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SÃO PAULO
2019
Atividade 1: Experimento analógico para decaimento nuclear
SÃO PAULO
2019
1
RESUMO
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO TEÓRICA……………..……………………….........………. 4
2 OBJETIVO.…………………..……….…………….……………...…………...15
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL…..………………..…………………...16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO………….………......………...……...…..... 17
5 CONCLUSÃO.…………...….…………….………………………..…………. 30
6 REFERÊNCIAS.…………….…………….………………………..…....……. 31
3
1 INTRODUÇÃO
1
[...] duas partículas não podem ocupar o mesmo estado quântico, i.e. possuir ao mesmo tempo a mesma função
de onda BELACON, 2018
4
átomos e das moléculas. No cotidiano, a interação eletromagnética aparece
como o atrito, a força normal, a viscosidade e as forças elásticas.
A interação fraca, ou interação nuclear fraca, pode ser chamada como a
propriedade de carga fraca (PALANDI et al. 2010). Esta interação é
responsável pela transformação espontânea de prótons em nêutrons,
conhecida também como decaimento β+, e de nêutrons em prótons, conhecida
como decaimento β−, como também pelo decaimento relativamente lento dos
nêutrons e múons, e também por todas reações envolvendo neutrinos. Estas
séries de decaimentos β serão explicados ao longo da introdução.
E por último, não menos importante, a interação forte, ou interação
nuclear forte. Esta interação pode ser tratada como a propriedade
característica de atração entre os quarks, e é responsável por quase todas as
propriedades dos núcleos atômicos, mas não produz efeitos diretamente
observáveis na experiência cotidiana. Esta interação mantém juntos prótons e
nêutrons no núcleo atômico, que necessariamente afeta somente os hádrons.
As interações nucleares, sejam elas fracas ou fortes, originam processos
de radiação. Existem elementos radioativos muito antes da vida na Terra, mas
a descoberta da radioatividade é recente, com a primeira publicação sobre o
assunto envolvendo raios-x sendo realizada em dezembro de 1895 por Wilhelm
Conrad Röntgen (MARTINS, 1997). Nos anos seguinte, os cientistas Henri
Becquerel e Marie Curie estudaram a radioatividade de elementos como o
Urânio. Ela e seu marido, Pierre Curie, perceberam que o Urânio ao emitir
radiação, se transformava em outros elementos (MAZZILLI et al. 2010).
Becquerel e Marie não sabiam dos efeitos prejudiciais a saúde humana da
radioatividade, pois seus estudos eram pioneiros nesse assunto. Apesar dos
efeitos deletérios, os estudos sobre os processos que causavam a
radioatividade continuaram, e uma das causas e consequências dos estudos
do núcleo atômico se deu através da produção das bombas atômicas no final
da segunda guerra mundial, como também o uso benéfico da radiação na
medicina. Mas de fato o que seria radiação?
Segundo Tauhata et al. (2014), as radiações são produzidas por
processos de ajustes que ocorrem no núcleo ou nas camadas eletrônicas, ou
5
pela interação de outras radiações ou partículas com o núcleo ou com o átomo.
Alguns exemplos de radiações são: radiação beta e radiação gama (ajuste no
núcleo); raios X característico (ajuste na estrutura eletrônica), raios X de
freamento (interação de partículas carregadas com o núcleo) e raios delta
(interação de partículas ou radiação com elétrons das camadas eletrônicas
com alta transferência de energia).
Quando nos referimos ao núcleo atômico, o número de prótons presente
no núcleo determina o elemento químico a que pertence o átomo. Cada átomo
tem o número de elétrons orbitais igual ao número de prótons. Como resultado,
o átomo é neutro (MAZZILLI et al. 2010). As demais partículas localizadas no
núcleo são os nêutrons por não possuírem carga elétrica. Os átomos de um
mesmo elemento químico têm sempre o mesmo número de prótons no núcleo,
porém podem ter números diferentes de nêutrons. Os que apresentam número
diferente de nêutrons, porém mesmo número de prótons, pertencem ao mesmo
elemento químico e são chamados de isótopos.
Alguns nuclídeos são estáveis, isto é, se encontram num estado de
equilíbrio. Entretanto, eles são uma minoria. A maioria é instável e tende a
atingir seu equilíbrio transformando-se em outros nuclídeos. Este processo
segundo Tauhata et al. (2014) é chamado de radiação nuclear, e ocorre
quando às partículas ou ondas eletromagnéticas são emitidas pelo núcleo
durante o processo de reestruturação interna, para atingir a estabilidade, e,
devido à intensidade das forças forte e fraca, as radiações nucleares são
altamente energéticas quando comparadas com as radiações emitidas pelas
camadas eletrônicas. Aliás, quando nos referimos a reestruturação interna, as
radiações não são produtos de desintegração nuclear, como se os núcleos
instáveis estivessem se quebrando ou desmanchando. Ao contrário, elas são
indicadores do resultado das transformações do núcleo instável, na busca de
estados de maior estabilidade, ou seja, são produtos da otimização de sua
estrutura e dinâmica (TAUHATA et al. 2014).
Como exemplo, Mazzilli et al. (2010) cita as partículas do núcleo do átomo
de U-238, que é o isótopo mais comum de urânio encontrado na natureza, e
são capazes de manter-se unidos, mas de repente, aleatoriamente, um
6
conjunto de seus prótons e nêutrons pode-se desprender do núcleo. O U-238
se converte então no Th-234 (com 90 prótons e 144 nêutrons). Entretanto, o
Th-234 também é instável e decai por um processo diferente: um de seus
nêutrons transforma-se em um próton e um elétron. Desta forma, o Th-234 se
converte no Pa-234, com 91 prótons e 143 nêutrons, emitindo o elétron que se
formou. Assim, através de transformações sucessivas e dispersão de partículas
do átomo, obtém-se o chumbo estável. (Figura 1)
7
do diâmetro nuclear (~1Å.) Nesses casos pode ocorrer a emissão pelo núcleo
de partículas constituídas de 2 prótons e 2 nêutrons (núcleo de 4 He), que
permite o descarte de 2 cargas elétricas positivas (2 prótons) e 2 nêutrons, num
total de 4 nucleons (ver Figura 1.1), e grande quantidade de energia. Em geral
os núcleos alfa-emissores têm número atômico elevado e, para alguns deles, a
emissão pode ocorrer espontaneamente, como no caso do U-238.
2
é um fenômeno da mecânica quântica no qual partículas podem transpor um estado de energia classicamente
proibido. Isto é, uma partícula pode escapar de regiões cercadas por barreiras potenciais mesmo se sua energia
cinética for menor que a energia potencial da barreira. (W
IKIPÉDIA, 2016 )
3
ver: A. Messiah, Quantum Mechanics, Vol.2 - North Holland, 1974; E. de Almeida e L. Tauhata, Física
Nuclear, Ed. Guanabara Dois, 1981 - Rio.
8
Ra, por exemplo,
A emissão de uma partícula alfa de um átomo de 226
pode ser representada por:
226
Ra88 Rn86 + 4 He2 + Q (energia)
222
epresentação da emissão de uma partícula β por um núcleo. Fonte: Tauhata et. al.,
Figura 1.2: R
2014.
4
Um erg é a quantidade de trabalho realizado por uma força de um dine exercida por uma distância de um
centímetro . Nas unidades básicas do CGS , é igual a um grama centímetro quadrado ao segundo por quartel
(gcm2 / s2 ). Portanto, é igual a 10−7 Joules ou 100 nanoJoules ( nJ ) em unidades SI .
9
através da transformação de um nêutron em um próton mais um elétron, que é
emitido no processo de decaimento. Nesse caso, o núcleo inicial transforma-se
de uma configuração z AX em Z+1AX uma vez que a única alteração é o aumento
de uma carga positiva no núcleo. Mas nessa transformação havia a
necessidade de conservação de energia, e o físico Pauli formulou uma
hipótese sobre a possibilidade da existência de uma partícula, que dividiria com
o elétron emitido, a distribuição da energia liberada pelo núcleo no processo de
decaimento. A teoria foi posteriormente confirmada, sendo verificada a
presença do neutrino, ν , na emissão β+ e do anti-neutrino, ν , na emissão β- .
O neutrino é uma partícula sem carga, de massa muito pequena em relação ao
elétron, sendo, por esse motivo, de difícil detecção (TAUHATA et al. 2014).
Esta transformação do nêutron em um próton pelo processo da emissão
β- pode ser representada por:
10 n
p + o - e
1
+
+ ν
5
O positrônio é um sistema consistindo de um elétron e pósitron, unidos em um átomo exótico. O sistema é
instável, pois as duas antipartículas se auto aniquilam e produzem dois fótons gama depois de uma vida média
de 125 picossegundos. (WIKIPÉDIA, 2019).
10
transições beta, que abrangem a emissão e captura eletrônica (EC)6, ocorrem
mudanças de um estado do núcleo-pai para um ou mais estados do
núcleo-filho. Tais estados são caracterizados por seus parâmetros como:
energia, momento angular total e paridade. Assim, as transições carregam
diferenças de energia, momento angular e paridade.
A radiação gama ( γ ) ocorre, segundo Tauhata et al. (2014), quando um
núcleo decai por emissão de radiação alfa ou beta. Geralmente o núcleo
residual tem seus nucleons fora da configuração de equilíbrio, ou seja, estão
alocados em estados excitados. Assim para atingir o estado fundamental,
emitem a energia excedente sob a forma de radiação eletromagnética,
denominada radiação gama ( γ ) (figura 1.3). Ou seja, a radiação gama é
constituída de ondas eletromagnéticas com comprimento de onda muito baixo.
Como as ondas eletromagnéticas ou fótons são desprovidos de massa e são
constituídos de campos magnéticos e elétricos que se propagam através do
espaço com a velocidade da luz, suas energias variam consideravelmente.
6
Em alguns núcleos, a transformação do próton em nêutron ao invés de se realizar por emissão de um pósitron,
ela se processa pela neutralização de sua carga pela captura de um elétron orbital das camadas mais próximas
(TAUHATA et. al, 2014)
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No nosso experimento, para realizarmos uma analogia com o
decaimento nuclear, utilizamos dois conjuntos de dados para representar os
núcleos-pais e núcleos-filhos. O motivo da escolha dos dados é porque o
decaimento nuclear é um processo espontâneo e aleatório, e em um
lançamento de dados, há um processo aleatório na escolha de uma face dos
dados, ou seja, há uma probabilidade de ⅙ de acertar qual face cairá o dado
(caso o dado for de face de seis lados). Esta analogia é razoável considerando
um conjunto grande de dados, que no nosso caso foi um conjunto de 60 dados
representando núcleos-pais e mais 60 dados representando núcleos-filhos, em
torno de cinco grupos realizando o mesmo processo, totalizando ao final 300
dados, ou seja, 300 nucleons instáveis, ou núcleos-pai. Mas como o processo
de decaimento envolve uma quantidade de átomos na ordem da constante de
Avogadro7, o processo estatístico de decaimento na analogia com dados não
atende de forma quantitativa a quantidade de dados a serem analisados, mas
ainda sim é possível utilizá-lo como analogia qualitativamente.
Como o processo de decaimento é aleatório e espontâneo, os
núcleos-pai decaem para núcleos-filho com o passar do tempo, então o número
de desintegrações nucleares por unidade de tempo é proporcional à
quantidade de material radioativo em uma amostra deste material, seja ela em
massa ou número de átomos. Matematicamente esta definição pode ser
descrita como:
dN
dt =− λt equação 1
7
A constante de Avogadro é definida como sendo o número de átomos por mol de uma determinada substância,
IKIPÉDIA, 2019)
e seu valor é igual a 6,022 140 76 x 10²³ mol⁻¹ (W
12
um radionuclídeo específico, porém este parâmetro varia amplamente para
radionuclídeos diferentes (MAZZILLI et al., 2010).
Podemos integrar a equação acima e obter uma expressão da
quantidade de átomos radioativos em uma amostra N em função do tempo,
dessa forma temos:
ln 2
T 1/2 = λ equação 4
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A equação 4 define a relação entre a constante de decaimento e a
meia-vida de um radionuclídeo.
A atividade de uma amostra de radionuclídeos A(t) é determinada como a
taxa de mudanças dos átomos instáveis N em um determinado instante t,
dessa forma obtemos a equação 5.
dN (t)
A(t) = dt =− λN (t) equação 5
ln N (t) =− λt + ln N 0 equação 7
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procedimental experimental utilizado pelo grupo será explicitado com mais
detalhes no tópico de procedimento experimental
Figura 1.4: ( A) Curva de decaimento relativo em escala linear para amostras radioativas com
meia-vida física de 0,5 dia, 1,0 dia e 2,0 dias. (B) Curva de decaimento relativo em escala semilogarítmica
para amostras radioativas com meia-vida física de 0,5 dia, 1,0 dia e 2,0 dias . Fonte: OKUNO e
YOSHIMURA,2010.
2 OBJETIVO
O objetivo desta primeira prática experimental é utilizar um conjunto
finito de dados para realização de lançamentos, de modo que a análise deste
conjunto seja realizada através de analogia com a Física Nuclear,
especificamente com os conceitos de núcleo radioativo, decaimento nuclear e
tempo de meia-vida.
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3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Os materiais utilizados para a atividade foram: Dados de jogos de
diferentes cores, fichas com um dos lado marcado, copos plásticos, bandejas
plásticas, papel milimetrado e papel monolog.
● Primeira parte
Separando a turma em 5 grupos, inicialmente cada grupo recebeu um
conjunto de 60 dados de uma cor e outro conjunto de 60 dados de cor
diferente.
Sendo um dos conjuntos de dados representante do núcleo-pai e o outro
representante do núcleo-filho, cada grupo escolheu um número/face qualquer X
do dado que representava o decaimento nuclear de um núcleo radioativo.
Em seguida, portanto, com um copo plástico cheio de dados da cor do
núcleo-pai (doravante chamado de cor 1), cada grupo fez o lançamento dos
dados da cor 1 numa bandeja plástica, retirando da bandeja os dados do
número X escolhido previamente e substituindo-os por os dados da cor do
núcleo-filho (doravante chamado de cor 2).
Feito isto, cada grupo recolocou dentro do copo plástico os dados da cor
1 restantes e os lançou na bandeja conforme o procedimento anterior, ou seja,
substituindo os dados/faces X da cor 1 pela cor 2, repetiu-se o procedimento
até não haver mais dados de cor 1.
● Segunda parte
Esta parte foi idêntica a parte anterior, com exceção que ao invés de um
número ou face X, cada grupo escolheu dois números/duas faces X e Y para
representar o decaimento nuclear de um outro núcleo radiativo.
● Terceira parte
Nesta última parte, repetiu-se novamente o procedimento da primeira
parte, mas agora usando fichas com um dos dois lados marcado.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na primeira parte da atividade, obtivemos os seguintes dados para o
nosso grupo:
Figura 2: Tabela com a quantidade de dados núcleo-pai e dados núcleo-filho para cada
lançamento do nosso grupo. Note que no lançamento igual a zero, a quantidade de núcleos-pai é igual a
quantidade inicial da amostra, sem nenhum decaimento. Fonte: P
RÓPRIA, 2019.
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exponencial de decaimento nuclear (equação 2), quanto maior for a passagem
do tempo (no nosso caso são os lançamentos dos dados), menor será o
número de decaimentos por unidade de tempo em uma amostra e, como
consequência, maior será a incerteza relativa a uma medição temporal. Então o
caráter estatístico do decaimento nuclear de uma amostra pequena, como a de
60 núcleos-pai (60 dados), demonstrará maior incerteza relativa em relação a
medida temporal (quantidade de lançamentos) e consequentemente a
constante de decaimento nuclear. Ou seja, quanto menor for a amostra de um
material radioativo (no nosso caso são dados), maior será a incerteza na
medição temporal.
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ráfico 1 com a quantidade de dados núcleo-pai (N) por lançamento (tempo). Note
Figura 2.2: G
que a equação do gráfico N(t) = 300e-0,189t representa o decaimento de dados núcleo-pai por lançamento.
Fonte: PRÓPRIA, 2019.
Note que equação N(t) = 300e-0,189t
de decaimentos de dados núcleo-pai
por lançamento, obtida através da linha de tendência exponencial dos dados da
figura 2, é a mesma da equação 2, em que a quantidade de dados no
lançamento zero é No = 300 dados núcleo-pai, a constante de decaimento é λ =
0,189 decaimentos/lançamento e t a quantidade de lançamentos. Observando
a figura 2.2, podemos estipular visualmente o tempo de meia-vida desta
quantidade amostral de dados núcleo-pai, em que para No/2 = 150, o tempo de
meia-vida é aproximadamente 3,8 lançamentos. Utilizando a equação 4, com a
constante de decaimento fornecida pela equação do gráfico, obtemos o tempo
de meia-vida de lançamento é de aproximadamente 3,68 lançamentos.
Para linearizar o gráfico 1 da figura 2.2, utilizamos a equação 7 para
construir um gráfico linear no excel. Abaixo segue as figuras (2.3 e 2.4) com a
tabela dos dados em logaritmo natural da figura 2.1 e o gráfico linearizado.
19
abela com a quantidade de lançamentos dos dados que representam os
Figura 2.3: T
núcleos-pai e os núcleos-filho para a sala em logaritmo natural (ln). Fonte: PRÓPRIA, 2019.
ráfico 1.1 com a quantidade de dados núcleo-pai (N) por lançamento (tempo). Note
Figura 2.4: G
que a equação do gráfico ln N(t) = - 0,189t + 5,704 representa o decaimento de dados núcleo-pai por
onte: P
lançamento de forma linearizada. F RÓPRIA, 2019.
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A equação da figura 2.4 contida no gráfico 1.1 é a mesma da equação 7,
em que 5,704 é o logaritmo natural da amostra inicial de 300 dados núcleo-pai.
A constante de decaimento é a mesma para a figura 2.2, e nesse caso foi
obtida através da linha de tendência do gráfico 1.1 da figura 2.4.
Na segunda parte, o procedimento experimental foi semelhante, com a
utilização dos mesmos 60 dados núcleo-pai e 60 dados núcleo-filho por grupo,
só que desta vez eram escolhidos duas faces para representarem o
decaimento nuclear dos dados núcleo-pai, aumentando a probabilidade de se
obter mais dados núcleo-filho por lançamento. Abaixo segue as figuras 3 e 3.1
que trazem os dados obtidos de cada lançamento para o nosso grupo e de
toda a sala, respectivamente.
Figura 3: Tabela com a quantidade de dados núcleo-pai e dados núcleo-filho para cada
lançamento do nosso grupo. Note que no lançamento o tempo de meia vida dos lançamentos diminui
onte: PRÓPRIA, 2019.
quando comparado com a figura 2 F
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abela com a quantidade de dados núcleo-pai e dados núcleo-filho para cada
Figura 3.1: T
lançamento da sala como um todo. Fonte: P
RÓPRIA, 2019.
ráfico 2 com a quantidade de dados núcleo-pai (N) por lançamento (tempo). Note
Figura 3.2: G
que a equação do gráfico N(t) = 300e-0,419t representa o decaimento de dados núcleo-pai por lançamento.
Fonte: PRÓPRIA, 2019.
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Note que a equação da figura 3.2 contida no gráfico 2 é a mesma da
equação 2, em que a amostra inicial de dados núcleo-pai é 300 e a constante
de decaimento é 0,40. quando comparamos com o gráfico 1 da figura 2.2, a
constante de decaimento nesta segunda parte aumentou em módulo relação a
primeira parte, e sua curva decai muito mais rapidamente, ou seja, podemos
esboçar uma relação da constante de decaimento com o tempo, em que
quanto maior for o valor em módulo da constante de decaimento, mais
rapidamente ocorrerá o decaimento dos dados núcleo-pai para o núcleo filho.
Visualmente, podemos estipular o tempo de meia-vida deste gráfico 2 da
figura 3.2,em que a quantidade amostral de dados núcleo-pai sendo 300, para
No /2 = 150, o tempo de meia-vida é aproximadamente 1,8 lançamentos.
Utilizando a equação 4, com a constante de decaimento fornecida pela
equação do gráfico, obtemos o tempo de meia-vida de lançamento é de
aproximadamente 1,69 lançamentos.
Para linearizar o gráfico 1 da figura 3.2, utilizamos a equação 7 para
construir um gráfico linear no excel. Abaixo segue as figuras 3.3 e 3.4 com a
tabela dos dados em logaritmo natural da figura 3.1 e o gráfico linearizado
respectivamente.
23
ráfico 2.1 com a quantidade de dados núcleo-pai (N) por lançamento (tempo). Note
Figura 3.4: G
que a equação do gráfico ln N(t) = - 0,41t + 5,704 representa o decaimento de dados núcleo-pai por
onte: P
lançamento de forma linearizada. F RÓPRIA, 2019.
24
fichas núcleo-pai “decaíam” muito mais rapidamente. A figura 4 e 4.1
demonstram este “decaimento” para os dados do nosso grupo e os dados de
toda a sala, respectivamente.
Figura 4: Tabela com a quantidade de fichas núcleo-pai a cada lançamento. Note que o tempo
onte: P
de meia vida dos lançamentos diminui quando comparado com as figura 2 e 3.F RÓPRIA, 2019.
abela com a quantidade de fichas núcleo-pai para cada lançamento da sala como
Figura 4.1: T
um todo. Fonte: P
RÓPRIA, 2019.
Para que toda a amostra inicial de fichas núcleo-pai fossem retiradas, foi
necessário apenas seis lançamentos, enquanto que na segunda parte e
primeira parte foram necessário treze e trinta lançamentos respectivamente.
A figura 4.2 nos apresenta o gráfico 3 com a quantidades de fichas
núcleo-pai por lançamento.
A equação da figura 4.2 contida no gráfico 3 é a mesma que a equação
2, a amostra inicial de fichas núcleo-pai é 300 e a constante de decaimento é
0,769 decaimentos por lançamento. E como comentado na segunda parte,
quanto maior for a constante de decaimento, o tempo de decaimento será
menor e mais rapidamente as fichas núcleo-pai “decaíram”.
25
ráfico 2 com a quantidade de fichas núcleo-pai (N) por lançamento (tempo). Note
Figura 4.2: G
que a equação do gráfico N(t) = 300e-0,769t representa o decaimento de dados núcleo-pai por lançamento.
Fonte: PRÓPRIA, 2019.
26
abela com a quantidade de fichas núcleo-pai para cada lançamento em logaritmo
Figura 4.3: T
onte: PRÓPRIA, 2019.
natural (ln). F
ráfico 3.1 com a quantidade de fichas núcleo-pai (N) por lançamento (tempo). Note
Figura 4.4: G
que a equação do gráfico ln N(t) = - 0,769t + 5,704 representa o decaimento de fichas núcleo-pai por
onte: P
lançamento de forma linearizada. F RÓPRIA, 2019.
27
Figura 5: Gráfico 4 com a quantidade de dados/fichas núcleo-pai (N) por lançamento (tempo)
das três partes. Note que quanto maior a constante de decaimento, mais rapidamente os dados/fichas
núcleo-pai decaíram. Fonte: P
RÓPRIA, 2019.
28
ráfico 4.1 com a quantidade de fichas/dados núcleo-pai (N) por lançamento
Figura 5.1: G
(tempo). Note que a equação do gráfico ln N(t) = - 0,769t + 5,704 representa o decaimento de fichas
onte: PRÓPRIA, 2019.
núcleo-pai por lançamento de forma linearizada. F
29
Ainda é possível obter a taxa de decaimento radioativo para as três
partes a partir da equação 5, então para a primeira parte, sua taxa de
decaimento inicial é de 56,7 decaimentos dados núcleo-pai por lançamento, na
segunda parte é de 123 decaimentos dados núcleo-pai por lançamento e na
terceira parte é 230 decaimentos fichas núcleo-pai por lançamento, o que
evidencia o processo estatístico levando em consideração a amostra inicial e a
constante de decaimento.
5 CONCLUSÃO
Com esta atividade experimental analógica ao decaimento nuclear com
a utilização de dados e fichas, pudemos compreender melhor alguns conceitos
básicos da física nuclear, tais como decaimento (estatisticamente exponencial),
tempo de meia-vida, que é constante para cada radionuclídeo, e também como
se dá o processo ou fenômeno da transformação de um átomo em outro por
meio da emissão de radiação a partir de um núcleo instável.
A partir das análises gráficas, o grupo pode concluir que há uma relação
entre a probabilidade de se obter o decaimento de dados e fichas com o tempo
de meia-vida e a característica da amostra inicial, como já supracitado nos
resultados e discussões. Para as três partes da atividade, as amostras iniciais
apresentavam uma probabilidade já pré-estabelecida, como um conjunto de
dados de seis lados ou de fichas. Ao tratar-se da analogia com o decaimento
nuclear, os radionuclídeos não tem uma probabilidade de decaimento
pré-estabelecida, pois seus decaimentos são aleatórios, e mesmo
considerando um radionuclídeo em especial, seu tempo de vida individual de
decaimento é independente de probabilidade, mas para uma amostra inicial
N0 ,,com
uma quantidade significativa de radionuclídeos, como na ordem da
constante de Avogadro, a probabilidade que decaia metade de sua amostra
inicial (N0/2
) é de ½, e o intervalo de tempo desta probabilidade é o próprio
tempo de meia-vida. Temos também que o cálculo da taxa de decaimento das
três partes é uma maneira de demonstrar estatisticamente o quanto que o
decaimento nuclear é um processo aleatório, mas com certa probabilidade de
ocorrência, e é diretamente proporcional a constante de decaimento nuclear.
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6 REFERÊNCIAS
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l.], ano 2004, v. 5, n. 2, p. 1-10, 2004. Disponível em:
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