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Neste raciocínio o Direito de Família fica deslocado, pois a maioria das suas
normas são imperativas(obrigam as partes) e os direitos
são indisponíveis/irrenunciáveis (ex: nome, filiação, alimentos, ver ats. 11 e
1.707). O profissional precisa de muita sensibilidade para atuar nesta área,
inclusive veremos adiante que alguns autores o consideram parte do Direito
Público e não do Direito Privado. Mas no fundo o Direito de Família integra o
Direito Civil e, para não fugir à regra, também existe muita questão patrimonial
nas relações familiares, como veremos ao longo do curso.
FAMÍLIA
Obs: marido e mulher não são parentes mas cônjuges, ligados pelo casamento,
ou companheiros/conviventes caso vivam em união estável.
Outra obs: não se cogita de casamento entre homossexuais em nosso país, pois
o CC é bem claro no 1514 e a CF no § 3º do 226, que casamento e união estável
é entre homem e mulher. Uma relação homossexual deve ser regulada pelo
direito obrigacional como uma sociedade, e não pelo direito de família.
Em todos os países modernos onde eclode uma grave crise, uma guerra
civil (ex: Oriente Médio), é na família que as pessoas vão se organizar para se
proteger e sobreviver. Já era assim desde a pré-história quando as pessoas se
juntavam com seus familiares. A união de várias famílias formam as cidades, que
eram as antigas tribos. E várias cidades formam estados e países. Por isso a
família é a célula-mãe, é a base da sociedade.
Natureza jurídica da família: não é pessoa física pois é formada por vários
indivíduos; também não é pessoa jurídica porque exigiria previsão em lei (art.
44). Família assim não tem personalidade jurídica, não podendo ser parte numa
relação jurídica. E o que é a família? Uma instituição, como diz a CF é a base da
sociedade (226).
Comentários ao conceito:
Mas para a maioria dos autores (inclusive para mim) o DF integra o Direito
Privado já que regula a família, que não é um órgão/ente estatal. Ao contrário, a
família é uma instituição particular onde, nas palavras de Sílvio Venosa, “a gente
nasce, vive, ama, sofre e morre”. O próprio CC proíbe o Estado de
seimiscuir/interferir nas relações íntimas da família (1513).