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TEXTO: “E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou
eu guardador do meu irmão”?
Essa é a pergunta que Deus fez para Caim sobre seu irmão Abel. E
Caim respondeu: “acaso eu sou o guarda do meu irmão?” (Cf.Gn 4, 9-
10) Essa foi a resposta que Ele deu para Deus, pois havia matado seu
irmão por motivo de inveja, de ciúme.
Hoje, Deus faz essa pergunta ao meu coração: “Onde está o teu irmão?”,
e olho para o meu lado, para aqueles que convivem comigo e sou
impulsionado a ser mais presente nos meus relacionamentos, para que a
minha resposta para Deus seja uma afirmação: “Eu sou o guarda do meu
irmão!”
Essa deve ser a minha, a sua, a nossa resposta para Deus, pois muitas
vezes somos tão espirituais que esquecemos que somos humanos, e
acabamos não sendo irmãos uns dos outros, e nem nos dispomos a
ajudar aqueles que estão ao nosso redor ou aqueles que vemos
necessitar de nosso consolo, amizade e presença.
Temos que ter esse cuidado de não assumirmos uma condição angelical
que nos coloque numa condição de pessoas voltadas para o nosso
próprio umbigo, vivendo um egoísmo sem olhar e preocupar-se com
aqueles que necessitam de nós.
Assemelharmo-nos a Jesus é sermos realmente mais humanos: “Jesus,
rosto Divino do homem. Jesus, rosto humano de Deus” (João Paulo
II). Temos que ser o rosto de Cristo para aqueles que precisam e contam
com a nossa presença.
“Onde está o teu irmão?” Talvez esteja sofrendo sozinho esperando uma
carta nossa, um e-mail, um telefonema ou até mesmo a nossa visita.
Talvez esteja nas drogas por que não fomos capazes de olhar para o
lado e enxergá-lo, esteja na prostituição, na depressão, na solidão, por
que não o acolhemos e nem tivemos a coragem de mostrar Jesus,
Caminho, Verdade e Vida para eles.
“Onde está o teu irmão?” Deus deu uma direção na minha vida para esse
ano de 2005, logo no primeiro dia do ano, dizendo que era para eu
procurar todos aqueles dos quais eu tinha desistido com o passar do
tempo, por não ver respostas, por não ver passos. E estou buscando
prestar contas para Deus da vida desses meus irmãos: “Eu sou o guarda
do meu irmão!”
Muitas pessoas estão somente esperando que apenas acreditemos nelas
de novo para dar uma resposta concreta para Deus e para a própria vida;
às vezes é um filho, o marido ou a esposa, um funcionário, um amigo,
um presidiário, um drogado etc.
XXX
Há centenas de anos, o Senhor Deus perguntou a Caim: “Onde está o teu irmão?”.
Mais tarde, as palavras podiam ser repetidas aos filhos de Jacó. O Senhor podia ter
perguntado a Simeão, Rubem e Judá: “Onde está o vosso irmão José?” Ao longo da
Bíblia, o Senhor podia ter perguntado a muita gente pelos seus irmãos. Por exemplo,
Ele podia ter feito essa pergunta aos sete filhos de Jessé “onde está o vosso irmão
Davi?”. Certamente, a resposta seria sempre a mesma: “Não sei. Será que eu sou o
guarda do meu irmão?”.
O Senhor, hoje, ainda continua a fazer essa pergunta a cada um de nós: “Onde está
o teu irmão?” Só que nós também respondemos: “Não sei. Será que eu sou o guarda
do meu irmão?”. O texto base retrata um encontro de Caim com Deus, logo após o
assassinato de Abel. “E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele
disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” Ao ler esse texto, destaca-se a
expressão “meu irmão”. É como uma cobrança de algo que parece não fazermos
mais: Será que temos falhado com algum irmão? Será temos nos preocupado ou até
mesmo nos esquecido de alguns deles? Com alguns somos mais chegados e nos
importamos mais, já outros nos parecem ser indiferentes.
Mas nessa vertente, o “meu irmão” diz respeito àqueles que frequentam o mesmo
lugar de culto que eu frequento, ou até mesmo da congregação; ou seja, estão mais
perto. Onde está o novo convertido de Domingo passado? Aqueles a quem um dia
falamos de Cristo e ele veio até o nosso local de reunião e resolveram entregar suas
vidas a Cristo. Às vezes, insistimos tanto em que a pessoa se converta e de imediato
nos damos satisfeitos pelo seu “sim” como resposta e logo os largamos sem
acompanhar, sem integrá-los ao corpo à igreja. Simplesmente nos esquecemos dele,
ou transferimos a responsabilidade para o Pastor.
Onde está o teu irmão? Quando Deus perguntou a Caim: Onde está o teu irmão, o
espírito de Caim diz: não tenho responsabilidade de saber onde ele está. Diferente do
que o espírito de José diz: “Procuro meus irmãos” (Gn 37.16). Faça como gostaria
que fizessem com você. É a regra áurea (Mt 7.12). Irmãos que estavam conosco e
que já não estão mais, que abandonaram a fé, ou que esfriaram na fé, ou que foram
tragados pelo pecado e que já não congregam mais conosco.
Será que Cristo não os ama mais? É ele mesmo que nos ensina a amar até o
inimigo, pois amar quem ama a gente é fácil. Ele diz que isso até os gentios fazem.
(Lc 5.43-48).
Em diversas ocasiões em que Jesus operou milagres vemos que Ele foi movido por
íntima compaixão. A compaixão pelos perdidos, a compaixão pelas multidões; Ele via
mais que os nossos olhos carnais.
O olhar de Jesus é diferente e nos convida a olhar com olhos espirituais. Ou será que
o sacrifício dele na cruz também não foi também por essas pessoas? Quantos de nós
já nos movemos ao menos para orar por essas vidas? Quantos de nós já nos
movemos ao menos para ir até essas pessoas e dizer: Arrependa-se, volte... Jesus te
ama; eu também!
XXX
Que resposta você daria a essa pergunta? O que tenho escutado muitas vezes, são respostas ríspidas:
“Eu não tenho nada a ver com isso!; não estou nem aí!; E eu com isso?”.
“Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê”. 1Jo
4.20b
Precisamos refletir sobre isto, afinal, temos tudo a ver uns com os outros. Temos o dever de cuidar
uns dos outros. Essa história de que não temos nada a ver com nosso irmão, é pensamento de quem
segue o péssimo exemplo de Caim.
Apesar de vivermos num mundo individualista e egoísta, onde o que interessa é somente o bem-estar
de cada um, somos exortados biblicamente a viver de forma a sermos guardiões uns dos outros.
Paulo nos fala sobre o exemplo de Filemon:
“Porquanto, ouço testemunhos a respeito da fé que tens no Senhor Jesus e do teu amor por todos os
santos.” Fm 1.5.
Filemon é um bom exemplo para nós de alguém que amava a Deus e amava seu próximo.
Filemon e Caim são dois exemplos diferentes deixados para nós. Para os seguidores de Caim, é cada
um por si. Para os seguidores de Filemon, o que importa é nossa vida com Deus e a vida do nosso
próximo também. A quem temos nos assemelhado, a Caim ou a Filemon?
Como queremos ser amados se não amamos o próximo?
Sejamos promotores do amor ao próximo, guardando e protegendo uns aos outros!
XXX
Assim, quando Deus faz uma pergunta, ou quando ele fala de uma
maneira como se ele não fosse onipotente e onisciente, não é
devido a qualquer deficiência em si mesmo, mas tem a finalidade de
interagir com as suas criaturas de uma forma que seja inteligível e
compreensível para elas.
Deus perguntou a Caim: "Onde está teu irmão?" A passagem deixa claro que Deus fez a
pergunta não por desconhecer a resposta e precisar de um homem para lhe dizer. Isto
porque, quando Caim negou que sabia, Deus revelou que ele já sabia o que aconteceu: Caim
matou Abel. Ele disse: "O que você fez?" Mas, novamente, ele não estava pedindo
informações. Era uma pergunta retórica, pois ele imediatamente acrescentou: "O sangue de
teu irmão clama a mim".
A partir disso, depreendem-se dois princípios que devem controlar o nosso pensamento na
teologia e na interpretação bíblica:
Primeiro, é um dogma cristão inegociável que Deus saiba de todas as coisas. Poderíamos
acrescentar que Deus sabe todas as coisas uma vez que causa todas as coisas, incluindo os
pensamentos e atos humanos, mas é possível colocar isso de lado por enquanto e se
concentrar em seu conhecimento. Deus sabe a verdade sobre todas as coisas, e ele não pode
ser enganado. A resposta de Caim era contrária à verdade, mas isso não afetou o
conhecimento de Deus. Ele sabia a verdade e perscrutou, através do engano de Caim.
Em segundo lugar, estabelece-se que, quando Deus faz uma pergunta, isso nunca significa
que ele não sabe a resposta; portanto, quando ele faz uma pergunta, essa deve acontecer
para outros fins que não o de obter informações. Na verdade, a nossa passagem enfatiza o
conhecimento de Deus, uma vez que ele sabia claramente a verdade, mesmo em face do
engano de Caim. Embora Deus já sabia o que aconteceu, em vez de imediatamente
confrontar Caim, ele produziu uma ocasião ou um contexto no qual ele poderia discutir com
o homem.
Assim, quando Deus faz uma pergunta, ou quando ele fala de uma forma como se fosse
menos do que onipotente e onisciente, não é devido a qualquer deficiência em si mesmo,
mas é com o propósito de interações que efetuam com suas criaturas de uma forma que é
inteligível e significativo para eles.
Há aqueles que pensam que tais interações são possíveis apenas se Deus estivesse limitado
em poder e conhecimento, e apoderam-se de passagens segundo as quais Deus age e fala de
uma forma que permite que suas criaturas respondam. No entanto, dadas as considerações
anteriores, esta doutrina é impossível: isso deve ser condenado como heresia e blasfêmia.
Ao contrário do que alguns hereges têm ensinado, isso não significa que Deus se comunica
com o homem apenas em termos de analogias, ou que o homem tem apenas uma analogia
de informações sobre o ser de Deus e da mente de Deus. Não há base bíblica para tal
doutrina estranha. A condescendência de Deus não altera a natureza ou o estado das
comunicações: é apenas uma maneira diferente de se comunicar.
João escreveu que conheceremos como somos conhecidos, mas a menos que nos tornemos
endeusados no céu, e não o seremos, Deus ainda tem que condescender quando ele se
comunica conosco, de modo que se nós só temos uma analogia da verdade, por ora, teremos
apenas uma permanente analogia da verdade. Isto contradiz João, bem como todo o
testemunho da Escritura. Em vez disso, se tivéssemos de permanecer humanos, e se formos
conhecidos tal como somos, isso significa que podemos possuir conhecimentos unívocos
sobre Deus, mesmo agora. A diferença está apenas no grau ou quantidade de conhecimento.
Paulo afirma isso quando ele escreveu: "Agora conheço em parte, mas então conhecerei
plenamente, como também sou plenamente conhecido." Nós temos uma grande quantidade
de conhecimento sobre Deus agora, e teremos ainda mais conhecimento no futuro, tanto
assim que pode-se dizer que saberemos depois como somos conhecidos agora.
Quando Deus ordenou que Abraão sacrificasse Isaque, mesmo que ele tenha dito: "agora eu
sei" sobre a obediência do patriarca, era para manter a interação em benefício do homem, e
não porque o Deus onisciente descobriu algo novo. Quando o Senhor parou o sacrifício, um
carneiro já estava preparado, preso pelos chifres entre os arbustos. Ele sabia que o coração
do homem o tempo todo, mas o comando produzido a ocasião para Abraão demonstrar sua
obediência a Deus, para renovar e acrescentar às suas promessas, e para a revelação ser
registrada e interpretada, já que a fé de Abraão foi uma metáfora sobre a crença na
ressurreição.
Quando Deus mostrou a Ezequiel um vale de ossos secos e perguntou: "Podem viver estes
ossos?" ele não estava pedindo entrada que ele precisava. O profeta sabiamente respondeu:
"Senhor, tu sabes." E é claro que o Senhor sabia, pois ele mesmo faria com que os ossos se
levantar e carne para vir sobre eles. Da mesma forma, quando Jesus disse a Filipe: "Onde
vamos comprar pão para esta gente comer? " a Bíblia explica: " Ele pediu isso só para testá-
los, pois ele já tinha em mente o que ia fazer".
Ora, o Senhor Jesus testa todos os homens pela mensagem cristã, pois ele nos envia a
perguntar em seu nome: "Quem dizeis que eu sou? " Ele pede isso não por não saber o que
as pessoas pensam - ele é o bom Pastor, e chama as suas ovelhas pelo nome. Pelo contrário,
o pastor divino condescende e interage com os homens. Por sua reação ao evangelho, eles
são revelados a ser tanto os filhos do céu ou os filhos do inferno. Aqueles que acreditam que
com o coração e confessam com a sua boca que Jesus Cristo é Senhor serão salvos; quem
não crer será condenado.
Há aqueles que, como Caim, tentam enganá-lo, chamando-o de "Senhor, Senhor", embora o
seu coração esteja longe dele. Mas mesmo que ele pedisse aos homens para que se
arrependessem e cressem no evangelho, ele já conheceria o seu coração e diria aos
impostores: "Por que vocês me chamam Senhor, mas se recusam a fazer o que eu digo?
Certamente eu nunca os conheci!" E ele vai lançá-los para as trevas, onde haverá choro e
ranger de dentes.
XXX
Na introdução do relato bíblico sobre o dilúvio, o autor afirma que “a terra estava cheia de
violência”. Esta afirmação parece ser parte do clímax da narração justamente das origens
da humanidade. Parece ser a justificativa para Deus decidir enviar o dilúvio como
manifestação de juízo.
Segundo vários especialistas em Bíblia, os relatos do Gênesis não são simples histórias de
fatos isolados que aconteceram na primeira família humana. Na verdade, o Gênesis nos
oferece uma interpretação teológica sobre as origens e o sentido da criação e da história.
No relato da criação está contido a origem da vida e da morte, da violência e do amor, da
fidelidade e da traição. Desse modo, para além da narrativa está o significado e relevância
para a fé na tradição hebraico-cristã.
Diante da grande violência que vivemos atualmente nas cidades brasileiras é importante
voltar os olhos para o relato das origens de maneira que busquemos caminhos para
superar tanta violência assim como outros irmãos e irmãs fizeram no passado.
XXX
Uma das coisas que mais doem é ver um irmão querido voltar para o mundo, ou
parar de congregar fielmente no culto de celebração e na célula. Nós não somos
uma igreja de programas nem uma organização apenas para entretenimento.
Mesmo com a “casa cheia”, nós sentimos falta daqueles que deixam de aparecer!
As razões por que alguns esfriam são muitas: desânimo, desejos carnais,
dificuldades de relacionamento, excesso de trabalho, falta de cuidado espiritual
ou pastoral, falha no discipulado, etc..
Este foi o erro de Caim. Deus quis saber: “Onde está seu irmão Abel?” Qual foi
a sua reação? Sua resposta foi: “Não sei”. Misericórdia! Ele devia saber, ele
tinha que saber. Ele era o irmão mais velho, eles eram filhos do mesmo pai e da
mesma mãe, e moravam na mesma terra.
A mesma pergunta serve para nós. E esta pergunta inclui várias outras:
Caim ainda ousou perguntar: “Por acaso sou eu o responsável por meu
irmão?” A resposta de Deus para ele e para nós é: “Sim! Você é responsável
pelo seu irmão!”
Nós já temos percebido que alguns dos nossos irmãos têm se ausentado pouco a
pouco do evangelho; mas o que temos feito? Não podemos ficar de braços
cruzados enquanto muitos ficam sem cuidado e sem assistência! Honestamente:
Você tem sentido a falta de alguma pessoa de sua rede, seu distrito, sua área, seu
setor, sua célula, seu discípulo? Pense bem! Agora, o que você está fazendo para
trazê-lo de volta para a alegria e comunhão do Corpo?
Quando Deus fez essa pergunta para Caim, ele respondeu com indiferença e
descaso. Sabe por quê? Porque já tinha matado o seu irmão. Cuidado para não
matarmos nossos irmãos que se afastam. Podemos não matar fisicamente, mas é
possível matar o irmão em nosso coração, desprezando-o, desistindo dele,
deixando para lá, assumindo que ele não tem mais jeito, que ele não quer nada, e
lavando as mãos. Não podemos fazer isto! Deus quer saber onde está o nosso
irmão, e nós precisamos dar uma resposta ao nosso Pai.
Nós não somos cristãos individualistas. A salvação é pessoal, mas também é uma
relação contínua com Jesus e com os demais membros do Seu Corpo que é a
igreja, a célula! Se o meu irmão não está bem, toda a família sofre. Eu sou
responsável por ele!
Queridos, de todas as atividades e tarefas que temos este final de ano, uma delas
é grande, é principal e deve ter alta prioridade: Ir atrás de nossos irmãos
distanciados e apresentá-los diante de Deus! É tempo de visitar, de ligar
pelo telefone, de mandar uma mensagem por e-mail ou rede social,
de convidar para uma comunhão, para a confraternização de Natal, para
uma saída juntos.
É hora de dizer para Deus: “Meu irmão está comigo. Meu irmão está bem.
Meu irmão está viajando, mas volta. Meu irmão está muito ocupado, mas
está bem! Meu irmão está precisando de ajuda, mas eu estou chegando
perto”!
(GENESIS 4.9) Cada pessoa é um ser, cada um tem sua personalidade individuais, estilo de
vida diferente, valores e princípios diferentes. Quando os indivíduos se propõem a conviver
naturalmente tensões são geradas, pois se trata do encontro de mundos diferentes. E
essas diferenças podem determinar o relacionamento.
Sabemos que o homem tem problemas sérios de relacionamentos, porém, Deus nunca
deixou de amar o homem e de querer se relacionar com ele.
Deus é o Supremo Pastor que nunca desiste de nós. É tremendo o que Deus está fazendo
em várias partes do mundo mas, um fato, relevante e triste é que muitos irmãos queridos
que um dia estiveram na comunhão, estão sendo deixados para traz, vidas que um dia
foram transformadas pelo poder de Deus e se deixaram cair novamente no mundo pelo
esquecimento, ou pelo descaso. O que realmente temos feito a esse respeito? Certa vez,
Deus fez uma pergunta a Caim:
Onde está o teu irmão? Perguntou, pois, o Senhor a Caim:
Onde está Abel, teu irmão? Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão?
Esta é a mesma pergunta que Deus nos faz.
Onde está teu irmão?
O que temos feito para resgatar os irmãos que estão por aí deixados de lado, jogados na
sarjeta do pecado, da indiferença e da discriminação? A mesma pergunta ecoa no mundo
espiritual, e Deus deseja ouvir uma resposta nossa. No caso de Caim, ele respondeu que
não era tutor de seu irmão.
Abel foi pastor de ovelhas, e Caim lavrador. Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe
Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel por sua vez, trouxe das primícias do seu
rebanho e da gordura deste.
Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se
agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Então lhe disse o Senhor: porque andas irado e por
que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se,
todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta. O seu desejo será contra ti, mas a ti
cumpre dominá-lo.
Disse Caim a Abel, seu irmão: vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se
levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou. Disse o Senhor a Caim: onde está Abel,
teu irmão? Ele respondeu: não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão? E disse Deus: que
fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim?
Caim e Abel experimentaram a comunhão com Deus antes de haver qualquer outra religião
organizada.
Quantas vezes, nós, hoje, em pleno século XXI, matamos nossos irmãos, não fisicamente,
mas com palavras, gestos e reações, semelhantes às de Caim,Talvez a nossa resposta seria
a mesma dada por Caim, ou seja, que não sabemos onde está o nosso irmão, mas Deus
quer restaurar a nossa visão para podermos resgatar aqueles que estão afastados, e só
assim poderemos dar uma resposta à pergunta de Deus: Onde está teu irmão? É hora de
resgatar esses irmãos, trazer uma resposta a este anseio do coração do Pai.
Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas, e
as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas
ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas. Livrá-la-ei de todos os lugares por
onde forem espalhadas, no dia de nuvens e de escuridão. Sim, tirá-las-ei para fora dos
povos e as congregarei dos países e as introduzirei na sua terra. Eu mesmo apascentarei
as minhas ovelhas, e Eu as farei repousar, diz o Senhor Deus. A perdida buscarei, a
desgarrada tornarei a trazer; a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; a gorda e a forte
vigiarei. Apascentá-las-ei com justiça
Não queremos, em hipótese alguma, contribuir com o coração insensível de Caim, ou seja,
coração de pedra, calculista, competidor, soberbo e orgulhoso. A Igreja necessita pedir
perdão a Deus pelo comodismo que distorce a nossa visão, pelas tradições que muitas
vezes destroem e matam o próximo por não termos o coração de Abel.
,
ORAÇÃO
Senhor Jesus arranca de minha vida o coração de Caim.
Não quero ter os mesmos sentimentos que ele teve.
Não quero olhar o meu próximo com o coração cheio de egoísmo, de soberba, orgulho e
insensibilidade.
Dê, ó Deus, a sensibilidade, a compreensão e o amor para com o meu irmão afastado.
Que eu possa ter essa consciência de que sou tutor do meu irmão, e que posso ir ao seu
encontro e trazê-lo de volta ao convívio da família de Deus.
Amém .
XXX
XXX
Tenho visto muitos irmãos e irmãs de todo tipo de denominação com atitudes que as vezes me
causam estranheza. Não sou daqueles crentes que se escandalizam com qualquer coisa. Sendo um
jovem, tenho uma visão muito ampla sobre a liberdade que Deus nos concede. Porém, acredito que
certas coisas deveriam ser levadas com mais consideração por todos. Por amor aos outros e em
respeito a fé das pessoas a nossa volta.
“Apenas Deus pode me julgar”
De fato, a ninguém cabe a tarefa de julgar qualquer pessoa, por qualquer que seja o motivo. Mas será
mesmo que tudo é julgamento?
A todo momento vejo cristãos que evitam exortar a outros por medo de serem vistos como
julgadores. Isso dificulta muito a vida dos líderes e a expansão do Reino. Já que muitos erros acabam
não sendo tratados e ficam escondidos. Além de vistos como coisas “normais” por muitos.
É o caso de cristãos que não acham que a decência e a moral cristã tem tanto valor na sociedade que
vivemos hoje. Então vemos homens e mulheres que se dizem ser patrimônio do Senhor frequentando
festas repletas de músicas de baixo calão. Falando montoeiras de palavrões. Se embriagando.
Postando fotos carregadas de sensualidade entre outras coisas dispensáveis.
Como disse, não cabe a mim julgar. Mas minha intenção com esse texto é esclarecer sobre o quanto
nossas ações podem causar efeitos negativos na fé de outras pessoas.
Mantenha sua consciência limpa
A Bíblia cita em diversas passagens sobre a importância de estarmos com a consciência limpa. O
único modo, no caso, é através de Jesus Cristo. Afinal, mesmo alguém que não conhece as leis de
Deus, pelo Espírito Santo, consegue purificar sua consciência.
Hb 10:22 “Entremos com coração sincero e plena confiança, pois nossa consciência culpada foi
purificada, e nosso corpo, lavado com água pura”.
Rm 2:15 “…a lei está gravada em seu coração, pois sua consciência e seus pensamentos os acusam
ou lhes dizem que estão agindo corretamente”.
O maior problema no entanto é quando, por falta de exortação, a mente da pessoa que está agindo de
forma não condizente com uma moral cristã, acaba sendo cauterizada de uma forma que ela não é
mais capaz de distinguir o bem e o mal com facilidade. Até que esta nega qualquer repreensão
posterior.
De qualquer forma, devemos lembrar que nossas atitudes podem levar alguém de consciência mais
fraca a tropeçar, e isso é extremamente grave!
1Co 8:9 “Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma
pedra de tropeço para os fracos. (…). (11) Assim, esse irmão fraco, por quem Cristo morreu, é
destruído por causa do conhecimento que você tem. (12) Quando você peca contra seus irmãos
dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, peca contra Cristo“.
A exortação é importante
Gl 6:1 “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais deverão
restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado. (2) Levem
os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo”.
Jd 22 “Tenham compaixão daqueles que duvidam; (23) a outros, salvem-nos, arrebatando-os do
fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela
carne.
É óbvio, de nada adianta um irmão corrigir um outro quando não se tem autoridade para tal. E a
autoridade que quero dizer é referente a ser alguém que não tem problemas na mesma questão que
está tentando corrigir no outro. Nessa hora, temos de lembrar do cisco no olho do próximo e na trave
de madeira que está sobre o nosso (Mt 7:3).
Mas o principal é ajudar uns aos outros para que haja sempre uma correção na forma como um irmão
conduz sua vida com Cristo. Afinal, não somos perfeitos e precisamos todos de exortação!
No final das contas, lembre-se que o amor é o que há de mais importante (1Co 13:13). Então em
nenhuma ocasião deve-se expor o erro da pessoa a qual está se tentando auxiliar. Trate todos os
irmãos da mesma maneira que gostaria de ser tratado, com zelo, cuidado e carinho.
Assim, teremos a cada vez mais, uma igreja fortalecida e que vive de acordo com aquilo que é da
vontade de Deus.
XXX
Deus Nos Pergunta Pelos Nossos Irmãos
Então o Senhor perguntou a Caim: Onde está seu irmão Abel? Respondeu ele: Não
sei; sou eu o responsável por meu irmão? (Gênesis 4:9)
Onde está teu irmão Abel? Deus faz a Caim uma pergunta retórica, ou seja, um
questionamento que não tem como objetivo obter uma resposta, pois o Senhor já
sabia do ocorrido. Deus já sabia que Caim havia assassinado seu irmão. A pergunta
divina tinha como objetivo levar Caim a refletir sobre seus atos. Deus chama Caim
à consciência.
Caim responde ao Senhor de duas maneiras. A primeira é uma afirmação
mentirosa: Não sei, disse ele. E a segunda resposta, em forma de pergunta, foi
uma declaração impertinente: Sou eu responsável pelo meu irmão? Questionou.
A pergunta de Caim infelizmente ainda hoje ecoa em nosso meio. Talvez não
sejamos tão insolentes quanto ele foi ao ser indagado por Deus. No entanto,
através de nossas atitudes, muitas vezes nos recusamos a assumir uma
responsabilidade para com nossos irmãos.
Não é mero costume chamarmos uns aos outros de irmão ou irmã. Isso não é
apenas uma tradição. É ensinamento bíblico. Pois se, em Cristo, temos a Deus
como Pai, é certo que, no Salvador, somos irmãos (João 1.12). Sendo assim, nós
somos, de fato, responsáveis uns pelos outros. A parábola do bom samaritano nos
ensina isso. Tiago corrobora com o ensinamento de Cristo, ao afirmar que: Se um
irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de
vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem
porém lhe dar nada, de que adianta isso? (Tiago 2.15-16)
Cuidar do irmão não é obrigação exclusiva do pastor ou dos diáconos da igreja. É
uma tarefa para todos aqueles quem têm a Deus como Pai. Orar pelo irmão,
aconselhar os que carecem de uma orientação, socorrer os necessitados, suprir as
carências materiais dos menos favorecidos etc., é nossa obrigação. A igreja jamais
deve se esquecer de que a responsabilidade mútua é um ensinamento bíblico,
portanto deve ser praticado. Muitas vezes estamos distantes aos sofrimentos do
nosso irmão ou irmã que senta ao nosso lado todos os domingos no culto.
E se praticássemos esta verdade de uma forma tão intensa ao ponto de a
estendermos ao mundo? E se o ser humano passasse a viver como responsável
pelo seu próximo? E se um cuidasse do outro? E se um colocasse o bem e a alegria
do outro acima de seus próprios objetivos e prazeres? É certo de que não haveria
mais guerras, fome, corrupção, preconceito racial ou outros males que têm
dizimado milhões de vidas. Porém, reconheço que é praticamente impossível isso
acontecer, porque o mundo não entende esse princípio bíblico. Quem não tem a
Deus como pai, jamais enxergará o próximo como irmão. É o que temos visto.
Assim como Caim, aquele que não entende ser responsável pelo seu irmão, está
sujeito a participar, através de suas atitudes ou negligência, do sofrimento do
mesmo.
O mundo não entende isso. Todavia, o cristão não tem desculpas. Ele é, de fato,
responsável pelo seu irmão. Deus nos pergunta pelos nossos irmãos. E o que
temos respondido ao nosso amado Pai?
XXX
Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: "Vamos para o campo". Quando estavam lá, Caim
atacou seu irmão Abel e o matou. Então o Senhor perguntou a Caim: "Onde está seu irmão
Abel? " Respondeu ele: "Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?" (Gênesis 4:8,9)
Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência. Ao ver como a terra
se corrompera, pois toda a humanidade havia corrompido a sua conduta, Deus disse a
Noé: "Darei fim a todos os seres humanos, porque a terra encheu-se de violência por
causa deles. Eu os destruirei juntamente com a terra." (Gênesis 6:11-13).
Na introdução do relato bíblico sobre o dilúvio, o autor afirma que “a terra estava cheia de
violência”. Esta afirmação parece ser parte do clímax da narração justamente das origens
da humanidade. Parece ser a justificativa para Deus decidir enviar o dilúvio como
manifestação de juízo.
Segundo vários especialistas em Bíblia, os relatos do Gênesis não são simples histórias de
fatos isolados que aconteceram na primeira família humana. Na verdade, o Gênesis nos
oferece uma interpretação teológica sobre as origens e o sentido da criação e da história.
No relato da criação está contido a origem da vida e da morte, da violência e do amor, da
fidelidade e da traição. Desse modo, para além da narrativa está o significado e relevância
para a fé na tradição hebraico-cristã.
Para o especialista em Antigo Testamento, José Severino Croatto, o Gênesis é antes de
tudo uma narrativa com sentido antropológico, que nos remonta às origens, para buscar o
sentido, orientar-nos, explorar possibilidades, conectar-nos com o absoluto. Cada relato
está configurado para dizer algo sobre o presente, não sobre o passado. Em cada relato
existem símbolos que guardam grandes verdades para nossas vidas e para a humanidade.
Diante da grande violência que vivemos atualmente nas cidades brasileiras é importante
voltar os olhos para o relato das origens de maneira que busquemos caminhos para
superar tanta violência assim como outros irmãos e irmãs fizeram no passado.
A região do grande Jangurussu, periferia de Fortaleza – CE registrou quase 30
assassinatos em um único final de semana, dias 26 e 27 de janeiro. Em 2017, no Brasil,
foram 60 mil assassinatos, a maioria de jovens e negros. Em Fortaleza foi uma pessoa a
cada hora entre sexta e sábado. Apesar dos números serem chocantes precisamos pensar
que cada vida que se perde deixa parentes, irmãos e irmãs, uma mãe e um pai, avós,
companheiro ou companheira, além de amigos. Por traz de cada vida que se vai existe um
nome, um sonho interrompido. Não podemos mais continuar inertes enquanto as vidas de
nossos jovens se vão. Não podemos admitir o discurso dos governantes que afirmam
serem casos isolados e brigas de facções. Como igreja precisamos orar em favor da paz,
mas também cobrar das autoridades medidas que coloquem fim à violência. Queremos
convocar a igreja Metodista em todo o Brasil a se posicionar do lado da vida assim como
Jesus sempre se posicionou. Jesus disse: “Felizes os que promovem a paz”. Trabalhar pela
paz em nossas cidades e em especial em Fortaleza nesse momento é um imperativo como
seguidores e seguidoras de Jesus Cristo.
XXX
Meus queridos irmãos, tenho certeza de que vós, como eu, haveis visto os
noticiários na televisão e ouvido-os no rádio, lido artigos publicados nas
revistas semanais e mensais e observado as manchetes chamativas dos jornais
diários. Todos eles descrevem a luta na Bósnia, os conflitos tribais na África e
as grandes enchentes na Geórgia e na Flórida. O desfile de devastações, casas
destruídas, fazendas danificadas, negócios arruinados e, acima de tudo,
sofrimentos e mortes assustadoras de seres humanos continua quase sem
interrupção.
Há muitos anos uma pergunta semelhante foi feita e preservada nos escritos
sagrados, ou seja, na Bíblia: “E falou Caim com seu irmão Abel: e sucedeu
que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o
matou.
E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou
eu guardador do meu irmão?”1
Esta noite senti que deveria apresentar-vos uma resposta a essa pergunta, que
representa uma réplica conjunta dos membros da Igreja em todos os lugares e
da Igreja em si. Mas, primeiro, alguns antecedentes:
Em março de 1967, logo que iniciei meu trabalho no Conselho dos Doze,
participei de uma conferência da Estaca Monument Park Oeste, na Cidade do
Lago Salgado. Meu companheiro nessa conferência era um membro do
Comitê Geral de Bem-Estar da Igreja, Paul C. Child. O Presidente Child era
um estudioso das escrituras. Fora meu presidente de estaca durante os anos em
que eu pertencera ao Sacerdócio Aarônico. Agora estávamos juntos como
visitantes nessa conferência.
Gostaria de agradecer-lhes tudo de bom que fizeram pelo povo de meu país.
Esta horrível guerra civil é um crime que nada ou ninguém poupa. Vemos um
número incontável de refugiados e milhares de crianças mortas por toda parte.
Respeito todos vocês, queridos amigos, por terem mostrado que se importam.
É mais fácil e não se sofre tanto quando se tem consciência de que existe
gente boa, disposta a ajudar.”
Os outros replicaram: “Não, Presidente, não faça isso; está frio e precisa de
seu casaco.”
O Senhor o sustentará.”9
Irmãos, que o Senhor fortaleça cada um de nós, portadores do sacerdócio; que
cada um aprenda seu dever como guardador de seu irmão e esteja sempre a
serviço do Senhor, oro humildemente em nome de Jesus Cristo. Amém.
XXX
Ao matar Abel, Caim revelou a frieza do seu caráter. Ao responder a Deus de forma
debochada, Caim revelou a sociopatia do seu caráter: “Mais tarde, o Senhor perguntou a
Caim – Onde está Abel, o seu irmão? - ‘Não sei’, respondeu Caim. ‘Por acaso eu sou o
guardador do meu irmão?” (Gênesis 4:9).
O crime de Caim foi premeditado: homicídio doloso. A Abel não foi dada sequer a chance
de lutar e se defender. Vendo seu sacrifício ritual rejeitado pelo Senhor, não passou pela
cabeça de Caim o procurar as causas do seu fiasco. Envenenado pela rejeição, deixou-se
dominar pelo ódio e pela vingança.
Diferentemente de Caim, nós outros temos a chance da reflexão. “Quem não ama a seu
irmão, a quem vê, como pode amar a Deus, a quem não vê?” A dimensão comunitária da
vida cristã nos ensina que sim, que nós somos guardadores dos irmãos. Por sermos corpo
de Cristo e “membros uns dos outros”, a dor de um órgão isolado implica na dor
interdependente do organismo inteiro. Porque somos guardadores, não temos o direito de
sermos insensíveis. Porque somos guardadores, temos a obrigação de saber que a “fé,
sem obras, é morta”. O sangue de Abel clama contra nosso individualismo egoísta e nosso
cristianismo de fachada. É o “sangue de Cristo que nos constrange” a sermos guardadores
dos irmãos.
XXC
XXX
Há centenas de anos, o Senhor Deus perguntou a Caim: “Onde está Abel, teu
irmão?”.
Mais tarde, as mesmas palavras podiam ser repetidas aos filhos de Jacó. O
Senhor podia ter perguntado a Simeão, Rubem e Judá: “Onde está o vosso
irmão José?”
Ao longo da Bíblia, o Senhor podia ter perguntado a muita gente pelos seus
irmãos. Por exemplo, Ele podia ter feito essa pergunta aos sete filhos de Jessé:
“Onde está o vosso irmão Davi?" Certamente, a resposta seria sempre a mesma:
“Não sei. Sou eu o guarda do meu irmão?”
Hoje, o Senhor ainda continua fazendo essa mesma pergunta a cada um de
nós: “Onde está o teu irmão?” Só que nós também respondemos: “Não sei. Sou
eu o guarda do meu irmão?”.
O texto que lemos retrata o encontro de Deus com Caim, logo após o
assassinato de Abel. Nele destaca-se a expressão “meu irmão”, que nos ouvidos
de alguns soa como uma cobrança de algo que deixamos de fazer.
Será que você têm falhado no cuidado com algum irmão? Têm se preocupado
ou tem se esquecido dele? Com alguns somos mais chegados e nos importamos,
já com outros somos indiferentes. Mas, nessa vertente, o “meu irmão” diz
respeito àqueles que frequentam a mesma célula que eu frequento ou a mesma
Igreja; ou seja, são os que estão mais perto.
Onde está o novo convertido de Domingo passado? Onde estão aqueles a
quem um dia falamos de Cristo e eles até vieram à Igreja ou à célula e
entregaram suas vidas a Jesus?
Às vezes, insistimos tanto para que a pessoa se converta e nos damos por
satisfeitos pelo seu “sim” como resposta. Depois, o largamos a própria sorte sem
acompanhá-lo, sem integrá-lo à igreja. Simplesmente nos esquecemos dele ou
transferimos a responsabilidade de cuidar para o Pastor ou para o Líder da
Célula. Cruzamos os braços e ficamos livres do problema.
Ganhar é só o primeiro passo, depois vem o cuidar, a consolidação, que
efetivamente o firmará na fé.
Quando Deus perguntou a Caim: "Onde está o teu irmão", o espírito de Caim
respondeu: "Não tenho responsabilidade de saber onde ele está. Cada um que se
vire." Diferentemente de Caim, o espírito de José diz: “Procuro meus irmãos."
(Gn 37:16) Você possui o espírito de Caim ou o espírito de José?
Devemos fazer com os outros como gostaríamos que fizessem conosco. Se
você gosta de ser cuidado, cuide dos outros. Essa é a regra áurea. (Mt 7:12)
Irmãos que estavam conosco e que já não estão mais, que abandonaram a fé,
que esfriaram, que foram tragados pelo pecado e voltaram para a vida
pregressa, para o mundo. Será que Cristo não os ama mais? Claro que sim. É o
próprio Jesus que nos ensina a amar até o inimigo, pois amar quem nos ama é
fácil, isso até os pagãos fazem. (Mt 5:43-48 NVI) Precisamos resgatar os nossos
irmãos que se foram, que se perderam. Deus espera essa atitude de nós.
Em diversas ocasiões em que Jesus operou milagres Ele foi movido por
íntima compaixão pelos perdidos e pelas multidões. O seu sacrifício na cruz foi
por eles também.
Quantos de nós já nos movemos ao menos para orar por essas vidas?
Quantos de nós já nos movemos para ir até essas pessoas e dizer: "Arrependa-
se, volte... Jesus te ama; eu também!"
Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz lembrar que devemos:
A) Amar uns aos outros - A lei antiga dos Judeus já prescrevia isso: “(...)
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Lv 19:18) Aqui o padrão é o
indivíduo, o limite é “a si mesmo”, o que já é para muitos algo quase impossível,
gostar de alguém como ele gosta de si mesmo. E já se discutia sobre quem é esse
próximo. Se o inimigo ou somente os amigos, ou se o próximo é somente quem é
irmão. Mas só a lei não foi suficiente, Cristo, então, eleva o nível passando Ele a
ser o padrão, a referência de amor ao próximo conforme descrito em João
13:34-35 "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como
eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Essa
então é a Lei de Cristo e João lembra isso em 1 Jo 3:11 - "Porque esta é a
mensagem que ouvistes desde o princípio, que nos amemos uns aos outros."
"Onde está o teu irmão?" Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz
lembrar que devemos:
"Onde está o teu irmão?" Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz
lembrar que devemos:
"Onde está o teu irmão?" Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz
lembrar que devemos:
Portanto esta pergunta serve para nós que queremos que a consolidação
funcione em nossa Igreja. Onde estão teus irmãos? Onde está o novo convertido
da semana passada? Onde está o teu discípulo, pois Jesus nos chamou para
fazermos discípulos.
O Senhor fez e ainda hoje continua a fazer a cada um de nós a pergunta:
Onde está o teu irmão? Só que nós também respondemos: "Não sei! Será que eu
sou o guarda do meu irmão? Tu é que devias saber Senhor. Tu é que és Deus,
cada um tem que saber de si e Tu tens que saber de todos. Eu não sei do meu
irmão. Ele não tem aparecido, como é que posso saber dele? Vai lá procura-lo
Senhor, ele não tem aparecido, mas toca o seu coração para que venha. Envia os
teus anjos para despertá-lo."
A) Não sei!
Esta tem sido a resposta de muitos na Igreja. Caim sabia muito bem onde Abel
estava. Ele estava sepultado na terra.
Feche os olhos e ouça esta pergunta de Deus: Onde estão seus irmãos (os novos
convertidos) da última reunião de célula? Do Domingo passado? Da Rede
passada? Qual a sua resposta para o Senhor? Se alguns fossem sinceros,
responderiam: "Senhor, eu matei a todos com a minha preguiça e falta de
compromisso e os sepultei no túmulo da minha negligência e desprezo."
Um dos fatores que fazem a diferença em uma célula que cresce e uma que não
cresce é a consolidação levada a sério, os resultados são nítidos.
Esta resposta de Caim revela toda sua indiferença. Caim, como irmão, deveria
ser guardador de Abel. Somos guardadores uns dos outros. Qual seria seu
último pedido para seus filhos antes de sair do país, ou morrer? Cuide bem da
casa! Cuide bem dos teus irmãos!
Num dos últimos encontros de Jesus com seus discípulos ele lhes deu uma
grande ordem “FAZEI DISCÍPULOS.” O Senhor nunca quis que a Igreja
esquecesse disso!
Quando Cristo fala: “FAZEI DISCÍPULOS” ele está dizendo que devemos ser os
GUARDADORES, CONSOLIDADORES e DISCIPULADORES de nossos irmãos.
Conclusão:
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos
outros.” (Jo 13:35)