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BIBLIOLOGIA

A DOUTRINA DA REVELAÇÃO
VII

A conhecida reforma religiosa levada a efeito nos dias do rei Josias ilustra de modo muito vívido
a importância das Escrituras na restauração da verdadeira fé. Tudo começou, primeiro, com
a redescoberta por Hilquias da Palavra esquecida no templo (2 Rs 22.3-10 {cf v. “Então, disse
o sumo sacerdote Hilquias... Achei o Livro da Lei na Casa do SENHOR...”]), segundo, com a
interpretação e proclamação fiel dela por Hulda (2Rs 22.13-20), e terceiro, com o
quebrantamento e disposição de Josias em submeter-se seriamente aos seus ensinos (2 Rs 22.2
“Fez ele o que era reto perante o SENHOR... e não se desviou nem para a direita nem para a
esquerda”).

A reforma religiosa do século XVI não foi diferente. A profunda reforma teológica, eclesiástica
e prática que deu origem ás igrejas protestantes foi precedida pela redescoberta da palavra, por
uma reforma hermenêutica, e pela pregação fiel das verdades nela encontradas.

Que Deus levante alguns Hilquias, Huldas e Josias para redescobrirem, interpretarem
fielmente, proclamarem e obedecerem a Palavra de Deus. Que o Soberano Deus também
levante novos Husses, Zwinglios, Luteros e Calvinos para reformarem nosso culto, nossas
doutrinas, nossas práticas eclesiásticas e nossas vidas, conduzindo-nos de volta à Sua Santa
Palavra. Esta é a única esperança para o caos litúrgico, doutrinário e eclesiástico que
caracteriza o evangelicalismo brasileiro.

Vamos iniciar nossa bibliologia tratando da doutrina da revelação. Toda religião origina-se na
revelação. Se Deus não se revelasse, o homem absolutamente não estaria em posição de conhecê-
lo e toda religião seria impossível.

I. Distinções Aplicadas à Ideia da Revelação

Aqui se distingue Revelação Geral e Revelação Especial:

1. A Revelação Geral ou Natural

A revelação geral ou natural é comunicada ao homem pelos fenômenos da natureza, incluindo a


própria constituição do homem. Figurativamente a natureza pode ser chamada um grande livro
em que Deus escreveu, no qual o homem pode aprender sua bondade e sabedoria, “seu eterno
poder e divindade” (Sl 19.1,2; Rm 1.20).

2. A Revelação Especial

Esta revelação está incorporada na Escritura. A Bíblia é, por excelência, o livro da revelação de
Deus.

2.1. A Necessidade da Revelação Especial

Com a entrada do pecado no mundo a revelação geral de Deus ficou obscurecida e


corrompida, de modo que o escrito de Deus na natureza e na própria constituição do homem não
é agora tão legível, como era na manhã da criação.

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O homem tornou-se sujeito aos poderes das trevas e da ignorância, do erro e da
incredulidade. A revelação geral não mais transmite ao homem um conhecimento de Deus e das
coisas espirituais absolutamente digno de confiança, e não é corretamente entendida pelo
homem, nem é capaz de restaura-lo à comunhão de Deus.

2.2. Os Meios da Revelação Especial

Aqui, temos em mente três coisas?

2.2.1. As Teofanias ou Manifestações visíveis de Deus (Hb 1.1,2).

Deus, no Velho testamento, Se revelou de várias formas, como: na nuvem (Ex 3.2; 19.9,16,17),
no redemoinho (Jó 38.1; 40.6) e no cicio suave e tranqüilo(1Rs 19.12). Tudo isto foram sinais
de sua presença, em que Ele revelou alguma coisa de sua glória. Entre as manifestações do
velho Testamento, a do Anjo do SENHOR ocupa um lugar especial.

Esse anjo, de um lado é distinto de Deus (Êx 23.20-23); mas de outro lado é também
identificado como Ele (Gn 16.13; 31.11-13; 32.28). A opinião dominante é que se tratava da
segunda Pessoa da Trindade, o Senhor Jesus, em seu estado pre-encarnado (Ml 3.1).

A teofania alcançou seu ponto mais alto na encarnação de Cristo, em quem habitou
corporalmente, a plenitude da divindade (Cl 1.19; 2.9).

2.2.2. As Comunicações Diretas de Deus

Deus comunicou ao homem Seus pensamentos e Sua vontade de várias maneiras. Algumas
vezes falou aos homens com uma voz audível (Gn 2.16; 3.18,19; ), em outros casos recorreu a
meios tais como sorte e o Urim e o Tumim (1 Sm 10.20,21; Nm 27.21).

O sonho foi um meio muito comum de revelação (Nm 12.6; Dt 13.1-6; 1 Sm 28.6). Uma forma
semelhante, mas superior de revelação foi a visão, muito comum entre os profetas (Is 6; 21.1ss;
Ez 1.1).

No Novo Testamento Cristo aparece como o mais elevado, o verdadeiro, e num sentido, o único
profeta. Ele comunica o Seu Espírito, que é também o espírito da revelação e da iluminação, a
todos os que crêem (At 3.22,23; 3.37; Jô 4.19; 14.16,17; 15.26; 16.13; 20.22).

2.2.3. Os Milagres de Deus

Os milagres são manifestações de um poder especial de Deus, sinais de sua presença especial,
e servem, com freqüência, para simbolizar verdades espirituais. Os milagres confirmam as
palavras do profeta e apontam para uma nova ordem que está sendo estabelecida por Deus. Os
milagres da Escritura culminam também com a encarnação, que é o maior milagre e o mais
central de todos.

II. A Negação da Revelação Divina

Há várias negações da revelação de Deus. Alguns negando a revelação geral, outros negando a
revelação especial:

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1. Negação da revelação Geral

O ateísmo, que nega a existência de Deus, naturalmente discorda de toda a revelação. O


agnosticismo, que não crê que o homem possa conhecer a Deus, fala dEle como o grande
Desconhecido. O panteísmo não reconhece a existência de um Deus pessoal, distinto da
natureza, que pode consciente e voluntariamente revelar-se. Para ele, Deus e o homem são um.

2. Negação da Revelação Especial

O deísmo do século dezoito, enquanto reconhecia a revelação geral de Deus, negava a


necessidade, a possibilidade, e a realidade de qualquer revelação especial. A teologia liberal
nega a revelação especial de Deus e apaga a distinção entre o natural e o sobrenatural.

O CÂNON DAS ESCRITURAS


VIII

A palavra cânon é mera transliteração do termo grego Kanon, que significa VARA RETA,
RÉGUA, REGRA. O termo aplicado às Escrituras designa os livros que se conformam à regra da
inspiração e autoridade divinas. São chamados de canônicos, portanto, os livros que foram
inspirados por Deus, os quais compõem as Escrituras Sagradas – o cânon bíblico.

I. O Cânon Protestante do Antigo Testamento

O cânon protestante do Antigo Testamento é exatamente igual ao cânon dos judeus. Todos os
livros que há em nosso Velho Testamento, estão no Velho Testamento judaico. Nenhum a mais,
nenhum a menos.

A diferença está apenas na forma de organização. Por exemplo, nosso Velho Testamento está
organizado em 39 livros, enquanto, o Velho Testamento hebraico está organizado em 22 livros,
todavia, os livros são os mesmos. Como pode ser isso? A resposta é a seguinte:

1- Gênesis 13- Jô
2- Êxodo 14- Salmos
3- Levítico 15- Provérbios
4- Números 16- Eclesiastes
5- Deuteronômio 17- Cântico dos Cânticos
6- Josué 18- Isaias
7- Juízes e Rute 19- Jeremias
8- 1e 2 Samuel 20- Ezequiel
9- 1e 2 Reis 21- Daniel
10 1e 2 Crônicas 22- Oséias, Joel, Amós, Obadias,Jonas,
11-Esdras e Neemias Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias,
12-Ester Ageu, Zacarias e Malaquias.

Estão vendo? São os mesmos livros. Só muda a organização. Flávio Josefo, historiador judeu,
testemunha que eram 22 os livros do cânon hebraico, que são os mesmos que temos.

Ele disse que esses livros “deveriam ser colocados entre os apócrifos”, afirmando que NÃO
fazem parte do cânon. Segundo ele, estes livros não devem ser fontes de doutrinas da igreja.

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1. O Testemunho de Jesus e Seus Apóstolos Sobre o cânon do Antigo Testamento

Eles citaram cerca de 600 vezes, de modo autoritativo, praticamente todos os livros do cânon
hebraico.

Por exemplo, Cristo citou como Palavra de Deus os livros individualmente e as várias divisões
abrangidas nas Escrituras judaicas, ou seja, a Lei, os Profetas e os Salmos.
Lc 24.44; Jô 5.39. (cf Mt 22.29)

Os apóstolos também citam o cânon do Velho Testamento como Palavra de Deus.


2 Tm 3.15,16; At 1.16.

Pode-se concluir, portanto, que Jesus e seus apóstolos deram o seu apoio ao cânon hebraico e,
consequentemente, ao cânon protestante.

2. O Cânon Católico Romano do Antigo Testamento

O cânon católico do Velho Testamento, contém os mesmos 39 livros do cânon protestante, porém,
está acrescido dos seguintes livros:

1- Tobias 5- Baruque
2- Judite 6- 1 Macabeus
3- Sabedoria 7- 2 Macabeus
4- Eclesiástico

Também acrescenta ao livro de Daniel, O CÂNTICO DE AZARIAS ( 3.24- 50) O CÂNTICO


DOS TRÊS JOVENS ( 3.51-90), HISTÓRIA DE SUZANA (13.1-62), e a HISTÓRIA DE BEL E
O DRAGÃO (14.1-42).

Estes livros foram considerados pelos protestantes como apócrifos, isto é, não canônicos, não
inspirados, não autorizados por Deus. O próprio Jerônimo que traduziu a Vulgata latina, que
daria origem ao cânon católico romano, embora considerasse os livros apócrifos úteis para a
edificação, NÃO os tinha como CANÔNICOS

Como a igreja Católica incorporou tudo isso no seu cânon. Há uma versão do Velho
Testamento chamada SEPTUAGINTA, que é a tradução do Velho Testamento hebraico para o
grego feita, para a biblioteca de Alexandria, no Egito.

Esta versão, é assim chamada pelo fato de ter sido feita por 72 intelectuais. Quando a Septuaginta
era copiada, alguns livros não canônicos para os judeus eram também copiados.

Pessoas não afeiçoadas ao judaísmo ou ignorantes quanto aos livros verdadeiramente canônicos,
ou mesmo desinteressadas em distinguir livros canônicos dos não canônicos tinham por igual
valor todos os livros, fossem eles recebidos originalmente pelos judeus ou não.

Esses livros foram incorporados à Septuaginta. Quando, então, Jerônimo traduziu a Vulgata
latina ( tradução da Septuaginta para o Latim), também incluiu alguns livros apócrifos. Não o fez,
contudo, por considerá-los canônicos, mas apenas úteis, como fontes de informação sobre a
história do povo judeu.

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Em 1546, o Concílio de Trento, declarou canônicos os livros apócrifos, como uma reação aos
protestantes, que reconheceram apenas o cânon hebraico. As igrejas reformadas excluíram
totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia. Por que? Por pelo menos três motivos:

2.1. Não foram incluídos pelos judeus no cânon do Velho Testamento.

2.2. Não foram citados por Jesus, nem se encontram referências a eles pelos apóstolos.

2.3 Jamais fizeram parte da lista dos livros canônicos feitas pelos pais da igreja; e mesmo na
igreja romana, sua autoridade não foi aceita pelos homens mais eruditos e piedosos, até
mesmo depois da decisão do concílio de Trento, em 1546.

II. O Cânon do Novo Testamento

Havia outros livros cristãos antigos: evangelhos, cartas, atos, apocalipses, etc. alguns desses
livros foram escritos por crentes piedosos do primeiro e segundo séculos, outros eram
indevidamente atribuídos aos apóstolos ou aos seus contemporâneos.

Ora, se é assim, então, por que só aceitamos os 27 livros que há em nosso novo Testamento? A
resposta a esta pergunta, encontra-se em última instância, na doutrina da inspiração. Quem
determinou o cânon foi o Espírito Santo que o inspirou. A igreja apenas o reconheceu, o
discerniu, pela iluminação do próprio Espírito Santo, que habita nos seus membros.

Logo no final do primeiro século e início do segundo, boa parte dos livros do Novo Testamento já
era conhecida, citada e até reverenciada como autoritativa pelos primeiros escritos cristãos que
chegaram até nós.

Na metade do segundo e no terceiro séculos, todos os livros do NT são citados, e todos, de modo
geral, reconhecidos como autoritativos. Em 367, Atanásio apresenta uma lista dos livros
canônicos do Novo Testamento, incluindo todos os 27 livros, e apenas estes.

Finalmente, no Concílio de Cartago, a igreja reconheceu oficialmente todos os 27 livros, e só


estes, como canônicos. Esta decisão foi ratificada pelo Concílio de Hipona, em 419. Quais os
critérios que levaram a igreja a aceitar apenas estes livros como inspirados e consequentemente
canônicos?

1. Origem Apostólica

Para os pais da igreja este era o critério mais importante. Fosse possível provar que um
determinado livro era de origem apostólica, isso seria suficiente para ser reconhecido como
canônico.

Por outro lado, havendo dúvida quanto à origem apostólica fatalmente haveria relutância – como
realmente houve- na aceitação da cononicidade de um livro. Assim como os profetas do Velho
Testamento eram a voz autorizada de Deus para o povo, assim também a origem apostólica
autenticava um livro como autoritativo, e consequentemente canônico.

2. O Conteúdo dos Livros


Livro algum, em desacordo com o padrão doutrinário e moral, ensinado por Jesus e os apóstolos,
seria recebido como autoritativo. Foi assim que muitos escritos heréticos foram repudiados pela
igreja. Foi com base nessa regra, também, que muitos livros apócrifos foram rejeitados.
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3. Evidências Internas do Novo Testamento

Há no próprio NT, evidências claras da inspiração, autoridade e conseqüente canonicidade desses


livros. O apóstolo Paulo não escreve como alguém que aconselha, exorta ou ensina de si mesmo,
mas com autoridade divina, extraordinária.

De onde provém a autoridade de Paulo, ao exortar aos Gálatas, em 1.8? Ele explica logo a seguir,
em 1.11,12.

Que os livros do NT não tinham caráter meramente circunstancial, específico e momentâneo é


evidente nas exortações no sentido de que fossem lidos publicamente –o que só se fazia com as
Escrituras -, e em outras igrejas (1 Ts 5.27; Cl 4.16).

Paulo afirma que os tessalonicenses receberam as suas palavras como Palavra de Deus 1 Ts 2.13.

O apóstolo Pedro também coloca os escritos de Paulo em pé de igualdade com as Escrituras,


reconhecendo autoridade igual à do Antigo Testamento (2 Pd 3.15,16).

Em 1 Timóteo 5.18, o texto de Lucas 10.7 é chamado de Escritura, juntamente com Deuteronômio
25.4.

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