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1. (Emagis) Sobre a prerrogativa constitucional de foro nas ações penais contra agentes
políticos, avalie as assertivas que seguem.
I – Tratando-se de governador e sendo o crime anterior ao início do mandato, o processo é de
competência da primeira instância.
II – Tratando-se de conselheiro de tribunal de contas e não tendo o crime relação com suas
funções públicas, o processo é de competência da primeira instância.
III – A iminente prescrição penal não é fundamento para finalização no STJ de ação penal
contra desembargador.
Estão corretas as seguintes assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas
e) Nenhuma
Comentários
Em julgado noticiado no Informativo n. 630, a Corte Especial do STJ reiterou
sua submissão à notória recente jurisprudência do STF – explorada em
rodada anterior – em matéria de restrição da prerrogativa de foro dos agentes
políticos.
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indevida divulgação viola a Lei 9.610/98 e acarretará responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
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Comentários
a) Incorreto. Na verdade, apesar de a cessão do crédito constante do
precatório ser válida e eficaz, as características pessoais do cedente não se
comunicam ao cessionário maior de sessenta anos: “Entretanto, caso seja
efetivada a cessão, o cessionário não se beneficiará da regra de preferência
da pessoa com sessenta anos, com doença grave ou com deficiência para
recebimento de débitos de natureza alimentícia (art. 100, § 2.º), tampouco do
pagamento direto, sem sujeição ao regime de precatórios (na hipótese de a
cessão referir-se a quantia que seria ordinariamente enquadrada como
"obrigação de pequeno valor")”. Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito
Constitucional Descomplicado,edição 2017, página 691. b) Incorreto. Na
verdade, no que se refere à fila preferencial de precatórios para os maiores
de sessenta anos, há sim a possibilidade de fracionamento: “Essa vedação
ao fracionamento, porém, não alcança a hipótese de pagamento preferencial,
sob o regime de precatórios, dos débitos de natureza alimentícia aos titulares
que tenham sessenta anos de idade, ou que sejam portadores de doença
grave, ou pessoas com deficiência, prevista no § 2. 0 do art. 100 da
Constituição Federal. Com efeito, nesse caso, poderá ocorrer o
fracionamento do valor da execução, para o fim de efetuar-se o pagamento,
em parte, com preferência sobre todos os demais débitos (até o triplo
daquele fixado em lei, pelo respectivo ente federado, como "obrigação de
pequeno valor"), e o restante na ordem cronológica de apresentação do
precatório”. Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional
Descomplicado,edição 2017, página 690. c) Incorreto. Nem toda falha ou
omissão no pagamento de precatório, ao sentir do STF, justifica a
intervenção no ente federativo: “Entretanto, o Supremo Tribunal Federal
entende que a desobediência a pagamento de precatório judicial que autoriza
a intervenção é somente a dolosa, intencional, sem justificativa razoável, vale
dizer, constitui pressuposto indispensável para a decretação da intervenção a
atuação estatal voluntária cujo objetivo seja descumprir deliberadamente
decisão judicial transitada em julgado. Assim, se um estado-membro deixar
de pagar os precatórios inscritos para, com isso, poder cumprir sua obrigação
de prestar serviços públicos essenciais - a ele imposta pelo ordenamento
jurídico -, não se pode dizer que haja uma desobediência deliberada,
intencional, dolosa. Nesses casos, em que há justificativa razoável para o
não pagamento dos precatórios, não se caracteriza a desobediência a ordem
judicial, tornando incabível cogitar intervenção federal no ente federado”.
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional
Descomplicado,edição 2017, página 690. d) Incorreto. Além da mera ordem
cronológica de inscrição dos precatórios há outras preferências: “De acordo
com o inciso I do dispositivo, em se tratando de execução de “maior valor”,
será expedido, por intermédio do presidente do Tribunal recursal competente,
o precatório para ser pago no período indicado pelo § 5º do art. 100 da CF e
que deverá observar as ordens preferenciais decorrentes dos §§ 1º e 2º do
art. 100 da CF, em se tratando de verba alimentar e quando o titular da verba
de cunho alimentar tiver mais de sessenta anos (independentemente de
quando forem completados, consoante entendeu o STF na ADI 4.357/DF) ou
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a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) I, II e III.
Comentários
Certo o item I. O tema do silêncio administrativo é sempre abordado pelos
nossos administrativistas. A respeito, colhemos as didáticas lições do
professor Rafael Oliveira:
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Errado, todavia, o item II. É que os efeitos reflexos do ato administrativo são
efeitos ATÍPICOS, e não, pois, efeitos típicos, como dito na assertiva.
“Os efeitos dos atos administrativos podem ser divididos da seguinte forma:
a) efeitos típicos (ou próprios): são os efeitos principais, previstos em lei e
que decorrem diretamente do ato administrativo (ex.: o ato de demissão
acarreta a extinção do vínculo funcional do servidor);
b) atípicos (ou impróprios): são efeitos secundários do ato administrativo. Os
efeitos atípicos subdividem-se em duas categorias:
b.1) efeitos preliminares (ou prodômicos): efeitos produzidos durante a
formação do ato administrativo (ex.: ato sujeito ao controle por parte de outro
órgão, tal como ocorre com determinados pareceres que só produzem efeitos
após o visto da autoridade superior. Nesse caso, a elaboração do parecer
acarreta o dever de emissão do ato de controle pela autoridade superior); e
b.2) efeitos reflexos: são os efeitos produzidos em relação a terceiros,
estranhos à relação jurídica formalizada entre a Administração e o
destinatário principal do ato (ex.: a desapropriação do imóvel, que estava
locado a terceiro, acarreta diretamente a perda da propriedade em relação ao
proprietário e, reflexamente, a rescisão do contrato de locação quanto ao
locatário).” (op. cit., p. 296)
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4. (Emagis) Em relação aos bens públicos e temas correlatos, julgue os itens abaixo.
I – Se o particular ocupa indevidamente um bem público, somente haverá direito de retenção em
relação às benfeitorias necessárias eventualmente realizadas para assegurar a conservação do
bem.
II – A inexistência de registro imobiliário do bem objeto de ação de usucapião induz presunção
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a) somente no item I.
b) somente no item II.
c) somente no item III.
d) somente nos itens I e II.
e) somente nos itens II e III.
Comentários
Falso o item I. Como não há posse, mas mera detenção, inexiste direito de
retenção por parte do particular que ocupa indevidamente um bem público. A
respeito, confira-se a recente Súmula 619 do STJ, in verbis:
Súmula 619 do STJ: "A ocupação indevida de bem público configura mera
detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por
acessões e benfeitorias."
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a) A Constituição Federal no § 8o do art. 37 cria o contrato de gestão. Esta figura tal como
está na constituição é plenamente eficaz e dispensa qualquer regulamentação legal, como
entende a doutrina.
b) A doutrina entende que a previsão legal de que uma autarquia contrate com o ministério
a que se submete a fim de aumentar a própria autonomia é tecnicamente adequada já que
a autarquia é pessoa jurídica e autônoma e o ministério também.
c) O poder regulamentar das agencias reguladoras, enquanto autarquias que são está em
explicitar conceitos e comandos já contidos em lei, sem a possibilidade de os ampliar, em
hipótese alguma pode inovar no ordenamento.
d) Os Consórcios Públicos, como junção de esforços entre entes federativos, podem ser
considerados como uma manifestação do chamado federalismo cooperativo.
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e) Para que dois municípios firmem entre si Consórcio Público, basta que haja a
manifestação de aquiescência do poder executivo com dispensa do poder legislativo.
Comentários
a) Incorreto. A previsão constitucional indica um norte interpretativo de como
deve ser esse contrato para ampliar a liberdade de órgãos públicos a fim de
que possam ser mais eficazes, mas não dispensa lei que esmiúce os
conceitos e detalhes a fim de que o dispositivo passe a ter eficácia plena:
“Segundo o texto contido no § 8o do art. 37, introduzido pela referida
Emenda, a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato a ser firmado entre seus administradores e o Poder Público, tendo
por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade.
Trata-se de verdadeiro contrato de gerenciamento, constituindo objeto do
ajuste o exercício de funções diretivas por técnicos especializados, fato que
poderá ensejar uma administração mais eficiente e menos dispendiosa dos
órgãos e pessoas da Administração. A norma não se classifica como de
eficácia plena, pois que é prevista a criação de lei que disponha sobre a
disciplina desse regime, especialmente sobre o prazo de duração do
contrato, os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,
obrigações e responsabilidade dos dirigentes e a remuneração do pessoal”.
José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo, edição
2017, página 309. b) Incorreto. Na verdade a doutrina mais abalizada aponta
aí falha na técnica legislativa: “A Lei n 9.649, de 27.5.1998, previu a hipótese
de contratos de gestão a serem celebrados entre autarquias qualificadas
como agências executivas e o respectivo Ministério supervisor (art. 51, II).
Trata-se de figura realmente esdrúxula e que ainda não foi examinada com
profundidade pelos estudiosos. Surpreende primeiramente o fato de que a lei
se tenha referido à contratação com Ministério: este se configura como mero
órgão integrante da União Federal; não tem personalidade jurídica própria e,
portanto, não tem aptidão para figurar como contratante. Pessoa jurídica, sim,
é a União Federal. Desse modo, deve entender-se que o contrato será
celebrado entre a agência executiva e a União Federal, representada esta
pelo Ministério que supervisiona a agência”. José dos Santos Carvalho Filho,
Manual de Direito Administrativo, edição 2017, página 309. c) Incorreto. No
que se refere aos aspectos técnico do exercício de determinada atividade
específica, as agências reguladoras podem inovar no ordenamento como se
lê no trecho a seguir: “O poder normativo técnico indica que essas autarquias
recebem das respectivas leis delegação para editar normas técnicas (não as
normas básicas de política legislativa) complementares de caráter geral,
retratando poder regulamentar mais amplo, porquanto tais normas se
introduzem no ordenamento jurídico como direito novo (ius novum).
Semelhante poder tem suscitado alguns questionamentos, inclusive quanto à
sua constitucionalidade. Não vemos, porém, qualquer óbice quanto à sua
instituição, de resto já ocorrida em outros sistemas jurídicos. O que nos
parece inafastável é a verificação, em cada caso, se foi regular o exercício do
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poder ou, ao contrário, se foi abusivo, com desrespeito aos parâmetros que a
lei determinou. Consequentemente, o poder normativo técnico não pode
deixar de submeter-se a controle administrativo e institucional”. José dos
Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo, edição 2017, página
320. d) Correto. Federalismo cooperativo normalmente é associado às
competências legislativas ambientais que são divididas por estados,
municípios e União. Na abordagem deste item falamos de um federalismo
cooperativo eventualmente horizontal, entre entes de mesma posição
federativa, e tratamos de competência para a execução de serviços públicos:
"O objeto dos consórcios públicos, como já assinalado, se concentra na
realização de atividades e metas de interesse comum das pessoas
federativas consorciadas (art. 1º). Cuida-se, em última instância, de profícuo
instrumento do federalismo cooperativo, através do qual os entes estatais,
sem embargo de não abrirem mão de sua ampla autonomia, preservada na
Constituição, se associam a outras pessoas também estatais para alcançar
metas que são importantes para todos, sempre observados os parâmetros
constitucionais. De fato, há determinados serviços públicos que, por sua
natureza ou extensão territorial, demandam a presença de mais de uma
pessoa pública para que sejam efetivamente executados. É para tal situação
que servem os consórcios públicos. A ideia, sem dúvida, é digna de
aplausos; caberá, porém, aos participantes do negócio implementá-lo à luz
do efetivo interesse público, relegando a segundo plano interesses
menores". José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo,
edição 2015, página 232.
Resposta “d”.
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pagamento tomado pelos servidores públicos regidos pela Lei 8.112/1990, observada também a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa CORRETA.
a) Houve revogação tácita da legislação anterior pela Lei 8.112/1990, que passou a ser a
sede do regime jurídico em questão.
b) É o vertido na Lei 2.339/1954, lei especial no que concerne aos servidores públicos
civis.
c) É o vertido na Lei 1.046/1950, lei especial no que concerne aos servidores públicos
civis.
d) É exclusivamente o trazido pela Lei 10.820/2003, que trata exatamente do empréstimo
com consignação em folha de pagamento tomado pelos servidores públicos civis.
e) É exclusivamente o trazido pela Lei 10.820/2003, que, embora trate dos empregados
regidos pela CLT, aplica-se extensivamente ao empréstimo com consignação em folha de
pagamento tomado pelos servidores públicos civis.
Comentários
Era a Lei 1.046/1950 que tratava das consignações feitas pelos servidores
públicos, sobre a qual foi feito acréscimo pela Lei 2.339/1954.
Nesse contexto, tendo presente que a Lei 8.112/1990 trouxe regras sobre o
empréstimo com consignação em folha de pagamento pelos servidores
(artigo 45, regulamentado pelo Decreto 8.690/2016), a discussão centrou-se
em seu conflito aparente com as anteriores e especiais Leis 1.046/1950 e
2.339/1954, já que não houve revogação expressa.
O STJ, assim, veio a firmar a tese da revogação tácita das Leis 1.046/1950 e
2.339/1954 pela Lei 8.112/1990, que passa a ser o regime jurídico do
empréstimo com consignação em folha de pagamento tomado pelos
servidores públicos por ela regidos.
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a) Caso a mutuária seja servidora pública regida pela Lei 8.112/1990, sua morte, por força
do artigo 16 da Lei 1.046/1950, extingue a dívida.
b) Caso a mutuária seja servidora pública regida pela Lei 8.112/1990, sua morte, por força
da ausência de regra de efeito extintivo da dívida na Lei 8.112/1990, impõe o pagamento
pelo espólio ou herdeiros, conforme o caso.
c) Caso a mutuária seja empregada celetista, sua morte, por força do artigo 16 da Lei
1.046/1950, extingue a dívida.
d) Caso a mutuária seja empregada celetista, sua morte, por força da Lei 10.820/2003,
extingue a dívida.
e) A dívida de empréstimo com consignação em folha de pagamento, por sua natureza,
não pode ser transmitida para pagamento quer pelo espólio quer pelos herdeiros.
Comentários
A regra é a transmissão das dívidas do falecido ao espólio ou aos herdeiros
(neste caso, se partilhados os bens sem pagamento das dívidas e nos limites
das forças da herança recebida).
Ocorre que, como visto nos comentários à questão anterior, referida lei, que
tratava das consignações por servidores públicos, foi revogada pela Lei
8.112/1990.
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Sob repercussão geral, o STF reiterou tese ali secular, qual seja, da vedação
do uso de sanções políticas para constranger o contribuinte inadimplente a
quitar sua dívida.
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a) A convenção das partes em casos cuja competência pudesse ser concorrente entre o
foro nacional e o estrangeiro no sentido de subtrair a lide ao foro nacional para seja julgada
somente no foro estrangeiro é válida e eficaz, e por se tratar de mudança de competência
internacional pode ser reconhecida pelo juiz nacional inclusive de ofício.
b) Como a competência para que se julguem causas relacionadas a imóveis situados no
Brasil é exclusiva da nossa jurisdição, excluindo-se a possibilidade de sentença
estrangeira fazer aqui efeito com relação a esta matéria, a cobrança de aluguéis relativos a
estes mesmos imóveis tampouco pode se dar de maneira válida no Brasil em decorrência
de sentença proveniente de juízo estrangeiro ainda que haja pacto entre as partes
escolhendo foro alienígena.
c) O Judiciário brasileiro tem competência internacional concorrente para os processos
judiciais sobre alimentos, mesmo que o credor e o devedor de alimentos não morem no
Brasil, mas desde que o devedor aqui receba algum rendimento suficiente ao
adimplemento da obrigação.
d) A imparcialidade do juiz, segundo a doutrina, deve equivaler a uma neutralidade
apriorística em relação às matérias que podem fundamentar ideologicamente a solução da
lide.
e) Pelo princípio da inevitabilidade da jurisdição a parte ré pode-se, em algumas hipóteses,
recusar a participar do processo e sua inação obsta a que este lhe gere conseqüências.
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Comentários
a. Incorreto. Não é o que consta da lei na parte do reconhecimento de ofício,
embora a convenção entre as partes possa excluir a competência nacional
no caso em que esta fosse originalmente concorrente com a de estado
estrangeiro, este pacto de mudança de competência não pode ser
reconhecido de ofício: “Em todos esses casos em que o Judiciário brasileiro
tem competência internacional concorrente, tal competência pode ser
excluída pela vontade das partes, que poderão livremente eleger um foro
exclusivo estrangeiro, na forma do art. 25. A eleição de foro estrangeiro,
porém, só é admitida em contratos internacionais e levará, se válida e eficaz,
à extinção do processo sem resolução do mérito se for arguida pelo réu em
sua contestação, não se admitindo seja a mesma apreciada ex officio”.
Alexandre Freitas Câmara, O Novo Processo Civil Brasileiro. Edição 2017,
página 48. b. Incorreto. Direitos sobre imóveis não compreendem aluguéis
que pela sua natureza não implicam competência exclusiva do foro nacional:
“No art. 23 encontram-se os casos de competência internacional exclusiva. O
primeiro desses casos é o do processo que seja relativo a imóveis situados
no Brasil (art. 23, I). Só se aplica essa regra aos processos em que o objeto
mediato da demanda (isto é, o bem jurídico pretendido pelo demandante)
seja o próprio bem imóvel, como se dá em demandas possessórias ou
reivindicatórias. Não, porém, quando a demanda tenha por objeto alguma
prestação relacionada ao imóvel, como por exemplo a cobrança de aluguéis”.
Alexandre Freitas Câmara, O Novo Processo Civil Brasileiro. Edição 2017,
página 48. c. Correto. É possível no que se refere a alimentos que ambas as
partes não residam no Brasil e que ainda assim seja aqui o foro competente
ainda que se maneira concorrente para o julgamento do feito: “O Judiciário
brasileiro também tem competência internacional concorrente para os
processos que tenham por objeto a prestação de alimentos, quando o
alimentando (credor dos alimentos) tiver domicílio ou residência no Brasil ou
quando o alimentante (devedor dos alimentos) mantiver vínculos no Brasil,
tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção
de benefícios econômicos (art. 22, I, a e b). Perceba-se que a previsão da
alínea b deste art. 22, I, é especialmente importante para os casos em que
nenhuma das partes tenha domicílio no Brasil. Afinal, se o alimentando for
domiciliado no País o Judiciário brasileiro será competente por força da
alínea a do mesmo dispositivo; e se o alimentante for aqui domiciliado, a
competência internacional do Judiciário brasileiro decorrerá do previsto no
art. 21, I”. Alexandre Freitas Câmara, O Novo Processo Civil Brasileiro.
Edição 2017, página 48.
d. Incorreto. O juiz não é tabula rasa, já existia como pessoa antes de lhe ser
apresentado o processo, e vai julgar usando a própria visão de mundo. O que
ele não pode é ter qualquer interesse no resultado da causa: "Propõe-se o
termo imparcialidade para designar a condição de terceiro do órgão
jurisdicional , o aspecto objetivo de ser um estranho àquilo que é discutido.
Reserva-se a imparcialidade para a referência a um aspecto subjetivo do juiz,
que não deve ter qualquer tipo de interesse na causa. ... Não se pode
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a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) I, II e III.
Comentários
Certo o item I. Com efeito, a teor do § 9º do art. 85 do CPC, na ação de
indenização por ato ilícito contra pessoa o percentual de honorários incidirá
sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações
vincendas.
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Correto, por último, o item III, que está arrimado em Enunciado consolidado
pela recente e importantíssima II Jornada de Processo Civil do Conselho da
Justiça Federal – que reuniu os maiores especialistas brasileiros na matéria e
consubstancia relevante fonte na aplicação dos ditames do novel Codex. Eis
o teor do Enunciado n. 109:
Comentários
Há erro no item I. O prazo, na verdade, é de 15 dias, e não de 10 dias. A
respeito, recorde-se o conteúdo do art. 135 do CPC, in verbis:
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para
manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
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12. (Emagis) A propósito da penhorabilidade do bem de família na hipótese em que seja ele
voluntariamente ofertado pelo casal ou pela entidade familiar como garantia real hipotecária de
determinada dívida, marque a alternativa CORRETA.
a) Inexiste exceção na Lei 8.009/1990 com admissão de penhora para casos do gênero.
b) A Lei 8.009/1990, na verdade, expressa que a impenhorabilidade se aplica inclusive
para os casos em questão.
c) A Lei 8.009/1990 considera ilícito o ato jurídico de constituição pelo casal ou entidade
familiar de hipoteca sobre seu bem de família.
d) A penhorabilidade existe, em regra, se a dívida garantida é do próprio casal ou da
entidade familiar.
e) A penhorabilidade existe, em regra, se a dívida garantida é de terceiro que não o próprio
casal ou da entidade familiar.
Comentários
A Lei 8.099/1990, mais do que validar o ato jurídico de constituição pelo casal
ou entidade familiar de hipoteca sobre seu bem de família, clausula a
hipótese como uma das exceções à impenhorabilidade do imóvel.
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13. (Emagis) Considere que para garantia de dívida contraída por pessoa jurídica seja oferecido
pelo(s) sócio(s) em hipoteca imóvel de sua propriedade que seja seu bem de família, vindo tal
hipoteca a ser executada em juízo.
A propósito, observada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa
CORRETA.
a) Como a dívida garantida é de terceiro (pessoa jurídica) que não o casal ou entidade
familiar, é peremptória a manutenção da impenhorabilidade do bem.
b) Caso existam outros sócios da pessoa jurídica que não o casal que gravou o próprio
bem, é destes, para manutenção da impenhorabilidade, o ônus de provar que o proveito da
dívida não se reverteu em seu favor.
c) Caso o casal que gravou o próprio bem sejam os únicos sócios da pessoa jurídica, é
deles (casal proprietário), para manutenção da impenhorabilidade, o ônus de provar que o
proveito da dívida não se reverteu em seu favor.
d) Como a dívida garantida é de terceiro (pessoa jurídica) que não o casal ou entidade
familiar, é peremptório o afastamento da impenhorabilidade do bem.
e) Quando de terceiro a dívida garantida pela hipoteca, a penhorabilidade independe da
reversão do proveito da obrigação ao casal ou entidade familiar.
Comentários
A premissa importante é aquela adiantada nos comentários à questão
anterior: se a dívida garantida é de terceiro, em princípio a impenhorabilidade
se mantém.
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14. (Emagis) Sobre os embargos infringentes no CPC/2015, avalie as assertivas que seguem.
I – Extinguiu os embargos infringentes.
II – Criou técnica de complementação de determinadas decisões colegiadas não unânimes em
segunda instância.
III – Criou técnica de complementação de decisões colegiadas não unânimes em recursos
repetitivos e as prolatadas pelo Plenário ou Órgão Especial do Tribunal.
Estão corretas as seguintes assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas
e) Nenhuma
Comentários
De fato, o CPC/2015 extinguiu os embargos infringentes e criou, em seu
artigo 942, técnica de complementação de determinadas decisões colegiadas
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Veja:
15. (Emagis) Sobre a tutela coletiva em juízo dos direitos individuais homogêneos, marque a
alternativa CORRETA.
Comentários
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16. (Emagis) Sobre o controle judicial da cláusula penal pactuada pelas partes em contrato
regido pelo Código Civil, marque a alternativa CORRETA.
Comentários
Veja que o artigo 413 do CC/2002, para além da redução com fundamento no
cumprimento parcial da obrigação (admitida no artigo 924 do CC/1916),
admite seja ela reduzida com fundamento na equidade.
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Sob essa ótica é que o STJ reafirmou que a regra da imutabilidade da pena
pactuada pelas partes foi rechaçada ainda com mais força pelo CC/2002.
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17. (Emagis) Sobre os danos morais decorrentes de acidente de veículos automotores do qual
tenha não tenha resultado danos à integridade física dos envolvidos, observada a jurisprudência
do STJ, avalie as assertivas que seguem.
I – Trata-se de danos morais in re ipsa.
II – É desnecessária a produção de prova específica referente aos danos morais.
III – Qualquer acidente de trânsito que produza danos patrimoniais carrega consigo a produção
de danos morais aos envolvidos.
Estão corretas as seguintes assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas
e) Nenhuma
Comentários
O STJ, em julgado noticiado no Informativo n. 627, rechaçou a existência de
dano moral in re ipsa na hipótese, que fora reconhecida pelo tribunal
recorrido.
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Comentários
Tradicionalmente, o STJ considerava possível, uma vez demonstrado em
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19. (Emagis) A propósito dos créditos sujeitos ao plano de recuperação judicial, marque a
alternativa CORRETA.
Comentários
Lembre-se de que, para o artigo 49 da Lei 11.101/2005, basta que o crédito
‘exista’ à ocasião do pedido de recuperação – ainda que não vencido – para
que se sujeite ao plano.
Veja:
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crédito considera-se ‘existente’ desde o fato ou ato que o originou, sendo que
a sentença posterior apenas declara tal existência.
Veja a notícia:
20. (Emagis) No que se refere ao feminicídio, e delitos patrimoniais, julgue os itens que se
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Comentários
a. Incorreto. Apesar de o feminicídio ter sujeito passivo definido que é a
mulher, este crime não precisa decorrer somente de violência doméstica, há
outro motivo em lei igualmente idôneo à caracterização do tipo: “Segundo a
Lei n° 13.104, de 09/03/2015 (publicada em 10/03/2015), considera-se
feminicídio o homicídio "contra a mulher por razões da condição de sexo
feminino" (art. 121, § 2°, VI, do CP). Nos termos do § 20-A, "Considera-se
que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I -
violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição
de mulher." Alexandre Salim e Marcelo André de Azevedo, Direito Penal,
Volume 2, Parte Especial, página 56. b. Correto. Não é uma iniciativa
nacional isolada, mas decorre de um esforço internacional para diminuir a
violência contra a mulher: “O legislador pátrio, seguindo as recomendações
internacionais e na busca de maior eficiência na proteção dos direitos
fundamentais, alterou a legislação para inserir no Código Penal o feminicídio
corno qualificadora no art. 121, § 2°, VI. Por sua vez, mantendo uniformidade
com as demais circunstâncias qualificadoras descritas no art. 121, § 2°, o
feminicídio foi considerado crime hediondo. Conforme constou na justificação
do PLS z92/2013: "A lei deve ser vista, no entanto, como um ponto de
partida, e não de chegada, na luta pela igualdade de gênero e pela
universalização dos direitos humanos". Com a nova legislação, segundo
dados da ONU, o Brasil passa a ser a 16ª nação latino-americana a instituir
lei que classifique requintes de crueldade no assassinato de mulheres como
crime hediondo. Nadine Gusman, representante da ONU Mulheres Brasil,
ressalta: "a conquista como um marco dentre as atividades alusivas ao Dia
Internacional da Mulher no Brasil e na América Latina e Caribe, considerando
que outros 15 países já garantiram a tipificação do feminicídio em leis
nacionais num ciclo iniciado em 2007: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia,
Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua,
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Resposta “b”.
a) Embora não exija pelo agente a posse mansa e pacífica da res furtiva, exige tal posse
atinja o estágio de desvigiada.
b) Embora não exija pelo agente a posse mansa e pacífica da res furtiva ou mesmo
desvigiada, não ultrapassa a tentativa quando imediatamente perseguido quando ainda na
posse da coisa.
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Comentários
O STJ adota a teoria da apprehensio, conforme afirmado pelo Ministro Jorge
Mussi no Resp 1.519.860: “A teoria da apprehensio adotada pelo Superior
Tribunal de Justiça entende que o momento da consumação dos delitos
patrimoniais ocorre com a posse da res furtiva.”
Não é preciso qualquer qualificação adicional para esta posse, isto é, mansa
e pacífica ou desvigiada.
A tese deu origem à Súmula 582 e foi vertida no seguinte repetitivo (STJ,
Resp. 1.499.050, 3ª Seção, Rogério Schietti Cruz, DJe 09/11/2015):
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22. (Emagis) A respeito da causa especial de aumento de pena do crime de roubo pelo emprego
de arma, considerando especialmente a inovação introduzida no Código Penal pela Lei
13.654/2018, marque a alternativa CORRETA.
a) Expressou que tanto o emprego de arma própria quanto o emprego de arma imprópria
são causa de aumento da pena.
b) Estabeleceu que apenas o emprego de arma de fogo é causa de aumento da pena.
c) Estabeleceu que apenas o emprego de arma imprópria é causa de aumento da pena.
d) Revogou a causa de aumento pelo emprego de arma, própria ou imprópria.
e) Não tem força retroativa no que concerne aos roubos cometidos com emprego de arma
imprópria.
Comentários
O que referida lei (13.654/2018) fez foi revogar o inciso I do §2º do artigo 155
– que se contentava apenas com o emprego de ‘arma’, sem referir se própria
ou imprópria – e incluir o §2º-A no precitado artigo, em cujo inciso I estipulou
majorante ainda mais gravosa para o emprego de ‘arma de fogo’.
Veja:
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer
meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa,
emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
§2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação
dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
(...)
§2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de
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Épor isso que o próprio STJ considera tratar-se de novatio legis in mellius no
que concerne aos roubos com arma imprópria (faca, por exemplo): a Lei
13.654/2018 deve nestes casos retroagir para afastar a majorante
eventualmente reconhecida em sentença.
23. (Emagis) No que se refere à prisão preventiva, julgue os itens que se seguem e aponte o
que se apresenta como verdadeiro:
a) Sempre que possível, as pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já
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estiverem definitivamente condenadas, de modo que quando não seja possível, por
critérios fáticos, tal separação, a mera justificação determina a possibilidade de reunião em
um só cárcere de presos provisórios e presos já definitivamente condenados.
b) O efetivo exercício da função de jurado garante a prisão especial no caso de
cometimento de crime comum, que deve perdurar até à condenação definitiva.
c) A fuga do réu, desde antes da lei revogadora da norma que previa a deserção do
recurso na hipótese, já não implicava mais a referida deserção por incompatibilidade da
previsão com o novo texto constitucional, como era, inclusive súmula do STF.
d) Quando o promotor de justiça que venha a oferecer a denúncia tiver acompanhado a
lavratura do auto de prisão em flagrante, haverá nulidade da ação penal por falta de
isenção da acusação nos termos da jurisprudência consolidada do STF.
e) Quando a prisão em flagrante seja relaxada, não poderá, por violação ao princípio da
boa-fé objetiva, como entende a doutrina e a jurisprudência ser imediatamente decretada a
prisão preventiva do réu, ainda que seja adequada e se disponha de fundamentação
idônea.
Comentários
a. Incorreto. A redação do CPP que dava azo à interpretação contida no item
já foi modificada há mais de seis anos, como se pode ler a seguir:
“Separação obrigatória entre os presos provisórios e os presos definitivos:
Antes da entrada em vigor da Lei 12.403/2011, estabelecia o art. 300 do CPP
que, “sempre que possível, as pessoas presas provisoriamente ficarão
separadas das que já estiverem definitivamente condenadas”. Na atualidade,
a ressalva sempre que possível foi suprimida do texto legal, passando a
dispor o precitado artigo que as pessoas presas provisoriamente ficarão
separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da
Lei de Execução Penal. Como se vê, devido aos termos cogentes do art. 300,
a colocação dos presos provisórios e dos presos definitivos em celas
separadas deixou de ser uma opção na hipótese da inexistência de vagas ou
de estrutura carcerária, para ser uma obrigação do Estado. Não sendo
possível cumprir este comando, a prisão provisória não poderá ser
executada, sob pena de implicar constrangimento ilegal ao indiciado ou
acusado. Tendo em vista que essa manutenção da liberdade do agente
poderá implicar risco à efetividade que se espera da persecução criminal,
pensamos que, em tais casos, a prisão • domiciliar pode se apresentar como
uma solução possível, muito embora não se trate esta de uma hipótese
autorizada pelo art. 318 do CPP. Considerando que tal situação é causada
pela omissão do próprio Estado em prover os estabelecimentos prisionais
das vagas necessárias para abrigar os presos provisórios, a este caberá não
apenas a vigilância da pessoa que deveria estar segregada como também a
responsabilidade, inclusive sob a ótica civil, por todas as consequências dos
atos e fatos danosos realizados pelo indivíduo que deveria estar custodiado e
que, por deficiência estatal, não o está”. Norberto Avena, Processo Penal,
edição 2017, página 603. b. Incorreto. O trecho da lei que garantia a prisão
especial ao jurado no cometimento de crimes comuns enquanto a sentença
não passasse definitivamente em julgado foi revogado, mas remanesce uma
antinomia, pois outro trecho do código manda que se os recolha em local
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Resposta “c”.
24. (Emagis) Sobre o controle judicial da eficiência da defesa técnica no processo penal,
marque a alternativa CORRETA.
Comentários
O controle judicial da eficiência da defesa no processo penal se impõe
qualquer que seja o rito em questão.
Súmula 523
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
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Comentários
A jurisprudência que vinha sendo reiterada pelo STJ seguia a lógica do
CPC/1973, isto é, considerava ter a apelação no caso em regra efeito
suspensivo, que apenas não existiria se presente ‘confirmação de
antecipação de tutela’, com prévia determinação no curso do processo de
internação provisória.
Por iniciativa do Ministro Rogério Schietti Cruz, tal jurisprudência foi alterada
pela 3ª Seção, invertendo-se a regra.
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26. (Emagis/Bônus) Sobre a execução penal em face de civil condenado pela Justiça Militar (por
crime cometido em tempo de paz), avalie as assertivas que seguem.
I – Segundo o Código Penal Militar, é cumprida em estabelecimento prisional civil.
II – Segundo o Código Penal Militar, o regime jurídico da execução em questão é o da legislação
penal comum.
III – Segundo o Código Penal Militar, a condenação em questão dada pela Justiça Militar não
afasta do civil o direito aos benefícios na execução penal estabelecidos pela legislação comum.
Estão corretas as seguintes assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas
e) Nenhuma
Comentários
A disciplina da matéria consta do artigo 62 do CPM.
Sob o aspecto formal, torna a execução penal do civil condenado pela Justiça
Militar sujeita ao regime jurídico comum ou geral, aplicável aos condenados
em geral (CP, LEP, CPP, etc.).
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27. (Emagis/Bônus) Sobre a competência na execução penal, avalie as assertivas que seguem.
I – O STJ acolhe a tese de que a concessão ao juízo estadual de competência para executar
pena fixada em sentença do juízo federal fere a Constituição Federal (artigo 109).
II – Para o STJ, a competência para execução penal deve respeitar o critério funcional, isto é,
atrelada ao juízo que proferiu a condenação.
III – O STJ evoluiu em sua jurisprudência para, acolhendo reiteradas manifestações da
Procuradoria-Geral da República, considerar sua Súmula 192 incompatível com a Constituição
Federal.
Estão corretas as seguintes assertivas:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas
e) Nenhuma
Comentários
O STJ mantém-se firme na aplicação de sua Súmula 192.
O STJ, porém, adota como decisivo para fixar a competência não a matéria
tratada na condenação ou o juízo prolator: fixa-se pela “jurisdição a que se
encontra subordinado o estabelecimento prisional”, que, sendo estadual,
torna a Justiça Estadual competente para execução.
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a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas
e) Nenhuma
Comentários
Veja que da redação da Súmula 192 do STJ, a competência executória da
Justiça Estadual (quando a pena seja cumprida em estabelecimento prisional
sob administração estadual) abrange condenações da Justiça Federal,
Eleitoral e Militar:
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a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) Todas
e) Nenhuma
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A regra que sedia a responsabilidade objetiva em questão é a que emana do
artigo 734, caput, do CC, litteris:
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a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I.
e) I, II e III.
Comentários
Falsa a afirmação feita no item I. A doença pode, sim, ser preexistente; é a
incapacidade que não pode sê-lo. Isso porque alguém pode ser portador de
alguma doença e, mesmo com ela, poder trabalhar normalmente (aliás, tal
situação é absolutamente comum). No assunto, confira-se a Súmula 53 da
TNU:
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REsp 1.648.305-RS, Rel. Min. Assusete Magalhães, Rel. Acd. Min. Regina
Helena Costa, Primeira Seção, por maioria, julgado em 22/08/2018, DJe
26/09/2018 (Tema 982)
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