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2 Tecnologia Blockchain

Uma base de dados descentralizada, verificável, anônima e imutável. Substituindo a confiança pela prova
criptográfica!

novembro de 2017

A. ANGRISANO e R. KYRMSE

B
lockchain não é bitcoin nem qualquer outro tipo de produto. Tampouco um serviço ou uma

solução única. É uma tecnologia de base de dados que permite armazenar informações na

nuvem de maneira segura, confiável e permanente, sem a necessidade de intermediários. No

blockchain, uma vez registradas, as informações nunca mais poderão ser apagadas!

O conceito de blockchain é normalmente apresentado explicando como o bitcoin funciona, pois ambos

estão intrinsecamente ligados, e um pouco da história do bitcoin sempre ajuda a entender a tecnologia.

No entanto, a tecnologia blockchain vai além do bitcoin, sendo aplicável a qualquer transação online de

ativos digitais.

No ano de 2008, um indivíduo ou grupo publicou, sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, um artigo

intitulado "Bitcoin: A Peer-To-Peer Electronic Cash System". Esse artigo descrevia uma versão peer-to-

peer de dinheiro eletrônico que permitiria que pagamentos online fossem feitos diretamente de uma

parte para outra sem passarem por uma instituição financeira.

E o que é uma rede peer-to-peer? Uma rede “ponto-a-ponto” (P2P) é uma rede na qual os computadores

não precisam de um servidor para se interligarem e trocarem dados uns com os outros. Na realidade, em

uma rede P2P não há um servidor central. Computadores se comunicam sem a necessidade de um ponto

comum para conectá-los. Um blockchain é, em essência, uma rede ponto-a-ponto de computadores que

são independentes, mas podem se comunicar entre si.

Para construir um blockchain, uma rede P2P precisa de um software que deve ser baixado, instalado e

executado em cada um dos computadores que a compõem. Esse software contém o protocolo, ou

conjunto de regras, que delineia como os computadores da rede se comunicam, compartilham dados e se

interligam.

No caso do bitcoin, Satoshi Nakamoto projetou a primeira versão do software-núcleo (de lá para cá

houve numerosas atualizações por outros desenvolvedores). Um programa de código aberto

implementava um protocolo que começou com o bloco Genesis de 50 moedas. Assim, o bitcoin foi a
primeira solução com base na tecnologia blockchain. Hoje, ele é o exemplo mais popular do uso do

blockchain, e também o mais controverso! Qualquer pessoa pode instalar este programa em seu

computador e se integrar à rede P2P do bitcoin.


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Redes P2P com software-núcleo que dirige a comunicação entre os computadores eram comuns mesmo

antes do surgimento do blockchain. O que caracteriza o blockchain é a capacidade de computadores em

rede P2P possuírem um livro-razão, ao qual acrescentam dados ou informações, mas cuja validade

depende da concordância entre eles.

Em síntese, o blockchain é fundamentalmente uma base de dados distribuída de registros de todas as

transações de ativos digitais que foram executadas e compartilhadas entre os participantes. Cada

transação é registrada em um livro-razão e validada por consenso da maioria dos participantes no

sistema. E, uma vez inseridas, as informações não podem ser apagadas. O blockchain mantém um

registro inviolável e verificável de cada transação realizada.

O blockchain da bitcoin está baseado em duas características principais: o anonimato e o consenso

distribuído para validação de transações virtuais. Daí, a polêmica em

relação ao bitcoin se deve,


principalmente, ao fato de ele

viabilizar um mercado global de

transações anônimas de vários bilhões

de dólares sem controle governamental.

Permitir pagamentos anônimos em larga

escala dificultaria a cobrança de impostos

e o combate a atividades criminosas.

Associadas a essa polêmica, temos https://inforchannel.com.br/wp-content/uploads/2017/04/blcokchain2.png

grandes incertezas quanto às especificidades das questões regulatórias dos governos nacionais e os

interesses das instituições financeiras em todo o mundo, o que torna a moeda ainda mais controversa.

Será que o governo local será liberal com um sistema de pagamento anônimo? Será que governos criarão

suas próprias moedas virtuais? As “alt-coin” (alternativas de moedas digitais) serão concorrentes viáveis

ao bitcoin e diluirão o preço dessa moeda? Tratam-se de incertezas significativas à evolução de moedas

virtuais.

Por sua vez, a tecnologia blockchain em si não é controversa, e tem funcionado sem polêmicas ao longo

dos anos, com usos mundiais tanto nos setores financeiros como não-financeiros. A grande maioria dos

especialistas na tecnologia acredita que ela pode ter amplas aplicações para a segurança cibernética, um

dos maiores desafios contemporâneos à estabilidade do sistema financeiro global e do próprio mundo

digital. Ainda, a tecnologia apresenta um potencial revolucionário ao permitir que cada transação on-line,

passada e presente, envolvendo ativos digitais, seja validada por consenso distribuído e verificada por

qualquer pessoa e a qualquer momento. Isso, sem comprometer a privacidade dos ativos digitais e das

partes envolvidas. O blockchain se propõe a manter na rede uma estrutura de confiança não fraudável a
partir da qual poderemos prescindir do aval de alguém confirmando o que possuímos, seja um valor ou

outro bem qualquer.

Fonte: BlockChain Technology Beyond Bitcoin – Sutardja Center for Entrepeneurshipe&Technology – Berkeley University of California

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