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Juazeiro do Norte / CE
Realização
Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte/CE
Prática Projetos e Consultoria LTDA.
Parceria
EnviTeSB LTDA. - Portal Resíduos Sólidos
2016
Diagnóstico de Resíduos Sólidos
JUAZEIRO DO NORTE/CE
2016
Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte / CE
Raimundo Antônio de Macêdo
Prefeito
Coordenador Geral
Gleysson Bezerra Machado
Gravimetria Geral
Letícia Lacerda Freire
Apoio de Campo
Antonia Fernanda Ferreira de Matos
Carlos Edgar Silva Estevam
Daniel Apolinario Moreira
Eduardo Lynniky Bezerra de Sousa
Ivone Martins da Silva
Jaqueline Vitorino de Oliveira
José Lucas de Souza Silva
José Raul Batista da Silva
Kelly Fernanda do Nascimento
Maria Lindayanne da Silva Santos
Matheus Amaro Ferreira Pereira
Regianne de Oliveira Silva
Sheyla Monyke Silva de Freitas
Apoio Técnico
EnviTeSB LTDA
Apoio Logístico
Autarquia de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte / CE
Prática Projetos e Consultoria – LTDA
Francisco Thiciano Rodrigues de Assis
FICHA TÉCNICA
Este material foi elaborado pela Prática Projetos e Consultoria, em parceria com a EnviTeSB,
como subsídio ao processo de discussão e elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada
A reprodução das informações contidas nesse material, desde que apresentada a fonte, será
permitida. São proibidas reproduções para fins comerciais.
Supervisão Editorial
Gleysson Bezerra Machado
Revisão de texto
Letícia Lacerda Freire
Renata Flavia da Costa Leite
Normalização Bibliográfica
Letícia Lacerda Freire
Renata Flavia da Costa Leite
Capa
Letícia Lacerda Freire
1
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O Juazeiro do Norte/CE junto a oito municípios compõem a RMC, criada pela 3Lei
complementar nº 78 de 26 de junho de 2009 - Governo do Estado do Ceará. Este município está
localizado na porção sul do Estado do Ceará entre as coordenadas geográficas 7º12”47’ de
latitude e 39º18”55’ de longitude, com extensão territorial de 248, 558 Km²,limitando-se com
os municípios de Caririaçu, Missão Velha, Barbalha e Crato. Juazeiro do Norte é conhecido por
ser a cidade das romarias. Trata-se da cidade com maior economia entre as que compõem a
RMC, com uma população fixa de 249.936 habitantes, sendo que, 96% representa à população
urbana e apenas 4% a população rural (5IPECE, 2015). Conforme 6Pereira (2005) durante as
festas religiosas nas três romarias dos meses de fevereiro, setembro e novembro há um
expressivo aumento populacional. É portanto considerado o pólo do desenvolvimento
econômico local e atualmente um polo universitário.
É sabido que quanto maior o desenvolvimento de um município, maior a geração
de resíduos. Por tanto se requer uma gestão efetiva. De acordo com a 2Lei 12.305/10, todos os
municípios devem elaborar o PMGRIS, fazendo-se necessário a realização de um diagnóstico
da situação local. Principalmente nos aspectos voltados à caracterização e quantificação dos
resíduos gerados, a fim de delinear as demais etapas do processo. É importante ainda avaliar
outros contextos a níveis mais abrangentes, mas com foco na realidade local, onde o plano será
executado.
O plano deve passar por revisões periódicas, entretanto as determinações iniciais,
com base em estudos técnicos, são fundamentais para a tomada de decisões.
A obtenção de dados relativos ao diagnóstico pode obedecer várias metodologias.
Estas, por sua vez, envolvem algum tipo de gravimetria, podendo apresentar algumas diferenças
quanto aos objetivos de cada estudo. De acordo com as classificações quanto à origem e a
periculosidade, apresentadas pela 2Lei N° 12.305 de 02 de agosto de 2010, que dispõe a PNRS,
se define também os responsáveis pela coleta, transporte e tratamento ou destinação
ambientalmente adequada, com base ainda em outras diretrizes mais específicas a cada material.
Cabe à gestão pública municipal desenvolver e executar o plano, estando este incluso ou não
no PMSB.
Neste sentido, a AMAJU, a partir de processos licitatórios, acionou os serviços da
empresa Prática - Projetos e Consultoria LTDA para diagnosticar os resíduos sólidos de
Juazeiro do Norte/CE, a partir de gravimetria dinâmica. Considerando a obtenção de dados a
partir da análise do fluxo dos resíduos no seu gerenciamento.
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É válido ressaltar que a gestão envolve fatores políticos, sociais, econômicos,
ambientais e culturais que devem ser considerados e contextualizados junto as tabulações
quantitativas. Para melhor contrapor as linhas de análise, adotou-se a seguinte esquematização
(figura 01).
FIGURA 01 - GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL
27
28
METODOLOGIA
29
2. METODOLOGIA
2.1. METODOLOGIA GERAL APLICADA
Para o desenvolvimento geral do estudo, inicialmente formou-se uma equipe de
trabalho com representantes do Poder Público Municipal e representantes do meio acadêmico,
como forma de envolver a formação de profissionais aptos a atuar nas demandas locais, de
diversos cursos relacionados a fim de obter equipe multidisciplinar. Sendo estes da Engenharia
Ambiental, Engenharia Química, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção,
Tecnologia em Saneamento Ambiental e Administração Pública. As capacitações foram
fornecidas pelo Portal Resíduos Sólidos em aulas a distância e presenciais, além da realização
de workshops para o ensinamento das práticas a serem adotadas. O grupo contou ainda com o
apoio de estagiários da E.E.E.P. Raimundo Saraiva Coelho, de Juazeiro do Norte, do curso
Técnico em Edificações e E.E.E.P. Leopoldina Gonçalves Quezado, de Aurora, dos curso de
Agrimensura e Desenho da Construção Civil. A equipe foi complementada ao longo do trabalho
em razão de demandas das atividades e saída de membros que compunham o grupo
inicialmente. Além desses, houve a participação de outros acadêmicos das Universidades e
Instituições acadêmicas locais.
Após a etapa de capacitação, dividiu-se os grupos de trabalho, com base nas etapas
de gerenciamento de resíduos, com a finalidade de coletar dados nas intermediações destes pelo
processo de gravimetria dinâmica, para melhor caracterizar o fluxo atual de resíduos no
município.
Para tanto, definiu-se três grupos de trabalho. O primeiro, responsável pelos dados
relativos a geração por atividades econômicas, sendo importante ressaltar que o município teve
rápido crescimento neste setor nos últimos anos. O segundo grupo, responsável por informações
relativas a coleta e transporte, que tinha a função de realizar levantamento nas empresas de
coleta mista e seletiva, pública e privada do município. O terceiro grupo encarregou-se de
levantar os pontos de destinação e disposição atual encontrados no município.
Os três grupos realizaram gravimetria de resíduos nos pontos de visita. Além de
obter, quando possível, dados contidos nos PGRS.
Os dados dos grupos ao serem contrapostos, devem apresentar uma certa correlação
de valores, quando considera-se que o que é gerado, é transportado e deve ter destinação final
ambientalmente adequada. Os resultados obtidos foram divulgados para a população em geral
e demais interessados na temática, a partir do I Simpósio Internacional de Negócios com
Resíduos Sólidos de Juazeiro do Norte, que contou com a presença de 282 participantes. Com
30
representantes do meio acadêmico, institucional e empresarial (associações de catadores de
materiais recicláveis, grandes geradores, empresa de coleta e transporte e outros).
Os resultados conclusivos e com maior nível de detalhamento serão explanados
neste documento, o qual será importante na definição da gestão dos resíduos. Para melhor
entendimento do processo realizado, elaborou-se as etapas em organograma (figura 02).
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32
GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS
ATIVIDADES ECONÔMICAS DE JUAZEIRO DO
NORTE/CE
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3. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DE
JUAZEIRO DO NORTE/CE
3.1. INTRODUÇÃO
De acordo com a 4Lei Federal nº 12.305/2010, a responsabilidade pelo ciclo de vida
dos produtos é compartilhada. O referido marco regulatório estabelece o papel de cada um dos
Poderes Públicos - União, Estados e Municípios -, o setor privado e a sociedade como um todo,
para que ocorra a gestão e gerenciamento de forma ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos.
Neste cenário, o poder público e setor privado são responsáveis pela elaboração dos
planos de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, respectivamente. Na política há o
conteúdo mínimo para o desenvolvimento desses planos.
A PNRS cita ainda a ordem de prioridade que deve ser seguida, sendo esses a não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento do resíduo sólido e destinação final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
No setor privado, durante o desenvolvimento das atividades econômicas, a geração
de resíduos sólidos e semi-sólidos é bem diversificada e depende do ramo da atividade
produtiva. Como exemplo, pode-se citar o processo produtivo de uma indústria ou a geração de
resíduos resultantes apenas dos serviços prestados.
Para um melhor reaproveitamento dos resíduos é necessário realizar a segregação
dos mesmos. Essa pode ser feita em uma central de triagem. Além de desenvolver uma atividade
ecologicamente correta, realiza uma outra prática da PNRS: a agregação dos catadores ao
processo. É importante ressaltar que a partir dessa separação, torna-se possível a destinação,
por exemplo, em Usinas de Processamento de Resíduos dos mais diversos tipos.
O modelo econômico destas Usinas é equivalente ao modelo econômico de uma
indústria. Estas usinas podem gerar receita com o serviço de tratamento para os resíduos sólidos
provenientes da fonte geradora, bem como com a venda dos produtos processados. Ressalta-se
ainda que a receita gerada deve arcar com os custos de investimentos e operação da Usina de
Processamento de Resíduos.
Juazeiro do Norte/CE possui um grande potencial para essa área. O município é
hoje o pólo de desenvolvimento industrial da região. A cada dia, há um acréscimo no número
de empreendimentos. Mas para que esse processo ocorra, é necessário um estudo qualitativo e
quantitativo dos resíduos gerados nessas empresas, como será apresentado neste presente
trabalho.
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3.2.OBJETIVOS
3.2.1. Objetivo Geral
Diagnosticar as atividades econômicas no município de Juazeiro do Norte/ CE,
classificá-las de acordo com os ramos das atividades para realizar análise qualitativa e
quantitativa dos resíduos gerados e identificar sua destinação final.
3.3. METODOLOGIA
3.3.1. Informações gerais
Para a realização do diagnóstico de geração dos resíduos nas atividades econômicas,
fez-se necessário identificar previamente quais eram as atividades desenvolvidas no município.
Inicialmente buscou-se fazer uma listagem. Para isso, realizou-se entrevistas com pessoas direta
ou indiretamente ligadas a atual cadeia de gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos. Então
entrevistou-se os senhores André Wirtzbiki, Diretor de Monitoramento Ambiental da AMAJU
e Cícero Silva, Gerente Operacional da Empresa PROEX, contratada pela prefeitura para fazer
a coleta e disposição final dos resíduos sólidos domiciliares e urbanos.
Posteriormente, ainda para realizar o levantamento da quantidade de
empreendimentos e ramos de atuação existentes, foram solicitadas informações sobre cadastros
destes empreendimentos nas Secretarias locais (Finanças, Gestão, Agricultura e Abastecimento,
Vigilância Sanitária), além do SEBRAE, Sindicato das Indústrias e CDL. Contudo, não houve
o retorno de todos.
A partir da identificação das atividades econômicas foram escolhidos alguns
empreendimentos representativos de cada segmento. Para otimizar o tempo de trabalho, foi
necessário identificar uma variável comum em cada segmento - por exemplo, a produção diária
- e relacionar este dado com a quantidade de resíduos gerados.
É importante salientar que todos os procedimentos necessários para o
desenvolvimento em campo deste trabalho foram realizados no período de julho de 2016. E a
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prioridade do trabalho de gravimetria dos resíduos sólidos decorrentes das atividades
econômicas no município foram estabelecidas da seguinte forma: Resíduo Orgânico, Resíduo
Reciclável, Resíduo Perigoso e Restante.
3.4.RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.4.1. Atividades Econômicas do Município de Juazeiro do Norte
De acordo com informações disponibilizadas pela Prefeitura Municipal de Juazeiro
do Norte, pode-se desenvolver uma tabela com 10.884 empreendimentos, que possuem o
cadastro dos contribuintes por atividade econômica no ano de 2016. Esses empreendimentos
foram subdivididos de acordo com o ramo das atividades realizadas nelas (tabela 01) .
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TABELA 01 - EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS DO JUAZEIRO DO NORTE/CE
QUANTIDADE DE
RAMO DAS ATIVIDADES PARTICIPAÇÃO
EMPREENDIMENTOS
Beleza 250 2,30%
Comércio Atacadista 227 2,09%
Comércio Varejista 5.336 49,03%
Indústria 730 6,71%
Instituições Educacionais 301 2,77%
Saúde 322 2,96%
Serviços 3.718 34,16%
TOTAL 10.884 100%
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TABELA 02 - EMPRESAS DO RAMO DE CALÇADOS E VESTUÁRIOS POR BAIRRO EM JUAZEIRO DO NORTE/CE
Bairros Quantidades de empreendimentos
Centro 366
Salesianos 128
Betolândia 8
Triângulo 104
Pirajá 116
Franciscanos 64
Timbaúbas 14
João Cabral 15
Carité 3
Limoeiro 26
Fátima 8
Santo Antônio 18
José Geraldo Da Cruz 19
Socorro 32
Pio XII 56
São Miguel 60
Romeirão 47
Santa Tereza 35
Aeroporto 16
Novo Juazeiro 19
Antônio Vieira 25
Lagoa Seca 22
Tiradentes 76
Jardim Gonzaga 16
São José 42
Leandro B Menezes 3
Juvencio Santana 23
Vila Três Marias 4
Mini Distrito Industrial 4
Planalto 4
Frei Damião 28
Cidade Universitária 3
Horto 2
Campo Alegre 2
Brejo Seco 1
Pedrinhas 8
Salgadinho 4
Outro 42
TOTAL 1463
3.4.2.1.Hotelaria
Contextualizando o cenário
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No Hotel visitado, a funcionária não conhecia por completo o gerenciamento dos
resíduos do empreendimento, limitando a obtenção de algumas informações.
Nesse empreendimento, os resíduos sólidos são coletados por uma equipe de
funcionários responsáveis pela limpeza, e acondicionados em local específico. O este que é
dividido em duas partes e consiste em: uma câmara de refrigeração para os resíduos orgânicos
(devido a presença de um restaurante no hotel) e em um espaço destinado ao dos resíduos com
características domiciliares (foto 01).
Câmara de
refrigeração 1,35
2a3 3,375 0,482 205,71
(Resíduos
Orgânicos)
Acondicionamento
1,2
do resíduo 3 3,6 0,514 *
domiciliar
FONTE: AUTORES (2016)
*Informação não prestada
No ato da visita observou-se que a atual empresa responsável pela coleta pública,
realiza a coleta dos resíduos característicos como domiciliares três vezes por semana,
destinando-os para o aterro controlado municipal.
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Os RO’s, acondicionados na câmara de refrigeração em nove tambores de 150 L
cada, são coletados pela empresa responsável contratada, duas ou três vezes por semana
dependendo do fluxo de clientes no local. A massa total de RO’s coletados neste período é de
576 kg, que equivale a um volume de 1,35 m³ (tabela 03). Foi possível estimar desta forma uma
produção diária de resíduos orgânicos variando de 164,57 a 246,86 kg/dia. A destinação final
destes não foi informada.
No empreendimento realiza-se a coleta seletiva (foto 02). De acordo com a
funcionária, esse sistema é efetivo. Entretanto, identificou-se, durante a visita, que os resíduos
característicos como domiciliares, mesmo os separados pela coleta seletiva, foram coletados
pelo serviço de coleta pública convencional realizada pela prefeitura. Quando questionado esse
fato, esclareceram que quando os responsáveis pela coleta dos recicláveis não comparecem,
esses são encaminhados para a coleta pública convencional junto aos demais resíduos
domiciliares.
FOTO 02 - LIXEIRAS SELETIVAS DO HOTEL
Gravimetria
Como resultado da análise gravimétrica (figura 04), tem-se que os RO’s e os RCC’s
foram os mais relevantes, representando, respectivamente, 81% e 9% da massa total tomada
como amostra.
Mesmo não sendo permitido manusear os resíduos orgânicos por esses serem
tratados separadamente da massa de resíduo característico de resíduos domiciliar, observa-se
que o percentual destes na massa da amostra é bastante efetiva. A justificativa para tal
ocorrência foi a presença de buquês de flores e restos de comida que compunham a massa de
resíduo no dia visitado.
40
FIGURA 04 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DO HOTEL
3.4.2.2.Ramo hospitalar
Contextualizando o cenário
Os resíduos gerados no Hospital visitado são classificados pelos mesmos em:
perigosos, orgânicos ou recicláveis. Para coleta e transporte até o local de acondicionamento
dos resíduos, o empreendimento conta com uma equipe de limpeza que é orientada a utilizar
equipamentos específicos no desempenho dessa atividade. Exemplos de equipamentos
utilizados pela equipe de limpeza para manuseio e higienização dos contêineres (foto 03)
observados no ato da visita foram: contêineres identificados, sacos plásticos de cores e
capacidade de volume diferentes, EPI’s (vestimentas, luvas, máscaras, botas e touca), pás,
baldes, rodos e vassouras.
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FOTO 03 - LIMPEZA DOS CONTÊINERES DE RESÍDUOS DO HOSPITAL
42
FOTO 05- COLETORES PARA RESÍDUO INFECTANTE À ESQUERDA E PARA RESÍDUO COMUM À DIREITA
FOTO 06 – LIXEIRAS DE RESÍDUO NOS LOCAIS DE COMUM ACESSO (LEITOS, CORREDORES DO HOSPITAL).
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e as descarte no coletor específico. Como uma medida de evitar que esses resíduos sejam
descartados no resíduo domiciliar. No entanto, não foi indicado o destino.
As lâmpadas fluorescentes também são armazenadas até atingir um volume viável
para realização da coleta por parte de uma empresa contratada, localizada em Fortaleza-CE, que
faz o tratamento de descontaminação e reciclagem do vidro.
Na tabela 04 encontram-se descritas algumas informações relevantes sobre o local
de acondicionamento dos resíduos recicláveis.
Volume total do
Participação Volume Frequência de
local de
Local do volume ocupado coleta(dia/sem
acondicionamento
ocupado (%) (m³) estre)
(m³)
Acondicionamento
90 30% 27 9
dos recicláveis
FONTE: AUTORES (2016)
Gravimetria
Nos resultados amostrais (figura 05), o papel foi o resíduo mais gerado,
representando um percentual de 70,6% da massa total tomada como amostra. Seguindo a ordem
dos resíduos mais gerados, tem-se os classificados como outros (guardanapos, copos
descartáveis, etc), que representam 18,3%.
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3.4.2.3.Fábrica de sabão
Contextualizando o cenário
O empreendimento não possui equipe específica para encaminhar os resíduos até
local de acondicionamento, sendo realizada por escalas diárias entre os funcionários.
Os resíduos recicláveis são acondicionados em local específico, com capacidade
aproximada de 56 m³. No dia da visita, observou-se um volume acumulado de
aproximadamente 22,4 m³, próximo a área de entrada e saída do empreendimento. Nele foi
possível observar materiais como: tampas, rótulos, pet e outros plásticos finos. Esse material é
destinado para Ecoelce, onde é realizada a troca do resíduo por descontos na conta de energia.
A frequência de coleta é mensal.
O resíduo perigoso gerado foi caracterizado pelo funcionário entrevistado no ato da
visita como os EPI’s usados e inservíveis. O mesmo esclareceu que esses resíduos são coletados
por uma empresa contratada responsável e encaminhados para incineração. Quanto ao volume
gerado, o funcionário não soube informar, apenas mencionou que a quantidade gerada é pouca
e que a frequência de coleta é em intervalo de tempo próximo a uma vez por mês (tabela 05).
Gravimetria
45
FIGURA 06 – PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA FÁBRICA DE SABÃO
3.4.2.4.Shopping
Contextualizando o cenário
A ²ABRASCE (2016), considera shopping center empreendimentos com ABL,
normalmente, superior a 5.000 m², formados por diversas unidades comerciais, com
administração única e centralizada, que pratica aluguel fixo e percentual. Na maioria das vezes,
dispõe de lojas âncoras e vagas de estacionamento compatível com a legislação da região onde
está instalado.
Foi realizada uma entrevista com o gerente operacional, na qual obteve-se
informações sobre a gestão dos resíduos no local. O maquinário empregado no sistema de
varrição é todo automatizado (foto 07).
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A coleta interna dos resíduos é realizada três a quatro vezes por dia e destinada para
a área de transbordo, onde são segregados em resíduos recicláveis (papelão, plástico, latinha) e
outros (Orgânicos, Embalagens, etc). Após esta separação os resíduos são dispostos em suas
devidas áreas e contêineres para destinação final.
Os resíduos gerados após a retirada dos recicláveis são acondicionados em um
contêiner de 25 m³, que é retirado três vezes por semana. Os resíduos gerados nos finais de
semana são coletados da área de transbordo nos dias de segunda-feira, onde é retirado dois
contêineres de 25m³.
Geralmente a coleta de resíduos para destinação final é feita pela manhã. Possuem
um projeto intitulado “Transforme a vida do seu óleo” que reutiliza o óleo proveniente da praça
de alimentação para a fabricação de sabão orgânico. Existe ponto de coleta para os visitantes
depositarem o seu óleo usado.
Após a entrevista seguiu-se para a área de transbordo dos resíduos sólidos e
realizou-se a gravimetria. Neste local constatou-se a existência de três contêineres, sendo dois
com capacidade para 5m³ e o outro com capacidade para 25m³ (foto 08).
47
capacidade para 12 m³ cada. E uma terceira área com capacidade de volume de 39m³ para
acondicionamento dos resíduos antes da segregação (foto 09).
Gravimetria
48
3.4.2.5.Comércio Atacadista
Contextualizando o cenário
Na empresa representante do segmento atacadista, a visita foi acompanhada pela
funcionária responsável pelo setor de resíduos da empresa, que prestou os esclarecimentos
necessários.
O local possui um grande fluxo diário de pessoas, pois funciona todos os dias. Os
setores onde há maior produção de resíduos são: administração, refeitório, banheiros, triagem
de reparos, controle de avarias, depósito e reposição de mercadorias.
A limpeza geral do estabelecimento é realizada por uma empresa terceirizada, que
desenvolve tal atividade, sendo coletados e repostos os sacos de lixo nos tambores, assim como
a higienização do piso.
O empreendimento possui os recipientes de coleta seletiva (foto 10) em locais
específicos como: na praça de alimentação, administração e refeitório. Mas, de acordo com a
funcionária da empresa, nem todos os funcionários e clientes respeitam a coleta seletiva.
Contudo, os funcionários ao coletarem os resíduos, realizam a triagem dos materiais recicláveis
que estão em bom estado.
49
coletados três contêineres referentes a produção de rejeito do domingo e segunda, pois no
domingo não há coleta.
Os resíduos recicláveis como papelão (foto 13) e o plástico (foto 14) gerados que
estão limpos, são vendidos para a empresa contratada que compra materiais recicláveis da
região. A empresa contratada mantém um funcionário e uma prensa no empreendimento para
produção de fardos de papel e plástico prensado. A frequência de coleta acompanha a dinâmica
de geração dos fardos, onde quando são produzidos cerca de 60 fardos, a empresa contratada
envia um caminhão para coleta e transporte.
50
O local de acondicionamento do papelão a granel (antes de ser prensado) têm
capacidade de acumular 26m³ de papelão. No dia da visita foi possível observar 22 fardos de
papelão prensado, sendo que cada fardo tem em média um volume de 0,7m³.
Papelão 5,2 *
Plástico 12 *
Outros (rejeito) 10 6
FONTE: AUTORES (2016)
*Informação não prestada
51
O empreendimento possui parceria com o Programa Mesa Brasil, ao qual doa
alimentos que estão em bom estado, mas que sofreram algum tipo de avaria e não estão
adequados para comercialização. De acordo com a funcionária, o volume doado para o
programa Mesa Brasil varia bastante, como exemplo disponibilizado tem-se: no mês de
abril/2016 foram doados aproximadamente 3.482 kg/mês, em maio/2016 foi computado
aproximadamente 1.591 kg//mês de doação, e em junho/2016 foram 2.472 kg/mês.
De acordo com a funcionária responsável, alguns resíduos não são gerados
periodicamente. Como por exemplo o ferro, que no mês de maio houve uma grande produção
devido a troca de alguns equipamentos fabricados em ferro (prateleiras, caixas). Outro exemplo
que ocorreu no mês de junho foi a venda de óleo.
Outro produto que não tem geração periódica, mas que também comercializam
quando não estão mais em bom estado de uso, são os pallets (foto 15), fabricados em madeira.
De acordo com a funcionária, são vendidos muitas vezes para os próprios clientes. Como
exemplo, no mês de abril foi gerado e vendido 20 kg de pallets.
Gravimetria
Como resultado da análise gravimétrica (figura 08), os resíduos orgânicos são os
mais gerados e representa aproximadamente 42% da amostra total. O papelão e os resíduos
classificados como outros representam 22,2% cada. Os plásticos que compunham a amostra
total representa aproximadamente 14%.
52
FIGURA 08 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DO SEGMENTO ATACADISTA
Contextualizando o cenário
Na visita, a funcionária afirmou que os materiais mais produzidos pelo
empreendimento são: papelão, plástico, tampas e garrafas pet. No quadro 01, estão descritos os
resíduos gerados, a frequência de coleta e o destino final dos resíduos sólidos gerados.
Polpa de caju: 8
Sítio de propriedade da
tambores de 200L por
Polpa de caju e cinzas empresa (adubo orgânico)
mês;
- reúso
cinzas: 4 por mês
53
propriedade da empresa onde é reutilizada como adubo orgânico, assim como as cinzas
originárias da queima de lenha para fabricação. A frequência de coleta e transporte desses
materiais é de aproximadamente quatro vezes por mês.
O material produzido classificado como outros é acondicionado em contêineres
(foto 16), onde uma empresa contratada realiza o serviço de coleta, transporte e destinação
final desse. A frequência de realização desses serviços é de três dias na semana.
54
Existe na empresa o sistema de coleta seletiva (foto 18), que de acordo com a
funcionária teve bons resultados e aceitação.
Gravimetria
55
FIGURA 09 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG/D) DE RS DA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES
3.4.2.7.Indústria de Calçado
Contextualizando o cenário
De acordo com o funcionário responsável, a coleta e transporte até o local de
acondicionamento interno da empresa é realizado por uma equipe específica.
Os materiais classificados como perigosos gerados são as estopas sujas de óleo e
cola, acondicionados em local específico. A geração desse tipo de resíduo varia de 800 kg à 2
t, de acordo com a produção de calçados. A coleta, transporte e destinação final (incineração) é
realizada por empresa contratada responsável, normalmente com duas coletas por mês. O local
de acondicionamento desse resíduo (foto 19), tem placa de identificação e possui capacidade
para acumular 36 m³ de resíduo.
56
O acondicionamento do resíduo classificado como comum (foto 20) é realizado em
local específico. No dia da visita observou-se um volume acondicionado de 4,6 m³. O transporte
desse até o aterro controlado é realizado pela própria empresa e não tem frequência definida,
onde pode chegar até 1 t/mês.
Os recicláveis são destinados a Ecoelce, onde são trocados por desconto na conta
de energia. O volume de geração é muito variável, pois depende diretamente da demanda de
produção de calçados.
As latas de produtos químicos como: cola de sapateiro, tintas e solvente são
retornadas para as empresas fornecedoras, praticando a logística reversa desses materiais. Esses
são acondicionadas em local específico (foto 21) e não têm frequência definida para serem
enviadas à empresa que as recebe.
57
acumulado, sendo 4,6 m³ de outros e 3,6 m³ de resíduos perigosos acumulado em seus locais
específicos.
Gravimetria
3.4.2.8.Indústria de E.V.A
Contextualizando o cenário
58
A indústria produz folhas de EVA, sua matéria prima (foto 22) é a sobra de folhas
de recorte de calçados de outras empresas.
59
FOTO 23 – RESÍDUOS DISPOSTOS NA AREIA NA FÁBRICA DE E.V.A.
Gravimetria
O resultado (figura 11) obtido é que o plástico é o resíduo mais gerado, seguido do
E.V.A e papelão, representando respectivamente 63%, 26% e 10% da massa total tomada como
amostra.
Contextualizando o cenário
O diagnóstico gravimétrico realizado na fábrica de água de Coco foi acompanhado
pelo proprietário e pela técnica responsável pelo setor. O empreendimento possui PGRS, os
resíduos mais gerados são papelão e bagaço do coco. O último é proveniente de um processo
60
de trituração após a retirada da água para revenda. É obtido uma média de 4 t de bagaço de coco
por dia, sendo destinada para o sítio no município vizinho para ser acrescentada nas plantações
de banana como adubo orgânico. É ainda vendido para outras empresas para aquecimento de
fornos em geral. Em certos períodos do ano, a geração deste resíduo é considerado elevado
devido às festividades da região, citando como exemplo a Exposição Agropecuária do Crato
(Expocrato).
61
O local que a empresa está localizada não possui coleta pública de lixo, sendo este
disposto em ruas mais próximas, onde já possui esse serviço.
A empresa possui refeitório, contudo a geração de resíduos orgânicos é mínima,
segundo informações. Não possuem projeto de separação de resíduos, e nem parceria com
associações de catadores para destinação dos resíduos recicláveis. No local observou-se a
presença de alguns tambores de plástico, e o proprietário informou que são utilizados para
abastecer seus caminhões com diesel (foto 26).
Identificou-se ainda caixas grandes de isopor (foto 27) que são utilizadas para
transportar as garrafas e copinhos de água de coco. As caixas de isopor que são danificadas
seguem para disposição junto ao lixo comum.
62
É importante destacar que durante a trituração dos resíduos do coco, é originado um
efluente líquido de cor escura (foto 28) e este não possui nenhum tipo de tratamento. O seu
acúmulo sobre o solo, gera um cheiro desagradável.
Gravimetria
63
O resultado da gravimetria (figura 12) indica que 97,9% da amostra representativa
da massa é de RO, com 96,1% sendo apenas de bagaço de coco, conforme destacado no gráfico.
Contextualizando o cenário
O Mercado Público é o maior fornecedor de hortifrutigranjeiro da região do Cariri.
A visita foi seguida pelo coordenador de limpeza. Paralelo ao mercado há uma feira livre, onde
é possível encontrar barracas de confecção, calçado, ferragem, entre outros. O mercado é
atualmente administrado pela prefeitura do município.
Conforme informações obtidas, não há um controle de quanto é gerado de resíduo.
Os funcionários que são responsáveis pela limpeza tiveram treinamento para separação dos
resíduos, contudo, isso não acontece. Os permissionários e os feirantes não tiveram treinamento
de como acondicionar, descartar seus resíduos e de educação ambiental.
No local estão disponíveis dois contêineres com capacidade de 5 m³ cada um,
pertencentes a uma empresa privada. Todos os resíduos gerados no mercado são destinados
para este local, por esta razão há a necessidade de que os contêineres sejam descarregados todos
os dias, visando que no final de semana este volume é ainda maior. Ao lado dos contêineres foi
encontrado material da construção civil (foto 29), que segundo informações são oriundos de
reformas realizadas no próprio mercado.
Dentro dos contêineres foi identificado vários tipos de resíduos (foto 30). Os
materiais encontrados são: Papel, plástico e orgânico (sobras de frigoríficos, legumes, flores,
frutas e verduras), papel higiênico, papelão, latinhas, garrafas plásticas, entre outros.
64
FOTO 30 - IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS NOS CONTÊINERES DE COLETA DO MERCADO MUNICIPAL
65
Apesar da considerável quantidade de matéria orgânica identificada durante a
gravimetria, feirantes e alguns criadores de animais informam que parte dos resíduos orgânicos
(palha de milho, casca de feijão e algumas frutas) estão sendo atualmente muito disputados,
sendo vendidos pelo valor de R$ 5,00 o balde com capacidade de 15 kg (foto 32). Este novo
cenário comercial iniciou-se com a necessidade de alimentar criações de animais devido a
escassez hídrica na região.
Gravimetria
66
No gráfico (figura 13), nota-se que a quantidade de RO’s é significativa,
representando 77% de toda a amostra.
Contextualizando o cenário
A visita à empresa foi acompanhada pela funcionária do setor administrativo, onde
nos informou que o empreendimento possui o PGRS e segue a legislação da SEMACE.
Quanto aos resíduos gerados, há contratos com empresas privadas para o
recolhimento e destinação dos resíduos perigosos. Dentre eles estão as sobras de couros
contaminadas por produtos químicos, cola, tinta e verniz. Os tambores de cola são fabricados
em material metálico, sendo doados para uma empresa especializada, os materiais recicláveis
como o papelão e plástico são vendidos para uma indústria de reciclagem e os resíduos de
escritório, banheiro e varrição são recolhidos pela a empresa responsável pela coleta pública,
três vezes por semana.
Com relação aos dados referentes às quantidades dos resíduos gerados pela
empresa, no que diz respeito ao peso e volume, a mesma não soube informar. Apenas relatou
que a empresa pratica política dos 5R’s (reduzir, repensar, reaproveitar, reciclar e recusar) com
os funcionários.
As informações referentes ao acondicionamento foram limitadas por não levarem a
equipe para o local de acondicionamento. Devido a isso a gravimetria foi realizada dentro da
fábrica no setor de produção em uma área muito limitada. (foto 33)
67
A empresa não trabalha com logística reversa e a produção de orgânicos é muito
pequena, sendo produzida pelos próprios funcionários quando levam algum tipo de alimento
para refeição. Esse resíduo é descartado no aterro controlado do município.
É válido salientar que para estimar a massa do couro em relação à massa total da
amostra, utilizou-se a relação massa por volume para a determinação da densidade do couro.
Gravimetria
Contextualizando o cenário
A matéria-prima para esse tipo de empreendimento é a parafina e o torçal
(pavio). A geração do excedente da parafina é coletado e reintroduzido no processo produtivo.
Desta maneira observa-se que não há perda da matéria prima. De forma curiosa, o
empreendedor informou que compra parafina de catadores que coletam esse material do aterro
controlado e de castiçais de igrejas e cemitérios. Os resíduos gerados pelo empreendimento em
questão são: papelão, plástico, orgânico e rejeito.
Nesse empreendimento o acondicionamento do papelão e plástico ocorre de forma
improvisada próximo ao setor de produção, em um espaço reduzido que têm capacidade
máxima de 4m² (foto 34).
68
FOTO 34 - LOCAL DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOSDA INDÚSTRIA DE VELAS
Esses recicláveis são vendidos para indústria de reciclagem, que devido a geração,
apresenta uma frequência de coleta diferenciada, sendo para os plásticos realizada a cada 20
dias e para o papelão 1 vez por semana.
Outro material de grande geração na empresa são as bobinas (foto 35). A empresa
guarda o material e ao obter um volume considerável é encaminhado para a própria empresa
fornecedora, realizando assim a logística reversa.
69
O rejeito é proveniente da varrição, materiais descartáveis e resíduos de banheiros.
São todos acondicionados em lixeiras até que sejam coletados pelo serviço público de coleta
dos resíduos domiciliares.
Gravimetria
Contextualizando o cenário
70
Localizada no centro da cidade, o empreendimento não realiza segregação dos
resíduos e nem dispõe de local apropriado de acondicionamento. Os resíduos gerados ao longo
do dia são depositados em lixeiras comuns. No final do expediente os resíduos que foram
depositados nas lixeiras, são recolhidos e colocados na calçada do próprio estabelecimento, para
que o mesmo possa ser coletado pelo serviço de coleta pública. Os resíduos doram identificados
como: papelão, plástico, papel, material eletrônico, rejeito, têxtil, compensado, isopor (foto 36).
É válido ressaltar que utilizou-se a relação massa por volume para a determinação
da densidade do eletrônico, a partir deste valor estimou-se a massa do eletrônico em relação à
massa total da amostra.
Gravimetria
71
3.4.2.14. Ramo Farmacêutico
Contextualizando o cenário
A visita foi acompanhada pela sub gerente do empreendimento em questão. A
mesma não soube informar se o empreendimento possui PGRS e afirmou que não existe projeto
de conscientização ou trabalho de separação dos resíduos para com os funcionários e clientes.
Os resíduos gerados provenientes de varrição, banheiro e escritório são destinados
diariamente para coleta pública. No local não existe local específico para o acondicionamento
destes resíduos. Segundo informações dadas em entrevista, não há a geração de resíduos
perigosos, pois o empreendimento não fornece serviços ambulatoriais. E nada foi declarado em
relação a remédios vencidos.
A gravimetria foi realizada na calçada em frente à farmácia (foto 37), por falta de
espaço na mesma. Tendo como um fator negativo, a pouca iluminação, sendo que esta análise
só pôde ser realizada no fim do expediente.
Gravimetria
O resultado gravimétrico (figura 17) aponta que tanto o papel como os resíduos
classificados como outros representam 23% da amostra total cada. E que o plástico, o papelão
e os resíduos orgânicos que compunham a amostra representam 18% cada.
72
FIGURA 17 - PARTICIPAÇÃO DA MASSA (KG /D) DE RS NO RAMO FARMACÊUTICO
Contextualizando o cenário
A indústria de alumínio visitada, fabrica panelas em geral e churrasqueiras. A visita
foi acompanhada por um funcionário da administração e um do setor de produção.
A empresa realiza a logística reversa no setor de produção. As peças defeituosas
(chamada por eles de “refugo”) e o refil (sobras do processo industrial) são destinados a
fornecedora da matéria prima, localizada no estado de São Paulo. Esta realiza a reciclagem do
material – produzindo discos de alumínio - e retorna à empresa (foto 37).
73
FOTO 39 - ACONDICIONAMENTO DOS RR DA FÁBRICA DE ALUMÍNIO
Os pallets são usados para estocar as panelas produzidas (foto 40). Os que
encontram-se danificados são doados para uma padaria para serem usados no aquecimento dos
fornos.
74
A gravimetria foi realizada dentro da indústria ao lado do acondicionamento dos
resíduos. Foi encontrado estopa, pó de varrição, saco de nylon, muitos papéis de rótulos,
embalagens de biscoitos, EPI’S, copo descartável, embalagem de tintas para carimbo, garrafa
de cachaça de plástico e algodão (foto 42), e são levados para o aterro controlado.
Gravimetria
Contextualizando o cenário
75
A visita foi acompanhada pelo técnico responsável pelo gerenciamento dos resíduos
sólidos, que mostrou todo o processo produtivo, informando o tipo de resíduo gerado em cada
etapa ou setor da empresa e a forma de gerenciamento dos mesmos.
Identificou-se durante a visita que este empreendimento possui estação de
tratamento do efluente líquido proveniente do processo produtivo. O empreendimento em
questão possui PGRS, bem como um técnico local responsável pelo acompanhamento e
atualização deste. O setor administrativo é o que mais gera papel dentro da empresa.
Há contrato com uma empresa responsável pelo recolhimento e incineração de
materiais contaminados como: EPI’s, estopas, têxtil e outros materiais. Os outros resíduos
produzidos são coletados diariamente pelo serviço de coleta pública do município.
Gravimetria
76
TABELA 09 - GRAVIMETRIA GERAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DE JUAZEIRO DO NORTE/CE
Massa Massa Volume Volume Código
Resíduos Código LBRS
(Kg/dia) (%) (m³/dia) (%) NBR
Construção
0,00 0,00% 0,00 0,00%
Civil
15 01 06; 17 04 01;
17 04 02; 17 04 03;
17 04 04; 17 04 05;
17 04 06; 17 04 07; A004
Metais 134,67 0,62% 2,36 4,61%
17 04 09; 17 04 10; A005
17 04 11; 17 04 10;
17 04 12; 17 04 13
A009
Podas de
8,94 0,04% 0,20 0,38% 20 02 01 A099
árvores
Restaurante,
11.112,68 50,77% 9,24 18,02% 02 02 02; 20 03 02 A001
supermercado
Resíduos
32,04 0,15% 0,54 1,05%
Perigosos
77
3.5.REFERÊNCIAS
78
COLETA E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS DE JUAZEIRO DO NORTE/CE
79
4. COLETA E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE JUAZEIRO DO
NORTE/CE
4.1. INTRODUÇÃO
A coleta e transporte de resíduos é o principal foco da gestão dos resíduos sólidos.
Através da mesma é possível analisar a parte dinâmica desse processo constituindo um mapa
de movimentação dos resíduos desde sua geração até a destinação. Seja ela para fins de
reutilização, reciclagem, tratamento; ou para a disposição final, em pontos de acúmulo de
resíduos distribuídos na cidade, lixões, aterro controlado ou aterro sanitário.
Segundo dados do 10IBGE (2010, apud IPEA, 2012), a cobertura de coleta pública
regular no Nordeste do país chegou a atingir uma média de 95,8% em Zona Urbana (ZU),
enquanto a Zona Rural (ZR) é compreendida em apenas 19,8%. Contudo, ocorreu um
crescimento significativo comparado a 2001 que alcançava apenas 88,4% em ZU e 8,7% em
ZR.
Existem diferenças entre as taxas de cobertura nas várias regiões do país, sendo o
Norte e Nordeste aqueles que apresentam uma menor taxa em geral ( 10IBGE, 2010 apud IPEA,
2012). Porém, o município de Juazeiro do Norte/CE mostra-se com destaque diante desses
dados, segundo o Gerente Operacional da PROEX - empresa responsável pela coleta pública
da região. Pois este afirma que a cobertura já atinge 99% da ZU e 80% da ZR.
A distribuição demográfica do município de Juazeiro do Norte-CE contribui para
esses resultados, visto que, segundo dados do 9IBGE (2010), 96% da população se encontra
em ZU.
Através dos dados obtidos pelo 9IBGE (2010) e o 10IPEA(2012), é possível entender
uma prévia da situação contemporânea da coleta pública no Nordeste do Brasil e da distribuição
demográfica no Juazeiro do Norte/CE. Por outro lado, não é possível aferir o nível de qualidade
da gestão dos resíduos sólidos existentes no município em relação à coleta e o transporte dos
mesmos.
Diante desse cenário, para se obter um planejamento adequado que permita avaliar
o SCTR existente no Juazeiro do Norte, é necessário esquematizar as rotas de coleta; quais
empresas estão encarregadas pelo transporte; e os tipos de resíduos que podem ser identificados
durante esta etapa do gereciamento até o seu destino final.
80
4.2. OBJETIVOS
4.2.1. Objetivo Geral
Realizar um estudo sobre o sistema de coleta e transporte de resíduos, obtendo
dados para avaliá-los qualitativa e quantitativamente; como os locais de concentração destes
resíduos e a destinação adotada no município de Juazeiro do Norte/CE, com a correta
identificação de pontos onde haja potencial de melhorias.
4.3. METODOLOGIA
4.3.1. Dados Gerais e Caracterização
A metodologia utilizada na coleta dos dados iniciais consistiu na análise de
documentos e direcionamentos fornecidos pela prefeitura, assim como entrevistas com o
Diretor de Monitoramento Ambiental da AMAJU, André Wirtzbiki; o Gerente Operacional da
empresa PROEX, Cícero Silva e o Superintendente da AMAJU, Eraldo Oliveira.
A coleta de dados e a interpretação das informações, obtidas através da análise
documental e da pesquisa de campo foi realizada durante do mês de julho de 2016.
81
4.3.2. Coleta de dados
A realização do estudo de caso iniciou-se pela coleta de dados e posteriormente
uma pesquisa in loco. Recorreu-se à ferramentas como aplicação de questionário
semiestruturado e análise dos PGRS’s das empresas coletoras selecionadas.
82
Além disto, também efetuou-se uma busca ativa por Carroceiros nas ruas próximas
a pontos de disposição de resíduos, com a finalidade de evidenciar um dos principais
mecanismos existente no SCTR no Juazeiro do Norte -CE.
4.3.3. Gravimetria
Após a coleta dos dados e a análise das informações obtidas, realizou-se a
gravimetria no aterro controlado de Juazeiro do Norte referente aos dias 18 e 19 de julho de
2016. De acordo com a PROEX - empresa de coleta pública - o ciclo de coleta de resíduos é
efetuado em dois dias na ZGL do município. Assim sendo, decidiu-se realizar esse trabalho em
uma segunda e terça-feira, onde, teoricamente, haveria uma maior quantidade de resíduos -
considerando que a coleta não é realizada aos domingos.
Nesta gravimetria, foram obtidos dados da rota, frequência de coleta, bem como os
tipos de resíduos encaminhados para o aterro controlado provenientes de bairros de Juazeiro do
Norte/CE,Supermercado Atacadão, Mercadinho São Luiz, Artquadros, Cariri Garden Shopping
e Pinheiros - Transporte Pesado. Sendo essas informações referentes tanto a pública, como a
privada.
Para a realização da gravimetria e a obtenção correta dos dados dos resíduos sólidos,
utilizou-se como base a Política Nacional de Resíduos Sólidos (4Lei n°12.305/10), a ²LBRS do
IBAMA e a ¹NBR 10.004:2004 relativo a Classificação de Resíduos Sólidos.
A fim de otimizar a análise gravimétrica dos resíduos no aterro controlado de
Juazeiro do Norte, foi solicitado ao responsável pelo local que os resíduos fossem despejados
em local previamente estabelecido. Ainda, pela falta de iluminação adequada no local, foi
solicitado que no período noturno todos os caminhões despejassem os resíduos em local
específico, com o propósito de acondicioná-los, para que no dia seguinte a primeira equipe no
turno da manhã efetuasse a gravimetria. Tal fato se fez preciso nas noites do dia 18 e 19 de
Julho, pois nos dois dias seriam coletados e dispostos no aterro, doze carradas de resíduos no
período noturno provenientes de diferentes bairros do município.
Abaixo (figura 20), imagem com o local onde ocorria diariamente a disposição de
resíduos pelos caminhões; o local onde foram despejados no período de gravimetria e o local
de acondicionamento noturno dos resíduos, para análise na manhã seguinte.
83
FIGURA 20 - ATERRO CONTROLADO DE JUAZEIRO DO NORTE/CE
Foi necessário também a cooperação dos catadores para não ocorrer uma alteração
dos resíduos encaminhados ao lixão. Situação não benéfica para a realização deste trabalho,
pois prejudicaria a retirada de uma amostra representativa dos resíduos analisados e acometeria
o resultado dos dados aferidos, principalmente em relação aos recicláveis.
Posterior ao lançamento dos resíduos pelos caminhões, a gravimetria era
imediatamente realizada, como nos passos a seguir. Concomitantemente, informações eram
coletados com o motorista, como a rota e a capacidade de carga do veículo.
Após a pilha principal de resíduos ser despejada (foto 43 – passo 1), fazia-se a mistura
dos resíduos retirados de múltiplos pontos ao redor da mesma;
A amostra era homogeneizada e dividida em duas pilhas (foto 43 – passo 2);
Cada uma dessas pilhas era homogeneizada novamente e separada, até resultar uma
amostra representativa da pilha original e suficiente para análise;
Essa amostra representativa era acondicionada em recipiente de 100 L (foto 43 – passo
3), e pesado com uma balança de kg ou balança de dedo, possibilitando o conhecimento
do volume e peso total;
Posteriormente, os resíduos eram colocados em uma lona (foto 43 – passo 4), separados
e acondicionados em uma sacola plástica de 100 L, de acordo com o tipo de resíduo
(foto 43 – passo 5);
Devidamente separados, cada sacola foi pesada (foto 43 – passo 6), e dimensionada
(para cálculo do volume) e todos os dados tabulados (foto 43 – passo 7).
84
FOTO 43 - PASSO-A-PASSO DA GRAVIMETRIA DO ATERRO CONTROLADO DE JUAZEIRO DO NORTE/CE
Realizou-se também gravimetrias dos resíduos em uma das empresas que coleta de
grandes geradores – Multiresíduos (foto 44), pois os dados quantitativos obtidos não foram
suficientes para a correlação dos dados no município do Juazeiro do Norte. Apesar da
cooperação dos catadores durante o processo no aterro controlado, na chegada desses
caminhões, ainda havia alguns impasses, devido a necessidade de selecionar o mais rápido
possível os materiais orgânicos e recicláveis.
85
Em relação aos carroceiros, havia sido informado sobre a Associação de
Carroceiros de Juazeiro do Norte, contudo essa já não se encontra em funcionamento e não
existe registros sobre os mesmos na SEMASP. Realizou-se então uma pesquisa de campo para
obter uma média de dados a partir das informações fornecidas pelos mesmos em entrevista não
estruturada.
86
destaque nas principais empresas privadas responsáveis pela maior movimentação dos resíduos
sólidos no município do Juazeiro do Norte/CE.
Os resultados apresentados a seguir estão de acordo com a metodologia supracitada.
Sendo expostos em dados qualitativos e quantitativos para auxiliar na compreensão de quais
são os principais tipos de resíduos sólidos que foram evidenciados, qual o trajeto de obtenção e
a destinação aplicada para os mesmos no município de Juazeiro do Norte/CE.
Todos os dados apresentados seguem de acordo com o que foi informado em
entrevistas, documentos obtidos e gravimetrias específicas in loco.
87
regulamentação municipal que possibilite distinguir as especificidades existente para cada
município.
14
A Lei nº 3.689, de 28 de Maio de 2010 significou um avanço para a coleta,
armazenamento, transporte e disposição final de resíduos de construção civil e outros resíduos
não abrangidos pela coleta regular e dá outras providências.
Carroceiros * * * * *
88
Através da análise dos dados pode-se concluir que a coleta diária total de resíduos
de Juazeiro do Norte é de aproximadamente 255,80 t (incluindo os resíduos de poda coletados
pela Proex). Sendo coletados em diferentes pontos do município e transportados para sua
disposição final. Verificou-se também, que a empresa responsável pela coleta pública tem a
maior participação na coleta de resíduos (figura 22).
89
FIGURA 23 - PORCENTAGEM EM MASSA DA REPRESENTATIVIDADE DE COLETA POR TIPO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DA TABELA 10
90
TABELA 11 - MASSA TOTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS ESTRATIFICADO POR TIPO DE RESÍDUOS.
(continua)
02 01 04; 15 01 02;
Plástico
17 02 03; 19 12 04;
Geral (Mole, 24,11 9,43 125,93 16,21 A007
17 02 04(*)
Duro, Pet)
03 03 08; 15 01 01;
Papel/
22,85 8,93 68,61 8,83 19 12 01 A006
Papelão
15 01 09; 19 12 08
Têxtil 10,54 4,12 46,55 5,99 A010
15 01 04; 17 04 01;
17 04 02; 17 04 03;
17 04 04; 17 04 05;
Metal em 17 04 06; 17 04 07; A004
3,89 1,52 68,20 8,78
geral 17 04 11; 17 04 10; A005
17 04 12; 17 04 13;
17 04 09(*); 17 04 10(*)
17 02 01; 17 02 04(*);
Madeira 0,68 0,27 5,07 0,65 A009
19 12 06(*); 19 12 07
15 01 07; 17 02 02;
Vidro 1,27 0,50 20,40 2,63 A099
17 02 04(*)
16 01 24; 16 01 25;
Borracha 1,83 0,71 15,05 1,94 A008
16 01 26; 19 12 11
91
(continua)
17 06 01(*); 17 06 03(*);
17 06 04; 17 06 05(*);
A016
RCC 37,27 14,57 28,67 3,69 17 08 01(*); 17 08 02;
A099
17 09 01(*); 17 09 02(*);
17 09 03(*); 17 09 04
F042
16 02 09 (*);16 02 14; D007
Eletrônicos 1,03 0,40 4,46 0,57 16 02 13(*); 20 01 35; D008
16 02 15(*);20 01 36 D011
D012
Óleo de
0,02 0,01 0,02 0,00 19 08 09; 20 01 25 A099
Cozinha
Alimento 02 02 02; 20 03 02
66,03 25,81 53,92 6,94 A001
Orgânico
A009
Poda 26,01 10,17 8,70 6,70 20 02 01
A099
Resíduos
1,73 0,68 7,43 0,95
Perigosos
K084
18 01 01(*); 18 02 01(*);
RSS 1,67 0,65 7,23 0,93 K101
18 02 05(*); 18 03 01(*);
K102
18 04 01(*)
92
(conclusão)
Tipos de Massa Massa Volume Volume Código
Código LBRSII
resíduos (t/dia) (%) (m³/dia) I (%) NBRII
F042
D007
16 06 04; 16 06 05
Pilhas 0,00 0,00 0,01 0,00 D008
16 06 03(*)
D011
D012
F042
D007
16 06 01(*); 16 06 02(*);
Baterias 0,04 0,02 0,17 0,02 D008
16 06 05
D011
D012
F100
F130
Óleo
13 02 01(*); 13 02 99(*); F230
Lubrificante 0,02 0,01 0,02 0,00
13 07 01(*) F330
/ automotivo
K207
K208
19 01 12; 20 02 02;
RejeitoIII 56,00 21,89 242,45 31,22 20 02 03; 20 03 01, A099
20 03 01; 20 03 99
93
III
Rejeito: recicláveis contaminados (papel higiênico, fraldas usadas), orgânicos misturados com terra, terra,
varrição, etc.
(*)De acordo com a LBRS são “Resíduos perigosos pela sua origem, ou porque, em razão de suas características
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei,
regulamento ou norma técnica”.
94
É de grande relevância também a atuação do terceiro setor, identificado como o
conjunto de entidades, criadas pela iniciativa privada e que prosperam devido ao trabalho
voluntário, a forma de associações civis sem fins lucrativos que apresentam uma
responsabilidade socioambiental.
Esse setor foi, neste trabalho, representado pela Associação do Engenho do Lixo,
que é hoje a maior associação de reciclagem do município e pela ONG Juazeiro Ambiental, a
coletora representante de pneumáticos e resíduos eletroeletrônicos. Ambas em sua grande parte,
não realizam o transporte, apenas a coleta dos resíduos. Ou seja, a própria população destina
seus resíduos recicláveis para os locais de acondicionamento. Apenas em casos de grandes
empresas, a Associação Engenho do Lixo realiza a coleta e transporte em seu único caminhão,
fornecido pela Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte/CE.
Os dados em relação ao SCTR destas principais ferramentas observadas no Juazeiro
do Norte, estão dissertados nos tópicos seguintes.
95
FIGURA 24 - PORCENTAGEM EM MASSA DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS PELA PROEX. (ANEXO I
TABELA A).
96
4.4.3.3.CTI Ambiental
A empresa CTI Ambiental, tem por maior representatividade a coleta de resíduos
perigosos. Podendo estes serem RI e RSS (abrangendo hospitais, clínicas, laboratórios e clínicas
veterinárias). A CTI é a única empresa do município licenciada para coleta desse tipo de
resíduo, que são transportados e repassados para a indústria de incineração Flamax Ambiental
Serviços e Transportes.
Além destes, a CTI também coleta resíduos de grandes geradores, como o Atacadão
e o Supermercado São Luiz. Destes, são coletados orgânicos, recicláveis, entre outros, e são
destinados e dispostos no aterro controlado.
Na gravimetria realizada no aterro controlado, foi presenciado um caminhão da
Flamax despejando alimentos vencidos e resíduos de hospital, como luvas (que se não
contaminadas, não necessitam ser incineradas) (foto 46). Contudo, como citado anteriormente,
segundo funcionário da CTI, a Flamax não realiza mais coleta. A CTI não possui caminhões,
utilizando esses, com logomarca da Flamax.
Conclui-se, que a CTI (figura 25) coleta maior quantidade de resíduos perigosos,
sendo RSS, representando 33,34% do total coletado, que em termos de massa equivale a 1,67
t/dia. Em seguida, com 29,47%, representando 1,47 t/dia coletado, vem os resíduos
classificados como outros. Vale destacar que o último obteve um valor alto devido aos RI’s
terem sido agrupados neste tipo, por falta de dados mais precisos ofertados pela empresa, da
quantidade exata de RI’s perigosos e dos não perigosos e não inertes.
97
FIGURA 25 - PORCENTAGEM EM MASSA DE RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS PELA CTI. (ANEXO I TABELA B).
4.4.3.4.Multiresíduos
Outra empresa que realiza coleta em grandes geradores é a Multiresíduos. Seus
principais clientes são: o Cariri Garden Shopping, onde realizam coletas semanais de
contêineres de 25 m³; o Hipermercado Bom Preço; e o Maxxi Atacado, onde realiza coleta
semanais de resíduos gerais em dois contêineres de 5 m³ por coleta.
Nota-se que a Multiresíduos coleta (figura 26), em sua maioria, resíduos orgânicos,
representando 54,30%; e resíduos recicláveis, com percentual de 43,50% em massa. Em termos
de números brutos, são 2,25 t/dia de orgânicos para 1,81 t/dia de recicláveis coletados nos
grandes geradores que são clientes da Multiresíduos. Tais geradores possuem restaurantes,
lanchonetes, padarias, hortifrutis e lojas de vendas dentro de seus estabelecimentos, o que
justificaria esse alto número de orgânicos e recicláveis.
Os 2,20% que restam e classificados como Outros, são de orgânicos e recicláveis
com algum nível de contaminação e que acabam por não retornar a cadeia produtiva.
98
FIGURA 26 - PORCENTAGEM REPRESENTATIVIDADE DE MASSA DOS RESÍDUOS DA MULTIRESÍDUOS. (ANEXO I
TABELA C)
99
O gráfico (figura 27) demonstra que a Arplast representa 95% da coleta de
recicláveis, restando apenas 5% para Ferroplast. Isto se deve ao fato do porte das duas empresas:
a Arplast é mais estruturada e já de maior porte, além de coletora e transportadora, é recicladora
de plástico. Separando-os por tipo de plástico e produzindo materiais ou vendendo como
matéria-prima, e destinando os outros recicláveis (papel, papelão, metais em geral, sucatas) de
maneira ambientalmente correta, para empresas especializadas em reciclagem destes resíduos.
Já a Ferroplast é de menor porte, microempresa, que realiza a coleta, transporte, separa os
materiais e depois vende para empresas de reciclagem especializadas.
Em termos de números brutos, a Arplast recolhe, dos seus dois principais
fornecedores de Juazeiro do Norte (Atacadão e Aterro Controlado), 2,26 t/dia de recicláveis
(foto 47). Já a Ferroplast coleta de seu maior fornecedor (Supermercado São Luiz) 0,12 t/dia de
recicláveis (foto 48). Ambas empresas, coletam em torno de 10 m³/dia de recicláveis destes
fornecedores.
FOTO 47 – INSTALAÇÕES DA ARPLAST: RESÍDUOS COLETADOS E MAQUINÁRIO
100
4.4.3.6.Coletoras de Resíduos da Construção Civil - Start Limp e Azul Entulhos
No setor de RCC, a Start Limp e a Azul Entulhos são as maiores empresas coletoras
selecionadas.
Observa-se que a Start Limp coleta 58% dos RCC da cidade, enquanto a Azul fica
com os outros 42% (figura 28). Isso se deve muito ao fato de que a Azul não possui contratos
fixos, sendo solicitada pontualmente quando há demanda, e porque seus contêineres são de 4
m³ e fazem média 90 coletas mensalmente. Já a Start, além de serviços pontuais, ela possui
contrato fixo com a WR Engenharia (onde em cada construção desta empresa terá containers
da Start) e seus contêineres são de 5 m³, realizando uma média de 100 coletas ao mês. Ambas
empresas destinam os RCC para o Aterro Controlado, em média 90% do que coletam. Os outros
10% destinam para aterramento em construções em obras particulares ou pela prefeitura. Estes
valores destinados variam de acordo com a demanda.
Vale destacar que existem outras empresas de coleta dos RCC’s em Juazeiro do
Norte. A Multiresíduos realiza coleta desse tipo de resíduo, porém, por falta de dados mais
precisos por parte da empresa, não foi contabilizado. A NRG Construções também encontrava-
se entre as empresas selecionadas. Contudo, em entrevista, os responsáveis informaram não
realizar coleta no município de Juazeiro do Norte, apenas na cidade vizinha, Crato. Tendo em
vista, o limite de tempo e a necessidade de informações rápidas e categóricas, desconsiderou-
se a NRG, dando andamento no projeto com as outras duas empresas supracitadas.
101
4.4.3.7.Coletores independentes - Carroceiros
Para obtenção de dados referentes aos carroceiros, primeiramente buscou-se a
SEMASP. No entanto, esta não tem registros acerca dos mesmos, apesar de ter havido a
tentativa, sem êxito, de regulamentação dessa categoria por esta Secretaria.
Em seguida, buscou-se a Fundação Leandro Bezerra de Menezes, onde acreditava-
se sediar a Associação dos Carroceiros de Juazeiro do Norte. No entanto, a informação obtida
é que atualmente a mesma encontra-se desativada, não havendo registros dos carroceiros. A
fundação por ter sido sede da associação, tornou-se referência para os carroceiros na realização
da tradição da romaria das carroças que ocorre no mês de Setembro de cada ano, fora isso é
desconhecido outros meios de organização dessa categoria.
Diante dessa dificuldade, a alternativa encontrada para obter dados foi a busca ativa
desses profissionais em dias alternados pelas ruas dos bairros da cidade e em alguns pontos de
acúmulo de resíduos frequentados por carroceiros.
Durante três dias foi possível realizar entrevista aberta junto aos carroceiros em seu
ambiente de trabalho. Dentre os treze bairros no município visitados, em alguns dos bairros não
obteve-se abertura desses para entrevista. Pode-se entrevistar dez carroceiros e em alguns
lugares fez-se possível apenas a identificação de pontos de acúmulo e disposição de seus
resíduos, bem como os tipos que são dispostos levados em suas carroças. No transcorrer da
entrevista, foram abordados tópicos a fim de captar as características em relação aos resíduos,
como: tipo, quantidade em massa e volume, trajeto de coleta e transporte, frequência de coleta,
fonte geradora do resíduo e a destinação. Como supracitado, nem todos os carroceiros estiveram
solícitos ou souberam responder os questionamentos, especialmente referente a massa. Alguns,
por receio, ainda não permitiram que fosse realizado o cálculo do volume de suas carroças.
Além disso, uns apontaram a importância da rearticulação da associação para que a atividade
seja regulamentada e a necessidade de ter um local apropriado em cada região da cidade -
denominado pelos mesmos por Ecoponto - com a finalidade de destinação final ou transitório
regulamentado para despejo desses resíduos transportados pelos carroceiros.
Neste caso não foi possível realizar gravimetria. Tanto devido à dificuldade de
executar tal estudo no momento de despejo dos resíduos, como pela dificuldade imposta na
reação dos carroceiros, como também a não diversidade dos resíduos transportados pelos
entrevistados, quando era o caso, frequentemente mantendo uma homogeneidade.
102
A partir das informações coletadas durante essas entrevistas, buscou-se fazer uma
estimativa acerca da representatividade desses atores diante do Sistema de Coleta e Transporte
de Juazeiro do Norte, bem como de suas características, as quais serão abordadas a seguir.
Foi identificado que os carroceiros não atuam em apenas um bairro específico, mas
também nos bairros circunvizinhos. A destinação dada aos resíduos, de modo geral, são os
pontos de acúmulo mais próximo ao local onde foi gerado o resíduo. Os geradores são
principalmente moradores que solicitam o transporte de entulho oriundos de pequenas reformas
de suas edificações, podas das árvores de suas residências, móveis velhos (foto 49) e até mesmo
resíduos orgânicos.
Destaca-se que cerca de 80% dos entrevistados informaram que a maior demanda é
o transporte de entulho, seguido pela poda. Com relação a massa, foi observado que a carga era
de 150 kg, alguns chegavam a pôr uma carga altíssima de 250 à 300 kg.
Quanto ao volume, a estimativa obtida pelas entrevistas é de, em média, 0,6 m³ e
1,2 m³, podendo variar conforme o tipo de resíduo. A frequência da coleta é bastante variável,
entre 30 a 70 vezes por semana, à depender da demanda.
Segundo os próprios carroceiros, acredita-se que possa existir aproximadamente
1.000 a 1.500 carroceiros que utilizam a carroça como instrumento de trabalho, especialmente
com o transporte de resíduos. Porém, trata-se de um levantamento empírico e somente se faria
possível uma melhor precisão a partir da reorganização da Associação dos carroceiros, o que é
de grande valia visto a representatividade da participação dos mesmos no Sistema de Coleta e
Transporte dos resíduos.
103
4.4.3.8.Terceiro Setor - Associação Engenho do Lixo e ONG Juazeiro Ambiental
O tópico é referente aos grupos sociais organizados, sem fins lucrativos, que
coletam Resíduos Sólidos a partir de doações de entidades públicas, privadas ou comunidades.
No município de Juazeiro do Norte/CE, identificou-se a Associação Engenho do Lixo e a ONG
Juazeiro Ambiental que contribuem significativamente para a coleta de Resíduos Recicláveis
como pode ser observado posteriormente.
104
consertados pelos próprios associados e utilizados pelos mesmos. Esses são levados ao engenho
esporadicamente, não havendo contabilização dos mesmos. No dia da vistoria em questão,
havia uma quantidade irrisória no local.
FOTO 50 – MATERIAIS COLETADOS PELO ENGENHO DO LIXO
Os principais resíduos coletados (foto 51) pela ONG são pneus e eletroeletrônicos.
Em oito meses de funcionamento, a Juazeiro Ambiental recebeu 120 t de pneus e 22 t de
eletroeletrônicos.
Além disso, recolhem também: pilhas, baterias, e lâmpadas fluorescentes; que são
resíduos perigosos, separando-os e armazenando-os para uma posterior destinação
ambientalmente correta. Os computadores e peças destes que não estão inteiramente
danificados, são consertados por um voluntário, que se prontifica uma vez por semana a ir para
a Juazeiro Ambiental realizar o conserto dos mesmos. Quando reparados, são doados para
instituições de caridade que não podem adquirir produtos novos.
105
4.4.4. Apresentação de Resultados no COMDEMA
No dia 22 de agosto de 2016, segunda-feira, das 8h as 12h da manhã, realizou-se
uma reunião extraordinária do COMDEMA. Apresentou-se dados obtidos do Sistema de Coleta
e Transporte de Resíduos Sólidos existente no município de Juazeiro do Norte. Iniciando uma
discussão sobre possíveis soluções para os problemas expostos. Destacaram o impacto positivo
deste trabalho, e sua necessidade para a compreensão e o aprimoramento das questões
ambientais no município.
Nesta reunião estiveram presentes representantes da: AMAJU, Associação do
Engenho do Lixo, COGERH, Escola de Educação Ambiental, FATEC Cariri, SECID, SEDUC,
SESAU, SEMASP, PROEX e CREA CE.
Durante a discussão Cícero da Silva, representante da PROEX e gerente operacional
da mesma, elogiou os dados obtidos neste trabalho. Segundo ele, as informações apresentadas
estavam semelhantes ao levantamento de dados realizado pela própria empresa.
Outro comentário exposto, foi o de Francisco Adonias de Morais Sobreira,
representante do CREA. Esse elogiou a metodologia aplicada; e parabenizou pelo trabalho e
empenho dos integrantes.
106
4.6. REFERÊNCIAS
1. ABNT-NBR 10.004:2004 Classificação de Resíduos Sólidos – Associação
Brasileira de Normas Técnicas; Fórum Nacional de Normatização. 2004
2. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro e Geografia e
Estatística. Instrução Normativa n° 13, de 18 de dezembro de 2012 . Brasília,
2012. Legislação Federal e marginália.
3. BRASIL, República Federativa do. Decreto Nº 6.514, de 22 de Julho de 2008.
Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece
o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras
providências. Brasília, DF, 22 Jul. 2008. Legislação Federal e marginália.
4. BRASIL, República Federativa do. Lei Nº 12.305, de 12 de Agosto de 2010.
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n o 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 12 Agost. 2010.
Legislação Federal e marginália.
5. BRASIL, República Federativa do. Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente. Brasília, DF, 12 fev. 1998. Legislação
Federal e marginália.
6. BRASIL, República Federativa do. Resolução – RDC/ANVISA nº 306, de 7 de
dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento
de resíduos de serviços de saúde, 2004. Legislação Federal e marginália.
7. CETESB. Ficha de Informação de Produto Químico - Óleo de soja. São Paulo.
8. GATTI, R. C.; et al. Densidade Básica e Aparente da madeira de galhos de
onze Espécies utilizadas em Arborização Urbana. Simpósio Internacional de
Iniciação Científica e Tecnológica da USP, 17., 2009, Piracicaba, 2009.
9. IBGE (Brasil), Sinopse do Censo Demográfico 2010 - Ceará. Ceará, 2010.
10. IPEA (Brasil), Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos- Relatório de
Pesquisa. Brasília, 2012.
11. IPIRANGA. FISPQ - Ficha de Segurança de Produto Químico, n° 407., revisão
n° 06, revisado em agosto de 2005.
12. JUAZEIRO DO NORTE. Lei Complementar Nº 10, de 19 de Maio de 2006.
Institui o Código de Postura do Município de Juazeiro do Norte, Estado do Ceará,
e dá outras providências. Juazeiro do Norte, CE, 19 de Maio de 2006.
13. JUAZEIRO DO NORTE. Lei Nº 3.662, de 22 de Abril de 2010. Institui a Política
Ambiental e dispõe sobre o sistema municipal do meio ambiente para a
administração da qualidade ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do
meio ambiente do município de Juazeiro do Norte, Ceará. Juazeiro do Norte, CE,
22 Abril 2010.
14. JUAZEIRO DO NORTE. Lei Nº 3.689, de 28 de Maio de 2010. Dispõe sobre o
serviço de coleta de entulho, Institui o Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos
da Construção Civil e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil, de acordo com o previsto na Resolução CONAMA no 307, de
05 de julho de 2002, e dá outras providências. Juazeiro do Norte, CE, 28 de maio
de 2010.
15. NOVAES, M. V.; MOURÃO, C. A. M. do A. Manual de Gestão Ambiental de
Resíduos Sólidos na Construção Civil/Coopercon - Cooperativa da
Construção Civil do Estado do Ceará, 1ª Ed, Fortaleza, CE, 2008.
16. SILVA, M. C.; SANTOS, G. O. Densidade Aparente de Resíduos Sólidos
Recém Coletados. V CONNEPI, Maceió - AL, 2010.
107
ANEXO I
Tabela A – Massa e Volume total por tipo de Resíduos coletados pela Proex
Tabela B – Massa e Volume total por tipo de Resíduos coletados pela CTI
108
Tabela C – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pela Multiresíduos
Tabela E – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pela Arplast e
Ferroplast
109
Tabela G – Representatividade de coleta de resíduos no terceiro setor
Empresa Massa (t/dia) Massa (%)
Associação Eng. do lixo 1,88 68,6%
ONG Juazeiro Ambiental 0,86 31,4%
Tabela H – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pela ONG
Juazeiro Ambiental
Massa Volume
Tipos de resíduos Massa (%) Volume (%)
(t/dia) (m³/dia)
Recicláveis* 0,86 99,84% 6,36 99,91%
Plástico Geral (Mole,
0,06 6,99% 0,31 4,92%
Duro, Pet)
Borracha 0,67 77,70% 5,49 86,15%
Eletrônicos 0,13 15,15% 0,56 8,84%
Resíduos Perigosos*** 0,00** 0,16% 0,01 0,09%
Pilhas 0,00 0,16% 0,01 0,09%
TOTAL 0,86 100,00% 6,37 100,00%
*Depois do período de pesquisa deste projeto, a ONG deixou de recolher (esse resíduos eram
passados para uma pequena associação de reciclagem)
**A massa em t/dia é baixa, justificando o resultado tabelado. Dando 0,00133 t/dia.
***Não foram passadas informações sobre baterias e lâmpadas.
Tabela I – Massa e Volume Total por tipo de de resíduos coletados pelo Eng. do Lixo
110
Tabela J – Densidade aparente de Resíduos Sólidos
(Kg/m³)
Material Densidade
Plástico Geral (Mole,
191,5
Duro, Pet) I
Papel/Papelão I 333
Têxtil I 226,5
Metal (latinhas) I 57
Madeira I 134
Vidro I 62,5
Tetra Pak I 67
RCC II 1300
Eletrônicos I 231
Alimento I 1224,5
Poda IV 500
RSSI 231
Pilhas I 231
Baterias I 231
Lâmpadas I 231
I
Valores obtidos a partir do trabalho de 16SILVA e SANTOS (2010).
II
Valor obtido a partir de 15NOVAES e MOURÃO (2008).
III
Valor obtido a partir de 7CETESB São Paulo
IV
Valor obtido a partir do trabalho de 8GATTI et. al. (2009).
V
Valor obtido a partir de 11IPIRANGA-FISPQ n° 47
111
112
DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS DE JUAZEIRO DO
NORTE/CE
113
5. DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE
JUAZEIRO DO NORTE/CE
5.1.INTRODUÇÃO
A alta complexidade de destinação de resíduos das cidades, não advém apenas da
quantidade gerada, mas também da logística de transporte e de sua extensão territorial. Um dos
grandes problemas em relação à disposição inadequada, é quando os resíduos não passam por
tratamento, assim a formação dos pequenos lixões vão se desenvolvendo em várias partes da
cidade.
3
Mariano et al. (2007) mostra que a situação dos resíduos sólidos no Brasil ainda
está em estado precário, pois 4.000 lixões ainda encontravam-se em operação. No município de
Juazeiro do Norte, apenas em 2015, iniciou-se a transformação do lixão em um aterro
controlado.
Em 2015, a SEMASP realizou um trabalho de localização dos pontos transitórios
de resíduos. Esse estudo chegou ao número de cinquenta pontos em todo o município de
Juazeiro do Norte. A problemática maior é que a elevada concentração de resíduos nestes locais,
atinge direta e indiretamente o meio ambiente e a saúde pública.
Assim a análise qualitativa e quantitativa dos resíduos encontrados em cada ponto,
se faz necessário para identificar o processo ou atividade que lhe deu origem. Além da
identificação desses pelos códigos da ¹ABNT NBR 10.004/04 e da ²LBRS.
Esse levantamento de dados poderá acarretar em um maior controle das destinações
e disposições que estão sendo apresentadas para os resíduos do município.
5.2.OBJETIVOS
5.2.1. Objetivo Geral
Identificar e caracterizar os pontos de destinação e disposição final no município de
Juazeiro do Norte/ CE; e analisando esses resíduos sólidos qualitativa e quantitativamente.
114
5.3. METODOLOGIA
5.3.1. Levantamento de Dados
Para prévia identificação dos pontos, realizou-se uma entrevista com Cícero da
Silva, Gerente Operacional da empresa responsável pela limpeza e coleta pública do município
de Juazeiro do Norte – PROEX. Foram levantados questionamentos acerca de pontos de
disposição final e/ou transitórios existentes no município, dentre outras informações pertinentes
ao assunto.
Após o levantamento de dados, foram estudadas estratégias de rotas para o trabalho
in loco, levando em consideração a proximidade dos locais. Dentre os 50 pontos foram
selecionados os de maior porte através de análise visual permitida pela ferramenta cartográfica
Google Earth, totalizando 31 pontos (quadro 02).
Franciscanos 41 14/07/2016
Carité 45 20/07/2016
115
5.3.2. Trabalho em Campo
As visitas in loco possibilitaram a realização da gravimetria nos 32 pontos, com o
auxílio de 1 trena (50m), sacos plásticos (50L), balança (150Kg), balança de dedo (50Kg),
prancheta com planilha de coleta de dados e anotação de observações. Os devidos EPI’s (luva,
bota, chapéu) para a equipe. Para obtenção de imagens georreferenciadas dos pontos, utilizou-
se celular com câmera fotográfica e GPS ativado.
5.3.3. Gravimetria
A técnica de gravimetria dos resíduos sólidos realizada nos pontos de disposição
transitório foi adaptada, devido ao grande porte dos pontos dos resíduos. Foi realizada a partir
da área do terreno (largura e comprimento), além da medição das diversas alturas dos montes
de resíduos encontrados no local para calcular uma altura média, a fim de realizar o cálculo de
volume (m³) do mesmo. Para realizar o cálculo da Massa total dos pontos de acúmulos
utilizamos a seguinte fórmula:
𝐾𝑔
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐾𝑔) = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 ( ) ×𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑚³)
𝑚3
116
Foram citados alguns motivos pelos quais esses locais se tornaram pontos de
acúmulo de resíduos, entre eles a deficiência da coleta pública, pela falta da educação ambiental
e por conveniência dos moradores. Alguns desses pontos que existem passam por limpeza
esporadicamente, mas na maioria das vezes retornam a acumular resíduos.
Os pontos transitórios foram trabalhados em ferramenta cartográfica - google maps
- gerando um mapa de localização desses (figura 30).
117
TABELA 12 – GRAVIMETRIA DE RS DOS PONTOS TRANSITÓRIOS E DE DISPOSIÇÃO FINAL INADEQUADA
Massa Volume Volume NBR
Resíduos Massa (t) LBRS
(%) (m³) (%) 10004
118
Foi constatado que o município dispõe de um aterro controlado, onde todo o resíduo
sólido coletado de responsabilidade pública, é coletado pela empresa responsável - Proex. No
entanto, não foi possível afirmar um dado preciso no que diz respeito à sua composição, por
apresentar desnível no terreno. Não há histórico de dados em volume e características de
resíduos quando ainda era o lixão.
Foi verificado ainda que os pontos 12, 15, 27 e 42 localizados em perímetro urbano
caracterizam-se também como pontos de disposição final ambientalmente incorretos, pela
configuração volumosa de resíduos depositados sem nenhum tipo de tratamento e controle
ambiental. Para esses pontos destacam-se grandes volumes de resíduos da construção civil e
poda de árvores, sendo constatado o depósito por carroceiros. Além desses aspectos, foi
constatado o difícil acesso a esses pontos, dificultando a limpeza dos mesmos.
Existem também, na cidade, pontos de destinação de resíduos. Sendo estes as
empresas de reciclagem que recebem diariamente teladas de material reciclável, a Arplast (2,26
t/dia), Ferroplast (0,14 t/dia), a Associação Engenho do Lixo (1,87 t/dia), a Juazeiro Ambiental
(0,86 t/dia), e a empresa Flamax. Essa executa serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos
urbanos e incineração de resíduos de serviços de saúde e resíduos industriais, recebendo
diariamente 1,66 t.
5.4.3.1.Bairro Aeroporto
119
39°17’17.53”O. Nesse referido local foi encontrado uma relevante quantidade de resíduos
sólidos da construção civil. Os materiais identificados eram dispostos pelos moradores da
proximidade, bem como por carroceiros. A área total do ponto de acúmulo é de 441m², possui
um volume de resíduos estimado de 66,15m³ e uma massa total de 44.600,31 Kg. A altura média
dos picos presentes nesse local era de 0,15m. É válido salientar que boa parte dos materiais
encontrados nesse local já haviam sido queimados.
A006
17 01 07;17 02 03; A009
RCC 42.816,30 96,00 46,31 70,00
17 03 03;17 08 02 A005
A007
20 01 01;20 01 08;
Domésticos 20 01 10;20 01 11;
669,00 1,50 4,63 7,00
20 01 39;20 01 40
A004
Outros 223,00 0,50 1,98 3,00 20 01 99 A010
A099
120
O seguinte ponto está localizado na Latitude 7°12'54.09"S e Longitude
39°17'2.18"O. Os resíduos encontrados no referido local na sua maioria são podas de árvores.
Os mesmos são dispostos por carroças, como também por moradores residentes daquela região.
É importante ressaltar que boa porcentagem do material colocado nessa área já havia sido
queimado pelos moradores da localidade descrita, e que parcela desse acúmulo ocupa parte
do passeio público da rua Dr. João Tavares. O terreno não é cercado, facilitando assim que
sejam depositados resíduos no ambiente, que possuem uma massa total aproximada de
581.078,38 Kg e um volume total de 861,84m³
A006
A009
RCC 17.434,68 3,00 43,09 5,00 17 01 02; 17 01 07
A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 8.716,18 1,50 25,79 2,99 20 01 10; 20 01 11;
20 01 28; 20 01 40
Resíduos F044
2.905,78 0,50 17,24 2,00 16 01 24; 20 01 99
Perigosos F017
A004
Outros 1,16 0,00 0,06 0,01 20 01 35 A010
A099
5.4.3.2.Bairro Triângulo
121
Ponto 30 - Rua Joaquim Figueiredo com Açudinho
A006
17 01 02; 17 01 03;
A009
RCC 5.798.040,89 97,50 6.879,60 78,00 17 01 07; 17 02 01;
A005
17 04 05
A007
20 01 01; 20 01 02;
20 01 08; 20 01 10;
Domésticos 44.594,37 0,75 352,01 3,99 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40;
16 03 06; 20 02 01
Resíduos F044
5,95 0,00 0,79 0,01 20 01 21; 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 32.706,90 0,55 176,40 2,00 A010
20 01 99
A099
122
Este terreno está localizado em uma área central de Juazeiro do Norte, próximo ao
Hospital das Clínicas e Fraturas do Cariri. Possui Latitude de 7°13'39.67"S e Longitude de
39°19'40.33"O. Os resíduos encontrados são provenientes de construção civil.
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 264.653,83 88,00 334,54 75,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
15.037,12 5,00 26,76 6,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
Resíduos F044
0,03 0,00 0,00 0,00 20 01 21; 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 3.007,43 1,00 17,84 4,00 20 01 21; 20 01 35 A010
A099
Este terreno está localizado ao lado da fábrica Singer Brasil, cuja Latitude e
Longitude são respectivamente: 7°13'39.27"S e 39°19'54.89"O. Os resíduos encontrados nessa
área são oriundos dos residentes do bairro Triângulo, despejados por esses e por carroceiros.
Os resíduos encontrados são provenientes em grande parte da construção civil.
123
FOTO 55 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA DOMINGOS CALAZANS
124
TABELA 17 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 32 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 207.964,89 84,00 279,07 76,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos
20 01 10; 20 01 11;
7.427,32 3,00 18,36 5,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
A004
Outros 7.427,32 3,00 14,69 4,00 16 01 24; 16 06 04;
A010
17 08 02; 20 01 99
A099
125
FOTO 57 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA SENHOR DO BONFIM COM RUA JAIME DORCYL
A006
136.308,27 90,00 168,47 75,00% 17 01 02; 17 01 03; A009
RCC
A005
17 01 07
A007
20 01 01;20 01 02;
Domésticos 4.543,53 3,00 7,86 3,50% 20 01 11; 20 01 39;
20 01 40
Resíduos F044
0,08 0,00 0,00 0,00 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 3.029,07 2,00 3,37 1,50
17 08 02; 20 01 99 A010
A099
126
5.4.3.4.Bairro Franciscanos
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 54.111,00 76,00 68,64 65,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01;20 01 02;
Domésticos 5.695,90 8,00 7,39 7,00 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40
A004
Outros 1.423,97 2,00 3,17 3,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
127
Este ponto de acúmulo situa-se à Latitude 7°12'38.42"S e Longitude
39°18'48.22"O. Os resíduos eram descartados no meio da avenida, dificultando a passagem de
pedestres e veículos. Boa parte dos materiais encontrados nessa área eram de construção civil
e dispostos tanto por moradores, como por carroceiros. Esse ponto já existe há mais de um ano,
segundo os residentes do bairro. O ponto retratado fica próximo a um local turístico da cidade,
a Igreja de São Francisco.
5.4.3.5.Bairro Salesianos
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 66.074,54 50,00 98,00 50,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 33.036,87 24,99 19,42 9,91 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39 - 20 01 40
Resíduos F044
0,40 0,01 0,18 0,09 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 6.607,45 5,00 19,60 10,00 16 01 24; 17 08 02 A010
A099
128
FOTO 59 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MANOEL VITORINO
FOTO 60 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA SANTA CLARA COM RUA JOSÉ PEREIRA
129
TABELA 21 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 29 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 485.085,56 99,10 653,40 90,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01; 20 01 11;
Domésticos 978,84 0,20 18,37 2,53 20 01 28 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40
Resíduos F044
0,15 0,00 0,15 0,02 20 01 21
Perigosos 017
A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 734,24 0,15 17,79 2,45 A010
20 01 99
A099
130
FOTO 61 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA PEDRO CRUZ SAMPAIO
A006
A009
RCC 0,00 0,00 0,00 0,00
A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 318,57 0,50 0,47 0,50 20 01 11; 20 01 38;
20 01 38; 20 01 39
A004
Outros 63.396,16 99,50 94,03 99,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
5.4.3.7.Bairro Tiradentes
131
Ponto 36 - Rua Maria Diva Cardoso Lobo
FOTO 62 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MARIA DIVA CARDOSO LOBO
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 163.139,93 98,20 209,44 85,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 332,26 0,20 19,71 8,00 20 01 11; 20 01 38;
20 01 38; 20 01 39
A004
Outros 166,13 0,10 2,46 1,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
132
O terreno está localizado na Latitude 7°14'6.41"S e Longitude 39°18'4.00"O. A
grande maioria dos resíduos era da construção civil, entretanto observou-se uma quantidade
significativa de resíduos orgânicos, principalmente de poda. Destaca-se também a presença de
materiais plásticos e até mesmo parte de um carro enferrujado, além de resíduos domésticos.
Possui uma área total de 308m² e uma altura média de resíduos de 0,80m.
A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 217.111,50 93,50% 227,30 66,00% 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 11;20 01 38;
9.288,19 4,00% 51,66 15,00%
20 01 39; 20 01 40
A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 1.161,02 0,50% 13,78 4,00% A010
20 01 99
A099
133
FOTO 63 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA FRANCISCO MANOEL BEZERRA
5.4.3.8.Bairro Limoeiro
FOTO 64 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MADRE MARIA VILAC COM RUA PAULA BEZERRA
134
TABELA 25 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 12 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 525.344,51 98,63 726,80 92,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01; 20 01 08;
Domésticos 3.195,85 0,60 23,70 3,00 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39 ; 20 01 40
A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 372,85 0,07 7,90 1,00 A010
20 01 99
A099
135
TABELA 26 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 13.1 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 735.315,24 82,00 997,50 75,00
17 04 09 A005
A007
20 01 01; 20 01 10;
17.934,52 2,00 39,90 3,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 40
A004
Outros 8.967,26 1,00 13,30 1,00 20 01 99 A010
A099
A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 185.682,94 85,00 252,72 78,00
17 04 09 A005
A007
20 01 01; 20 01 10;
10.922,53 5,00 6,48 2,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 40
A004
Outros 2.184,51 1,00 3,24 1,00 20 01 99 A010
A099
136
TABELA 28 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 13.3 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 677.547,21 97,00 984,20 95,00
17 04 09 A005
A007
20 01 01; 20 01 10;
4.191,01 0,60 9,32 0,90
Domésticos 20 01 38; 20 01 40
A004
Outros 2.794,01 0,40 1,04 0,10 20 01 99 A010
A099
A006
17 01 07; 17 02 02; A009
RCC 590.059,13 40,00 809,52 37,00
17 04 09 A005
A007
20 01 01; 20 01 10;
73.757,39 5,00 65,64 3,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 40
A004
Outros 29.502,96 2,00 21,88 1,00 20 01 99 A010
A099
137
Ponto 15 - Rua Madre Nely Sobreira (local de Brejo)
O terreno é acidentado e possui altura média de 1,60 m de aterramento pré-
existente. Na área, há construção de infraestrutura. Os resíduos encontrados são característicos
da construção civil, e são dispostos por caminhões e carroças na área. Identificou-se também
materiais perigosos, como lâmpadas e EPI’s, entre outros. Sua Latitude e Longitude são
respectivamente: 7°13'23.43"S e 39°18'12.70"O.
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 548.716,15 98,29 621,00 75,00
17 01 07; 17 03 03 A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
20 01 10; 20 01 11;
Domésticos 557,70 0,10 41,33 4,99 20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
Resíduos F044
0,56 0,00 0,07 0,01 20 01 21
Perigosos F017
A004
Outros 55,83 0,01 24,84 3,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
138
FOTO 66 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA MADRE NELY SOBREIRA (LOCAL DE BREJO)
5.4.3.9.Bairro Centro
A004
Outros 0,00 0,00 0,00 0,00 A010
A099
139
FOTO 67 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA JOANA BATISTA HOLANDA
A006
17 01 01;17 01 02;
A009
RCC 1.368.552,05 99,50 1.999,20 98,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007
20 01 01; 20 01 02;
20 01 10; 20 01 11;
Domésticos 2.750,45 0,20 20,35 1,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
Resíduos F044
0,41 0,00 0,05 0,00 20 01 21
Perigosos F017
A004
Outros 2.750,86 0,20 10,20 0,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
140
TABELA 33 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 43.2 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 1.519.336,85 70,00 1.770,56 55,00 17 01 03;17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
325.572,18 15,00 804,80 25,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
141
TABELA 35 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 43.4 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 547.420,82 99,50 775,20 95,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01; 17 04 05
A007
20 01 01 ; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
825,26 0,15 12,24 1,50
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
A004
Outros 1.100,34 0,20 16,32 2,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
142
FOTO 68 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA SÃO PEDRO
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
2.305,87 1,00 17,10 5,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
A004
Outros 230,59 0,10 8,55 2,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
143
Este ponto de acúmulo está situado ao longo do quarteirão, estendo-se de uma
esquina a outra. No local acontece queima dos resíduos dispostos que são característicos de
carroceiros e da população que reside no entorno. Suas coordenadas geográficas são: Latitude
7°13'0.72"S e Longitude 39°17'37.03"O.
FOTO 69 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA ARY CRUZ COM RUA MARIA PEREIRA
144
TABELA 38 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 01 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 252.225,40 90,00 332,53 80,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007
20 01 01; 20 01 02;
20 01 08; 20 01 10;
Domésticos 2.802,50 1,00 20,78 5,00
20 01 11; 20 01 38
20 01 39; 20 01 40
Resíduos F044
5,61 0,00 0,29 0,07 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 1.395,65 0,50 12,18 2,93 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
145
TABELA 39 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 02 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03;
A009
RCC 33.627,22 95,00 47,25 90,00 17 01 07; 17 02 01;
A005
17 02 03; 17 04 05
A007
20 01 01; 20 01 02;
20 01 08; 20 01 10;
Domésticos 530,60 1,50 1,52 2,90
20 01 11; 20 01 28;
20 01 39; 20 01 40
Resíduos F044
0,35 0,00 0,05 0,10 20 01 21
Perigosos F017
A004
16 01 99; 17 08 02;
Outros 176,99 0,50 1,05 2,00 A010
20 01 99
A099
FOTO 72 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA PADRE NESTOR SAMPAIO COM RUA DÃO RIBEIRO
146
TABELA 40 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 05 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 804,68 0,20 15,87 2,66 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40
Resíduos F044
12,07 0,00 0,54 0,09 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 402,34 0,10 13,43 2,25 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
FOTO 73 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA PADRE NESTOR SAMPAIO COM RUA IRMÃ FLORENTINA
147
TABELA 41 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 08 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03; A009
RCC 969.726,13 99,88 1.411,20 98,00
17 01 07 A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 97,09 0,01 7,20 0,50 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40
A004
Outros 97,09 0,01 7,20 0,50 16 01 24; 20 01 99 A010
A099
148
TABELA 42 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 09 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03 A009
RCC 52.792,21 87,00 81,00 90,00
A005
A007
20 01 02; 20 01 11;
1.395,66 2,30 0,90 1,00
Domésticos 20 01 38; 20 01 39
A004
Outros 424,76 0,70 0,45 0,50 16 01 17; 20 01 99 A010
A099
FOTO 75 - PONTO DE ACÚMULO NA RUA ANTÔNIO MOTA DINIZ (ATRÁS DO HIPER BOM PREÇO)
149
TABELA 43 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 10 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03;
A009
RCC 2.292.201,78 91,00 3.623,89 97,00 17 04 07
A005
A007
20 01 02; 20 01 11;
Domésticos 75.567,09 3,00 18,68 0,50 20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
A004
16 01 24; 17 08 02;
Outros 50.378,06 2,00 18,68 0,50 A010
20 01 99
A099
150
TABELA 44 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 11 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
17 01 02; 17 01 03 A009
RCC 40.211,08 71,00 54,60 65,00
A005
A007
20 01 02; 20 01 11;
Domésticos 4.530,26 8,00 6,64 7,91 20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
Resíduos F044
0,57 0,00 0,08 0,09 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 566,35 1,00 1,68 2,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
151
TABELA 45 - MASSA E VOLUME DOS RESÍDUOS DO PONTO 46 E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Massa Volume Volume Código
Resíduos Massa (kg) Código LBRS
(%) (m³) (%) NBR
A006
A009
RCC 13.970,92 17,00 4,88 4,00 17 01 02; 17 01 07
A005
A007
20 01 01; 20 01 02;
20 01 10; 20 01 11;
Domésticos 61.636,26 75,00 109,64 89,95
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
Resíduos F044
0,16 0,00 0,06 0,05 20 01 35
Perigosos F017
A004
Outros 821,82 1,00 1,22 1,00 20 01 99 A010
A099
152
FOTO 78 - PONTO DE ACÚMULO NA AVENIDA JOSÉ BEZERRA COM FREI IBIAPINA
A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 26.778,03 90,00 35,30 80,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
892,60 3,00 1,54 3,50
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
A004
Outros 297,53 1,00 0,66 1,50 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
153
FOTO 79 - PONTO DE ACÚMULO NA AV. JOSÉ BEZERRA COM RUA NOSSA SENHORA DE LOURDES
A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 3.990,45 97,50 576,68 95,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 40,93 1,00 9,71 1,60 20 01 11; 20 01 38;
20 01 39; 20 01 40
A004
Outros 2,05 0,05 4,25 0,70 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
154
FOTO 80 - PONTO DE ACÚMULO NA AV. JOSÉ BEZERRA COM CAROLINA SOBREIRA
A006
17 01 01; 17 01 02;
A009
RCC 251.460,82 96,00 322,46 83,00 17 01 03; 17 01 07;
A005
17 02 01
A007
20 01 01; 20 01 02;
Domésticos 20 01 10; 20 01 11;
2.095,51 0,80 34,97 9,00
20 01 38; 20 01 39;
20 01 40
A004
Outros 523,88 0,20 7,77 2,00 17 08 02; 20 01 99 A010
A099
155
5.4.4. Aterro controlado de Juazeiro do Norte/CE
O aterro controlado de Juazeiro do Norte está localizado à margem da Rodovia CE-
060, no trecho que liga os municípios de Juazeiro do Norte e Caririaçu/CE. Situado na
coordenada geográfica com latitude 7° 9’19.72″ Sul e longitude 39°18’39.65″ Oeste. No dia 23
de julho de 2016, foi realizada uma visita ao local com o objetivo de calcular o volume, massa
total e identificar os tipos de resíduos. Após uma breve avaliação do terreno e da área que se
encontra o aterro hoje, notou-se que pelo desnível do terreno, não seria possível a realização do
cálculo. E não há literatura com tais informações dispostas. O mesmo só passou a ser aterro
controlado depois que começou a ser gerenciado - há pouco mais de um ano - pela AMAJU.
Desde então, um fiscal é encarregado de controlar o fluxo de veículos, que somente autorizados
pela Amaju poderão fazer disposição final no local.
156
O Ferro velho é encaminhado para a Gerdau. As garrafas de vidro e metal são armazenadas até
obter uma quantidade suficiente, para compensar o frete das para fábricas de cerveja, cachaça
e reaproveitamento de metal.
A Flamax localizada na Avenida do Agricultor, n°1042, Juazeiro do Norte/CE. É
uma empresa criada com o objetivo de executar os serviços de coleta e transporte de resíduos
sólidos urbanos e incineração de resíduos de serviços de saúde e resíduos industriais. Contando
com uma equipe altamente qualificada para atender e auxiliar o gerador na correta destinação
de seus resíduos. Por dia cerca de 1,6 t de resíduos de serviço da saúde são incinerados e 1,3 t
de resíduos industriais por dia são recebidos pela Flamax.
157
5.6. REFERÊNCIAS
158
CONCLUSÃO
159
6. CONCLUSÃO
Ao analisar a gravimetria realizada na geração das atividades econômicas, coleta e
transporte e destinação e disposição final, é possível contrapor dados importantes e quanto a
dinâmica dos resíduos sólidos no município.
Em relação a geração, a quantidade de orgânicos foi bem elevada. Considerando
que o número de visitas foi limitado, quando comparado aos valores de coleta e transporte, não
se tem o esperado, visto que em decorrência de perdas entre a geração e a coleta, se era comum.
Mas ainda assim não ideal, que o número da geração fosse maior ao da etapa de coleta. No
entanto, tal levantamento foi importante para diagnosticar as dificuldades de acesso ás
empresas, no tratar de resíduos sólidos, ainda que a Política Nacional de Resíduos Sólidos tenha
sido promulgada em 2010 e até mesmo em razão de outras regulamentações mais antigas. Além
disso foi importante identificar a geração e até mesmo o gerenciamento dos resíduos por parte
dos grandes geradores levantados.
Deve ser dada atenção aos RSO’s, visto a sua quantidade de geração e a existência
de possibilidades de reutilização, inclusive para a geração de energia. Há ainda a problemática
gerada pela perda dos resíduos recicláveis por estarem misturados aos materiais orgânicos.
Na coleta e transporte, conforme foi demonstrado no capítulo 4, mais de cinquenta
por cento dos materiais são recicláveis o que indica a viabilidade e necessidade de investimentos
no setor da reciclagem, aumentando o suporte às associações que já desenvolvem parte da coleta
e dando espaço de mercado para que empresas recicladoras se desenvolvam. Os agentes sociais
devem ser incluídos em políticas que envolvam tais investimentos. Desta forma, haveria o
aumento de empregos, principalmente no setor especializado em Resíduos Sólidos. Portanto, é
sugerido a criação de centros de triagem, seja uma iniciativa do poder público ou privado, a fim
de evitar que estes materiais coletados tenham destinação e disposição final danosa ao ambiente.
Quanto a Destinação e Disposição final, foi identificado uma grande quantidade de
pontos de disposição irregular, com predominância de Resíduos Sólidos de Construção Civil,
que também podem ser inseridos em processos de reciclagem. Há ainda vários carroceiros que
alimentam tais pontos como forma de obtenção de renda ao descarregar resíduos. Cabe
fiscalizar os geradores, para que estes regularizem a forma de destinar os resíduos.
O levantamento possibilita diagnosticar várias problemáticas no âmbito trabalhado,
assim como o local onde esta predomina, sendo uma ferramenta importante no processo de
gestão. Toda decisão tomada a partir deste documento deve considerar todos os aspectos
envolvidos, em especial os sociais, ambientais e econômicos, além de fatores decisórios na
implantação de qualquer tecnologia ou normativa.
160
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
161
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
162
163