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Gerenciamento eletrônico
de motores Flex
Gerenciamento eletrônico
de motores Flex
ÍNDICE
Estequiometria 07
Fator lambda 07
Sonda lambda 08
Funcionamento da sonda 09
Auto-adaptação 10
Tipos de auto-adaptação 10
Autodiagnose 11
Tipos de autodiagnose 11
Recovery 11
Aprendizado 12
Tipos de aprendizado 12
Aprendizado do AF 13
Bobina de ignição 15
Injetores 15
Pedal do acelerador 17
Borboleta motorizada 17
Eletroválvula do canister 18
Exercícios - Marelli 19
Bobinas de ignição 24
Interruptor de embreagem 24
Interruptor de freio 25
Interruptor inercial 26
Sonda lambda 27
Eletroinjetores 30
Sensor de detonação 31
Sensor de velocidade 31
Eletroválvula do canister 32
Borboleta motorizada 35
Exercícios - Bosch 38
Sensores e atuadores 43
Sensor de rotação 43
Sensor de fase 43
Bobinas de ignição 44
Interruptor de embreagem 45
Interruptor de freio 45
Interruptor inercial 47
Sonda lambda 47
Eletroinjetor de combustível 51
Sensor de detonação 52
Sensor de velocidade 52
Eletroválvula do canister 53
Borboleta motorizada 56
Exercícios - Delphi 60
Caderno de exercícios 63
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Estequiometria
A estequiometria é o estudo e o cálculo das relações entre produtos em reações químicas como
na queima por exemplo.
Para que um combustível seja inflamado, é necessário que ele misture com o oxigênio dentro de
determinados limites de proporção. Excesso ou falta de combustível pode provocar uma queima
incompleta ou até mesmo falha total da queima. Sendo assim, é necessário que o combustível
forme uma mistura homogênea com o ar e em proporções corretas.
A proporção de mistura ar/combustível que teoricamente proporciona uma queima total de todo
combustível e que gere gases não tóxicos é chamada de MISTURA ESTEQUIOMÉTRICA. Cada
combustível possui uma proporção ou relação estequiométrica:
• Gasolina pura – 14,6:1 (são 14,6 gramas de ar para cada grama de combustível)
• Álcool etílico anidro – 9,0:1 (são 9,0 gramas de ar para cada grama de combustível)
• Álcool etílico hidratado – 8,5:1 (são 8,5 gramas de ar para cada grama de combustível)
• Gasohol – 13,3:1 (são 13,3 gramas de ar para cada grama de combustível)
Fator lambda
O fator lambda é um parâmetro que mostra se a mistura é estequiométrica, pobre ou rica. Ele é
determinado pela relação entre a mistura real e a estequiométrica:
Assim, as condições essenciais que devem sempre ser satisfeitas na preparação da mistura ar/
combustível para o bom funcionamento do motor com ignição por centelha são:
• A “dosagem” (relação ar/combustível) deve ser mantida o mais constante possível, próximo
do valor estequiométrico, de modo a assegurar a qualidade da combustão, evitando consu-
mo desnecessário de combustível e emissões fora dos limites
07
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Exemplo: em um motor a Gasohol, o NCM dosa uma mistura de 13:1 em um determinado regi-
me de funcionamento do motor. Qual é o Fator Lambda? A mistura é rica ou pobre?
13
1
0,98 Mistura RICA
13,3
1
Sonda lambda
A Sonda lambda é um sensor instalado na tubulação de descarga cuja função é medir o teor
de oxigênio no escapamento. Para isto, a sonda compara a diferença entre a concentração de
oxigênio da atmosfera, cuja concentração é de 22 % aproximadamente, e a concentração de
oxigênio presente nos gases de descarga.
Para funcionar, a sonda lambda deve estar numa temperatura em torno de 400 °C. Por isto,
algumas sondas utilizam um resistor interno para aquecimento.
A Sonda lambda pode ser do tipo Finger ou Planar. Os dois tipos de sondas funcionam segun-
do o mesmo princípio, porém, suas características construtivas são diferentes:
1. Alojamento do sensor
2. Tubo cerâmico de suporte
1 2 3
3. Conexão
4. Tubo de proteção
5. Sensor cerâmico
6. Contato
7. Capa de proteção
4 5 6 7 8 9 10
8. Aquecedor elétrico (Heater)
9. Conexões do aquecedor
10. Vedação
8
1. Cobertura cerâmica
7
5
2. Eletrodos
3. Contatos
4
1
2 3 4. Alojamento
6
5. Tubo de descarga
Tensão 6. Proteção cerâmica porosa
7. Gases de descarga
8. Ar ambiente
08
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
1. Tubo de proteção
1 2 3 4 5 6 7 2. Selo cerâmico
3. Alojamento do sensor
4. Suporte cerâmico
5. Sensor cerâmico planar e aquecedor
6. Capa de proteção
7. Conexão elétrica
1
1. Camada de proteção porosa
2 2. Eletrodo externo
3 3. Sensor planar
4
4. Eletrodo interno
5
6 5. Lâmina de ar de referência
7 6. Isolador
6
7. Aquecedor
8
9
8. Lâmina Aquecedora
9. Contatos
Funcionamento da sonda
Tanto na sonda finger como na sonda planar, uma região do elemento sensor é exposta ao
ar atmosférico e outra região é exposta aos gases de escape. Cada uma destas regiões reage
com as moléculas de oxigênio gerando um potencial elétrico. A tensão gerada na saída da
sonda depende então da diferença de concentração de oxigênio entre os gases de escape e a
atmosfera.
Quando a mistura está RICA, o teor de oxigênio na descarga diminui. Assim, a diferença entre
a concentração de O2 da descarga e da atmosfera se eleva. Como a tensão gerada pela sonda
depende da diferença de concentração de O2, sua tensão se eleva.
Quando a mistura está POBRE, o teor de oxigênio na descarga é elevado. Assim, a diferença
entre a concentração de O2 da descarga e da atmosfera diminui. Então, a tensão gerada pela
sonda também diminui.
Tensão (V)
1V
0,450 V
Fator
0V Lambda
Mistura RICA 1 Mistura POBRE
De acordo com o nível de tensão gerado pela sonda lambda, o NCM identifica a necessidade
de correção da mistura ar/combustível.
09
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Auto-adaptação
Tipos de Auto-adaptação
Auto-adaptação da mistura: visa compensar variações nas características de componentes do
motor devido às tolerâncias de fabricação/envelhecimento, bem como pequenas variações no
tipo de combustível usado. A compensação é feita individualmente para várias condições de
operação do motor.
10
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Autodiagnose
Tipos de autodiagnose
Diagnóstico elétrico: o diagnóstico elétrico de um sensor se baseia no fato de que, em condi-
ções de funcionamento normal, o sensor deve estar dentro de sua faixa nominal de operação.
A verificação de um sinal fora desta faixa permite após um oportuno tempo de filtragem e de
confirmação, diagnosticar o defeito do sensor. A presença de sinais fora da faixa nominal, nos
estágios de entrada do NCM, permite avaliar uma possível não plausibilidade de sinal do sen-
sor por motivos de:
• interrupção do circuito
• curto-circuito à massa
• curto-circuito ao positivo
Diagnóstico funcional: os três modos de defeito acima citados são aqueles estatisticamente mais
freqüentes no âmbito dos sensores dos sistemas de controle, mas não são os únicos possíveis.
Na realidade, podem ocorrer outros tipos de defeito como travamentos mecânicos de sensores
móveis por exemplo. Se o travamento ocorrer dentro da faixa nominal (0 à 5 V) o sistema tam-
bém o reconhecerá como uma não plausibilidade de sinal. Outros modos de defeitos usam os
valores de vários sensores e, através de cálculos matemáticos, determinam se o funcionamento
global do motor está coerente. Se não estiver, o NCM adota valores padrão, chamados de
valores de recovery, para o sensor com defeito e, em alguns casos, inibe o funcionamento de
alguns atuadores.
Recovery
É a capacidade que a central eletrônica possui de funcionar mesmo com alguns tipos de defei-
tos no sistema. De acordo com o defeito detectado, o sistema toma uma ação de emergência
predefinida em sua memória.
11
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Aprendizado
Tipos de aprendizado
Auto-aprendizado da razão ar/combustível (Air/Fuel): este tipo de auto-aprendizado é que
torna possível reconhecer tipos diferentes de combustível (álcool, gasolina ou qualquer mistura
dos dois). O programa do NCM que possibilita esta ação de auto-aprendizado é chamado de
SFS – Software Flex Fuel Sensor. Este software possibilita o reconhecimento do AF (abreviatura
do termo “Air/Fuel”, que significa ar/combustível) quando necessário através da interpretação
dos dados enviados pela sonda lambda. Desta forma, o NCM aprende qual é a relação ar/
combustível mais adequada para o combustível no tanque.
Auto-aprendizado da borboleta motorizada: este aprendizado tem como objetivo efetuar a cali-
bração da borboleta motorizada, ou seja, é por meio desta função que o NCM vai reconhecer
as diferenças de fabricação entre um corpo de borboleta e outro.
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Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Aprendizado do AF
Somente em condições propícias o sistema habilita a estratégia de reconhecimento do combustí-
vel. As condições que habilitam o reconhecimento da razão ar/combustível (AF) são as seguin-
tes:
Primeira partida
Na primeira partida do sistema
(linha de produção ou NCM
novo) o auto-aprendizado
estabelece o AF de 9,0:1 (álcool)
Nível de combustível
Nível de combustível
abaixo de 6 litros.
Imposto pelo
OU Habilitação do
Auto-aprendizado
SCANNER
Percurso acima de
400 km
Vejamos um exemplo:
Se o veículo funcionava apenas com gasolina com a razão ar/combustível de 13,2:1 e abaste-
cemos o tanque apenas com álcool, cuja razão ar/combustível é 9,0:1, ocorrerá:
1. A estratégia de aprendizado do AF é disparada pelo nível de combustível: abastecimento
maior que 3 litros
2. A auto-adaptação de mistura é desabilitada
13
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
3. Pelo sinal da sonda lambda o NCM corrige a mistura até que o fator lambda seja 1 e
aprende, assim, a nova razão ar/combustível
4. O NCM memoriza o novo valor do AF e desabilita o aprendizado do AF
5. O NCM habilita a auto-adaptação e volta a funcionar normalmente
Durante o funcionamento a frio do motor, uma parte do combustível condensado nas paredes
dos cilindros vai para o cárter e deve ser eliminada através do blow-by. A gasolina, por possuir
frações mais leves de hidrocarbonetos, evapora-se gradualmente com o aquecimento do motor e
não influencia o auto-aprendizado da razão ar/combustível.
O álcool, por ser menos volátil que a gasolina e não possuir frações mais leves em sua compo-
sição, ao atingir determinada temperatura evapora do cárter subitamente e gera uma grande
quantidade de álcool pelo blow-by. Este vapor de álcool, se introduzido ao cilindro no momento
da auto-aprendizagem, pode mascarar o aprendizado. Para que isto não ocorra, existe uma
estratégia que habilita o auto-aprendizado em função da temperatura do motor e da razão
ar/combustível memorizada.
A estratégia para driblar a evaporação do álcool do blow-by estará ativa quando na partida a
razão ar/combustível for menor que 11,5:1 e a temperatura motor menor que 30 graus centí-
grados.
A gasolina possui uma maior facilidade para evaporar-se porque é formada de vários compo-
nentes, leves e pesados. Os componentes leves da gasolina evaporam-se à baixas temperaturas
e facilitam o funcionamento do motor na fase fria. Já o álcool, como não possui componentes
mais leves, oferece uma dificuldade para evaporar-se, o que dificulta o funcionamento a frio.
Além disto, o fato do álcool possuir maior calor de vaporização que a gasolina o torna um
combustível crítico para uso em baixas temperaturas. Sendo assim, quanto maior a porcentagem
de álcool no combustível, maior será a dificuldade de partida e funcionamento a frio. Por isto,
motores que operam com álcool exigem sistemas de injeção de gasolina na fase de partida a
frio.
O sistema não funciona na partida se a razão ar/combustível for maior que 12:1 e temperatura
do motor superior a 30 °C. Durante a fase de aquecimento com motor funcionando o sistema
pode ser ativado para melhorar a dirigibilidade.
14
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Bobina de ignição
Resistência de cada Primário: ~ 0,6 KΩ a 20 °C
Resistência de cada Secundário: ~ 11,5 KΩ a 20 °C
Injetores
Resistência: 13,8 Ω a 15,2 a 20 °C
Temperatura (°C) Resist. Mín. (Ω) Resist. Nom. (Ω) Resist. Máx. (Ω)
4 3 2 1
A Negativo (-)
C 5 V Sensor pressão
15
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Temperatura °C 40 50 60 70 80 90 100
( V)
1
1±0,5 mm
5 7 2
1
6
(s)
Pino Descrição
1 Sinal +
2 Sinal -
3 Blindagem
16
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Pedal do acelerador
1
Pin-out do conector
6
1. Alimentação 5 V P2
2 6
P2 5 2. Alimentação 5 V P1
5
1
4 3. Massa do sinal P1
3 4. Sinal P1
4 3 2
P1 4 1 5. Massa do sinal P2
2
6. Sinal P2
3
92
P1
% Tensão (V)
48.5
P2
15
7.6
0
5 10 20 30 40 50 60
Curso do pedal (mm)
Obs.: A tensão gerada pela pista 2 é a metade da tensão gerada pela pista 1.
Borboleta motorizada
5V
4,750 P1
4,350
4,000
1 0,950
0,600
0,250 P2
5 90° °
17
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TPS1 TPS2
Tensão [V]
Pinos Livre Apertado Pinos Livre Apertado
Sinal
Massa 1-2 0.7 3.8 1-6 4.3 1.0
Massa
Positivo 1-5 5.0 5.0 1-5 5.0 5.0
Motor da borboleta
Motor de corrente contínua, operado com a tensão de 12 V (VBat) em “duty-cycle” variável, fre-
qüência fixa de 1 KHz com inversão de polaridade para controle de marcha lenta.
Eletroválvula do canister
Alimentação: 12 V
Resistência Elétrica 20 Ohms a 20 °C
Amplitude do Sinal de Acionamento: Vbat
Duty-Cycle: variável
Freqüência: 15,6 Hz
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Exercícios – Marelli
1. Um motor, cuja relação estequiométrica é 12,5:1, recebe uma mistura de 12:1. Qual é o
valor do fator lambda? A mistura é rica ou pobre?
30 86
1 2 1 2
19
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Simulação Comportamento
NQS EDI
Componente Falha Observações
Sinalizou? Detectou?
( ) SIM ( ) SIM
Bóia do tanque Circuito aberto
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Alimentação positiva
Bobina de ( ) NÃO ( ) NÃO
ignição ( ) SIM ( ) SIM
Sinal de comando
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Circuito aberto
Interruptor de ( ) NÃO ( ) NÃO
pressão do óleo ( ) SIM ( ) SIM
Curto-circuito
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Massa interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Sensor de pressão Sinal temperatura interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
absoluta e de ( ) SIM ( ) SIM
Alimentação interrompida
temperatura do ar ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Sinal pressão interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
Sensor de tempera- ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
tura do motor ( ) NÃO ( ) NÃO
Sensor de ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
detonação ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 1
( ) NÃO ( ) NÃO
Pedal do ( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 2
acelerador ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetros 1 e 2
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 1
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 2
Borboleta ( ) NÃO ( ) NÃO
motorizada ( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetros 1 e 2
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Motor elétrico
( ) NÃO ( ) NÃO
Injetor de ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
combustível ( ) NÃO ( ) NÃO
Eletroválvula e
( ) SIM ( ) SIM
eletrobomba de Malha aberta
partida a frio ( ) NÃO ( ) NÃO
20
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Simulação Comportamento
NQS EDI
Componente Falha Observações
Sinalizou? Detectou?
( ) SIM ( ) SIM
Aquecedor em malha aberta
( ) NÃO ( ) NÃO
Sonda lambda
( ) SIM ( ) SIM
Sonda
( ) NÃO ( ) NÃO
Aprendizado do AF
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Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Vejamos um exemplo:
Se o veículo funcionava apenas com gasolina com a razão ar/combustível de 13,2:1 e abaste-
cemos o tanque apenas com álcool, cuja razão ar/combustível é 9,0:1, ocorrerá:
1. A estratégia de aprendizado do AF é disparada pelo nível de combustível
2. Pelo sinal da sonda lambda o NCM corrige a mistura até que o fator lambda seja 1. Assim,
o NCM aprende a nova razão ar/combustível
3. O NCM memoriza o novo valor do AF
Durante o funcionamento a frio do motor, uma parte do combustível condensado nas paredes
dos cilindros vai para o cárter e deve ser eliminada através do blow-by. A gasolina, por possuir
frações mais leves de hidrocarbonetos, evapora-se gradualmente com o aquecimento do motor e
não influencia o auto-aprendizado da razão ar/combustível.
O álcool, por ser menos volátil que a gasolina e não possuir frações mais leves em sua compo-
sição, ao atingir determinada temperatura, evapora do cárter subitamente e gera uma grande
quantidade de vapor de álcool pelo blow-by. Este vapor de álcool, se introduzido ao cilindro
no momento da auto-aprendizagem, pode mascarar o aprendizado. Para que isto não ocorra,
existe uma estratégia que habilita o auto-aprendizado em função da temperatura do motor e da
razão ar/combustível memorizada.
Todo combustível, álcool ou gasolina, deve estar na fase gasosa para que possam inflamar-se.
Como o combustível é injetado na fase líquida, é necessário que o mesmo mude de fase (líqui-
do para gás) antes de receber a ignição.
A gasolina possui uma maior facilidade para evaporar-se porque é formada de vários compo-
nentes, leves e pesados. Os componentes leves da gasolina evaporam-se às baixas temperatu-
ras e facilitam o funcionamento do motor na fase fria.
Já o álcool, como não possui componentes mais leves, oferece uma dificuldade para evaporar-
se, o que dificulta o funcionamento a frio. Além disto, o fato do álcool possuir maior calor de
vaporização que a gasolina o torna um combustível crítico para uso em baixas temperaturas.
Sendo assim, quanto maior a porcentagem de álcool no combustível, maior será a dificuldade
de partida e funcionamento a frio. Por isto, motores que operam com álcool exigem sistemas de
injeção de gasolina na fase de partida a frio.
O sistema de partida a frio não funciona na partida se a razão ar/combustível for maior que
12:1 ou temperatura do motor superior a 23 °C. Durante a fase de aquecimento com motor
funcionando, o sistema pode ser ativado para melhorar a dirigibilidade.
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Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Sensores e atuadores
1 2
1. Sinal
2. Sinal
Características elétricas
Recovery
23
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Bobinas de ignição
O circuito de ignição é de descarga indutiva do tipo estático com centelha perdida, com módu-
lo de potência incorporado na unidade eletrônica.
A unidade eletrônica gerencia o avanço base por meio do mapa base de ignição em função
do:
• regime de rotação do motor
• valor da pressão absoluta (mmHg) no coletor de admissão
Características elétricas
Recovery
Interruptor de embreagem
O interruptor de embreagem possui a função de informar o acionamento do pedal da embrea-
gem. Para isto, ele envia um sinal negativo para o NCM quando o pedal estiver acionado. Na
condição de repouso, o excêntrico do eixo aciona o interruptor mantendo-o aberto.
1 2
1. Entrada de negativo
2. Saída de sinal negativo
24
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Interruptor de freio
O interruptor de freio possui a função de informar o acionamento do pedal de freio. Para isto,
ele envia dois sinais positivos para o NCM:
• um sinal para informar que o pedal está em repouso, enviado pelo contato NA
• um sinal para informar que o pedal foi acionado, enviado pelo contato NF
Esta informação também é utilizada pelo NCM para o controle de desaceleração (Dash-pot).
1 3 4 2
1-3. Contato NA
2-4. Contato NF
Recovery
Em caso de detecção de falha no sensor (P0571), se houver o opcional cruise control, o mesmo
será desabilitado.
O sistema detecta falha no sensor se, com o motor parado e chave em MARCHA, o sensor indi-
car alta pressão de óleo.
Recovery
Em caso de detecção de falha (P0520) a lâmpada espia de pressão de óleo é mantida ligada.
25
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
1 4 3 2
1. Eletrobomba de combustível
4. Eletrobomba de combustível
B
2. Sensor de nível do tanque
4. Sensor de nível do tanque
Recovery
Interruptor inercial
O interruptor inercial é um dispositivo de segurança cuja função é inibir o funcionamento da
eletrobomba de combustível caso o veículo sofra um impacto.
1 2 3
1. Negativo
2. Saída do contato (NA)
3. Saída do contato (NF)
Para desativar o interruptor inercial basta regatilhá-lo pressionando o botão no topo de seu
corpo.
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Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Recovery
Sonda lambda
O sistema ME 7.9.9 utiliza uma sonda lambda do tipo planar com resistor de aquecimento
(heater) integrado, instalada antes do catalisador.
1. Sinal da Sonda
2. Negativo (Referência)
3. Negativo para aquecedor
1 2 3 4
4. Positivo do aquecedor
A sonda possui a função de medir o teor de O2 nos gases de descarga. Em função da quanti-
dade de O2 na descarga a sonda gera uma tensão cujos valores variam entre 0 V e 1 V.
De acordo com o nível de tensão gerado pela sonda lambda o NCM identifica a necessidade
de correção da mistura ar/combustível.
Comando do aquecedor
1. Alimentação pulsante com Duty de 75 % (após partida do motor)
2. Alimentação fixa por 14 segundos
3. Alimentação pulsante com Duty de 50 % por um tempo que depende da temperatura mode-
lada do escapamento do motor
4. Alimentação fixa durante todo funcionamento do motor
Características Elétricas
Potência de resistência de aquecimento: 9 W a 20 °C
Valor da tensão gerada pela sonda: 0 V a 1 V
27
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Recovery
1 2
1. Sinal
°C
2. Negativo de referência
Características elétricas
A resistência elétrica pode ser medida desligando o conector do sensor e instalando um ohmí-
metro entre seus terminais. Os valores de resistência variam de acordo com a temperatura:
Resistência (Ω) 48805 27414 15971 9620 5975 3816 2502 2044 1679
Resistência (Ω) 1152 807 576 418 309 231 176 135 105
28
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Recovery
4 3 2 1
1. Negativo
2 1 3 4
S S 2. Sinal de temperatura do ar
°C 3. 5 V para o sensor de
pressão
4. Sinal do sensor de pressão
29
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Resistência (Ω) 48153 26855 15614 9426 5887 3791 2510 2063 1715
Resistência (Ω) 1200 851 612 446 330 246 186 142 110
Eletroinjetores
O eletroinjetor é do tipo TOP FEED, que significa alimentação de combustível na parte superior
do seu corpo. No eletroinjetor está alojada a bobina elétrica, cuja função é gerar o campo
magnético responsável pelo movimento do obturador.
1. Alimentação (12 V)
2. Sinal de comando
1 2
Características elétricas
Valor da resistência: 12 ± 5 Ω
Recovery
Em caso de falha em um dos eletroinjetores (P0201, P0202, P0203 ou P0204), o estágio final
de saída de comando do injetor é desligado, é interrompida a regulação lambda e a auto-
adaptação e a desativação da adaptação de injeção na partida.
30
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Sensor de detonação
O sensor de detonação, do tipo piezoelétrico, está instalado no bloco do motor e registra a
intensidade das vibrações provocadas pela detonação na câmara de combustão.
Com a ocorrência da detonação o NCM atrasa o avanço de ignição até que o fenômeno desa-
pareça. Em seguida, o avanço de ignição é restabelecido até atingir o limiar que a detonação
ocorra novamente.
1 2
1. Sinal
2. Sinal
Recovery
Em caso de detecção de falhas (P0325 ou P1325), o avanço de ignição é atrasado para valo-
res predeterminados.
Sensor de velocidade
O sensor de velocidade do veículo é um sensor Hall que gera pulsos elétricos de 12 V cuja fre-
qüência depende da velocidade do veículo. Está instalado na saída do diferencial.
Este sensor transmite ao Body Computer a informação relativa à velocidade do veículo. Via rede
CAN, o Body Computer transmite o valor da velocidade para o quadro de instrumentos e siste-
ma de gerenciamento do motor.
1 2 3
s
1. Negativo
2. Sinal
3. Positivo (12 V)
Recovery
Obs.: As falhas no sensor de velocidade são detectadas durante a fase de freio motor.
31
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Eletroválvula do canister
Os vapores de combustível recolhidos no filtro de carvão ativado (canister) são enviados para
o coletor de admissão para serem queimados. A eletroválvula do canister possui a função de
controlar o fluxo destes vapores em função do comando elétrico recebido do NCM, que atua na
eletroválvula apenas em determinas condições de funcionamento do motor.
1. Positivo 12 V
2. Sinal de comando
1 2
Características elétricas
Resistência elétrica ≅ 25 Ω
Recovery
1. Positivo 12 V
2. Sinal de comando
1 2
Características elétricas
Resistência elétrica ≅ 25 Ω
Recovery
32
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
1 2 3
1. Alimentação negativa
s
2. Alimentação positiva (5 V)
3. Sinal
1 2
3
Pressão Ação
< 2,5 Bar Desliga a embreagem eletromagnética do compressor por falta de refrigerante
> 28,0 Bar Desliga a embreagem eletromagnética do compressor por excesso de pressão
Características elétricas
5
4,5
O valor de tensão no terminal de saída do
4
TENSÃO (VOLTS)
Recovery
33
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
1. 5 V para P2
2 4 3 1 6 5
S S
2. 5 V para P1
3. Negativo P1
4. Sinal P1
P1 P2 5. Negativo P2
6. Sinal P2
Características elétricas
2,18 V P2
que também varia em função da posição do pedal,
tem o valor instantâneo igual à metade do valor da
0,70 V tensão de saída do potenciômetro P1.
0,35 V
0,00 V
0% 100 % É esta característica especial que aumenta o nível
CURSO DO PEDAL de confiabilidade da informação gerada pelos
potenciômetros.
Recovery
Obs: Após a correção da falha, se o erro não for apagado a espia só apagará após a pró-
xima partida do motor.
34
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Borboleta motorizada
O sistema ME 7.9.9 controla a borboleta motorizada em função da posição do pedal acelera-
dor e das condições de funcionamento do motor, seguindo mapas de acionamento gravados
em sua memória.
1. Alimentação para motor CC
P2 P1 2. Negativo para P1 e P2
3. Positivo 5 V para P1 e P2
M
4. Alimentação para motor CC
1 4 2 5 3 6 5. Sinal de P2
6. Sinal de P1
Atenção: Nunca tente abrir a borboleta com as mãos se a chave estiver na posição MAR,
isto pode danificar a borboleta motorizada de forma irreversível.
Para que o auto-aprendizado seja efetuado, as condições abaixo devem ser satisfeitas:
• a chave deve ser colocada em MARCHA e o motor parado
• a temperatura do ar deve ser maior que 5,3 °C
• a temperatura do motor deve estar entre 5,3 °C e 100,0 °C
• o pedal do acelerador deve estar na posição de repouso
• a tensão da bateria deve ser maior que 10 V
• o veículo deve estar parado
Características elétricas
35
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Recovery
Em caso de falha no potenciômetro 1 (P1121), o veículo funciona com limitação de carga.
Em caso de falha no potenciômetro 2 (P1122), o veículo funciona com limitação de carga.
Em caso de detecção de falha na mola da borboleta (P1680 ou 1681) ocorre o corte de cor-
rente do motor elétrico.
Em caso de detecção de falha de desvio de posição da borboleta (P1682) ocorre o corte de
corrente do motor elétrico da borboleta.
Em caso de falha de plausibilidade entre os potenciômetros (P1684) pode ocorrer o cut off de
segurança ou corte de corrente do motor da borboleta motorizada.
Em caso de substituição do NCM sem realização de auto-aprendizado (P1686) ocorre o cut off
de segurança.
Em caso de erro de controle de torque (P1337) ocorre o cut off de segurança.
O recovery do corpo de borboleta (tabela 2) depende do status da falha detectada nos potenci-
ômetros do corpo de borboleta (tabela 1):
P1 e P2 fora da faixa
Falha grave Falha grave Falha grave
Erro de correlação entre P1 e P2, P1 fora
da faixa ou falha de validação do con- Falha leve Falha grave Falha leve
versor AD de P1 e P2
Erro de correlação entre P1 e P2, P1 e P2
fora da faixa Falha grave Falha grave Falha grave
36
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Normal X X X → Normal
Falha operacional X X X → Normal
X: Não importa
Obs.: A falha de fluxo de ar alto persiste quando o modo de controle da borboleta é igual
ao gerenciamento de potência e o fluxo de ar é muito alto para a posição atual da
borboleta.
Erro de correlação entre P1 e P2 Falha leve Falha leve Falha leve Falha grave
37
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
X: Não importa
Performance limitada: a borboleta de aceleração terá sua abertura limitada por mapas especí-
ficos para este modo de funcionamento (limitação de torque). Se o pedal de freio for acionado
será considerada uma carga de 0 % no pedal do acelerador.
Marcha lenta forçada: o valor objetivo da rotação de marcha lenta será 1200 rpm e o torque
de saída é controlado em função das necessidades na marcha lenta.
Gerenciamento de potência: o sistema passa a operar em malha aberta, o motor elétrico da bor-
boleta é desligado e a rotação objetivo do motor é mantida em 1500 rpm por meio do sistema
de ignição e injeção.
Exercícios – Bosch
38
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
30 86
1 2 1 2
Simulação Comportamento
39
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Simulação Comportamento
NQS EDI
Componente Falha Observações
Sinalizou? Detectou?
( ) SIM ( ) SIM
Massa interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Sensor de pressão Sinal temperatura interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
absoluta e de
( ) SIM ( ) SIM
temperatura do ar Alimentação interrompida
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Sinal pressão interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
Sensor de tempe- ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
ratura do motor ( ) NÃO ( ) NÃO
Sensor de ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
detonação ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 1
( ) NÃO ( ) NÃO
Pedal do ( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 2
acelerador ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetros 1 e 2
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 1
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 2
Borboleta ( ) NÃO ( ) NÃO
motorizada ( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetros 1 e 2
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Motor elétrico
( ) NÃO ( ) NÃO
Injetor de ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
combustível ( ) NÃO ( ) NÃO
Eletroválvula e
( ) SIM ( ) SIM
eletrobomba de Malha aberta
partida a frio ( ) NÃO ( ) NÃO
Eletroválvula do ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
canister ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Aquecedor em malha aberta
( ) NÃO ( ) NÃO
Sonda lambda
( ) SIM ( ) SIM
Sonda
( ) NÃO ( ) NÃO
40
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Vejamos um exemplo:
Se o veículo funcionava apenas com gasolina comum (razão A/F de 13,2:1 e 25 % de álcool
na mistura) e abastecemos o tanque apenas com álcool (razão A/F é 9,0:1 e 100 % álcool),
ocorrerá:
1. A estratégia de auto-aprendizado do percentual de álcool no combustível é disparada devi-
do a detecção da diferença de nível de combustível pelo sensor de nível FLS (recebido da
NBC via CAN).
41
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
2. Através do sinal da sonda lambda, o NCM corrige a mistura até que o fator lambda seja
igual a 1. Assim, o NCM aprende o novo percentual de álcool no combustível, indicado
através de um dos parâmetros internos do NCM, onde teremos o percentual de álcool que
compõe a mistura presente no tanque.
3. O NCM memoriza o novo valor do percentual de álcool no tanque.
Durante o funcionamento a frio do motor, uma parte do combustível condensado nas paredes
dos cilindros vai para o cárter e deve ser eliminada através do blow-by. A gasolina, por possuir
frações mais leves de hidrocarbonetos, evapora-se gradualmente com o aquecimento do motor e
não influencia no auto-aprendizado do percentual de álcool na mistura.
O álcool, por ser menos volátil que a gasolina e não possuir frações mais leves em sua compo-
sição, ao atingir determinada temperatura evapora do cárter subitamente e gera uma grande
quantidade de vapor de álcool pelo blow-by. Este vapor de álcool, se introduzido no cilindro no
momento da auto-aprendizagem, pode mascarar o auto-aprendizado. Para que isto não ocorra,
existe uma estratégia que habilita o auto-aprendizado em função da temperatura do motor e do
percentual de álcool na mistura.
Todo combustível, álcool ou gasolina, deve estar na fase gasosa para que possa inflamar-se.
Como o combustível é injetado na fase líquida, é necessário que o mesmo mude de fase (líqui-
do para gás) antes de receber a ignição.
A gasolina possui uma maior facilidade para evaporar-se porque é formada de vários compo-
nentes, leves e pesados. Os componentes leves da gasolina evaporam-se às baixas tempera-
turas e facilitam o funcionamento do motor na fase fria.
Já o álcool, como não possui componentes mais leves, oferece uma dificuldade para evaporar-
se, o que dificulta o funcionamento a frio. Além disto, o fato do álcool possuir maior calor de
vaporização que a gasolina o torna um combustível crítico para uso em baixas temperaturas.
Sendo assim, quanto maior o percentual de álcool no combustível, maior será a dificuldade de
partida e funcionamento a frio. Por isto, motores que operam com álcool exigem sistemas de
injeção de gasolina na fase de partida a frio.
Delphi MT27E
42
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Sensores e atuadores
Sensor de rotação
Está montado no bloco do motor próximo à roda fônica instalada na polia da árvore de mani-
velas. É do tipo indutivo, ou seja, funciona mediante a variação do campo magnético gerado
pela passagem dos dentes.
1 2 3
1. Sinal Positivo
2. Sinal Negativo
3. Terra
Características elétricas
Recovery
Sensor de fase
O sensor de fase é um sensor do tipo Hall e está instalado no cabeçote do motor, próximo da
polia do eixo de comando de válvulas. Sua função é gerar o sinal elétrico de sincronismo para
que o sistema possa identificar a fase do motor e efetuar o acionamento seqüencial-fasado dos
eletroinjetores de combustível.
1 2 3
S 1. Positivo (5 V)
2. Sinal
3. Negativo
43
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Características elétricas
Dente
O gráfico da tensão gerada pelo sensor Hall
depende da posição do dente de referência
do eixo de comando de válvulas. Perfil do eixo de comando de válvulas
V
Recovery
Se a falha for detectada durante o funcionamento, as ações de recovery serão tomadas na pró-
xima partida.
Bobinas de ignição
O circuito de ignição é de descarga indutiva do tipo estático com centelha perdida, com módu-
lo de potência incorporado na unidade eletrônica.
A unidade eletrônica gerencia o avanço base por meio do mapa base de ignição em função
do:
• regime de rotação do motor
• valor da pressão de ar absoluta no coletor de admissão
Características elétricas
44
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Recovery
Interruptor de embreagem
O interruptor de embreagem possui a função de informar o acionamento do pedal da embrea-
gem. Para isto, ele envia um sinal negativo para o NCM quando o pedal estiver acionado. Na
condição de repouso, o excêntrico do eixo aciona o interruptor mantendo-o aberto (NA).
1 2
1. Entrada de negativo
2. Saída de sinal negativo
Recovery
Interruptor de freio
O interruptor de freio possui a função de informar o acionamento do pedal de freio. Para isto,
ele envia dois sinais positivos para o NCM:
• um sinal para informar o acionamento das lâmpadas de freio, enviado pelo contato NA
• um sinal para informar que o pedal foi acionado, enviado pelo contato NF
Esta informação também é utilizada pelo NCM para o controle de desaceleração (Dash-pot)
1 3 4 2
1-3. Contato NF
2-4. Contato NA
Recovery
45
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
O sistema detecta falha no sensor se, com o motor parado e chave em MARCHA, o sensor indi-
car alta pressão de óleo.
Recovery
Não existe recovery para este sensor. Em caso de detecção de falha (P0520) a lâmpada espia
de pressão de óleo é mantida ligada.
1 4 3 2
1. Eletrobomba de combustível
2. Sensor de nível do tanque
B
3. Sensor de nível do tanque
4. Eletrobomba de combustível
Recovery
46
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Interruptor inercial
O interruptor inercial é um dispositivo de segurança cuja função é inibir o funcionamento da
eletrobomba de combustível caso o veículo sofra um impacto. O NCM não possui interface
para o interruptor inercial.
1 2 3
1. Negativo
2. Saída do Contato (NA)
3. Saída do Contato (NF)
Para desativar o interruptor inercial basta pressionar o botão no topo de seu corpo.
Recovery
Sonda lambda
O sistema MT27E utiliza uma sonda lambda do tipo planar com resistor de aquecimento
(heater) integrado, instalada antes do catalisador.
A. Negativo (referência)
B. Sinal da Sonda
C. Negativo para aquecedor
A B C D D. Positivo do aquecedor
A sonda possui a função de medir o teor de O2 nos gases de descarga. Em função da quanti-
dade de O2 na descarga a sonda gera uma tensão cujos valores variam entre 0 V e 1 V.
47
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
De acordo com o nível de tensão gerado pela sonda lambda o NCM identifica a necessidade
de correção da mistura ar/combustível.
Comando do aquecedor
Alimentação fixa durante todo funcionamento do motor. Resistência do aquecedor do tipo PTC.
Características elétricas
Valor do resistor de aquecimento: 9.6 ± 1.5 Ω a 21 °C
Valor da tensão gerada pela sonda: 0 a 1 Volt
Recovery
1 2
1. Sinal
°C
2. Negativo de referência
48
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Características elétricas
A resistência elétrica pode ser medida desligando o conector do sensor e instalando um ohmí-
metro entre seus terminais. Os valores de resistência variam de acordo com a temperatura:
Temperatura (ºC) 30 40 50 60 70 80
Recovery
49
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
1. Negativo
2 1 3 4
S S 2. Sinal de temperatura do ar
°C
3. 5 V para o sensor de
pressão
4. Sinal do sensor de pressão
(V)
50
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Resistência (Ω) 45309 25705 15124 9200 5769 3720 2461 2020 1667
Resistência (Ω) 1154 815 586 429 319 240 184 142 112
Resistência (Ω) 88 71 57
Eletroinjetor de combustível
O eletroinjetor é do tipo TOP FEED, que significa alimentação de combustível na parte superior
do seu corpo. No eletroinjetor está alojada a bobina elétrica, cuja função é gerar o campo
magnético responsável pelo movimento do obturador.
1. Alimentação (12 V)
2. Sinal de comando
1 2
Características elétricas
51
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Recovery
Em caso de falha em um dos eletroinjetores (P0201, P0202, P0203 ou P0204), o estágio final
de saída de comando do injetor é desligado, é interrompida a regulação lambda e é interrom-
pida a auto-adaptação.
Sensor de detonação
O sensor de detonação, do tipo piezoelétrico, está instalado no bloco do motor e registra a
intensidade das vibrações provocadas pela detonação na câmara de combustão.
Com a ocorrência da detonação o NCM atrasa o avanço de ignição até que o fenômeno
desapareça. Em seguida, o avanço de ignição é restabelecido até atingir o limiar que a detona-
ção ocorre novamente.
1 2
1. Sinal
2. Sinal
Recovery
Sensor de velocidade
O sensor de velocidade do veículo é um sensor Hall que gera pulsos elétricos de 12 V cuja fre-
qüência depende da velocidade do veículo. Está instalado na saída do diferencial.
Este sensor transmite ao Body Computer a informação relativa à velocidade do veículo. Via rede
CAN, o Body Computer transmite o valor da velocidade para o quadro de instrumentos e para
o sistema de gerenciamento do motor.
1 2 3
s
1. Negativo
2. Sinal
3. Positivo (12 V)
Recovery
Em caso de falha no sensor (P0500), o controle de marcha lenta em malha fechada é desabili-
tado.
52
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Eletroválvula do canister
Os vapores de combustível recolhidos no filtro de carvão ativado (canister) são enviados para
o coletor de admissão para serem queimados. A eletroválvula do canister possui a função de
controlar o fluxo destes vapores em função do comando elétrico recebido do NCM, que atua na
eletroválvula apenas em determinadas condições de funcionamento do motor.
A. Sinal de comando
B. Positivo 12 V
1 2
Características elétricas
Recovery
1. Positivo 12 V
2. Sinal de comando
1 2
Características elétricas
Recovery
1. Positivo 12 V
B
2. Sinal de comando
53
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Características elétricas
Resistência elétrica: ≅ 72 ± 10 Ω
Recovery
1 2 3
A. Alimentação Negativa
s
B. Alimentação positiva (5 V)
C. Sinal
1 2
3
Pressão Ação
< 1,2 bar Desliga a embreagem eletromagnética do compressor por falta de refrigerante.
Características elétricas
5
4,5 O valor de tensão no terminal de saída do
4
sensor de pressão linear varia de em função
TENSÃO (VOLTS)
54
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Recovery
1. 5 V para P2
2 4 3 1 6 5
2. 5 V para P1
S S
3. Negativo P1
4. Sinal P1
P1 P2 5. Negativo P2
6. Sinal P2
Características elétricas
Recovery
Obs: Após a correção da falha, se o erro não for apagado, a espia só apagará após a pró-
xima partida do motor.
55
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Borboleta motorizada
O sistema MT27E controla a borboleta motorizada em função da posição do pedal acelerador
e das condições de funcionamento do motor, seguindo mapas de acionamento gravados em
sua memória.
A. Negativo para P1 e P2
B. Sinal de P1
P2 P1
C. Sinal de P2
M D. Positivo 5 V para P1 e P2
S S E. Alimentação Motor CC ( + )
E H D C A B
H. Alimentação Motor CC ( — )
Atenção: Nunca tente abrir a borboleta com as mãos com a chave na posição MARCHA, isto
pode danificar a borboleta motorizada de forma irreversível.
Para que o auto-aprendizado seja efetuado as condições abaixo devem ser satisfeitas:
• a chave deve ser colocada em MARCHA e o motor parado
• a temperatura do ar deve ser maior que 5,3 °C
• a temperatura do motor deve estar entre 5,3 °C e 100,0 °C
• o pedal do acelerador deve estar na posição de repouso
• a tensão da bateria deve ser maior que 10 V
• o veículo deve estar parado
56
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Características elétricas
Recovery
57
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Erro de correlação entre TPS1 e TPS2 Falha grave Falha grave Falha grave
TPS1 e TPS2 fora de faixa Falha grave Falha grave Falha grave
X: Não importa
58
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Erro de correlação
Falha leve Falha leve Falha leve Falha grave
entre PPS1 e PPS2
Normal X X → Normal
X: Não importa
* Performance limitada: a borboleta de aceleração terá sua abertura limitada por mapas especí-
ficos para este modo de funcionamento (limitação de torque). Se o pedal de freio for acionado
será considerada uma carga de 0 % no pedal do acelerador.
** Marcha lenta forçada: o valor objetivo da rotação de marcha lenta será 1200 rpm e o torque
de saída é controlado em função das necessidades na marcha lenta.
*** Gerenciamento de potência: o sistema passa a operar em malha aberta, o motor elétrico da
borboleta é desligado, a rotação objetivo do motor é mantida em 1500 rpm por meio do siste-
ma de ignição e injeção.
59
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Exercícios – Delphi
30 86
1 2 1 2
Simulação Comportamento
NQS EDI
Componente Falha Observações
Sinalizou? Detectou?
( ) SIM ( ) SIM
Bóia do tanque Circuito aberto
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Alimentação positiva
Bobina de ( ) NÃO ( ) NÃO
ignição ( ) SIM ( ) SIM
Sinal de comando
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Circuito aberto
Interruptor de ( ) NÃO ( ) NÃO
pressão do óleo ( ) SIM ( ) SIM
Curto-circuito
( ) NÃO ( ) NÃO
60
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Simulação Comportamento
NQS EDI
Componente Falha Observações
Sinalizou? Detectou?
( ) SIM ( ) SIM
Massa interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Sensor de pressão Sinal temperatura interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
absoluta e de
( ) SIM ( ) SIM
temperatura do ar Alimentação interrompida
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Sinal pressão interrompido
( ) NÃO ( ) NÃO
Sensor de tempe- ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
ratura do motor ( ) NÃO ( ) NÃO
Sensor de ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
detonação ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 1
( ) NÃO ( ) NÃO
Pedal do ( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 2
acelerador ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetros 1 e 2
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 1
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetro 2
Borboleta ( ) NÃO ( ) NÃO
motorizada ( ) SIM ( ) SIM
Potenciômetros 1 e 2
( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Motor elétrico
( ) NÃO ( ) NÃO
Injetor de ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
combustível ( ) NÃO ( ) NÃO
Eletroválvula e
( ) SIM ( ) SIM
eletrobomba de Malha aberta
partida a frio ( ) NÃO ( ) NÃO
Eletroválvula do ( ) SIM ( ) SIM
Malha aberta
canister ( ) NÃO ( ) NÃO
( ) SIM ( ) SIM
Aquecedor em malha aberta
( ) NÃO ( ) NÃO
Sonda lambda
( ) SIM ( ) SIM
Sonda
( ) NÃO ( ) NÃO
61
Caderno de Exercícios
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
Para testar corretamente a sonda lambda, siga os passos seguintes, analisando as condições de
funcionamento do motor e respondendo as perguntas.
R= R=
( ) Sim
( ) Não
2. Meça a tensão de alimentação do resistor. Lembre-se que a sonda planar possui um ciclo de
aquecimento específico.
( ) Sim
( ) Não
3. Com a sonda aquecida, mantenha a aceleração do motor em torno de 1500 rpm e meça a
tensão gerada pela sonda. O que você verificou:
B. Com o osciloscópio (desenhe o gráfico da tensão medida. Ele deve variar entre 0 V e 1 V,
completando aproximadamente 3 ciclos em 5 segundos)
65
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
4. Partindo da marcha lenta, acelere bruscamente o motor, antes que ele exceda o limite de
giro, desacelere e deixe-o voltar para a marcha lenta.
Durante a aceleração, a tensão gerada pela sonda deve ser próxima de _____________ Volts
Durante a desaceleração, a tensão gerada pela sonda deve ser próxima de ____________ Volts
De acordo com o comportamento verificado, podemos dizer que a sonda está OK?
( ) Sim
( ) Não
3º passo: conclusões
( ) Sim
( ) Não
6. Cite 3 fatores que podem fazer a tensão da sonda ficar constante em torno de 0 V:
7. Cite 3 fatores que podem fazer a tensão da sonda ficar constante em torno de 1 V:
66
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
• estanqueidade
• Se você tiver dúvidas sobre os procedimentos recomendados para os testes acima consulte o seu instrutor.
• Lembre-se que os eletroinjetores são componentes frágeis. Consulte o INFOTEC para conhecer os procedimentos e
cuidados na montagem e desmontagem destes componentes.
67
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
9. Sobre os testes do sensor de rotações e PMS, marque F para falso e V para verdadeiro:
10. Use o osciloscópio para medir a tensão gerada pelo sensor de rotações e represente-a:
68
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
69
Gerenciamento eletrônico de motores Flex
70
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em conseqüência das modificações feitas pelo fabricante, a qualquer momento, por
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