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2 – Ciência e conhecimento

científico
Professor: Leonardo Bruno
Sumário
1. O conhecimento científico e outros 5. A ciência contemporânea: o
conhecimentos questionamento da possibilidade de
2. Ciência e método: a visão grega um método

3. Ciência e método: abordagem da


ciência moderna

4. A visão contemporânea da ciência: a


incerteza e a ruptura com o
cientificismo
1 – O conhecimento científico e outros tipos de conhecimento

1.1 – Correlação entre conhecimento popular e 1.2 – Características do conhecimento popular


conhecimento científico • “É o saber que preenche nossa vida diária e
• O que os diferencia é a forma, o modo ou o que se possui sem o haver procurado ou
método e os instrumentos do “conhecer” estudado, sem a aplicação de um método e
sem se haver refletido sobre algo” (BABINI,
• A ciência não é o único meio de acesso ao
1957).
conhecimento e à verdade

• Ambos almejam ser racionais e objetivos. • Para Ander-Egg o conhecimento popular é:

Sendo o senso comum mais limitado pois está superficial; sensitivo; subjetivo; assistemático e

estreitamente vinculado à percepção e à ação acrítico.


1.3 – Os quatro tipos de conhecimento

• Conhecimento popular • Conhecimento científico


• Valorativo • Real (factual)
• Reflexivo • Contingente
• Assistemático • Sistemático
• Verificável • Verificável
• Falível • Falível
• Inexato • Aproximadamente exato
1.3 – Os quatro tipos de conhecimento

• Conhecimento filosófico • Conhecimento religioso (teológico)


• Valorativo • Valorativo

• Racional • Inspiracional

• Sistemático • Sistemático

• Não verificável • Não verificável

• Infalível • Infalível

• Exato • Exato
1.4 – Conceito de ciência
• “A ciência é todo um conjunto de atitudes • Função: aperfeiçoamento, através do
e atividades racionais, dirigidas ao crescente acervo de conhecimentos, da
sistemático conhecimento com objeto relação do homem com o seu mundo
limitado, capaz de ser submetido à
verificação” Trujilo Ferrari.

• Objetivo: preocupação em distinguir a


característica comum ou as leis gerais que
regem determinados eventos.
1.4 – Conceito de ciência
“O sábio deve organizar; fazemos ciência “... Será sempre questão de decisão ou de
com fatos assim como construímos uma convenção saber o que deve ser
casa com pedras, mas uma acumulação denominado ciência e quem deve ser
de fatos não é ciência assim como não é chamado cientista.” (POPPER, 1975)
uma casa um monte de pedras “... Um discurso sobre o método científico
(POINCARÉ, 1985). será sempre um discurso de circunstância,
não descreverá uma constituição definitiva
do espírito científico.” (BACHELARD, 1968)
CIÊNCIA: CONTROLE PRÁTICO DA
NATUREZA E DOMÍNIO SOBRE OS
HOMENS OU BUSCA DO SABER?

A CIÊNCIA É UTILIZADA PARA SATISFAZER


ÀS NECESSIDADES HUMANAS E COMO
INSTRUMENTO PARA ESTABELECER
CONTROLE PRÁTICO SOBRE A NATUREZA.
2 – Ciência e método: a visão grega (século
VIII a.C. até o final do século XVI)
2.1 - Os pré-socráticos

2.2 - A abordagem platônica

2.3 - Aristóteles: entendimento e


experiência

2.4 - Ciência grega – a visão de


universo
2.1 – Os pré-socráticos
• Pensadores que iniciaram uma ruptura • Principal problema era responder se além das
epistemológica com a mitologia aparências sensíveis e perenes dos fenômenos
• Tales de Mileto que estavam em contínua transformação, existia
• Anaximandro algum princípio permanente ou realidade estável
• Pitágoras • De que são feitas as coisas?
• Heráclito • Como são feitas e de onde vêm as coisas que são
• Parmênides percebidas?

• Empédocles • Distinção entre o que pode ser percebido pelos


• Anaxágoras sentidos e o que pode ser percebido pela
• Demócrito inteligência
2.2 – A abordagem platônica
• O verdadeiro mundo platônico é o das • A ciência é a inteligência, o
ideias, que contém os modelos e as entendimento, que é o conhecimento
essências de como as aparências devem racional intuitivo, desenvolvimento
se estruturar. através da dialética. Método científico
• A forma, acessível aos sentidos, apenas racional.
nos mostra como as coisas são, mas
• Desvalorização dos sentidos, a percepção
não o que elas são.
sensorial tem a função de confundir

• O real é o pensamento, o intuído.


2.3 – Aristóteles: entendimento e experiência
• Aristóteles (384-322 a.C.) é o primeiro a suprimir o • O método consiste em analisar a realidade através
mundo platônico das ideias de suas partes e princípios que podem ser
• A ciência é produto de uma elaboração do observados, para, em seguida, postular suas
entendimento em íntima colaboração com a experiência princípios universais, expressos na forma de juízos,
sensível
encadeados logicamente entre si
• A concepção aristotélica de demonstração científica
• Ciência do discurso, qualitativa
predominou do século IV a.C. até o século XVII
• O conhecimento verdadeiro deve satisfazer os
• Nesse método no primeiro momento os fatos
percebidos pelos sentidos e depois agrupar as critérios da justificação lógica
observação pelo processo de indução, em uma
generalização que proporcionasse a forma universal.
2.4 – Ciência grega – a visão do universo
• Modelo cosmológico de Aristóteles, aliado • Universo em três planos
às concepções da astronomia de Ptolomeu 1. O mundo físico terrestre, o sublunar

• Universo geocêntrico, finito, de forma 2. O mundo físico celeste, o supralunar


esférica, limitado às estrelas visíveis e 3. A substância divina supraceleste, eterna,
fechado, com princípios organizadores incorruptível, imóvel, destituída de matéria e
próprios situada fora do universo físico: Deus

• Conhecimento científico era demonstrado


como certo e necessário através dos
argumentos lógicos
3 – Ciência e método: a abordagem da ciência
moderna (do século XVII até o século XX)
3.1 - Bacon: indução e empirismo

3.2 - Galileu: o experimento e a revolução científica

3.3 - Newton: o método indutivo e o surgimento do


positivismo

3.4 - O dogmatismo e o cientificismo da ciência


moderna
3.1 – Bacon: indução e empirismo
• Os preconceitos de ordem religiosa, filosófica, ou • Cabia a experiência confirmar a verdade
decorrentes das crenças culturais, deveriam ser • A autoridade (dogmático) podia fazer crer,
abandonados pois distorciam e impediam a porém não facultava a compreensão da
verdadeira visão do mundo, que deveria ser natureza no que se acreditava
resultado da interpretação da natureza
• A razão (conhecimento filosófico) poderia
• Rejeita o empirismo ingênuo e ideias Aristotélicas
completar a autoridade; não teria porém,
e propõe a necessidade de se inventar um novo
condições de distinguir entre o verdadeiro e o
instrumento com maior eficácia a investigação
falso
3.1 – Bacon: indução e empirismo
• Para Bacon, o método científico deveria • Bacon não conseguiu dar o salto do
seguir os seguintes passos: qualitativo para o quantitativo, como fez
• Experimentação
Galileu, verdadeiro pai da revolução
• Formulação de hipóteses
científica moderna
• Repetição da experimentação por outros
cientistas • A influência do empirismo e do
• Repetição do experimento para a testagem das indutivismo de Bacon sobre a
hipóteses
vulgarização do pensamento científico
• Formulação das generalizações e leis
moderno foi grande
3.2 - Galileu: o experimento e a revolução
científica
• Para Galileu, a explicação deveria ser buscada • O método silogístico grego foi substituído
na leitura do livro da natureza pelo método científico-experimental
• A validação da explicação não utilizava • Introduz a matemática e a geometria
argumentos lógicos (verdade sintática), de como linguagens da ciência e o teste
acordo com o modelo aristotélico, mas pelas
quantitativo-experimental das suposições
provas construídas e elaboradas de forma
teóricas mudando radicalmente a forma
matemática com as evidências quantitativas
de produzir e justificar o conhecimento
dos fatos produzidas pela experimentação
científico
• A visão de universo de Galileu era de um mundo • A razão construiria uma armadilha experimental
aberto, mecânico, unificado, determinista, capaz de forçar a natureza a fornecer respostas
geométrico e quantitativo, contrária àquela concretas, mensuráveis quantitativamente
concepção aristotélica de cosmos
• Diálogo científico entre o homem e a natureza
• Caberia à razão apresentar para essa natureza,
• Nem mesmo o endosso do cristianismo a essas
organizada geométrica e matematicamente,
suas perguntas inteligentes, manifestadas teorias conseguiu conter a revolução científica

através de hipóteses quantitativas que começava a se instaurar e a destruir as


concepções anteriores
3.3 - Newton: o método indutivo e o
surgimento do positivismo
• A interpretação newtoniana do método
científico é indutivista e positivista

• A proposição deveria ser tirada de


fenômenos pela observação e
generalizada por indução

• Uma proposição física seria ou uma lei,


obtida pela observação e generalização
indutiva, ou um corolário deduzido
matematicamente desse tipo de lei
3.4 - O dogmatismo e o cientificismo da
ciência moderna
• Cega confiabilidade na ciência, que é sustenta • A partir de Newton e Kant, o conhecimento
na certeza e exatidão dos resultados das verdadeiro é dado pela ciência.
teorias obtidas
• Pensava-se, o homem havia descoberto o
• Um conhecimento que tinha alcançado a
caminho do conhecimento certo e verdadeiro
“objetividade”, espelho fiel da realidade,
fundamentado nos fatos e não nas suposições • Todo conhecimento, para ter valor, deveria
da subjetividade humana ser verificá-vel experimentalmente e
apresentar provas confirmadoras de sua
verdade
4 – A visão contemporânea da ciência: a
incerteza e a ruptura com o cientificismo
4.1 – Crítica do contexto “... Muitos cientistas modernos adotaram,
de descoberta do método quase que sem se aperceber disso, uma certa

indutivo-confirmável metafísica de caráter materialista e mecanicista


e a consideraram como a própria expressão da
4.2 – Crítica do contexto
verdade científica. Um dos grandes serviços
de justificação (validação)
prestados ao pensamento contemporâneo pela
do método indutivo
recente evolução física é o de ter arruinado
esta metafísica simplista” De Broglie (1924)
• Bacon  ideias preconcebidas deveriam ser • A demonstração de que, por maior que seja o
eliminadas da mente do investigador número de provas acumuladas em favor de uma
• Einstein  deu assas à sensibilidade e à teoria, ela jamais poderá ser aceita como
imaginação. Quebrando o mito da definitivamente confirmada
objetividade pura, isenta de influências das
• O critério para distinguir a ciência da não-ciência,
ideias pessoais dos pesquisadores. A ciência
o da confirmabilidade obtida pelo uso do método
é a proposta de uma interpretação. O
experimental indutivo, cai por terra
cientista se aproxima mais do artista do que
do fotógrafo • Que critério utilizar para demarcar a distinguir a
ciência de outras formas de conhecer?
4.1 - Crítica do contexto de descoberta do método
indutivo-confirmável

• A indução, na investigação científica • A observação poderá servir para


ideal dos indutivistas, fundamenta-se ajudar a esclarecer, delimitar e
em quatro etapas (Hempel, 1970):
definir o problema ou o fato
• Observação e registro de todos os fatos
analisado, bem como estimular o
• Análise e classificação desses fatos
• Derivação indutiva de generalização a intelecto na projeção de
partir deles explicações.
• Verificação adicional das generalidades
4.2 - Crítica do contexto de justificação
(validação) do método indutivo

• Com a preocupação de • Não existe indução, assim como


alcançarem resultados não existe verificação
supostamente científicos, i.e., confirmabilista em ciência.
certos, precisos, seguros e
confiáveis, só aceitavam o que
pudesse ser produto da
experiência científica
5 – A ciência contemporânea: o questionamento
da possibilidade de um método
5.1 – O método científico hipotético-dedutivo

5.2 – O contexto da descoberta do método


científico hipotético-dedutivo

5.3 – O contexto da justificação do método


científico hipotético-dedutivo

5.4 – Ciência e não-ciência: como demarcar?


Método científico como a descriação e a
discussão de quais critérios básicos são
utilizados no processo de investigação
científica.
5.2 – O contexto da descoberta do método
científico hipotético-dedutivo
• Método científico indutivista e • Ciência contemporânea
positivista • O processo de conhecer como
• Profundamente influenciado pelo resultado de um questionamento
empirismo • Põe em dúvida o conhecimento já
• Processo de conhecimento como produzido
consequência de registro de
impressões sensoriais extraídas
dos fatos no intelecto
5.3 – O contexto da justificação do método
científico hipotético-dedutivo
5.4 – Ciência e não-ciência: como demarcar?
• Popper (1902-1994)
• Procedimentos que tentem localizar os possíveis erros
• A ciência não progride pelo acúmulo de verdades
superpostas, mas por revoluções constantes • Testes de falseabilidade e do confronto com outras
• A ciência não é um sistema de enunciados certos
teorias
ou bem estabelecidos, (...) ela jamais pode
proclamar haver atingido a verdade ou um • Thomas Kuhn (1978)
substituto da verdade, como a probabilidade.”
• Historicidade das descobertas científicas
• Atitude crítica permanente na ciência
• Surgimento de novas teorias em períodos extraordinários,
em momentos de crise em que o paradigma vigente não
consegue mais explicar os novos problemas que vão surgindo
“... A visão errônea da ciência se
trai a si mesma na ânsia de estar
correta, pois não é a posse do
conhecimento, da verdade
irrefutável, que faz o homem de
ciência – o que faz é a persistência
e arrojada procura crítica da
verdade”. Popper, 1975

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