Sei sulla pagina 1di 4

Medição da constante de tempo de um termômetro

Jackeline R. Figueredo, Victor A. A. C. Grellmann


Física Experimental II, 4M45, Turma B

Neste relatório reporta-se um processo de determinação da constante de tempo de um


termômetro utilizando o fenômeno de passagem de energia térmica de um corpo de maior
temperatura para um corpo de menor temperatura, com base nas temperaturas dos corpos e do
tempo para atingir determinada temperatura durante a passagem de energia. Foram realizadas
medições para 5 temperaturas diferentes. Obteve-se um valor de τ = (5,183 ± 0,036)s para a
constante de tempo do termômetro no laboratório. O intervalo representado por esse resultado
contém valores típicos associados a essa grandeza, como estimativas teóricas, experimentais e
valores de referência para essa grandeza.

INTRODUÇÃO
O objetivo do experimento aqui relatado é,
Quando se coloca dois corpos com portanto, medir a constante de tempo de um
temperaturas diferentes em contato, pode-se termômetro no Laboratório utilizando como modelo
observar que a temperatura do corpo de maior de medição a relação entre essa propriedade, a
temperatura diminui, e a do corpo de menor variação de temperatura e o tempo para se obter dada
temperatura aumenta, até o momento em que ambos temperatura.
os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação
é causada pela passagem de energia térmica do corpo MATERIAIS E MÉTODOS
de maior temperatura para o corpo de menor
temperatura, essa transferência de energia é Uma quantidade de água gelada com
denominada calor. [1] temperatura T1 foi colocada dentro de um
É possível calcular a quantidade de calor de um calorímetro, e uma outra quantidade de água quente
sistema através da seguinte equação: com temperatura T2 foi colocado dentro um
Q=C ∆ T (1) recipiente que se manteve aquecido com uma chapa
aquecedora. Colocou-se o termômetro dentro do
onde C é a capacidade térmica proporcional a calorímetro com água fria e depois dentro do
quantidade de massa e ao calor específico, e ∆T é a recipiente com água quente e mediu-se o tempo t
variação de temperatura. [1] para se atingir as temperaturas T(t). As temperaturas
Considerando um termômetro inserido num T1, T2 e T(t) foram medidas com um termômetro de
ambiente de temperatura T1 e depois inserido num resolução ∆r = 1 oC. Com um cronômetro de um
ambiente de temperatura T2, tem-se a seguinte celular de resolução ∆r = 0,01 s, foram medidos os
equação: tempos de para se alcançar as temperaturas T(t). Para
dQ=C dT (2) cada temperatura T(t), foram realizadas 30 medições
do tempo.
Porém este processo não ocorre Para o cálculo final da constante de tempo do
instantaneamente, sendo assim, é possível escrever: termômetro foi feita uma regressão linear ponderada
dQ=δ [T 2 − T ( t ) ] dT (3) do tipo:
onde δ é a condutividade térmica do vidro do y= A+ Bx (7)
termômetro e T(t) é a temperatura no instante t. Podemos então linearizar a equação (6)
Igualando as equações (2) e (3), obtém-se: apresentada no modelo de medição fazendo:
CdT =δ [T 2 − T ( t ) ] dT
Ao integrar a equação (4), obtém-se que:
−t
(4)
y=ln
( T 2 −T ( t )
T 2 −T 1 ) f x=t f B=
−1
τ
ln [T 2 −T ( t ) ]= +K (5) Obtendo a constante de tempo do termômetro
τ através de B, ao isolar τ da seguinte maneira:
onde K é uma constante qualquer.
A partir da equação (5) é possível obter a −1
τ= (8)
seguinte equação utilizando alguns métodos B
matemáticos: A partir do maior e menor valor de cada uma
das grandezas medidas, obteve-se sua flutuação (∆f =
ln
( T 2− T1 )
T 2 − T (t ) − t
=
τ
(6) (ymax − ymin)/2), que foi comparada a resolução do
equipamento utilizado para classificar a incerteza
associada a cada grandeza medida como Tipo A [2],
se ∆f > ∆r e a grandeza é então representada pela
média dos valores obtidos e a incerteza pelo desvio
padrão das médias desses valores; ou Tipo B [2] se ∆f
≤ ∆r e a grandeza pode então ser representada por
um dos valores obtidos e a incerteza como uy = DISCUSSÃO
∆r/√3. A incerteza associada à constante de tempo do
termômetro é classificada como Tipo C [2] uma vez
Observa-se que o valor da constante de tempo é
que esta é uma grandeza calculada e não medida
bastante próximo do valor esperado teoricamente.
diretamente. Nesse caso, considerando o modelo de
Com o uso de regressão linear ponderada foi
medição, a constante de tempo do termômetro será
encontrado apenas um valor, sendo assim, não é
obtida pela equação (8) e a incerteza será obtida da
possível determinar a precisão da medida. Como o
seguinte maneira:
ambiente onde foi realizado o experimento é um

√∑ (
n 2 sistema não-isolado, o valor mínimo e máximo de
uτ =
k=1
∂y
)
∂ xk
2
⋅u xk equilíbrio não foram de 0 °C e 100 °C, que são os
valores definidos para o ponto de solidificação e
Foi feita uma transferência de incerteza, da ebulição da água em 1atm, respectivamente. O local
variável x para y, então foi considerado para fins da onde foi realizado o experimento possui pressão
regressão que somente as temperaturas possuíam atmosférica 0,918 atm [3], o que gerou ainda mais
incerteza. Assim é possível considerar uma única inexatidão dos dados. É importante ressaltar que a
incerteza µi e obter os pesos wi para realizar a imersão do termômetro foi realizada parcialmente,
1 expondo a haste à temperatura ambiente, sujeitando
regressão linear ponderada, considerando w i= . a leitura a efeitos de transferência de calor [4].
µ2i
CONCLUSÃO
RESULTADOS
O aparato experimental proposto para
Com base nos valores medidos, verificou-se realização da constante de tempo do termômetro por
para os dados do tempo ∆f = 1,5 s, maior que a meio da investigação de eventos de passagem de
resolução do cronômetro, e portanto, recebeu energia térmica de um corpo de maior temperatura
avaliação do Tipo A [2]. Já os resultados da para um corpo de menor temperatura mostrou-se
temperatura mostraram que ∆f = 0 OC que é menor adequado, fornecendo valores verossímeis, o que
do que a resolução do termômetro recebendo sugere a ausência de erros grosseiros relevantes.
avaliação do Tipo B [2]. A constante de tempo do Ainda assim, o valor de A, teoricamente nulo, tem
termômetro foi calculada conforme discutido e os valor mesmo com o ajuste da incerteza, porém é
valores obtidos desse tratamento são mostrados na próximo de zero. O valor experimental para a
Tabela I. constante de tempo do termômetro no laboratório
encontrada foi τ = (5,183 ± 0,036)s e é compatível
(T1 ± uT1) oC (T2 ± uT2) oC (T ± uT) oC (t ± ut ) s com estimativas teóricas e o valor de referência
0,50 ± 0,58 94,50 ± 0,58 50,00 ± 0,58 3,991 ± 0,054 experimental. As limitações para redução da
0,50 ± 0,58 94,50 ± 0,58 60,00 ± 0,58 5,235 ± 0,058
incerteza encontram-se, principalmente, nas
pequenas variações de temperatura que ocorrem da
0,50 ± 0,58 94,50 ± 0,58 70,00 ± 0,58 6,892 ± 0,063 água gelada que vai esquentando e da água quente
0,50 ± 0,58 94,50 ± 0,58 80,00 ± 0,58 9,736 ± 0,035 que vai evaporando, e na importante contribuição do
tempo de reação do operador na medição do tempo.
0,50 ± 0,58 94,50 ± 0,58 90,00 ± 0,58 17,222 ± 0,013
Erros sistemáticos podem ser encontrados na
Tabela I – Valores obtidos das temperaturas e dos tempos
manipulação dos equipamentos e processos por
Obteve-se os seguintes valores de A e B: parte dos participantes do experimento, limitando a
A = (0,008 ± 0,038) e B = - (0,1929 ± 0,0069). diminuição de incertezas e exatidão das grandezas.
Sendo o resultado da regressão:
y = (0,008 ± 0,038) - (0,1929 ± 0,0069)x REFERÊNCIAS

O coeficiente de correlação encontrado foi: r = [1] Só Física. Disponível em: <https://www.sofisica.-


-, o que demonstra que todos os pontos [...]. com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/ca-
Em anexo segue um gráfico que relaciona os lor.php >. Acessado em 24 de junho de 2019.
valores de x e y. O coeficiente angular da reta é o [2] G. Piacente. Física experimental: notas introdutó-
valor B encontrado. rias. UFG, Goiânia (2014).
Ao substituir o valor de B na equação (8), [3] Tempo para Goiânia, Brasil. Disponível em:
obteve-se 0 valor da constante de tempo do <https://www.worldmeteo.info/pt/america-do-
termômetro: sul/brasil/goiania/tempo-102195/>. Acessado em 24
de junho de 2019.
τ = (5,183 ± 0,036)s
[4] Tipos de imersão. Disponível em: <http://www.-
fem.unicamp.br/~instrumentacao/ter-mometroex-
pansao05.html>. Acessado em 24 de junho de 2019.

Potrebbero piacerti anche