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Diagnóstico de Resíduos Sólidos

Juazeiro do Norte / CE

Realização
Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte/CE
Prática Projetos e Consultoria LTDA.

Parceria
EnviTeSB LTDA. - Portal Resíduos Sólidos

2016
Diagnóstico de Resíduos Sólidos
JUAZEIRO DO NORTE/CE
2016
Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte / CE
Raimundo Antônio de Macêdo
Prefeito

Luiz Ivan Bezerra


Vice-Prefeito

Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte / CE


José Eraldo Oliveira Costa
Superintendente

Sidney Kal-Rais Pereira Alencar


Diretor de Licenciamento Ambiental

André Wirtzbiki Alexandre


Diretor de Monitoramento Ambiental

Ana Lúcia Monteiro de Sousa


Diretora de Fiscalização Ambiental
EQUIPE TÉCNICA

Coordenador Geral
Gleysson Bezerra Machado

Gravimetria Geral
Letícia Lacerda Freire

Dados de Geração de Resíduos de Empreendimentos


Coordenadora
Érika Romana Gomes
Equipe Responsável
Ana Maria Brilhante Matias
Rafaela Lima Freire
Vitória de Moraes Máximo
Cicera de Lima Farias Santos
Leandra de Azevedo Silva Cavalcante
Patrícia de Sousa Rodrigues

Dados de Coleta e Transporte de Resíduos


Coordenadora
Renata Flavia da Costa Leite
Equipe Responsável
Cícero Thércio Rodrigues de Assis
Tiago Maia Esmeraldo
Brenda Tamires Conceição e Sá
Maria do Socorro dos Santos

Dados de Destinação e Disposição Final de Resíduos


Coordenadora
Sheltonlaine Rodrigues de Souza
Equipe Responsável
Sanlorran Sousa Silva
Willian Lisboa Sabino
Jéssica Marizze Maria D. O. Melo
Beatriz Dias Pinto
Anderson de Oliveira Marques

Apoio de Campo
Antonia Fernanda Ferreira de Matos
Carlos Edgar Silva Estevam
Daniel Apolinario Moreira
Eduardo Lynniky Bezerra de Sousa
Ivone Martins da Silva
Jaqueline Vitorino de Oliveira
José Lucas de Souza Silva
José Raul Batista da Silva
Kelly Fernanda do Nascimento
Maria Lindayanne da Silva Santos
Matheus Amaro Ferreira Pereira
Regianne de Oliveira Silva
Sheyla Monyke Silva de Freitas

Apoio Técnico
EnviTeSB LTDA

Apoio Logístico
Autarquia de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte / CE
Prática Projetos e Consultoria – LTDA
Francisco Thiciano Rodrigues de Assis
FICHA TÉCNICA

Este material foi elaborado pela Prática Projetos e Consultoria, em parceria com a EnviTeSB,
como subsídio ao processo de discussão e elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada

A reprodução das informações contidas nesse material, desde que apresentada a fonte, será
permitida. São proibidas reproduções para fins comerciais.

Supervisão Editorial
Gleysson Bezerra Machado

Revisão de texto
Letícia Lacerda Freire
Renata Flavia da Costa Leite

Normalização Bibliográfica
Letícia Lacerda Freire
Renata Flavia da Costa Leite

Projeto gráfico e diagramação


Renata Flavia da Costa Leite

Capa
Letícia Lacerda Freire

PREFEITURA MUNICIPAL DE JUAZEIRO DO NORTE


AUTARQUIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE JUAZEIRO DO NORTE
R. Francisca Paula Bezerra, 1109. Esquina com a R. Antônio Almeida Magalhães
Bairro Limoeiro, CEP 63.030-190, Juazeiro do Norte/CE
Fone: +55 (88) 3512-2937
A Empresa Prática - Projetos e Consultoria LTDA, em funcionamento desde 1983 na cidade de
Recife - PE, sob licitação da Prefeitura de Juazeiro do Norte, por meio da Autarquia Municipal
de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte – AMAJU, realizou o diagnóstico dos resíduos sólidos
do referido município da solicitante. Em parceria com a EnviTeSB LTDA - criada em 2012 -
em Belém - PA, que realizou a qualificação de pessoal, através do Portal Resíduos Sólidos -
canal de informações e capacitações na área. Apresentaram, por meio deste documento, de
forma clara e objetiva, os resultados do estudo, assim como suas definições e metodologias.

Prática - Projetos e Consultoria LTDA


Rua Setúbal - N° 964 / 1201
Bairro Boa Viagem - CEP 51030-010
Recife - PE - FONE/FAX: +55 (81) 3342 1175
E-mail: praticaprojetos@praticaprojets.com.br
Home-page: www.praticaprojetos.com.br

EnviTeSB LTDA - Environmental Technology Solutions Brasil (parceira)


Conjunto Maguari, alameda 02, n° 18
Bairro do Coqueiro, CEP 66.823-061
Belém – PA – FONE/CEL: +49 (179) 2161964
E-mail: envitesb@gmail.com
Home-page: http://www.envitesb.com/ http://www.portalresiduossolidos.com
APRESENTAÇÃO

A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte/CE, por meio da Autarquia Municipal


de Meio Ambiente (AMAJU) solicitou o Diagnóstico de Resíduos Sólidos do município. O
projeto foi promovido pela Prática Consultoria; em parceria com a EnviTeSB, que realizou a
capacitação através da Central de Treinamento Portal Resíduos Sólidos.
Esse trabalho foi desenvolvido no mês de Junho e Julho de 2016. Sendo o primeiro
mês voltado à capacitação de pessoal em gravimetria de Resíduos Sólidos. E o segundo, para o
construção prática do projeto. Sendo esse, totalmente acompanhado pelo tutor Gleysson B.
Machado.
O objetivo central foi promover o estudo gravimétrico dos resíduos do município,
através dos seus pontos de geração, coleta, transporte, destinação e disposição. Através desse
estudo é possível realizar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
obrigatório pela 2Lei 12.305/10.
Todo o trabalho teve o apoio logístico da AMAJU; de Romilson Basílio, consultor
da Prática Projetos e Consultoria; além do Consultor Ambiental local, Thiciano Rodrigues. O
apoio de campo foi por parte de alguns acadêmicos e estudantes de nível técnico de escolas
estaduais.
Os estudos contribuíram, de modo geral, não só para o Diagnóstico da Prefeitura
Municipal, mas na capacitação de diversos estudantes de ensino superior da região. Que podem,
hoje, prestar consultoria nesse âmbito e desenvolver futuros projetos da área no município.

Renata Flavia da Costa Leite


Coordenadora do Grupo de Coleta e Transporte de Resíduos
(Acadêmica em Engenharia Ambiental)
PREFÁCIO 1

Na história da humanidade tivemos momentos onde se dava ênfase à criação de


novos produtos aliados ao uso de novas matérias-primas. Essa etapa, geralmente, vem seguida
de um aumento na eficiência de produção para fabricos cada vez mais baratos e em maior
quantidade. A percepção de que os recursos do planeta são limitados, levou a humanidade a
refletir sobre o reúso dos resíduos gerados. Nasce o setor de resíduos sólidos, que ao contrário
da indústria de produção, realiza a engenharia reversa para gerar insumo que possa ser usado
na fabricação de novos produtos.
Em um conceito mais maduro temos o movimento do Lixo Zero (cradle to cradle),
que se preocupa em estabelecer ciclos de produto que evitem totalmente a geração de resíduos.
O desafio consiste em desenhar mercadorias e embalagens, de tal modo que esses, quando
descartados, possam ser completamente reutilizados para o desenvolvimento de novos
produtos, de preferência idênticos aos originários.
O acesso à matéria-prima é estratégico para países industrializados, por isso, alguns
países como a Alemanha e China estão se especializando cada vez mais no fechamento
completo do ciclo produtivo. Mais que isso, alguns países chegam a importar resíduos em um
negócio duplamente lucrativo, pois podem cobrar pelo serviço de destinação ambientalmente
adequada, assim como a venda de produtos fabricados a partir dos resíduos coletados. Segundo
dados do 1Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, o país movimentou, em 2016, mais de
40 bilhões de euros na economia circular e é hoje, líder mundial desse mercado.
Com a advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) através da Lei
12.305/2014, o Brasil dá um passo importante para a inicialização dessa poderosa indústria. A
Lei brasileira é baseada nas boas experiências praticadas em países desenvolvidos, evitando
com isso que o país repita os mesmo erros desses ao se desenvolverem. Com uma população
de mais de 206 milhões de habitantes segundo o 4IBGE em dezembro de 2016, o Brasil tem um
potencial extraordinário de desenvolver uma economia paralela que pode levar o país, inclusive,
a ter o status de país de primeiro mundo, devido a isso.
A PNRS estabelece que Estados, Municípios e empresas elaborem seus Planos de
Resíduos, onde devem apontar soluções sustentáveis para os resíduos gerados, a partir de um
diagnóstico dos mesmos. Realizado através do levantamento de dados da quantidade e os tipos
de resíduos gerados, assim como observado a dinâmica desde a geração até a disposição final
ambientalmente adequada. O maior desafio do diagnóstico é justamente o fato de que até então,
nenhuma instituição era obrigada a ter tais dados. De modo que, em um município onde a Lei
começa a ser implementada, o mesmo deve ser feito em toda a cidade, domicílios, empresas,
instituições e organizações, muitas vezes esbarrando em contatos muitas vezes não tão
receptivos assim. Diversas empresas, apesar de saber que a forma atual de destinação de seus
resíduos não é adequada, entendem que a má gestão pode, inclusive, contribuir para a retirada
de licenças para o funcionamento de seus empreendimentos e por isso, dificultam o acesso aos
resíduos, assim como podem maquiar dados apresentados. Todas as dificuldades apontadas
foram encontradas no trabalho prático realizado na cidade de Juazeiro do Norte-CE aqui
apresentado.
Os resultados deste presente projeto representam um ponto de partida para o melhor
controle na gestão adequada de resíduos. Deverá ser, imprescindivelmente, dado seguimento a
esse trabalho, na forma de monitoramento real das atividades produtivas, da geração de resíduos
em domicílios e instituições públicas e privadas.

Gleysson Bezerra Machado


Coordenador Geral da Gravimetria de Resíduos
(Dip. Ing. Verfahrenstechnik / Me. Eng. Químico)
PREFÁCIO 2

Mesmo com o advento da lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, os


avanços na área foram pífios. Em 2012, à frente da Superintendência da Autarquia Municipal
de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte (AMAJU), tivemos a oportunidade concreta de
implementar, a passos largos, os fundamentos de uma política sólida na área de resíduos.
Apenas em 2014 – com previsão de lei, fomos incumbidos à realizar um trabalho até então
designado à SEMASP - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos. A
responsabilidade pelo lixão municipal, operacionalização do contrato com a empresa
terceirizada e a implementação da política de resíduos sólidos nos foi passada. De forma
improvisada, assumimos essa missão publicamente.
Em 2016, abrimos um processo licitatório para contratação de serviços técnicos
especializados, destinados à realização de diagnóstico ambiental (gravimetria) dos resíduos
sólidos. A empresa vencedora do processo licitatório, Prática Projetos e Consultoria LTDA,
oferecia serviços vinculados a tecnologia alemã (biodigestores). Com isso, Juazeiro do
Norte/CE dava um importante passo na quebra da inércia política e de seus paradigmas.
O desafio estava posto. O trabalho a ser realizado tinha por objetivo, implementar
um estudo contendo a análise quantitativa e qualitativa dos resíduos sólidos gerados no
município, levando em consideração os pontos de acúmulo, coleta, transporte, destinação e
disposição final de resíduos sólidos. Além disso, a identificação dos principais geradores de
resíduos do município. O estudo é um pressuposto para a elaboração do Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o dimensionamento de biodigestores, usinas de
reciclagem, centrais de triagem e aterros sanitários.
Nosso propósito e nossos objetivos foram alcançados, tendo em vista a constituição
desse envolvente trabalho. De tanta importância, as circunstâncias nos levaram a efetivar os
resultados no I Simpósio Internacional de Negócios com Resíduos Sólidos de Juazeiro do
Norte/CE. Mais de 500 (quinhentos) participantes de todo o Brasil e de diversos países da
Europa marcaram presenças no dia 30 e 31 de Julho no Memorial Pe. Cícero. O Simpósio se
dividiu em 03 (três) eixos: a apresentação do diagnóstico, portanto as dificuldades; as
tecnologias para transformação dos vários tipos de resíduos; e o fomento; os dois últimos
apresentados por empresários e entidades de financiamento. Em suma: problema, tecnologia e
as soluções. Todas reunidas para edificação das políticas transversais.
Os propósitos das futuras ações, após esse estudo, foram entregues em outro
documento. Onde através de 04 (quatro) audiências públicas na Câmara Municipal de Juazeiro
do Norte-CE, consolidamos o complemento à implantação da política municipal de resíduos
sólidos. Cabe às futuras gestões ordenar na prática essas ações, executá-las conforme elencamos
e elevar o nosso município ao patamar de referência nacional.
Meus sinceros agradecimentos aos servidores da AMAJU, estagiários e instituições
que colaboraram direta e indiretamente. Ao Prefeito Raimundo Macêdo, meu reconhecimento
pelo contínuo apoio, por ter acreditado na nossa capacidade técnica e por ter proporcionado na
implementação dos pilares básicos da política municipal de resíduos sólidos. Minha admiração
e destaque especial ao profissionalismo de Gleysson B. Machado, coordenador técnico, que
tanto nos ensinou, inclusive a descobrir os graus de ancestralidades. Meu sincero
reconhecimento ao ilibado trabalho realizado pela equipe de Romilson Basílio, coordenador
administrativo do importante estudo. Minhas deferências pessoais – e não menos especiais, ao
empenho de toda equipe acadêmica que se dedicou a relevante tarefa. E ao atual Prefeito Luiz
Ivan, minha homenagem particular, passo em que fazemos jus que a futura gestão possa
encaminhar e implementar o que preconizamos nos diversos documentos que constituímos.
O marco legal da política de resíduos sólidos, a implantação da coleta seletiva, a
transformação do lixão em aterro controlado, a parceria com a iniciativa privada para
constituição do aterro sanitário, a constituição de um aterro sanitário público, a organização dos
catadores, a constituição dos Ecopontos, a consolidação de uma política para cada um tipo de
resíduos, o centro de triagem, a implantação do biodigestor para matéria orgânica, os incentivos
tributários para a indústria da reciclagem, a implementação da política municipal de resíduos
sólidos da construção civil, a estruturação da AMAJU com técnicos qualificados para os
diversos setores, a revisão do plano diretor da cidade, entre outras ações, são, por si,
desafiadoras, mas que refestela no ideário dos legisladores que constituíram a Política de
Resíduos Sólidos aos municípios do Brasil. Todas as ações acima descritas estão de vento em
popa e muitas já concluídas. Cabe ao Ministério Público, ao Conselho Municipal de Meio
Ambiente e aos futuros gestores perseguirem na continuidade das ações que implementamos.
Cópias desses estudos serão encaminhadas às instituições de ensino da região do
Cariri e instituições já nominadas anteriormente.
José Eraldo Oliveira Costa
Superintendente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte/CE
SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .......................................................................................... 26


2. METODOLOGIA ............................................................................................................. 30
2.1. METODOLOGIA GERAL APLICADA .................................................................. 30
2.2. METODOLOGIA DOS LEVANTAMENTOS GRAVIMÉTRICOS ....................... 31
3. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DE
JUAZEIRO DO NORTE/CE .................................................................................................... 34
3.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 34
3.2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 35
3.2.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 35
3.2.2. Objetivos Específicos ......................................................................................... 35
3.3. METODOLOGIA ...................................................................................................... 35
3.3.1. Informações gerais .............................................................................................. 35
3.3.2. Visitas técnicas e gravimetria ............................................................................. 36
3.3.3. Pesquisa literária e geração de dados ................................................................. 36
3.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................. 36
3.4.1. Atividades Econômicas do Município de Juazeiro do Norte ............................. 36
3.4.2. Memorial descritivo das visitas nos empreendimentos ...................................... 38
3.4.2.1. Hotelaria .......................................................................................................... 38
3.4.2.2. Ramo hospitalar .............................................................................................. 41
3.4.2.3. Fábrica de sabão.............................................................................................. 45
3.4.2.4. Shopping ......................................................................................................... 46
3.4.2.5. Comércio Atacadista ....................................................................................... 49
3.4.2.6. Indústria de Refrigerante................................................................................. 53
3.4.2.7. Indústria de Calçado ....................................................................................... 56
3.4.2.8. Indústria de E.V.A .......................................................................................... 58
3.4.2.9. Indústria do Ramo Alimentício ....................................................................... 60
3.4.2.10. Feira/Mercado Público ................................................................................... 64
3.4.2.11. Indústria de acessórios em couro .................................................................... 67
3.4.2.12. Indústria de Velas ........................................................................................... 68
3.4.2.13. Loja de móveis e eletrodomésticos ................................................................. 70
3.4.2.14. Ramo Farmacêutico ........................................................................................ 72
3.4.2.15. Indústria de Alumínio ..................................................................................... 73
3.4.2.16. Indústria de semifolheados ............................................................................. 75
3.4.3. Resultado geral dos empreendimentos visitados ................................................ 76
3.5. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 78
4. COLETA E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE JUAZEIRO DO
NORTE/CE ............................................................................................................................... 80
4.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 80
4.2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 81
4.2.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 81
4.2.2. Objetivos Específicos ......................................................................................... 81
4.3. METODOLOGIA ...................................................................................................... 81
4.3.1. Dados Gerais e Caracterização ........................................................................... 81
4.3.2. Coleta de dados................................................................................................... 82
4.3.3. Gravimetria ......................................................................................................... 83
4.3.4. Leitura Bibliográfica e análise de dados............................................................. 86
4.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................. 86
4.4.1. Regulamentação do setor .................................................................................... 87
4.4.2. Dados gerais ....................................................................................................... 88
4.4.3. Empresas coletoras ............................................................................................. 94
4.4.3.1. Setor de Público de Coleta .............................................................................. 95
4.4.3.2. Setor de Coleta Privado .................................................................................. 96
4.4.3.3. CTI Ambiental ................................................................................................ 97
4.4.3.4. Multiresíduos .................................................................................................. 98
4.4.3.5. Coletoras de Recicláveis - Arplast e Ferroplast .............................................. 99
4.4.3.6. Coletoras de Resíduos da Construção Civil - Start Limp e Azul Entulhos .. 101
4.4.3.7. Coletores independentes - Carroceiros ......................................................... 102
4.4.3.8. Terceiro Setor - Associação Engenho do Lixo e ONG Juazeiro Ambiental. 104
4.4.4. Apresentação de Resultados no COMDEMA .................................................. 106
4.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 106
4.6. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 107
ANEXO I ............................................................................................................................. 108
5. DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE JUAZEIRO
DO NORTE/CE ...................................................................................................................... 114
5.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 114
5.2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 114
5.2.1. Objetivo Geral .................................................................................................. 114
5.2.2. Objetivos Específicos ....................................................................................... 114
5.3. METODOLOGIA .................................................................................................... 115
5.3.1. Levantamento de Dados ................................................................................... 115
5.3.2. Trabalho em Campo ......................................................................................... 116
5.3.3. Gravimetria ....................................................................................................... 116
5.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 116
5.4.1. Identificação preliminar dos Pontos de Entulho e Lixo ................................... 116
5.4.2. Resultados gerais .............................................................................................. 117
5.4.3. Pontos de Disposição dispersos ou transitórios ................................................ 119
5.4.3.1. Bairro Aeroporto ........................................................................................... 119
5.4.3.2. Bairro Triângulo............................................................................................ 121
5.4.3.3. Bairro João Cabral ........................................................................................ 125
5.4.3.4. Bairro Franciscanos ...................................................................................... 127
5.4.3.5. Bairro Salesianos .......................................................................................... 128
5.4.3.6. Bairro São Miguel ......................................................................................... 130
5.4.3.7. Bairro Tiradentes .......................................................................................... 131
5.4.3.8. Bairro Limoeiro ............................................................................................ 134
5.4.3.9. Bairro Centro ................................................................................................ 139
5.4.3.10. Bairro Leandro Bezerra ................................................................................ 143
5.4.3.11. Bairro José Geraldo da Cruz ......................................................................... 144
5.4.3.12. Bairro Lagoa Seca ........................................................................................ 146
5.4.3.13. Bairro Santa Tereza ...................................................................................... 148
5.4.3.14. Bairro Vila Fátima ........................................................................................ 151
5.4.3.15. Bairro Pio XII ............................................................................................... 152
5.4.3.16. Bairro Carité ................................................................................................. 155
5.4.4. Aterro controlado de Juazeiro do Norte/CE ..................................................... 156
5.4.5. Pontos de Destinação ........................................................................................ 156
5.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 157
5.6. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 158
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 160
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 162
LISTA DE SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABL - Área Bruta Locável
ABRASCE - Associação Brasileira de Shopping Centers
AMAJU - Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte
CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas
COGERH - Companhia de Gestão de Recursos Hídricos
COMDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
EPI – Equipamento de Proteção Individual
FATEC - Faculdade de Tecnologia CENTEC
IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
LBRS - Lista Brasileira de Resíduos Sólidos
NBR – Norma Brasileira
ONG - Organização Não Governamental
PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
PMGIRS - Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico
PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos
PROEX - Projetos e Execução de Limpeza Urbana, Conservação e Urbanização
RCC - Resíduo da Construção Civil
RI – Resíduo Industrial
RMC - Região Metropolitana do Cariri
RO – Resíduo Orgânico
RP – Resíduo Perigoso
RR – Resíduo Reciclável
RS – Resíduo Sólido
RSO- Resíduo Sólidos Orgânico
RSS - Resíduo de Serviço de Saúde
SCTR - Sistema de Coleta e Transporte de Resíduos
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SECID - Secretaria Municipal da Cidade
SEDUC - Secretaria Municipal da Educação
SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará
SEMASP – Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos
SESAU - Secretaria Municipal da Saúde
ZGL - Zona Geradora de Lixo
ZR - Zona Rural
ZU - Zona Urbana
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Empreendimentos Econômicos do Juazeiro do Norte/CE ................................... 37
Tabela 02 - Empresas do Ramo de Calçados e Vestuários por Bairro em Juazeiro do Norte/CE
.................................................................................................................................................. 38
Tabela 03 - Características do local de acondicionamento observados na visita ao hotel ....... 39
Tabela 04 - Característica do local de acondicionamento de Resíduos observados na visita ao
hospital...................................................................................................................................... 44
Tabela 05 - Característica do local de acondicionamento de resíduo observados na visita à
fábrica de sabão ........................................................................................................................ 45
Tabela 06 - Característica do local de acondicionamento de resíduo do comércio atacadista . 51
Tabela 07 - Característica do local de acondicionamento de resíduos da indústria de calçados
.................................................................................................................................................. 58
Tabela 08 - Quantitativos e Qualitativos dos resíduos sólidos da fábrica de velas .................. 70
Tabela 09 - Gravimetria geral das atividades econômicas de Juazeiro do Norte/CE ............... 77
Tabela 10 - Massa Total de RS Coletados Estratificados pelos SCTR em T/Dia. ................... 88
Tabela 11 - Massa total de resíduos sólidos coletados estratificado por tipo de resíduos. ....... 91
Tabela 12 – Gravimetria de RS dos pontos transitórios e de disposição final inadequada .... 118
Tabela 13 – Massa e Volume dos resíduos do ponto 18 e suas classificações ....................... 120
Tabela 14 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 20 e suas classificações ....................... 121
Tabela 15 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 30 e suas classificações ....................... 122
Tabela 16 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 31 e suas classificações ....................... 123
Tabela 17 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 32 e suas classificações ....................... 125
Tabela 18 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 50 e suas classificações ....................... 126
Tabela 19 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 41 e suas classificações ....................... 127
Tabela 20 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 27 e suas classificações ....................... 128
Tabela 21 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 29 e suas classificações ....................... 130
Tabela 22 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 44 e suas classificações ....................... 131
Tabela 23 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 36 e suas classificações ....................... 132
Tabela 24 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 37 e suas classificações ....................... 133
Tabela 25 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 12 e suas classificações ...................... 135
Tabela 26 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 13.1 e suas classificações ................... 136
Tabela 27 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 13.2 e suas classificações ................... 136
Tabela 28 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 13.3 e suas classificações .................... 137
Tabela 29 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 13.4 e suas classificações ................... 137
Tabela 30 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 15 e suas classificações ...................... 138
Tabela 31 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 42 e suas classificações ...................... 139
Tabela 32 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 43.1 e suas classificações ................... 140
Tabela 33 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 43.2 e suas classificações ................... 141
Tabela 34 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 43.3 e suas classificações ................... 141
Tabela 35 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 43.4 e suas classificações ................... 142
Tabela 36 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 43.5 e suas classificações ................... 142
Tabela 37 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 07 e suas classificações ...................... 143
Tabela 38 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 01 e suas classificações ...................... 145
Tabela 39 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 02 e suas classificações ....................... 146
Tabela 40 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 05 e suas classificações ...................... 147
Tabela 41 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 08 e suas classificações ....................... 148
Tabela 42 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 09 e suas classificações ...................... 149
Tabela 43 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 10 e suas classificações ....................... 150
Tabela 44 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 11 e suas classificações ...................... 151
Tabela 45 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 46 e suas classificações ....................... 152
Tabela 46 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 47 e suas classificações ...................... 153
Tabela 47 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 48 e suas classificações ....................... 154
Tabela 48 - Massa e Volume dos resíduos do ponto 49 e suas classificações ....................... 155
LISTA DE FOTOS
Foto 01 - Acondicionamento de resíduos domiciliares (à esquerda) e RO’s (à direita). ........ 39
Foto 02 - Lixeiras Seletivas do Hotel ....................................................................................... 40
Foto 03 - Limpeza dos Contêineres de Resíduos do hospital ................................................... 42
Foto 04 - Contêiner de 1200L para acondicionamento de RP do hospital ............................... 42
Foto 05- Coletores para Resíduo Infectante à esquerda e para Resíduo Comum à direita....... 43
Foto 06 – Lixeiras de resíduo nos locais de comum acesso (leitos, corredores do hospital). .. 43
Foto 07 – Máquinas de varrição do shopping........................................................................... 46
Foto 08 - Contêineres de coleta de resíduos do shopping ........................................................ 47
Foto 09 - Área de Acondicionamento dos RS do shopping ..................................................... 48
Foto 10 - Coletores seletiva de resíduos do comércio atacadista ............................................. 49
Foto 11 - Contêineres para acondicionamento do Rejeito gerado no segmento atacadista ...... 50
Foto 12 - Separação de RR no Carrinho de Mercadoria do comércio atacadista .................... 50
Foto 13 - Acondicionamento de papelão e fardos de papelão após prensa ............................. 51
Foto 14 - Acondicionamento de plástico e fardos de plástico após prensa .............................. 51
Foto 15 - Acondicionamento de pallets do comércio atacadista .............................................. 52
Foto 16 - Acondicionamento dos resíduos considerados rejeitos da fábrica de refrigerante .. 54
Foto 17 - Local de acondicionamento dos recicláveis da indústria de refrigerantes ................ 54
Foto 18 - Coletores de material reciclável instalado no interior da indústria de refrigerantes . 55
Foto 19 - Local de acondicionamento dos resíduos perigosos da indústria de calçados .......... 56
Foto 20 - Local de acondicionamento do lixo comum da indústria de calçados ...................... 57
Foto 21 – Acondicionamento de embalagens de produtos químicos da indústria de calçados 57
Foto 22 - Sobra de folhas de recorte de calçados de E.V.A ..................................................... 59
Foto 23 – Resíduos dispostos na Areia na fábrica de E.V.A. ................................................... 60
Foto 24 - Bagaço de Coco da indústria alimentícia .................................................................. 61
Foto 25 - Manuseio do bagaço de coco para secagem ............................................................. 61
Foto 26 - Tambores para abastecimento dos caminhões da empresa alimentícia .................... 62
Foto 27 - Caixas de Isopor para Transporte de Garrafas e Copinhos de Água de Coco .......... 62
Foto 28 - Efluente Líquido de Cor Escura da fábrica de água de coco .................................... 63
Foto 29 - Contêineres de Coleta com RCC ao lado no mercado público ................................. 64
Foto 30 - Identificação dos resíduos nos contêineres de coleta do mercado municipal ........... 65
Foto 31 - Segregação e acondicionamento das Amostras do mercado municipal .................... 65
Foto 32 - Baldes utilizados para a Comercialização dos RO’s................................................. 66
Foto 33 - Gravimetria Realizada na Área Interna da indústria de acessórios de couro ............ 67
Foto 34 - Local de Acondicionamento de Resíduosda indústria de velas ................................ 69
Foto 35 - Linha para Confecção do Pavio de Velas ................................................................. 69
Foto 36 - Resíduos Identificados na Visita à loja de móveis e eletrodomésticos ..................... 71
Foto 37 - Resíduos com maior quantidade produzida no ramo farmacêutico .......................... 72
Foto 38 - Sobras do Processo Industrial, Refugo e Discos de Alumínio.................................. 73
Foto 39 - Acondicionamento dos RR da fábrica de alumínio .................................................. 74
Foto 40 - Pallets da fábrica de alumínio ................................................................................... 74
Foto 41 - RP da fábrica de alumínio ......................................................................................... 74
Foto 42 - Resíduos gerados na fábrica de alumínio.................................................................. 75
Foto 43 - Passo-a-passo da gravimetria do aterro controlado de Juazeiro do Norte/CE .......... 85
Foto 44 - Análise gravimétrica na multiresíduos...................................................................... 85
Foto 45 – Resíduos Perigosos de Serviços de Saúde no Aterro Controlado ............................ 96
Foto 46 – Alimentos vencidos e RSS’s no aterro controlado de Juazeiro do Norte/CE. ......... 97
Foto 47 – Instalações da Arplast: resíduos coletados e maquinário ....................................... 100
Foto 48 – Instalações da Ferroplast: resíduos coletados e maquinário................................... 100
Foto 49 – Carroceiro realizando transporte de móveis velhos ............................................... 103
Foto 50 – Materiais coletados pelo Engenho do Lixo ............................................................ 105
Foto 51 – Acondicionamento dos resíduos da ONG Juazeiro Ambiental .............................. 105
Foto 52 – Ponto de acúmulo da Avenida Virgílio Távora ...................................................... 119
Foto 53 - Ponto de cúmulo na rua Dr. João Tavares .............................................................. 120
Foto 54 - Ponto de acúmulo próximo ao hospital das clínicas e fratura do Cariri ................. 122
Foto 55 - Ponto de acúmulo na Rua Domingos Calazans ..................................................... 124
Foto 56 - Ponto de acúmulo na Rua São Lázaro .................................................................... 124
Foto 57 - Ponto de acúmulo na Rua Senhor do Bonfim com Rua Jaime Dorcyl ................... 126
Foto 58 - Ponto de Acúmulo na Avenida Aírton Senna ......................................................... 127
Foto 59 - Ponto de acúmulo na rua Manoel Vitorino ............................................................. 129
Foto 60 - Ponto de acúmulo na rua Santa Clara com Rua José Pereira .................................. 129
Foto 61 - Ponto de acúmulo na rua Pedro Cruz Sampaio ....................................................... 131
Foto 62 - Ponto de acúmulo na Rua Maria Diva Cardoso Lobo ............................................ 132
Foto 63 - Ponto de acúmulo na Rua Francisco Manoel Bezerra ........................................... 134
Foto 64 - Ponto de acúmulo na Rua Madre Maria Vilac com Rua Paula Bezerra ................. 134
Foto 65 - Ponto de acúmulo na Rua Capitão Domingos ........................................................ 135
Foto 66 - Ponto de Acúmulo na Rua Madre Nely Sobreira (local de Brejo) ......................... 139
Foto 67 - Ponto de Acúmulo na Rua Joana Batista Holanda.................................................. 140
Foto 68 - Ponto de Acúmulo na Rua São Pedro ..................................................................... 143
Foto 69 - Ponto de Acúmulo na Rua Ary Cruz com Rua Maria Pereira ................................ 144
Foto 70 - Ponto de Acúmulo na Rua Otônio Lira.................................................................. 144
Foto 71 - Ponto de Acúmulo na Avenida Antônio Pereira da Silva ....................................... 145
Foto 72 - Ponto de Acúmulo na Rua Padre Nestor Sampaio com Rua Dão Ribeiro............ 146
Foto 73 - Ponto de Acúmulo na Rua Padre Nestor Sampaio com Rua Irmã Florentina ........ 147
Foto 74 - Ponto de Acúmulo na Rua Edward Mclain............................................................. 148
Foto 75 - Ponto de Acúmulo na Rua Antônio Mota Diniz (atrás do Hiper Bom Preço) ........ 149
Foto 76 - Ponto de Acúmulo na Rua Delmiro Gouveia ......................................................... 150
Foto 77 - Ponto de Acúmulo na Avenida Carlos Cruz ........................................................... 151
Foto 78 - Ponto de acúmulo na Avenida José Bezerra com Frei Ibiapina............................. 153
Foto 79 - Ponto de acúmulo na Av. José Bezerra com rua Nossa Senhora de Lourdes ........ 154
Foto 80 - Ponto de acúmulo na Av. José Bezerra com Carolina Sobreira ............................. 155
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Gestão E Gerenciamento Dos Resíduos Sólidos No Brasil ................................... 27
Figura 02 - Metodologia Geral Aplicada .................................................................................. 31
Figura 03 - Histograma dos empreendimentos de Juazeiro do Norte/CE ................................ 37
Figura 04 - Participação da Massa (Kg/d) de RS do Hotel ...................................................... 41
Figura 05 - Participação da massa (Kg/d) de RS do hospital ................................................... 44
Figura 06 – Participação da massa (kg/d) de RS da fábrica de sabão ...................................... 46
Figura 07 - Participação da Massa (Kg/d) de RS do shopping ................................................. 48
Figura 08 - Participação da Massa (Kg/d) de RS do segmento atacadista ............................... 53
Figura 09 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da indústria de refrigerantes ........................ 56
Figura 10 - Participação da massa (Kg/d) de RS da indústria de calçados .............................. 58
Figura 11 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da indústria de E.V.A.................................. 60
Figura 12 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da indústria alimentícia ............................... 63
Figura 13 - Participação da Massa (Kg/d) de RS do mercado municipal................................. 66
Figura 14 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da indústria de acessórios de couro ............ 68
Figura 15 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da fábrica de velas ...................................... 70
Figura 16 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da loja de móveis e eletrodomésticos ......... 71
Figura 17 - Participação da Massa (Kg /d) de RS no ramo farmacêutico ................................ 73
Figura 18 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da fábrica de alumínio ................................ 75
Figura 19 - Participação da Massa (Kg/d) de RS da indústria de semifolheados ..................... 76
Figura 20 - Aterro controlado de Juazeiro do Norte/CE .......................................................... 84
Figura 21 - Organograma do SCTR ......................................................................................... 86
Figura 22- Porcentagem em Massa da Representatividade por Tipo de SCTR ....................... 89
Figura 23 - Porcentagem em Massa da Representatividade de Coleta por Tipo de Resíduos
Sólidos da Tabela 10................................................................................................................. 90
Figura 24 - Porcentagem em Massa de Resíduos Sólidos Coletados pela PROEX. (Anexo I
Tabela A). ................................................................................................................................. 96
Figura 25 - Porcentagem em Massa de Resíduos Sólidos Coletados pela CTI. (Anexo I Tabela
B). ............................................................................................................................................. 98
Figura 26 - Porcentagem Representatividade de Massa dos Resíduos da Multiresíduos.
(Anexo I Tabela C) ................................................................................................................... 99
Figura 27 - Porcentagem em massa da Representatividade dos Resíduos das Coletoras de
Recicláveis. (Anexo I Tabela D). ............................................................................................. 99
Figura 28 - Porcentagem Representativa de Massa dos Resíduos da Construção Civil. (Anexo
I Tabela F). ............................................................................................................................. 101
Figura 29 - Porcentagem de Massa da Representatividade de Resíduos do Terceiro Setor.
(Anexo I Tabela G). ................................................................................................................ 104
Figura 30 - Localização dos pontos transitórios realizados gravimetria ................................ 117
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 - Descrição dos resíduos gerados na indústria de refrigerante ............................... 53
Quadro 02 - Cronograma de visitas aos pontos de disposição transitórios ............................ 115
CONSIDERAÇÕES GERAIS

1
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O Juazeiro do Norte/CE junto a oito municípios compõem a RMC, criada pela 3Lei
complementar nº 78 de 26 de junho de 2009 - Governo do Estado do Ceará. Este município está
localizado na porção sul do Estado do Ceará entre as coordenadas geográficas 7º12”47’ de
latitude e 39º18”55’ de longitude, com extensão territorial de 248, 558 Km²,limitando-se com
os municípios de Caririaçu, Missão Velha, Barbalha e Crato. Juazeiro do Norte é conhecido por
ser a cidade das romarias. Trata-se da cidade com maior economia entre as que compõem a
RMC, com uma população fixa de 249.936 habitantes, sendo que, 96% representa à população
urbana e apenas 4% a população rural (5IPECE, 2015). Conforme 6Pereira (2005) durante as
festas religiosas nas três romarias dos meses de fevereiro, setembro e novembro há um
expressivo aumento populacional. É portanto considerado o pólo do desenvolvimento
econômico local e atualmente um polo universitário.
É sabido que quanto maior o desenvolvimento de um município, maior a geração
de resíduos. Por tanto se requer uma gestão efetiva. De acordo com a 2Lei 12.305/10, todos os
municípios devem elaborar o PMGRIS, fazendo-se necessário a realização de um diagnóstico
da situação local. Principalmente nos aspectos voltados à caracterização e quantificação dos
resíduos gerados, a fim de delinear as demais etapas do processo. É importante ainda avaliar
outros contextos a níveis mais abrangentes, mas com foco na realidade local, onde o plano será
executado.
O plano deve passar por revisões periódicas, entretanto as determinações iniciais,
com base em estudos técnicos, são fundamentais para a tomada de decisões.
A obtenção de dados relativos ao diagnóstico pode obedecer várias metodologias.
Estas, por sua vez, envolvem algum tipo de gravimetria, podendo apresentar algumas diferenças
quanto aos objetivos de cada estudo. De acordo com as classificações quanto à origem e a
periculosidade, apresentadas pela 2Lei N° 12.305 de 02 de agosto de 2010, que dispõe a PNRS,
se define também os responsáveis pela coleta, transporte e tratamento ou destinação
ambientalmente adequada, com base ainda em outras diretrizes mais específicas a cada material.
Cabe à gestão pública municipal desenvolver e executar o plano, estando este incluso ou não
no PMSB.
Neste sentido, a AMAJU, a partir de processos licitatórios, acionou os serviços da
empresa Prática - Projetos e Consultoria LTDA para diagnosticar os resíduos sólidos de
Juazeiro do Norte/CE, a partir de gravimetria dinâmica. Considerando a obtenção de dados a
partir da análise do fluxo dos resíduos no seu gerenciamento.

26
É válido ressaltar que a gestão envolve fatores políticos, sociais, econômicos,
ambientais e culturais que devem ser considerados e contextualizados junto as tabulações
quantitativas. Para melhor contrapor as linhas de análise, adotou-se a seguinte esquematização
(figura 01).
FIGURA 01 - GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL

FONTE: AUTORES (2016)

27
28
METODOLOGIA

29
2. METODOLOGIA
2.1. METODOLOGIA GERAL APLICADA
Para o desenvolvimento geral do estudo, inicialmente formou-se uma equipe de
trabalho com representantes do Poder Público Municipal e representantes do meio acadêmico,
como forma de envolver a formação de profissionais aptos a atuar nas demandas locais, de
diversos cursos relacionados a fim de obter equipe multidisciplinar. Sendo estes da Engenharia
Ambiental, Engenharia Química, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção,
Tecnologia em Saneamento Ambiental e Administração Pública. As capacitações foram
fornecidas pelo Portal Resíduos Sólidos em aulas a distância e presenciais, além da realização
de workshops para o ensinamento das práticas a serem adotadas. O grupo contou ainda com o
apoio de estagiários da E.E.E.P. Raimundo Saraiva Coelho, de Juazeiro do Norte, do curso
Técnico em Edificações e E.E.E.P. Leopoldina Gonçalves Quezado, de Aurora, dos curso de
Agrimensura e Desenho da Construção Civil. A equipe foi complementada ao longo do trabalho
em razão de demandas das atividades e saída de membros que compunham o grupo
inicialmente. Além desses, houve a participação de outros acadêmicos das Universidades e
Instituições acadêmicas locais.
Após a etapa de capacitação, dividiu-se os grupos de trabalho, com base nas etapas
de gerenciamento de resíduos, com a finalidade de coletar dados nas intermediações destes pelo
processo de gravimetria dinâmica, para melhor caracterizar o fluxo atual de resíduos no
município.
Para tanto, definiu-se três grupos de trabalho. O primeiro, responsável pelos dados
relativos a geração por atividades econômicas, sendo importante ressaltar que o município teve
rápido crescimento neste setor nos últimos anos. O segundo grupo, responsável por informações
relativas a coleta e transporte, que tinha a função de realizar levantamento nas empresas de
coleta mista e seletiva, pública e privada do município. O terceiro grupo encarregou-se de
levantar os pontos de destinação e disposição atual encontrados no município.
Os três grupos realizaram gravimetria de resíduos nos pontos de visita. Além de
obter, quando possível, dados contidos nos PGRS.
Os dados dos grupos ao serem contrapostos, devem apresentar uma certa correlação
de valores, quando considera-se que o que é gerado, é transportado e deve ter destinação final
ambientalmente adequada. Os resultados obtidos foram divulgados para a população em geral
e demais interessados na temática, a partir do I Simpósio Internacional de Negócios com
Resíduos Sólidos de Juazeiro do Norte, que contou com a presença de 282 participantes. Com

30
representantes do meio acadêmico, institucional e empresarial (associações de catadores de
materiais recicláveis, grandes geradores, empresa de coleta e transporte e outros).
Os resultados conclusivos e com maior nível de detalhamento serão explanados
neste documento, o qual será importante na definição da gestão dos resíduos. Para melhor
entendimento do processo realizado, elaborou-se as etapas em organograma (figura 02).

FIGURA 02 - METODOLOGIA GERAL APLICADA

FONTE: AUTORES (2016)

2.2. METODOLOGIA DOS LEVANTAMENTOS GRAVIMÉTRICOS


Para quantificação e separação dos resíduos, realizou-se os seguintes
procedimentos:
 Homogeneização da pilha de resíduos
 Quarteamento da pilha, de modo que metade da amostra mais representativa será
novamente misturada e homogeneizado. Este procedimento é repetido até que se tenha
um equivalente próximo a 1 m³.
 Retirada de amostragem com um volume de 100 L, medido em recipiente de tal volume,
com determinação do peso dos resíduos e do recipiente.
 Os materiais são colocados em lona, para a separação de acordo com o tipo de resíduos,
os quais após separados são colocados em sacos plásticos apropriados, pesados e seu
volume é aferido a partir das medições necessárias.

31
32
GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS
ATIVIDADES ECONÔMICAS DE JUAZEIRO DO
NORTE/CE

33
3. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DE
JUAZEIRO DO NORTE/CE
3.1. INTRODUÇÃO
De acordo com a 4Lei Federal nº 12.305/2010, a responsabilidade pelo ciclo de vida
dos produtos é compartilhada. O referido marco regulatório estabelece o papel de cada um dos
Poderes Públicos - União, Estados e Municípios -, o setor privado e a sociedade como um todo,
para que ocorra a gestão e gerenciamento de forma ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos.
Neste cenário, o poder público e setor privado são responsáveis pela elaboração dos
planos de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, respectivamente. Na política há o
conteúdo mínimo para o desenvolvimento desses planos.
A PNRS cita ainda a ordem de prioridade que deve ser seguida, sendo esses a não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento do resíduo sólido e destinação final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
No setor privado, durante o desenvolvimento das atividades econômicas, a geração
de resíduos sólidos e semi-sólidos é bem diversificada e depende do ramo da atividade
produtiva. Como exemplo, pode-se citar o processo produtivo de uma indústria ou a geração de
resíduos resultantes apenas dos serviços prestados.
Para um melhor reaproveitamento dos resíduos é necessário realizar a segregação
dos mesmos. Essa pode ser feita em uma central de triagem. Além de desenvolver uma atividade
ecologicamente correta, realiza uma outra prática da PNRS: a agregação dos catadores ao
processo. É importante ressaltar que a partir dessa separação, torna-se possível a destinação,
por exemplo, em Usinas de Processamento de Resíduos dos mais diversos tipos.
O modelo econômico destas Usinas é equivalente ao modelo econômico de uma
indústria. Estas usinas podem gerar receita com o serviço de tratamento para os resíduos sólidos
provenientes da fonte geradora, bem como com a venda dos produtos processados. Ressalta-se
ainda que a receita gerada deve arcar com os custos de investimentos e operação da Usina de
Processamento de Resíduos.
Juazeiro do Norte/CE possui um grande potencial para essa área. O município é
hoje o pólo de desenvolvimento industrial da região. A cada dia, há um acréscimo no número
de empreendimentos. Mas para que esse processo ocorra, é necessário um estudo qualitativo e
quantitativo dos resíduos gerados nessas empresas, como será apresentado neste presente
trabalho.

34
3.2.OBJETIVOS
3.2.1. Objetivo Geral
Diagnosticar as atividades econômicas no município de Juazeiro do Norte/ CE,
classificá-las de acordo com os ramos das atividades para realizar análise qualitativa e
quantitativa dos resíduos gerados e identificar sua destinação final.

3.2.2. Objetivos Específicos


 Elaborar uma planilha com os empreendimentos existentes no município;
 Classificar os empreendimentos de acordo com o ramo da atividade;
 Levantar dados qualitativos e quantitativos sobre os resíduos gerados nos
empreendimentos;
 Identificar quais os destinos dados pelas empresas aos resíduos estudados;

3.3. METODOLOGIA
3.3.1. Informações gerais
Para a realização do diagnóstico de geração dos resíduos nas atividades econômicas,
fez-se necessário identificar previamente quais eram as atividades desenvolvidas no município.
Inicialmente buscou-se fazer uma listagem. Para isso, realizou-se entrevistas com pessoas direta
ou indiretamente ligadas a atual cadeia de gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos. Então
entrevistou-se os senhores André Wirtzbiki, Diretor de Monitoramento Ambiental da AMAJU
e Cícero Silva, Gerente Operacional da Empresa PROEX, contratada pela prefeitura para fazer
a coleta e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares e urbanos.
Posteriormente, ainda para realizar o levantamento da quantidade de
empreendimentos e ramos de atuação existentes, foram solicitadas informações sobre cadastros
destes empreendimentos nas Secretarias locais (Finanças, Gestão, Agricultura e Abastecimento,
Vigilância Sanitária), além do SEBRAE, Sindicato das Indústrias e CDL. Contudo, não houve
o retorno de todos.
A partir da identificação das atividades econômicas foram escolhidos alguns
empreendimentos representativos de cada segmento. Para otimizar o tempo de trabalho, foi
necessário identificar uma variável comum em cada segmento - por exemplo, a produção diária
- e relacionar este dado com a quantidade de resíduos gerados.
É importante salientar que todos os procedimentos necessários para o
desenvolvimento em campo deste trabalho foram realizados no período de julho de 2016. E a

35
prioridade do trabalho de gravimetria dos resíduos sólidos decorrentes das atividades
econômicas no município foram estabelecidas da seguinte forma: Resíduo Orgânico, Resíduo
Reciclável, Resíduo Perigoso e Restante.

3.3.2. Visitas técnicas e gravimetria


Para possibilitar a realização das visitas técnicas às empresas, seguiu-se um
procedimento burocrático que consistiu na entrega de ofícios, detalhando o trabalho a ser
realizado e enfatizando a importância deste para o município, e o agendamento das
visitas. Após liberado o acesso à gravimetria, aplicou-se questionários semi estruturados sobre
a frequência de coleta, empresa coletora e destino final dos resíduos sólidos gerados. Buscou-
se compreender, a partir das visitas, todo o processo produtivo, focando na identificação nos
pontos da geração de resíduos. Além disso, observou-se a forma de gerenciamento desses RS e
as principais dificuldades enfrentadas neste processo.
A gravimetria foi realizada, de modo geral, nas área de acondicionamento interno
dos resíduos para destinação final.
Vale ressaltar ainda que houve dificuldade de acesso aos empreendimentos para
obtenção dos dados, aliado ao tempo de realização deste levantamento, resultando numa
limitação dos resultados.

3.3.3. Pesquisa literária e geração de dados


Após visitas aos empreendimentos e realização da gravimetria pontual, para uma
melhor análise dos dados obtidos, fez-se necessário realizar pesquisa referente a densidade
média de alguns resíduos sólidos urbanos. Adotou-se valores apresentados por 5Silva e Santos
(2010). Com isso, junto às informações sobre a frequência da coleta e o volume medido na
gravimetria, tornou-se possível gerar dados estimados sobre a massa total de resíduos naqueles
empreendimentos.

3.4.RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.4.1. Atividades Econômicas do Município de Juazeiro do Norte
De acordo com informações disponibilizadas pela Prefeitura Municipal de Juazeiro
do Norte, pode-se desenvolver uma tabela com 10.884 empreendimentos, que possuem o
cadastro dos contribuintes por atividade econômica no ano de 2016. Esses empreendimentos
foram subdivididos de acordo com o ramo das atividades realizadas nelas (tabela 01) .

36
TABELA 01 - EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS DO JUAZEIRO DO NORTE/CE
QUANTIDADE DE
RAMO DAS ATIVIDADES PARTICIPAÇÃO
EMPREENDIMENTOS
Beleza 250 2,30%
Comércio Atacadista 227 2,09%
Comércio Varejista 5.336 49,03%
Indústria 730 6,71%
Instituições Educacionais 301 2,77%
Saúde 322 2,96%
Serviços 3.718 34,16%
TOTAL 10.884 100%

Pelos histograma (figura 03), pode-se notar a riqueza em variedade e em quantidade


de empreendimentos que o município possui.

FIGURA 03 - HISTOGRAMA DOS EMPREENDIMENTOS DE JUAZEIRO DO NORTE/CE

Foram obtidas informações também da Secretaria de Desenvolvimento Econômico


de Juazeiro do Norte/CE. A partir disso, criou-se uma listagem (tabela 02) com 1.463 empresas
do ramo de calçados e vestuários (envolvendo comércio atacadista, varejista e indústria)
Objetivando demonstrar que o município possui um dos maiores pólos calçadistas do país.

37
TABELA 02 - EMPRESAS DO RAMO DE CALÇADOS E VESTUÁRIOS POR BAIRRO EM JUAZEIRO DO NORTE/CE
Bairros Quantidades de empreendimentos
Centro 366
Salesianos 128
Betolândia 8
Triângulo 104
Pirajá 116
Franciscanos 64
Timbaúbas 14
João Cabral 15
Carité 3
Limoeiro 26
Fátima 8
Santo Antônio 18
José Geraldo Da Cruz 19
Socorro 32
Pio XII 56
São Miguel 60
Romeirão 47
Santa Tereza 35
Aeroporto 16
Novo Juazeiro 19
Antônio Vieira 25
Lagoa Seca 22
Tiradentes 76
Jardim Gonzaga 16
São José 42
Leandro B Menezes 3
Juvencio Santana 23
Vila Três Marias 4
Mini Distrito Industrial 4
Planalto 4
Frei Damião 28
Cidade Universitária 3
Horto 2
Campo Alegre 2
Brejo Seco 1
Pedrinhas 8
Salgadinho 4
Outro 42
TOTAL 1463

3.4.2. Memorial descritivo das visitas nos empreendimentos

3.4.2.1.Hotelaria

 Contextualizando o cenário

38
No Hotel visitado, a funcionária não conhecia por completo o gerenciamento dos
resíduos do empreendimento, limitando a obtenção de algumas informações.
Nesse empreendimento, os resíduos sólidos são coletados por uma equipe de
funcionários responsáveis pela limpeza, e acondicionados em local específico. O este que é
dividido em duas partes e consiste em: uma câmara de refrigeração para os resíduos orgânicos
(devido a presença de um restaurante no hotel) e em um espaço destinado ao dos resíduos com
características domiciliares (foto 01).

FOTO 01 - ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES (À ESQUERDA) E RO’S (À DIREITA).

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 03 - CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DE ACONDICIONAMENTO OBSERVADOS NA VISITA AO HOTEL


Volume Volume Massa
Frequência de Volume
no dia da Diário Diária
Local coleta Semanal
medição Médio Média
(dia/semana) (m³/semana)
(m³) (m³/d) (kg/d)

Câmara de
refrigeração 1,35
2a3 3,375 0,482 205,71
(Resíduos
Orgânicos)

Acondicionamento
1,2
do resíduo 3 3,6 0,514 *
domiciliar
FONTE: AUTORES (2016)
*Informação não prestada

No ato da visita observou-se que a atual empresa responsável pela coleta pública,
realiza a coleta dos resíduos característicos como domiciliares três vezes por semana,
destinando-os para o aterro controlado municipal.

39
Os RO’s, acondicionados na câmara de refrigeração em nove tambores de 150 L
cada, são coletados pela empresa responsável contratada, duas ou três vezes por semana
dependendo do fluxo de clientes no local. A massa total de RO’s coletados neste período é de
576 kg, que equivale a um volume de 1,35 m³ (tabela 03). Foi possível estimar desta forma uma
produção diária de resíduos orgânicos variando de 164,57 a 246,86 kg/dia. A destinação final
destes não foi informada.
No empreendimento realiza-se a coleta seletiva (foto 02). De acordo com a
funcionária, esse sistema é efetivo. Entretanto, identificou-se, durante a visita, que os resíduos
característicos como domiciliares, mesmo os separados pela coleta seletiva, foram coletados
pelo serviço de coleta pública convencional realizada pela prefeitura. Quando questionado esse
fato, esclareceram que quando os responsáveis pela coleta dos recicláveis não comparecem,
esses são encaminhados para a coleta pública convencional junto aos demais resíduos
domiciliares.
FOTO 02 - LIXEIRAS SELETIVAS DO HOTEL

FONTE: AUTORES (2016)

No hotel, os sabonetes utilizados pelos hóspedes são doados a uma associação -


cujo nome não foi especificado - quinzenalmente para processamento e reutilização.

 Gravimetria

Como resultado da análise gravimétrica (figura 04), tem-se que os RO’s e os RCC’s
foram os mais relevantes, representando, respectivamente, 81% e 9% da massa total tomada
como amostra.
Mesmo não sendo permitido manusear os resíduos orgânicos por esses serem
tratados separadamente da massa de resíduo característico de resíduos domiciliar, observa-se
que o percentual destes na massa da amostra é bastante efetiva. A justificativa para tal
ocorrência foi a presença de buquês de flores e restos de comida que compunham a massa de
resíduo no dia visitado.

40
FIGURA 04 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DO HOTEL

FONTE: AUTORES (2016)

Quanto a presença de resíduos característicos da construção civil, foi esclarecido


por parte do Hotel que devido a realização de um pequeno reparo houve uma geração
considerável desses.

3.4.2.2.Ramo hospitalar

 Contextualizando o cenário
Os resíduos gerados no Hospital visitado são classificados pelos mesmos em:
perigosos, orgânicos ou recicláveis. Para coleta e transporte até o local de acondicionamento
dos resíduos, o empreendimento conta com uma equipe de limpeza que é orientada a utilizar
equipamentos específicos no desempenho dessa atividade. Exemplos de equipamentos
utilizados pela equipe de limpeza para manuseio e higienização dos contêineres (foto 03)
observados no ato da visita foram: contêineres identificados, sacos plásticos de cores e
capacidade de volume diferentes, EPI’s (vestimentas, luvas, máscaras, botas e touca), pás,
baldes, rodos e vassouras.

41
FOTO 03 - LIMPEZA DOS CONTÊINERES DE RESÍDUOS DO HOSPITAL

FONTE: AUTORES (2016)

Todo material coletado é acondicionado em três espaços distintos de acordo com a


classificação de geração estabelecida pelo empreendimento. No ato da visita, para realização
da gravimetria, os administradores do empreendimento negaram o acesso aos resíduos
classificados como perigosos, devido a periculosidade dos mesmos. Quanto aos resíduos
classificados pelo empreendimento como orgânicos, no momento da visita, os mesmos já
haviam sido coletados pela empresa terceirizada responsável. Assim, a gravimetria nesse
empreendimento foi realizada apenas nos resíduos classificados como recicláveis.
Os resíduos perigosos (biológico, químico e perfurocortante) possuem um contêiner
específico para acondicionamento (foto 04) e para transporte (foto 05), assim como o comum.
Os RP’s e RO’s gerados são coletados, transportados e encaminhados para
incineração diariamente por empresa responsável contratada pelo empreendimento, sendo um
volume aproximado de 1.370 kg/dia, segundo informações.

FOTO 04 - CONTÊINER DE 1200L PARA ACONDICIONAMENTO DE RP DO HOSPITAL

FONTE: AUTORES (2016)

42
FOTO 05- COLETORES PARA RESÍDUO INFECTANTE À ESQUERDA E PARA RESÍDUO COMUM À DIREITA

FONTE: AUTORES (2016)

De acordo com funcionário entrevistado, no empreendimento todas as lixeiras são


brancas (foto 06), padronizadas com timbre e identificadas com descrição do tipo de resíduo na
parte superior. Os sacos que acondicionam os resíduos seguem legislação específica, variando
de cor e tamanho dependendo da classificação do resíduo a ser acondicionado.

FOTO 06 – LIXEIRAS DE RESÍDUO NOS LOCAIS DE COMUM ACESSO (LEITOS, CORREDORES DO HOSPITAL).

FONTE: AUTORES (2016)

Os resíduos recicláveis gerados no empreendimento são coletados e transportados


por empresa contratada que compra materiais recicláveis. Em média, 1.900 kg de recicláveis
são coletados a cada vinte dias.
De acordo com informações fornecidas, existe um coletor para as pilhas e baterias
onde somente é entregue uma pilha nova a um funcionário quando a usada for descartada
corretamente. Bem como é permitido que os funcionários levem suas pilhas e baterias de casa

43
e as descarte no coletor específico. Como uma medida de evitar que esses resíduos sejam
descartados no resíduo domiciliar. No entanto, não foi indicado o destino.
As lâmpadas fluorescentes também são armazenadas até atingir um volume viável
para realização da coleta por parte de uma empresa contratada, localizada em Fortaleza-CE, que
faz o tratamento de descontaminação e reciclagem do vidro.
Na tabela 04 encontram-se descritas algumas informações relevantes sobre o local
de acondicionamento dos resíduos recicláveis.

TABELA 04 - CARACTERÍSTICA DO LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS OBSERVADOS NA VISITA AO


HOSPITAL

Volume total do
Participação Volume Frequência de
local de
Local do volume ocupado coleta(dia/sem
acondicionamento
ocupado (%) (m³) estre)
(m³)

Acondicionamento
90 30% 27 9
dos recicláveis
FONTE: AUTORES (2016)

 Gravimetria

FIGURA 05 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DO HOSPITAL

FONTE: AUTORES (2016)

Nos resultados amostrais (figura 05), o papel foi o resíduo mais gerado,
representando um percentual de 70,6% da massa total tomada como amostra. Seguindo a ordem
dos resíduos mais gerados, tem-se os classificados como outros (guardanapos, copos
descartáveis, etc), que representam 18,3%.

44
3.4.2.3.Fábrica de sabão

 Contextualizando o cenário
O empreendimento não possui equipe específica para encaminhar os resíduos até
local de acondicionamento, sendo realizada por escalas diárias entre os funcionários.
Os resíduos recicláveis são acondicionados em local específico, com capacidade
aproximada de 56 m³. No dia da visita, observou-se um volume acumulado de
aproximadamente 22,4 m³, próximo a área de entrada e saída do empreendimento. Nele foi
possível observar materiais como: tampas, rótulos, pet e outros plásticos finos. Esse material é
destinado para Ecoelce, onde é realizada a troca do resíduo por descontos na conta de energia.
A frequência de coleta é mensal.
O resíduo perigoso gerado foi caracterizado pelo funcionário entrevistado no ato da
visita como os EPI’s usados e inservíveis. O mesmo esclareceu que esses resíduos são coletados
por uma empresa contratada responsável e encaminhados para incineração. Quanto ao volume
gerado, o funcionário não soube informar, apenas mencionou que a quantidade gerada é pouca
e que a frequência de coleta é em intervalo de tempo próximo a uma vez por mês (tabela 05).

TABELA 05 - CARACTERÍSTICA DO LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUO OBSERVADOS NA VISITA À


FÁBRICA DE SABÃO

Volume ocupado Frequência de coleta


Local
(m³) (dia/mês)

Acondicionamento dos recicláveis 22,4 1


FONTE: AUTORES (2016)

Ainda de acordo com o funcionário entrevistado, os RO’s gerados no refeitório são


diariamente acondicionados em tambores em área específica, onde não foi permitido acesso. O
funcionário esclareceu que os RO’s são destinados para o aterro controlado pela própria
empresa e que se tem de geração um valor que varia em média entre 60 e 80 tambores por mês,
com volume não informado.

 Gravimetria

Como nesse segmento a realização da gravimetria só foi permitida para os resíduos


recicláveis, os materiais que compuseram a amostra foram papelão compondo 40% da amostra,
seguido de plásticos finos, 37,5% e plástico rígido representando 22.5% (figura 06).

45
FIGURA 06 – PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA FÁBRICA DE SABÃO

FONTE: AUTORES (2016)

3.4.2.4.Shopping

 Contextualizando o cenário
A ²ABRASCE (2016), considera shopping center empreendimentos com ABL,
normalmente, superior a 5.000 m², formados por diversas unidades comerciais, com
administração única e centralizada, que pratica aluguel fixo e percentual. Na maioria das vezes,
dispõe de lojas âncoras e vagas de estacionamento compatível com a legislação da região onde
está instalado.
Foi realizada uma entrevista com o gerente operacional, na qual obteve-se
informações sobre a gestão dos resíduos no local. O maquinário empregado no sistema de
varrição é todo automatizado (foto 07).

FOTO 07 – MÁQUINAS DE VARRIÇÃO DO SHOPPING

FONTE: AUTORES (2016)

46
A coleta interna dos resíduos é realizada três a quatro vezes por dia e destinada para
a área de transbordo, onde são segregados em resíduos recicláveis (papelão, plástico, latinha) e
outros (Orgânicos, Embalagens, etc). Após esta separação os resíduos são dispostos em suas
devidas áreas e contêineres para destinação final.
Os resíduos gerados após a retirada dos recicláveis são acondicionados em um
contêiner de 25 m³, que é retirado três vezes por semana. Os resíduos gerados nos finais de
semana são coletados da área de transbordo nos dias de segunda-feira, onde é retirado dois
contêineres de 25m³.
Geralmente a coleta de resíduos para destinação final é feita pela manhã. Possuem
um projeto intitulado “Transforme a vida do seu óleo” que reutiliza o óleo proveniente da praça
de alimentação para a fabricação de sabão orgânico. Existe ponto de coleta para os visitantes
depositarem o seu óleo usado.
Após a entrevista seguiu-se para a área de transbordo dos resíduos sólidos e
realizou-se a gravimetria. Neste local constatou-se a existência de três contêineres, sendo dois
com capacidade para 5m³ e o outro com capacidade para 25m³ (foto 08).

FOTO 08 - CONTÊINERES DE COLETA DE RESÍDUOS DO SHOPPING

FONTE: AUTORES (2016)

Identificou-se pequenas quantidades de RCC’s acondicionadas em um dos


contêineres. Quando questionados sobre a frequência de geração destes resíduos, foi informado
que não existe nenhum controle. São gerados esporadicamente a medida que ocorre reformas
nas lojas, mas não há informação sobre frequência e/ou período das reformas.
Na área de transbordo de resíduos sólidos constatou-se a existência de uma área
com capacidade de volume aproximadamente 76 m³, coberta e identificada para
acondicionamento de papelão. Outra área com capacidade de volume aproximadamente 38,9
m³, subdividida em 3, sendo estas para acondicionamento de vidro, plástico e metal com

47
capacidade para 12 m³ cada. E uma terceira área com capacidade de volume de 39m³ para
acondicionamento dos resíduos antes da segregação (foto 09).

FOTO 09 - ÁREA DE ACONDICIONAMENTO DOS RS DO SHOPPING

FONTE: AUTORES (2016)

 Gravimetria

FIGURA 07 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DO SHOPPING

FONTE: AUTORES (2016)

Nesse empreendimento a diversidade dos resíduos gerados é bem representada na


amostra tomada para realização da gravimetria pois foi permitido o acesso a todos os tipos de
resíduos gerados.
Os três resíduos mais representativos na amostra (figura 07) foram os orgânicos, o
papelão e o plástico que representam aproximadamente 54%, 16% e 10% da amostra total
respectivamente.

48
3.4.2.5.Comércio Atacadista

 Contextualizando o cenário
Na empresa representante do segmento atacadista, a visita foi acompanhada pela
funcionária responsável pelo setor de resíduos da empresa, que prestou os esclarecimentos
necessários.
O local possui um grande fluxo diário de pessoas, pois funciona todos os dias. Os
setores onde há maior produção de resíduos são: administração, refeitório, banheiros, triagem
de reparos, controle de avarias, depósito e reposição de mercadorias.
A limpeza geral do estabelecimento é realizada por uma empresa terceirizada, que
desenvolve tal atividade, sendo coletados e repostos os sacos de lixo nos tambores, assim como
a higienização do piso.
O empreendimento possui os recipientes de coleta seletiva (foto 10) em locais
específicos como: na praça de alimentação, administração e refeitório. Mas, de acordo com a
funcionária da empresa, nem todos os funcionários e clientes respeitam a coleta seletiva.
Contudo, os funcionários ao coletarem os resíduos, realizam a triagem dos materiais recicláveis
que estão em bom estado.

FOTO 10 - COLETORES SELETIVA DE RESÍDUOS DO COMÉRCIO ATACADISTA

FONTE: AUTORES (2016)

No empreendimento o rejeito é composto por orgânicos (restos de comida do


refeitório e da venda de hortifruti), varrição, banheiros, papelão e plástico sujos. Todos os
rejeitos são levados para local específico e são acondicionados em dois contêineres, cada um
com capacidade total de acumular 5m³ de rejeito. Segundo informações, são coletados pela
empresa Flamax (foto 11), com destinação final para o aterro controlado municipal. De terça-
feira a sábado a produção de rejeito geram dois contêineres diariamente. Na segunda-feira são

49
coletados três contêineres referentes a produção de rejeito do domingo e segunda, pois no
domingo não há coleta.

FOTO 11 - CONTÊINERES PARA ACONDICIONAMENTO DO REJEITO GERADO NO SEGMENTO ATACADISTA

FONTE: AUTORES (2016)

Os papelões e plásticos gerados na reposição de mercadoria são separados no


próprio carrinho de abastecimento de mercadoria (foto 12).

FOTO 12 - SEPARAÇÃO DE RR NO CARRINHO DE MERCADORIA DO COMÉRCIO ATACADISTA

FONTE: AUTORES (2016)

Os resíduos recicláveis como papelão (foto 13) e o plástico (foto 14) gerados que
estão limpos, são vendidos para a empresa contratada que compra materiais recicláveis da
região. A empresa contratada mantém um funcionário e uma prensa no empreendimento para
produção de fardos de papel e plástico prensado. A frequência de coleta acompanha a dinâmica
de geração dos fardos, onde quando são produzidos cerca de 60 fardos, a empresa contratada
envia um caminhão para coleta e transporte.

50
O local de acondicionamento do papelão a granel (antes de ser prensado) têm
capacidade de acumular 26m³ de papelão. No dia da visita foi possível observar 22 fardos de
papelão prensado, sendo que cada fardo tem em média um volume de 0,7m³.

FOTO 13 - ACONDICIONAMENTO DE PAPELÃO E FARDOS DE PAPELÃO APÓS PRENSA

FONTE: AUTORES (2016)

FOTO 14 - ACONDICIONAMENTO DE PLÁSTICO E FARDOS DE PLÁSTICO APÓS PRENSA

FONTE: AUTORES (2016)

O local de acondicionamento do plástico a granel (antes de ser prensado) têm


capacidade de acumular até 15m³ de plástico (tabela 06). No dia da visita foi possível observar
08 fardos de plástico prensado, sendo que cada fardo tem em média um volume de 0,9 m³,
ilustrados a seguir.

TABELA 06 - CARACTERÍSTICA DO LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUO DO COMÉRCIO ATACADISTA


Local Volume ocupado (m³) Frequência de coleta (dias/semana)

Papelão 5,2 *

Plástico 12 *

Outros (rejeito) 10 6
FONTE: AUTORES (2016)
*Informação não prestada

51
O empreendimento possui parceria com o Programa Mesa Brasil, ao qual doa
alimentos que estão em bom estado, mas que sofreram algum tipo de avaria e não estão
adequados para comercialização. De acordo com a funcionária, o volume doado para o
programa Mesa Brasil varia bastante, como exemplo disponibilizado tem-se: no mês de
abril/2016 foram doados aproximadamente 3.482 kg/mês, em maio/2016 foi computado
aproximadamente 1.591 kg//mês de doação, e em junho/2016 foram 2.472 kg/mês.
De acordo com a funcionária responsável, alguns resíduos não são gerados
periodicamente. Como por exemplo o ferro, que no mês de maio houve uma grande produção
devido a troca de alguns equipamentos fabricados em ferro (prateleiras, caixas). Outro exemplo
que ocorreu no mês de junho foi a venda de óleo.
Outro produto que não tem geração periódica, mas que também comercializam
quando não estão mais em bom estado de uso, são os pallets (foto 15), fabricados em madeira.
De acordo com a funcionária, são vendidos muitas vezes para os próprios clientes. Como
exemplo, no mês de abril foi gerado e vendido 20 kg de pallets.

FOTO 15 - ACONDICIONAMENTO DE PALLETS DO COMÉRCIO ATACADISTA

FONTE: AUTORES (2016)

Alguns fornecedores do empreendimento praticam a logística reversa quando os


produtos estão com algum tipo de avaria. Outros fornecedores preferem arcar com os gastos
devolvendo o dinheiro referente a mercadoria avariada do que receber a mercadoria novamente.
Nesses casos os produtos acabam sendo na maioria das vezes caracterizados como outros.
Ocorrem também outros casos em que o fornecedor recebe apenas a embalagem.

 Gravimetria
Como resultado da análise gravimétrica (figura 08), os resíduos orgânicos são os
mais gerados e representa aproximadamente 42% da amostra total. O papelão e os resíduos
classificados como outros representam 22,2% cada. Os plásticos que compunham a amostra
total representa aproximadamente 14%.

52
FIGURA 08 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DO SEGMENTO ATACADISTA

FONTE: AUTORES (2016)

3.4.2.6. Indústria de Refrigerante

 Contextualizando o cenário
Na visita, a funcionária afirmou que os materiais mais produzidos pelo
empreendimento são: papelão, plástico, tampas e garrafas pet. No quadro 01, estão descritos os
resíduos gerados, a frequência de coleta e o destino final dos resíduos sólidos gerados.

QUADRO 01 - DESCRIÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTE


Material Destino final Frequência

Polpa de caju: 8
Sítio de propriedade da
tambores de 200L por
Polpa de caju e cinzas empresa (adubo orgânico)
mês;
- reúso
cinzas: 4 por mês

Não sabe informar


Outros (rejeito) 3 dias por semana
destinação

Plástico(verde, filme, tampa),


papelão, vidro, engradado, Reciclagem Livre (vendido)
plastico(verde, filme, tampa)

EPI’S usados, estopas usadas, Quando tem demanda


Incineração
ambulatório (1 vez por mês)
FONTE: AUTORES (2016)

A polpa de caju é gerada a partir do procedimento da matéria prima empregada na


fabricação. De acordo com informações passadas no ato da visita, a polpa é acondicionada em
oito tambores de 200 L cada. São transportados pela própria empresa para um sítio de

53
propriedade da empresa onde é reutilizada como adubo orgânico, assim como as cinzas
originárias da queima de lenha para fabricação. A frequência de coleta e transporte desses
materiais é de aproximadamente quatro vezes por mês.
O material produzido classificado como outros é acondicionado em contêineres
(foto 16), onde uma empresa contratada realiza o serviço de coleta, transporte e destinação
final desse. A frequência de realização desses serviços é de três dias na semana.

FOTO 16 - ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS CONSIDERADOS REJEITOS DA FÁBRICA DE REFRIGERANTE

FONTE: AUTORES (2016)

Já os resíduos classificados como recicláveis são acondicionados (foto 17), e pode-


se observar que há uma geração diversificada. Esses são vendidos para empresas da região
compradoras de materiais recicláveis.

FOTO 17 - LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DOS RECICLÁVEIS DA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES

FONTE: AUTORES (2016)

54
Existe na empresa o sistema de coleta seletiva (foto 18), que de acordo com a
funcionária teve bons resultados e aceitação.

FOTO 18 - COLETORES DE MATERIAL RECICLÁVEL INSTALADO NO INTERIOR DA INDÚSTRIA DE


REFRIGERANTES

FONTE: AUTORES (2016)

Os resíduos classificados pelo empreendimento como perigosos são


acondicionados em um tambor de 200 L. A frequência de coleta desse material acompanha a
geração, que de acordo com a funcionária a geração não é periódica, mas quando gerados, são
encaminhados para incineração. Com uma frequência de coleta aproximada de uma vez por
mês, onde uma empresa particular responsável.
Nesse empreendimento, os produtos químicos comprados que chegam ao final da
data de validade são retornados para os fornecedores realizando logística reversa, embora seja
realizado controle de qualidade para não deixar o produto vencer. Mas a empresa visitada não
recolhe de seus clientes os produtos produzidos por ela caso sofram avarias ou vençam.

 Gravimetria

Observa-se que o resíduo mais gerado no empreendimento (figura 09) é o papel,


que representa 86,54% da massa tomada como amostra. Seguido dos resíduos orgânicos,
correspondendo a 4,81% da amostra. Outros resíduos e plástico, com 2,88% cada. Madeira,
poda de árvore e resíduos perigosos correspondem a 0,96% da amostra cada.

55
FIGURA 09 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES

FONTE: AUTORES (2016)

3.4.2.7.Indústria de Calçado

 Contextualizando o cenário
De acordo com o funcionário responsável, a coleta e transporte até o local de
acondicionamento interno da empresa é realizado por uma equipe específica.
Os materiais classificados como perigosos gerados são as estopas sujas de óleo e
cola, acondicionados em local específico. A geração desse tipo de resíduo varia de 800 kg à 2
t, de acordo com a produção de calçados. A coleta, transporte e destinação final (incineração) é
realizada por empresa contratada responsável, normalmente com duas coletas por mês. O local
de acondicionamento desse resíduo (foto 19), tem placa de identificação e possui capacidade
para acumular 36 m³ de resíduo.

FOTO 19 - LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS PERIGOSOS DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS

FONTE: AUTORES (2016)

56
O acondicionamento do resíduo classificado como comum (foto 20) é realizado em
local específico. No dia da visita observou-se um volume acondicionado de 4,6 m³. O transporte
desse até o aterro controlado é realizado pela própria empresa e não tem frequência definida,
onde pode chegar até 1 t/mês.

FOTO 20 - LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DO LIXO COMUM DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS

FONTE: AUTORES (2016)

Os recicláveis são destinados a Ecoelce, onde são trocados por desconto na conta
de energia. O volume de geração é muito variável, pois depende diretamente da demanda de
produção de calçados.
As latas de produtos químicos como: cola de sapateiro, tintas e solvente são
retornadas para as empresas fornecedoras, praticando a logística reversa desses materiais. Esses
são acondicionadas em local específico (foto 21) e não têm frequência definida para serem
enviadas à empresa que as recebe.

FOTO 21 – ACONDICIONAMENTO DE EMBALAGENS DE PRODUTOS QUÍMICOS DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS

FONTE: AUTORES (2016)

As características dos locais de acondicionamento de resíduos observados estão


descritos na tabela 10. Pode-se observar que no dia da visita havia volume de resíduo

57
acumulado, sendo 4,6 m³ de outros e 3,6 m³ de resíduos perigosos acumulado em seus locais
específicos.

TABELA 07 - CARACTERÍSTICA DO LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS


Volume Volume Volume de Frequência de coleta
Local
(m³) ocupado (%) resíduo (m³) (dia/mês)

Outros 23 20% 4,6 *

Perigosos 36 10% 3,6 2


FONTE: AUTORES (2016)
*Informações não prestadas

 Gravimetria

FIGURA 10 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA INDÚSTRIA DE CALÇADOS

FONTE: AUTORES (2016)

Nesse empreendimento a gravimetria (figura 10) foi composta pelos resíduos


classificados como comum. Porém, observou-se a presença de resíduos perigosos que
representaram 10% do volume total tomado como amostra. O resíduo mais gerado no
empreendimento é a borracha que representa 48% da amostra total. Seguido do plástico,
resíduos perigosos, papelão e têxtil, plástico duro, plástico leve e papel.

3.4.2.8.Indústria de E.V.A

 Contextualizando o cenário

58
A indústria produz folhas de EVA, sua matéria prima (foto 22) é a sobra de folhas
de recorte de calçados de outras empresas.

FOTO 22 - SOBRA DE FOLHAS DE RECORTE DE CALÇADOS DE E.V.A

FONTE: AUTORES (2016)

O empreendimento não possui PGRS, conforme as informações do funcionário


responsável. A atividade exercida pela empresa gera uma pequena quantidade de resíduos, pois
todo o material (E.V.A), é reinserido no processo produtivo da mesma, conforme as
informações.
Na visita foi observado todo o processo de produção onde é utilizado lenha, coco
seco, assim como também o bagaço do mesmo, como fonte de calor para aquecer o
forno, energia elétrica para outras máquinas.
Os resíduos gerados são placas de E.V.A que apresentam defeito no processo
produtivo e matéria prima contaminada. Ainda não se tem destino para esses, tendo em vista
que não há interesse por este material no mercado. Os sacos plásticos de corantes, embalagens
plásticas e plástico filme que apresentam em maior volume, são vendidos para reciclagem, onde
o funcionário informou que não existe uma periodicidade da venda dos recicláveis, pois
esperam a disponibilidade do comprador. A mesma não tem local adequado para
acondicionamento dos resíduos gerados, sendo expostos no terreno da empresa ao ar livre.
As cinzas geradas do forno são depositadas no próprio terreno que fica dentro da
empresa.
O local onde a empresa se localiza não há coleta pública. Então realiza-se a queima
na área aberta do empreendimento dos resíduos de escritório, banheiro e varrição.
Houve dificuldade no levantamento gravimétrico, devido a disposição dos materiais
estar em contato com areia (foto 23).

59
FOTO 23 – RESÍDUOS DISPOSTOS NA AREIA NA FÁBRICA DE E.V.A.

FONTE: AUTORES (2016)

 Gravimetria

FIGURA 11 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA INDÚSTRIA DE E.V.A.

FONTE: AUTORES (2016)

O resultado (figura 11) obtido é que o plástico é o resíduo mais gerado, seguido do
E.V.A e papelão, representando respectivamente 63%, 26% e 10% da massa total tomada como
amostra.

3.4.2.9.Indústria do Ramo Alimentício

 Contextualizando o cenário
O diagnóstico gravimétrico realizado na fábrica de água de Coco foi acompanhado
pelo proprietário e pela técnica responsável pelo setor. O empreendimento possui PGRS, os
resíduos mais gerados são papelão e bagaço do coco. O último é proveniente de um processo

60
de trituração após a retirada da água para revenda. É obtido uma média de 4 t de bagaço de coco
por dia, sendo destinada para o sítio no município vizinho para ser acrescentada nas plantações
de banana como adubo orgânico. É ainda vendido para outras empresas para aquecimento de
fornos em geral. Em certos períodos do ano, a geração deste resíduo é considerado elevado
devido às festividades da região, citando como exemplo a Exposição Agropecuária do Crato
(Expocrato).

FOTO 24 - BAGAÇO DE COCO DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

FONTE: AUTORES (2016)

A área de acondicionamento (foto 24) é de aproximadamente 412,5 m². Nesta,


trabalham três funcionários exclusivos para este procedimento, ou seja, são responsáveis por
dispor o bagaço do coco após passá-lo no triturador sobre o solo para posterior secagem natural
(foto 25). Em seguida este resíduo é transportado por caminhões até o seu destino final, os
mesmos são carregados manualmente com auxílio de carrinho de mão, pá e vassoura. Durante
todo o procedimento, identificou-se que os trabalhadores fazem uso apenas de botas e luvas
como EPI’s.

FOTO 25 - MANUSEIO DO BAGAÇO DE COCO PARA SECAGEM

FONTE: AUTORES (2016)

61
O local que a empresa está localizada não possui coleta pública de lixo, sendo este
disposto em ruas mais próximas, onde já possui esse serviço.
A empresa possui refeitório, contudo a geração de resíduos orgânicos é mínima,
segundo informações. Não possuem projeto de separação de resíduos, e nem parceria com
associações de catadores para destinação dos resíduos recicláveis. No local observou-se a
presença de alguns tambores de plástico, e o proprietário informou que são utilizados para
abastecer seus caminhões com diesel (foto 26).

FOTO 26 - TAMBORES PARA ABASTECIMENTO DOS CAMINHÕES DA EMPRESA ALIMENTÍCIA

FONTE: AUTORES (2016)

Identificou-se ainda caixas grandes de isopor (foto 27) que são utilizadas para
transportar as garrafas e copinhos de água de coco. As caixas de isopor que são danificadas
seguem para disposição junto ao lixo comum.

FOTO 27 - CAIXAS DE ISOPOR PARA TRANSPORTE DE GARRAFAS E COPINHOS DE ÁGUA DE COCO

FONTE: AUTORES (2016)

62
É importante destacar que durante a trituração dos resíduos do coco, é originado um
efluente líquido de cor escura (foto 28) e este não possui nenhum tipo de tratamento. O seu
acúmulo sobre o solo, gera um cheiro desagradável.

FOTO 28 - EFLUENTE LÍQUIDO DE COR ESCURA DA FÁBRICA DE ÁGUA DE COCO

FONTE: AUTORES (2016)

Diariamente é gerada uma massa de resíduos (bagaço de coco) na ordem de 3 a 4 t.


Para obtenção do volume diário, utilizou-se a relação de proporção, considerando que para 32
kg destes resíduos temos 0,1m³ de volume ocupado. Através desta relação, concluímos que,
uma massa de resíduos de 4000 kg ocupa um volume de 12,5m³.
A análise gravimétrica foi realizada apenas para os resíduos contidos no escritório,
no qual foi possível identificar resíduos do refeitório (cascas de frutas, ossos), banheiro e
varrição.

 Gravimetria

FIGURA 12 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

FONTE: AUTORES (2016)

63
O resultado da gravimetria (figura 12) indica que 97,9% da amostra representativa
da massa é de RO, com 96,1% sendo apenas de bagaço de coco, conforme destacado no gráfico.

3.4.2.10. Feira/Mercado Público

 Contextualizando o cenário
O Mercado Público é o maior fornecedor de hortifrutigranjeiro da região do Cariri.
A visita foi seguida pelo coordenador de limpeza. Paralelo ao mercado há uma feira livre, onde
é possível encontrar barracas de confecção, calçado, ferragem, entre outros. O mercado é
atualmente administrado pela prefeitura do município.
Conforme informações obtidas, não há um controle de quanto é gerado de resíduo.
Os funcionários que são responsáveis pela limpeza tiveram treinamento para separação dos
resíduos, contudo, isso não acontece. Os permissionários e os feirantes não tiveram treinamento
de como acondicionar, descartar seus resíduos e de educação ambiental.
No local estão disponíveis dois contêineres com capacidade de 5 m³ cada um,
pertencentes a uma empresa privada. Todos os resíduos gerados no mercado são destinados
para este local, por esta razão há a necessidade de que os contêineres sejam descarregados todos
os dias, visando que no final de semana este volume é ainda maior. Ao lado dos contêineres foi
encontrado material da construção civil (foto 29), que segundo informações são oriundos de
reformas realizadas no próprio mercado.

FOTO 29 - CONTÊINERES DE COLETA COM RCC AO LADO NO MERCADO PÚBLICO

FONTE: AUTORES (2016)

Dentro dos contêineres foi identificado vários tipos de resíduos (foto 30). Os
materiais encontrados são: Papel, plástico e orgânico (sobras de frigoríficos, legumes, flores,
frutas e verduras), papel higiênico, papelão, latinhas, garrafas plásticas, entre outros.

64
FOTO 30 - IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS NOS CONTÊINERES DE COLETA DO MERCADO MUNICIPAL

FONTE: AUTORES (2016)

A gravimetria foi realizada ao lado dos contêineres para facilitar o trabalho no


momento da segregação dos resíduos. Houve dificuldades para obter informações, pois
o funcionário responsável pelo gerenciamento dos resíduos não sabia responder a todos os itens
questionados.
As amostras retiradas dos contêineres foram segregadas de acordo com as
características de cada resíduos (foto 31) e acondicionados em sacos plásticos, na qual obteve-
se a massa e volume das amostras parciais.

FOTO 31 - SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DAS AMOSTRAS DO MERCADO MUNICIPAL

FONTE: AUTORES (2016)

65
Apesar da considerável quantidade de matéria orgânica identificada durante a
gravimetria, feirantes e alguns criadores de animais informam que parte dos resíduos orgânicos
(palha de milho, casca de feijão e algumas frutas) estão sendo atualmente muito disputados,
sendo vendidos pelo valor de R$ 5,00 o balde com capacidade de 15 kg (foto 32). Este novo
cenário comercial iniciou-se com a necessidade de alimentar criações de animais devido a
escassez hídrica na região.

FOTO 32 - BALDES UTILIZADOS PARA A COMERCIALIZAÇÃO DOS RO’S

FONTE: AUTORES (2016)

 Gravimetria

FIGURA 13 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DO MERCADO MUNICIPAL

FONTE: AUTORES (2016)

66
No gráfico (figura 13), nota-se que a quantidade de RO’s é significativa,
representando 77% de toda a amostra.

3.4.2.11. Indústria de acessórios em couro

 Contextualizando o cenário
A visita à empresa foi acompanhada pela funcionária do setor administrativo, onde
nos informou que o empreendimento possui o PGRS e segue a legislação da SEMACE.
Quanto aos resíduos gerados, há contratos com empresas privadas para o
recolhimento e destinação dos resíduos perigosos. Dentre eles estão as sobras de couros
contaminadas por produtos químicos, cola, tinta e verniz. Os tambores de cola são fabricados
em material metálico, sendo doados para uma empresa especializada, os materiais recicláveis
como o papelão e plástico são vendidos para uma indústria de reciclagem e os resíduos de
escritório, banheiro e varrição são recolhidos pela a empresa responsável pela coleta pública,
três vezes por semana.
Com relação aos dados referentes às quantidades dos resíduos gerados pela
empresa, no que diz respeito ao peso e volume, a mesma não soube informar. Apenas relatou
que a empresa pratica política dos 5R’s (reduzir, repensar, reaproveitar, reciclar e recusar) com
os funcionários.
As informações referentes ao acondicionamento foram limitadas por não levarem a
equipe para o local de acondicionamento. Devido a isso a gravimetria foi realizada dentro da
fábrica no setor de produção em uma área muito limitada. (foto 33)

FOTO 33 - GRAVIMETRIA REALIZADA NA ÁREA INTERNA DA INDÚSTRIA DE ACESSÓRIOS DE COURO

FONTE: AUTORES (2016)

67
A empresa não trabalha com logística reversa e a produção de orgânicos é muito
pequena, sendo produzida pelos próprios funcionários quando levam algum tipo de alimento
para refeição. Esse resíduo é descartado no aterro controlado do município.
É válido salientar que para estimar a massa do couro em relação à massa total da
amostra, utilizou-se a relação massa por volume para a determinação da densidade do couro.

 Gravimetria

FIGURA 14 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA INDÚSTRIA DE ACESSÓRIOS DE COURO

FONTE: AUTORES (2016)

Nos resultados obtidos a partir da gravimetria (figura 14), a borracha é notoriamente


o resíduo de maior geração.

3.4.2.12. Indústria de Velas

 Contextualizando o cenário
A matéria-prima para esse tipo de empreendimento é a parafina e o torçal
(pavio). A geração do excedente da parafina é coletado e reintroduzido no processo produtivo.
Desta maneira observa-se que não há perda da matéria prima. De forma curiosa, o
empreendedor informou que compra parafina de catadores que coletam esse material do aterro
controlado e de castiçais de igrejas e cemitérios. Os resíduos gerados pelo empreendimento em
questão são: papelão, plástico, orgânico e rejeito.
Nesse empreendimento o acondicionamento do papelão e plástico ocorre de forma
improvisada próximo ao setor de produção, em um espaço reduzido que têm capacidade
máxima de 4m² (foto 34).

68
FOTO 34 - LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOSDA INDÚSTRIA DE VELAS

FONTE: AUTORES (2016)

Esses recicláveis são vendidos para indústria de reciclagem, que devido a geração,
apresenta uma frequência de coleta diferenciada, sendo para os plásticos realizada a cada 20
dias e para o papelão 1 vez por semana.
Outro material de grande geração na empresa são as bobinas (foto 35). A empresa
guarda o material e ao obter um volume considerável é encaminhado para a própria empresa
fornecedora, realizando assim a logística reversa.

FOTO 35 - LINHA PARA CONFECÇÃO DO PAVIO DE VELAS

FONTE: AUTORES (2016)


O resíduo orgânico gerado é proveniente das refeições dos funcionários e são
coletados por um criador de animais da região. No dia da visita não foi possível realizar a
gravimetria desse resíduo, pois já haviam sido coletados.

69
O rejeito é proveniente da varrição, materiais descartáveis e resíduos de banheiros.
São todos acondicionados em lixeiras até que sejam coletados pelo serviço público de coleta
dos resíduos domiciliares.

 Gravimetria

Na tabela 08 são apresentados os qualitativos e quantitativos dos resíduos gerados


no empreendimento.

TABELA 08 - QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA FÁBRICA DE VELAS


Tipos de Massa Volume Massa Massa Volume Volume
Resíduos (Kg) (m³) (kg/d) (%) (m³/d) (%)
Recicláveis 5,50 0,14 863,27 96,49% 3,29 81,11%
Plástico 2,80 0,07 315,19 49% 1,65 40,56%
Papelão 2,70 0,07 548,08 47% 1,65 40,56%
Outros 0,20 0,03 2,73 4% 0,012 18,89%
TOTAL 5,7 0,17 866 100% 3,30 100,00%
FONTE: AUTORES (2016)

Após a realização da gravimetria referentes a participação em porcentagem dos


resíduos (figura 15) que compuseram a amostra, notou-se que geração do papelão e do plástico
são de 47% e 49% da amostra total respectivamente. E os resíduos classificados como outros
representam 4% da amostra total.

FIGURA 15 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA FÁBRICA DE VELAS

FONTE: AUTORES (2016)


3.4.2.13. Loja de móveis e eletrodomésticos

 Contextualizando o cenário

70
Localizada no centro da cidade, o empreendimento não realiza segregação dos
resíduos e nem dispõe de local apropriado de acondicionamento. Os resíduos gerados ao longo
do dia são depositados em lixeiras comuns. No final do expediente os resíduos que foram
depositados nas lixeiras, são recolhidos e colocados na calçada do próprio estabelecimento, para
que o mesmo possa ser coletado pelo serviço de coleta pública. Os resíduos doram identificados
como: papelão, plástico, papel, material eletrônico, rejeito, têxtil, compensado, isopor (foto 36).

FOTO 36 - RESÍDUOS IDENTIFICADOS NA VISITA À LOJA DE MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS

FONTE: AUTORES (2016)

É válido ressaltar que utilizou-se a relação massa por volume para a determinação
da densidade do eletrônico, a partir deste valor estimou-se a massa do eletrônico em relação à
massa total da amostra.

 Gravimetria

FIGURA 16 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA LOJA DE MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS

FONTE: AUTORES (2016)

Os resíduos que mais se destacaram, em questão de quantidade na


gravimetria (figura 16) foram: o eletrônico e o papelão, que compõem 32% e 19% da amostra
total.

71
3.4.2.14. Ramo Farmacêutico

 Contextualizando o cenário
A visita foi acompanhada pela sub gerente do empreendimento em questão. A
mesma não soube informar se o empreendimento possui PGRS e afirmou que não existe projeto
de conscientização ou trabalho de separação dos resíduos para com os funcionários e clientes.
Os resíduos gerados provenientes de varrição, banheiro e escritório são destinados
diariamente para coleta pública. No local não existe local específico para o acondicionamento
destes resíduos. Segundo informações dadas em entrevista, não há a geração de resíduos
perigosos, pois o empreendimento não fornece serviços ambulatoriais. E nada foi declarado em
relação a remédios vencidos.
A gravimetria foi realizada na calçada em frente à farmácia (foto 37), por falta de
espaço na mesma. Tendo como um fator negativo, a pouca iluminação, sendo que esta análise
só pôde ser realizada no fim do expediente.

FOTO 37 - RESÍDUOS COM MAIOR QUANTIDADE PRODUZIDA NO RAMO FARMACÊUTICO

FONTE: AUTORES (2016)

 Gravimetria
O resultado gravimétrico (figura 17) aponta que tanto o papel como os resíduos
classificados como outros representam 23% da amostra total cada. E que o plástico, o papelão
e os resíduos orgânicos que compunham a amostra representam 18% cada.

72
FIGURA 17 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG /D) DE RS NO RAMO FARMACÊUTICO

FONTE: AUTORES (2016)

3.4.2.15. Indústria de Alumínio

 Contextualizando o cenário
A indústria de alumínio visitada, fabrica panelas em geral e churrasqueiras. A visita
foi acompanhada por um funcionário da administração e um do setor de produção.
A empresa realiza a logística reversa no setor de produção. As peças defeituosas
(chamada por eles de “refugo”) e o refil (sobras do processo industrial) são destinados a
fornecedora da matéria prima, localizada no estado de São Paulo. Esta realiza a reciclagem do
material – produzindo discos de alumínio - e retorna à empresa (foto 37).

FOTO 38 - SOBRAS DO PROCESSO INDUSTRIAL, REFUGO E DISCOS DE ALUMÍNIO

FONTE: AUTORES (2016)

Os resíduos são acondicionados em uma área 14,21 m² onde são armazenados


papelão, plástico (foto 39) que são vendidos para uma empresa de coleta seletiva da região. Os
resíduos do escritório, varrição e banheiro, a própria indústria transporta para o aterro
controlado do município a cada três dias.

73
FOTO 39 - ACONDICIONAMENTO DOS RR DA FÁBRICA DE ALUMÍNIO

FONTE: AUTORES (2016)

Os pallets são usados para estocar as panelas produzidas (foto 40). Os que
encontram-se danificados são doados para uma padaria para serem usados no aquecimento dos
fornos.

FOTO 40 - PALLETS DA FÁBRICA DE ALUMÍNIO

FONTE: AUTORES (2016)

Os resíduos perigosos (foto 41) produzidos na estação de tratamento, juntamente


com os resíduos da produção (como estopas), são encaminhados mensalmente para uma
empresa que realiza a incineração dos mesmos.

FOTO 41 - RP DA FÁBRICA DE ALUMÍNIO

FONTE: AUTORES (2016)

74
A gravimetria foi realizada dentro da indústria ao lado do acondicionamento dos
resíduos. Foi encontrado estopa, pó de varrição, saco de nylon, muitos papéis de rótulos,
embalagens de biscoitos, EPI’S, copo descartável, embalagem de tintas para carimbo, garrafa
de cachaça de plástico e algodão (foto 42), e são levados para o aterro controlado.

FOTO 42 - RESÍDUOS GERADOS NA FÁBRICA DE ALUMÍNIO

FONTE: AUTORES (2016)

 Gravimetria

FIGURA 18 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA FÁBRICA DE ALUMÍNIO

FONTE: AUTORES (2016)

No resultado da gravimetria (figura 18) realizada, o plástico filme e a fita de nylon


foram os resíduos de menor geração, obtendo-se um percentual de 7%. Já o mais gerado, os
resíduos classificados como outros, representam 60% da amostra total.

3.4.2.16. Indústria de semifolheados

 Contextualizando o cenário

75
A visita foi acompanhada pelo técnico responsável pelo gerenciamento dos resíduos
sólidos, que mostrou todo o processo produtivo, informando o tipo de resíduo gerado em cada
etapa ou setor da empresa e a forma de gerenciamento dos mesmos.
Identificou-se durante a visita que este empreendimento possui estação de
tratamento do efluente líquido proveniente do processo produtivo. O empreendimento em
questão possui PGRS, bem como um técnico local responsável pelo acompanhamento e
atualização deste. O setor administrativo é o que mais gera papel dentro da empresa.
Há contrato com uma empresa responsável pelo recolhimento e incineração de
materiais contaminados como: EPI’s, estopas, têxtil e outros materiais. Os outros resíduos
produzidos são coletados diariamente pelo serviço de coleta pública do município.

 Gravimetria

FIGURA 19 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA INDÚSTRIA DE SEMIFOLHEADOS

FONTE: AUTORES (2016)

O percentual da participação da massa dos resíduos gerados pela empreendimento


(figura 19) mostrou como resultado do estudo gravimétrico que os resíduos perigosos
representam um valor de aproximadamente 81% da amostra total.

3.4.3. Resultado geral dos empreendimentos visitados


A tabela abaixo apresenta a gravimetria total referente a geração de resíduos nas
atividades econômicas, investigadas durante o levantamento de dados. E o código de acordo
com a ³LBRS e com a ¹ABNT NBR 10.004:2004.

76
TABELA 09 - GRAVIMETRIA GERAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DE JUAZEIRO DO NORTE/CE
Massa Massa Volume Volume Código
Resíduos Código LBRS
(Kg/dia) (%) (m³/dia) (%) NBR

Recicláveis 4.981,66 22,76% 21,26 41,49%

Papel, Papelão 2.996,11 13,69% 9,00 17,56% 03 03 08; 15 01 01; A006

Plásticos 1.828,65 8,35% 9,55 18,63% 02 01 04; 15 01 02; A007


17 02 03; 17 02 04

Construção
0,00 0,00% 0,00 0,00%
Civil

Vidros 22,23 0,10% 0,36 0,69% 15 01 07; 17 02 02 A099

15 01 06; 17 04 01;
17 04 02; 17 04 03;
17 04 04; 17 04 05;
17 04 06; 17 04 07; A004
Metais 134,67 0,62% 2,36 4,61%
17 04 09; 17 04 10; A005
17 04 11; 17 04 10;
17 04 12; 17 04 13

Outros 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Orgânicos 15.121,62 69,09% 21,93 42,80%

A009
Podas de
8,94 0,04% 0,20 0,38% 20 02 01 A099
árvores

Restaurante,
11.112,68 50,77% 9,24 18,02% 02 02 02; 20 03 02 A001
supermercado

Outros 4.000,00 18,27% 12,50 24,39%

Resíduos
32,04 0,15% 0,54 1,05%
Perigosos

Outros 1.752,85 8,01% 7,52 14,66%

TOTAL 21.888,18 100,00% 51,25 100,00%


FONTE: AUTORES (2016)

77
3.5.REFERÊNCIAS

1. ABNT-NBR 10.004:2004 Classificação de Resíduos Sólidos – Associação Brasileira


de Normas Técnicas; Fórum Nacional de Normatização. 2004
2. ABRASCE. Definições e Convenções. São Paulo, 2016.
3. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística.
Instrução Normativa n° 13, de 18 de dezembro de 2012 . Lista Brasileira de
Resíduos Sólidos. Brasília, 2012. Legislação Federal e marginália.
4. BRASIL, República Federativa do. Lei Nº 12.305, de 12 de Agosto de 2010. Institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de
1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 12 Agost. 2010. Legislação Federal e
marginália.
5. SILVA, M. C.; SANTOS, G. O. Densidade Aparente de Resíduos Sólidos Recém
Coletados. V CONNEPI, Maceió - AL, 2010.

78
COLETA E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS DE JUAZEIRO DO NORTE/CE

79
4. COLETA E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE JUAZEIRO DO
NORTE/CE
4.1. INTRODUÇÃO
A coleta e transporte de resíduos é o principal foco da gestão dos resíduos sólidos.
Através da mesma é possível analisar a parte dinâmica desse processo constituindo um mapa
de movimentação dos resíduos desde sua geração até a destinação. Seja ela para fins de
reutilização, reciclagem, tratamento; ou para a disposição final, em pontos de acúmulo de
resíduos distribuídos na cidade, lixões, aterro controlado ou aterro sanitário.
Segundo dados do 10IBGE (2010, apud IPEA, 2012), a cobertura de coleta pública
regular no Nordeste do país chegou a atingir uma média de 95,8% em Zona Urbana (ZU),
enquanto a Zona Rural (ZR) é compreendida em apenas 19,8%. Contudo, ocorreu um
crescimento significativo comparado a 2001 que alcançava apenas 88,4% em ZU e 8,7% em
ZR.
Existem diferenças entre as taxas de cobertura nas várias regiões do país, sendo o
Norte e Nordeste aqueles que apresentam uma menor taxa em geral ( 10IBGE, 2010 apud IPEA,
2012). Porém, o município de Juazeiro do Norte/CE mostra-se com destaque diante desses
dados, segundo o Gerente Operacional da PROEX - empresa responsável pela coleta pública
da região. Pois este afirma que a cobertura já atinge 99% da ZU e 80% da ZR.
A distribuição demográfica do município de Juazeiro do Norte-CE contribui para
esses resultados, visto que, segundo dados do 9IBGE (2010), 96% da população se encontra
em ZU.
Através dos dados obtidos pelo 9IBGE (2010) e o 10IPEA(2012), é possível entender
uma prévia da situação contemporânea da coleta pública no Nordeste do Brasil e da distribuição
demográfica no Juazeiro do Norte/CE. Por outro lado, não é possível aferir o nível de qualidade
da gestão dos resíduos sólidos existentes no município em relação à coleta e o transporte dos
mesmos.
Diante desse cenário, para se obter um planejamento adequado que permita avaliar
o SCTR existente no Juazeiro do Norte, é necessário esquematizar as rotas de coleta; quais
empresas estão encarregadas pelo transporte; e os tipos de resíduos que podem ser identificados
durante esta etapa do gereciamento até o seu destino final.

80
4.2. OBJETIVOS
4.2.1. Objetivo Geral
Realizar um estudo sobre o sistema de coleta e transporte de resíduos, obtendo
dados para avaliá-los qualitativa e quantitativamente; como os locais de concentração destes
resíduos e a destinação adotada no município de Juazeiro do Norte/CE, com a correta
identificação de pontos onde haja potencial de melhorias.

4.2.2. Objetivos Específicos


 Caracterizar as empresas de coleta pública do município;
 Caracterizar as maiores empresas de coleta privada;
 Identificar as atividades autônomas que atuam na coleta e transporte de resíduos sólidos
 Caracterizar as associações existentes no sistema de coleta e transporte de resíduos
sólidos;
 Analisar os PGRS’s das empresas de coleta privada;
 Classificar, qualitativa e quantitativamente, os resíduos do atual sistema de coleta e
transporte;
 Constatar quais os principais locais de coleta dos resíduos sólidos;
 Interpretar e definir as rotas adotadas pelo sistema de coleta e transporte de resíduos
sólido;
 Interpretar os dados coletados em todo o sistema de coleta e transporte.

4.3. METODOLOGIA
4.3.1. Dados Gerais e Caracterização
A metodologia utilizada na coleta dos dados iniciais consistiu na análise de
documentos e direcionamentos fornecidos pela prefeitura, assim como entrevistas com o
Diretor de Monitoramento Ambiental da AMAJU, André Wirtzbiki; o Gerente Operacional da
empresa PROEX, Cícero Silva e o Superintendente da AMAJU, Eraldo Oliveira.
A coleta de dados e a interpretação das informações, obtidas através da análise
documental e da pesquisa de campo foi realizada durante do mês de julho de 2016.

81
4.3.2. Coleta de dados
A realização do estudo de caso iniciou-se pela coleta de dados e posteriormente
uma pesquisa in loco. Recorreu-se à ferramentas como aplicação de questionário
semiestruturado e análise dos PGRS’s das empresas coletoras selecionadas.

Através das visitas às empresas de coleta e transporte, obteve-se informações sobre


o tipo de resíduo coletado, assim como a origem de sua geração e posterior destinação. A
metodologia de atuação tomou como base o conteúdo programático apresentado no período de
formação dos agentes participantes da coleta de dados.
As empresas visitadas foram:
 Azul Entulhos – Coleta de Resíduos Ltda – ME;
 Start Limp Serviços Ltda – EPP;
 NRG Construções Ltda – EPP;
 Ecolimp que atualmente está incorporada à Multiresíduos – Gerenciamento de Resíduos
Industriais Ltda- EPP;
 CTI Ambiental – Coleta, Transporte e Incineração Ltda – ME;
 Flamax Ambiental Serviços e Transporte Ltda;
 Arplast Recicláveis Plásticos e Papéis Ltda – ME;
 Cícero Anderson Sousa Costa – ME (Ferroplast),
 PROEX - Projeto e Execução de Limpeza Urbana, Conservação e Urbanização LTDA
- ME,
 Associação do Engenho do Lixo do Juazeiro do Norte - Ceará;
 ONG Juazeiro Ambiental.
Constatou-se inicialmente que a NRG Construções atuava apenas no município do
Crato/CE, porém perto de finalizar a análise dos dados gerais averiguou-se sua atividade no
município de interesse. Por questão de prazo para entrega dos resultados, não foi possível
inteirar-se dos dados de coleta e transporte dessa empresa.
Outra informação importante é que caminhões de lixo com a logomarca da Flamax
foram vistos no aterro controlado da cidade, levando resíduos de grandes geradores. Contudo,
não houve inserção dessa empresa nos resultados, tendo em vista que a empresa apenas realiza
incineração de resíduos perigosos. A realização de coleta e transporte é realizada pela CTI
Ambiental e levada diretamente para incineração na Flamax ou para o aterro controlado,
segundo informações passadas por funcionário da CTI.

82
Além disto, também efetuou-se uma busca ativa por Carroceiros nas ruas próximas
a pontos de disposição de resíduos, com a finalidade de evidenciar um dos principais
mecanismos existente no SCTR no Juazeiro do Norte -CE.

4.3.3. Gravimetria
Após a coleta dos dados e a análise das informações obtidas, realizou-se a
gravimetria no aterro controlado de Juazeiro do Norte referente aos dias 18 e 19 de julho de
2016. De acordo com a PROEX - empresa de coleta pública - o ciclo de coleta de resíduos é
efetuado em dois dias na ZGL do município. Assim sendo, decidiu-se realizar esse trabalho em
uma segunda e terça-feira, onde, teoricamente, haveria uma maior quantidade de resíduos -
considerando que a coleta não é realizada aos domingos.
Nesta gravimetria, foram obtidos dados da rota, frequência de coleta, bem como os
tipos de resíduos encaminhados para o aterro controlado provenientes de bairros de Juazeiro do
Norte/CE,Supermercado Atacadão, Mercadinho São Luiz, Artquadros, Cariri Garden Shopping
e Pinheiros - Transporte Pesado. Sendo essas informações referentes tanto a pública, como a
privada.
Para a realização da gravimetria e a obtenção correta dos dados dos resíduos sólidos,
utilizou-se como base a Política Nacional de Resíduos Sólidos (4Lei n°12.305/10), a ²LBRS do
IBAMA e a ¹NBR 10.004:2004 relativo a Classificação de Resíduos Sólidos.
A fim de otimizar a análise gravimétrica dos resíduos no aterro controlado de
Juazeiro do Norte, foi solicitado ao responsável pelo local que os resíduos fossem despejados
em local previamente estabelecido. Ainda, pela falta de iluminação adequada no local, foi
solicitado que no período noturno todos os caminhões despejassem os resíduos em local
específico, com o propósito de acondicioná-los, para que no dia seguinte a primeira equipe no
turno da manhã efetuasse a gravimetria. Tal fato se fez preciso nas noites do dia 18 e 19 de
Julho, pois nos dois dias seriam coletados e dispostos no aterro, doze carradas de resíduos no
período noturno provenientes de diferentes bairros do município.
Abaixo (figura 20), imagem com o local onde ocorria diariamente a disposição de
resíduos pelos caminhões; o local onde foram despejados no período de gravimetria e o local
de acondicionamento noturno dos resíduos, para análise na manhã seguinte.

83
FIGURA 20 - ATERRO CONTROLADO DE JUAZEIRO DO NORTE/CE

FONTE: GOOGLE EARTH (2016)

Foi necessário também a cooperação dos catadores para não ocorrer uma alteração
dos resíduos encaminhados ao lixão. Situação não benéfica para a realização deste trabalho,
pois prejudicaria a retirada de uma amostra representativa dos resíduos analisados e acometeria
o resultado dos dados aferidos, principalmente em relação aos recicláveis.
Posterior ao lançamento dos resíduos pelos caminhões, a gravimetria era
imediatamente realizada, como nos passos a seguir. Concomitantemente, informações eram
coletados com o motorista, como a rota e a capacidade de carga do veículo.
 Após a pilha principal de resíduos ser despejada (foto 43 – passo 1), fazia-se a mistura
dos resíduos retirados de múltiplos pontos ao redor da mesma;
 A amostra era homogeneizada e dividida em duas pilhas (foto 43 – passo 2);
 Cada uma dessas pilhas era homogeneizada novamente e separada, até resultar uma
amostra representativa da pilha original e suficiente para análise;
 Essa amostra representativa era acondicionada em recipiente de 100 L (foto 43 – passo
3), e pesado com uma balança de kg ou balança de dedo, possibilitando o conhecimento
do volume e peso total;
 Posteriormente, os resíduos eram colocados em uma lona (foto 43 – passo 4), separados
e acondicionados em uma sacola plástica de 100 L, de acordo com o tipo de resíduo
(foto 43 – passo 5);
 Devidamente separados, cada sacola foi pesada (foto 43 – passo 6), e dimensionada
(para cálculo do volume) e todos os dados tabulados (foto 43 – passo 7).

84
FOTO 43 - PASSO-A-PASSO DA GRAVIMETRIA DO ATERRO CONTROLADO DE JUAZEIRO DO NORTE/CE

FONTE: AUTORES (2016)

Realizou-se também gravimetrias dos resíduos em uma das empresas que coleta de
grandes geradores – Multiresíduos (foto 44), pois os dados quantitativos obtidos não foram
suficientes para a correlação dos dados no município do Juazeiro do Norte. Apesar da
cooperação dos catadores durante o processo no aterro controlado, na chegada desses
caminhões, ainda havia alguns impasses, devido a necessidade de selecionar o mais rápido
possível os materiais orgânicos e recicláveis.

FOTO 44 - ANÁLISE GRAVIMÉTRICA NA MULTIRESÍDUOS.

FONTE: AUTORES (2016)

85
Em relação aos carroceiros, havia sido informado sobre a Associação de
Carroceiros de Juazeiro do Norte, contudo essa já não se encontra em funcionamento e não
existe registros sobre os mesmos na SEMASP. Realizou-se então uma pesquisa de campo para
obter uma média de dados a partir das informações fornecidas pelos mesmos em entrevista não
estruturada.

4.3.4. Leitura Bibliográfica e análise de dados


Essa etapa consistiu em auxiliar na análise dos dados coletados, a partir da
gravimetria e das informações fornecidas pelas empresas. Devido às falhas já previstas -
proveniente da falta de informação e cooperação por parte de algumas empresas e pela
dificuldade encontrada diante da problemática dos carroceiros - foi realizada uma pesquisa
sobre a densidade média de alguns resíduos para a complementação de informações sobre
massa e volume.
Os fatores que influenciaram no surgimento dessas situações consistiram na não
realização de gravimetria em algumas amostras representativas, por conter resíduos de serviço
de saúde, visto o risco de contaminação. E as empresas Start Limp, Azul Entulhos e Arplast
fornecerem apenas dados de volume dos seus resíduos coletados.

4.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES


FIGURA 21 - ORGANOGRAMA DO SCTR

FONTE: AUTORES (2016)

Os resultados obtidos no SCTR seguem uma sequência de metodologia (figura 21).


É possível notar que aplicou-se uma segregação dos tipos de transporte e coleta existentes e um

86
destaque nas principais empresas privadas responsáveis pela maior movimentação dos resíduos
sólidos no município do Juazeiro do Norte/CE.
Os resultados apresentados a seguir estão de acordo com a metodologia supracitada.
Sendo expostos em dados qualitativos e quantitativos para auxiliar na compreensão de quais
são os principais tipos de resíduos sólidos que foram evidenciados, qual o trajeto de obtenção e
a destinação aplicada para os mesmos no município de Juazeiro do Norte/CE.
Todos os dados apresentados seguem de acordo com o que foi informado em
entrevistas, documentos obtidos e gravimetrias específicas in loco.

4.4.1. Regulamentação do setor


13
A Lei municipal Nº 3.662, de 22 de Abril de 2010, que institui a Política
Ambiental, no seu Capítulo IV, seção IV, traz condições e restrições quanto à Coleta,
Transporte e Disposição Final do Lixo.
A Legislação utilizada para sanções penais e administrativas é a 5Lei de Crimes
Ambientais nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e ³Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008.
12
A Lei Complementar nº 10, de 19 de maio de 2006, que institui o Código de
Postura do Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará, e dá outras providências,
estabelece, dentre outras coisas, que a limpeza dos logradouros e vias públicas e a coleta de lixo
domiciliar são serviços de responsabilidade da Prefeitura que os executará por administração
direta ou indireta; que a lavagem e a varrição do passeio e da sarjeta deverão ser efetuadas em
hora conveniente e de pouco trânsito; que os responsáveis por derrames ou sujeira na via
pública, proveniente de serviços, carga, descarga ou quaisquer atividades, estão obrigados a
limpar e higienizar convenientemente o lugar onde tais serviços ocorreram. Contudo, não
decreta as especificidades do volume gerado, definição de grande gerador e os distintos
responsáveis pelo mesmo.
A falta de regulamentações como essas, tiram a responsabilidade de alguns
impondo-a em outros, como, por exemplo, a coleta de resíduos do matadouro municipal sendo
efetuada pela coleta pública regular.
No município, para coleta e transporte de resíduos perigosos e de serviços de saúde,
aplica-se a 6Resolução RDC ANVISA nº 306, de 7 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. A coleta deste é
realizada pela CTI Ambiental com autorização do órgão ambiental. Todavia, não há também

87
regulamentação municipal que possibilite distinguir as especificidades existente para cada
município.
14
A Lei nº 3.689, de 28 de Maio de 2010 significou um avanço para a coleta,
armazenamento, transporte e disposição final de resíduos de construção civil e outros resíduos
não abrangidos pela coleta regular e dá outras providências.

4.4.2. Dados gerais


A tabela 10 apresenta os dados gerais obtidos pelas principais empresas e terceiro
setor no Juazeiro do Norte e quais os tipos de resíduos identificados no decorrer do processo de
obtenção de dados.

TABELA 10 - MASSA TOTAL DE RS COLETADOS ESTRATIFICADOS PELOS SCTR EM T/DIA.


Resíduos
Reciclável Orgânico Outros Total
Empresas Perigosos
(t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia)
(t/dia)

PROEX 61,50 88,33 0,00 54,44 204,27

Arplast 2,26 0,00 0,00 0,00 2,26

Ferroplast 0,12 0,00 0,00 0,00 0,12

CTI Ambiental 0,40 1,46 1,67 1,47 5,00

Multiresíduos 1,81 2,25 0,00 0,09 4,15

Azul Entulhos 15,60 0,00 0,00 0,00 15,60

Start Limp 21,67 0,00 0,00 0,00 21,67

Engenho do Lixo 1,82 0,00 0,06 0,00 1,88

Juazeiro Ambiental 0,86 0,00 0,00 0,00 0,86

Carroceiros * * * * *

TOTAL 106,03 92,04 1,73 56,01 255,80

FONTE: AUTORES (2016)


*dados não coletados

88
Através da análise dos dados pode-se concluir que a coleta diária total de resíduos
de Juazeiro do Norte é de aproximadamente 255,80 t (incluindo os resíduos de poda coletados
pela Proex). Sendo coletados em diferentes pontos do município e transportados para sua
disposição final. Verificou-se também, que a empresa responsável pela coleta pública tem a
maior participação na coleta de resíduos (figura 22).

FIGURA 22- PORCENTAGEM EM MASSA DA REPRESENTATIVIDADE POR TIPO DE SCTR

FONTE: AUTORES (2016)

As 255,80 t de resíduos diários coletados no município de Juazeiro do Norte/CE,


foram divididas e classificadas em: recicláveis, orgânicos, perigosos e outros (figura 22). Os
classificados como “outros” é constituído por rejeito como: fraldas e papel higiênico usados;
resíduos recicláveis e orgânicos que se encontravam em um grau aleatório de contaminação ou
misturados com terra; terra; varrição e resíduos industriais não perigosos. Considerou-se desta
forma, como meio de otimizar os processos de realização da gravimetria. Vale salientar que a
falta de tecnologia ou tratamento para reciclagem dos resíduos contaminados identificados
influência nesta classificação.
Analisando o gráfico (figura 23), é possível afirmar que os resíduos sólidos
classificados como recicláveis representam 41,45% da quantidade em massa total (106,03 t/dia)
de resíduos recolhidos pelos sistemas de coleta e transporte de Juazeiro do Norte. Esse valor se
deve ao fato da grande quantidade de plástico, papel e papelão gerados. O mesmo é influenciado
pela quantidade de RCC, por estarem classificados como recicláveis e visto que a cidade está
em constante desenvolvimento imobiliário, acarretando em uma alta geração deste tipo de
resíduo.

89
FIGURA 23 - PORCENTAGEM EM MASSA DA REPRESENTATIVIDADE DE COLETA POR TIPO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DA TABELA 10

FONTE: AUTORES (2016)

Os resíduos orgânicos observados neste trabalho apresentaram uma


representatividade de 35,98% (92,04 t/dia) da quantidade total de massa, valor considerável
para implantação de um sistema de biodigestor para reaproveitar a matéria orgânica. Considera-
se ainda que “Outros” representa 21,89% (56,01 t/dia), designados como rejeitos que seriam
recicláveis contaminados, terra, varrição, restos de orgânicos não possíveis de separar
manualmente, etc. E somente 0,68% (1,73 t/dia) é de resíduos perigosos, sendo eles: lâmpadas,
pilhas, baterias, resíduos de serviços de saúde e industrial perigoso - encaminhados para
incineração.
Vale salientar que a parcela orgânica poderia ser bem maior em decorrência de
medidas simples como a coleta seletiva, uma vez que boa parte dos “outros” se constitui de
orgânicos contaminados por estarem misturados a outros resíduos.
Em sequência, a tabela 11 apresenta os valores de massa e volume por tipo de
resíduo sólido catalogado nos estudos gravimétricos de Juazeiro do Norte. A tabela apresenta
também os percentuais de massa e volume, e o código de classificação segundo a ²LBRS e a
¹ABNT NBR 10.004:2004.

90
TABELA 11 - MASSA TOTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS ESTRATIFICADO POR TIPO DE RESÍDUOS.
(continua)

Tipos de Massa Massa Volume Volume Código


Código LBRSII
resíduos (t/dia) (%) (m³/dia) I (%) NBRII

Reciclável 106,03 41,45 420,84 54,19

02 01 04; 15 01 02;
Plástico
17 02 03; 19 12 04;
Geral (Mole, 24,11 9,43 125,93 16,21 A007
17 02 04(*)
Duro, Pet)

03 03 08; 15 01 01;
Papel/
22,85 8,93 68,61 8,83 19 12 01 A006
Papelão

15 01 09; 19 12 08
Têxtil 10,54 4,12 46,55 5,99 A010

15 01 04; 17 04 01;
17 04 02; 17 04 03;
17 04 04; 17 04 05;
Metal em 17 04 06; 17 04 07; A004
3,89 1,52 68,20 8,78
geral 17 04 11; 17 04 10; A005
17 04 12; 17 04 13;
17 04 09(*); 17 04 10(*)

17 02 01; 17 02 04(*);
Madeira 0,68 0,27 5,07 0,65 A009
19 12 06(*); 19 12 07

15 01 07; 17 02 02;
Vidro 1,27 0,50 20,40 2,63 A099
17 02 04(*)

16 01 24; 16 01 25;
Borracha 1,83 0,71 15,05 1,94 A008
16 01 26; 19 12 11

91
(continua)

Tipos de Massa Massa Volume Volume Código


Código LBRSII
resíduos (t/dia) (%) (m³/dia) I (%) NBRII

Tetra Pak 2,54 0,99 37,89 4,88 15 01 06; A099

17 06 01(*); 17 06 03(*);
17 06 04; 17 06 05(*);
A016
RCC 37,27 14,57 28,67 3,69 17 08 01(*); 17 08 02;
A099
17 09 01(*); 17 09 02(*);
17 09 03(*); 17 09 04

F042
16 02 09 (*);16 02 14; D007
Eletrônicos 1,03 0,40 4,46 0,57 16 02 13(*); 20 01 35; D008
16 02 15(*);20 01 36 D011
D012

Óleo de
0,02 0,01 0,02 0,00 19 08 09; 20 01 25 A099
Cozinha

Orgânico 92,04 35,98 62,62 13,64

Alimento 02 02 02; 20 03 02
66,03 25,81 53,92 6,94 A001
Orgânico

A009
Poda 26,01 10,17 8,70 6,70 20 02 01
A099

Resíduos
1,73 0,68 7,43 0,95
Perigosos

K084
18 01 01(*); 18 02 01(*);
RSS 1,67 0,65 7,23 0,93 K101
18 02 05(*); 18 03 01(*);
K102
18 04 01(*)

92
(conclusão)
Tipos de Massa Massa Volume Volume Código
Código LBRSII
resíduos (t/dia) (%) (m³/dia) I (%) NBRII

F042
D007
16 06 04; 16 06 05
Pilhas 0,00 0,00 0,01 0,00 D008
16 06 03(*)
D011
D012

F042
D007
16 06 01(*); 16 06 02(*);
Baterias 0,04 0,02 0,17 0,02 D008
16 06 05
D011
D012

Lâmpadas 0,00 0,00 0,00 0,00 20 01 21(*) F044

F100
F130
Óleo
13 02 01(*); 13 02 99(*); F230
Lubrificante 0,02 0,01 0,02 0,00
13 07 01(*) F330
/ automotivo
K207
K208

Outros 56,00 21,89 242,43 31,22

19 01 12; 20 02 02;
RejeitoIII 56,00 21,89 242,45 31,22 20 02 03; 20 03 01, A099
20 03 01; 20 03 99

TOTAL 255,80 100,00 733,34 100,00

FONTE: AUTORES (2016)


I 15
Valores de volume estimados a partir da densidade aparente dos resíduos sólidos, obtidos a partir de Novaes
16 8
(2008), Silva (2010) e Gatti et al. (2009) da massa obtida a partir de gravimetrias e análise de PGRS.
II
Códigos provenientes da ²Lista Brasileira de Resíduos Sólidos (2012) e da ¹ABNT NBR 10.004:2004,
respectivamente.

93
III
Rejeito: recicláveis contaminados (papel higiênico, fraldas usadas), orgânicos misturados com terra, terra,
varrição, etc.
(*)De acordo com a LBRS são “Resíduos perigosos pela sua origem, ou porque, em razão de suas características
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei,
regulamento ou norma técnica”.

Quase 41,45% (106,03 t/dia) em massa da representatividade de recicláveis na


massa total de resíduos, se deve a grande quantidade de plástico, papel, papelão e RCC
coletados na cidade. Merece destaque também os resíduos têxteis, que representam 4% da
quantidade em massa total de resíduos coletados.
Em termos de volume, assim como em valores de massa, os Recicláveis tem a maior
representatividade do volume no total de resíduos, com uma parcela de 54,19%, equivalendo a
420,84 m³/dia. Destes, os Plásticos em geral são os que possuem maior volume, representando
17,09% do total, equivalente a 125,92 m³/dia .
Os ‘outros’ foram representados por rejeitos, que são em sua maioria recicláveis
contaminados, terra e restos de orgânicos. Materiais esses, que por sua mistura, apresentam um
alto grau de dificuldade para a segregação manual.

4.4.3. Empresas coletoras


O SCTR de Juazeiro do Norte pode ser segregado em dois grandes grupos que são
os maiores responsáveis pelo funcionamento do sistema: o grupo da coleta pública e o grupo
das empresas coletoras privadas. Em relação a coleta pública, a mesma é padronizada por meio
de contrato com a prefeitura - Administração indireta, exercendo a responsabilidade de coleta
e transporte dos resíduos urbanos e dos centros comerciais. Paralelamente, as principais
empresas encarregadas pela coleta privada dos resíduos sólidos foram apontadas como: CTI,
Multiresíduos, Start Limp, Azul Entulhos, Arplast e Ferroplast.
Todavia, ainda há um terceiro grupo que participa desse sistema de modo
independente e não oficial, os carroceiros. De forma autônoma, esses realizam o transporte dos
mais diversos tipos de resíduos na cidade. Possuem massa e volume diversificados, e a
disposição é realizada em pontos de acúmulo próximos ao local de coleta ou em pontos mais
distantes, ambos espalhados aleatoriamente no município. Em determinadas situações,
moradores pagam a carroceiros para acondicionarem os resíduos em outros pontos de acúmulo,
pois não querem as pilhas perto de suas residências, ou seja, apenas transferem o “problema”.

94
É de grande relevância também a atuação do terceiro setor, identificado como o
conjunto de entidades, criadas pela iniciativa privada e que prosperam devido ao trabalho
voluntário, a forma de associações civis sem fins lucrativos que apresentam uma
responsabilidade socioambiental.
Esse setor foi, neste trabalho, representado pela Associação do Engenho do Lixo,
que é hoje a maior associação de reciclagem do município e pela ONG Juazeiro Ambiental, a
coletora representante de pneumáticos e resíduos eletroeletrônicos. Ambas em sua grande parte,
não realizam o transporte, apenas a coleta dos resíduos. Ou seja, a própria população destina
seus resíduos recicláveis para os locais de acondicionamento. Apenas em casos de grandes
empresas, a Associação Engenho do Lixo realiza a coleta e transporte em seu único caminhão,
fornecido pela Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte/CE.
Os dados em relação ao SCTR destas principais ferramentas observadas no Juazeiro
do Norte, estão dissertados nos tópicos seguintes.

4.4.3.1.Setor de Coleta Pública


A limpeza pública de Juazeiro do Norte é realizada por uma empresa terceirizada,
PROEX, mediante contrato junto a prefeitura. É responsável pela realização da limpeza urbana
do município, englobando a coleta e transporte dos resíduos urbanos: de varrição das vias e
avenidas, de poda, resíduos de construção civil em pequena quantidade, os resíduos domésticos
urbanos gerados pela população - abrangendo determinadas áreas das zonas rurais. A empresa
acaba por coletar também muitos resíduos comerciais que são gerados pelos centros comerciais
e feiras. Atualmente, eles têm permissão e destinam os resíduos para o Aterro Controlado da
cidade.
Observa-se (figura 24) que os Resíduos Orgânicos (resto de hortifrútis, animais,
comida vencida, poda) possuem maior representatividade dos resíduos coletados pela PROEX,
com percentual de 43,24% (88,33 t/dia). Vale destacar também os resíduos recicláveis, com
30,11% (61,50 t/dia) de representatividade. Contudo, 26,65% (54,44 t/dia) correspondentes a
Outros, englobam recicláveis que foram contaminados por virem misturados com vários
resíduos, e as empresas que reciclam não possuírem tratamento adequado para reaproveitá-los.
Alguns resíduos perigosos foram encontrados no aterro controlado (foto 45), mas em valor
insignificante (apesar da destinação inadequada). O que foi encontrado, por razões de
segurança, não foi considerado.

95
FIGURA 24 - PORCENTAGEM EM MASSA DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS PELA PROEX. (ANEXO I
TABELA A).

FONTE: AUTORES (2016)

Apesar da empresa realizar a coleta de RCC, segundo informações dos mesmos,


esse resíduos não foi contabilizado, pois não houve presença de despejo dessa categoria no
aterro controlado.

FOTO 45 – RESÍDUOS PERIGOSOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO ATERRO CONTROLADO

FONTE: AUTORES (2016)

4.4.3.2.Setor de Coleta Privado


As empresas coletoras no âmbito privado são dos mais diversos setores, desde
Construção Civil, passando por resíduos gerais coletados de grandes geradores, recicláveis, até
os de Serviço de Saúde. Se enquadram nessas classificações, a CTI Ambiental, a Multiresíduos,
a Arplast , a Ferroplast, a Azul Entulhos e a Start Limp.

96
4.4.3.3.CTI Ambiental
A empresa CTI Ambiental, tem por maior representatividade a coleta de resíduos
perigosos. Podendo estes serem RI e RSS (abrangendo hospitais, clínicas, laboratórios e clínicas
veterinárias). A CTI é a única empresa do município licenciada para coleta desse tipo de
resíduo, que são transportados e repassados para a indústria de incineração Flamax Ambiental
Serviços e Transportes.
Além destes, a CTI também coleta resíduos de grandes geradores, como o Atacadão
e o Supermercado São Luiz. Destes, são coletados orgânicos, recicláveis, entre outros, e são
destinados e dispostos no aterro controlado.
Na gravimetria realizada no aterro controlado, foi presenciado um caminhão da
Flamax despejando alimentos vencidos e resíduos de hospital, como luvas (que se não
contaminadas, não necessitam ser incineradas) (foto 46). Contudo, como citado anteriormente,
segundo funcionário da CTI, a Flamax não realiza mais coleta. A CTI não possui caminhões,
utilizando esses, com logomarca da Flamax.

FOTO 46 – ALIMENTOS VENCIDOS E RSS’S NO ATERRO CONTROLADO DE JUAZEIRO DO NORTE/CE.

FONTE: AUTORES (2016)

Conclui-se, que a CTI (figura 25) coleta maior quantidade de resíduos perigosos,
sendo RSS, representando 33,34% do total coletado, que em termos de massa equivale a 1,67
t/dia. Em seguida, com 29,47%, representando 1,47 t/dia coletado, vem os resíduos
classificados como outros. Vale destacar que o último obteve um valor alto devido aos RI’s
terem sido agrupados neste tipo, por falta de dados mais precisos ofertados pela empresa, da
quantidade exata de RI’s perigosos e dos não perigosos e não inertes.

97
FIGURA 25 - PORCENTAGEM EM MASSA DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS PELA CTI. (ANEXO I TABELA B).

FONTE: AUTORES (2016)


*Agrupou-se como outros, os resíduos industrias.

Posteriormente, os resíduos orgânicos, com 29,15% de representatividade, o que


equivale a 1,46 t/dia coletado. E os 8,04% restantes (0,4 t/dia), são de recicláveis, merecendo
destaque o papelão, o plástico e o papel.

4.4.3.4.Multiresíduos
Outra empresa que realiza coleta em grandes geradores é a Multiresíduos. Seus
principais clientes são: o Cariri Garden Shopping, onde realizam coletas semanais de
contêineres de 25 m³; o Hipermercado Bom Preço; e o Maxxi Atacado, onde realiza coleta
semanais de resíduos gerais em dois contêineres de 5 m³ por coleta.
Nota-se que a Multiresíduos coleta (figura 26), em sua maioria, resíduos orgânicos,
representando 54,30%; e resíduos recicláveis, com percentual de 43,50% em massa. Em termos
de números brutos, são 2,25 t/dia de orgânicos para 1,81 t/dia de recicláveis coletados nos
grandes geradores que são clientes da Multiresíduos. Tais geradores possuem restaurantes,
lanchonetes, padarias, hortifrutis e lojas de vendas dentro de seus estabelecimentos, o que
justificaria esse alto número de orgânicos e recicláveis.
Os 2,20% que restam e classificados como Outros, são de orgânicos e recicláveis
com algum nível de contaminação e que acabam por não retornar a cadeia produtiva.

98
FIGURA 26 - PORCENTAGEM REPRESENTATIVIDADE DE MASSA DOS RESÍDUOS DA MULTIRESÍDUOS. (ANEXO I
TABELA C)

FONTE: AUTORES (2016)

4.4.3.5.Coletoras de Recicláveis - Arplast e Ferroplast


No setor de Resíduos de Recicláveis Gerais, como por exemplo: plástico, papel,
papelão, metal de latinhas, etc.; duas empresas se destacam, a Arplast e a Ferroplast. Há outras
empresas de coleta, transporte e reciclagem de resíduos, porém de menor expressão. As duas
empresas coletam resíduos recicláveis de seus principais fornecedores (estão entre os maiores
geradores) em Juazeiro do Norte.

FIGURA 27 - PORCENTAGEM EM MASSA DA REPRESENTATIVIDADE DOS RESÍDUOS DAS COLETORAS DE


RECICLÁVEIS. (ANEXO I TABELA D).

FONTE: AUTORES (2016)

99
O gráfico (figura 27) demonstra que a Arplast representa 95% da coleta de
recicláveis, restando apenas 5% para Ferroplast. Isto se deve ao fato do porte das duas empresas:
a Arplast é mais estruturada e já de maior porte, além de coletora e transportadora, é recicladora
de plástico. Separando-os por tipo de plástico e produzindo materiais ou vendendo como
matéria-prima, e destinando os outros recicláveis (papel, papelão, metais em geral, sucatas) de
maneira ambientalmente correta, para empresas especializadas em reciclagem destes resíduos.
Já a Ferroplast é de menor porte, microempresa, que realiza a coleta, transporte, separa os
materiais e depois vende para empresas de reciclagem especializadas.
Em termos de números brutos, a Arplast recolhe, dos seus dois principais
fornecedores de Juazeiro do Norte (Atacadão e Aterro Controlado), 2,26 t/dia de recicláveis
(foto 47). Já a Ferroplast coleta de seu maior fornecedor (Supermercado São Luiz) 0,12 t/dia de
recicláveis (foto 48). Ambas empresas, coletam em torno de 10 m³/dia de recicláveis destes
fornecedores.
FOTO 47 – INSTALAÇÕES DA ARPLAST: RESÍDUOS COLETADOS E MAQUINÁRIO

FONTE: AUTORES (2016)

FOTO 48 – INSTALAÇÕES DA FERROPLAST: RESÍDUOS COLETADOS E MAQUINÁRIO.

FONTE: AUTORES (2016)

100
4.4.3.6.Coletoras de Resíduos da Construção Civil - Start Limp e Azul Entulhos
No setor de RCC, a Start Limp e a Azul Entulhos são as maiores empresas coletoras
selecionadas.

FIGURA 28 - PORCENTAGEM REPRESENTATIVA DE MASSA DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. (ANEXO I


TABELA F).

FONTE: AUTORES (2016)

Observa-se que a Start Limp coleta 58% dos RCC da cidade, enquanto a Azul fica
com os outros 42% (figura 28). Isso se deve muito ao fato de que a Azul não possui contratos
fixos, sendo solicitada pontualmente quando há demanda, e porque seus contêineres são de 4
m³ e fazem média 90 coletas mensalmente. Já a Start, além de serviços pontuais, ela possui
contrato fixo com a WR Engenharia (onde em cada construção desta empresa terá containers
da Start) e seus contêineres são de 5 m³, realizando uma média de 100 coletas ao mês. Ambas
empresas destinam os RCC para o Aterro Controlado, em média 90% do que coletam. Os outros
10% destinam para aterramento em construções em obras particulares ou pela prefeitura. Estes
valores destinados variam de acordo com a demanda.
Vale destacar que existem outras empresas de coleta dos RCC’s em Juazeiro do
Norte. A Multiresíduos realiza coleta desse tipo de resíduo, porém, por falta de dados mais
precisos por parte da empresa, não foi contabilizado. A NRG Construções também encontrava-
se entre as empresas selecionadas. Contudo, em entrevista, os responsáveis informaram não
realizar coleta no município de Juazeiro do Norte, apenas na cidade vizinha, Crato. Tendo em
vista, o limite de tempo e a necessidade de informações rápidas e categóricas, desconsiderou-
se a NRG, dando andamento no projeto com as outras duas empresas supracitadas.

101
4.4.3.7.Coletores independentes - Carroceiros
Para obtenção de dados referentes aos carroceiros, primeiramente buscou-se a
SEMASP. No entanto, esta não tem registros acerca dos mesmos, apesar de ter havido a
tentativa, sem êxito, de regulamentação dessa categoria por esta Secretaria.
Em seguida, buscou-se a Fundação Leandro Bezerra de Menezes, onde acreditava-
se sediar a Associação dos Carroceiros de Juazeiro do Norte. No entanto, a informação obtida
é que atualmente a mesma encontra-se desativada, não havendo registros dos carroceiros. A
fundação por ter sido sede da associação, tornou-se referência para os carroceiros na realização
da tradição da romaria das carroças que ocorre no mês de Setembro de cada ano, fora isso é
desconhecido outros meios de organização dessa categoria.
Diante dessa dificuldade, a alternativa encontrada para obter dados foi a busca ativa
desses profissionais em dias alternados pelas ruas dos bairros da cidade e em alguns pontos de
acúmulo de resíduos frequentados por carroceiros.
Durante três dias foi possível realizar entrevista aberta junto aos carroceiros em seu
ambiente de trabalho. Dentre os treze bairros no município visitados, em alguns dos bairros não
obteve-se abertura desses para entrevista. Pode-se entrevistar dez carroceiros e em alguns
lugares fez-se possível apenas a identificação de pontos de acúmulo e disposição de seus
resíduos, bem como os tipos que são dispostos levados em suas carroças. No transcorrer da
entrevista, foram abordados tópicos a fim de captar as características em relação aos resíduos,
como: tipo, quantidade em massa e volume, trajeto de coleta e transporte, frequência de coleta,
fonte geradora do resíduo e a destinação. Como supracitado, nem todos os carroceiros estiveram
solícitos ou souberam responder os questionamentos, especialmente referente a massa. Alguns,
por receio, ainda não permitiram que fosse realizado o cálculo do volume de suas carroças.
Além disso, uns apontaram a importância da rearticulação da associação para que a atividade
seja regulamentada e a necessidade de ter um local apropriado em cada região da cidade -
denominado pelos mesmos por Ecoponto - com a finalidade de destinação final ou transitório
regulamentado para despejo desses resíduos transportados pelos carroceiros.
Neste caso não foi possível realizar gravimetria. Tanto devido à dificuldade de
executar tal estudo no momento de despejo dos resíduos, como pela dificuldade imposta na
reação dos carroceiros, como também a não diversidade dos resíduos transportados pelos
entrevistados, quando era o caso, frequentemente mantendo uma homogeneidade.

102
A partir das informações coletadas durante essas entrevistas, buscou-se fazer uma
estimativa acerca da representatividade desses atores diante do Sistema de Coleta e Transporte
de Juazeiro do Norte, bem como de suas características, as quais serão abordadas a seguir.
Foi identificado que os carroceiros não atuam em apenas um bairro específico, mas
também nos bairros circunvizinhos. A destinação dada aos resíduos, de modo geral, são os
pontos de acúmulo mais próximo ao local onde foi gerado o resíduo. Os geradores são
principalmente moradores que solicitam o transporte de entulho oriundos de pequenas reformas
de suas edificações, podas das árvores de suas residências, móveis velhos (foto 49) e até mesmo
resíduos orgânicos.

FOTO 49 – CARROCEIRO REALIZANDO TRANSPORTE DE MÓVEIS VELHOS

FONTE: AUTORES (2016)

Destaca-se que cerca de 80% dos entrevistados informaram que a maior demanda é
o transporte de entulho, seguido pela poda. Com relação a massa, foi observado que a carga era
de 150 kg, alguns chegavam a pôr uma carga altíssima de 250 à 300 kg.
Quanto ao volume, a estimativa obtida pelas entrevistas é de, em média, 0,6 m³ e
1,2 m³, podendo variar conforme o tipo de resíduo. A frequência da coleta é bastante variável,
entre 30 a 70 vezes por semana, à depender da demanda.
Segundo os próprios carroceiros, acredita-se que possa existir aproximadamente
1.000 a 1.500 carroceiros que utilizam a carroça como instrumento de trabalho, especialmente
com o transporte de resíduos. Porém, trata-se de um levantamento empírico e somente se faria
possível uma melhor precisão a partir da reorganização da Associação dos carroceiros, o que é
de grande valia visto a representatividade da participação dos mesmos no Sistema de Coleta e
Transporte dos resíduos.

103
4.4.3.8.Terceiro Setor - Associação Engenho do Lixo e ONG Juazeiro Ambiental
O tópico é referente aos grupos sociais organizados, sem fins lucrativos, que
coletam Resíduos Sólidos a partir de doações de entidades públicas, privadas ou comunidades.
No município de Juazeiro do Norte/CE, identificou-se a Associação Engenho do Lixo e a ONG
Juazeiro Ambiental que contribuem significativamente para a coleta de Resíduos Recicláveis
como pode ser observado posteriormente.

FIGURA 29 - PORCENTAGEM DE MASSA DA REPRESENTATIVIDADE DE RESÍDUOS DO TERCEIRO SETOR.


(ANEXO I TABELA G).

FONTE: AUTORES (2016)

Na participação em dados percentuais de cada entidade na coleta dos resíduos


sólidos (figura 29), pode-se observar uma maior representatividade da Associação Engenho do
Lixo - de 69%. Isto pode ser justificado pela Associação Engenho do Lixo se encontrar em
atividade há mais tempo que a ONG Juazeiro Ambiental, que representa 31% do valor total.
Além da mesma já apresentar Licenciamento Ambiental, aspecto que contribui para o vínculo
com empresas privadas grande geradoras e a ONG Juazeiro Ambiental encontrar-se ainda em
processo de licenciamento.
Na Associação Engenho do Lixo os resíduos recicláveis coletados (foto 50) são, em
ordem de representatividade: papelão, ferro, pet, papel, óleo de cozinha, plástico e latinhas. O
papelão como mais expressivo, é coletado em média 30 t/mês. Esses números só não são
maiores por boa parte destes serem descartados como lixo doméstico. Além desses, coleta-se
também uma pequena fração de eletroeletrônicos e alguns resíduos perigosos como o óleo
locomotivo (ainda há lâmpadas acondicionadas no local, que não são mais coletadas). A
maioria desses resíduos são vendidos para empresas específicas, para cada tipo de material, que
promovem a triagem de forma mais seletiva. Alguns eletroeletrônicos, em bom estado, são

104
consertados pelos próprios associados e utilizados pelos mesmos. Esses são levados ao engenho
esporadicamente, não havendo contabilização dos mesmos. No dia da vistoria em questão,
havia uma quantidade irrisória no local.
FOTO 50 – MATERIAIS COLETADOS PELO ENGENHO DO LIXO

FONTE: AUTORES (2016)

Os principais resíduos coletados (foto 51) pela ONG são pneus e eletroeletrônicos.
Em oito meses de funcionamento, a Juazeiro Ambiental recebeu 120 t de pneus e 22 t de
eletroeletrônicos.

FOTO 51 – ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS DA ONG JUAZEIRO AMBIENTAL

FONTE: AUTORES (2016)

Além disso, recolhem também: pilhas, baterias, e lâmpadas fluorescentes; que são
resíduos perigosos, separando-os e armazenando-os para uma posterior destinação
ambientalmente correta. Os computadores e peças destes que não estão inteiramente
danificados, são consertados por um voluntário, que se prontifica uma vez por semana a ir para
a Juazeiro Ambiental realizar o conserto dos mesmos. Quando reparados, são doados para
instituições de caridade que não podem adquirir produtos novos.

105
4.4.4. Apresentação de Resultados no COMDEMA
No dia 22 de agosto de 2016, segunda-feira, das 8h as 12h da manhã, realizou-se
uma reunião extraordinária do COMDEMA. Apresentou-se dados obtidos do Sistema de Coleta
e Transporte de Resíduos Sólidos existente no município de Juazeiro do Norte. Iniciando uma
discussão sobre possíveis soluções para os problemas expostos. Destacaram o impacto positivo
deste trabalho, e sua necessidade para a compreensão e o aprimoramento das questões
ambientais no município.
Nesta reunião estiveram presentes representantes da: AMAJU, Associação do
Engenho do Lixo, COGERH, Escola de Educação Ambiental, FATEC Cariri, SECID, SEDUC,
SESAU, SEMASP, PROEX e CREA CE.
Durante a discussão Cícero da Silva, representante da PROEX e gerente operacional
da mesma, elogiou os dados obtidos neste trabalho. Segundo ele, as informações apresentadas
estavam semelhantes ao levantamento de dados realizado pela própria empresa.
Outro comentário exposto, foi o de Francisco Adonias de Morais Sobreira,
representante do CREA. Esse elogiou a metodologia aplicada; e parabenizou pelo trabalho e
empenho dos integrantes.

4.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Diante do apresentado no presente trabalho, é notável o potencial do município em
relação à geração dos resíduos sólidos, tanto orgânico, quanto recicláveis. Os resíduos
classificados como ‘outros’ (considerados rejeitos), em sua grande parte, eram compostos por
resíduos recicláveis e orgânicos contaminados. Assim sendo, a implantação do sistema de coleta
seletiva no município em questão contribuiria significativamente, evitando essa realidade.
Para isso, faz-se necessário a implantação e a realização de políticas públicas
municipais mais específicas. Além de estímulos aos empresários, associações e organizações
não governamentais que trabalham com reciclagem de materiais. Para que as mesmas busquem
tecnologias para aumentar a capacidade e melhorar seus processos.
Outra possibilidade é que com o tempo surjam novas oportunidades de empregos
relacionados a área, dentro da região. Trazendo melhoria de renda e qualidade de vida para a
população. Tornando Juazeiro do Norte referência em tratamento de resíduos sólidos.

106
4.6. REFERÊNCIAS
1. ABNT-NBR 10.004:2004 Classificação de Resíduos Sólidos – Associação
Brasileira de Normas Técnicas; Fórum Nacional de Normatização. 2004
2. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro e Geografia e
Estatística. Instrução Normativa n° 13, de 18 de dezembro de 2012 . Brasília,
2012. Legislação Federal e marginália.
3. BRASIL, República Federativa do. Decreto Nº 6.514, de 22 de Julho de 2008.
Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece
o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras
providências. Brasília, DF, 22 Jul. 2008. Legislação Federal e marginália.
4. BRASIL, República Federativa do. Lei Nº 12.305, de 12 de Agosto de 2010.
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n o 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 12 Agost. 2010.
Legislação Federal e marginália.
5. BRASIL, República Federativa do. Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente. Brasília, DF, 12 fev. 1998. Legislação
Federal e marginália.
6. BRASIL, República Federativa do. Resolução – RDC/ANVISA nº 306, de 7 de
dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde, 2004. Legislação Federal e marginália.
7. CETESB. Ficha de Informação de Produto Químico - Óleo de soja. São Paulo.
8. GATTI, R. C.; et al. Densidade Básica e Aparente da madeira de galhos de
onze Espécies utilizadas em Arborização Urbana. Simpósio Internacional de
Iniciação Científica e Tecnológica da USP, 17., 2009, Piracicaba, 2009.
9. IBGE (Brasil), Sinopse do Censo Demográfico 2010 - Ceará. Ceará, 2010.
10. IPEA (Brasil), Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos- Relatório de
Pesquisa. Brasília, 2012.
11. IPIRANGA. FISPQ - Ficha de Segurança de Produto Químico, n° 407., revisão
n° 06, revisado em agosto de 2005.
12. JUAZEIRO DO NORTE. Lei Complementar Nº 10, de 19 de Maio de 2006.
Institui o Código de Postura do Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará,
e dá outras providências. Juazeiro do Norte, CE, 19 de Maio de 2006.
13. JUAZEIRO DO NORTE. Lei Nº 3.662, de 22 de Abril de 2010. Institui a Política
Ambiental e dispõe sobre o sistema municipal do meio ambiente para a
administração da qualidade ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do
meio ambiente do município de Juazeiro do Norte, Ceará. Juazeiro do Norte, CE,
22 Abril 2010.
14. JUAZEIRO DO NORTE. Lei Nº 3.689, de 28 de Maio de 2010. Dispõe sobre o
serviço de coleta de entulho, Institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos
da Construção Civil e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil, de acordo com o previsto na Resolução CONAMA no 307, de
05 de julho de 2002, e dá outras providências. Juazeiro do Norte, CE, 28 de maio
de 2010.
15. NOVAES, M. V.; MOURÃO, C. A. M. do A. Manual de Gestão Ambiental de
Resíduos Sólidos na Construção Civil/Coopercon - Cooperativa da
Construção Civil do Estado do Ceará, 1ª Ed, Fortaleza, CE, 2008.
16. SILVA, M. C.; SANTOS, G. O. Densidade Aparente de Resíduos Sólidos
Recém Coletados. V CONNEPI, Maceió - AL, 2010.

107
ANEXO I

Tabela A – Massa e Volume total por tipo de Resíduos coletados pela Proex

Massa Massa Volume Volume


Tipos de resíduos
(t/dia) (%) (m³/dia) (%)
Recicláveis 61,50 30,11% 355,14 51,19%
Plástico Geral (Mole, Duro,
22,08 10,81% 115,28 16,62%
Pet)
Papel/Papelão 18,95 9,28% 56,90 8,20%
Têxtil 10,54 5,16% 46,55 6,71%
Metal em geral 3,46 1,70% 60,75 8,76%
Madeira 0,68 0,33% 5,07 0,73%
Vidro 1,22 0,60% 19,49 2,81%
Borracha 1,14 0,56% 9,35 1,35%
Tetra Prak 2,54 1,24% 37,85 5,46%
Eletrônicos 0,90 0,44% 3,90 0,56%
Orgânico 88,33 43,24% 102,91 14,83%
Restos de alimento 62,32 30,51% 50,89 7,34%
Poda 26,01 12,73% 52,02 7,50%
Outros 54,44 26,65% 235,68 33,97%
TOTAL 204,27 100,00% 693,73 100,00%

Tabela B – Massa e Volume total por tipo de Resíduos coletados pela CTI

Massa Massa Volume Volume


Tipos de resíduos
(t/dia) (%) (m³/dia) (%)
Recicláveis 0,40 8,05% 1,75 10,63%
Plástico Geral (Mole, Duro,
0,25 4,94% 1,29 7,80%
Pet)
Papel/Papelão 0,15 3,11% 0,46 2,83%
Orgânico 1,46 29,19% 1,19 7,21%
Restos de alimento 1,46 29,19% 1,19 7,21%
Resíduos Perigosos 1,67 33,38% 7,22 43,70%
RSS 1,67 33,38% 7,22 43,70%
Outros 1,47 29,38% 6,35 38,46%
TOTAL 5,00 100,00% 16,51 100,00%

108
Tabela C – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pela Multiresíduos

Tipos de resíduos Massa Massa (%) Volume Volume


(t/dia) (m³/dia) (%)
Recicláveis 1,81 43,51% 9,04 80,14%
Plástico Geral (Mole, Duro, 0,54 12,96% 2,81 24,90%
Pet)
Papel/Papelão 1,08 26,03% 3,25 28,77%
Metal em geral 0,12 2,94% 2,14 18,99%
Vidro 0,04 0,89% 0,59 5,22%
Borracha 0,03 0,62% 0,21 1,88%
Tetra Pak 0,00* 0,07% 0,04 0,38%
Orgânico 2,25 54,25% 1,84 16,31%
Restos de alimento 2,25 54,25% 1,84 16,31%
Outros 0,09 2,24% 0,40 3,56%
TOTAL 4,15 100,00% 11,28 100,00%
*A massa em t/dia é baixa, justificando o resultado tabelado. Dando 0,00286 t/dia.

Tabela D – Representatividade de coleta de resíduos no setor de Coletores de


Reciclagem
Coletores de Recicláveis Massa média (t/dia) Massa (%)
Arplast 2,26 94,96%
Ferroplast 0,12 5,04%
TOTAL 2,38 100,00%

Tabela E – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pela Arplast e
Ferroplast

Tipos de resíduos Massa Massa Volume Volume


(t/dia) (%) (m³/dia) (%)
Recicláveis 2,37 100,00% 10,12 100,00%
Plástico Geral (Mole, Duro, Pet) 0,86 36,30% 4,51 44,56%
Papel/Papelão 1,44 60,63% 4,33 42,79%
Metal em geral 0,07 3,07% 1,28 12,65%
TOTAL 2,38 100,00% 10,12 100,00%

Tabela F – Representatividade por Empresa de Coleta de Resíduo da Contrução Civil

Tipos de Massa Volume Representatividade Representatividade


resíduos (t/dia) (m³/dia) em massa em volume
Azul Entulhos 15,60 12,00 41,86% 41,86%
Start Limp 21,67 16,67 58,14% 58,14%

109
Tabela G – Representatividade de coleta de resíduos no terceiro setor
Empresa Massa (t/dia) Massa (%)
Associação Eng. do lixo 1,88 68,6%
ONG Juazeiro Ambiental 0,86 31,4%

Tabela H – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pela ONG
Juazeiro Ambiental

Massa Volume
Tipos de resíduos Massa (%) Volume (%)
(t/dia) (m³/dia)
Recicláveis* 0,86 99,84% 6,36 99,91%
Plástico Geral (Mole,
0,06 6,99% 0,31 4,92%
Duro, Pet)
Borracha 0,67 77,70% 5,49 86,15%
Eletrônicos 0,13 15,15% 0,56 8,84%
Resíduos Perigosos*** 0,00** 0,16% 0,01 0,09%
Pilhas 0,00 0,16% 0,01 0,09%
TOTAL 0,86 100,00% 6,37 100,00%
*Depois do período de pesquisa deste projeto, a ONG deixou de recolher (esse resíduos eram
passados para uma pequena associação de reciclagem)
**A massa em t/dia é baixa, justificando o resultado tabelado. Dando 0,00133 t/dia.
***Não foram passadas informações sobre baterias e lâmpadas.

Tabela I – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pelo Eng. do Lixo

Tipos de resíduos Massa Massa (%) Volume Volume


(t/dia) (m³/dia) (%)
Recicláveis 1,82 96,80% 9,76 98,04%
Plástico Geral (Mole, Duro,
0,33 17,55% 1,72 17,30%
Pet)
Papel/Papelão 1,22 64,89% 3,66 36,79%
Metal em geral 0,23 12,23% 4,04 40,52%
Vidro* 0,02 1,07% 0,32 3,21%
Óleo de Cozinha*** 0,02 1,06% 0,02 0,22%
Resíduos Perigosos 0,06 3,20% 0,19 1,96%
Baterias,pilhas, lâmpadas
0,04 2,13% 0,17 1,74%
fluorescentes**
Óleo Locomotivo*** 0,02 1,07% 0,02 0,22%
TOTAL 1,88 100,00% 9,96 100,00%
*Recebem, mediante financiamento de transporte até a recicladora mais próxima (Recife-PE),
devido o valor de venda do material não suprir tal encaminhamento.
**Depois do período de pesquisa deste projeto, a Associação deixou de recolher lâmpadas.
***Óleo de cozinha e locomotivo estão com o mesmo valor por ser t/dia. Mas em massa
representam 0,01667 e 0,02333 t/dia, respectivamente.

110
Tabela J – Densidade aparente de Resíduos Sólidos
(Kg/m³)
Material Densidade
Plástico Geral (Mole,
191,5
Duro, Pet) I

Papel/Papelão I 333

Têxtil I 226,5

Metal (latinhas) I 57

Madeira I 134

Vidro I 62,5

Borracha (pneu) I 121,5

Tetra Pak I 67

RCC II 1300

Eletrônicos I 231

Óleo de Cozinha III 900

Alimento I 1224,5

Poda IV 500

RSSI 231

Pilhas I 231

Baterias I 231

Lâmpadas I 231

Óleo Locomotivo V 900

Outros (Rejeitos) I 231

I
Valores obtidos a partir do trabalho de 16SILVA e SANTOS (2010).
II
Valor obtido a partir de 15NOVAES e MOURÃO (2008).
III
Valor obtido a partir de 7CETESB São Paulo
IV
Valor obtido a partir do trabalho de 8GATTI et. al. (2009).
V
Valor obtido a partir de 11IPIRANGA-FISPQ n° 47

111
112
DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS DE JUAZEIRO DO
NORTE/CE

113
5. DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE
JUAZEIRO DO NORTE/CE
5.1.INTRODUÇÃO
A alta complexidade de destinação de resíduos das cidades, não advém apenas da
quantidade gerada, mas também da logística de transporte e de sua extensão territorial. Um dos
grandes problemas em relação à disposição inadequada, é quando os resíduos não passam por
tratamento, assim a formação dos pequenos lixões vão se desenvolvendo em várias partes da
cidade.
3
Mariano et al. (2007) mostra que a situação dos resíduos sólidos no Brasil ainda
está em estado precário, pois 4.000 lixões ainda encontravam-se em operação. No município de
Juazeiro do Norte, apenas em 2015, iniciou-se a transformação do lixão em um aterro
controlado.
Em 2015, a SEMASP realizou um trabalho de localização dos pontos transitórios
de resíduos. Esse estudo chegou ao número de cinquenta pontos em todo o município de
Juazeiro do Norte. A problemática maior é que a elevada concentração de resíduos nestes locais,
atinge direta e indiretamente o meio ambiente e a saúde pública.
Assim a análise qualitativa e quantitativa dos resíduos encontrados em cada ponto,
se faz necessário para identificar o processo ou atividade que lhe deu origem. Além da
identificação desses pelos códigos da ¹ABNT NBR 10.004/04 e da ²LBRS.
Esse levantamento de dados poderá acarretar em um maior controle das destinações
e disposições que estão sendo apresentadas para os resíduos do município.

5.2.OBJETIVOS
5.2.1. Objetivo Geral
Identificar e caracterizar os pontos de destinação e disposição final no município de
Juazeiro do Norte/ CE; e analisando esses resíduos sólidos qualitativa e quantitativamente.

5.2.2. Objetivos Específicos


 Identificar pontos de disposição transitórios e final na cidade;
 Georreferenciar e fotografar os pontos transitórios ou de disposição final no município;
 Identificar as características de infraestrutura dos pontos de disposição;
 Identificar os pontos de destinação de resíduos sólidos da cidade;
 Identificar, classificar e quantificar os resíduos descartados nesses pontos.

114
5.3. METODOLOGIA
5.3.1. Levantamento de Dados
Para prévia identificação dos pontos, realizou-se uma entrevista com Cícero da
Silva, Gerente Operacional da empresa responsável pela limpeza e coleta pública do município
de Juazeiro do Norte – PROEX. Foram levantados questionamentos acerca de pontos de
disposição final e/ou transitórios existentes no município, dentre outras informações pertinentes
ao assunto.
Após o levantamento de dados, foram estudadas estratégias de rotas para o trabalho
in loco, levando em consideração a proximidade dos locais. Dentre os 50 pontos foram
selecionados os de maior porte através de análise visual permitida pela ferramenta cartográfica
Google Earth, totalizando 31 pontos (quadro 02).

QUADRO 02 - CRONOGRAMA DE VISITAS AOS PONTOS DE DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIOS


Bairro Ponto Data

Aeroporto 18, 20 12 e 20/07/2016

Triângulo 30, 31, 32 13/07/2016

João Cabral 50 13/07/2016

Franciscanos 41 14/07/2016

Salesianos 27, 29 14/07/2016

São Miguel 44 14/07/2016

Tiradentes 34, 36, 37 15/07/2016

Limoeiro 12, 13, 15 15/07/2016

Leandro Bezerra 07 20/07/2016

José Geraldo da Cruz 01, 02 20/07/2016

Santa Tereza 09, 10, 11 20/07/2016

Vila Fátima 46 20/07/2016

Pio XII 47, 48, 49 20/07/2016

Carité 45 20/07/2016

Centro 42, 43 20 e 21/07/2016

Lagoa Seca 05, 08 21/07/2016


FONTE: AUTORES (2016)

115
5.3.2. Trabalho em Campo
As visitas in loco possibilitaram a realização da gravimetria nos 32 pontos, com o
auxílio de 1 trena (50m), sacos plásticos (50L), balança (150Kg), balança de dedo (50Kg),
prancheta com planilha de coleta de dados e anotação de observações. Os devidos EPI’s (luva,
bota, chapéu) para a equipe. Para obtenção de imagens georreferenciadas dos pontos, utilizou-
se celular com câmera fotográfica e GPS ativado.

5.3.3. Gravimetria
A técnica de gravimetria dos resíduos sólidos realizada nos pontos de disposição
transitório foi adaptada, devido ao grande porte dos pontos dos resíduos. Foi realizada a partir
da área do terreno (largura e comprimento), além da medição das diversas alturas dos montes
de resíduos encontrados no local para calcular uma altura média, a fim de realizar o cálculo de
volume (m³) do mesmo. Para realizar o cálculo da Massa total dos pontos de acúmulos
utilizamos a seguinte fórmula:

𝐾𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐾𝑔) = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 ( ) ×𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑚³)
𝑚3

Coletou-se e mediu-se a massa de uma amostra homogeneizada de resíduos de


0,34m (altura) x 0,34m (largura) x 0,34m (comprimento) e fez-se a proporção para 1m³. Dessa
forma encontrou-se que em 1m³ se tem 674,23 Kg, sendo isso a Massa Específica. Então
utilizou-se esse valor como base para calcular as massas totais de todos os pontos de acúmulos
distribuídos pelo município que possuiam resíduos com características semelhantes.

5.4. RESULTADOS E DISCUSSÕES


5.4.1. Identificação preliminar dos Pontos de Entulho e Lixo
Os pontos identificados pela SEMASP não são dotados de infraestrutura (vias
públicas, terrenos públicos e privados). Destaca-se que existe a coleta programada dos resíduos
dispostos nesses locais, através de caminhões de carroceria, máquinas - trator,
retroescavadeiras, caçambas da Proex. No entanto, esta atividade não faz parte do projeto da
empresa.
Devido o crescimento desordenado da cidade, os pontos de entulho e lixo vem
crescendo rapidamente em número e porte, o que torna necessária a atualização desses dados.

116
Foram citados alguns motivos pelos quais esses locais se tornaram pontos de
acúmulo de resíduos, entre eles a deficiência da coleta pública, pela falta da educação ambiental
e por conveniência dos moradores. Alguns desses pontos que existem passam por limpeza
esporadicamente, mas na maioria das vezes retornam a acumular resíduos.
Os pontos transitórios foram trabalhados em ferramenta cartográfica - google maps
- gerando um mapa de localização desses (figura 30).

FIGURA 30 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS TRANSITÓRIOS REALIZADOS GRAVIMETRIA

FONTE: AUTORES (2016)


Verde: pontos transitórios onde realizou-se a gravimetria
Amarelo: pontos transitórios onde não foi possível a realização da gravimetria

5.4.2. Resultados gerais


Através da caracterização dos pontos transitórios e de disposição final de resíduos
sólidos pode ser determinado o percentual de cada componente analisado nas diferentes classes
amostradas, possibilitando identificar as dificuldades e lacunas no sistema de gerenciamento
dos resíduos sólidos no município.
O estudo mostra que os pontos transitórios encontrados no município apresentam
um alto índice de resíduos sólidos da construção civil, o que representa 94,4% em massa (kg) e
96,21% do volume (m³) dos resíduos identificados. Além de parcelas significativas em relação
ao volume de resíduos recicláveis (80,56%), orgânicos (16,62%), resíduos perigosos (0,09%) e
outros (2,73%) (Tabela 02). A pesquisa possibilitou classificar os resíduos sólidos de acordo
com a ABNT NBR 10.004:2004 e a LBRS, identificando-os com os seus respectivos códigos.

117
TABELA 12 – GRAVIMETRIA DE RS DOS PONTOS TRANSITÓRIOS E DE DISPOSIÇÃO FINAL INADEQUADA
Massa Volume Volume NBR
Resíduos Massa (t) LBRS
(%) (m³) (%) 10004

20.548,57 89,51 27.908,30 82,49


Recicláveis

55,10 0,24 202,99 0,60


Papel, Papelão 19 12 01 A006

78,05 0,34 338,32 1,00


Plásticos 17 02 03 A007

19.823,75 86,35 26.076,78 77,08


Construção Civil 17 01 07 A011

80,35 0,35 148,86 0,44


Vidros 17 02 02 A099

482,10 2,10 507,48 1,50 19 12 02


Metais A004
19 12 03
29,22 0,13 633,86 1,87
Outros

2.073,01 9,03 5.208,77 15,40


Orgânicos

2.073,01 9,03 5.208,77 15,40


Podas de Árvores 20 01 38 A009

Restaurante, 0,00 0,00 0,00 0,00


20 03 02 A001
supermercados

0,00 0,00 0,00 0,00


Domésticos

0,00 0,00 0,00 0,00


Outros

0,03 0,00 2,32 0,01


Resíduos Perigosos

335,59 1,46 712,66 2,11


Outros

22.957,20 100,00 33.832,05 100,00


TOTAL
FONTE: AUTORES (2016)

118
Foi constatado que o município dispõe de um aterro controlado, onde todo o resíduo
sólido coletado de responsabilidade pública, é coletado pela empresa responsável - Proex. No
entanto, não foi possível afirmar um dado preciso no que diz respeito à sua composição, por
apresentar desnível no terreno. Não há histórico de dados em volume e características de
resíduos quando ainda era o lixão.
Foi verificado ainda que os pontos 12, 15, 27 e 42 localizados em perímetro urbano
caracterizam-se também como pontos de disposição final ambientalmente incorretos, pela
configuração volumosa de resíduos depositados sem nenhum tipo de tratamento e controle
ambiental. Para esses pontos destacam-se grandes volumes de resíduos da construção civil e
poda de árvores, sendo constatado o depósito por carroceiros. Além desses aspectos, foi
constatado o difícil acesso a esses pontos, dificultando a limpeza dos mesmos.
Existem também, na cidade, pontos de destinação de resíduos. Sendo estes as
empresas de reciclagem que recebem diariamente teladas de material reciclável, a Arplast (2,26
t/dia), Ferroplast (0,14 t/dia), a Associação Engenho do Lixo (1,87 t/dia), a Juazeiro Ambiental
(0,86 t/dia), e a empresa Flamax. Essa executa serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos
urbanos e incineração de resíduos de serviços de saúde e resíduos industriais, recebendo
diariamente 1,66 t.

5.4.3. Pontos de Disposição dispersos ou transitórios

5.4.3.1.Bairro Aeroporto

 Ponto 18 - Avenida Virgílio Távora

FOTO 52 – PONTO DE ACÚMULO DA AVENIDA VIRGÍLIO TÁVORA

FONTE: AUTORES (2016)

O ponto descrito fica localizado numa área importante de Juazeiro do Norte,


próximo ao Aeroporto Virgílio Távora, na Latitude de 7°12’47.04”S e Longitude de

119
39°17’17.53”O. Nesse referido local foi encontrado uma relevante quantidade de resíduos
sólidos da construção civil. Os materiais identificados eram dispostos pelos moradores da
proximidade, bem como por carroceiros. A área total do ponto de acúmulo é de 441m², possui
um volume de resíduos estimado de 66,15m³ e uma massa total de 44.600,31 Kg. A altura média
dos picos presentes nesse local era de 0,15m. É válido salientar que boa parte dos materiais
encontrados nesse local já haviam sido queimados.

TABELA 13 – MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 18 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 43.485,30 97,50 50,94 77,00

A006
17 01 07;17 02 03; A009
RCC 42.816,30 96,00 46,31 70,00
17 03 03;17 08 02 A005
A007

20 01 01;20 01 08;
Domésticos 20 01 10;20 01 11;
669,00 1,50 4,63 7,00
20 01 39;20 01 40

Orgânicos 892,01 2,00 13,23 20,00 16 03 06;20 02 01 A001

A004
Outros 223,00 0,50 1,98 3,00 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 44.600,31 100,00 66,15 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 20 - Rua Dr. João Tavares

FOTO 53 - PONTO DE CÚMULO NA RUA DR. JOÃO TAVARES

FONTE: AUTORES (2016)

120
O seguinte ponto está localizado na Latitude 7°12'54.09"S e Longitude
39°17'2.18"O. Os resíduos encontrados no referido local na sua maioria são podas de árvores.
Os mesmos são dispostos por carroças, como também por moradores residentes daquela região.
É importante ressaltar que boa porcentagem do material colocado nessa área já havia sido
queimado pelos moradores da localidade descrita, e que parcela desse acúmulo ocupa parte
do passeio público da rua Dr. João Tavares. O terreno não é cercado, facilitando assim que
sejam depositados resíduos no ambiente, que possuem uma massa total aproximada de
581.078,38 Kg e um volume total de 861,84m³

TABELA 14 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 20 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 26.150,86 4,50 68,89 7,99

A006
A009
RCC 17.434,68 3,00 43,09 5,00 17 01 02; 17 01 07
A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 8.716,18 1,50 25,79 2,99 20 01 10; 20 01 11;
20 01 28; 20 01 40

Orgânicos 552.098,15 95,00 775,66 90,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
2.905,78 0,50 17,24 2,00 16 01 24; 20 01 99
Perigosos F017

A004
Outros 1,16 0,00 0,06 0,01 20 01 35 A010
A099

TOTAIS 581.155,95 100,00 861,84 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.2.Bairro Triângulo

121
 Ponto 30 - Rua Joaquim Figueiredo com Açudinho

FOTO 54 - PONTO DE ACÚMULO PRÓXIMO AO HOSPITAL DAS CLÍNICAS E FRATURA DO CARIRI

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 15 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 30 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 5.842.635,25 98,25 7.231,61 81,99

A006
17 01 02; 17 01 03;
A009
RCC 5.798.040,89 97,50 6.879,60 78,00 17 01 07; 17 02 01;
A005
17 04 05
A007

20 01 01; 20 01 02;
20 01 08; 20 01 10;
Domésticos 44.594,37 0,75 352,01 3,99 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40;
16 03 06; 20 02 01

Orgânicos 71.360,50 1,20 1.411,20 16,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
5,95 0,00 0,79 0,01 20 01 21; 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 32.706,90 0,55 176,40 2,00 A010
20 01 99
A099

TOTAIS 5.946.708,60 100,00 8.820,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

122
Este terreno está localizado em uma área central de Juazeiro do Norte, próximo ao
Hospital das Clínicas e Fraturas do Cariri. Possui Latitude de 7°13'39.67"S e Longitude de
39°19'40.33"O. Os resíduos encontrados são provenientes de construção civil.

 Ponto 31- Rua Domingos Calazans

TABELA 16 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 31 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 279.690,95 93,00 361,30 81,00

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 264.653,83 88,00 334,54 75,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
15.037,12 5,00 26,76 6,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 18.044,58 6,00 66,91 15,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,03 0,00 0,00 0,00 20 01 21; 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 3.007,43 1,00 17,84 4,00 20 01 21; 20 01 35 A010
A099

TOTAIS 300.742,99 100,00 446,05 100,00 16 01 24; 16 06 04;


17 08 02; 20 01 99
FONTE: AUTORES (2016)

Este terreno está localizado ao lado da fábrica Singer Brasil, cuja Latitude e
Longitude são respectivamente: 7°13'39.27"S e 39°19'54.89"O. Os resíduos encontrados nessa
área são oriundos dos residentes do bairro Triângulo, despejados por esses e por carroceiros.
Os resíduos encontrados são provenientes em grande parte da construção civil.

123
FOTO 55 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA DOMINGOS CALAZANS

FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 32 - Rua São Lázaro


Este terreno acumula resíduos variados e são dispostos pela população do entorno.
É uma área declive e está situada num bairro marginalizado. Possui Latitude de 7°14'2.14"S e
Longitude de 39°19'48.46"O.

FOTO 56 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA SÃO LÁZARO

FONTE: AUTORES (2016)

124
TABELA 17 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 32 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 215.392,21 87,00 297,43 81,00

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 207.964,89 84,00 279,07 76,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos
20 01 10; 20 01 11;
7.427,32 3,00 18,36 5,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 24.757,73 10,00 55,08 15,00 16 03 06 - 20 02 01 A001

A004
Outros 7.427,32 3,00 14,69 4,00 16 01 24; 16 06 04;
A010
17 08 02; 20 01 99
A099

TOTAIS 247.577,26 100,00 367,20 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.3.Bairro João Cabral

 Ponto 50 - Rua: Senhor do Bonfim com Rua Jaime Dorcyl


O ponto 50 está localizado na Latitude 7°13'53.89"S e Longitude 39°19'8.80"O. O
terreno fica localizado próximo a Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro João Cabral. Os
resíduos encontrados no local são despejados, em sua maioria, pelos moradores próximos a essa
região. Esse ponto de acúmulo existe há mais de sete anos, segundo relatos dos residentes da
região.

125
FOTO 57 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA SENHOR DO BONFIM COM RUA JAIME DORCYL

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 18 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 50 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 140.851,80 93,00 176,33 78,50%

A006
136.308,27 90,00 168,47 75,00% 17 01 02; 17 01 03; A009
RCC
A005
17 01 07
A007

20 01 01;20 01 02;
Domésticos 4.543,53 3,00 7,86 3,50% 20 01 11; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 7.572,68 5,00 44,93 20,00% 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,08 0,00 0,00 0,00 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 3.029,07 2,00 3,37 1,50
17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 151.453,63 100,00 224,63 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

126
5.4.3.4.Bairro Franciscanos

 Ponto 41 - Avenida Aírton Senna


FOTO 58 - PONTO DE ACÚMULO NA AVENIDA AÍRTON SENNA

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 19 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 41 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 59.806,90 84,00 76,03 72,00

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 54.111,00 76,00 68,64 65,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01;20 01 02;
Domésticos 5.695,90 8,00 7,39 7,00 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40

Orgânicos 9.967,82 14,00 26,40 25,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 1.423,97 2,00 3,17 3,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 71.198,69 100,00 105,60 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

127
Este ponto de acúmulo situa-se à Latitude 7°12'38.42"S e Longitude
39°18'48.22"O. Os resíduos eram descartados no meio da avenida, dificultando a passagem de
pedestres e veículos. Boa parte dos materiais encontrados nessa área eram de construção civil
e dispostos tanto por moradores, como por carroceiros. Esse ponto já existe há mais de um ano,
segundo os residentes do bairro. O ponto retratado fica próximo a um local turístico da cidade,
a Igreja de São Francisco.

5.4.3.5.Bairro Salesianos

 Ponto 27 - Rua Manoel Vitorino


Esse ponto está localizado na Latitude 7°12'27.82"S e Longitude 39°19'33.68"O.
Os resíduos encontrados são característicos da construção civil e poda de árvores, os mesmos
são dispostos por carroças na área.

TABELA 20 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 27 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 99.111,41 74,99 117,42 59,91

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 66.074,54 50,00 98,00 50,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 33.036,87 24,99 19,42 9,91 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39 - 20 01 40

Orgânicos 26.429,82 20,00 58,80 30,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,40 0,01 0,18 0,09 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 6.607,45 5,00 19,60 10,00 16 01 24; 17 08 02 A010
A099

TOTAIS 132.149,08 100,00 196,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

128
FOTO 59 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MANOEL VITORINO

FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 29 - Rua Santa Clara com Rua José Pereira


O terreno está localizado no centro urbano, alvo de descarte de construções
vizinhas, característico tanto de caminhões, como carroças e carrinhos de mão. Localiza-se na
Latitude 7°12'35.73"S e Longitude 39°19'17.12"O.

FOTO 60 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA SANTA CLARA COM RUA JOSÉ PEREIRA

FONTE: AUTORES (2016)

129
TABELA 21 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 29 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 486.064,40 99,30 671,77 92,53

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 485.085,56 99,10 653,40 90,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01; 20 01 11;
Domésticos 978,84 0,20 18,37 2,53 20 01 28 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40

Orgânicos 2.692,20 0,55 36,30 5,00 16 03 06 - 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,15 0,00 0,15 0,02 20 01 21
Perigosos 017

A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 734,24 0,15 17,79 2,45 A010
20 01 99
A099

TOTAIS 489.490,98 100,00 726,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.6.Bairro São Miguel

 Ponto 44 - Rua Pedro Cruz Sampaio (Próximo a ETE Malvas)


O ponto de acúmulo de resíduos 44, está na dada localização: Latitude 7°12'5.80"S
e Longitude 39°18'38.36"O. A maior parte dos resíduos encontrados foram classificados como
"outros" (móveis, eletrodomésticos, tambores, ferro, etc.). A área está situada em via pública,
dificultando inclusive o tráfego de pessoas e automóveis. O local também é bastante
marginalizado.

130
FOTO 61 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA PEDRO CRUZ SAMPAIO

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 22 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 44 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 318,57 0,50 0,47 0,50

A006
A009
RCC 0,00 0,00 0,00 0,00
A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 318,57 0,50 0,47 0,50 20 01 11; 20 01 38;
20 01 38; 20 01 39

Orgânicos 0,00 0,00 0,00 0,00 A001

A004
Outros 63.396,16 99,50 94,03 99,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 63.714,74 100,00 94,50 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.7.Bairro Tiradentes

131
 Ponto 36 - Rua Maria Diva Cardoso Lobo
FOTO 62 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MARIA DIVA CARDOSO LOBO

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 23 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 36 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 163.472,19 98,40 229,15 93,00

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 163.139,93 98,20 209,44 85,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 332,26 0,20 19,71 8,00 20 01 11; 20 01 38;
20 01 38; 20 01 39

Orgânicos 2.491,95 1,50 14,78 6,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 166,13 0,10 2,46 1,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 166.130,27 100,00 246,40 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

132
O terreno está localizado na Latitude 7°14'6.41"S e Longitude 39°18'4.00"O. A
grande maioria dos resíduos era da construção civil, entretanto observou-se uma quantidade
significativa de resíduos orgânicos, principalmente de poda. Destaca-se também a presença de
materiais plásticos e até mesmo parte de um carro enferrujado, além de resíduos domésticos.
Possui uma área total de 308m² e uma altura média de resíduos de 0,80m.

 Ponto 34 - Rua Ezequiel Almeida


O terreno é particular e no momento da visita estava ocorrendo a terraplanagem do
mesmo. Por esse motivo não foi possível realizar a gravimetria. Possui uma “cinturão verde”
de densa vegetação. Com Latitude 7°13'52.88"S e Longitude 39°17'42.08"O.

 Ponto 37- Rua Francisco Manoel Bezerra


O ponto 37 está bem próximo ao 36 e localiza-se na Latitude 7°14'5.56"S e
Longitude 39°18'2.29"O. Os resíduos estão dispostos ao longo da via que não é pavimentada.
A maioria dos resíduos encontrados eram de origem doméstica.

TABELA 24 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 37 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 226.399,69 97,50% 278,96 81,00%

A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 217.111,50 93,50% 227,30 66,00% 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 11;20 01 38;
9.288,19 4,00% 51,66 15,00%
20 01 39; 20 01 40

Orgânicos 4.644,10 2,00% 51,66 15,00% 16 03 06; 20 01 99 A001

A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 1.161,02 0,50% 13,78 4,00% A010
20 01 99
A099

TOTAIS 232.204,81 100,00% 344,40 100,00%


FONTE: AUTORES (2016)

133
FOTO 63 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA FRANCISCO MANOEL BEZERRA

FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.8.Bairro Limoeiro

 Ponto 12 - Rua Madre Maria Vilac com Rua Paula Bezerra


O local se encontra próximo a um curso hídrico. Possui aterramento de 3 m de
altura, além dos resíduos característicos da construção civil, expostos no local. A maior parte
do terreno já havia sido terraplanado, mas foi possível realizar a gravimetria ao fundo do
terreno. Suas coordenadas: Latitude 7°13'31.32"S e Longitude 39°18'20.35"O.

FOTO 64 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MADRE MARIA VILAC COM RUA PAULA BEZERRA

FONTE: AUTORES (2016)

134
TABELA 25 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 12 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 528.540,36 99,23 750,50 95,00

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 525.344,51 98,63 726,80 92,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01; 20 01 08;
Domésticos 3.195,85 0,60 23,70 3,00 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39 ; 20 01 40

Orgânicos 3.728,49 0,70 31,60 4,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 372,85 0,07 7,90 1,00 A010
20 01 99
A099

TOTAIS 532.641,70 100,00 790,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 13 - Rua Capitão Domingos


O local foi dividido em 04 pontos, devido ao tamanho do mesmo e para facilitar o
cálculo da área e do volume total dos resíduos. Nesse ponto a maioria dos resíduos são da
construção civil, mas nota-se também uma alta quantidade de resíduos orgânicos,
principalmente poda. Há também a presença de resíduos domésticos, porém em uma quantidade
significativamente inferior. Carroceiros e caminhões são os principais formadores dos
acúmulos. O terreno situa-se em Latitude 7°13'20.94"S e Longitude 39°18'16.72"O.

FOTO 65 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA CAPITÃO DOMINGOS

FONTE: AUTORES (2016)

135
TABELA 26 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 13.1 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 753.249,76 84,00 1.037,40 78,00

A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 735.315,24 82,00 997,50 75,00
17 04 09 A005
A007

20 01 01; 20 01 10;
17.934,52 2,00 39,90 3,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 40

Orgânicos 134.508,89 15,00 279,30 21,00 20 02 01 A001

A004
Outros 8.967,26 1,00 13,30 1,00 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 896.725,90 100,00 1.330,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 27 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 13.2 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 196.605,47 90,00 259,20 80,00

A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 185.682,94 85,00 252,72 78,00
17 04 09 A005
A007

20 01 01; 20 01 10;
10.922,53 5,00 6,48 2,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 40

Orgânicos 19.660,55 9,00 61,56 19,00 20 02 01 A001

A004
Outros 2.184,51 1,00 3,24 1,00 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 218.450,52 100,00 324,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

136
TABELA 28 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 13.3 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 681.738,23 97,60 993,52 95,90

A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 677.547,21 97,00 984,20 95,00
17 04 09 A005
A007

20 01 01; 20 01 10;
4.191,01 0,60 9,32 0,90
Domésticos 20 01 38; 20 01 40

Orgânicos 13.970,05 2,00 41,44 4,00 20 02 01 A001

A004
Outros 2.794,01 0,40 1,04 0,10 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 698.502,28 100,00 1.036,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 29 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 13.4 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 663.816,52 45,00 875,16 40,00

A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 590.059,13 40,00 809,52 37,00
17 04 09 A005
A007

20 01 01; 20 01 10;
73.757,39 5,00 65,64 3,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 40

Orgânicos 781.828,34 53,00 1.290,86 59,00 20 02 01 A001

A004
Outros 29.502,96 2,00 21,88 1,00 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 1.475.147,82 100,00 2.187,90 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

137
 Ponto 15 - Rua Madre Nely Sobreira (local de Brejo)
O terreno é acidentado e possui altura média de 1,60 m de aterramento pré-
existente. Na área, há construção de infraestrutura. Os resíduos encontrados são característicos
da construção civil, e são dispostos por caminhões e carroças na área. Identificou-se também
materiais perigosos, como lâmpadas e EPI’s, entre outros. Sua Latitude e Longitude são
respectivamente: 7°13'23.43"S e 39°18'12.70"O.

TABELA 30 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 15 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 549.273,86 98,39 662,33 79,99

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 548.716,15 98,29 621,00 75,00
17 01 07; 17 03 03 A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
20 01 10; 20 01 11;
Domésticos 557,70 0,10 41,33 4,99 20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 8.932,20 1,60 140,76 17,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,56 0,00 0,07 0,01 20 01 21
Perigosos F017

A004
Outros 55,83 0,01 24,84 3,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 558.262,44 100,00 828,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

138
FOTO 66 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MADRE NELY SOBREIRA (LOCAL DE BREJO)

FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.9.Bairro Centro

 Ponto 42 - Rua Joana Batista Holanda

TABELA 31 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 42 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 233.297,87 99,50 344,28 99,00

17 01 01; 17 01 02; A006


17 01 03; 17 01 07; A009
RCC 233.297,87 99,50 344,28 99,00
17 02 01; 17 02 02; A005
17 02 03; 17 04 05 A007

0,00 0,00 0,00 0,00


Domésticos

Orgânicos 1.172,35 0,50 3,48 1,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 0,00 0,00 0,00 0,00 A010
A099

TOTAIS 234.470,22 100,00 347,76 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

O local de acúmulo possui Latitude 7°11'48.09"S e Longitude 39°19'9.43"O. Os


resíduos encontrados são característicos da construção civil, formando cerca de 200 montes
com altura média de 1,00m, além de poda de árvores em pequena quantidade. Até o momento
da visita, o terreno estava sendo utilizado como disposição final dos RCC’s.

139
FOTO 67 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA JOANA BATISTA HOLANDA

FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 43 - Rua São Pedro


Assim como o ponto 42, o terreno estava sendo utilizado como disposição final dos
resíduos da construção civil. Contudo, havia presença significativa de resíduos orgânicos,
domésticos, entre outros. O local foi dividido em 05 pontos para facilitar o cálculo da massa e
do volume total. O terreno tem Latitude 7°11'43.58"S e Longitude 39°18'53.79"O.

TABELA 32 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 43.1 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 1.371.302,50 99,70 2.019,55 99,00

A006
17 01 01;17 01 02;
A009
RCC 1.368.552,05 99,50 1.999,20 98,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007

20 01 01; 20 01 02;
20 01 10; 20 01 11;
Domésticos 2.750,45 0,20 20,35 1,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 1.375,43 0,10 10,20 0,50 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,41 0,00 0,05 0,00 20 01 21
Perigosos F017

A004
Outros 2.750,86 0,20 10,20 0,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 1.375.429,20 100,00 2.040,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

140
TABELA 33 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 43.2 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 507.059,42 99,70 746,78 99,00


A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 506.042,25 99,50 739,23 98,00 07 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
1.017,17 0,20 7,54 1,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 1.017,17 0,20 3,77 0,50 16 03 06; 20 02 01 A001


A004
Outros 508,59 0,10 3,77 0,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 508.585,18 100,00 754,32 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 34 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 43.3 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 1.844.909,03 85,00 2.575,36 80,00

A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 1.519.336,85 70,00 1.770,56 55,00 17 01 03;17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
325.572,18 15,00 804,80 25,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 217.048,12 10,00 482,88 15,00 16 03 06; 20 02 01 A001


A004
Outros 108.524,06 5,00 160,96 5,00 17 08 02 ; 20 01 99 A010
A099
TOTAIS 2.170.481,21 100,00 3.219,20 100,00
FONTE: AUTORES (2016)

141
TABELA 35 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 43.4 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 376.058,52 99,60 543,20 97,00


A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 375.303,39 99,40 532,00 95,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
755,14 0,20 11,20 2,00%
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 755,14 0,20 8,40 1,50 16 03 06;20 02 01 A001


A004
Outros 755,14 0,20 8,40 1,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 377.568,80 100,00 560,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 36 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 43.5 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 548.246,08 99,65 787,44 96,50

A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 547.420,82 99,50 775,20 95,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007

20 01 01 ; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
825,26 0,15 12,24 1,50
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 825,26 0,15 12,24 1,50 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 1.100,34 0,20 16,32 2,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 550.171,68 100,00 816,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

142
FOTO 68 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA SÃO PEDRO

FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.10. Bairro Leandro Bezerra

 Ponto 7 - Rua Ary Cruz com Rua Maria Pereira

TABELA 37 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 07 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 224.591,41 97,40 282,15 82,50

17 01 01; 17 01 02; A006


17 01 03; 17 01 07; A009
RCC 222.285,54 96,40 265,05 77,50
17 02 01; 17 02 02; A005
17 04 05 A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
2.305,87 1,00 17,10 5,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 5.764,67 2,50 51,30 15,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 230,59 0,10 8,55 2,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 230.586,67 100,00 342,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

143
Este ponto de acúmulo está situado ao longo do quarteirão, estendo-se de uma
esquina a outra. No local acontece queima dos resíduos dispostos que são característicos de
carroceiros e da população que reside no entorno. Suas coordenadas geográficas são: Latitude
7°13'0.72"S e Longitude 39°17'37.03"O.

FOTO 69 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA ARY CRUZ COM RUA MARIA PEREIRA

FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.11. Bairro José Geraldo da Cruz

 Ponto 01 - Rua Otônio Lira (Igreja Mãe Rainha)


Os resíduos encontrados são característicos da construção civil e poda de árvores.
Os mesmos são dispostos por carroças, ocupando uma distância de três quarteirões. O ponto se
situa na Latitude 7°13'51.04"S e Longitude 39°18'42.56"O.

FOTO 70 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA OTÔNIO LIRA

FONTE: AUTORES (2016)

144
TABELA 38 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 01 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 255.027,90 91,00 353,31 85,00

A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 252.225,40 90,00 332,53 80,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007

20 01 01; 20 01 02;
20 01 08; 20 01 10;
Domésticos 2.802,50 1,00 20,78 5,00
20 01 11; 20 01 38
20 01 39; 20 01 40

Orgânicos 23.821,29 8,50 49,88 12,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
5,61 0,00 0,29 0,07 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 1.395,65 0,50 12,18 2,93 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 280.250,45 100,00 415,66 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 02 - Avenida Antônio Pereira da Silva


Os resíduos encontrados são característicos da construção civil. Os mesmos são
dispostos por carroças na área, ocupando parte da via pública. Possui Latitude 7°13'51.80"S e
Longitude 39°18'36.37"O.

FOTO 71 - PONTO DE ACÚMULO NA AVENIDA ANTÔNIO PEREIRA DA SILVA

FONTE: AUTORES (2016)

145
TABELA 39 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 02 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 34.157,82 96,50 48,77 92,90

A006
17 01 02; 17 01 03;
A009
RCC 33.627,22 95,00 47,25 90,00 17 01 07; 17 02 01;
A005
17 02 03; 17 04 05
A007

20 01 01; 20 01 02;
20 01 08; 20 01 10;
Domésticos 530,60 1,50 1,52 2,90
20 01 11; 20 01 28;
20 01 39; 20 01 40

Orgânicos 1.061,91 3,00 2,63 5,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,35 0,00 0,05 0,10 20 01 21
Perigosos F017

A004
16 01 99; 17 08 02;
Outros 176,99 0,50 1,05 2,00 A010
20 01 99
A099

TOTAIS 35.397,08 100,00 52,50 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.12. Bairro Lagoa Seca

 Rua Padre Nestor Sampaio com Rua Dão Ribeiro


O terreno está situado na Latitude 7°14'13.21"S e Longitude 39°18'59.75"O.
Haviam muitas obras de construção civil nas proximidades do local. Muitas podas estavam
despejadas no terreno e havia quantidade significativa de resíduos domésticos.

FOTO 72 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA PADRE NESTOR SAMPAIO COM RUA DÃO RIBEIRO

FONTE: AUTORES (2016)

146
TABELA 40 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 05 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 399.927,31 99,40 552,94 92,66

17 01 01;17 01 02; A006


17 01 03; 17 01 07; A009
RCC 399.122,63 99,20 537,07 90,00
17 02 01; 17 04 02; A005
17 04 05 A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 804,68 0,20 15,87 2,66 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40

Orgânicos 2.011,71 0,50 29,84 5,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
12,07 0,00 0,54 0,09 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 402,34 0,10 13,43 2,25 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 402.353,43 100,00 596,74 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 08 - Rua Padre Nestor Sampaio com Rua Irmã Florentina


O local de acúmulo está nas seguintes coordenadas: Latitude 7°14'13.30"S e
Longitude 39°19'11.45"O. Os resíduos encontrados são característicos da construção civil, os
mesmos são dispostos por caminhões na área. Esse ponto de acúmulo já existe há mais de cinco
anos, segundo moradores da região, e fica numa área nobre da cidade, bairro Lagoa Seca.

FOTO 73 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA PADRE NESTOR SAMPAIO COM RUA IRMÃ FLORENTINA

FONTE: AUTORES (2016)

147
TABELA 41 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 08 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 969.823,22 99,89 1.418,40 98,50

A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 969.726,13 99,88 1.411,20 98,00
17 01 07 A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 97,09 0,01 7,20 0,50 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40

Orgânicos 970,89 0,10 14,40 1,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 97,09 0,01 7,20 0,50 16 01 24; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 970.891,20 100,00 1.440,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.13. Bairro Santa Tereza

 Ponto 09 - Rua Eduardo Mclain


O local descrito fica localizado numa área central de Juazeiro do Norte, próximo a
rodoviária do município. Os resíduos dispostos encontravam-se espalhados no meio da rua,
como também no passeio público. Os materiais em sua maioria eram da construção civil,
contudo havia uma relevante percentagem de elementos orgânicos. É importante ressaltar que
foram encontrados materiais provenientes de indústrias, no caso de gráficas que ficam
localizadas próximo ao espaço descrito. Os materiais encontrados nessa área eram dispostos
por meio de carroças. Possui Latitude 7°13'40.49"S e Longitude 39°19'20.73"O.

FOTO 74 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA EDWARD MCLAIN

FONTE: AUTORES (2016)

148
TABELA 42 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 09 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 54.187,87 89,30 81,90 91,00

A006
17 01 02; 17 01 03 A009
RCC 52.792,21 87,00 81,00 90,00
A005
A007

20 01 02; 20 01 11;
1.395,66 2,30 0,90 1,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 39

Orgânicos 6.068,07 10,00 7,65 8,50 20 02 01 A001

A004
Outros 424,76 0,70 0,45 0,50 16 01 17; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 60.680,70 100,00 90,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 10 - Rua Antônio Mota Diniz (atrás do Hiper Bom Preço)


O referido local fica localizado em uma área central do Juazeiro do Norte, ao lado do
supermercado Hiper Bom preço. Com Latitude 7°13'11.69"S e Longitude 39°19'23.24"O. Essa
região apresenta uma grande quantidade de resíduos sólidos da construção civil, bem como uma
relevante porção de podas. Os materiais despejados nesse local eram provenientes de pequenas
indústrias, comércios, como também de residências. Os resíduos dessa extensão são despejados
por caminhões e carroças.

FOTO 75 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA ANTÔNIO MOTA DINIZ (ATRÁS DO HIPER BOM PREÇO)

FONTE: AUTORES (2016)

149
TABELA 43 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 10 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 2.367.768,87 94,00 3.642,57 97,50

A006
17 01 02; 17 01 03;
A009
RCC 2.292.201,78 91,00 3.623,89 97,00 17 04 07
A005
A007

20 01 02; 20 01 11;
Domésticos 75.567,09 3,00 18,68 0,50 20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 100.756,12 4,00 74,72 2,00 20 01 08 A001

A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 50.378,06 2,00 18,68 0,50 A010
20 01 99
A099

TOTAIS 2.518.903,05 100,00 3.735,97 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 11 - Rua Delmiro Gouveia


O ponto está localizado na Latitude 7°13'5.17"S e Longitude 39°19'21.94"O. Na
área, os resíduos dificultavam a passagem dos pedestres. É importante salientar que havia
materiais de clínicas odontológicas no local.

FOTO 76 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA DELMIRO GOUVEIA

FONTE: AUTORES (2016)

150
TABELA 44 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 11 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 44.741,34 79,00 61,24 72,91

A006
17 01 02; 17 01 03 A009
RCC 40.211,08 71,00 54,60 65,00
A005
A007

20 01 02; 20 01 11;
Domésticos 4.530,26 8,00 6,64 7,91 20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 11.327,06 20,00 21,00 25,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,57 0,00 0,08 0,09 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 566,35 1,00 1,68 2,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 56.635,32 100,00 84,00 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.14. Bairro Vila Fátima

 Ponto 46 - Avenida Carlos Cruz


O ponto de acúmulo está localizado na Latitude 7°12'9.58"S e Longitude
39°18'2.15"O. A maior parte dos resíduos encontrados no local eram domésticos. Pode-se notar
também acúmulos de resíduos da construção civil e orgânicos principalmente. Os resíduos eram
depositados na área de passeio, por vários metros. A área total é de 406,30m², com uma altura
média de resíduos de 0,30m.

FOTO 77 - PONTO DE ACÚMULO NA AVENIDA CARLOS CRUZ

FONTE: AUTORES (2016)

151
TABELA 45 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 46 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 75.607,18 92,00 114,52 93,95

A006
A009
RCC 13.970,92 17,00 4,88 4,00 17 01 02; 17 01 07
A005
A007

20 01 01; 20 01 02;
20 01 10; 20 01 11;
Domésticos 61.636,26 75,00 109,64 89,95
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 5.752,73 7,00 6,09 5,00 16 03 06; 20 02 01 A001

Resíduos F044
0,16 0,00 0,06 0,05 20 01 35
Perigosos F017

A004
Outros 821,82 1,00 1,22 1,00 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 82.181,89 100,00 121,89 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.15. Bairro Pio XII

 Ponto 47 - Avenida José Bezerra com Frei Ibiapina


O local descrito fica localizado na divisa entre as ruas Frei Ibiapina com a avenida
José Bezerra. A maior porcentagem de resíduos encontrados nesse local são os oriundos da
construção civil. O transporte usual para a traslado dos materiais estudados são carroças.
Somado a isso é importante acrescentar que a área analisada apresenta uma densa vegetação.
Suas coordenadas são: Latitude 7°12'41.00"S e Longitude 39°18'15.62"O.

152
FOTO 78 - PONTO DE ACÚMULO NA AVENIDA JOSÉ BEZERRA COM FREI IBIAPINA

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 46 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 47 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 27.670,63 93,00 36,85 83,50

A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 26.778,03 90,00 35,30 80,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
892,60 3,00 1,54 3,50
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 1.785,20 6,00 6,62 15,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 297,53 1,00 0,66 1,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 29.753,36 100,00 44,13 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

 Ponto 48 - Av. José Bezerra com rua Nossa Senhora de Lourdes


O terreno está localizado na Latitude 7°12'56.76"S e Longitude 39°18'22.64"O. Os
resíduos encontrados são característicos da construção civil, poda de árvores e Pneus. São
dispostos por carroças e caminhões na área.

153
FOTO 79 - PONTO DE ACÚMULO NA AV. JOSÉ BEZERRA COM RUA NOSSA SENHORA DE LOURDES

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 47 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 48 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 4.035,47 98,60 590,64 97,30

A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 3.990,45 97,50 576,68 95,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 40,93 1,00 9,71 1,60 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40

Pneus 4,09 0,10 4,25 0,70 16 01 24

Orgânicos 55,25 1,35 12,14 2,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 2,05 0,05 4,25 0,70 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 4.092,77 100,00 607,03 100,00


FONTE: AUTORES (2016)
 Ponto 49 - Av. José Bezerra com Carolina Sobreira
No local havia muitos resíduos da construção civil, além de resíduos domésticos e
de poda. Sua localização: Latitude 7°13'7.96"S e Longitude 39°18'20.40"O.

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FOTO 80 - PONTO DE ACÚMULO NA AV. JOSÉ BEZERRA COM CAROLINA SOBREIRA

FONTE: AUTORES (2016)

TABELA 48 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 49 E SUAS CLASSIFICAÇÕES


Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR

Recicláveis 253.556,33 96,80 357,42 92,00

A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 251.460,82 96,00 322,46 83,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007

20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
2.095,51 0,80 34,97 9,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40

Orgânicos 7.858,15 3,00 23,31 6,00 16 03 06; 20 02 01 A001

A004
Outros 523,88 0,20 7,77 2,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099

TOTAIS 261.938,36 100,00 388,50 100,00


FONTE: AUTORES (2016)

5.4.3.16. Bairro Carité

 Ponto 45 - Avenida Carlos Cruz


O ponto não havia resíduos suficientes dispostos para que fosse possível a
realização da gravimetria. Suas coordenadas são: Latitude 7°12'9.14"S e Longitude
39°18'2.95"O.

155
5.4.4. Aterro controlado de Juazeiro do Norte/CE
O aterro controlado de Juazeiro do Norte está localizado à margem da Rodovia CE-
060, no trecho que liga os municípios de Juazeiro do Norte e Caririaçu/CE. Situado na
coordenada geográfica com latitude 7° 9’19.72″ Sul e longitude 39°18’39.65″ Oeste. No dia 23
de julho de 2016, foi realizada uma visita ao local com o objetivo de calcular o volume, massa
total e identificar os tipos de resíduos. Após uma breve avaliação do terreno e da área que se
encontra o aterro hoje, notou-se que pelo desnível do terreno, não seria possível a realização do
cálculo. E não há literatura com tais informações dispostas. O mesmo só passou a ser aterro
controlado depois que começou a ser gerenciado - há pouco mais de um ano - pela AMAJU.
Desde então, um fiscal é encarregado de controlar o fluxo de veículos, que somente autorizados
pela Amaju poderão fazer disposição final no local.

5.4.5. Pontos de Destinação


O município de Juazeiro do Norte possui alguns pontos de destinação. Abaixo, são
citados os maiores da cidade.
A Arplast é uma empresa de reciclagem que atua na região do Cariri, localizada na
Avenida do Agricultor, número 567 bairros 3 Marias em Juazeiro do Norte/CE. Os resíduos
que chegam a empresa são separados de acordo com suas características físicas. A empresa não
trabalha com materiais como o vidro, orgânico e entre outros resíduos por não possuírem
valores agregados para o processo de reciclagem da empresa. Comprados em teladas os
materiais recicláveis varia entre papelão, plásticos e papéis (garrafas, baldes, caixas, cadeiras,
sacos, dentre outros). Os materiais passam por um processamento, triagem, separação por tipo
e cor, moagem e lavagem, agregando mais valor ao produto final. Os resíduos são comprados
através de parcerias com fornecedores do Cariri e até de outras regiões do Brasil (associações,
cooperativas, aterros sanitários, sucatas, lixões e depósitos de coleta), coletando ou recebendo
as coletas de terceiros. A empresa recebe, só de Juazeiro do Norte, cerca de 2,26 t de material
por dia.
A Ferroplast, localizada na Rua Manoel Tavares Lopes, N° 1221. Os resíduos são
obtidos através de empresas particulares das cidades de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha,
recebendo mais de 0,14 t/dia. O papelão é prensado e vendido para uma empresa de
Pernambuco, o plástico é reciclado, moído e revendido para as indústrias de sacolas recicláveis.

156
O Ferro velho é encaminhado para a Gerdau. As garrafas de vidro e metal são armazenadas até
obter uma quantidade suficiente, para compensar o frete das para fábricas de cerveja, cachaça
e reaproveitamento de metal.
A Flamax localizada na Avenida do Agricultor, n°1042, Juazeiro do Norte/CE. É
uma empresa criada com o objetivo de executar os serviços de coleta e transporte de resíduos
sólidos urbanos e incineração de resíduos de serviços de saúde e resíduos industriais. Contando
com uma equipe altamente qualificada para atender e auxiliar o gerador na correta destinação
de seus resíduos. Por dia cerca de 1,6 t de resíduos de serviço da saúde são incinerados e 1,3 t
de resíduos industriais por dia são recebidos pela Flamax.

5.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS


O presente diagnóstico configura-se de extrema importância para o município de
Juazeiro do Norte/CE, elemento necessário no que diz respeito à gestão e gerenciamento dos
seus resíduos sólidos.
Os principais problemas encontrados está relacionado com à disposição de resíduos,
em sua maioria RCC’s, em vias públicas, terrenos baldios, demonstrando que apesar de o
município realizar o trabalho de limpeza pública, a população não contribui de maneira
significativa para evitar os transtornos causados pela disposição inadequada dos resíduos.
É importante ressaltar que as características físicas, químicas ou biológicas
influenciam diretamente na gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos, devendo-se respeitar
as formas adequadas de destinação e tratamento dos mesmos. Há também diferentes fatores de
influência na limpeza urbana do município de Juazeiro do Norte. Tais como fatores climáticos,
diversas romarias ao longo do ano, destacando a cidade nacionalmente no ramo de turismo
religioso, que chega a dobrar sua população.
Com este trabalho, fica evidente a necessidade da aplicação de tecnologias
econômica e ambientalmente adequadas no município de Juazeiro do Norte, principalmente, no
que diz respeito à reciclagem do resíduo da construção civil, a utilização da matéria orgânica
para fins energéticos, além de outras medidas que fortaleçam a gestão e o gerenciamento dos
resíduos sólidos no âmbito municipal.

157
5.6. REFERÊNCIAS

1. ABNT-NBR 10.004:2004 Classificação de Resíduos Sólidos – Associação Brasileira


de Normas Técnicas; Fórum Nacional de Normatização. 2004
2. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística.
Instrução Normativa n° 13, de 18 de dezembro de 2012 . Brasília, 2012. Legislação
Federal e marginália.
3. MARIANO, M. O. H. et al. Composição Gravimétrica e Volumétrica dos RSU da
Célula Piloto do Aterro de Resíduos Sólidos da Muribeca. 24º Congresso
Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil,
02-07 Setembro. 2007.

158
CONCLUSÃO

159
6. CONCLUSÃO
Ao analisar a gravimetria realizada na geração das atividades econômicas, coleta e
transporte e destinação e disposição final, é possível contrapor dados importantes e quanto a
dinâmica dos resíduos sólidos no município.
Em relação a geração, a quantidade de orgânicos foi bem elevada. Considerando
que o número de visitas foi limitado, quando comparado aos valores de coleta e transporte, não
se tem o esperado, visto que em decorrência de perdas entre a geração e a coleta, se era comum.
Mas ainda assim não ideal, que o número da geração fosse maior ao da etapa de coleta. No
entanto, tal levantamento foi importante para diagnosticar as dificuldades de acesso ás
empresas, no tratar de resíduos sólidos, ainda que a Política Nacional de Resíduos Sólidos tenha
sido promulgada em 2010 e até mesmo em razão de outras regulamentações mais antigas. Além
disso foi importante identificar a geração e até mesmo o gerenciamento dos resíduos por parte
dos grandes geradores levantados.
Deve ser dada atenção aos RSO’s, visto a sua quantidade de geração e a existência
de possibilidades de reutilização, inclusive para a geração de energia. Há ainda a problemática
gerada pela perda dos resíduos recicláveis por estarem misturados aos materiais orgânicos.
Na coleta e transporte, conforme foi demonstrado no capítulo 4, mais de cinquenta
por cento dos materiais são recicláveis o que indica a viabilidade e necessidade de investimentos
no setor da reciclagem, aumentando o suporte às associações que já desenvolvem parte da coleta
e dando espaço de mercado para que empresas recicladoras se desenvolvam. Os agentes sociais
devem ser incluídos em políticas que envolvam tais investimentos. Desta forma, haveria o
aumento de empregos, principalmente no setor especializado em Resíduos Sólidos. Portanto, é
sugerido a criação de centros de triagem, seja uma iniciativa do poder público ou privado, a fim
de evitar que estes materiais coletados tenham destinação e disposição final danosa ao ambiente.
Quanto a Destinação e Disposição final, foi identificado uma grande quantidade de
pontos de disposição irregular, com predominância de Resíduos Sólidos de Construção Civil,
que também podem ser inseridos em processos de reciclagem. Há ainda vários carroceiros que
alimentam tais pontos como forma de obtenção de renda ao descarregar resíduos. Cabe
fiscalizar os geradores, para que estes regularizem a forma de destinar os resíduos.
O levantamento possibilita diagnosticar várias problemáticas no âmbito trabalhado,
assim como o local onde esta predomina, sendo uma ferramenta importante no processo de
gestão. Toda decisão tomada a partir deste documento deve considerar todos os aspectos
envolvidos, em especial os sociais, ambientais e econômicos, além de fatores decisórios na
implantação de qualquer tecnologia ou normativa.

160
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

161
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BMUB - Bundesministerium fur Umwelt, Naturschutz, Bau und Reaktorsicherheit.


Abfallwirtschaft in Deutschland 2016 - Fakten, Daten, Grafiken. Berlin, 2016.
2. BRASIL, República Federativa do. Lei Nº 12.305, de 12 de Agosto de 2010. Institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de
1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 12 Agost. 2010. Legislação Federal e
marginália.
3. CEARÁ, Lei Complementar n° 78, de 26 de junho de 2009. Dispõe sobre a criação
da Região Metropolitana do Cariri, cria o conselho de desenvolvimento e integração e
o fundo de desenvolvimento e integração da região Metropolitana do Cariri - FDMC,
altera a composição de microrregiões do estado do ceará e dá outras providências.
Juazeiro do Norte, CE, 26 de Jun. 2009.
4. IBGE. Projeção da população brasileira e das unidades da federação. Brasília,
2016.
5. IPECE. Perfil Básico Municipal - Juazeiro do Norte. Ceará, 2015.
6. PEREIRA, C. M. C. Análise da Problemática do Lixo nas Romarias em Juazeiro
do Norte. Universidade Federal do Ceará – UFC. Dissertação de mestrado em
Desenvolvimento e meio Ambiente- PRODEMA. 2005.

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