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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURDO DE FÁRMACIA

RELATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA:


Separação de Pigmentos de Folhas Verdes por Cromatografia em Camada delgada de Sílica
Gel

Ivo Augusto Alves Fernandes Marques

Macapá-AP
2019
1 INTRODUÇÃO
A cromatografia é um dos métodos físico-químico de separação mais utilizados por
analistas na separação de misturas organoquímicos. Essa técnica é responsável pelo
desenvolvimento das pesquisas realizadas nas mais diversas áreas. A cromatografia pode ser
utilizada para a identificação de compostos por comparação com padrões previamente
existentes, para a purificação de compostos, separando- se as substâncias indesejáveis e para a
separação dos componentes de uma mistura (HOEHNE; RIBEIRO, 2013)
A cromatografia, cuja fundamentação é dada pela movimentação diferencial dos
componentes de uma mistura que ocorre em virtude as diferentes interações entre duas fases
imiscíveis, a fase estacionária e a fase móvel. A grande variedade de combinações entre fases
móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplicação
(ANDRADE, 2012). Existem várias técnicas cromatográficas, desde as mais simples, como a
cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia em coluna (CC), até as mais
sofisticadas, como a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), que necessitam de uma
aparelhagem complexa (ANDRADE, 2012).
Os métodos cromatográficos possuem uma facilidade e eficácia na identificação,
separação e quantificação das substâncias químicas presentes nas amostras, mesmo misturas
complexas, por essa razão essas técnicas de análises apresentam uma grande importância para
a química e bioquímica (SCOTT, 2003).
A cromatografia de camada delgada é um método de separação especialmente
adequada para exemplificar os conceitos de interações intermoleculares, polaridade e
propriedades de funções orgânicas. Sendo essa cromatografia um modelo de adsorção
(BRONDANI, 2016).
Esta técnica consiste de uma fase móvel e uma fase estacionária fixada em uma placa,
que é composta por um solvente ou mistura de solventes, denominado eluente. A amostra a ser
analisada é aplicada sobre esta fase estacionária, que é um adsorvente. Os principais
adsorventes utilizados nessa cromatografia são sílica gel e alumina (BRONDANI, 2016).
Pelletier e Caventou, em 1818, indicaram que a substância verde extraída de folhas
com auxílio de álcool fosse chamada de clorofila (STREIT et al, 2005). As clorofilas podem
ser classificadas em A, B, C e D, contudo, ainda que possuem denominações diferenciadas,
essas apresentam estruturas químicas parecidas, que são os quatro anéis pirrólicos e um anel
isocíclico e no interior há um átomo de magnésio (SILVEIRA; OKADA; CAMPOS-
TAKAKI, 2014).
Há outros pigmentos foliares, como os carotenoides, que possui este nome em virtude
de se apresentarem em grande quantia em cenouras, cerca de 600 tipos de carotenoides já
foram descritos, entre eles o que se destaca é o β- caroteno, que é um dos precursores da
vitamina A (SILVEIRA et al, 2014). Mesmo participando da fotossíntese é chamado de
pigmento acessório, juntamente com as ficobilinas e a clorofilas b (STREIT et al, 2005).
Os carotenoides são formados por cadeias de polienos isoprenoides, com oito unidades de
cinco isoprenos unidos em um esqueleto central de 22 átomos de carbono e duas caudas com
9 carbonos, ocasionando em uma molécula simétrica (SILVEIRA; OKADA; CAMPOS-
TAKAKI, 2014).
Diante do exposto, o objetivo da atividade prática foi demonstrar o método de
cromatografia em camada delgada em sílica gel, a fim de utilizar os conceitos sobre
cromatografias aprendidos em sala de aula, como também para compreender as técnicas de
preparação de extratos e separação de pigmentos. E esse procedimento laboratorial tem como
finalidade a identificação dos pigmentos presentes nas folhas de espinafre, que pode ser
obtido facilmente com uso de solventes orgânicos, trituração e maceração das folhas e
posterior filtração.

2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. MATERIAIS E REAGENTES
- Éter de petróleo; - Béquer;
- Etanol; - Erlenmeyer;
- Acetona; - Proveta;
- Clorofórmio; - Papel de filtro;
- Sulfato de sódio anidro; - Placa de Petri;
- Folhas de espinafre; - Cubetas;
- Almofariz; - Placas de sílica gel;
- Pipeta de Pasteur; - Capilares.
- Funil de separação;

2.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Para o experimento foi adicionado 7 folhas de espinafre e 9 ml de uma mistura de éter
de petróleo e etanol em um almofariz para serem macerados. Após isso, o extrato foi
transferido para um funil de separação, com o auxílio de uma pipeta de Pasteur. No funil foi
adicionado água e levemente homogeneizado, após girar o funil separou-se e descartou a fase
aquosa. Esse processo de lavagem foi repetido três vezes, sempre descartando a fase aquosa.
Após esse procedimento de lavagem, a solução de pigmentos foi transferida para um
Erlenmeyer e adicionado aproximadamente 2 g de sulfato de sódio anidro.
Foi esperado alguns minutos para decantar a solução, após isso a solução de pigmentos
foi transferida para um béquer com uso de uma pipeta de Pasteur. A amostra foi preparada
adicionando a solução de pigmentos sobre a placa de sílica, com o uso de um capilar, após
isso esperou o solvente evaporar.
Para a realização da cromatografia foi preparado uma cuba colocando uma tira de
papel de filtro e 5 ml de clorofórmio e esperado ocorrer a saturação. Depois foi colocado a
placa de sílica na cuba, fazendo com que o solvente alcançasse aproximadamente 5 cm da
placa, e assim marcado a linha de chegada da fase móvel. Em seguida, após deixar secar, foi
observado as manchas no equipamento de raios ultravioleta.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No procedimento inicial do experimento, para a extração dos pigmentos da folha de
espinafre utilizou-se água que é um solvente universal, principalmente polar, visto que a
clorofila e carotenos também apresentam características polar e assim pode adquirir uma
melhor extração desses pigmentos do material foliar (STREIT et al., 2005).
No experimento, ao colocar o clorofórmio, a tira de papel e a placa de sílica na cuba,
observou-se que o clorofórmio alcançou até a marca de 5 centímetros da placa. Depois foi
visualizado no ultravioleta, no comprimento de onda 254mm UV-C, com isso evidenciou a
presença de uma mancha de coloração verde. Contudo, não houve a verificação no
comprimento de onda de 365nm, devido à danificação do aparelho de ultravioleta.
Essa área com tonalidade verde é devido à presença das clorofilas a e b, pois possuem
porfirina que contém magnésio no centro, esse é responsável pela maior interação dessas
substâncias com a fase estacionária da cromatografia, assim as clorofilas ficaram mais retidas
(FONSECA; GONÇALVES, 2004). A diferença entre a clorofilas é que a clorofila a possui
um grupo metil (- CH3), e a clorofila b no lugar do grupo metil tem um grupo aldeído (- C
HO) (ROCHA; DE ANDRADE ROYO, 2016).
Figura 1 – Placa sob luz UV 254nm.

Fonte:
Na figura 1 é capaz a visualização do local da demarcação de clorofórmio e onde foi
adicionado à solução de pigmentos. No procedimento de cromatografia não foi identificado a
presença de coloração amarela que representa o pigmento de carotenoides.

4 CONCLUSÃO
No experimento realizado, sobre separação de pigmentos de folhas verdes, o qual foi
utilizada o espinafre, através da cromatografia em camada delgada de sílica gel, os pigmentos
de clorofila a e b foram visualizadas, porém não houve a observação dos carotenoides e
xantofilas, assim a extração por meio da utilização da solução de éter e água evidenciou-se
parcialmente eficaz, ocorrendo ainda a adição de mais solução de pigmentos para a
possibilidade da visualização das clorofilas. A explicação para isso pode ser a quantia de
folhas usadas para a preparação da solução de pigmentos, então uma das opções seria
aumentar o número de folhas aplicadas. Ademais, o equipamento de UV não apresentou um
bom funcionamento para a prática do procedimento de cromatografia, não ocorrendo
verificações efetivas.
REFERÊNCIAS

ANDRADE, W. G. et al. Utilização da Cromatografia em Camada Delgada para


Determinação da Pureza Radioquímica de Radiofármacos em Serviços de Medicina Nuclear
da Paraíba e Rio Grande do Norte, Brasil. Scientia Plena, v. 8, n. 11 (a), 2012.
BRONDAMI, Patrícia Bulegon. Cromatografia de Camada Delgada (CCD). 2016.
Disponível em: http://nuquiocat.quimica.blumenau.ufsc.br/files/2016/07/Cromatografia-de-
Camada-Delgada.pdf. Acesso em 04/09/2019.
DA SILVEIRA, Aline Alves Barbosa; OKADA, Kaoru; DE CAMPOS-TAKAKI, Galba
Maria. Betacaroteno e Astaxantina-Características e Importância: Uma Revisão. Revista
Eletrônica Interdisciplinar de Saúde e Educação, v. 1, n. 1, 2014.
FONSECA, Sebastião Ferreira; GONÇALVES, Caroline Costa da Silva. Extração de
pigmentos do espinafre e separação em coluna de açúcar comercial. Química Nova na
Escola, n. 20, p. 55-58, 2004.
HOEHNE, Lucélia; RIBEIRO, Rosecler. Uso da cromatografia em papel para revelar as
misturas de cores das canetinhas tipo hidrocor em diferentes fases estacionárias. Revista
Destaques Acadêmicos, v. 5, n. 5, 2013.
ROCHA, J. A.; ROYO, V. de A. Separação de clorofilas e carotenoides como ferramenta para
o ensino de cromatografia preparativa
ROCHA, Juliana Almeida; DE ANDRADE ROYO, Vanessa. Separação de clorofilas e
carotenóides como ferramenta para o ensino de cromatografia preparativa. Conexão Ciência
(Online), v. 10, n. 2, p. 40-46, 2016.
SCOTT, Raymond PW. Principles and practice of chromatography. Chrom-ed book series, v.
1, 2003.
STREIT, Nivia Maria et al. Como clorofilas. Cienc. Rural, Santa Maria, v. 35, n. 3, p. 748-
755, jun, 2005.

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