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FACULDADES MONTENEGRO

LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

VANESSA CASTRO COELHO

TEÓRICOS DA APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


RESUMO

PIRACURUCA
2018
VANESSA CASTRO COELHO

TEÓRICOS DA APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO


RESUMO

Trabalho apresentado à cadeira de


Psicologia da aprendizagem e
desenvolvimento, do Curso de
Licenciatura Plena em Educação Física, da
Faculdades Montenegro, como requisito
para obtenção de nota.

Profa.: Ana Cecília Bugwuja

PIRACURUCA
2018
1 JEROME BRUNER

Nascido em 1915, Jerome Seymour Bruner, graduou-se em psicologia pela


Universidade Duke, realizando doutorado na Universidade de Harvard. É doutor
honoris causa das maiores e mais conceituadas instituições de ensino superior do
mundo, como Yale, Sorbonne, Berlim e Roma (PRÄSS, 2007).
A teoria de Brunner dispõe o aluno como peça chave extremamente atuante no
processo de aprendizagem. O trabalho docente em Brunner não realiza explanações
pormenorizadas, tão somente fornecendo aos discentes condições mínimas para o
alcance de determinadas metas na aprendizagem e atua basicamente, como
intermediador do processo (OSTERMANN e CAVALCANTI, 2010). Trata-se da teoria
da aprendizagem por descoberta.
Os pontos essenciais na teoria da aprendizagem por descoberta remontam à
predisposição para a aprendizagem e à estrutura de conhecimentos, defendida por
Bruner, como um arcabouço curricular espiralado em que o aluno adquira maior
profundidade com o decorrer do tempo. O discente deve encontrar o que deseja
aprender dentre as opções disponíveis e não impor informações categóricas
(MOREIRA, 2008).
Bruner concatena aspectos diferenciados no processo de aprendizagem
intrinsecamente relacionados aos sujeitos, cabendo ao docente exercer a função de
mediação e facilitação da aprendizagem, embora o foco da aprendizagem bruneriana
repouse no discente, que deve aplicar os conteúdos assimilados às mais diversas
situações, através de um processo rico de construção do conhecimento. De acordo
com a função idealizada por Brunner, espera-se:

Do professor: mediador entre o conhecimento e as compreensões dos


alunos, além disso é um facilitador da aprendizagem já que fornece as
ferramentas para os aprendizes e também os guia para resolver seus erros.
Do aluno: ele revisa, modifica, enriquece e reconstrói seus conhecimentos.
Reelabora constantemente suas próprias representações, enquanto utiliza e
transfere o que aprendeu a outras situações (PRÄSS, 2007, p. 22-23).

Bruner acreditava que qualquer teoria de aprendizagem deveria estar firmada


sobre determinados conceitos que julgava essenciais, a saber: predisposição
existente a aprendizagem, forma estrutural dos conhecimentos de forma a que
possam ser melhor entendidos, sequências eficazes para apresentação conteudista e
maneiras de premiação e punição no processo de ensino-aprendizagem (VERGARA,
2003).
Bruner ainda formulou princípios necessários à sua teoria de aprendizagem:
motivação, estrutura, sequenciação e reforçamento. Na ilustração que segue
encontra-se um mapa dos principais conceitos advindos da teoria bruneriana:

Figura 1. Mapa conceitual da teoria de aprendizagem bruneriana.

Facilitador
Docente
Mediador

Enriquece
Teoria de Bruner

Reelabora
Discente
Revisa

Constrói

Modo de
apresentação
Estrutura de Economia de
uma matéria apresentação

Reforçamento Sequência
Princípios
Motivação

Sequenciação

Fonte: (VERGARA, 2003, p. 38); (PRÄSS, 2007, p. 25) Adaptados.

A teoria de Bruner é considerada um método inviável nas instituições de ensino


básicas e elementares, uma vez que prescinde de uma grande quantidade de tempo
para o estabelecimento do processo ensino-aprendizagem. Embora para os críticos
dessa teoria, o discente adquira base mais sólida, a demora no processo não permite
a adaptação ao ambiente escolar.
2 PAULO FREIRE

Também chamado de pedagogo dos pobres, Freire nasceu em 1921, em


Recife. Graduado em direito, lecionou em escolas secundaristas e trabalhou como
advogado sindicalista durante grande parte de sua vida. Partidário das ideias
marxistas, Freire voltou-se ao público que costumava chamar de “oprimidos”
(OSTERMANN e CAVALCANTI, 2010).
A teoria de Freire combate o que se chama de educação bancária, isto é,
moldada em conteúdos categorizados e prontos, sem margem para diálogo e
inquirições. Trata-se de um dos teóricos da aprendizagem mais amplamente
divulgado, cujo ideário norteia significativa parcela dos métodos aplicados nas escolas
(PRÄSS, 2007).
A pedagogia de Paulo Freire intenciona a construção de sujeitos críticos, que
estejam comprometidos com a consciência necessária para a realização de mudanças
no mundo. Repudiando o modelo educacional tradicionalista, em que o aluno é tido
como figura que não sabe de nada e o professor, consiste em elemento de depósito
dos conhecimentos (ILLERIS, 2013).
Freire defende uma teoria pedagógica alicerçada na problematização da
educação, em que elementos contextuais da realidade sejam permeados com o
ambiente escolar, dando-se ênfase ao diálogo, reflexão, desenvolvimento de senso
crítico, criatividade, onde se possa construir o arcabouço tido como necessário para o
processo ensino-aprendizagem (VERGARA, 2003).
O programa de conteúdos em Freire, deve ser:

[...]construído a partir de temas geradores, uma metodologia pautada no


universo do educando, que requer a investigação[...] enfatizando-se o
trabalho em equipe de forma interdisciplinar. A organização de conteúdos não
pode ser autoritária, determinada e categorizada, mas adaptada às
necessidades sociais vigentes[...] (PRÄSS, 2007, p. 48).

Freire dita que a classe opressora se utiliza da teoria pedagógica tradicional


como mecanismo contínuo da manutenção da opressão. Reza que a classe oprimida
também precisa fazer uso de uma teoria que possibilite a liberdade, a desvinculação
das relações de “suserania e vassalagem” na educação (LIMA, 2017).
A educação deve seguir um modelo dialógico e problematizante. Diversos
elementos da pedagogia de Freire são utilizados na estruturação dos ambientes
escolares do que se considera como moderna pedagogia. Trata-se de uma das teorias
mais atuantes no universo educacional brasileiro. A ilustração abaixo evidencia um
mapa de conceitos com os principais pontos da teoria.

Figura 2. Mapa conceitual da teoria dialógica de Paulo Freire.

Teoria da Ação Dialógica

Educação Libertadora Diálogo

Incentiva Busca de
Superação da Construção de Transformação educação mais conteúdo
opressão sujeitos críticos da realidade humana programático

Facilita a Construção
Diálogo entre libertação dos pautada pela
Abandono da Mediatização
educador e moldes realidade do
condição servil pelo mundo
aluno opressores aluno

Fonte: (LIMA, 2017, p. 32); (PRÄSS, 2007, p. 50) Adaptados.


3 HENRI WALLON

Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu na França, em 1879 e dedicou-se a


diversos campos do conhecimento, como psicologia, medicina, política e filosofia. A
teoria de aprendizagem walloniana está embasada na afetividade e na harmonização
caracterizadas pela unidade do processo ensino-aprendizagem (ILLERIS, 2013).
A relação entre professor e aluno consiste na essência da teoria walloniana. O
docente deve ver o discente do ponto de vista pleno, ou seja, em seu aspecto total,
como um todo (VERGARA, 2003). Wallon baseou sua teoria na construção do
chamava de educação mais justa voltada a uma sociedade mais justa (MAHONEY e
ALMEIDA, 2005).
Wallon propôs uma teoria educacional fincada em quatro princípios que ditou
como básicos e necessários: justiça, dignidade igual de todas as ocupações,
orientação e cultura geral (OSTERMANN e CAVALCANTI, 2010). No princípio da
justiça, a intenção walloniana era de que as aptidões inatas dos indivíduos fossem
seus únicos fatores de limitação (MAHONEY e ALMEIDA, 2005).
No aspecto da dignidade, ditava que qualquer ocupação seria primordialmente
digna e que nenhum tipo de educação poderia estabelecer primazia sobre aspectos
manuais e intelectuais. No tocante à orientação, Wallon estabelece que é necessário
que primeiro se desenvolva orientação escolar e, posteriormente orientação
profissional (VERGARA, 2003).
Por último, a cultura geral deve estar entremeada com os demais aspectos
educacionais, pois ditava que não poderia existir especialização profissional sem que
antes sobreviesse a cultura geral. Deve-se partir do genérico e amplo rumo ao
específico, no entanto, sem a perda da unidade do todo (MAHONEY e ALMEIDA,
2005).
Wallon ainda discorreu sobre espécies de instrumentos reguladores do
processo de desenvolvimento e aprendizagem de crianças e adolescentes, como:
sincretismo, diferenciação, imitação, acolhimento, desenvolvimento de conjuntos
funcionais e situações conflitivas. Apontava que independentemente das faixas
etárias, a aprendizagem se dava de igual maneira, a diferença residia apenas no
tempo para cada idade (LIMA, 2017).
Entendia que a afetividade era de suma importância no processo de ensino e
aprendizagem, e que se esta condição não estivesse adequadamente satisfeita,
consistiria em óbice significativo para a educação. O professor possui a função de
intermediador do conhecimento, representando ainda a figura de modelo aos
discentes. O ensino seria então o conjunto de atividades contextuais e características
individuais do professor e aluno (MAHONEY e ALMEIDA, 2005).
Na ilustração, segue a disposição conceitual exemplificada de aprendizagem
proposta por Wallon, para os adultos:

Figura 3. Teoria psicogênico-afetiva da aprendizagem para adultos.

Indicadores

•Definição de valores
•Comportamento de acordo com valores assumidos
•Responsabilidade pelas consequências de valores e atos
•Controle cognitivo, afetivo e motor.

Pontos de Aprendizagem

•Eu sei que sou


•Eu sei o que esperam de mim

Recursos de Aprendizagem

•Convivência com o outro


•Experiências próprias se transformam em preceitos e princípios.

Fonte: (MAHONEY e ALMEIDA, 2005, p. 27-28) Adaptado.

A teoria walloniana é de difícil utilização no meio escolar, mesmo no ensino


superior e vários autores na literatura a consideram de certo modo utópico e idealista,
todavia é indiscutível a influência de Wallon nas teorias pedagógicas que se seguiram
durante o século XX (PRÄSS, 2007).
4 ERIK ERIKSON

Nascido em Frankfurt, em 1902, foi um eminente psicanalista e um dos mais


importantes teóricos da psicologia do desenvolvimento. Formulou a teoria do
desenvolvimento psicossocial, propondo que os indivíduos se desenvolvem do ponto
de vista psíquico, através de fases e estágios (COSTA, 2005). Este modelo ainda tem
grande aplicação prática, embora seus pressupostos teóricos tenham sido
modificados à luz de novas teorias.
De acordo com o modelo de Erikson o desenvolvimento não se procederia de
qualquer maneira, mas interdependente do meio em que o indivíduo esteja inserido.
Para o teórico, existirá duas vertentes: uma com aspectos positivos e outra negativa,
todavia é necessário que haja sobreposição do aspecto positivo para que o
desenvolvimento seja pleno (PRÄSS, 2007).
Erikson dividiu o desenvolvimento humano em oito estágios que correspondem
a idades variando desde o momento do nascimento e indo até a morte. Sempre
existirá uma espécie de crise de natureza psicossocial entre cada estágio proposto
pelo teórico. Dos oito estágios, têm-se quatro entre as faixas etárias de bebê e infância
e os outros quatro fragmentados entre a vida adulta e velhice (NOACK, 2007).
Erikson se utilizou de teorias biológicas, sociais e individuais na proposição de
seu modelo. Dentre todos os aspectos, existe uma clara ênfase à identidade, formada
no quinto estágio. Cada um dos estágios é conceituado por determinadas palavras e
valores, em que o teórico acreditava estarem alicerçados o desenvolvimento humano
(LIMA, 2017).
O primeiro estágio ocorre no primeiro ano de vida e desde que haja segurança
e afeto, a criança consegue desenvolver-se e superá-lo adequadamente. No segundo
estágio, compreende o período do segundo e terceiro anos de vida, desenvolvendo a
autonomia, a confiança e a liberdade. O terceiro estágio situa-se entre o quarto e
quinto ano e compreende as percepções de natureza sexual, conquistando
capacidade de iniciativa. No quarto estágio, dos seis aos onze anos, desenvolve
sociabilização e cooperatividade (NOACK, 2007).
No quinto estágio, dos 12 aos 18 anos começa a dicotomia entre idade e
confusão de papeis e reveste-se de um período de crise longo com particular
influência na idade adulta (COSTA, 2005). No sexto estágio tem-se o adulto jovem,
em que se tem interesse pronunciado nas relações íntimas e duradouras. No sétimo
estágio, representando pela meia idade, costuma sobrevir uma certa dedicação às
pessoas em redor, assim como preocupações de ordem física e material. Finalmente,
no oitavo estágio, representado pela velhice, tem-se a disposição da dicotomia
integridade e desesperança, conforme as ações analíticas do indivíduo ao longo da
existência (PRÄSS, 2007). A ilustração que segue sintetiza os estágios propostos por
Erikson e as palavras-chave correspondentes:

Figura 4. Estágios de desenvolvimento propostos por Erikson.

Primeiro Estágio: confiança/desconfiança


0-18 meses Oral/Sensorial

Segundo Estágio: autonomia/dúvida/vergonha


18 meses e 3 anos Muscular/Anal

Terceiro Estágio: iniciativa/culpa


3-6 anos Locomotor/fálico

Quarto Estágio: produtividade/inferioridade


6-12 anos Latência

Quinto Estágio: identidade/confusão


Puberdade e Adolescência Quem sou eu?

Sexto Estágio: intimidade/isolamento


21-40 anos Adulto Jovem

Sétimo Estágio: produtividade/estagnação


35-60 anos Adultos

Oitavo Estágio: integridade/desesperança


A partir dos 60 anos Velhice

Fonte: (NOACK, 2007, p. 140); (COSTA, 2005, p. 180-195) Adaptados.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, F. P. Confiança básica e imagem inconsciente do corpo. Universidade


Federal de Santa Catarina. Florianópolis, p. 214. 2005.

ILLERIS, K. Teorias Contemporâneas da Aprendizagem. 1. ed. São Paulo: Penso,


2013.

LIMA, V. V. Espiral construtivista: uma metodologia ativa de ensino-apendizagem.


Interface: comunicação, saúde, educação, São Paulo, v. 21, n. 61, p. 25-35, Junho
2017.

MAHONEY, A. A.; ALMEIDA, L. R. D. Agetividade e processo ensino-aprendizagem:


contribuições da teoria de Wallon. Psicologia da Educação, São Paulo, v. 20, n. 20,
p. 11-30, Junho 2005.

MOREIRA, M. A. O professor-pesquisador como instrumento de melhoria no ensino


de ciências. Em Aberto, Brasília, v. 7, n. 40, p. 43-55, Dezembro 2008.

NOACK, J. Reflexões sobre o acesso empírico da teoria da identidade de Erik Erikson.


Interação em Psicologia, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 135-146, Junho 2007.

OSTERMANN, F.; CAVALCANTI, C. J. D. H. Teorias da Aprendizagem: texto


introdutório. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, p. 40. 2010.
PRÄSS, A. R. Teorias de Aprendizagem. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Porto Alegre, p. 55. 2007.

VERGARA, S. C. Repensando a relação ensino-aprendizagem em administração:


argumentos teóricos, práticas e recursos. Organizações e Sociedade, Salvador, v.
10, n. 28, p. 24-30, Dezembro 2003. ISSN 1984-9230.

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