência do sistema de
gaseificação, que ocorre devido à perda de calor e ao consumo de energia nos ventiladores.
Instalações de pequena escala tem uma má reputação por apresentarem falhas frequentes. A
maioria dos problemas ocorrem no manuseio do combustível e na limpeza dos gases. A razão
disto é devido ao fato que as instalações para gaseificação não são tratadas como sistemas
integrados”
8 LIQUEFAÇÃO
A transformação da biomassa, ou outras fontes fósseis de carbono, em produtos
majoritariamente líquidos recebe o nome de liquefação. A liquefação pode ser direta ou indireta.
Esta última consiste em produzir gás de síntese, CO + H2, por gaseificação e, com catalisador,
transformá-lo em metanol ou hidrocarboneto. Já o processo direto se dá em atmosfera redutora
de hidrogênio ou mistura de hidrogênio e monóxido de carbono, sendo, portanto, uma forma de
pirólise. A biomassa é triturada em uma faixa granulométrica escolhida e misturada com algum
solvente, formando uma suspensão com 10% a 30% de sólidos. O líquido mais comum é a água,
entretanto, podem-se empregar meios orgânicos, como, por exemplo, óleo creosoto (que é uma
fração do bio-óleo), óleo antracênico, etileno glicol ou tetralina (tetrahidroxi-naftaleno), um
excelente doador de hidrogênio.
10 TRANSESTERIFICAÇÃO
A transesterificação é a reação química que ocorre entre um éster e um álcool, com
formação de um novo éster e álcool. Conforme o tipo de substância que reage com o éster,
temos os seguintes tipos de transesterificação: Alcoólise : Reação entre álcool e éster;
Acidólise: Reação entre éster e ácido carboxílico; Interesterificação : Reação entre dois ésteres.
A transesterificação para obtenção de óleos ocorre através da mistura de óleo vegetal ou
gordura animal com um álcool simples na presença de catalisadores. Como resultado, originam-
se o biodiesel e glicerina. O principal uso da transesterificação é para produção de biodiesel.
Nesse caso, os óleos vegetais são obtidos da soja, girassol, amendoim, mamona, algodão ou
dendê. A transesterificação ocorre a partir de um mol de triglicerídeo e três mols de álcool.
Durante a reação, os triglicerídeos transformam-se em monoésteres de ácidos graxos, os
quais compõem o biodiesel. Além disso, também surge a glicerina como um subproduto da
reação. Para a produção de biodiesel, o metanol e etanol são os álcoois mais utilizados, sendo
o metanol mais eficiente para o processo. Os catalisadores da reação podem ser ácidos ou bases.
O hidróxido de sódio (NaOH) é um dos mais utilizados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, H. V.; ALCOÓLICA, Fermentação. Ciência e Tecnologia. Piracicaba. São Paulo,
2005.