Sei sulla pagina 1di 19

FATECE

Faculdade de Teologia do Ceará

SETAD
Seminário de Educação Teológica das Assembléias
de Deus

INTRODUÇÃO A TEOLOGIA
Conhecendo as Escrituras, através da
formação, inspiração e estrutura

Fortaleza, 2007
APRESENTAÇÃO

Prezado(a) irmão(ã) em Cristo

A Faculdade de Teologia do Ceará – Fatece, órgão da Assembléia de


Deus – Ministério de Bela Vista, está oferecendo a(o) amado(a) irmão(ã) a
oportunidade de fazer um seminário de Teologia.
Para tanto, foi idealizado o SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA
DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS – MBV, que tem por objetivo aprimorar os
conhecimentos bíblicos daqueles que servem ao Senhor através dos vários e
importantes ministérios existentes na Igreja de Cristo.
Este Seminário teológico é direcionado a dirigentes de Congregações,
Professores de Escola Dominicais, Evangelistas, Pregadores, Missionários,
enfim, a todos aqueles que têm a responsabilidade de conduzir almas para o
Senhor e pregar a Sua Palavra.
Não é excesso de zelo lembrar que todos os obreiros, principalmente os
obreiros da nossa Assembléia de Deus Bela Vista, têm a obrigação diante de
Deus, de conhecer mais e melhor as Sagradas Escrituras, tanto para
desempenhar a contento o ministério para o qual foi chamado, quanto para
bem administrar o Altar e bem conduzir o rebanho do Senhor:
A Palavra de Deus é lâmpada que ilumina o caminho (Sl. 119,105) e
escudo para os que confiam em Deus (Pv. 30,5).
Na certeza de que esta semente está sendo lançada em solo fértil,
aguardamos no Senhor que seja ela infinitamente multiplicada, para Sua honra
e para a Sua Glória.

Saudações em Cristo Jesus,

José Teixeira Rego Neto


Pastor Presidente da Assembléia de Deus de Bela Vista
Presidente da Convenção de Ministros da Ass. De Deus de Bela Vista
Reitor da Faculdade de Teologia do Ceará - FATECE

SETAD
Seminário de Educação Teológica a Distância
R. 24 de Maio, 1162 – Centro – CEP 60020-001 Fone 3238 – 1689.
Fortaleza - Ceará

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
O SETAD – Seminário de Educação Teologia a Distância, visa a
preparação de crentes, homens e mulheres para ampliar seus conhecimentos
bíblicos e assim servir de maneira mais eficaz a Cristo nas Igrejas Evangélicas
do Brasil. Muitas são as pessoas que têm o deseja de estudar a Bíblia para
serem mais úteis no trabalho do Senhor, mas poucas tem a oportunidade de se
deslocarem a outra cidade para fazerem um seminário na sala de Instituto
Bíblico. As Lições do SETAD proporcionam a todos os cristãos a oportunidade
de se prepararem para toda boa obra em sua própria localidade.
O SETAD utiliza o moderno método de ensino chamado auto didático ou
instrução programada, em que a lição é especialmente preparada e o professor
leva o aluno passo a passo a compreender as verdades da palavra de Deus. O
estudo pode ser feito sem o auxílio do professor, ou mesmo estudando em
grupos com um orientador. Ao final de cada lição você responderá a um
questionário que será corrigido e devolvido ao aluno logo após a correção. A
nota mínima para a aprovação é 6,0 (seis). O aluno que não atingir essa nota
fará nova prova.
Ao enviar o questionário (prova) para correção o aluno deverá enviar
também o comprovante de pagamento da lição seguinte no valor de R$ 20,00
(vinte reais), por VALE POSTAL em nome FATECE – FACULDADE DE
TEOLOGIA DO CEARÁ, na rua 24 de Maio, 1162 – Centro – CEP 60020-001 –
Fortaleza-Ceará ou DEPÓSITO BANCÁRIO no nome da FATECE – Faculdade
de Teologia do Ceará, seguindo as seguintes instruções:
Agencia: Operação: Conta: Banco:
Para que o aluno conclua o SETAD é necessário que estude 20 (vinte)
lições diferentes sendo 4 (quatro) opcionais. O Seminário de Educação
Teológica á Distância tem duração mínima de 2 (dois) anos. Dependendo do
interesse e da disponibilidade do aluno. O Certificado de conclusão do SETAD
será outorgado pela FATECE – Faculdade de Teologia do Ceará. Para obter
maiores informações escreva para: Seminário de Educação Teológica á
Distância ou se preferir ligue: 3238 - 1689
INTRODUÇÃO GERAL

O Alcance dos assuntos abordados na presente Lição, obedece aos devidos


limites de tempo e de espaço, conforme o método de ensino teológico por
correspondência adotado pelo SETAD. Esta lição é parte de um todo,
obedecendo a um programa de conteúdo devidamente coordenado.
Que cada aluno do SETAD tire o maior proveito possível desta Lição, que esta
lição venha a contribuir para uma assimilação mais profunda no sentido de que
cada aluno aplique á sua vida os princípios éticos e morais da palavra do
Senhor.
O anelo e as orações da Diretoria do SETAD é que a presente lição resulte em
ricas bênçãos sobre todos os que dela se utilizarem, uma vez que a mesma
está baseada na viva e poderosa palavra de Deus. Seja a graça do Senhor
com cada um dos alunos do SETAD.

COMO ESTUDAR ESTA LIÇÃO

As vezes, estudamos muito e aprendemos pouco, ou nada. Isto em parte


acontece pelo fato de estudarmos sem ordem, nem método. Embora em
poucas palavras, a orientação que passamos a expor, ser-lhe-á muito útil:
1. Primeiro; busque a orientação de Deus, ore a Deus suplicando direção e
iluminação do alto, nunca execute qualquer tarefa de estudo ou trabalho,
sem primeiro orar.
2. A seguir; seja organizado ao estudar, e ao primeiro contato com a lição,
procure obter uma visão global da mesma, isto é, uma visão geral. Não
sublinhe b]nada. Não escreva nada. Não procure referências na Bíblia.
Procure descobrir o que a lição deseja ensinar-lhe.
Passe então o estudo da lição:
1. Agora a medida que for estudando, sublinhe palavras, frases e trechos-
chaves, faça anotações, olhe as referências bíblicas.
2. Ao final do estudo da lição, procure lembrar o que estudou. Caso tenha
alguma dificuldade, volte á lição. O aprendizado é um processo metódico e
gradual. Não é algo automático em que se aperta um botão e a máquina
trabalha! Pergunte aos que sabem como foi que aprenderam!
3. Quando estiver seguro do seu aprendizado, passe ao questionário. As
respostas deveram ser dadas sem consultar a lição. Observando estes
itens você terá chegado a um final feliz do seu estudo, tanto no
aprendizado quanto no crescimento espiritual. II Tm 2,15; Fl 4,13.
SUMÁRIO

1 – O QUE É
TEOLOGIA?.............................................................................................11
1.1 – A distinção entre a teologia e outros estudos.........................11
2 – A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA.....................................................12
2.1 – Negação da Importância da Teologia.....................................13
3 – DIVISÃO DA TEOLOGIA ..................................................................14
3.1 – A Teologia Bíblica..................................................................14
3.2 – A Teologia Histórica................................................................14
3.3 – A Teologia Sistemática............................................................14
3.4 – A Teologia Prática...................................................................15
4 – MÉTODOS DE ESTUDO DA TEOLOGIA..........................................15
4.1 – Método Dedutivo.....................................................................15
4.2 – Método Místico........................................................................15
4.3 – Método Indutivo.......................................................................16
4.4 – Um Método Básico..................................................................16
5 – REVELAÇÃO BÍBLICA.......................................................................17
5.1 – Conceitos e Necessidade da Revelação................................17
5.2 – Classificação da revelação – Geral e Especial........................17
6 – A ESCRITURA....................................................................................21
6.1 – A Autoridade da Escritura........................................................21
6.2 – A Inspiração da Bíblia..............................................................24
6.3 – Provas da Inspiração divina da Bíblia......................................29
6.4 – Outras Evidências da Inspiração da Bíblia..............................33
6.5 – Diferença entre “Revelação e “Inspiração” Divina...................34
7 – A INERRÂNCIA DA BÍBLIA................................................................35
7.1 – Conceitos de Inerrância...........................................................35
7.2 – A Inerrância na História............................................................37
7.3 – A Inerrância e a própria Bíblia..................................................37
7.4 – Argumentos contra a Inerrância...............................................38
8 – A BÍBLIA E COMO CHEGOU ATÉ NÓS.............................................38
8.1 – Sua Origem...............................................................................38
9 – COMO SURGIU A BÍBLIA....................................................................41
9.1 – Teoria das fontes.......................................................................41
9.2 – As fontes do Novo Testamento ................................................43
10 – O LIVRO SAGRADO..........................................................................43
11 – O CÂNON DA BÍBLIA E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA...................44
11.1 – O cânon do Antigo Testamento...............................................45
11.2 – A formação do cânon do Antigo Testamento..........................46
11.3 – O cânon do Novo Testamento................................................49
11.4 – A Formação do cânon do Novo Testamento..........................49
11.5 – Datas e períodos sobre o cânon em geral..............................52
12 – PRESERVAÇÃO E TRADUÇÃO DA BÍBLIA.....................................56
13 – OS MANUSCRITOS DA BÍBLIA........................................................58
13.1 – O formato dos manuscritos....................................................58
13.2 – A caligrafia dos manuscritos..................................................58
13.3 – Manuscritos originais da Bíblia..............................................59
13.4 – Manuscritos do Antigo Testamento em Hebraico .................59
13.5 – As Bíblias impressas mais antigas.........................................61
13.6 – Os manuscritos do Mar Morto................................................63
13.7 – Cálculo da data de um manuscrito..........................................63
14 – A BÍBLIA COMO LIVRO.....................................................................64
14.1 – Os Livros Antigos...................................................................64
14.2 – O formato primitivo da Bíblia..................................................64
14.3 – O vocábulo “Bíblia”.................................................................65
15 – A ESTRUTURA DA BÍBLIA................................................................65
15.1 – O Antigo Testamento.............................................................66
15..2 – O Novo Testamento..............................................................67
15.3 – Peculiaridades das Bíblias católicas......................................69
16 – BREVE INTRODUÇÃO AOS LIVROS DA BÍBLIA..............................69
16.1 – Antigo Testamento................................................................69
16.2 – Novo Testamento..................................................................77
16.3 – Bíblia.....................................................................................83
17 – CRONOLOGIA DOS LIVROS DA BÍBLIA...........................................84
17.1 - Antigo Testamento.................................................................84
17.2 – Novo Testamento..................................................................85
18 – CRONOLOGIA DA VIDA DE CRISTO E ERA APOSTÓLICA............86
19 – HARMONIA E UNIDADE DA BÍBLIA..................................................86
19.1 – Alguns pormenores dessa harmonia.....................................87
20 – O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA...........................................................88
20.1 – Cristo, de Gêneses a Apocalipse..........................................89
20.2 – Alguns fatos e particularidades da Bíblia..............................89
21 – A RAZÃO DA NESCESSIDADE DAS ESCRITURAS.........................90
21.1 – A necessidade do estudo das Escrituras...............................90
21.2 – Porque devemos estudar a Bíblia..........................................91
21.3 – Como devemos estudar a Bíblia............................................93
22 – ALGUMAS OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS.............................94
23 – LIVRO DE DEUS, LIVRO DO POVO...................................................96
BIBLIOGRAFIA............................................................................................98
1 - O QUE É TEOLOGIA

Definição

A palavra teologia vem de duas palavras gregas: “theós” (Deus) e


“logos” (palavra, assunto, tratado). Então no sentido etimológico, teologia
quer dizer palavra, assunto ou tratado sobre Deus.
“ A teologia é a ciência que trata de Deus e das relações entre Deus e o
universo”. A teologia, consiste em fatos relacionados com Deus e suas relações
com o universo, apresentados de maneira lógica, ordenada e consistente. O
campo de estudo é bastante abrangente: Deus e suas revelações com o
universo. No enfoque teológico o homem esta no centro desse universo. È ele
que pode refletir sobre a revelação que Deus dá de si mesmo, e elabora uma
explicação racional desses fatos, de modo orgânico e consistente. O campo de
estudo é bastante abrangente: Deus e suas relações com o universo. No
enfoque teológico o homem está no centro desse universo. È ele que pode
refletir sobre a revelação que Deus dá de Si mesmo, e elabora uma explicação
racional desses fatos, de modo orgânico e consistente.
Uma outra é dizer que teologia é o estudo e a declaração cuidadosa e
sistemática da doutrina cristã. Por doutrina cristã entende-se “a declaração das
crenças mais fundamentais do Cristão” A teologia investiga criteriosa e
sistematiza os princípios, as verdades básicas da religião cristã. A teologia
deve ser exprimida no idioma contemporâneo, no contexto da cultura geral,
relacionada com a maneira de viver do homem. Daí o seu caráter dinâmico na
sua forma de expressão e na sua aplicação.
1.1 – A distinção entre a teologia e outros estudos
Para melhor compreensão da natureza da Teologia, precisamos
observar a distinção que há entre ela e algumas outras disciplinas
semelhantes.
A – Teologia e Religião
A palavra religião, para alguns, deriva de “religare” (ligar de novo), e
significa religar o homem a Deus. Outros, entendem que a palavra vem de
“relegere” (considerar, rever, retomar o caminho).
O termo religião tem sido usado para expressar idéias cristãs e não
cristãs. Num sentido mais amplo do termo, podemos dizer que religião é a vida
do homem nas suas relações com o poder soberano e sobrenatural,assume
formas diferentes e materializam a religião na vida prática de cada povo. A
religião cristã está acima de qualquer outra religião do mundo, porque nela
encontra-se a idéia mais esclarecida, desenvolvida e correta acerca de Deus e
suas relações com o mundo e do meio de se cultivar uma relação efetiva com o
sobrenatural, dada a revelação especial que temos nas Escrituras (At. 17.24-
28).
A Teologia se relaciona com Religião, mas dela se distingue, tal como a
botânica está relacionada coma vida das plantas mas é distinta dela. A
Teologia estuda as verdades que na religião o homem procura vivenciar
expressar em atitude e ações. Assim como a religião é um fenômeno natural na
vida do ser humano, por isso também um fenômeno universal, também a
teologia, que surge da necessidade de se explicar o que se crê na religião, é
inevitável e imprescindível para a vida humana.
B – Teologia e Apologética
Apologética significa “um discurso sistemático e argumentativo na
defesa da origem e da autoridade da fé cristã”. A Apologética tem como
propósito justificar a religião cristã diante das idéias contrárias e provar sua
veracidade o propósito da Teologia é outro: conhecer e xpor o conteúdo e o
significado da fé cristã, para fins práticos.
C – Teologia e Filosofia da Religião
A Filosofia da religião investiga a natureza e os fundamentos das
crenças religiosas. Trata de problemas tais como a origem, a natureza e a
função da religião na vida do homem. Investiga a verdade e o valor da
interpretação religiosa no mundo. Quanto á Teologia, a sua maior consideração
é com os aspectos práticos da religião e busca a interpretação do cristianismo
em minúcias.
D – Teologia e Ética Cristã
A ética Cristã investiga as obrigações morais do homem á luz da
revelação bíblica. Ela expõe o significado do cristianismo para a vida moral do
homem. Na Teologia muitas vezes observamos o efeito ético de uma doutrina,
mas este não é o único objetivo, e nem sempre o principal interesse imediato
ao considerar-se uma doutrina.

2 – A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA

2.1 – Negação da Importância da Teologia


Muitas vezes tem se negado a importância do estudo da doutrina cristã
ou da teologia, alegando-se que o que importa é a vida com Deus, a
experiência ou a fé. Esta é uma posição equivocada do cristianismo. Algumas
possíveis razões para essa negação da importância da teologia são:
A – Uma ênfase exagerada na doutrina em contraposição ao cuidado
com o caráter cristão, evangelização e serviço social, que por vezes tem-se
verificado na história da Igreja.
B – O dogmatismo sobre vários aspectos da religião, resultando daí
atrito, rejeição, confusão doutrinária e desinteresse pela doutrina e por
questões especulativas, preferindo-se aos aspectos práticos da vida cristã.
C – A falta de conhecimento do que seja Teologia ou Doutrina, seus
objetivos e efeitos na vida do crente.
2.2 – Razões da Importância da Teologia
A – A Teologia satisfaz a mente humana
È da natureza da mente humana querer raciocinar e entender aquilo que
se crê ou se faz. Se a Teologia é a sistematização dos princípios, das
doutrinas, das verdades básicas da religião que professamos, é indispensável
que tenhamos um estudo técnico, teórico, daquilo que aceitamos e reputamos
como sendo de absoluto valor para a existência. Não podemos separar os
aspectos da vida cristã dos aspectos teóricos. A vida humana requer esse
lastro teórico em que repousa nossa atitude e ação. Enfim, “o estudo da
doutrina é uma expressão de amor ao Senhor através de nossa mente”.
B – A Teologia ajuda na formação do caráter
As verdades incorporadas ao nosso conhecimento afetam o nosso
caráter. O conhecimento de Deus e das relações entre Deus e todas as coisas
é um fator de primeira grandeza na formação do caráter do crente. O
desenvolvimento da vida do cristão depende do conhecimento da verdade de
Deus. (II Pe. 1.2-8)
C – A Teologia serve para a pureza e defesa do Cristianismo
Na sua caminhada histórica, a doutrina cristã está sujeita a ataques e
contaminação de supertições, imoralidades, correntes de pensamentos
filosóficos, científicos e religiosos. Uma teologia bem fundamentada na Bíblia é
necessária para combater esses ataques e preservar a pureza da vida cristã. O
ministro de Deus tem o dever de denunciar o falso ensino e defender a verdade
(I Tm. 1.3ss; 3.15; Hb 13.9; Jo 9.10).
D – A Teologia ajuda na programação do Evangelho
Onde não há uma base doutrinária segura e firme, um lastro teológico
bem fundado, a igreja perde sua capacidade militante. Para se propagar o
evangelho na sua inteireza é necessário ter alguma compreensão inteligente
do seu conteúdo e significado; ser capaz de dar uma explicação inteligível da
verdade a outrem. A teologia é uma arma poderosa no ministério (Tt. 1.9). Uma
das grandes necessidades da igreja, desde os seus primórdios, é os eu
doutrinamento (Ef..14). Os líderes são responsáveis por essa firmeza
doutrinária.
E – A Teologia fundamentada a prática cristã
A doutrina é o conteúdo da fé e a base de toda a prática . O apóstolo
Paulo, em suas epístolas, via de regra, antes de apelar para a prática da vida,
oferece, primeiro, uma explicação doutrinária da verdade. Quanto mais
conhecemos a verdade, tanto mais comprometido com ela ficamos. Para uma
vida consagrada e santa, é imprescindível um bom conhecimento doutrinário.
Há grande necessidade de se compreender a teologia cristã, tanta para
a vida pessoal do crente, como para o cristianismo em si e para o ministério
cristã. O mundo está em crise de verdade fundamental. A teologia cristã pode
ajudar na resposta ás indagações mais profundas do ser humano. È nosso
dever conhecer toda a verdade e ajudar os que estão na dúvida.

3 – DIVISÃO DA TEOLOGIA

Para fins de estudo pode ser dividida em quatro ramos: A Teologia


Bíblica, a Teologia Histórica, a Teologia Sistemática e a Teologia Prática.
3.1 – A Teologia Bíblica
Teologia Bíblica é a parte da Teologia que se ocupa com a exposição do
conteúdo dos assuntos bíblicos. Pode ser subdividida em Teologia do Antigo
Testamento, ou ainda Teologia de Paulo, de Pedro, de João, dos Evangelhos
Sinóticos, etc. O material exclusivo da Teologia Bíblica é a Bíblia, e serve-se da
exegese bíblica. Por isto alguns a denomina de Teologia Exegética.
3.2 – A Teologia Histórica
Teologia Histórica é o estudo do desenvolvimento doutrinário no curso
da história da igreja, enfocando a origem, o progresso e as aberrações da
doutrina. Pode ser subdividida em Teologia Patrística, Teologia
Medieval,Teologia dos Reformadores, Teologia Contemporânea, e os
movimentos mais atuais, como a Teologia da Libertação, a Teologia da
Prosperidade, e outras.
3.3 – A Teologia Sistemática
A Teologia é o estudo de toda a verdade cristã , no aspecto mais
abrangente e sistemático, tornando-se por base principal o material fornecido
pela Escritura, mas servindo-se também de outros ramos do conhecimento,
como a Filosofia, a História, a Psicologia, a Ciência, na medida em que esses
ramos do saber humano podem ajudar no esclarecimento de verdades tratadas
na revelação. A Teologia Sistemática tenta dar uma exposição coerente,
ordeira, e inclusiva da fé cristã. Por isto ela é chamada sistemática. Se o
sistema doutrinário é baseado num credo ou credos adotados por alguns
grupos cristãos, então essa Teologia é normalmente denominada Dogmática.
Entretanto, em toda e qualquer Teologia Sistemática há um caráter dogmático
que reflete o modo de crer do teólogo ou de sua denominação. Por isto que a
Teologia Sistemática não é completamente uniforme e homogênea, diferindo
em alguns aspectos das verdades reveladas, porque há pontos doutrinários
que outros teólogos sustentam de modo diferente, com base na mesma fonte.
3.4 - A Teologia Prática
A Teologia Prática cuida da aplicação prática das verdades tratadas
noutros ramos da Teologia, especialmente na Teologia Sistemática, objetivando
uma vida espiritual mais profunda. Ela deve nos orientar como viver, orar,
pregar, e como evangelizar. A Teologia Prática, portanto, trata da aplicação das
doutrinas na vida dos cristãos e da Igreja. Inclui disciplina como Evangelismo,
Homilética, ética, etc.
A classificação acima é da Teologia Prática, isto é, a que baseia na
revelação especial registrada na Bíblia. Outro ramo da teologia, distinto da
teologia Revelada, é a Revelação Natural, cuja fonte é a revelação de Deus
dada na natureza. Mas esta teologia baseada na natureza não serve para o
cristão que já tem maior e melhor conhecimento de Deus através das
Escrituras.

4 – MÉTODOS DE ESTUDO DA TEOLOGIA

Há vários métodos que são utilizados no estudo teológico. Cada método


determina a natureza do sistema daquela teologia. Daí a importância de se
adotar um método que conduza a uma teologia válida do ponto de vista bíblico.
4.1 – Método Dedutivo
Este método deduz o sistema de princípios filosóficos aceitos a priori.
Isto é, leva-se o sistema teológico a se acomodar a princípios filosóficos
previamente aceitos. Por exemplo, se o teólogo aceita o deísmo, o panteísmo,
o evolucionismo, o racionalismo como princípios filosóficos, certamente os
temas teológicos estudos serão substancialmente modificados. Esta é a razão
de termos na histórias da Teologia, teologias diversas que se afataram da
ortodoxia criatã.
4.2 – Método Místico
Alguns têm afirmados ter recebido revelação especial de Deus,
independente das Escrituras, e com base nessas “revelações” têm elaborado
suas teologias. Ellen G. White (Adventistas do sétimo dia), Joseph Smith
(mórmon), Charles Taze Russel ( Testemunhas de Jeová), Abulqasim
Mohammad ibn Abdullah Abd-Muttalib ibn Hashin “Maomé” (islamismo) e
Hippolyte Leon Denizard Rivail “ Allan Kardec” (espiritismo) são alguns
exemplos do método místico. O místico depende mais de impressões internas
ou subjetivas do que de autoridade e instruções externas. Um tipo mais
moderno de misticismo teológico encontramos em alguns movimentos
pentecostais e carismáticos, onde as “revelações” de Deus são abundantes.
Entretanto, é preciso lembrar que a experiência tem seu valor, mas deve
sempre ser submetida á prova da Palavra de Deus, e não o contrário. Marcar,
por exemplo, o dia e hora da volta de Jesus, como já tem sido feito por alguns,
é contrariar a Palavra de Deus que diz que: “Daquele dia e hora, porém,
ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai”. (Mt.24.36)
4.4 – Um Método Básico
Gordon R. Lewis e Bruce A. Demarest apresentaram um método básico
útil para o estudo da Teologia. Este método contém seis passos:
A – Primeiro passo – definir e esclarecer o problema ou a questão
teológica;
B – Segundo passo – identificar as várias soluções do problema que
foram sugeridas na história cristã;
C – Terceiro passo – estudar fontes da Teologia Cristã, a Bíblia, para
determinar exatamente o que diz o texto, e chegar as conclusões preliminares;
D – Quarto passo – relacionar as condições preliminares com a
revelação geral e com outras doutrinas já estabelecidas para concretizar esta
resposta teológica;
E – Quinto passo – defender esta conclusão diante da oposição das
ideologias contrárias; e
F – Sexto passo – aplicar as conclusões teológicas ás situações
específicas da vida neste mundo. Há uma verdade divina, mas há muitas
aplicações nos diferentes contextos e situações em que vive o ser humano.
È preciso cuidar do método que vamos adotar, porque ele vai determinar
aonde vamos chegar. Portanto, precisamos tentar esquecer as nossas idéias
prévias e vir as Escritura com uma mente aberta e disposta para ouvir e
aprender. Não podemos evitar completamente nossos preceitos e os efeitos da
cultura e da história, mas podemos ter consciência delas e tentar não permitir
que eles controlem nossas interpretações da Bíblia.

5 – REVELAÇÃO BÍBLICA

A Revelação Bíblica é a fonte principal da Teologia. Daí a necessidade


de estudarmos na consideração dos temas referidos pela Escrituras.
Precisamos estar seguros de que o material que estamos utilizando como fonte
de verdade e fidedigno. Trataremos da Revelação Bíblica, incluindo seus
aspectos de inspiração e inerrância.
5.1 – Conceitos e Necessidades da Revelação
O termo “revelação” significa a exposição daquilo que anterior mente
era desconhecido. Na Teologia, revelação é o ato de Deus manifestar a Si
mesmo e a sua mensagem ao homem, e o produto dessa manifestação. A
revelação, portanto, não consiste apenas em tornar o homem sabedor do
poder, dos atributos e dos propósitos de Deus e o homem, advindo daí a
experiência religiosa.
Não fora a revelação de Deus, o homem não poderia ter conhecimento
da divindade. Deus não é parte da criação, logo ele não pode ser descoberto
na natureza pela pesquisa humana. Além disto, há uma distância muito grande
entre o homem e Deus, em duplo aspecto: o mental e o moral. A solução para
essa dificuldade no conhecimento de Deus é a revelação. Onde não há
revelação de Deus resta apenas o intelecto humano, lutando com toda sorte de
hipóteses. Mas o que se verifica e que Deus Se revelou tanto por meio da
criação como também por outros meios.
5.2 – Classificação da Revelação – Geral e Especial
5.2.1 – Conceitos e meios da Revelação Geral
Revelação geral é a auto-manifestação de Deus mais abrangente
E para toda a humanidade, e ocorre por meio da criação, da natureza
humana, da providência e da história.
A – A criação, isto é, a existência do mundo revela Deus como
realidade eterna, seu poder infinito, sua sabedoria insondável( Sl 8.1,3; 19.1,2;
Is40.26; Rm 1.19,20)
B - O homem, feito a imagem e semelhança de Deus, reflete, em sua
natureza moral e religiosa, o Criador ( Gn 1.26,27; At17.28; Rm 1.32 2.14,15).
De modo geral, o homem não vive sem a idéia da divindade e sem religião,
pois sabe que há uma divindade da qual é dependente e á qual terá de ´prestar
contas.
C – Na providencia divina, isto é, na constante atividade de Deus em
manter e dirigir a criação, Ele também se revela a nós ( At 14.17; Mt6.26,30). O
curso das leis da natureza, mantendo a existência das coisas criadas, mostra
ao homem que há uma providência infinita, poderosa, bondosa e sábia, que
criou essas leis e as sustenta, tendo em vista um propósito. A história do
mundo também manifesta a ação de Deus ( Sl 78.6,7; Dn 2.20,21; 4.25 Rm
13.1; At 17.26,27).
Enfim, toda a criação, a consciência humana, os fenômenos da natureza
e os acontecimentos histórico, a manifestação de Deus., assim como qualquer
obra revela aspectos do seu autor. A ciência moderna, descobrindo cada vez
mais este universo, pode enriquecer nosso conhecimento da grandeza de
Deus.
5.2 – Efeitos da Revelação Geral
A revelação geral produz efeito em toda a humanidade. Os principais
efeitos são:
A – Proporciona Conhecimento de Deus
Pela revelação geral o homem pode ter conhecimento de Deus, embora
seja um conhecimento limitado. Refletindo e analisando, com base na
revelação geral, é possível entender, até certo ponto, a existência de Deus e
algumas das suas qualidades características, como soberania, poder,
eternidade( Rm 1.20). A filosofia, em certos casos, tem palmilhado este
caminho. É com base no conhecimento que vem da revelação feral que surge a
teologia natural. Entretanto, por causa da sua natureza pecaminosa, o homem
só consegue perceber Deus, através dessa revelação, com dificuldade e
apenas parcialmente. Por isto, a revelação não é suficiente para levar o
Homem á salvação, mesmo porque a salvação não vem pelo saber acerca de
Deus, mas pelo poder de Deus operando por meio de Cristo (Rm 1,16).
B – Dá base para estrutura da vida moral da sociedade
Na organização da sociedade, as norma morais são aceitas a priori,
porque são fundamentadas na “lei escrita em seus corações” ( Rm 2.14,15).
Há uma noção de justiça na consciência do homem, e as normas são
elaboradas com base na natureza moral humana. No estudo do Direito esta
justiça inerente ao ser humano é chamado de Direito Natural.
C – Torna o homem indesculpável diante de Deus
Pelo conhecimento que a revelação geral pode proporcionar ao homem.
Todo ser humano se torna indesculpável diante de Deus pela sua recusa em
adorar ao Criador como o único e soberano Deus ( Rm 1.19-23). A negação do
culto ao único Deus e a prática da idolatria e da injustiça não podem ser
justificados diante de Deus, mesmo que indivíduo só tenha a revelação geral
(Rm 1.24-32).
D – Ajuda no entendimento da Revelação Especial
Pela revelação geral o homem está mais apto a entender a revelação
especial. Daí porque nas atividades evangelísticas e missionárias percebemos
que as pessoas, por mais ignorante que sejam do cristianismo, elas têm
alguma noção de Deus e da responsabilidade diante dEle. È assim “ Porque
nele vivemos, e nos movemos, e existimos” ( At 17.28).
Revelação Especial
5.2.3 – Conceitos e meios da Revelação Especial
A revelação especial é a manifestação que Deus faz de Si mesmo e da
sua mensagem a um indivíduo ou a um grupo deles, por meio de palavras ou
acontecimentos especiais históricos, tendo em vista um determinado fim,
notadamente a redenção.
Na revelação especial Deus se serviu de palavras, visões, sonhos (Nm
12.6; Gn 28.12 – 15;31.11-13; Dn 2.1ss; Mt2.12,13,19-22; Gl 1.11,12; At 9.3-6;
10.10-13; 16.9,10, e as visões do apocalipse); atos miraculosos, particulares
e históricos (Ex. 4.0-5; IRs 18.24; Jo 5.36; 20.30,31; Hb 1.3); a encarnação do
Filho ( Jo 1.1-3,14,18; 14.8,9; Gl 2.9; Hb 1.3).
Os principais agentes de Deus que recebemos e comunicaram a
revelação especial foram os profetas e Jesus Cristo ( Hb 1.1,2). Os profetas
de Israel foram os grandes portadores da revelação de Deus no passado (I Tm
3.1,7,20; 4.1; Hb 1.1). Eles tinham visões de Deus, e por isto eram chamados
videntes (I Sm 3.1;9.9). Deus lhes falou acerca da Sua vontade e do seu
propósito para com o seu povo. Eles então predisseram acontecimentos que
vieram a ocorrer na história. O principal acontecimento
Histórico anunciado pelos profetas foi a vinda e o trabalho de Jesus
Cristo. Antes os profetas, pessoas com Enoque, Noé, e outros tiveram
revelações e experiências pessoais marcantes com Deus, que enriqueceram o
conhecimento religioso deles, e cujas noções foram posteriormente
transmitidas as suas descendências.Os profetas duraram até João Batista.
Depois dos profetas veio o Filho de Deus. O meio mais extraordinário da
revelação especial foi a encarnação do verbo divino ( Jo 1.1-3,14,18; 14.8,9;
Cl2.9; Hb 1.2). Ele revelou mais profundamente o Pai e seus propósitos para
coma humanidade (Jo 1.16-18; hb 10.20). Em Jesus, a revelação teve o seu
clímax. Por meio de Jesus os apóstolos receberam os mais excelentes
conhecimentos da verdade redentora de Deus e no-las transmitiram.
As Escrituras, á medida em que nelas foram sendo registradas os
conhecimentos já adquiridos de Deus, serviram, por sua vez, de meio de
revelação para as novas gerações, como acontece até o dia de Hoje (Dt 29.29;
Is 8.19,20; II Tm 3.16,17). Nós hoje não ouvimos os profetas nem o Filho e
Deus diretamente, mas ouvimo-los indiretamente através das Escrituras. Por
meio delas Deus fala a nós hoje como outrora falou através dos profetas, do
Filho e dos apóstolos.
5.2.4 – Características da Revelação Especial
A revelação especial tem características que a distinguem da revelação
geral.
A – A Revelação Especial é Redentiva
A finalidade da revelação especial é levar o homem de volta para Deus,
livre do pecado e de suas conseqüências.
B – A Revelação Especial é Gradativa e Progressiva
Deus aos poucos foi se revelando como Salvador e dando a conhecer os
mistérios da redenção. Essa revelação foi também atingindo níveis cada vez
maiores no plano especial. De Gênesis ao Apocalipse podemos notar uma
gradação progressiva na revelação.
C – A Revelação Especial é Revelação de Deus Mesmo
Não se trata apenas de idéias a respeito de Deus, como conceitos
teóricos sobre os atributos da divindade, mas a apresentação da Pessoa de
Deus mesmo e o Seu comparecimento junto aos indivíduos para tratar de
problemas visando antes de tudo a comunhão do homem com Deus.
D – A Revelação Especial é Cristã
Jesus Cristo não somente é o principal meio dessa revelação como
Também é o tema que permeia toda a revelação (Dt 18.15; At 3.22; Lc
24.27). Cristo é a perspectiva pela qual a bíblia deve ser lida e interpretada.
E – A Revelação Especial é Escriturística
O seu conteúdo foi suficientemente registrado na Bíblia para nós, e é por
meio dela que tomamos conhecimento dessa revelação ocorrida no passado e
temos nossa compreensão de deus e da Sua vontade hoje.
F – A Revelação Especial fora da Bíblia
A Bíblia não registra toda a revelação ocorrida na história da
humanidade (Jo 21.25). Mas o que ela registra é suficiente para os propósitos
de Deus. Também é provável que Israel não tenha sido o único a receber
revelação de Deus. Melquisedeque, cuja investidura divina foi reconhecida por
Abraão, como também o é no Novo Testamento, é uma prova de como Deus
Se revelou também a outros índividuos e a outros povos. Abimeleque é um
exemplo de homem ímpio que recebeu revelação específica de Deus, embora
não fosse com propósito redentivo (Gn 20.3). Temos nações fora de Israel
cooperando para a vinda de Jesus ao mundo. Entretanto, a revelação bíblica é
sem igual pelo seu conteúdo, características e propósitos. Por isto, todas as
nações precisam ouvir sua mensagem de salvação por meio de Cristo (Mt
28.19,20).

6 - A ESCRITURA

A Bíblia, também é chamada de Escritura ou Escrituras, é o registro inspirado


da revelação especial de Deus ao homem. Ela é fonte de revelação para nós.
Nela podemos ouvir a Deus, conhecê-Lo e a Sua vontade como se Deus,
falasse diretamente conosco. Nenhuma outra revelação é necessária hoje para
a humanidade acerca de Deus e dos Seus planos. Nada mais a acrescentar
ao registro bíblico. Apenas entender, mediante o auxilio do Espírito Santo, o
que já está revelado. Entretanto, quando Cristo voltar ele trará mais luz acerca
do que já foi falado, mas que agora “...vemos como por espelho...” (I Co
13.12).
6.1 – A Autoridade da Escritura
Quando falamos em autoridade referimo-nos ao direito ou ao poder de um
indivíduo realizar aquilo que determina ou exigir obediência. Porém, em relação
á Escritura, autoridade indica exatidão estabelecida, em cujas informações
pode-se confiar. Na perspectiva cristã, Deus é a autoridade suprema, e a
Escritura é a fonte final onde encontramos a mente e a vontade e Deus.
6.1.1 – Fontes secundárias de autoridade
Durante a história, os cristãos têm procurado fontes secundárias de
autoridade para as questões de fé. As principais são:
Os credos, que são “resumos das verdades cristãs que foram
produzidos nos primeiros séculos para declarar a essência da fé em uma
época de confusão teológica”.
As confissões históricas, que pertencem ao período da Reforma e
pós-Reforma.
A opinião da Igreja, como tendência principal do entendimento cristão,
indicativo da mente de Deus, a experiência cristã, o raciocínio cristão e a
consciência, como a voz de Espírito Santo. Todas elas, entretanto,
especialmente os credos e as confissões históricas, pretendem apoiar-se na
Bíblia, denunciando que são fontes secundárias de autoridade e apontando
para a Bíblia como fonte final.
6.1.2 – Argumentos a favor da autoridade final das Escrituras
A Bíblia é a forma material da revelação especial de Deus para nós hoje.
Através das palavras da Bíblia, Deus Se revela a nós hoje como quando Ele
falou pela primeira vez. A palavra de Deus é eterna. O que Ele disse no
passado vale para hoje e para sempre (Dt. 29.29). Significa que Deus diria a
nós hoje, nas mesmas condições das pessoas do passado, o que Ele disse
para eles outrora. Mas que base temos para afirmamos que a Bíblia é hoje
fonte final de autoridade religiosa? O que se segue é uma base segura para os
cristãos “...edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo
o próprio Cristo Jesus a principal pedra de esquina.” (Ef. 2.20).
6.1.3 – O reconhecimento da autoridade do Antigo Testamento
Nossa fé está fundamentada em Jesus e nos ensinos dos Seus apóstolos.
Desta forma, a atitude de Jesus e de Seus apóstolos para com a Escritura
serve de base para nós. Se nossa fé está em Jesus, então o que Ele creu e
ensinou devemos também crer. O mesmo se pode dizer acerca dos apóstolos,
em cujos fundamentos estamos alicerçados. Eles reconheceram a autoridade
final do Antigo Testamento.
Jesus citou as Escrituras do Antigo Testamento e se sujeitou a elas ( Mt. 4.4;
26.53,54; Mc. 14.27). Ele referiu-se á Escritura como Palavra de Deus (Mc.
7.13), e acreditou serem uma revelação de Deus dada sob a inspiração do
Espírito Santo (Mc. 12.36). Ele cria na autoridade de todo o Antigo Testamento
(Lc. 24.25-27). Referiu-se a cada uma das suas principais divisões:
a lei (Mt. 4.4), os livros poéticos (Mc. 11.10s) e os profetas (Mc. 7.6). Jesus
aceitou a história do Antigo Testamento como sendo verdadeira. Aceitou os
milagres, as profecias e a ética. E não foi uma simples acomodação á crença
de sua época, pois permitiu que a Palavra escrita dirigisse Sua missão, fez uso
dela para resistir satanás no deserto e citou-as durante Seu momento final de
agonia na cruz, Portanto, para Jesus a Escritura antiga era fonte final de
autoridade.
Aos apóstolos também reconheceram a autoridade final do Antigo Testamento.
Eles citaram as letras e os pensamentos da Escritura antiga como apoio aos
seus ensinos. Com freqüência apresentaram a fé cristã como cumprimento das
Escrituras ( At. 2.16-35; 3.22-25; 4.11; Rm 1.2; Gl. 3.16-18). Para os apóstolos,
assim como para o seu Mestre, o Antigo Testamento era a Palavra de Deus
escrita (At. 4.25; IITm. 3.16; Hb. 4.3; 10.15-17; IIPd. 1.21).
6.1.4 – O reconhecimento da autoridade do Novo testamento
As palavras de Jesus foram reconhecidas de autoridade por Ele próprio e pelos
Seus apóstolos. Jesus afirmou que suas palavras tinham poder e autoridade
sem igual (Jo. 6.63; Is. 15.3). Disse que elas não passarão (Mc. 13.31) e
devem ser ouvidas e obedecidas (Mt. 5.21ss; 7.24; Jo. 8.31). Os apóstolos
também reconheceram a autoridade divina do seu Senhor (At. 20.35; I Co 7.10;
11.23). Em ITm. 5.18 temos a combinação de um versículo do Antigo
Testamento (Dt. 25.4) com outro do Novo testamento (Lc.10.7), extraído dos
ensinos de Cristo autoridade igual a das Escrituras do Antigo testamento.
As palavras dos apóstolos também foram reconhecidas por Jesus e por ele
mesmo. Jesus concedeu aos apóstolos uma unção especial do Espírito Santo
(Jo. 20.22; At. 1.5). Deu-lhe autoridade para que ensinassem em seu nome (Mt.
28.18-20); Jo. 20.21; At. 1.8), promete que o Espírito Santo os guiaria em seus
ensinos e testemunhos (Jo. 14.26; 15.26; 16.13). Assim, Jesus Cristo
autenticou previamente os ensinos e os escritos dos apóstolos . Os apóstolos
também criam que estavam falando pelo Espírito Santo (IPd. 1.12), de quem
recebiam o conteúdo de sua mensagem (IÇO. 2.13). Tinham segurança
absoluta no que falavam (Gl. 1.8,9), e deram ordens com autoridade (IITm.
3.6,12). Pedro classifica os escritos do apóstolo Paulo como “escritura” (IIPe.
3.16). Desta forma, o Antigo Testamento e o conteúdo do Novo Testamento,
enfim, toda Escritura foi reconhecida por Jesus e seus apóstolos como sendo
de autoridade final em matéria de fé e prática.
6.1.5 – O testemunho do Espírito Santo acerca da autoridade da Bíblia

Potrebbero piacerti anche