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Suspensão, Alinhamento
e Balanceamento
Suspensão, Alinhamento
e Balanceamento
Índice
Introdução 05
1a Parte
2a Parte
Alinhamento 43
Histórico 44
Câmber 47
Cáster 48
Convergência 57
3a Parte
Balanceamento 61
4a Parte
Suspensão 65
Funcionamento 65
Amortecedor 65
Mola helicoidal 66
Barra estabilizadora 67
Diagnose 69
Procedimentos: 71
Verificação no veículo 73
Stilo 80
Rolamentos de roda 90
Componentes de suspensão 90
Montagem e diagnose 95
Introdução
Esta apostila tem o objetivo de orientar os profissionais sobre suspensão, balanceamento e ali-
nhamento. Foi elaborada utilizando linguagem simples para que o conteúdo seja de fácil acesso
e compreensão, auxiliando na reparação dos veículos. Portanto, a vida útil dos componentes
aumentará, sobretudo, das peças da suspensão, direção e pneus. Procuramos salientar a impor-
tância do controle e correções nos componentes, obedecendo às normas do fabricante, a fim de
que o usuário tenha prazer, conforto e dirigibilidade.
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1a Parte
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Se comprimimos uma mola e depois soltá-la, ela distende-se violentamente e põe-se a vibrar.
Fortes oscilações causadas pela reação das molas tiram a estabilidade do veículo. E para resol-
ver esse problema, nasceu um novo astro.
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A ligação do amortecedor era feita do chassi ao eixo com vários braços; isso causava inúmeras
folgas nas articilações.
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Comprimindo uma mola acumula-se energia. Essa energia é proporcional à compressão aplica-
da.
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Para comprimir essa mola em 25 mm, Já aqui, foram necessários 1000 kg de peso.
foram necessários 250 kg de peso.
250 kg
250 kg
250 kg
250 kg 250 kg
A primeira é chamada de mola com baixa resistência à flexão. A segunda, de mola com alta
resistência à flexão.
Freqüência é o número de oscilações que a mola fará depois de comprimida e liberada, num
determinado tempo. Além desses dois fatores, também considera-se a amplitude das oscilações,
isto é: a altura de cada oscilação, que é variável de acordo com o tipo de mola.
Os veículos modernos tem molas com resistência à flexão menor do que os antigos. Como con-
seqüência, menor freqüência de oscilações.
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Os caminhões são equipados com molas de alta resistência à flexão. A amplitude de oscilações
é menor, com maior freqüência de oscilações, tornando a suspensão dura.
Quando se fala em suspensão, pensa-se logo em molas, mas elas não são os únicos componen-
tes do sistema. A suspensão se divide em três partes distintas:
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E finalmente os pneus.
O amortecedor deve controlar tanto o peso suportado como o não suportado, e ainda os pneus.
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A energia que a mola acumula, provoca vários movimentos de extensão e compressão, que
alteram a estabilidade do veículo, fazendo-o saltar para cima e para baixo.
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Isso acontece por causa da relação entre tempo e impulso das molas. Não esqueça que variá-
veis como velocidade, tamanho do obstáculo rigidez da mola, etc, devem ser consideradas.
Às vezes, o impulso é tão forte que as rodas se levantam. E se levantam tanto, que os pneus
perdem o contato com o solo, provocando derrapagens e desvios na trajetória do veículo.
Projetistas quebram a cabeça, pois suspensões com molas macias oferecem conforto em trânsito
lento, paralelepípedo ou pista irregular. Porém, quando o veículo estiver com velocidade em
curvas ou obstáculos, a suspensão apresentará pouca estabilidade.
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Como vimos, isso é função das molas. Pois só elas têm força elástica.
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Cabe ao amortecedor controlar as ações dinâmicas das molas. Sem impedir ou dificultar a com-
pressão e extensão das molas, inibir a repetição dos seus movimentos, garantindo a estabilidade
do veículo.
Aqui vemos como a carroceria recupera rapidamente a estabilidade, depois de uma ou duas
oscilações da mola, controlada pelo amortecedor. O controle do amortecedor ocorre tanto na
compressão, como na distensão da mola. Por isso é chamado de dupla-ação.
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É por isso que, quando acionado com as mãos, é muito mais fácil fechar do que abrir um
amortecedor. Além das molas e amortecedores, vamos destacar a importância da barra estabi-
lizadora. O estabilizador é uma barra de aço. É um dos elementos que compõem o sistema de
suspensão do veículo. É chamado estabilizador porque a sua função é estabilizar a carroceria,
limitando a sua inclinação lateral quando o veículo faz curvas.
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Suspensão dianteira
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Muito bem! Vejamos agora, quais são e como funcionam seus componentes.
Tubo reservátorio
Guarda-pó
Adaptadores
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e as válvulas do pistão.
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É importante observar na estrutura do amortecedor, a solda da fixação que é feita por caldea-
mento a ponto, proporcionando maior resistência à ruptura.
Pórem, o sistema de fechamento por costura garante uma vedação perfeita contra vazamentos
do fluido hidráulico.
câmara de tração
câmara de compressão
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É como colocar o dedo num copo cheio. O líqüido vaza pelas bordas. O espaço ocupado pelo
dedo toma o lugar do espaço ocupado pelo líqüido. Claro, se colocarmos mais dedos no copo,
maior será a quantidade de líqüido deslocado.
Assim funciona o amortecedor. Na compressão o óleo deslocado passa através de válvulas para
o tubo reservatório. Essas válvulas oferecem uma restrição automática e proporcional à quantida-
de e velocidade do óleo impulsionado.
O diâmetro do pistão tem influência na vida e grau de controle do amortecedor. Quanto maior
for sua área e de suas válvulas, melhor será distribuída a carga de impacto.
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Determinado controle é exigido quando o veículo opera em tráfego lento ou urbano, e deverá
ser mais rigoroso em estradas irregulares onde as molas são mais acionadas.
Por isso, os amortecedores devem ter alguns sistemas que permitam variar a força de controle de
acordo com a necessidade.
Em carros de competição e em alguns veículos existem controles que podem ser manejados pelo
próprio motorista, variando a ação dos amortecedores de acordo com o seu gosto e tipos de
estrada.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
A velocidade do pistão e os
impulsos recebidos pelas molas
propiciam uma auto-regulagem que
podemos chamar de automática.
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Esse sistema proporciona à suspensão do veículo uma ação direta em cada tipo de terreno,
maior durabilidade de suas peças, maior conforto e segurança para os passageiros.
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Vejamos quais são os cuidados básicos que devemos tomar na instalação do amortecedor e no
exame do estado da suspensão.
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Obs: Em ambos os sistemas, a estabilidade não está relacionada somente com o estado das
molas e amortecedores. O estado de todas as peças da suspensão - braços, buchas, pivôs, termi-
nais e outras - influem diretamente no comportamento dos veículos.
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Após a verificação de todas as folgas e substituição das peças gastas, deve-se verificar o ali-
nhamento do sistema de direção. Esse alinhamento nada mais é que a verificação e correção
dos diversos ângulos chamados de geometria da direção. Tal assunto será visto em um fascículo
específico.
Cuidados devem ser tomados para que não se alterem as especificações da suspensão. Mudan-
ças tipo reforços e rebaixamentos podem comprometer a vida útil das peças, o alinhamento, a
eficiência do conjunto e, com isto, a segurança do veículo.
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Não percebem também a falta de segurança gerada por amortecedores gastos. Para ele, o
amortecedor é apenas um dispositivo de conforto.
Os amortecedores gastos não afetam somente o conforto. A segurança do veículo torna-se duvi-
dosa e outras peças como os pneus por exemplo, se desgastam facilmente.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Um veículo em bom estado, desenvolvendo uma velocidade de 100 km por hora, necessita de
60 a 80 metros para parar.
100 km/h
60 m 80 m
100 km/h
80 m
Observe que, ainda neste
100 m
caso, é comum um con-
tato irregular dos pneus
com o solo. Essas freadas
gastam rapidamente e de
forma irregular os pneus.
Além da perda dos pneus, pode ocorrer outra série de desgastes relacionados com amortecedo-
res vencidos.
Tipo fadiga das molas, desgaste das partes móveis da suspensão, além de desajustes na carroce-
ria e parafusos soltos.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
A perda de ação dos amortecedores é progressiva, assim como o desgaste das demais peças.
Isso vai acontecendo até que não exista mais remédio.
O teste exato do estado dos amortecedores só pode ser feito em dinamômetros especiais. Esses
pórem, só existem nas fábricas de amortecedores e nas montadoras de veículo.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
O mecânico pórem, na falta desses aparelhos pode avaliar essas condições por meio de alguns
testes práticos.
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O que acontece é que o fim da vida do amortecedor é resultado do desgaste normal de suas
peças internas: tubo de pressão, pistão, molas, válvulas, etc.
Desta forma, o recondicionamento só seria possível trocando-se a maioria de suas peças inter-
nas, o que evidentemente sairia mais caro que uma peça nova.
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O torque final das porcas ou parafusos deve ser feito com o peso do carro apoiado sobre as
molas e rodas.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
E é esta responsabilidade que a Fiat transferiu para você - Especialista em Suspensão - nestes
agradáveis momentos que passamos juntos.
Por isso, estamos confiantes no papel que você vai desempenhar a partir deste momento, mos-
trando ao cliente o que há por trás desta marca.
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2a Parte
Alinhamento
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Histórico
O assunto que abordaremos refere-se à geometria dos veículos, mais precisamente ao alinha-
mento de rodas.
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Com o avanço tecnológico, concluiu-se que existem outras condições que tornam a tarefa de diri-
gir mais agradável.
Uma das condições a considerar é o alinhamento das rodas. Sua função é fazer com que as ro-
das se mantenham paralelas durante o tráfego em linha reta (retilíneo) e os pneus perfeitamente
apoiados no solo.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
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Câmber
Agora que estamos cientes da importância desses controles, vejamos sobre o “câmber”.
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Um ângulo câmber incorreto causa desgaste irregular na banda de rodagem do pneu e anoma-
lias na direção do veículo.
Cáster
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Nos veículos atuais de suspensão independente, o cáster resulta da inclinação dada ao suporte
da manga de eixo que, por sua vez, obriga o pino-mestre a acompanhar essa posição.
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Negativo - quando a projeção da linha de centro do pino-mestre ou pivô estiver atrás do ponto
de contato do pneu com o solo.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Podemos, então, definir cáster como a inclinação para frente ou para trás do pino-mestre em re-
lação à vertical, ou o ângulo de avanço do pivô (eixo imaginário de apoio do veículo).
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Tal ângulo tem a função de reduzir o esforço da direção nas manobras de estacionamento
e de diminuir no volante as repercussões provocadas em trajetos irregulares.
K.P.I. Câmber
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Para compensar a tendência de abertura das rodas devido à resistência ao rolamento dos pneus
e às folgas do sistema de direção, ou fechamento devido à força motriz, é recomendado, para
cada modelo de veículo, um determinado valor de convergência ou divergência que deve ser
mantido para se obter dos pneus o máximo de aproveitamento.
Divergência Convergência
(Toe-out) (Toe-in)
A A
B B
Sentido
de marcha
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
A convergência é a diferença entre a abertura dianteira e traseira das rodas, medida entre os
pneus na altura da ponta do eixo.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Convergência
A>B
Convergência +
B
Frente do veículo
A<B
A
Convergência -
B
Frente do veículo
A=B
Convergência
Nula
B
Frente do veículo
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Os cuidados são necessários e deverão ser obser vados, pois se o veículo trabalhar com con-
vergência (ou divergência) fora das especificações, os pneus sofrerão um desgaste prematuro e
irregular devido ao contínuo arrastamento das rodas.
Tratamos, até o momento, de quatro fatores referentes ao alinhamento da direção. Todas as regu-
lagens por eles permitidas se destinam ao movimento à frente em retas, mas nas cur vas as rodas
dianteiras divergem e isso nos traz um 5o (quinto) fator bastante importante também no que se
refere a alinhamento, chamado de Sistema de Ackerman.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
24 0
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Dessa forma, quanto mais acentuada a cur va, maior será a divergência das rodas.
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3a Parte
Balanceamento
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Já os ocupantes do veículo terão uma redução do conforto, pouca segurança causada por
“shimmy” e uma difícil dirigibilidade.
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1 2 1 2
3 4 3 4
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Executando-se o alinhamento e o
balanceamento das rodas de um
veículo, fica mais fácil dirigi-lo,
pois não haverá necessidade de
despender muita força na direção,
o que reduzirá a fadiga e trará
maior segurança.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
4a Parte
Suspensão
Funcionamento
Entende-se por suspensão o conjunto dos órgãos elásticos e estruturais situados entre as rodas e
o chassi do veículo, com a tríplice função de:
• Assegurar o maior conforto possível aos passageiros e a boa conservação dos materiais
transportados.
Amortecedor
É o elemento que, ao ser comprimido juntamente com a mola helicoidal, absorve a energia pro-
duzida pelas oscilações elásticas da suspensão durante a marcha do veículo. Durante a fase de
extensão, tem a função de desacelerar (frear) as oscilações da suspensão do veículo, dissipando
a energia absorvida pela mola helicoidal, principalmente em forma de calor (aquecimento do
óleo). As curvas de Carga X Curso dos amortecedores são definidas no desenvolvimento do
veículo e são específicas para cada modelo, sendo responsáveis pela perfeita dirigibilidade, es-
tabilidade, conforto e segurança, transmitidos aos ocupantes do veículo. Abaixo, como exemplo,
temos a curva de Carga (kg) X Velocidade (mm/s) do amortecedor dianteiro do Novo Palio, na
qual verificamos que a carga na compressão, comparada com a carga de extensão, é geralmen-
te menor.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Mola helicoidal
Alem de sustentar o peso do veículo, a mola helicoidal tem a função de fornecer uma força elás-
tica de reação entre a carroceria e a suspensão, de acordo com a deformação produzida pelas
cargas estáticas e dinâmicas aplicadas.
Cada mola é identificada pela cor amarela ou verde, de acordo com a categoria de carga, e
por uma segunda cor de acordo com a versão do veículo.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Barra estabilizadora
O estabilizador é uma barra de aço cuja função é estabilizar a carroceria, limitando sua inclina-
ção lateral durante as curvas.
Uma extremidade da barra estabilizadora pode estar fixada aos braços oscilantes, ligando a
travessa aos mesmos, limitando assim o abaixamento lateral do veículo durante uma curva.
Sua função, portanto, é fazer a ligação mecânica entre roda e chassi, assegurando os graus de
liberdade definidos em projeto, assim como o posicionamento da roda.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
elástica da mola helicoidal, que por sua vez é amortecida pelo amortecedor.
Os dois braços oscilantes estão ligados elasticamente entre si pelo eixo traseiro, que partici-
pa da função da suspensão traseira, tornando semi-independente o funcionamento das rodas
traseiras. Se a elevação das duas rodas em relação à carroceria é idêntica, como ocorre para
o abaixamento produzido por uma carga vertical, o eixo não se deforma e acopla somente os
dois braços oscilantes. Se a elevação das duas rodas em relação à carroceria é diferente, como
ocorre durante o abaixamento lateral em curva, o eixo sofre a deformação de torção, provocada
pelo ângulo diferente de rotação assumido pelos dois braços oscilantes.
Neste caso, por reação elástica, o eixo participa ao trabalho da suspensão traseira, limitando
o abaixamento lateral do veículo. Na suspensão traseira dos modelos Novo Palio Weekend e
Marea é utilizado como elemento estrutural um subchassi e dois braços oscilantes traseiros inde-
pendentes ancorados por rolamentos em sua fixação, ficando a cargo exclusivamente da barra
estabilizadora a função de limitar a inclinação lateral do veículo.
Montante da suspensão
É o elemento de ligação das rodas com a suspensão do veículo. Além de permitir o alojamento
do rolamento/cubo de roda, permite o esterçamento das rodas através da fixação das barras
de direção. Sua geometria está diretamente relacionada com a dirigibilidade, estabilidade do
veículo e equilíbrio das rodas em linha reta.
O próprio movimento da suspensão provoca variações na geometria das rodas, como conver-
gência e cambagem, que são definidos em projeto, juntamente com a geometria do montante.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Diagnose
• É intermitente ou não?
Faça um teste com o veículo, observando os questionamentos acima, não descartando nenhuma
informação obtida.
Importante: objetos soltos no porta-malas, ou sob os bancos, podem produzir ruídos que muitas
vezes podem ser confundidos pelo cliente como sendo provenientes da suspensão. Portanto, veri-
fique se os equipamentos obrigatórios (macaco, triângulo, chave de rodas) estejam corretamente
fixados.
Ao preencher a Ordem de Serviço, relate todos os dados que conseguiu apurar durante a con-
versa com o cliente e no teste com o veículo.
• Com o veículo apoiado no solo, certificar os torques de aperto nas fixações superiores e infe-
riores.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Calibrar os pneus e efetuar um teste de rodagem em ruas de pouco movimento e pisos irregulares.
Não
O ruído foi Amortecedor OK
reproduzido?
Sim
Trata-se de uma
O ruído é de Sim característica do
queda de roda ou projeto do
fluxo de óleo? amortecedor
Não
Sim
O inconveniente Amortecedor OK
foi solucionado?
Não
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Procedimentos:
1) Sempre que um veículo permanece algum tempo estacionado, ocorre a tendência de nivelar
as superfícies do fluido entre os tubos de pressão e o tubo reservatório.
a) 0 ruído de assobio contínuo ou stick-slip que se refere ao atrito entre o selo e a haste, poderá
ter sido originado pelo ressecamento da borracha, caso o amortecedor tenha trabalhado a altís-
simas temperaturas. Este fenômeno, embora ocorra mais esporadicamente, é irreversível.
b) Alguns amortecedores poderão apresentar ruídos metálicos por erros de montagem, peças
soltas, etc.
4) Procedimento de Instalação
a) Evite trocá-los aos pares. Dentro do período de garantia, substituir somente a unidade avaria-
da.
Obs.: A recomendação de trocar os pares ou todo o jogo só é adotada como manutenção pre-
ventiva ou após alta quilometragem.
b) Durante a troca dos amortecedores, não segurar a haste cromada com alicates ou outra ferra-
menta que possa marcá-la. Procurar a ferramenta adequada desenvolvida para cada caso.
c) Sempre que for instalar uma nova unidade, realizar o “escorvamento”, ou seja, fixar o amorte-
cedor verticalmente e pela base numa morsa. Acioná-lo 3 vezes, abrindo-o e fechando-o em todo
o seu curso. Evitar amassamentos do tubo reservatório ao fixar os amortecedores tipo cartucho.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Vazamento de óleo
Não
Amortecedor OK Fim.
Está sem ação?
Sim
Remover o amortecedor suspeito do veículo e fixá-lo em uma morsa com a haste voltada para
cima, tomando o cuidado para não danificá-lo.
Puxar a haste até a metade do seu curso e comprimí-la rapidamente para que as bolhas de ar
existentes no óleo sejam eliminadas. Repetir esta operação pelo menos 6 vezes.
Sim
Fim.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Verificação no veículo
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Suspensão traseira
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Atenção: devido ao tipo de construção dos amortecedores traseiros do Palio, é prevista e ne-
cessária uma folga entre a haste e o corpo do amortecedor. Esta folga pode ser comprovada
inclusive sobre peças novas e, portanto, não se caracteriza como um defeito de fabricação e sim
como uma característica construtiva, não ocasionando assim nenhum inconveniente, sobretudo
rumorosidade. Portanto, amortecedores substituídos, cujo diagnóstico é “rumorosidade devido à
folga na haste” ou, “folga na haste” serão sumariamente devolvidos.
Salientamos que se deve respeitar a ordem de aperto das fixações dos amortecedores traseiros
dos veículos PALIO 2V T.T./ SIENA T.T. da seguinte forma:
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Suspensão Dianteira
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Suspensão Traseira
Regular o curso da alavanca de freio de mão e lubrificar as buchas metálicas e o cabo de freio
de mão primeiramente com a graxa Molycote DC 33 médium, aplicando em seguida a graxa
Zeta 2, conforme fotos abaixo.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
2 - Feixe de molas - rangido metálico geralmente quando ocorre alguma torção na carroceria
(passar em quebra-molas com uma roda de cada vez). Substituir feixe de molas completo.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Suspensão traseira
Torque: 70 Nm
Torque: 60 Nm
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Stilo
Suspensão dianteira
Nota: utilizando um torquímetro e uma chave fixa 17 mm, aplicar torque de 56 Nm (5,6 kgm) na
porca de fixação da bieleta ao amortecedor.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Suspensão traseira
Torque: 25 Nm
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Suspensão traseira
Torque: 70 Nm
Torque: 123 Nm
• Reduzir atrito
• Suportar cargas
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Mancais planos
Atrito de escorregamento
Mancais planos
Atrito de rolamento
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Anel externo
Gaiola
Vedador
Anel interno
Vedador
Corpos rolantes
Corpos rolantes
Contato Puntiforme
Contato Linear
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
• Evitar o contato entre os corpos rolantes para minimizar o atrito e a geração de calor.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Altas
Propriedades de
rotações de
deslizamento
trabalho
Leve e flexível
Melhor
desempenho
em aplicações
Bom
vibratórias
amortecimento
Baixa
de vibrações
temperatura
de operação
Capacidade
Desenho Maior vida útil
de carga
otimizado (E)
aumentada
Carga axial
Folgas internas
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Contato angular
Radial
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Rotação Vida
Capacidade de carga
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Limites de rotação
r/min
O que é lubrificação?
Lubrificação
• Previne contato metálico entre os
componentes do rolamento
• Previne desgaste
• Protege contra erosão
Filme
lubrificante
Graxa
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Rolamentos de roda
Componentes de suspensão
Suspensão dianteira
1 - Roda
2 - Disco de freio
3 - Rolamento
4 - Montante
5 - Parafuso/porca de roda
6 - Porca do semi-eixo
8 - Cubo de roda
Considerações iniciais
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Descrição do produto
Características
Cubo de roda
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Descrição do produto
Rolamento de contato angular, tipicamente usado em rodas dianteiras acionadas e traseiras não
acionadas, com o anel externo fixo e anéis internos rotativos.
Características
Seus componentes principais são anel externo único, dois anéis internos, vedações e corpos
rolantes que variam entre esferas e rolos cônicos.
O HBU 1 é lubrificado e vedado para toda a vida, além de ser produzido com folga interna
predefinida em função da aplicação.
HBU 1 HBU 1T
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Descrição do produto
Tipicamente usado em rodas dianteiras e traseiras não acionadas, com o anel externo flangeado
rotativo e os anéis internos fixos.
Características
• O flange é rígido, com furos roscados ou parafusos e um spigot para centrar e montar disco
ou tambor de freio e roda.
HBU 2 HBU 2T
Descrição do produto
Rolamento de contato angular, tipicamente utilizado em rodas dianteiras e traseiras com ou sem
acionamento.
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Características
• O anel interno, também flangeado, é rotativo, com spigot, furos roscados ou parafusos para
montagem do disco/ tambor de freio e roda.
HBU 3 HBU 3T
Gaiola
Vedação
Parafusos Corpos rolantes
Pista magnética
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
HBU 3
Vedação do rolamento com pista
magnética integrada
HBU 1
Parte integrada
Montagem e diagnose
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Compressão avalizante
Prensa
Bucha
Prensa
Bucha Cubo
Rolamento
Rolamento
Torre Apoio
Torre
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
Importante
Esse empenamento pode provocar afrouxamento dos parafusos de fixação do amortecedor, além
de submeter a haste a um atrito maior com a bucha/selo de vedação superior ocasionando sua
fadiga prematura.
Salientamos ainda que, além de comprometer a integridade dos amortecedores, esse procedi-
mento pode danificar os rolamentos de rodas em função das elevadas cargas que atuam nas
pistas internas e externas, deformando as mesmas e gerando, por conseqüência, rumorosidade.
Desempenador automotivo
Estas deformações podem ser identificadas conforme procedimento de diagnóstico descrito abai-
xo:
1 - Efetuar teste dinâmico com o veículo, esterçando a direção para ambos os lados, verificando
a presença da rumorosidade reclamada e determinando se a mesma provém do rolamento dian-
teiro direito, se do esquerdo ou de ambos os lados.
3 - Remover o rolamento com rumorosidade do montante, assim como sua pista interna do cubo
de roda dianteiro com o auxílio da ferramenta nº 60353188. Ver Infotec Op.4450C32
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Suspensão, Alinhamento e Balanceamento
4 - Remover, com auxílio de uma chave de fenda pequena, os retentores do rolamento e, com um
pano, limpar as pistas internas e externas do rolamento de roda.
Obs.: Se possível, preservar a graxa para que a mesma seja recolocada no rolamento quando
do seu envio em garantia. A graxa é um elemento importante no processo de análise/diagnósti-
co de falhas em rolamento.
5 - Verificar, contra a luz, a presença ou não de marcas nas pistas do rolamento de roda diantei-
ro conforme fotos abaixo.
Obs.: Estas marcas estão dispostas em parte das pistas do rolamento, eqüidistantes uma das
outras em função de serem ocasionadas pela ação das esferas do rolamento quando submetidas
a cargas impostas pela ferramenta “desempenador automotivo”, conforme esquema ao lado.
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Obs.: Para o envio à fábrica dos rolamentos substituídos em garantia, os mesmos deverão ser
remontados, assim como os seus retentores.
Tendências
• Confiabilidade
• Robustez
• Redução de atrito
• Redução de peso
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nesta publicação são fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados
em conseqüência das modificações feitas pelo fabricante, a qualquer momento, por
razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as características
básicas do produto.
Impresso n° 5300161 - 05/2008