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Continuando essa perspectiva, Pimentel retoma sua ideia de que a revolução científica

não foi um estanque na história da humanidade e sim concepções construídas com o


decorrer do tempo. Logo, o texto começa a tratar sobre metáforas da ciência, focando
principalmente em quatro, consideradas mais importantes ou “grande metáforas” como o
próprio autor chama, que ajudam a entender melhor o funcionamento da natureza e as
práticas que à cercam.
Entretanto, é preciso primeiro entender o que seriam essas tais metáforas da natureza
que o autor pretende trabalhar. Dessa maneira, o mesmo cita que essas metáforas não são
apenas recursos poéticos, mas sim, atribuir um fato completamente diferente a outro que
seja científico para dar significado a ele. Buscando assim, descrever este fato sobre uma
nova perspectiva com a intenção de compreende-lo melhor. Um exemplo utilizado para
satisfazer essa ideia, se mostra no caso do estudo da luz onde podemos analisa-la como
onde-partícula, ou seja, através de duas metáforas diferentes.
Quando analisamos historicamente o uso da linguagem figurativa pela ciência foi
duramente criticada por pesquisadores e cientistas que faziam parte de um pensamento
voltado para “ciência moderna”. Esses pesquisadores cogitavam que o uso destas
metáforas poderia causar uma confusão naquele que buscava o conhecimento, já que eram
inconsistências da língua e figuras enganosas. Dois exemplos desses críticos a metáfora
na ciência são Thomas Sprat e John Locke, grandes nomes da história humana e cientifica.
Após fazer uma breve introdução sobre o que são as metáforas da natureza,
Pimentel traz em seu texto sua primeira metáfora, descrita como “natureza como um
organismo”. Esta metáfora consistia em entender a natureza como um ser vivo ou
simplesmente como um conjunto de seres vivos formando assim um organismo único.
Esta filosofia estava ligada muito mais aos pensamentos aristotélicos e dominou
principalmente disciplinas que aproximavam-se as ciências da vida, como botânica,
medicina e biologia. Todavia esta concepção permeava diversos outros ramos como a
geografia e a astronomia.
A visão organicista tinha como base principalmente em perguntas que buscavam o
porquê das coisas, ou simplesmente para que serviam no mundo. Quando buscamos
alguns desses exemplos do entendimento da natureza como um ser vivo para explicar
como era visto, está na relação e aproximação entre o micro e o macro do cosmos em si,
no qual pode-se imaginar por exemplo o sol como o coração do universo ou o sistema
circular dos seres humanos funcionar como o movimento dos corpos celestes, dando
início aos pensamentos de William Harvey.
A segunda metáfora exaltada pelo autor é o mundo como um grande mistério, que
consistia em analisar a natureza como como uma obra de arte de difícil compreensão, ou
seja, algo como um hieróglifo sublime e nem sempre decifrável. Suas raízes estavam
constituídas com base na filosofia de Platão e principalmente nas ideias neoplatonistas,
tendo relação direta com aquilo que era descrito como o “mito da caverna”, onde o que
enxergamos aqui nada mais é do que um reflexo de um mundo perfeito e imutável.
Tal metáfora teve grande apoio nos textos e ideias herméticas, que consistiam em
textos de difíceis compreensão como por exemplo o livro “inferno de Dante”. Seu nome
veio da junção de três deuses que se misturaram com o decorrer da história sendo eles o
próprio Hermes, Thot dos egípcios e Moises dos hebraicos formando assim o deus
Hermes Trimegisto.
Em um primeiro momento pode parecer estranho misturar está metáfora que possui
um aspecto mágico e até mesmo religioso a ciência. Porém, grandes nomes usufruíram
dessa filosofia para entender os fenômenos da natureza Copérnico e Tycho Brahe, sendo
o primeiro descrevendo inclusive o sol no sistema solar como o próprio deus Hermes
Trimegisto sentado em seu trono observando o movimento dos planetas ao seu redor.
Outra coisa importante a se citar, que essa filosofia trouxe a tona categorizar que a
matemática seria a alma da natureza, tornando assim a matemática muito mais próxima
dos fenômenos da natureza permitindo uma nova linguagem para entendê-la.

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