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Assunto Filtros de freqüência

Disciplina Eletrônica Aplicada 2°ano de 2013


Pré-requisitos Ressonância e linhas de transmissão
Revisão Professor: João Mendes
Aluno Turma: Nº:

FILTROS DE FREQÜÊNCIA
1 – INTRODUÇÃO

Filtros de freqüência são circuitos que permitem transferência de sinais em uma faixa
de freqüências especificada. Os filtros de altas freqüências podem ser construídos no
próprio circuito impresso por meio das tecnologias de micro-strip e strip-line, e para
aplicações em baixas de freqüências a partir de circuitos físicos LC. Atualmente os filtros LC
físicos estão sendo utilizados em sistemas de potência, e para sistemas de baixa potência e
baixas freqüências a indústria tem optado por filtros digitam mais eficientes, os quais são
construídos a partir de processamento de sinais digitas(DSP). As aplicações dos filtros são
muito diversificadas e estão presentes em quase todas as áreas da eletrônica,
principalmente em telecomunicações, como veremos no andamento de nosso curso

1.2 - CLASSIFICAÇÕES
Um filtro pode ser classificado de acordo com sua curva de resposta em freqüência. A
curva de resposta em freqüência é uma representação gráfica da amplitude do sinal de
saída em função da freqüência do sinal aplicado em sua entrada. Normalmente na escala
vertical representamos a atenuação, e na escala horizontal a freqüência do sinal aplicado.
A seguir apresentamos os filtros mais utilizados e a representação simplificada da sua
curva de resposta, lembrando que existem situações que na horizontal a freqüência é
representada numa escala logarítmica. Dependendo do formato da curva de resposta
podemos classificar os filtros como a seguir:

- Filtro Passa-baixas: É um filtro que permite a transferência de sinais cujas


freqüências estejam abaixo de um limite estabelecido, conhecido como freqüência de corte.
A figura01 mostra a curva de resposta em freqüência de um filtro passa-baixas (LPF -
Low Pass Filter) e o símbolo utilizado para representá-lo no diagrama em bloco.

Figura. 01
2
- Filtro Passa-altas: Comportam-se de maneira oposta aos passa-baixas, permitindo
a passagem de sinais com freqüências acima freqüência de corte(HPF – High Pass Filter).
A figura02 mostra a curva de resposta e seu símbolo. Observar que a região
delimitada pela linha tracejada representa um filtro ideal.

Figura. 02

- Filtro Passa-faixa: É um tipo de filtro que permite a passagem de sinais cujas


freqüências estejam entre dois limites, ou seja, é um passa faixa(BPF – Band Pass Filter).

Figura. 03

- Filtro Rejeita-faixa: é o filtro que permite a passagem de sinais cujas freqüências


estejam fora de dois limites, ou seja, atenua as freqüências que estejam dentro dessa faixa
(RPF – Rejection Pass Filter).

Figura. 04
2
3
1.3 – CARACTERÍSTICAS DOS FILTROS
Os filtros, de um modo geral, são classificados em função de seu tipo (passa-baixas,
passa-altas, passa-faixa e rejeita-faixa). Observem nas classificações a seguir na figura05:

- Freqüência Central ( fO ): Nos filtros passa-faixa ou rejeita-faixa é a média


geométrica das freqüências de corte.

- Freqüência de Corte ( fC ): É a freqüência na qual a amplitude do sinal na saída do


filtro cai para 0,707(ou 70,7%) vezes de seu valor máximo em relação a freqüência central
de passagem. Conseqüentemente a potência cai pela metade(50%), ou varia de –3dB.

- Freqüência de Rejeição ( fS ): Do inglês “supressed”, é a freqüência na qual a


amplitude do sinal cai para um milésimo (0,1%) de seu valor máximo. Essa relação de
amplitudes implica uma redução de mil vezes(0,0001%) na potência máxima, o que
corresponde a uma atenuação de 60dB na potência do sinal.

- Faixa de Passagem ( BW-3dB ): É a banda passante BW, do inglês “Band Width”, é


a diferença entre as freqüências de corte superior e inferior de um filtro passa-faixa. Indica a
faixa de freqüência onde os sinais de saída do filtro sofrem atenuação mínima.

- Faixa de Proteção ( BW-60dB ): É a largura de faixa entre os pontos de –60dB.

- Faixa de Rejeição ( BS ): Do inglês “Band Supressed”, corresponde à faixa de


freqüências onde a atenuação é muito elevada.

- Faixa de Transição ( BT ): É a faixa de freqüências compreendida entre a


freqüência de corte e a freqüência de rejeição.

- Fator de Ondulação ( r ): Do inglês “ripple” , é definido como a relação entre o


ganho correspondente à freqüência central e o ganho no pico da curva de resposta.
Também conhecido como ondulação de passagem dado por: OPdB) = Amáx(dB) – Apico(dB).

- Fator de Forma ( SF ): Do inglês “Shape Factor”, no passa-faixa, é a relação entre


a faixa de proteção e a faixa de passagem. Quanto maior SF maior é a seletividade do filtro.
BW ( − 60 dB ) (01)
SF =
BW ( − 3 dB )

- Perda por Inserção ( IL ): do inglês “Insertion Loss”, é a perda de potência na carga


causada pela inserção de um filtro entre ela e o gerador com uma freqüência igual à que
produz a menor atenuação, ambos de impedância adequada para o filtro inserido.
 PL ( com filtro) 
IL = 10 ⋅ log   p/ f = fpico (02)
 
 PL ( sem filtro) 
- Perda por Retorno ( RL ): Do inglês “Return Loss”, São as perdas de potência
devido as ondas estacionárias(SWR) causadas pelo descasamento das impedâncias de
entrada e saída.

- Atenuação Final: É o menor valor de atenuação que um filtro pode fornecer dentro
da faixa de rejeição. Este valor, num filtro que apresente ondulações em sua faixa de
rejeição, corresponde ao pico de maior amplitude pertencente ao vale da curva.

3
4
- Atraso de propagação:( Tpd ): Do inglês “propagation delay Time”, è o tempo de
atraso de propagação no filtro em um único sentido. Depende do tipo de material e formato.

Figura. 05

2 – CONSTRUÇÃO DE FILTROS
O estudo de filtros na eletrônica é uma área bastante extensa e envolve um
conhecimento matemático desenvolvido apenas nos cursos de graduação. Nesta disciplina
apresentaremos técnicas modernas de projeto desenvolvidas por S. Butterworth e S.
Darlington baseadas na seguinte filosofia: Dada a curva de resposta em freqüência,
encontre o circuito capaz de produzir essa resposta. Faremos uso de tabelas normalizadas
de forma a podermos construir filtros de várias características sem contudo efetuarmos
cálculos muito avançados. Lembramos também que apresentaremos aqui apenas as
configurações mais utilizadas em circuitos de rádio freqüência, que é nosso foco principal.

2.1 – PÓLOS E ZEROS


Pólos e zeros são características intrínsecas de todos os sistemas. Seja por exemplo
o filtro passa-baixas LR abaixo onde RG = RL = R.

Figura. 06
4
5
A corrente que circula na carga do circuito da fgura06 RL será:

eG
i=
2 R + jX L (03)
Observando esta expressão podemos notar que haverá máxima transferência de
potência para a carga quando XL for zero. Isto ocorrerá somente quando a freqüência do
sinal do gerador for zero. Esta condição será um pólo (máxima transferência de potência).
Por outro lado, se a freqüência do sinal tende a infinito, a corrente pelo circuito tende
a zero. Nesta condição teremos um zero.
O número de pólos e zeros de um circuito são importantes, por que eles nos dão a
idéia de como será a curva de resposta em freqüência desse circuito. Para os filtros passa-
baixas e passa-altas, o número de pólos é igual ao número de reatâncias contidas no
circuito. Nos circuitos passa-faixa e rejeita-faixa o número de pólos é a metade do número
de reatâncias do circuito.

2.2 – FILTROS PASSA-BAIXAS BUTTERWORTH


O filtro passa-baixas Butterworth tem como principal característica o fato de sua curva
de resposta em freqüência ser bastante plana na região da faixa de passagem. A inclinação
da faixa de transição depende do número de pólos. As figuras07 mostra a região da faixa de
passagem da curva de resposta normalizada de um filtro PB Butterworth e a figura08 a
região da faixa de transição e da faixa de rejeição desse mesmo filtro.

Figura. 07

5
6

Fig. 08

Os circuitos dos filtros passa-baixa Butterworth são mostrados a seguir:

Figura. 09

Figura. 10
6
7
A tabela a seguir mostra os valores normalizados para os filtros Butterworth até dez
pólos. Note que a primeira reatância pode ser tanto um capacitor como um indutor. As duas
formas podem ser usadas, contudo, na prática, dá-se preferência à configuração que utiliza
menos indutores, com o objetivo de minimizar as perdas.

C1 L2 C3 L4 C5 L6 C7 L8 C9 L10
N
L1 C2 L3 C4 L5 C6 L7 C8 L9 C10
1 2.0000
2 1.4142 1.4142
3 1.0000 2.0000 1.0000
4 0.7654 1.8478 1.8478 0.7654
5 0.6180 1.6180 2.0000 1.6180 0.6180
6 0.5176 1.4142 1.9319 1.9319 1.4142 0.5176
7 0.4450 1.2470 1.8019 2.0000 1.8019 1.2470 0.4450
8 0.3902 1.1111 1.6629 1.9616 1.9616 1.6629 1.1111 0.3902
9 0.3473 1.0000 1.5321 1.8794 2.0000 1.8794 1.5321 1.0000 0.3473
10 0.3129 0.9080 1.4142 1.7820 1.9754 1.9754 1.7820 1.4142 0.9080 0.3129

Para calcular um filtro basta aplicarmos as seguintes expressões:

L = R Ln , (04) , e C = 1 Cn (05)
ωc ωc ⋅R
Onde:
L, C, R e ωc são os valores desejados;
Ln e Cn são os valores encontrados na tabela;

Podemos ainda calcular a atenuação em uma freqüência qualquer através da


expressão:
2n
P  ω
A = in = 1 +   (06)
Pout  ωc 
onde
ω ≡ freqüência em que se deseja conhecer a atenuação provocada pelo filtro;
ωc ≡ freqüência de corte do filtro;
n ≡ número de pólos do filtro;
Lembrando que a atenuação em decibels será:

A ( dB ) = 10 ⋅ log A (07)

Exemplo de projeto:
Problema: Vamos supor que a vizinhança está reclamando que seu rádio PX (faixa
do cidadão) está interferindo em seus televisores.
Análise: A freqüência de operação do transceptor PX é de aproximadamente 27MHz,
logo sua 2a. harmônica estará por volta do canal 2 de televisão que começa em 54MHz.
Solução: Instalar um filtro na saída do equipamento de forma a atenuar os
harmônicos sem atenuar a fundamental. Assim vamos adotar o valor de 35MHz como
freqüência de corte e construir um filtro de 3 pólos.
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8
Com o auxílio da tabela teremos:
1
C1 = C3 = 6
⋅ 1 ≅ 91pF
50 ⋅ 2 ⋅ π ⋅ 35 ⋅ 10
50
L2 = ⋅ 2 ≅ 455nH
2 ⋅ π ⋅ 35 ⋅ 106
O valor da atenuação em 54MHz será:
6
 54 
A = 1 +   ≅ 15 → A (dB ) = 10 ⋅ log 15 ≅ 11,6dB
 35 
Através de um software de simulação podemos verificar a curva de resposta em
freqüência:

Veja que, na freqüência de transmissão, teremos uma atenuação de


aproximadamente 1dB, o que acarretará mais de 25% de perda de potência transmitida.
Vamos experimentar então um filtro com 5 pólos.
Novamente com o auxílio da tabela:
1
C1 = C5 = 6
⋅ 0,6180 ≅ 51,2pF
50 ⋅ 2 ⋅ π ⋅ 35 ⋅ 10
50
L2 = L4 = ⋅ 1,6180 ≅ 368nH
2 ⋅ π ⋅ 35 ⋅ 106
1
C3 = 6
⋅ 2 ≅ 182pF
50 ⋅ 2 ⋅ π ⋅ 35 ⋅ 10
O valor da atenuação em 54MHz agora será:
10
 54 
A = 1+   ≅ 77,4 → A (dB ) = 10 ⋅ log 77,4 ≅ 19dB
 35 
8
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Curva de resposta do filtro/projeto:

Veja que agora teremos uma atenuação menor na faixa de passagem e uma
atenuação maior na freqüência de 54MHz.

2.3 – FILTROS PASSA-BAIXAS ELÍPTICO CHEBYCHEV


A curva de resposta em freqüência do filtro passa-baixas Chebychev apresenta uma
ondulação na faixa de passagem e uma atenuação mais abrupta na faixa de rejeição, destas
forma a seletividade desse filtro é melhor que a dos apresentados anteriormente, como
podemos notar na fgura11.

Figura 11

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10

O valor da constante ε definirá a ondulação (ripple) dentro da faixa de passagem,


conforme lustra a figura12. Pode-se calcular o valor da ondulação em decibéis por:

(
OP(dB ) = − 10 ⋅ log 1 + ε 2 ) (08)

Figura 12
Observe que no filtro elíptico contamos o número de ramos para determinar o número
de ordem, ou pólos do filtro. Teremos ainda nesse tipo de filtro, 5 ramos, dois valores de
freqüência onde a atenuação será muito grande (teoricamente, tendendo ao infinito), F2 e F4.
Há ainda um valor de atenuação mínima na faixa de rejeição do filtro denominada As, e a
freqüência onde ela ocorre primeiro, denominada FAS. Na fgura13 mostramos o esquema
elétrico e a resposta em freqüência, e na fgura134 a tabela auxiliar para o projeto do filtro
elíptico passa-baixas de 5 ramos, com impedâncias de entrada e de saída iguais a 50Ω.

Figura 13

10
11

Figura 14

2.4 – COMPARAÇÂO ENTRE FILTROS CHEBYCHEV E BUTTERWORTH


O gráfico da figura15 ilustra uma comparação entre as curvas de resposta em
freqüência de três filtros PB de sexta ordem, dois do tipo Chebychev com ondulações de 0,1
e 0,969dB, e um Butterworth, também de sexta ordem. Observe que o filtro Butterworth é o
que apresenta a inclinação mais suave na faixa de transição, porém, na faixa de passagem
sua resposta é a mais plana. Por outro lado, o Chebychev ondula mas e é o mais seletivo.

Figura 14

11
12
2.5 – FILTROS PASSA-ALTAS BUTTERWORTH
Para a construção de um filtro passa-alta Butterworth basta trocarmos os capacitores
por indutores e vice-versa no filtro passa-baixas do mesmo tipo. Os valores dos
componentes serão dados por:

C = 1
(09)
ωc ⋅R⋅Ln

L = R (10)
ωc Cn•

Os esquemas elétricos nas configurações PI e T estão nas fguras15 e 16.

Figura 15 - PB Butterworth

Figura 16 - PA Butterworth

12
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2.6 – FILTROS PASSA-FAIXA BUTTERWORTH
O projeto de um filtro passa-faixas pode ser obtido diretamente de um protótipo de
um filtro passa-baixas por um processo de translação de freqüência. Essa translação de
freqüência é obtida a partir do seguinte procedimento:

a) Determine a largura de faixa do filtro (BW): BW = fcs − fci (11)


Onde:
fcs e fci são as freqüências de corte superior e inferior respectivamente;

b) Calcule um filtro passa-baixas para uma freqüência de corte de valor igual ao da largura
de faixa;

c) Calcule a freqüência central do filtro (fo) através da média geométrica das duas
freqüências de corte: fo = fcs ⋅ fci (12)

d) Para cada componente calculado no passo “b”, calcule o componente que entre em
ressonância com ele na freqüência central do filtro;

e) Para cada indutor do circuito passa-baixas deve-se associar seu capacitor calculado no
passo anterior em série e para os capacitores do circuito passa-baixas os indutores
calculados no passo “d” são associados em paralelo.

Esquematicamente:

Figura17
De acordo com o procedimento, C1, L2, Cn-1 e Ln são os componentes calculados para
um filtro PB com freqüência de corte igual ao BW do filtro PF desejado. L1, C2, Ln-1 e Cn são
os componentes que na freqüência central do filtro PF ressonam com C1, L2, Cn-1 e Ln
respectivamente. Ao capacitor C1 foi associada em paralelo a indutância L1, à indutância L2
foi associado em série o capacitor C2 e assim sucessivamente.

Um característica importante que deve ser levado em consideração nos filtros passa-
faixa é o fator de mérito do circuito carregado simbolizado por QL . Este fator é dado por:

fo
QL = (13)
BW
Neste tipo de filtro PF os ramos ressonantes séries têm uma alta relação LC e os
paralelos uma relação LC baixa. Isso faz com que o valor de QL diminua. Dessa forma, esse
tipo de filtro passa-faixa só é utilizado quando o valor de QL é menor que 10.

13
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Outro empecilho de um circuito com QL elevado é que para sua construção deverão
ser empregadas bobinas que tenham um fator de mérito também elevado. A figura a seguir
mostra as respostas de freqüência normalizada de um filtro Butterworth de quarta ordem
para vários valores de QL.

Figura 18

O valor aproximado da perda por inserção de um filtro PB Butterworth é dado por:

 2 n


QU 

IL =   (13)



QU −QL 

Onde:
IL ≡ Perda por inserção em valor absoluto;
QL ≡ Fator de mérito do filtro com carga;
QU ≡ Fator de mérito das bobinas sem carga.

2.7 – FILTROS REJEITA-FAIXA BUTTERWORTH E CHEBYCHEV


O procedimento é exatamente o mesmo adotado para os filtros passa-faixa, porém o
projeto parte de um filtro passa-altas e não de um passa-baixas usado naquele caso.

3.0 – FILTROS CERÂMICOS


Alguns tipos de cerâmica, cristais de quartzo e a turmalina, apresentam o fenômeno
da piezoeletricidade, quando submetidos a uma certa força (pressão), exibem um potencial
elétrico proporcional à deformação sofrida. O fenômeno é melhor observado quando
cortado na forma de lâmina.
O efeito piezoelétrico é reversível: Se for aplicado um potencial elétrico entre as
faces de uma lâmina, será provocada uma deformação na mesma. Ambos os fenômenos
são muitos utilizados na construção de transdutores eletroacústicos, como cápsulas
fonocaptoras, microfones, captadores e transdutores de ultra-sons. Todos baseados na
14
15
produção de eletricidade pela deformação de uma lâmina cerâmica ou de crista. Alto-falan-
tes de cristal para altas freqüências (twetters), fones, buzzers e geradores de ultra-sons são
construídos utilizando-se o fenômeno inverso: a deformação da lâmina pela aplicação de um
campo elétrico. A máxima freqüência em que a lâmina é capaz de vibrar corresponde a sua
freqüência de oscilação natural. Quanto menores as suas dimensões, maior a freqüência
natural de oscilação.
Os filtros cerâmicos apresentam perda por inserção da ordem de alguns decibéis (de
2 a 10dB em média), um fator de mérito da ordem de várias dezenas até algumas centenas
de unidades(40 a 200) e um fator de forma superior a uma dezena. Tanto a impedância de
entrada como a de saída são da ordem de algumas centenas de Ohms. É importante
ressaltar que os filtros cerâmicos não conduzem corrente contínua.
As aplicações dos filtros e ressonadores de cerâmica nos sistemas de comunicação
vão desde osciladores até as etapas de freqüência intermediária(FI). Essas freqüências de
FI variam com o tipo de serviço e equipamento, como por exemplo, nos receptores de
radiodifusão em AM possuem uma etapa de FI que trabalha na freqüência de 450kHz(ou
455Hz) e uma largura de faixa típica de 10kHz. Já para a radiodifusão em FM o valor dessa
freqüência central é de 10,7MHz e a largura de faixa do filtro da ordem de 280 kHz.
Outros valores para diferentes aplicações como celulares, TV, microondas, etc...,
podem ser encontrados no mercado de filtros cerâmicos.
A indústria eletrônica desenvolveu filtros cerâmicos para essas faixas padrão com
tamanhos reduzidos, menor custo e melhor desempenho que os filtros construídos a partir
de componentes LC.
A figura a seguir lustra uma aplicação em FI, onde podemos ver também o símbolo do
filtro cerâmico, e a curva de resposta para um filtro de 455Hz aplicado a receptores de faixa
estreita, ou receptores de AM Broadcasting.

Figura 19

15
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4.0 – FILTROS SAW
Os filtros SAW utilizam da propagação de onda acústica de superfície(Surface
Acoustic Wave), cujas propriedades e efeitos foram descritos pela primeira vez por Lord
Rayleigh em 1885, em seu clássico trabalho sobre acústica. Por volta de 1960, Edward
Paige e Dennis Maines, perceberam que poderiam também aproveitar a propagação de
ondas na superfície de um semicondutor. A partir de então surge à possibilidade de
aplicação em filtros de freqüências para sinais elétricos, e em 1973 começam a produção de
filtros SAW em escala industrial, com aplicação em radares para aviões de reconhecimento.
Estes filtros são dotados de alto fator de mérito(Q), com excelente rejeição de sinais
adjacentes.
Atualmente os filtros SAW, e também os ressonadores SAW, são largamente
utilizados em estágios de FI de receptores de rádio e televisão, controle remoto e
instrumentos de medição e testes. A figura20 ilustra a forma como é construído o filtro SAW,
e na fgura21 uma possibilidade de simbologia utilizada.

Figura 20 – Ilustração da estrutura do Filtro SAW

Figura 21 - Simbologia do filtro SAW

4.0 – FILTROS EM MICROSTRIP


Os filtros construídos com a técnica de microstrip (micro fita) são largamente
utilizados em altas freqüências, pois o pequeno comprimento de onda possibilita a criação
de componentes LC impressos no substrato.

16
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As figuras abaixo mostram como podemos utilizar as técnicas de Microstrip para a
construção, análise e determinação dos elementos reativos que vão compor os circuitos.
Na figura 22 temos um substrato de face simples, onde podemos efetuar montagens
utilizando condutores cilíndricos na face do dielétrico(Single layer – Wire Microstrip). Na
figura 23 temos um substrato de dupla face (Single layer), onde é possível a confecção dos
elementos LC para os filtros em Microstrip.
A figura 24 Ilustra um filtro passa baixas Butterworth de quinta ordem. Observar que
capacitores e indutores são impressos na camada condutiva do substrato, e as linhas de
conexão do filtro são de impedância de 50Ω. A título ilustrativo as demais figuras mostram os
filtros passa alta(HPF), o passa faixa(BPF), e o rejeita faixa(RPF).

- Figura 22- Wire Microstrip –

87 l n  5 ,98 H 
Zo = Ω
 (0 ,8 W + T ) 
(15)
ε r + 1,41

(ε r + 1,41 )  pF 
Co=   (16)
37 ,91 l n [5 ,98 H / ( 0 ,8 W + T ) ]  mm 

 ps 
t pd = 2 ,3 ε r + 1,41   (17)
 mm 
Memórias:
 .
 .
 .

17
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É importante lembrar que existem varias possibilidades de construção destes filtros, e


a configuração depende do tipo de resposta em freqüência desejada.

Memórias:
 .
 .
 .
 .
 .
18
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NOTAS:
 Todos os filtros mencionados até aqui, assim como qualquer dispositivo de RF,
devem apresentar em suas portas de entrada e saída uma baixa estacionária.

 O projeto de filtros deve ser executado para o melhor casamento de impedâncias.

 O casamento de impedâncias deve ser verificado após a montagem do filtro.

 Os parâmetros dos filtros como S11 S22 S21 S12 são analisados por meio de
equipamentos que avaliam as curvas de resposta incidente e refletida.

 Os filtros assim como todo dispositivo eletrônico apresentam erros de fase e atraso de
propagação do sinal.

 Dependendo da aplicação os erros de fase e o atraso de propagação devem ser


medidos e se necessário e ajustados.

6.0 – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÂO

1. O que são pólos e zeros!

2. Defina perda por inserção!

3. Defina ondulação de passagem.

4. O que representa a freqüência de corte em termos de potência!

5. Quantos pólos têm um filtro LPF Butterworth de 5 elementos reativos!

6. Quantos pólos têm um filtro HPF Butterworth de 7 elementos reativos!

7. Quantos pólos têm um filtro BPF Butterworth de 10 elementos reativos!

8. Quantos pólos têm um filtro RPF Butterworth de 10 elementos reativos!

9. Citar dois tipos de filtros que não utilizam elementos LC físicos.

10. Escrever a equação da impedância de entrada de uma linha coaxial de 1/4 de onda.

11. Escrever a equação da impedância de entrada de uma linha coaxial de 1/2 de onda.

12. Desenhar e calcular os valores de LC para um filtro passa faixa de 4 elementos e


acoplamento indutivo crítico. Os indutores devem ter derivação para ajuste de SWR em
50Ω, na freqüência de 22 MHz e largura de faixa de 400 kHz a meia potência.

BIBLIOGRAFIA:
 NASCIMENTO, Juarez do Nascimento: Telecom. - 2ª edição - Makron Books, 2000.
 MATTHEW, Radmanesh: Radio freq. and microwave electronics illustrate - Prentice Hall.
 JUSTINO, José António. Análise de circuitos, vol. II. Tip. Santa Rita, 1975.
 The Radio Amateur's Hand Book , A. Frederick Collins - ARRL

APPLICATIONS NOTES:
 Analog Divcies Tutorial - MT- 09, ( www.analog.com )
 National, AN-779, ( www.natonal.com )
 Murata, ( www.murata.com )
 Piezo, ( www.piezo.com.br )

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