que nomes de Deus. Como escreve Scholem: ―O Deus que ‗invocou‘ Seus poderes para se revelarem deu-lhes nome e, pode-se dizer, chamou a Si mesmo por nomes apropriados‖ (ibid, 99). Esses são os ―dez nomes que não podem ser apagados‖, em comparação com os quais todos os outros nomes de Deus são meros epítetos. Na antiga Cabala, as palavras em si reveladas à humanidade por Deus são de suma importância. Elas substituem qualquer outro artifício usado de modo especulativo para obter algum vislumbre da verdade. O poder, a verdade em si, se encontra nas letras e palavras reveladas por Deus. Os nomes divinos são acompanhados por nomes descritivos do Sephiroth, que também são nomes de Deus. No Ain Soph, a divindade não tem nome. Os títulos descritivos dos Sephiroth representam a qualidade e a quantidade da luz universal que se manifesta por meio dos graus de obscuridade impostos pelos vasos. Mais de um nome pode ser aplicado a um único Sephirah, quando necessário para sugerir sua apropriada natureza. Os títulos dos Sephiroth são, em grande parte, baseados no versículo bíblico 1 Crônicas 29,11. Também se refletem no Pai-Nosso, em Mateus 6,9-13. Bem menos importância filosófica têm as outras estruturas ocultas aplicadas aos Sephiroth, tais como a hierarquia dos anjos, as esferas dos céus, os elementos, os espíritos bons e maus individuais, os profetas hebreus e assim por diante. São todos acréscimos posteriores feitos à Árvore quando sua forma começou a se solidificar. Entretanto, são extremamente úteis sob o ponto de vista da Cabala prática. A santidade dos Sephiroth é usada para dar autoridade e poder aos elementos específicos em obras mágicas. Várias divisões dos Sephiroth foram feitas com o intuito de ajudar a compreender seu significado. Eles foram separados em cinco superiores e cinco inferiores, os poderes ocultos e os manifestos; nessa mesma base foi feita uma divisão entre três superiores e sete inferiores, estes sendo comparados aos sete dias da criação; foram divididos em três triângulos, o mais alto dos quais (Kether, Chokmah, Binah) era ligado ao intelecto, o mediano (Chesed, Geburah, Tiphareth) à alma, e o mais baixo (Netzach, Hod, Yesod) à natureza. A Árvore também foi dividida em três pilares: o Pilar Direito (Chokmah, Chesed, Netzach) da Misericórdia, o Pilar Mediano (Kether, Tiphareth, Yesod, Malkuth) da Temperança e o Pilar Esquerdo (Binah, Geburah, Hod) da Severidade. O lado direito da Árvore é considerado masculino e o esquerdo, feminino. Deve-se ressaltar que a Árvore dos Sephiroth é quase sempre representada vista por trás. Lembre-se de que Chokmah está do lado direito da Árvore, e Binah do lado esquerdo, e assim você evitará o erro comum de confundir os lados. Existe um 11º Sephirah, que não é de fato um Sephirah, e se chama Daath. Apareceu pela primeira vez no século XIII, como mediador entre as influências de Chesed e Binah, e é considerado o aspecto manifesto de Kether. Localizado no Pilar Mediano entre e pouco abaixo de Chokmah e Binah, ele tem as mesmas qualidades de equilíbrio que os outros Sephiroth do Pilar Mediano.