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ESTUDO DE CASO:
CUIDADOS PALIATIVOS
ESTUDO DE CASO:
CUIDADOS PALIATIVOS
ENFERMAGEM MÉDICO-CIRÚRGICA
É a partir desta ideia que “nascem” os Cuidados Paliativos (CP), com vista a
proporcionar uma morte condigna a toda e qualquer pessoa que necessite de cuidados de
saúde. Isto é através da afirmação da vida e aceitação da morte como um processo biológico,
os CP têm como objetivo geral “o bem-estar e a qualidade de vida do doente” sendo que para
tal, estes cuidados centram a sua abordagem numa visão global e holista daquilo que é o
doente, de modo a assim compreenderem as necessidades, não só do doente, mas como
também da sua família, de maneira a garantir um fim de vida condigno com o mínimo de
sofrimento possível (Neto, 2016, pág. 3).
Existem quatro pilares reconhecidos como a base dos cuidados paliativos, ou melhor,
as áreas de ação fundamentais, são esses: o controlo sintomático, a comunicação, o apoio à
família e o trabalho em equipa (Neto, 2016). Sendo que, todos eles têm igual importância nos
CP, uma vez que, o simples controlo sintomático, que nestes doentes não tem fim, não basta
para diminuir o seu sofrimento, é necessário garantir que o doente é respeitado, que recebe
o reconhecimento e afeto, é tratado com dignidade e que mantém, assim, esperanças
realistas, de modo a que este consiga encontrar sentido e qualidade “na vida que ainda tem
para viver” (Neto, 2016, pág. 5). Tendo em consideração que, a família e outros cuidadores
afetivamente ligados à pessoa doente, detêm um papel fundamental naquilo que é o apoio
ao doente, também estes são recetores de cuidados visto que também sofrem do impacto da
doença (Neto, 2016).
Deste modo, podemos identificar sete princípios inerentes ao cuidar paliativo, sendo
eles:
“a) Afirmação da vida e do valor intrínseco de cada pessoa,
considerando a morte como processo natural que não deve ser prolongado
através de obstinação terapêutica; b) Aumento da qualidade de vida do doente
e sua família; c) Prestação individualizada, humanizada, tecnicamente
rigorosa, de cuidados paliativos aos doentes que necessitem deste tipo de
cuidados; d) Multidisciplinaridade e interdisciplinaridade na prestação de
cuidados paliativos; e) Conhecimento diferenciado da dor e dos demais
sintomas; f) Consideração pelas necessidades individuais dos pacientes; g)
Respeito pelos valores, crenças e práticas pessoais, culturais e religiosas; h)
Continuidade de cuidados ao longo da doença” (lei 52/2012).
2. PLANO DE CUIDADOS
2.1.CONTROLO DE SINTOMAS
Diagnóstico: Dor, atual
Intervenções: Justificação:
Avaliar a dor da Em cuidados paliativos refere-se a dor e intervém-se junto do cliente com
cliente; dor tendo-se em conta o conceito de dor total que surge da “combinação de
Avaliar o bem-estar elementos fiś icos, psicológicos, sociais e espirituais que atuam na pessoa na sua
psicológico da totalidade” (Marinho, 2013, p.22). A dor é o 5° sinal vital e a sua avaliação por parte
cliente; dos profissionais de saúde deve ser feita continua e regularmente (DGS, 2003).
Ensinar a gestão da Tendo como fundamento estas premissas e o facto da cliente apresentar dor
dor à cliente. lombar, limitadora da realização das atividades de vida diárias, e referir mal-estar
e tristeza, que também se podem manifestar na presença de dor quer física como
emocional, é importante que se avalie a dor tendo em conta todas as dimensões
referidas para que se possa intervir conforme a sua causa e avaliar a sua
progressão.
Deve-se capacitar a cliente na gestão da dor para que se promova a sua
autonomia e assim consiga melhor realizar as suas atividades de vida diárias.
Nesta capacitação pode-se ensinar a gerir a medicação farmacológica, explicando-
se os seus efeitos secundários, fármacos em SOS/doses de resgate e tempo de
ação, por exemplo, assim como, capacitar para algumas medidas não
farmacológicas como relaxamento muscular, massagens, aplicação de calor/frio,
exercícios ativos, música e outros tipos de métodos de distração.
Resultados: Controlo da dor da cliente
2.3. COMUNICAÇÃO
Resultados: Cliente refere ter respondidas as suas dúvidas acerca da sua saúde
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Baile, W. F., Buckman R., Lenzi, R., Glober G., Beale, E. A., Kudelka, A. P. (2000). Six-step
protocol for delivering bad news: application to the patient with cancer. The Oncologist,
5, 302-311.
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Lapa, M. F. F. (2016). Normas orientadoras para a elaboração de trabalhos escritos. (Texto
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Lda.