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SUMÁRIO

Pág.

1 – Organização do Sistema Elétrico de Potência – SEP............................................. 3

2 – Organização do Trabalho........................................................................................... 18

3 – Aspectos Comportamentais...................................................................................... 28

4 – Condições Impeditivas para Serviços...................................................................... 35

5 – Riscos Típicos no SEP e sua Prevenção................................................................. 40

6 – Técnicas de Análise de Risco no SEP...................................................................... 56

7 – Procedimentos de Trabalho – Análise e Discussão................................................ 67

8 – Técnicas de Trabalho sob Tensão............................................................................ 69

9 – Equipamentos e Ferramentas de Trabalho (escolha, uso, conservação, 72


verificação, ensaios)........................................................................................................

10 – Sistemas de Proteção Coletiva............................................................................... 83

11 – Equipamentos de proteção Individual.................................................................... 89

12 – Posturas de Vestuários............................................................................................ 95

13 – Segurança com Veículos e transporte de Pessoas, Materiais e Equipamentos 103

14 – Sinalização e Isolamento de Áreas de Trabalho.................................................... 105

15 – Liberação de Instalação para serviço e para Operação e uso............................. 107

16 – Treinamento em Técnicas de Remoção, Atendimento, Transporte de 126


Acidentados......................................................................................................................

17 – Acidentes Típicos – Análise, Discussão, Medidas de Proteção.......................... 134

18 – Responsabilidades................................................................................................... 135

1
CURSO COMPLEMENTAR – SEGURANÇA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA
(SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste curso é capacitar, através de metodologia exclusiva, os participantes para


a análise e prevenção de acidentes em ambientes de riscos, em atendimento às exigências
da nova NR 10, credenciando-os à Autorização para trabalhos em instalações elétricas.

O curso atende às exigências do novo texto da Norma Regulamentadora NR 10 –


Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, publicada pela Portaria 598, do
Ministério do Trabalho e Emprego, de 07 de dezembro de 2004, que estabelece os
requisitos e as diretrizes básicas para a implantação de medidas de controle e sistemas
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que direta ou
indiretamente interagem, e supervisionam equipes de profissionais, em instalações elétricas
e serviços com eletricidade.

Aplica-se a atuação dos profissionais de todas as áreas elétrica, desde a geração,


transmissão e distribuição de energia elétrica até o ponto de entrega (medição), dando
subsídios a elaboração de projetos, para adequá-los as novas necessidades e a execução,
com posterior trabalho de operação e manutenção.

Uma vez que, a análise de risco seja estabelecida para a avaliação das condições de
trabalho é fundamental a conscientização dos trabalhadores das ferramentas da
comunicação e da mudança de conduta necessária para o trabalho em segurança.

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1 – ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP

Mapa Simplificado da Integração entre os Sistemas de Produção e Transmissão


para Suprimento do Mercado Consumidor

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Geração ou Produção de Energia Elétrica

Por geração ou produção entende-se a “Conversão de uma forma qualquer de energia em


energia elétrica”.

De acordo com os dados apresentados pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, o
Brasil possui o total 1.528 empreendimentos em operação, gerando 94.194.710 kW de potência
e sua atual Matriz de Energia Elétrica é a seguinte:

Fonte ANEEL

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Um Sistema Elétrico é o conjunto das instalações elétricas sob a administração de uma
empresa.
Compreende, em geral:

a) Usinas geradoras;
b) Linhas de transmissão;
c) Subestações.

Usinas Geradoras

A USINA GERADORA é o ponto inicial de um circuito de potência. É o local onde um certo tipo de
energia primária (hidráulica, calorífica, etc.), é transformada em energia elétrica. Esta
transformação é feita através do grupo turbina-alternador, comumente chamado de alternador
ou de gerador.

A turbina fornece a energia mecânica que aciona o alternador; o alternador transforma esta
energia mecânica em energia elétrica.

As usinas são classificadas conforme o tipo de agente primário que se emprega, (queda
d’água, óleo combustível, etc.), em:

 HIDROELÉTRICAS;
 TERMOELÉTRICAS;
NUCLEARES;
 EÓLICAS

Normalmente as fontes de energias elétricas ditas convencionais são as usinas hidrelétricas de


grande porte (com potência acima de 30 MW) e as usinas termelétricas. A geração de energia
por usinas hidrelétricas representa mais de 70% de nossa produção, concentrando-se nas
Regiões Sul e Sudeste do país.

Podemos definir os seguintes termos, de acordo com a NBR 5460 - Sistemas Elétricos de
Potência:

Usina Hidrelétrica – É a usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da
energia gravitacional da água.

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A água dos rios é acumulada nas represas e a certa altura da barragem, faz-se a tomada
d’água. Em virtude do desnível entre a represa e a usina, a água desce pelas canalizações
(canal e conduto forçado), com certa velocidade, até atingir as turbinas. A força d’água move
as pás da turbina, o que faz com que o grupo turbina-alternador entre em movimento, girando
em torno do seu eixo.

DEFINIÇÕES:
 Barragem: Grande estrutura de concreto ou terra compacta feita para formar o
reservatório;

 Reservatório: Grande área de terras inundadas pelas águas acumuladas do rio e que são
representadas pela barragem;

 Sangradouro ou Vertedouro: É o local de saída da água acumulada em excesso no interior


do reservatório. A saída de água é regulada pelas comportas;

Comportas: Podem se do tipo guilhotina ou em arco;

 Tomada de água: É o local onde se desvia a água por meio de condutos para a usina;

 Conduto forçado: É a canalização para alta pressão e que leva a água para as turbinas;

 Chaminé de equilíbrio: É um tubo vertical ligado aos condutos forçados, cuja função é
diminuir os efeitos do golpe de aríete;

 Golpe de aríete: São as oscilações da massa de água. Quando se fecha ou se reduz a


vazão em um conjunto;

 Casa de válvulas: É o local onde se manobram as válvulas das tubulações para controlar a
vazão.

Um sistema de válvulas e reguladores procura manter não só a velocidade da turbina constante


e consequentemente a freqüência do alternador, mas também o equilíbrio entre a potência
elétrica entregue pelo alternador ao sistema e a potência mecânica que a água desenvolve na
turbina.

RESERVATÓRIO / BARRAGEM

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VERTEDOURO / COMPORTA

TOMADA DE ÁGUA

CASA DE MÁQUINAS – SERVO MOTOR

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USINA DE ITAIPU

A tensão de saída de um alternador


é de 6,6kV ou 13,2kV.

Logo após os alternadores, tem-se


os transformadores que elevam a
tensão para 138, 230 ou 500kV.

No caso das Usinas da LIGHT, a


tensão é de 138kV, com uma única
exceção, de uma linha de 230kV,
que interliga a Usina Geradora Nilo
Peçanha com Aparecida da
Eletropaulo.

Rotor do gerador de Itaipu – 1760 ton. 90 RPM

Turbina Francis de Itaipu -


743 MW - 1 milhão de HP -
295 toneladas - 90 RPM

O prédio de Itaipu fica acima


da grande sala dos geradores,
que tem 1 km de comprimento

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SUBESTAÇÃO DE ITAIPU

SUBESTAÇÃO DE FOZ DE IGUAÇU A TENSÃO


É ELEVADA DE 500kV PARA 765kV. DISJUNTOR DE 765kV

SUBESTAÇÃO DE ± 600kV

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TRANSFORMADOR TRIFÁSICO DE 225 MVA E 275 kV

TRANSFORMADOR MONOFÁSICO DE 500kV E


275kV

SALA DE OPERAÇÕES

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Usina Termoelétrica – Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da
energia térmica.

A fonte primária de energia é o óleo combustível ou carvão, que é transformado em calor. O


calor gerado pela queima desses combustíveis vaporiza a água. A força do vapor d’água
movimenta as turbinas.

A energia mecânica do movimento das turbinas é transformada em energia elétrica, através do


alternador (gerador).

Os tipos de usinas térmicas mais utilizadas no Brasil são:

Unidade (Termoelétrica) a gás – Unidade termoelétrica cujo motor primário é uma turbina a
gás.

Usina Nuclear – Usina termoelétrica que utiliza a reação nuclear como fonte térmica.

As usinas nucleares têm como fonte primária de energia, a energia proveniente da fissura do
átomo. Esta energia surge na forma de calor; este calor gerado pela fissura do átomo vaporiza
a água. A força do vapor d’água movimenta as turbinas.

A energia mecânica do movimento das turbinas é transformada em energia elétrica, através do


alternador.
É interessante notar, que a diferença entre a termoelétrica e a nuclear está somente na fonte
primária de energia, isto é, a termoelétrica, a fonte primária é a queima de combustível, e a
nuclear, a fonte é a fissura do átomo.

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REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UMA USINA NUCLEAR

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Descrição:

No circuito primário, a água é aquecida em função do calor da fissão nuclear, do urânio, no


reator. Podendo chegar até 300C. Em seguida segue por tubulação, até o gerador de vapor,
vaporizando a água do circuito secundário, sem entrar em contato com ela. O vapor então
aciona a turbina e esta movimenta o eixo do gerador, produzindo eletricidade.

Para que a água não entre em ebulição, ao ultrapassar 100C, a pressão é mantida elevada,
daí o sistema denomina-se água leve pressurizada. O terceiro circuito, o de água de circulação,
consiste em um sistema de captação de água do mar para esfriar, no condensador, o vapor
que se expande na turbina.

No caso de geração nuclear, as usinas normalmente são situadas o mais próximo possível dos
locais de consumo com o objetivo de minimizar os custos.
Descrição:

Como fontes alternativas de energia elétrica existem uma gama de possibilidades, incluindo
energia solar fotovoltaica, usinas eólicas, usinas utilizando-se da queima de biomassa (madeira,
cana-de-açúcar, por exemplo) e outras fontes menos usuais como as que utilizam a força das
marés.

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Usina Eólica – Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da energia
eólica.

Transmissão

Baseados na função que exerce, podemos definir transmissão como o transporte de energia
elétrica caracterizado pelo valor nominal de tensão entre a subestação elevadora de uma usina
elétrica e a subestação abaixadora que alimenta um sistema de distribuição ou que fornece
energia elétrica a um grande consumidor;

As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil em corrente alternada podem variar de


230 kV até 765 kV, incluindo neste intervalo as tensões de 230 kV, 345 kV, 440 kV, 500 kV,
600 kV e 765 kV.

Linha de transmissão da concessionária Linha de transmissão cliente

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No Brasil existe um sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de Itaipu, com nível
de tensão de ± 600 kV .
DC
No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é constituído
basicamente pelos geradores, estações de elevação de tensão, linhas de transmissão,
estações seccionadoras e estações transformadoras abaixadoras.

Na transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma, diferindo apenas


pela presença das estações conversoras junto á subestação elevadora (para retificação da
corrente) e junto à subestação abaixadora (para inversão da corrente) e ainda pela ausência
de subestações intermediárias abaixadoras ou de seccionamento.

As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas em


corrente alternada enquanto que as estações conversoras apresentam custo elevado. Portanto,
a transmissão em corrente contínua apresenta-se vantajosa na interligação de sistemas com
freqüências diferentes ou para transmissão de energia a grandes distâncias.

SISTEMA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

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Subestação – Parte de um sistema de potência concentrada em um dado local,
compreendendo primordialmente as extremidades de linhas de transmissão e/ou de
distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo as
manobras civis e estruturas de montagem, podendo incluir também, transformadores,
equipamentos conversores e outros equipamentos.

Linhas de Distribuição – Conjunto de condutores, isoladores e acessórios, destinado a


transportar energia elétrica entre dois pontos de um sistema elétrico.

REDE AÉREA
Rede (cruzetas de
ferro) Convencional
Rede Space Cable

Rede (MBN) projetada com o objetivo de


inibir o furto de energia. Caracteriza-se por
ter a BT no mesmo nível da AT, tem na sua
estrutura a BT em cabo pré- reunido na
extremidade da cruzeta e na extremidade
da cruzeta fixada no poste a rede de AT em
13.8kV. Rede MBN

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REDE DE DISTRIBUIÇÃO SUBTERRÂNEA

CAIXAS DE PASSAGEM

REDE RADIAL EM ANEL REDE NET WORK RESIDENCIAL SUBTERRÂNEO

1.10.4 - Consumidores

Consumidor, denominado pela ANEEL, na Resolução Nº 456, de 29/11/2000 como “Pessoa


física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicitar a
concessionária o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo
pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da
ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de
adesão, conforme cada caso”.

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2 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Objetivo:

Definir os procedimentos técnicos e de segurança para a execução de trabalhos em redes de


AT e BT Desenergizadas nas proximidades de instalações com tensão.

Procedimentos para Execução

Estabelecer os Procedimentos de Execução e Segurança na realização de serviços em redes


elétricas desenergizadas nas proximidades de redes elétricas energizadas, de forma adequada,
evitando que pessoas ou objetos toquem a rede elétrica, vindo a constituir riscos de acidentes
para as pessoas e para as instalações da LIGHT provocando a interrupção no fornecimento de
energia e a paralisação da produção na indústria.

utiliza o DDS (Diálogo Diário de Segurança) para promover a integração e melhoria da


comunicação entre os empregados, alertando sobre a necessidade de conhecer e corrigir os
perigos no trabalho e sobre a promoção da saúde e prevenção de acidentes e doenças.

a) PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS

Pessoal

Todo pessoal de serviços que participem dos serviços de manutenção em redes


desenergizadas próximo a redes energizadas.

Instalações

- Rede de distribuição em Baixa Tensão (127, 220 ou 380 V) da LIGHT;

- Rede de distribuição em Alta tensão (6,6kV, 13,8kV e 25kV) da LIGHT;

Material Necessário

- EPI adequado ao serviço a ser realizado;

- EPC adequado ao serviço a ser realizado;

- Ferramentas, Viaturas e Equipamentos Utilizados na Execução da Tarefa;

- Recomendações Sobre Cuidados dos Equipamentos.

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Quanto à Segurança

 Antes de iniciar qualquer trabalho, o supervisor deverá fazer uma programação do trabalho a
ser executado, buscando identificar e controlar todos os riscos de possíveis acidentes; inclusive
com terceiros (Os DDS deverão ser realizados no início da jornada de trabalho ou a critério da
Gerência);

- O supervisor responsável pelo serviço deve orientar o pessoal de sua responsabilidade para
o cumprimento das práticas de segurança tanto de natureza técnica como comportamental;

- O responsável pelo trabalho não deve permitir o uso de ferramentas ou equipamentos que
não estejam em bom estado de conservação ou fora de sua finalidade;

- É função do responsável do trabalho fiscalizar o bom estado dos EPI´s e EPC´s, assim
também como sua correta utilização;

O responsável do trabalho deve também, controlar o correto posicionamento e estacionamento


da viatura, incluindo sinalização e calço às estruturas;

- O responsável pelo trabalho deve verificar a correta delimitação da área de trabalho e


sinalizações necessárias.

IMPORTANTE:

- O responsável pelo trabalho deverá analisar as condições do local de trabalho, reunir seu
pessoal e explicar as tarefas a serem efetuadas e distribuí-las com a equipe, deixando aquelas
mais difíceis e mais complexas para aqueles que reunirem melhores condições para executá-
las.

O responsável pelo trabalho deve entre outros deveres:

- Dar ordem de início e fim dos trabalhos;

- Controlar a movimentação do pessoal dentro da área de trabalho;

- Controle da correta realização do trabalho do pessoal sob sua responsabilidade;

- Adotar medidas necessárias para melhorar a segurança e a qualidade dos trabalhos.

- Não deve ausentar-se do local de trabalho, exceto em caso excepcional quando deverá
indicar seu substituto;

- O responsável pelo trabalho deverá dispor de um meio de comunicação permanente com o


responsável pelo impedimento;

- A movimentação de material, ferramentas e equipamentos para locais elevados deve ser feita
com uso obrigatório do balde (cesta) com carretilha, para transporte dos mesmos. Com esta
medida, evitaremos que os eletricistas arremessem objetos para os que estão localizados nas
partes superiores das estruturas, evitando acidentes caso algum destes

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objetos venham a tocar a rede energizada ou realizar um movimento brusco na tentativa de
alcançar estes materiais, o que também poderá causar um acidente mais sério;

- Deverá ser feita uma rigorosa inspeção visual pelo responsável pelo trabalho e membros da
equipe, antes de iniciar qualquer atividade, com a finalidade de detectar antecipadamente
algumas falhas que poderiam causar sérios acidentes;

- O deslocamento até a área de trabalho deve ser feito com toda a atenção. Os motoristas
devem ser orientados e conscientizados a seguir rigorosamente os procedimentos de
segurança da LIGHT e o CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO.

b) TRABALHO EM EQUIPE

- O trabalho deve ser executado com calma, coordenação e habilidade, por elementos
treinados e considerados aptos, físico e psicologicamente para a tarefa. (Aptos conforme -
PADRONIZAÇÃO DE PCMSO);

OBS.: PCMSO – A NR-10 no item 10.8.7 determina: Os trabalhadores autorizados a intervir em


instalações elétricas devem ser submetidos à análise de saúde compatível com as atividades a
serem desenvolvidas, realizada em conformidade com a NR- 7 (PCMSO – Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional) e registrada em seu prontuário médico.

- A equipe deverá seguir as normas e orientação para o uso dos equipamentos e ferramentas
necessárias, verificando o seu estado de conservação;

- Qualquer imprevisto que exija a alteração da programação deverá ser comunicado ao


supervisor da equipe para as devidas providências/soluções;

- Retirar ou substituir imediatamente qualquer equipamento ou ferramenta inadequada para o


uso na execução das tarefas.

- Verificar a existência de animais peçonhentos na área de trabalho e providenciar a retirada


por meios práticos e seguros;

- Quando por necessidade houver trabalho com tempo chuvoso ou à noite, deverão ser
adotadas todas as medidas de segurança necessárias, inclusive iluminação artificial do local
de trabalho;

- Todos os componentes da equipe devem testar seus equipamentos de proteção individual –


EPI antes da utilização;

- A equipe deverá ter seus equipamentos de proteção coletiva – EPC’s, inclusive o estojo de
primeiros socorros.

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c) PRONTUÁRIO E CADASTRO DAS INSTALAÇÕES

A revisão da Norma Regulamentadora nº 10 – NR-10 (Portaria 598 de 7/12/2004 do MTE)


estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de
controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

- Documentação mínima exigida (item 10.2.3 da NR-10).

As empresas estão obrigada a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas
do seu estabelecimento, contendo especificações sobre o sistema de aterramento e sistemas
de proteção.

- Documentação para instalação acima de 75 kW (item 10.2.4 da NR-10).

Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o


Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

- Relatório anual de auditoria de conformidade com a Norma NR-10, com recomendações e


cronograma de regularização visando o controle dos riscos elétricos;

- Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,


implantadas e relacionadas nesta Norma;

- Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas


atmosféricas de acordo com o item 10.1.1.1;

- Especificação do ferramental e dos equipamentos de proteção coletiva e individual,


aplicáveis, conforme determina esta Norma;

- Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização, dos


profissionais e treinamentos realizados;

- Certificação de equipamentos e materiais elétricos instalados em áreas classificadas;

Para trabalhos envolvendo o sistema elétrico de potência ou em suas proximidades, deverão


também estar disponível além dos documentos já citados, o seguinte:

- Procedimento de ordem geral para contingências não previstas;

- Certificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

- Especificação do ferramental utilizado.

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O QUE É O PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – (PIE )?

É um documento na forma de um manual que estabelece o sistema de segurança elétrica da


empresa. O PIE sintetiza o conjunto de procedimentos, ações, documentações e programas
que a empresa mantém ou planeja executar para proteger o trabalhador dos riscos elétricos.
Todas as empresas com potência instalada superior a 75 kW devem manter o PIE atualizado.

COMO ORGANIZAR O PRONTUÁRIO?

Como definido na NR10, em seu item 10.2.6:

O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo


empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.

COMO ESTRUTURAR O PRONTUÁRIO?

O primeiro passo para organizar o Prontuário das Instalações Elétricas é a realização de um


Diagnóstico NR10 de situação da empresa que analise e indique os requisitos da NR10 ainda
não atendidos pela empresa (não conformidade). E caso a empresa não possua, será também
necessário elaborar os Laudos Técnicos das Instalações Elétricas e o Laudo do SPDA - Sistema
de Proteção contra Descargas Atmosféricas.

O Diagnóstico, juntamente com o Laudo das Instalações Elétricas farão parte do Relatório
Técnico das Inspeções (item 10.2.4.g). Este, por sua vez, juntamente com o Laudo do SPDA
(10.2.4b) formarão a BASE para a estruturação do Prontuário.

Resumindo:
Laudo das Instalações Elétricas + Diagnóstico NR10 = Relatório Técnico das Inspeções.
Relatório Técnico das Inspeções + Laudo SPDA = base para o Prontuário Elétrico.

LAUDO TÉCNICO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O Laudo das Instalações Elétricas é parte do Relatório Técnico das inspeções, realizada nas
instalações elétricas da empresa com a finalidade de verificar a conformidade com as Normas
Técnicas Brasileiras NBR-5410 (instalações elétricas em baixa tensão), NBR 14039
(Instalações Elétricas em média tensão), NBR 5418 (Instalações Elétricas em Atmosferas
Explosivas) e outras.

O Laudo se atém aos aspectos técnicos das instalações elétricas: ensaios, medições e
inspeção nos quadros e circuitos elétricos, projetos, dimensionamentos, etc.

A NR10 estabelece a obrigatoriedade das empresas se municiarem de um Laudo Técnico que


ateste a conformidade das suas instalações elétricas com as normas de segurança. (Item
10.2.4).

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LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO DO SPDA

O Laudo de inspeção do SPDA é o documento técnico das inspeções e medições realizadas


no Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Aterramento Elétrico da empresa
com a finalidade de verificar a conformidade com a Norma Técnica Brasileira NBR-5419 e a
NR10.
Importante destacar que ambos os laudos, juntamente com o Diagnóstico NR10, irão se
constituir na BASE para a estruturação do Prontuário Elétrico, e conseqüentemente de todo o
sistema de segurança elétrica da empresa.

d) MÉTODO DE TRABALHO

Procedimento de Execução Passo a Passo

Algumas tarefas são comuns a todo e qualquer procedimento em qualquer tipo de situação.

Listamos algumas tarefas com a competência, riscos e controle dos riscos.

PASSOS COMPETÊNCIA RISCOS CONTROLE


 Estacionar o Motorista • Abalroamento  Obedecer o Código Nacional de Trânsito
Veículo • Colisão  Ligar o pisca alerta
• Atropelamento  Usar o freio de estacionamento

 Planejar e analisar Responsável • Ataque de insetos  Certificar a inexistência de insetos agressivos


as condições de pelo trabalho e • Ataque de animais ou objetos estranhos; caso existam,
trabalho Eletricista • Objetos estranhos providenciar a remoção
 Usar calçado de segurança e proteção para
as pernas
 Equipar-se com Chefe de turma  Falta de algum EPI  Inspecionar EPI´s
EPI´s Eletricistas  EPI com defeito
 Posicionar o veículo Motorista  Abalroamento • Ligar o pisca alerta
e calçá-lo Eletricista  Colisão • Acender os faróis baixo, quando para no
 Atropelamento contra fluxo
 Lesão nas mãos • Alguém no solo deverá orientar o motorista
durante as manobras
• Usar freio de estacionamento
• Verificar as condições do terreno
• Engrenar o veículo
• Usar luvas de raspa
• Sinalizar e isolar a Eletricista  Lesão nas mãos • Usar luvas de raspa
área de Trabalho  Atropelamento • Estacionar com o pisca alerta ligado numa
 Abalroamento posição que ofereça proteção para a instalação
 Acidentes com terceiros da sinalização
 Acidente com bens de • Evitar caminhar pela via antes da demarcação
terceiros da área de trabalho
 Entorse muscular • Instalar a sinalização no sentido da mão de
direção, mantendo-se sempre de frente para o
fluxo de veículos
• Não permitir a presença de pessoas estranhas
ou bens dentro da área de trabalho
• Adotar técnica e postura correta para
levantamento de peso
 Selecionar Eletricistas  Lesão nas mãos • Usar luvas de raspa
ferramentas e  Entorse Muscular • Adotar técnica e postura correta para
equipamentos levantamento de peso

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Trabalhos em Redes Desenergizadas Próximo à Rede de AT Energizada

Conforme a norma existe distâncias mínimas de segurança para efetuar trabalho nas
proximidades de instalações de alta tensão energizadas. Estas distâncias medidas desde o
ponto mais próximo com tensão até o ponto extremo da área de trabalho (qualquer parte
extrema do trabalhador, ferramenta ou elementos que possa ser manipulado voluntariamente
ou acidentalmente).

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

Faixa de tensão nominal Rr – Raio de Rc – Raio de


da instalação elétrica delimitação entre zona delimitação entre zona
em kV de risco e controlada controlada e livre em
em metros metros
<1 0,20 0,70
1 e <3 0,22 1,22
3 e <6 0,25 1,25
6 e <10 0,35 1,35
10 e <15 0,38 1,38
15 e <20 0,40 1,40
20 e <30 0,56 1,56
30 e <36 0,58 1,58
36 e <45 0,63 1,63
45 e <60 0,83 1,83
60 e <70 0,90 1,90
70 e <110 1,00 2,00
110 e <132 1,10 3,10
132 e <150 1,20 3,20
150 e <220 1,60 3,60
220 e <275 1,80 3,80
275 e <380 2,50 4,50
380 e <480 3,20 5,20
480 e <700 5,20 7,20

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ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA

ZC
1,56m
ZR
Trabalhos de
Proximidade 25 kV
1,38m ZC
ZR
Trabalhos de
Proximidade 13,8 kV

As ferramentas são consideradas um


prolongamento do corpo, e, portanto,
não devem entrar na Zona Controlada.

0,70m

Trabalhos de
Proximidade na BT

ZR – ZONA DE RISCO - Área restrita a trabalhadores autorizados e com adoção de técnicas,


instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho (Linha Viva).
Os trabalhos nesta área somente podem ser realizados com equipamentos específicos e
profissionais capacitados / certificados em linha viva.

ZC – ZONA CONTROLADA - Área restrita a trabalhadores autorizados (profissionais capacitados


/ certificados e periodicamente reciclados), não obrigatoriamente especializados em linha viva;

Trabalhos em Redes Desenergizadas Próximo à Rede de AT Energizada

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Exemplo de passo a passo.

1) Solicitação do Chefe de  Supervisor de manutenção deve preparar a petição de trabalhos nas


bloqueio dos turma/Sup proximidades de instalações com tensão energizada, que deve indicar:
religamentos das ervisor, instalação afetada, trabalhos previstos, data, hora, religadores a
proteções do COD e serem bloqueados, Nº. do rádio/viatura/celular, medidas de
religador na S/E COS segurança pedidas ao centro de despacho;

 Centro de despacho: aprova, aprova por conteúdo mas não por data e
TEMPO TOTAL hora, ou desaprova a petição;
 Tempo de
preparação (1 min)  Uma vez aprovada, o chefe de turma, o supervisor e o centro do
operação ficam com uma via da petição;
 Tempo de
bloqueio ( 10 min)  Na data e hora marcada e com petição em suas mãos, o chefe de
turma conferirá verbalmente com o centro de despacho o Nº. da
 Tempo de petição, as instalações afetadas e condições particulares. Se houver
religamento (0 min) incoerência entre as folhas deverá se chegar a um acordo único, caso
contrário, o trabalho deve ser cancelado pelo chefe de turma;
 Tempo
execução (0 min)  Na data e horário marcado, o chefe de turma ou responsável pelo
serviço deve solicitar ao COD via rádio o bloqueio do alimentador
Tempo total para envolvido.
o bloqueio (10 a 20
min)Estes tempos  COD, solicitará ao COS o bloqueio das proteções do religador definido,
variam de acordo informando via rádio ao chefe de turma ou responsável pelo serviço.
com a situação da
rede de distribuição,  Chefe de turma deverá iniciar os trabalhos após confirmação do COD
em caso de do bloqueio solicitado, e ao seu final, comunicar ao centro de despacho
anormalidade o término das atividades para desbloqueio das proteções dos
(alimentador fora do religadores, após cientificar-se que não existe ninguém trabalhando na
sistema, etc.), eles rede;
tendem a crescer.

Exercício de Passo a Passo


Tarefa:

1º Passo Riscos Forma de EPI’s EPC’s/Ferramentas Tempo


controle e
prevenção
2º Passo Riscos Forma de EPI’s EPC’s/Ferramentas Tempo
controle e
prevenção
3º Passo Riscos Forma de EPI’s EPC’s/Ferramentas Tempo
controle e
prevenção
4º Passo Riscos Forma de EPI’s EPC’s/Ferramentas Tempo
controle e
prevenção
6º Passo Riscos Forma de EPI’s EPC’s/Ferramentas Tempo
controle e
prevenção

26
e) COMUNICAÇÃO

NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO COM O SETOR DE OPERAÇÃO

Trabalhos com redes energizadas

Comunicar-se com o Centro de Controle para efetivação do bloqueio e desbloqueio dos


dispositivos de religamento dos alimentadores que estabelecerem fronteiras energizadas com
a área de trabalho.

Trabalhos com redes desenergizadas

- Comunicar-se com o Centro de Operação para ter a autorização do início dos trabalhos;

- Comunicar o término dos serviços ao Centro de Operação.

ATENÇÃO:

Lembre-se o DDS tem o objetivo de Promover a integração e melhoria da comunicação entre


os empregados alertando sobre a necessidade de conhecer e corrigir os perigos no trabalho e
sobre a promoção da saúde/meio ambiente, prevenção de acidentes e doenças.

27
3 – ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

“ A eletricidade é a forma de energia mais usada em todo o mundo, sem ela não há dúvida de
que o homem não teria as maravilhas que dispõe hoje. Há muitos anos, o homem vem se
preocupando em pesquisar e estudar os segredos que envolvem esta forma de energia
maravilhosa, porém em sua essência, continua sendo um mistério. Da mesma forma é a
natureza humana, o homem é um mistério, não existem dois seres humanos iguais, mas
apesar das diferenças individuais ou devido a elas, é essencial que os comportamentos que
envolvam riscos no trabalho, sejam reduzidos a partir de procedimentos que estabeleçam
critérios, diretrizes e principalmente que se identifique os níveis de responsabilidade PESSOAL
nas medidas de controle e sistemas preventivos de saúde e segurança do trabalho. Para tanto,
o Ministério do Trabalho em 1978 regulamentou a Norma NR-10 para o setor elétrico,
reformulando-a recentemente com base em dados estatísticos. A proposta deste trabalho, será
fazê-lo(a) refletir sobre posturas adequadas no exercício de sua atividade profissional. Afim de
que produtividade e o alcance de seus objetivos pessoais sejam alcançados de forma plena.”

“Ser responsável e disciplinado, é valorizar sua própria vida”


Equipe Mazza

28
VALORIZANDO A VIDA

Pense em um valor que você gostaria de ganhar de forma surpreendente!

Pense na soma dos valores dos bens que possui!


Pense no valor da sua família!
Pense no valor da sua vida!

A proposta da NR-10 é desenvolvida a partir deste valor para a vida humana, mas então você
dirá: Como assim  Cada pessoa atribuirá um valor para sua vida, para minha vida não posso
dar um valor monetário! Sim, mas o valor atribuído a vida é subjetivo e único, assim como cada
ser humano. Não podemos mensurar o valor de nossa vida, assim como não podemos
mensurar o valor de nossa família e mais, o valor que temos para esta.

Ainda que não se possa mensurar o valor humano com instrumentos de alta precisão, como é
possível com a eletricidade, é fácil entender que cada pessoa possui uma contribuição especial
na vida e participa de um contexto no qual é único e exclusivo, mesmo que muitas vezes não
saiba definir seu verdadeiro valor, mesmo que muitas vezes não compreenda e nem reconheça
seu devido valor.

O avanço tecnológico favoreceu muito o desenvolvimento de conceito e definições objetivas,


porém no aspecto do desenvolvimento humano, que envolve subjetividade e valores, há
emaranhado de fios que não conseguem traçar uma reta e chegar a um destino para viabilizar
resultados, assim a energia da vida vêm se tornando cada vez mais fraca e as pessoas com
menor poder de expressão, algumas por medo, outras simplesmente por não querer mudar,
“ligar-se” em um novo paradigma, seja na vida pessoal, seja na vida profissional.

Evidentemente, dedicamos nosso trabalho ao processo de desenvolvimento humano para o


aspecto profissional, porém há íntima relação entre o aspecto pessoal e o profissional, desta
forma, de certo há como aproveitar daqui, alguns conceitos para sua vida pessoal. O trabalho,
é onde passamos a maior parte do tempo de nossas vidas, e portanto, não é exagero dizer que
ele é uma extensão de nossas vidas, assim, as medidas de segurança adotadas em um trabalho
de alto risco, foram concebidas para proteger a integridade física e mental do ser humano,
padronizações para segurança e saúde do trabalhador.

Quando se fala em padronização e responsabilidade sobre segurança e saúde dos


trabalhadores, devemos entender que empresa, superior imediato e funcionários, são
responsáveis em igual parcela pela observância destas normas, pessoas, cargos, funções,
podem ser diferentes, RESPONSABILIDADE no trabalho, é SEMPRE IGUAL PARA TODOS

As exigências do novo texto da NR 10, que estabelece diretrizes básicas para implantação de
medidas de controle e sistemas preventivos de saúde e segurança dos trabalhadores, exigindo
maior aplicação em termos de perfil pessoal de todas as áreas da empresa”.

29
COMPORTAMENTO X SEGURANÇA DO TRABALHO

Quando falamos sobre Segurança do Trabalho, estamos obrigatoriamente falando sobre o


homem integrado: Corpo, Mente e Social, por isso devemos entender a necessidade de
cuidados nestes aspectos, de forma a fazer com que as pessoas tenham consciência de cada
um deles no contexto de trabalho.

CORPO

 Será que todos sabemos o que é e como funciona nosso CORPO?


 Temos consciência da influência das drogas: bebida, cigarro, álcool e outros no nosso
ORGANISMO?
 Como o cansaço físico e/ou mental pode comprometer os resultados?

MENTE

 Nossa MENTE está funcionando como sempre esteve?


 Como as relações afetivas influenciam o nosso estado de humor e nos faz perder a
concentração?
 Acontecimentos externos (de relacionamento) interferem em nossa atuação profissional?
 Porque não nos cuidamos como deveríamos?

SOCIAL

 Estou procedendo no SOCIAL, de acordo com valores éticos e as regras?


 Estou cumprindo com minhas responsabilidades como líder?
 Os relacionamentos e atitudes dos funcionários correspondem as expectativas da empresa?

A resposta a estas perguntas definirá se seu comportamento está propício a gerenciar pessoas
e tarefas de maneira adequada ou se você precisa esforçar-se um pouco mais no sentido de
se adequar, MODIFICANDO SEUS PENSAMENTOS para conseguir estabelecer um bom padrão
de qualidade de vida, trabalho e resultados para você mesmo e para organização, inclusive no
sentido de interferir nos resultados de terceiros.

30
RELAÇÕES HUMANAS

VALORES PESSOAIS E DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

Temos tendência a creditar que as pessoas reagem ao mundo exatamente como nós e nos
surpreendemos quando isto não acontece, porém fatores mentais e emocionais, são os
principais responsáveis por esta dicotomia.

Existe extraordinária diferença entre as pessoas, e as mudanças constantes nas pessoas nos
faz crer que é praticamente impossível prever ações e reações e que portanto a necessidade
de normalização em trabalhos de risco, torna-se fundamental.

Nem sempre somos muito conscientes de nossas habilidades, assim, a possibilidade de


autoconhecimento deve ser uma constante em nossa vida, de maneira a fazer com que
percebamos nossos limites e do que somos capazes. Um pensamento muito antigo, diz que:
“Não podemos confirmar o que não sabermos ou não podemos, até que aprendemos ou
venhamos a fazer”, isso quer dizer: que até que você faça, não pode dizer que é incapaz de
fazer.

Na prática no entanto isto não ocorre, as pessoas simplesmente desistem de algo sem nunca
ter tentado, colocam obstáculos sem nunca ter feito e criam resistência sem saber exatamente
para que.

Para que nossos pensamentos e atitudes se modifiquem aponto de atingirmos tantos objetivos
pessoais como profissionais, os valores pessoais precisam ter um critério bem definido sobre
conceitos de ética, responsabilidade, disciplina, organização, segurança, saúde, auto-estima,
etc.

Ao longo de nossa vida todas as experiências e conhecimentos que acumulamos em nosso


cérebro, servem de referência para muitas de nossas opiniões e comportamentos, mas existem
componentes genéricos que fazem com que no aspecto cognitivo sejamos diferentes e
tenhamos uma percepção diferenciada, por isso nem mesmo irmãos possuem a mesma opinião
ou comportamento. Enfim, o que queremos dizer é que assim como nenhuma impressão digital
é igual, as pessoas também não o são e isto faz com que num cargo de liderança, seja
necessário muito “jogo de cintura” para conviver com diferentes pessoas, opiniões, para que se
possa integrá-las e fazer acontecer.

Diferenças individuais agregam valores e podem fazer com que resultados aconteçam antes e
melhor do que o esperado, caso seja usado o melhor do potencial de cada pessoa. É a escolha
do homem certo, no lugar certo a probabilidade de acerto na execução das tarefas é
significativamente alto.

Inúmeras são as formas de se pontuar as diferenças individuais, no entanto preferimos pontuar


estas diferenças a partir de pensamento convergente, que para nós a nível prático, é fator
predominante para que se faça ou não acontecer o respeito ás regras estabelecidas.

Os comportamentos são determinados pela maneira como pensamos, o fato das pessoas não
agirem maneira igual, refere-se exatamente ao fato das pessoas não serem iguais em termos
de pensamento e neste aspecto, existem apenas duas possibilidades no pensar: O pensamento
convergente e o pensamento divergente.

31
Pensamentos convergentes e pensamentos divergentes na tomada de decisão individual ou
em grupo, é que determinam os resultados de uma organização. O pensamento divergente é a
produção de idéias que não estão dentro de foco abordado no momento e o pensamento
convergente, é aquele que procura agregar e integrar pessoas e tarefas de modo a obter
resultados.

Há inúmeras combinações na forma de tratar estes pensamentos e é destas combinações que


surgem comportamentos adequados ou inadequados e a integração das normas no dia a dia.

O pensamento divergente, é um processo livre para a produção do máximo de idéias que não
conspiram a favor do que está acontecendo naquele momento ou mesmo que pretenda ser
positivo, é um questionar contínuo e expressa através da fala, pressupostos destrutivos, seja
pessoal, para o grupo ou para a Empresa. Pode ser explicito, mas a idéia é sempre refutar o
que foi ou está sendo estabelecido.

O pensamento convergente é o conciliador, integrado e busca no novo a oportunidade de


crescimento, de desenvolvimento, converge ao objetivo como um todo, eventualmente
integrando o pessoal, o grupo e a empresa em só contexto.

Como o pensamento convergente, atende a nossos pressupostos, no que tange a alcançar os


propósitos, e portanto não são um entrave para a NR-10. A percepção das pessoas e a
interpretação que estas fazem acerca de um assunto, é a principal responsável pela
identificação de pessoas que pensam de forma convergente ou divergente, de certo, há
diversas maneiras e variações na forma de proceder, inclusive de acordo com a motivação de
cada pessoas, porém em termos gerais, o que precisamos unificar neste processo é
especialmente a responsabilidade, que em termos de valores, é o único aspecto que conta com
uniformidade em termos gerais.

Se por um lado as responsabilidades é que convergem as pessoas a um mesmo objetivo, por


outro, o ser humano somente se desenvolve na diversidade, e no século XXI é fundamental que
as pessoas se conscientizem da integração como fator primordial e na maneira de se relacionar
as pessoas se unem por questões: por sobrevivência, de crescimento, de perpetuidade, de
transformação, de domínio, poder ou afeto.

A percepção pessoal da maneira de se relacionar é que determinará uma melhor relação do


homem com o universo em que vive, a relação como se vê acima, na maior parte das vezes
são efetuadas para um único objetivo, a ser integrado por várias pessoas.

Nas relações humanas, os valores pessoais são fundamentais, já que a integração acontece
por questão de finalidades, no desenvolvimento das relações tanto razão quanto emoção,
precisam ser devidamente equilibradas para que flua energia nas relações e assim as coisas
aconteçam em conformidade com o necessário, especialmente no que tange a lideranças.

Há um significativo diferencial nas relações determinadas pelo meio de eletricidade, onde


confiança e desconfiança, segurança, coragem e medo, humildade e altivez, entre outros
sentimentos contraditórios, precisam caminhar em paralelo, pois não se pode confiar
plenamente no que o outro diz, mas não se pode desconfiar por completo, é preciso ter
segurança para ser firme em algumas situações, a saber, até onde pode ir demonstrando sua
insegurança quando necessário.

32
Na verdade todas as pessoas possuem estas características, porém o bom profissional de
eletricidade, sabe conviver e gerenciar estas habilidades de forma produtiva, para alcançar os
melhores resultados profissionais sem que esteja envolvido em possível acidente de trabalho,
associando-se a isso sua capacidade de observação, análise e planejamento.

A missão da Medicina e Segurança do Trabalho é oferecer um conjunto de normas e


procedimentos, que visa a proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-
o dos riscos inerentes as tarefas do cargo e o ambiente físico em que são executadas. Para
tanto, órgãos específicos vinculados ao Ministério do Trabalho e da própria empresa, criam
medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas no intuito de prevenir acidentes e
eliminar condições inseguras do ambiente, no entanto, as relações humanas é que fortificam,
na prática do trabalho a garantia, não só de que as normas sejam cumpridas, mas também de
que haja um comprometimento de todos em prol da qualidade do serviço oferecido.

PLANEJAMENTO

A proposta de reflexão sobre segurança, saúde, qualidade, trabalho e produtividade obrigatória


pela NR-10, nos leva a entender que não apenas conhecer a norma é indispensável para que
se consiga atingir aos propósitos para a qual ela foi estabelecida, mas principalmente focar na
ATITUDE.

As atitudes é que fazem com que efetivamente a Norma seja atendida, ou seja, esteja sendo
aplicada, daí a importância do conteúdo comportamental dentro deste contexto, sem mudança
de atitude e pensamento não há mudança na estrutura.

E você há de concordar que MUDAR PENSAMENTO E ATITUDE não é fácil como parece ou
como gostaríamos que fosse. Em nossa vida, integram 3 fenômenos complementares que
dificultam este processo de mudança de acordo com a forma como pensamos. A qualidade de
pensamento, atitudes e a definição de prioridades, são fundamentais para que as metas sejam
obtidas.

Estes três fenômenos são: PENSAMENTO – ATITUDE – SENTIMENTO o que de acordo como
priorizamos conseguimos ou não realizar algo em nossa vida profissional e pessoal.

As AÇÕES PREVENTIVAS são aquelas que você realiza para que algo de ruim não ocorra,
previne antes que aconteça.

A ANÁLISE CRÍTICA é absolutamente necessária aos cargos de liderança, refere-se á análise


das situações sob diversos ângulos, formas e decisões sobre possibilidades.

A AÇÕES CORRETIVAS, refere-se á decisões a ações a serem tomadas caso ocorra algo que
não esteja sendo realizado de acordo com as normas estabelecidas.

A coragem, determinação, firmeza e maturidade para as ações corretivas, que eventualmente


exigem atitudes impopulares ou mesmo punitivas também fazem parte deste contexto.
Aprender a planejar é um ponto fundamental no processo de desenvolvimento, somente quando
aprendemos a planejar, conseguimos estruturar trabalhos de forma a fazer com que as coisas
aconteçam adequadamente, para tanto, planejar começa a partir da reflexão e da

33
observação, por isso precisamos, aprender a pensar e analisar as situações para que
possamos tomar providências.

“Acidentes normalmente acontecem diante do


óbvio”.

COMUNICAÇÃO

Comunicação é a transmissão de idéias visando integrar um grupo de trabalho na compreensão


e execução dos objetivos, trata-se de um dos mais importantes aspectos vinculados a
realização e resultados, o processo de comunicação ocorre da seguinte maneira:

EMISSOR

MENSAGEM

CÓDIGO

CANAL

RECEPTOR

RUIDOS

EMISSOR MENSAGEM CÓDIGO CANAL RECEPTOR


Transmissor da Conteúdo Linguagem Componente físico Indivíduo que recebe
mensagem. da transmissão a mensagem

A comunicação na empresa ocorre de forma HORINZONTAL e VERTICAL, porém quando estas


não estão ocorrendo adequadamente, ou seja quando há muitos ruídos, poderão ocorrer
PROBLEMAS SÉRIOS em termos de execução e conseqüentemente DE RESULTADOS.

34
4 – CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS

A NR 10 visando garantir uma maior proteção aos trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade, estabeleceu diversos
procedimentos a serem seguidos durante a realização destas atividades.

Qualquer serviço deverá ser precedido de rigorosa inspeção visual de todos os materiais
componentes da instalação, visando confirmar a integridade física de todos os materiais, bem
como as boas condições das montagens originais destes.

Constatada qualquer irregularidade que comprometa a segurança na realização dos serviços,


tais como postes com deterioração de sua faixa da linha de afloramento, cruzetas com marcas
de fungos ou podridão, condutores desgastados ou com amarrações frouxas, isoladores
quebrados ou fora de posição e ferragens com deterioração ou amassadas, o serviço não
poderá ser iniciado, e o Órgão responsável pela manutenção do sistema deverá ser acionado
visando à adequação das anormalidades.

A ausência ou a deficiência de qualquer uma das condições abaixo impede o início ou


prosseguimento de serviços realizados em instalações elétricas do SEP. Vale ressaltar que
estas condições são as principais, pois na análise de risco do serviço, podemos constatar outras
situações que possam impedir a execução da atividade:

As intervenções em instalações elétricas com tensões superiores a 50 Volts em corrente


alternada ou superiores a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por
trabalhadores que atendam ao que estabelece a NR-10:

• Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados


no Sistema Elétrico de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente.

• Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles que
interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica
para data e local, assinada por superior responsável pela área.

• Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles


envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a

35
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de
operação durante a realização do serviço.

• Falta ou deficiência de EPC’s e ou EPI’s.

Falta da luva de borracha


para trabalhos em BT
energizada.

• Nenhum serviço deve ser iniciado se houver condições que comprometam a integridade
física da equipe.

Nas redes de distribuição em AT, os trabalhos sem tensão não poderão ser realizados sem os
procedimentos de impedimentos para trabalhos (item 10.5. – Segurança em Instalações
Elétricas Desenergizadas da NR-10) a LIGHT usa as cinco regras de ouro.

36
AS REGRAS DE OURO

1- SECCIONAMENTO;

2- VERIFICAR AUSÊNCIA DE TENSÃO NOS CONDUTORES DE ALTA E BAIXA TENSÃO;

3- BLOQUEIO;

4- ATERRAR;

5- PROTEÇÃO DOS ELEMENTOS OU CONDUTORES EXISTENTES NA ZONA CONTROLADA; E

6- INSTALAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE IMPEDIMENTO DE REENERGIZAÇÃO.

ATENÇÃO: AS SEGUINTES ATITUDES SÃO CONSIDERADAS INACEITÁVEIS:

a) Violar bloqueio de equipamentos (Exemplo: retirar cadeado ou qualquer outro dispositivo


de bloqueio de equipamentos);

b) Operar equipamentos móveis sem possuir habilitação (Exemplo: operar guindautos, cesta
aérea sem o respectivo treinamento);

37
c) Trabalhar em altura sem os EPI’s adequados (Exemplo: cinto de segurança, óculos, botina,
luvas de borracha com cobertura, etc.); e,

Os eletricistas que executam


trabalhos em altura têm que usar os
EPI’s e EPC’s adequados a atividade.

d) Entrar em ambiente confinado sem permissão.

c) Ausência de sinalização de segurança.

Nos equipamentos, após a abertura deve ser Instalada obrigatoriamente a sinalização de


“BLOQUEIO (LOCK-OUT”).

38
d) Outras condições impeditivas:

- Falta de Análise Preliminar de Risco – APR;


- Falta de procedimentos técnicos;
- Falta ou deficiência de EPI, EPC;
- Deficiência pessoais (físico / psicológica);
- Meio ambiente.

Obs.: Na LIGHT a Análise Preliminar de Riscos (APR) abordada na Instrução Normativa


(INO-IAH-001 – 09) é utilizada na distribuição. Na superintendência de usinas é utilizado
um outro modelo.

39
5 – RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO

a) PROXIMIDADE E CONTATOS COM PARTES ENERGIZADAS

É importante lembrar que a rede elétrica deve ser tratada com todos os aspectos de segurança
que envolva construção, operação e manutenção. Portanto, seus condutores e acessórios não
devem ser tocados enquanto a rede não estiver desligada e corretamente aterrada, exceto na
condição de linha viva, sob pena de colocar em risco a segurança dos envolvidos na tarefa e
ainda a de terceiros;

ATERRAMENTO

Para aterramento temporário, os pontos para instalação do aterramento serão,


preferencialmente, as partes expostas das redes de tal forma que o local de trabalho esteja
confinado a distâncias máximas de 300 m entre dois pontos aterrados.

O aterramento é um caminho seguro das correntes induzidas pelas descargas em direção a


terra, caminho controlado e de baixa impedância.

Segurança Humana

A interligação do aterramento nos equipamentos elétricos, permite que a corrente de falta


(defeito) passe através do condutor de aterramento ao invés de percorrer o corpo da pessoa
que acidentalmente tocou o equipamento durante uma falha na isolação do circuito.

Desligamento Automático

O sistema de aterramento deve oferecer um percurso de baixa impedância de retorno da


corrente de falta para a terra permitindo, desta forma a operação automática do dispositivo de
proteção.

Cargas Estáticas

O aterramento deve escoar para a terra as cargas estáticas acumuladas nas estruturas,
carcaças de equipamentos, etc.

40
SINALIZAÇÃO

- Todos os pontos de perigo (choque


elétrico) devem possuir Aviso de Risco
Elétrico.

- A segurança na execução de serviços de


eletricidade em instalações elétricas é
definida pela Norma Regulamentadora – NR
10 – do Ministério do Trabalho e Emprego.

PROCEDIMENTOS

Parâmetros e procedimentos para a execução de serviços:

- Devem ser obedecidos os raios de delimitação da zona de risco e zona controlada (NR-10);

- As atividades devem ser realizadas mediante procedimentos específicos, normas,


regulamentos e manuais de operação, manutenção e de segurança do trabalho; e

- A casos específicos de emergência será dada atenção especial, atentando para sempre
serem mantidas as condições de segurança dos eletricistas, transeuntes e instalações.

a) PROXIMIDADE E CONTATOS COM PARTES ENERGIZADAS

Parâmetros e procedimentos para a execução de serviços:

- Devem ser obedecidos os raios de delimitação da zona de risco e zona controlada (NR-10);

- As atividades devem ser realizadas mediante procedimentos específicos, normas,


regulamentos e manuais de operação, manutenção e de segurança do trabalho; e

- A casos específicos de emergência será dada atenção especial, atentando para sempre
serem mantidas as condições de segurança dos eletricistas, transeuntes e instalações.

41
b) INDUÇÃO

Quando um circuito é submetido a um campo


magnético variável, aparece nele uma corrente
elétrica cuja intensidade é proporcional às variações
do fluxo do campo magnético. Esse fenômeno é
conhecido como indução eletromagnética.

Na figura ao lado temos três montagens diferentes


para ilustrar o fenômeno da indução
eletromagnética, com a ajuda de uma bobina de 300
espiras e um núcleo de ferro laminado.

Explicação:

A bobina da figura ao lado tem 300 espiras.

Para realizar o experimento, ligamos a bobina na rede de 127V e corrente alternada. Quando
acionamos o interruptor, uma corrente elétrica percorre a bobina, gerando um campo magnético
na região em torno da mesma. Colocamos um núcleo de ferro no centro da bobina para
concentrar o campo nessa região.

EXPERIÊNCIA 1

Na experiência 1 (material 1 da figura), temos uma lâmpada ligada a uma bobina com 20
espiras. Quando acionamos o interruptor da bobina de 300 espiras a lâmpada acende. Isso
ocorre porque o campo magnético variável produzido pela bobina de 300 espiras, conduzido
pelo núcleo de ferro, atravessa a bobina de 20 espiras, induzindo na mesma uma corrente
elétrica alternada que acende a lâmpada.

EXPERIÊNCIA 2

Experiência 2 (Anel de Thompson) material 2 da figura.

Colocando o anel de Thompson na mesma posição onde estava a bobina e a lâmpada, temos
o experimento do anel flutuante.

Nesse experimento, quando o interruptor da bobina de 1200 espiras é acionado, o anel flutua
no núcleo de ferro. Tal fenômeno ocorre porque o campo magnético induzido no anel produz

42
no mesmo uma corrente elétrica, que ira gerar um campo magnético que se opõe à variação
do fluxo magnético que induz essa corrente.

Ao usar no mesmo experimento uma bobina de 300 espiras, quando o interruptor for acionado,
o anel salta para fora do núcleo de ferro. Tal fenômeno ocorre porque o campo magnético
induzido (será muito maior que o gerado pela bobina de 1200 espiras) no anel produz no mesmo
uma corrente elétrica. O anel salta porque, de acordo com a Lei de Lenz: “A corrente elétrica
induzida num circuito gera um campo magnético que se opõe à variação do fluxo
magnético que induz essa corrente”. Portanto o campo magnético do anel será sempre
oposto ao campo do núcleo de ferro. Isso faz com que haja uma força magnética repulsiva entre
ambos.

EXPERIÊNCIA 3

Experiência 3 (Material 3 da figura), usamos um anel de cobre em forma de uma canaleta.

Neste experimento devemos colocar água na canaleta e a posicionarmos onde está a bobina
de 20 espiras na foto acima. Depois de algum tempo que acionamos o interruptor da bobina de
300 espiras, a água da canaleta começa a ferver. Isso ocorre porque a corrente elétrica induzida
na canaleta esquenta o metal, fazendo com que a água em contato com ele se aqueça também.
O fenômeno do aquecimento de um metal devido à passagem de corrente elétrica é conhecido
como Efeito Joule.

CONCLUSÃO SOBRE INDUÇÃO

O campo Eletromagnético:

Quando a corrente elétrica circula nos meios condutores, gera um campo eletromagnético. Este
campo está presente em inúmeras atividades humanas, tais como trabalhos com circuitos ou
linhas energizadas.

- É importante lembrar que um circuito energizado pode energizar uma linha desenergizada,
este fato cria o risco elétrico, não podemos prescindir das medidas de controle coletivas e
individuais necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra,
contato acidental com outros circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou
que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes
de alimentação de terceiros.

- Um circuito pode ser energizado por indução, portanto existe o risco de choque elétrico.

- O choque elétrico é um estímulo rápido da corrente circulando no corpo humano, o corpo


tornar-se parte do circuito elétrico, e haverá uma diferença de potencial entre o corpo em
contato com o campo eletromagnético e a terra suficiente para vencer a resistência elétrica
oferecida pelo corpo.

43
- O choque elétrico pode ocasionar contrações violentas dos músculos, a fibrilação ventricular
do coração, lesões térmicas e não térmicas, podendo levar a óbito. Como efeito indireto pode
provocar quedas.

- A morte por asfixia ocorrerá, se a intensidade da corrente elétrica for de valor elevado,
normalmente acima de 30 mA e circular por um período de tempo relativamente pequeno,
normalmente por alguns minutos. Daí a necessidade de uma ação rápida, no sentido de
interromper a passagem da corrente elétrica pelo corpo. A morte por asfixia advém do fato do
diafragma da respiração se contrair tetanicamente, cessando assim, a respiração. Se não for
aplicada a respiração artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a três minutos, ocorrerão
sérias lesões cerebrais e possível morte.

- Cuidados especiais devem ser tomados por trabalhadores ou pessoas que possuem em seu
corpo aparelhos eletrônicos, tais como marca passo, aparelhos auditivos, dentre outros, pois
seu funcionamento pode ser comprometido na presença de campos magnéticos intenso.

PROCEDIMENTOS EM CASO DE CHOQUE ELÉTRICO

1) Em caso de vômito, vire a cabeça da vítima para o lado;

2) O socorrista deve insistir, mesmo que a vítima não dê sinais de recuperação, na respiração
boca a boca e na massagem cardíaca externa até a chegada do socorro médico;

3) Continue, sem interrupção, a respiração de socorro e massagem cardíaca ao transportar a


vítima.

c) DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Acidentes com Raios

RAIO é uma descarga elétrica muito intensa, que ocorre em certos tipos de nuvens e pode
atingir o solo, causando prejuízos e ferindo pessoas.

É consequência do rápido movimento de elétrons de um lugar para outro. Os elétrons movem-


se tão rapidamente, que fazem o ar ao seu redor se iluminar (um clarão conhecido como
relâmpago), aquecer-se, resultando num estrondo, o trovão.

A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é


ínfima: apenas uma em um milhão. Em 30% dos
casos, as vítimas morrem por parada cardíaca ou
respiratória. Os 70% restantes costumam sofrer
sequelas, como perda de memória e diminuição da
capacidade de concentração.

A incidência de descargas atmosféricas no país (o


Brasil é o país com maior incidência no mundo:
cerca de 100 milhões de raios por ano) matou mais
de 100 pessoas em 2000.

44
Somente no verão de 2001, houve a incidência de cerca de
15.000 raios na cidade do Rio de Janeiro. A foto ao lado
mostra um raio atraído pela imagem do Cristo Redentor, no
Rio de Janeiro.

Os estados mais atingidos por raios são: Amazonas, Mato


Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, nesta ordem.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais -


INPE (que estuda os raios através Grupo de Eletricidade
Atmosférica - ELAT - vide link, ao final), o fenômeno causa
prejuízos de US$ 200 milhões ao ano no Brasil. Os raios
afetam as linhas de transmissão de energia, de telefonia,
as indústrias; causa incêndios florestais e mata pessoas e
animais.

Ao atingir uma pessoa, o raio pode causar sérias


queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema
nervoso central e outras partes do corpo, através do
aquecimento e uma variedade de reações eletroquímicas.
A chance de sobreviver é de apenas 2%.

As pessoas também podem ser atingidas por correntes elétricas que se propagam no solo, a
partir do ponto que o raio atingiu. São as chamadas descargas laterais.

TIPOS DE RAIOS

Raio Normal

Partículas com carga elétrica negativa (elétrons) correm


por uma trilha invisível em direção ao solo. Pouco antes de
tocarem o chão, atraem partículas elétricas de carga
positiva.
A carga positiva salta em direção ao céu e fecha o circuito
elétrico, que aparece na forma de raio luminoso.

Raio Positivo

Neste tipo de raio, acontece o inverso. As partículas de


carga positiva correm em direção ao solo e atraem as
partículas negativas. Esse fenômeno era considerado raro,
mas acontece com muito mais frequência do que se
pensava.

45
COMO SE PREVENIR

Durante uma tempestade, se recomenda não sair de casa e não permanecer nas ruas. Em
casa, as chances de ocorrer acidentes diminuem, devido a prédios, árvores e outras residências
com proteção, atrativos em potencial para as descargas. Em casa, não se deve usar o telefone,
com exceção do tipo "sem fio", nem se aproximar de objetos metálicos (janelas, grades ou
tomadas). Os eletrodomésticos devem ser desligados da rede elétrica. Essas diretrizes evitam
os efeitos indiretos das descargas, pois a boa condutividade dos materiais presentes nesses
objetos pode provocar acidentes.

Se realmente for necessário permanecer nas ruas, deve-se evitar segurar objetos metálicos
longos, como tripés, varas de pesca ou guarda-chuvas. Não se deve empinar papagaio ou
aviõezinhos com fio. Franklin, por pura sorte, escapou da morte em seu experimento com a
pipa. Andar a cavalo também é uma atividade de risco. O cavaleiro comporta-se como uma
ponta e poderá atrair o raio. Não se deve nadar. Relâmpagos ocorrem nessas superfícies, ao
contrário do que se pensa. Alguns locais podem servir de esconderijos numa tempestade:
ônibus, veículos fechados metálicos, prédios e moradias com proteção, construções com
estrutura metálica, barcos e navios metálicos fechados, abrigos subterrâneos, como túneis e
metrôs, vales, desfiladeiros ou depressões no solo. Nunca se deve ficar no interior de celeiros,
barracos e tendas, que facilmente incendeiam ou se destroem pela força da descarga,
tampouco próximo a linhas de energia elétrica ou árvores isoladas.

As últimas regras relacionam-se aos locais onde é extremamente perigoso permanecer: topos
de morros, cordilheiras, prédios, áreas abertas (como campos de futebol), estacionamentos
abertos, quadras de tênis, cercados de arame, varais de metal, linhas aéreas, trilhos, torres,
linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.

Quando não for possível realizar nenhum dos procedimentos acima citados, ainda há uma
maneira de escapar de um acidente. Momentos antes de ocorrer a descarga, pessoas que
estejam nessas proximidades sentem seu pêlos arrepiados ou a pele coçando, indícios da
atividade elétrica. Não se deve entrar em pânico. Pode-se ficar na seguinte posição: ajoelhado,
curvado para frente, com as mãos colocadas nos joelhos e a cabeça entre eles. Imita-se, desse
modo, uma esfera e não uma ponta, como na posição de pé. Jamais se deve deitar no chão,
pois a descarga atingirá diretamente essa superfície.

d) ESTÁTICA

Bom, É necessário entender que o perigo da energia estática é a descarga que pode ocorrer
entre seu corpo e algum componente eletrônico e pontos aterrados. Essa descarga ocorre
quando há uma diferença de potencial (tensão) entre as partes. Quando usamos sapatos de
sola de borracha, nosso corpo tende a acumular elétrons (ou a falta deles) e no momento que
tocamos algo, há uma transferência rápida de elétrons entre seu corpo e o objeto. Quando essa
movimentação de elétrons ocorre através de um microcomponente de computador (que é muito
pequeno e sensível).

A eletricidade estática pode causar os mais inúmeros defeitos como, por exemplo: queima de
componentes, mau funcionamento, travamentos, erros de leitura em memórias. Muitos dos
componentes CMOS (Chips das placas em sua maioria utilizam esta tecnologia) possuem
proteção contra eletricidade estática, mas não aguentam um valor elevado de estática.

Em áreas classificadas a descarga da eletricidade estática pode provocar explosão.

46
e) CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS

ELETROMAGNETISMO

Definição:

É o poder de atração que a corrente elétrica ao passar pelo condutor exerce sobre os materiais
ferrosos (geração de campo magnético).

Na figura acima temos um condutor em forma de bobina onde se encontra um campo magnético
com maior intensidade (linhas de força).

Ao se aplicar uma corrente baixa, obtém-se um campo fraco; ao se aplicar uma corrente alta,
obtém-se um campo forte (mais intenso).

Sentido das Linhas de Força num Imã:


Foi convencionado dizer que as linhas de força num imã são orientadas externamente do pólo
norte para o pólo sul e internamente do pólo sul para o pólo norte, como ilustra a figura ao lado.
Depois de conhecermos algumas propriedades dos imãs, veremos os mais importantes
fenômenos gerados pelo magnetismo. (campo magnético)

Ao lado temos uma aplicação do efeito causado pelo


eletromagnetismo. (Principio do eletroímã), onde a
corrente elétrica ao percorrer o condutor, cria um
campo eletro-magnético no mesmo, que está
enrolado em um prego transferido poderes
eletromagnéticos a este prego.
Quando uma corrente elétrica percorre um condutor,
ela cria em torno deste um campo magnético.

47
Este campo magnético tem forma circular e aparece em toda extensão do condutor.

Uma bússola colocada perto de um condutor percorrido por uma corrente elétrica sofrerá um
deslocamento em virtude do campo magnético ao redor deste condutor.
Este campo magnético tem um determinado sentido, que depende do sentido da corrente
aplicada.

48
Podemos aumentar um campo magnético colocando um núcleo de ferro na botina.

O campo magnético pode ser aumentado quando aumentamos a corrente.

Podemos aumentar o campo magnético quando diminuímos o número de espira da bobina.

49
Invertendo-se o sentido da corrente mudamos a polaridade do imã.

O eletroímã só age como imã quando percorrido por corrente.

50
Podemos conseguir o mesmo campo magnético de um imã possante utilizando um pequeno
eletroímã.

EFEITOS DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO (CEM) NO CORPO HUMANO

Campo eletromagnético é uma região sobre a qual é exercida uma força produzida por uma
corrente elétrica.

Muitas pessoas têm medo de que os CEM causem câncer. No entanto, não há uma conexão
de causa estabelecida entre ambos. O National Research Council (NRC) passou mais de três
anos revisando mais de 500 estudos científicos conduzidos ao longo de um período de 20 anos
e não encontrou "nenhuma evidência conclusiva e persistente" de que campos
eletromagnéticos sejam nocivos aos seres humanos. O presidente do grupo do NRC, o
neurobiólogo Dr. Charles F. Stevens, afirmou que "as pesquisas não demonstraram de qualquer
forma convincente que os campos eletromagnéticos comuns em ambiente doméstico possam
causar problemas de saúde, e extensos testes de laboratório não demonstraram que os CEM
possam danificar células de forma prejudicial à saúde humana".

51
f) Comunicação e Identificação

Comunicações da Operação

- Todas as ordens operativas deverão ser transmitidas passo a passo, de forma completa,
sem se saltar passos nem alterar a ordem estabelecida nos Procedimentos de Operação;

- O receptor da ordem ou procedimento deverá sempre repetir todas as instruções recebidas.


Caso o receptor tenha alguma dúvida quanto à informação recebida, ele tem o direito de
pedir ao emissor que repita a mensagem quantas vezes sejam necessárias para um
completo entendimento;

- A ligação só poderá ser terminada quando o emissor e o receptor da mensagem tenham


absoluta certeza de que a mensagem foi transmitida e entendida de forma inequívoca.
Ambas as partes deverão questionar se nada mais há para ser transmitido antes de encerrar
a ligação;

- Ambas as partes deverão questionar se nada mais há para ser transmitido antes de encerrar
a chamada.

g) TRABALHOS EM ALTURA, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ESPECIAIS

TRABALHOS EM ALTURA

Devido às necessidades de se manter um isolamento elétrico adequado, muitas atividades em


trabalhos com a eletricidade requerem tarefas em níveis superiores (elevados fisicamente) em
relação ao nível do piso. Os exemplos mais comuns destes tipos de instalação são as torres de
linhas de transmissão e os postes da rede de distribuição.

Para a segurança do trabalhador nestas condições (altura), o novo texto da NR-10 determina
que deva ser garantida a segurança dos trabalhadores, usuários e terceiros nas tarefas de
Construção, Montagens, Operação e Manutenção (item 10.4 da norma).

Recomenda-se ainda que estas atividades sejam acompanhadas e supervisionadas por


profissionais autorizados, segundo o que dispõe a (item 10.4.1) referida norma.

Portanto, para os serviços em altura deverão ser adotadas medidas preventivas de controle dos
riscos, especialmente quanto à altura requerida para os trabalhos.

Para a realização de atividades em altura os trabalhadores devem:

• Possuir os exames específicos da função comprovados no ASO – Atestado de Saúde


Ocupacional (o ASO deve indicar explicitamente que a pessoa está apta a executar trabalho
em local elevado);

• Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando a atividade caso sinta


qualquer alteração em suas condições;

• Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos.

52
Os acidentes que normalmente causam lesões aos trabalhadores ocorrem em conseqüência
de choques elétricos ou de quedas em altura. Existe uma determinação legal para que todos
os trabalhos executados a partir de 2m de altura em relação ao nível do piso somente sejam
permitidos mediante a utilização de EPI´s e EPC´s adequados (cinturões de segurança,
talabartes, trava-quedas, escadas, etc...).

ESCADAS

PROCEDIMENTOS PARA MANUSEIO, TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO DE ESCADAS

- Observar as reais condições de uso da escada, antes da sua utilização, verificando


montantes, degraus, catracas, suporte de apoio ao poste, sapatas, cordas etc;

- Antes de apoiar a escada no poste, observar


as condições de segurança da base do poste;

- Não apoiar a escada em fios ou cabos da


rede elétrica;

- Não utilizar a escada sem as suas sapatas,


principalmente em superfícies lisas ou não
pavimentadas;

- Verificar o terreno onde a escada vai ser


utilizada, caso necessite, acertá-lo para o
perfeito apoio das sapatas;

- Nunca colocar a escada de modo a oferecer


posição insegura ou perigosa para o eletricista,
com relação à rede elétrica. Analisar sempre
antes, a melhor condição para realizar a tarefa;

- Evitar impactos, trepidações e quedas das


escadas, por menor que seja a sua altura;

- Observar o afastamento da base da escada


ao poste ou estrutura de apoio, que deve ser
em torno de ¼ do seu comprimento;

- As escadas devem ser posicionadas e


estendidas por duas pessoas, sendo que o
responsável (o ajudante), pelo afastamento
deve ficar posicionado entre o poste e a
escada, e o responsável pela extensão através
da corda, do lado oposto;

53
- É imprescindível no processo de extensão e
amarração da escada; o uso das luvas de
vaqueta ou de raspa de couro.

- A amarração da escada ao poste deverá ser


feita em baixo, à altura do 4.º degrau e depois
no topo;

- O ajudante deverá segurar a escada até a


sua completa amarração;

- Para a amarração do topo da escada, o


eletricista deve utilizar: Capacete, Cinturão de
Segurança com Talabarte, Luva de Vaqueta ou
de Raspa de Couro;

- Óculos de Segurança, Óculos para


sobrepor, quando da utilização de lentes
corretivas e Botinas de Segurança;

- As escadas com defeitos devem ser


separadas das outras e encaminhadas para o
devido conserto;

- Não guardar as escadas em locais onde são


armazenados líquidos inflamáveis;

- As escadas singelas, até 4.035mm, devem


ser transportadas no ombro, podendo ser por
uma só pessoa. Acima desse tamanho, o
transporte deve ser feito no ombro e por duas
pessoas;

- Providenciar a sua substituição quando não


mais oferecer condições de uso.

A NR-10 determina que os trabalhadores em atividades em altura tenham treinamentos


específicos com os riscos envolvidos. Treinamento este que deve ser atualizado
periodicamente.

54
Cesta aérea Plataforma

OBS: Os equipamentos e materiais usados em trabalho em altura devem ser inspecionados


cuidadosamente e devem ser testados de acordo com as normas vigentes.

Estes dispositivos devem ser acondicionados de forma correta quando fora de uso.

55
6 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP
ANÁLISE DE RISCO

É uma ferramenta de trabalho prevencionista simples e eficaz, através da qual na fase de


planejamento de um trabalho busca-se identificar, minimizar ou neutralizar com medidas
preventivas os riscos de acidentes, ou seja, através da análise de riscos, quando feita
corretamente, é possível identificar já no planejamento, os possíveis riscos existentes e
programar também as medidas para neutralizá-los. Portanto, através da Análise de Riscos é
possível, por exemplo, elaborar procedimentos ou mesmo elaborar e executar treinamentos
que, com certeza, irão obter respostas satisfatórias.

A LIGHT na distribuição, através da INO-IAH-001-09 Análise Preliminar de Riscos


especifica:

Análise Preliminar de Riscos - APR - é um método sistemático de exame e avaliação prévia


de todas as etapas e elementos de um determinado trabalho para desenvolver e racionalizar
toda a seqüência de operações que o trabalhador (próprio ou de empresas contratadas)
executará nas atividades operacionais, formalmente registrado em um documento específico;

- Não se aplica - é um campo específico do formulário APR, que deverá ser assinalado mesmo
quando um determinado risco descrito na APR não condizer com os riscos relacionados à
tarefa/atividade exercida, visando assegurar que a possibilidade da presença do risco foi
avaliada;

- Responsável de Trabalho - é o profissional formalmente autorizado pela empresa, com a


atribuição da supervisão imediata do serviço, responsável pela condução e registro da análise
de riscos no formulário específico e efetivação das medidas de controle;

- Tipo de Turma – é a turma, própria ou de empresas contratadas, que trabalha em uma


atividade específica. Por exemplo: Corte, Religação, Ligação, Atendimento de Emergência,
Linha Viva, Manutenção etc.

A Light entende que o gerenciamento de riscos é parte integrante de todas e quaisquer


atividades que envolvam situações que possam comprometer a integridade física das pessoas,
as instalações e a imagem da Empresa. A análise preliminar de riscos deve fazer parte do dia-
a-dia de todas as operações. Trabalhar respeitando esses princípios é dever de cada integrante
da Força de Trabalho, composta por empregados próprios ou de empresas contratadas, que
estejam a serviço da Light, sendo a Linha de Supervisão responsável pelos resultados obtidos.
A participação ativa dos Gerentes, Coordenadores, Técnicos e Responsáveis de Trabalho
assegura o êxito duradouro no controle de acidentes ou eventos indesejáveis, mediante a
capacidade de influenciar nas atitudes e, conseqüentemente, modificar o comportamento de
cada colaborador envolvido.

Vantagens e utilizações da análise de riscos

- Identificação prévia dos riscos do trabalho;

- Elaboração de procedimentos;

56
- Elaboração de treinamentos;

- Desenvolvimento do senso crítico para a prática prevencionista;

- Elaboração de Check-list;

- Facilidade para verificar se determinada atividade está sendo realizada de forma correta;

- Referência na investigação de acidentes (atitude do empregado com o procedimento


recomendado);

- Evidência documental relativa à pratica de segurança;

- Padronização dos trabalhos em equipes ou comandos diferentes.

A Análise Preliminar de Riscos é uma metodologia para o desenvolvimento do trabalho


prevencionista.

Utiliza-se

- Para analisar previamente trabalhos a serem liberados;

- Para analisar trabalhos já em execução.

Metodologia

Para a realização de uma boa Análise de Riscos é essencial que ocorra o envolvimento das
pessoas HABITUADAS A EXECUÇÃO DO TRABALHO A SER ANALISADO. Portanto tal análise
deve ser feita pelos Encarregados e empregados envolvidos no trabalho, contando com a
assessoria do profissional de Segurança do Trabalho na discussão das medidas de segurança.
O segredo da Análise de Riscos é uma observação rigorosa e crítica de cada trabalho. O
sucesso será maior quanto maior for a meticulosidade dos envolvidos.

Cada risco, cada perigo, cada possível causa de acidente, deve ser identificada, registrada e
tratada em separado, como um problema sério que merece atenção especial. Todo o cuidado
deve ser tomado para evitar-se o desprezo por riscos menores ou menos evidentes.

Todo trabalho é uma seqüência de atividades. Concretizar o trabalho é unir as seqüências de


forma harmônica. É absurdo que qualquer trabalho atinja seu objetivo quando neste ínterim
ocorrem acidentes. Trabalho bem planejado é aquele planejado com total segurança.

Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores no setor de energia elétrica são, via de regra
elevados, podendo levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de
atividade. Contudo, o maior risco à segurança e saúde dos trabalhadores é o de origem elétrica.

A eletricidade constitui-se um agente de alto potencial de risco ao homem. Mesmo em baixas


tensões ela representa perigo à integridade física e saúde do trabalhador. Sua ação mais

57
nociva é a ocorrência do choque elétrico com conseqüências diretas e indiretas (quedas,
batidas, queimaduras indiretas e outras). Também apresenta risco devido à possibilidade de
ocorrências de curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico originando grandes
incêndios e explosões.

É importante lembrar que o fato da linha estar seccionada não elimina o risco elétrico, tampouco
pode-se prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias, já que a
energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com outros
circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede,
descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de
terceiros.

Riscos de origem elétrica

• Choque elétrico;

• Campo elétrico;
(pág. 41)
• Campo eletromagnético.

CHOQUE ELÉTRICO

É o conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo


humano ou animal, quando este é percorrido por corrente elétrica.

As manifestações, dependendo das condições e intensidade da corrente, podem ser desde a


sensação de “formigamento” pela superfície da pele, até uma violenta contração muscular que
pode provocar a morte.

O corpo humano, não só pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade de água
que contém, tem comportamento semelhante a um condutor elétrico, ou seja, conduz corrente
elétrica.

Assim como todo elemento condutor, o corpo humano também apresenta valores de resistência
elétrica – R (resistência ôhmica).

O valor da resistência ôhmica do corpo humano varia de pessoa para pessoa, e depende de
alguns fatores:

a) área de contato;

b) pressão de contado;

c) resistência da pele;

d) umidade da pele; e

e) trajetória da corrente pelo corpo humano.

58
Condições Orgânicas do Indivíduo

Os efeitos do choque elétrico variam de pessoa para pessoa, e dependem principalmente das
condições orgânicas da vítima. Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, mentais,
deficiência alimentar, etc., estão mais propensas a sofrer com maior intensidade os efeitos do
choque elétrico. Os idosos submetidos a uma intensidade de choque elétrico relativamente
fraca, podem sofrer sérias conseqüências.

Sintomas do Choque Elétrico

- Contrações musculares;
- Tetanização dos músculos;
- Aquecimento do músculo, órgão e sangue;
- Queimaduras dos ossos, músculos, órgãos, pele, etc..
- Parada respiratória;
- Parada cardíaca;
- Prolapso em órgãos ou músculos;
- Problemas mentais;
- Perdas de coordenação motora;
- Problemas renais;
- Retensão sangüínea; e
- Outros.

Riscos de queda

As quedas constituem uma das principais causas de acidentes no setor elétrico, ocorrem em
conseqüência de choques elétricos, de utilização inadequada de equipamentos de elevação
(escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento dos
trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de insetos.

Riscos no transporte e com equipamentos

Neste item abordaremos riscos de acidentes envolvendo


transporte de trabalhadores e o deslocamento com veículos
de serviço, bem como a utilização de equipamentos.

• Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo,


deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos
de prestação de serviços.
Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos
característicos das vias de transporte.

• Veículos e equipamentos para elevação de cargas e cestas


aéreas.
59
Riscos de ataques de insetos

Na execução de serviços em torres, postes,


subestações, leitura de medidores, serviços de poda
de árvores e outros pode ocorrer ataques de insetos,
tais como abelhas, marimbondos e formigas.

Procedimentos após a picada

As vespas e marimbondos picam mais de uma vez. Em picadas de abelhas, tenha o cuidado
em não apertar o corpo da abelha quando retirar o inseto, pois pode ocorrer a injeção de mais
veneno.
Mesmo se você não tiver reações alérgicas às picadas de inseto, isso pode causar grande
desconforto. Para aliviar a dor você pode:

• Elevar a parte do corpo que foi picada e colocar gelo ou fazer uma compressa fria para
diminuir o edema (inchaço).

• Não furar qualquer bolha que possa surgir. Limpe as bolhas com água e sabão para evitar
infecções.

• Creme de corticosteróide tópico e anti-histamínico oral podem ajudar a controlar a


inflamação e a coceira.

• Se você estiver com muita coceira (mesmo sem reação alérgica) procure um médico para
que ele receite a medicação correta para reduzir o inchaço.

• Se o inchaço aumentar procure cuidados médicos imediatamente.

Riscos de ataque de animais peçonhentos/domésticos

Ocorre, sobretudo nas atividades externas de


construção, supervisão e manutenção em redes
elétricas.

O empregado deve atentar à possibilidade de picadas de animais peçonhentos como, por


exemplo, cobras venenosas, aranhas, escorpiões.

60
Cobras Venenosas

Bothrops - Cobra Jararaca Crotalus durissus - Cobra Cascavel

Lachesis muta – Cobra Surucucu Coral-verdadeira (Micrurus)

Em caso de acidente com cobras, procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo. Até
a chegada ao posto de saúde, faça o seguinte:

1 Mantenha a vítima deitada, evite que se locomova. Os movimentos podem acelerar a


absorção do veneno pelo organismo. É importante manter o membro ferido em posição mais
elevada que a do resto do corpo.

2 Nunca faça garrote ou torniquete, que impedem a circulação do sangue e podem causar
necrose e gangrena.

3 Não coloque nada no local da picada - muito menos folhas, fumo, pó de café, terra, fezes
(embora pareça absurda, essa prática é comum no interior).

61
4 Não perfure o local da picada. Alguns venenos provocam hemorragias, que podem ser
agravadas. Além disso, lâminas ou agulhas não desinfetadas podem causar infecção.

5 Se possível, traga o animal causador do acidente para que se possa identificá-lo com
segurança e assim saber qual o soro específico para aquele caso. Se não der, tente observá-
lo para, depois, fazer um "retrato-falado" no posto de saúde.

6 Não perca tempo com tratamentos improvisados. Somente o soro evita o agravamento dos
sintomas da picada de cobra. E ele deve ser aplicado o quanto antes, na quantidade correta.

Escorpiões

O escorpião preto (Tityus bahiensis) é o mais


comum.

O local preferido dos escorpiões é: Jardins,


residências, pilhas de telhas e tijolos, terrenos
baldios, madeiras, frestas de paredes e rodapés
soltos.

O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é


considerado o mais perigoso do Brasil. O país
registra 8 mil casos anuais de picadas por
escorpiões.

Aranhas Venenosas

Loxosceles - Aranha Marrom

Tamanho Corpo: 1cm


Total: 3cm

Habitat : Sob cascas de árvores, folhas secas de


palmeiras, nas casas: atrás de móveis, sótão,
porões, garagens etc.

Hábito : Ativa durante à noite.

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Teias : Teia irregular revestindo o substrato.

Acidentes : Pica quando espremida contra o corpo (roupa pessoal, na cama e em colheita no
campo)

Latrodectus - Viúva - Negra

Tamanho do Corpo: 1,5 cm


Total: 3cm

Habitat : Em vegetação arbustiva, nas


gramíneas, ocupando buracos de erosão
em gramados. Também usam canaletas de
água de chuva, podem abrigar-se em latas
vazias, pneus velhos etc.

Hábito : Ativa durante o dia.

Teias: Teia irregular suspensa entre a


vegetação.

Acidentes: Semelhante a Loxosceles (roupa


pessoal, na cama e em colheita no campo).

63
Phoneutria - Aranha-armadeira

Tamanho : Corpo: 3cm


Total: 15cm

Habitat : Durante o dia, permanecem


escondidas sob troncos, bromélias,
bananeiras, palmeiras, e também junto às
construções, em lugares escuros, como
dentro de sapatos, atrás de móveis,
cortinas etc.

Hábito: Ativa à noite, abriga-se durante o


dia em lugares escuros.

Teias: Não vivem em teias.

Acidentes: São as chamadas armadeiras, devido ao fato de, quando ameaçadas, tomarem a
postura de se “armar”, levantando as patas dianteiras e eriçando os espinhos. São
extremamente agressivas.

Ataque de Cães

Os donos dos animais perigosos, de raças como pitt-bull terrier, rottweiller,


fila brasileiro, staffordshire terrier americano e staffordshire bull terrier, têm
de possuir seguro de responsabilidade civil obrigatório.

A lei prevê que todos os cães que nasçam depois de Julho de 2008 terão
de ser identificados electronicamente através do microship introduzido na
pele.
.

64
Procedimentos em caso de mordida de cães:

- Lavar o ferimento com soro fisiológico mais mertiolate incolor;

- Providenciar tratamento e vacinação;

- Não matar o animal; e

-Se possível deixar o animal preso por dez dias e observar qualquer alteração no seu
comportamento.

Riscos Ocupacionais

Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de trabalho,


capazes de causar danos à saúde do empregado.

Ruído
Presente em vários locais tais como, usinas de geração de energia elétrica, devido ao
movimento de turbinas e geradores, subestações, redes de distribuição, necessitando de laudo
técnico específico para sua caracterização.

Radiação solar
Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com eletricidade quando realizados em
áreas abertas podem também expor os trabalhadores à radiação solar.

Como conseqüências podem ocorrer queimaduras, lesões nos olhos e até câncer de pele,
provocadas pela radiação solar.

Calor
Presente nas atividades desempenhadas em espaços confinados, como por exemplo:

Subestações, câmaras subterrâneas, usinas (devida deficiência de circulação de ar e


temperaturas elevadas).

Riscos Ergonômicos

A NR-17 ERGONOMIA, visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições
de trabalho ás características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo conforto, segurança e desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e


descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho.

Os riscos ergonômicos são significativos nas atividades do setor elétrico relacionados aos
fatores:

65
Biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho provocadas pela exigência de ângulos e
posições inadequadas dos membros superiores e inferiores para realização das tarefas,
principalmente em altura, sobre postes e apoios inadequados, levando a intensas solicitações
musculares, levantamento e transporte de carga, etc.

(NR-17 Item 17.2) – Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

- Todo manuseio, transporte e extensão de escadas extensíveis deverão ser feitos sempre com
o auxílio do companheiro.

(NR-17 Item 17.2.4) – Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão
ser usados meios técnicos apropriados.

- A movimentação de material, ferramentas e equipamentos para locais elevados deve ser feita
com uso obrigatório do balde (cesta) com carretilha, para transporte dos mesmos. Com esta
medida, evitaremos que os eletricistas arremessem objetos para os que estão localizados nas
partes superiores das estruturas, evitando acidentes caso algum destes objetos venham a tocar
a rede energizada, ou um movimento brusco na tentativa de alcançar estes materiais poderia
também causar uma entorse ou acidente mais sério.

Organizacionais: pressão psicológica para atendimento a emergências ou a situações com


períodos de tempo rigidamente estabelecidos, realização rotineira de horas extras, trabalho por
produção, pressões da população com falta do fornecimento de energia elétrica.

Psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades associada


à constante convivência com o risco de vida devido à presença do risco elétrico e também do
risco de queda (neste caso, sobretudo para atividades em linhas de transmissão, executadas
em grandes alturas).

Ambientais: conforme teoria, risco ambiental compreende os físicos, químicos e biológicos;


esta terminologia fica inadequada, deve-se separar os riscos provenientes de causas naturais
(raios, chuva, terremotos, ciclones, ventanias, inundações, etc.).

Estes fatores de riscos são utilizados também na análise de acidentes, onde os riscos:

• Operacionais – São falhas de componentes, materiais ou equipamentos, reações


aceleradas ou inesperadas, perdas de controle, etc.;

• Ambientais – São mudanças climáticas, falhas ou deficiências de proteções, interferência de


outro acidente, etc.;

• Organizacionais – São inadequações no gerenciamento da organização ou de atitudes,


falhas em procedimentos, treinamentos, supervisão, suporte, análise de processos, construção
de instalações, sistema de isolamento de equipamentos, manutenção, etc.;

• Pessoais – São os erros, problemas de saúde, desobediências, intervenção maliciosa e


outras. Recomenda-se que, sendo necessário, sejam detalhados aspectos relativos a
treinamento, experiência, etc.

66
7 – PROCEDIMENTOS DE TRABALHO – ANÁLISE E DISCUSSÃO

1. Procedimentos LIGHT

Procedimento Técnico Light (PTL) é o nome que se dá ao documento que fixa as diretrizes
básicas para instalação, operação de redes, equipamentos e serviços, bem como estabelecer
procedimentos que devem ser seguidos na inspeção e realização de reparos em redes aéreas
e subterrâneas.
Estes procedimentos, relatam todas as fases de execução de uma atividade ou um processo
com todos os detalhes tendo como premissa fundamental o controle efetivo dos riscos na
execução das tarefas.

2. NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES


Na elaboração destes documentos, além dos procedimentos técnicos/operacionais e os de
segurança, são abordadas as Normas Regulamentadoras pertinentes.

A Light considera a segurança como parte integrante do trabalho de cada um de seus


colaboradores. O pessoal na execução da tarefa deve estar ciente do serviço a ser realizado,
e ainda estar equipado com os EPI’s e EPC’s (equipamentos de proteção individual e coletiva)
necessários ao tipo de serviço.

3. RESPONSABILIDADE
Pessoas com acesso autorizado as instalações elétricas da Light, devem ter a responsabilidade
de comunicar ao setor competente qualquer irregularidade nelas encontradas.

4. SEGURANÇA
Somente estão autorizados a instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas
profissionais qualificados, que estiverem instruídos quanto às precauções relativas ao seu
trabalho e apresentarem estado de saúde compatível com as atividades desenvolvidas no
mesmo.

Todos os profissionais devem possuir treinamentos específicos de primeiros socorros e de


segurança do trabalho, conforme determina a NR 10, da Portaria 3.214 do Ministério do
Trabalho.

Equipamentos e condutores elétricos, somente poderão ser considerados desenergizados,


após testados para verificação de ausência de tensão e instalados os conjuntos de aterramento
temporário.

Qualquer método de trabalho não previsto nos procedimentos Light, deve ser estruturado e
submetido à engenharia da distribuição e a segurança industrial, antes de ser aplicado no
campo, para sua aprovação, através de um texto normativo.

Todos os envolvidos (supervisores e eletricistas) no serviço a ser executado deverão estar


equipados com materiais, ferramentas, EPI e EPC conforme o desenvolvimento da tarefa.

67
Observação:
a) Usar somente EPI's em bom estado de conservação;
b) Sempre isolar e sinalizar a área em que estiverem sendo realizadas as manobras;
c) Usar somente ferramentas adequadas para a tarefa, nunca adotando práticas de
improviso;
d) Na existência de dúvidas, não execute a atividade. Solicite orientações ao supervisor;
e) Estar de posse de todos os recursos e equipamentos de segurança individuais e
coletivos pertinentes a atividade a ser desenvolvida

Procedimentos da NR-10
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais mediante técnicas de
análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

A Análise Preliminar de Riscos (APR) consiste no estudo e reflexão, durante a fase de


preparação do Programa Executivo, dos riscos que estarão ou poderão estar presentes na
execução dos trabalhos. Estes riscos são das seguintes natureza:

- Riscos Pessoais - poderão acidentar pessoas;


- Riscos Operacionais - poderão desligar as instalações.
- Riscos Estruturais - poderão danificar o sistema físico.
- Riscos do Objeto de Ação - poderão diminuir a qualidade intrínseca do trabalho.

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa


no âmbito de preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho.

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das


instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter


o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no
mínimo:

- Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança de saúde


implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;

- Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas


atmosféricas e aterramentos elétricos;

- Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental


aplicáveis conforme determina esta NR;

- Documentação com probatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos


trabalhadores e dos treinamentos realizados;

68
8 - TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO

As Técnicas de Trabalho em instalações elétricas energizadas foram desenvolvidas em função


das dificuldades de desligamento em alguns circuitos importantes e hoje em dia mais ainda em
função do faturamento das empresas que depende da disponibilidade das instalações.

Trabalho em linha viva é a realização de serviços em que os trabalhadores intervem em


instalações elétricas energizadas com alta tensão, e exercem suas atividades dentro dos limites
estabelecidos como zonas controladas e de risco, zonas estas que estão descritos no anexo II
da NR 10.

Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe,


responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia (APR), estudar e
planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos
básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço.

a) MANUTENÇÃO COM A LINHA ENERGIZADA “LINHA VIVA”

Esta atividade deve ser realizada mediante a adoção de procedimentos e metodologias que
garantam a segurança dos trabalhadores. Nesta condição de trabalho as atividades devem ser
realizadas mediante os métodos abaixo descritos:

1) - MÉTODO AO CONTATO

O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica no mesmo potencial da rede
elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando equipamentos de proteção individual e
equipamentos de proteção coletiva adequados a tensão da rede.

Essas recomendações são válidas para trabalhos


utilizando viaturas especiais e plataformas pelo
método ao contato.

- Durante a execução do serviço, devem ser


observadas as cargas máximas de serviço dos
equipamentos para trabalho em instalações
energizadas. O serviço deve ser realizado,
utilizando-se equipamentos e ferramentas
adequadas em conformidade com as especificações
do fabricante e segundo a melhor técnica, sem fugir
às regras estabelecidas pelo encarregado da turma;

- Os eletricistas devem estar devidamente uniformizados e equipados com os equipamentos


de segurança necessários a execução das tarefas a serem realizadas;

69
- As luvas e mangas isolantes de borracha devem ser usadas obrigatoriamente na execução
de trabalhos ao contato, quer eles sejam realizados nos condutores primários ou secundários,
quer em equipamentos energizados ou que acidentalmente possam vir a ser energizados.

2) MÉTODO À DISTÂNCIA

É o método onde o trabalhador interage com a parte


energizada a uma distância segura, através do emprego
de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas
e dispositivos isolantes apropriados.

3) AO POTENCIAL

É o método onde o trabalhador fica em contato direto com


a tensão da rede, no mesmo potencial. Nesse método é
necessário o emprego de medidas de segurança que
garantam o mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do
trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de vestimenta
condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas
através de cabo condutor elétrico e cinto à rede objeto da
atividade.

4) EM ÁREA INTERNAS

É o método onde o trabalhador interage com a parte


energizada a uma distância segura, através do emprego
de procedimentos, equipamentos, ferramentas e
dispositivos isolantes apropriados (trabalhos em
barramentos de SED).

5) TRABALHOS NOTURNOS

Os seres humanos são em sua grande maioria, ativos durante o período do dia, e durante a
noite apresentam uma maior disposição para o repouso ou período de sono (Rutenfraz, 1989).
Deste modo algumas mudanças neste padrão podem levar à alterações comportamentais,
principalmente em relação ao sono tornando-se um fator de risco para aumento de acidentes e
para a saúde do trabalhador.

70
Assim o sono está diretamente correlacionado, à funções restauradoras da parte cognitiva e
recuperação física. (Rutenfraz, 1989). Por isto alguns estudos concluem que o erro humano é
um dos maiores determinante nos acidentes automotivos, falta de atenção, observações
inadequadas e erros cognitivos são responsáveis pôr aproximadamente 40% dos casos.

Segundo George (1998) justamente a sonolência diurna pode desencadear a diminuição desta
atenção e aumentar o risco de acidentes, esta sonolência pode ainda ser uma conseqüência
de uma má qualidade de sono, tempo de sono insuficiente ou dos distúrbios de sono.

Todo o cuidado deve ser tomado quando do manuseio e posicionamento de ferramentas e


equipamentos sobre escadas, andaimes e plataforma, bem como da mobilidade do eletricista
quando em trabalho noturno.

A área de trabalho deverá ter iluminação adequada e o contato com pontos energizados (sob
tensão) exigirá atenção redobrada por parte da equipe e principalmente do supervisor.

6) AMBIENTES SUBTERRÂNEOS

Ambiente subterrâneo é um recinto confinado com abertura limitada com entrada e saída e
ventilação natural desfavorável, em que podem acumular-se contaminantes tóxicos ou
inflamáveis, ou ter uma atmosfera deficiente em oxigênio, e que não está concebido para uma
ocupação continuada por parte do trabalhador.

71
9 - EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO (ESCOLHA, USO,
CONSERVAÇÃO, VERIFICAÇÃO E ENSAIOS)
Conforme determinações da NR-06 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

É responsabilidade da Empresa
- Fornecer o EPI gratuitamente e em perfeito estado de conservação e funcionamento
necessários à execução das tarefas com segurança;

- Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conservação;

- Para cada atividade a ser desenvolvida, fornecer (EPI´s) com características próprias,
normatizados pela contratante, Entidade Técnica Nacional ou Internacional;

- Tornar o uso do EPI obrigatório;

- Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado.

É responsabilidade do trabalhador

- Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

- Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

- Cumprir as determinações da Empresa sobre o uso adequado.

A NR-10 no seu item 10.4.3.1 (SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E


MANUTENÇÃO), determina:

- Os equipamentos, dispositivos e ferramentas


que possuam isolamento elétrico devem estar
adequados às tensões envolvida, e serem
inspecionados e testados de acordo com as
regulamentações existentes ou recomendações
dos fabricantes.

As inspeções regulares nas áreas de trabalho,


nos serviços a serem executados, no ferramental
e nos equipamentos utilizados, consistem em um
dos mecanismos mais importantes de
acompanhamento dos padrões desejados, cujo
objetivo é a vigilância e controle das condições de
segurança do ambiente de trabalho, visando à
identificação de situações “perigosas” e que FERRAMENTAS ISOLADAS - As ferramentas
ofereçam “riscos” à integridade física dos manuais utilizadas nos serviços em
instalações elétricas devem ser
empregados, contratados, visitantes e terceiros
eletricamente isoladas, merecendo especiais
que adentrem a área de risco, evitando assim que
cuidados as ferramentas e outros
situações previsíveis possam levar a ocorrência equipamentos destinados a serviços em
de acidentes. instalações elétricas sob tensão.

72
Essas inspeções devem ser realizadas, para que as providências possam ser tomadas com
vistas às correções. Em caso de risco grave e iminente (exemplo: empregado trabalhando em
altura sem cinturão de segurança, sem luvas de proteção de borracha, sem óculos de
segurança, etc.), a atividade deve ser paralisada e imediatamente contatado o responsável pelo
serviço, para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

Os focos das inspeções devem estar centralizados nos postos de trabalho, nas condições
ambientais, nas proteções contra incêndios, nos métodos de trabalho desenvolvidos, nas ações
dos trabalhadores, nas ferramentas e nos equipamentos.

As inspeções internas, por sua vez, podem ser divididas em:


• Gerais;
• Parciais;
• Periódicas;
• Através de denúncias;
• Cíclicas;
• Rotineiras;
• Oficiais e especiais.

Inspeções gerais

Devem ser realizadas anualmente, com o apoio dos profissionais do SESMT e Supervisores
das áreas envolvidas. Estas inspeções atingem a empresa como um todo. Algumas empresas
já mantêm essa inspeção sob o título de "auditoria", uma vez que é sistemática, documentada
e objetiva.

Inspeções parciais

São realizadas nos setores seguindo um cronograma anual com escolha predeterminada ou
aleatória. Quando se usam critérios de escolhas, estes estão relacionados com o grau de risco
envolvido e com as características do trabalho desenvolvido na área. São as inspeções mais
comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por cipeiros com o apoio do SESMT no seu
próprio local de trabalho.

Inspeções periódicas

São realizadas com o objetivo de manter a regularidade para uma rastreabilidade ou estudo
complementar de possíveis incidentes. Estão ligadas ao acompanhamento das medidas de
controle sugeridas para os riscos da área. São utilizadas nos setores de produção e
manutenção.

Inspeções por denúncia

Através de denúncia anônima ou não, pode-se solicitar uma inspeção em local onde há riscos
de acidentes ou agentes agressivos a saúde e meio ambiente.

73
Sendo cabível, além de realizar a inspeção no local deve-se ainda efetuar levantamento
detalhado sobre o que de fato está acontecendo, buscando informações adicionais junto à:
fabricantes, fornecedores, SMS e supervisor da área onde a situação ocorreu. Detectado o
problema, cabe aos responsáveis implementar medida de controle e acompanhar sua efetiva
implantação.

Inspeções cíclicas

São aquelas realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, uma vez que exista um
parâmetro que norteie esses intervalos.

Podemos citar, por exemplo, as inspeções realizadas no verão, onde aumenta as atividades
nos segmentos operacionais.

Exemplo de laudo de testes dielétricos em EPI, EPC e ferramentas de trabalho.

EXEMPLO ENSAIO EM EPI’s :

Data do ensaio:....../....../.......

OBJETIVO DO ENSAIO: Inspeção visual e teste de tensão elétrica aplicada em EPI’s.

OBJETO SOB ENSAIO:

- Luvas isolante – classe 2;

- Bastão de manobra;

- Mangas isolantes – classe 2;

LOCAL: Os ensaios foram realizados nas dependências da Empresa ................,

RESPONSÁVEL PELOS TESTES: ................................................................................

74
ENSAIOS REALIZADOS EM LUVAS DE BORRACHA

• Teste Visual;

As luvas devem ser inspecionadas visualmente, verificando possíveis defeitos causados pelo
uso. Caso sejam encontrados danos no isolamento, as luvas serão reprovadas sem
necessidades dos demais testes (terão as pontas dos dedos cortados).

• Teste de Inflamento

- É recomendável fazer uma inspeção


preliminar diariamente antes do uso. A
inspeção deverá ser feita com o uso
de um insuflador específico.

- O usuário deverá estar atento a furos


e cavidades, oxidação, ataque de
ozônio, deterioração, sinais de
envelhecimento, rachaduras, sulcos,
cortes e desgastes superficiais.

-Havendo dúvidas, suspeitas ou


constatação de defeitos (no campo) as
luvas não poderão ser utilizadas e
deverão ser encaminhadas
imediatamente para testes laboratoriais
de inspeção visual e ensaios de tensão.

- No laboratório as luvas novamente serão submetidas ao inflador e depois de infladas, será


realizada uma inspeção visual para verificar se não há furos ou deformidades na luva.
Caso a luva apresente furos ou deformidades, elas serão unitilizadas, pois, não há
necessidade do ensaio elétrico uma vez que foi reprovada no inflador.

• Tensão elétrica aplicada de acordo com as normas.

-Ensaio elétrico (O intervalo máximo para “reteste”


das luvas não deverá exceder o período de 6 meses
para luvas em uso, e 12 meses para luvas
armazenadas. Dependendo das práticas de trabalho
e intensidade de atividades a que estão submetidas
as luvas, os intervalos poderão ser inferiores )

As luvas de borracha, após o teste visual e de


inflamento, devem ser lavadas com água e sabão
neutro ou detergente neutro, enxugadas e secadas
para remoção de impurezas para a realização do
ensaio de tensão aplicada.

75
ESQUEMA DO ENSAIO:

CARACTERÍSTICA DE ENSAIO: Aplicar as tensões correspondentes durante 3 minutos,


emTENSÃO
função daALTURA
classe da luva, conforme a tabela
CORRENTE
CLASSE COR DEabaixo:
DE DA PARTE DE FUGA
DA LUVA RÓTULO
ENSAIO EMERSA MÁXIMA
0 Vermelho 5 kV 38 mm 12 mA
1 Branco 10 kV 38mm 14 mA
2 Amarelo 20 kV 64mm 16 mA
3 Verde 30 kV 89mm 18 mA
4 Laranja 40 kV 127mm 24 mA

Periodicidade dos Retestes: - 06 meses para luvas em uso;


- 12 meses para luvas armazenadas.

Método de Ensaio de acordo com as Normas: - ASTM D – 120 – 70

CRITÉRIOS PARA APROVAÇÃO: - ABNT - NBR10622

- Que a corrente de fuga durante o ensaio não ultrapasse os valores da tabela acima e
nem sofra aumento superior a 15% em relação ao teste anterior;

- Que não haja perfuração durante o ensaio.

76
ENSAIOS MECÂNICOS

ENSAIO DE CINTO E TALABARTE ENSAIO DE IMPACTO EM CAPACETE

ENSAIOS DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA

EM BASTÕES E DE VARAS DE MANOBRA ENSAIO EM CALÇADO DE SEGURANÇA

ENSAIO DE ISOLAÇÃO EM CESTA

77
Ensaio elétrico em mantas de borracha

Ensaio de manta de BT, 5kV


durante 3 minutos

Ensaio elétrico em capacete

Ensaio em capacete,
24 h de molho, 3min
de 20 kV, eleva para
30 kV e retorna a zero.

Descarga durante
ensaio em capacete.

78
Ensaio em ferramentas

Ferramentas isoladas para uso em BT (isolamento de 1000V).

Isolamento deve ficar 1 cm


acima do nível da água

Ensaio de ferramenta
isolada, 4 h de molho, 5 kV
de tensão aplicada durante
10 minutos.

Ensaio em Calçados de Segurança

O teste em Laboratório é usado para aprovar a resistência dos calçados de uso obrigatório nos
serviços de manutenção em eletricidade. O solado resistiu a uma carga de 14 mil volts. Os
testes servem para garantir a segurança dos empregados e também é uma referência à área
responsável pela compra dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Quanto se deve confiar em um Equipamento de


Proteção Individual (EPI)? Uma vida, diriam os
engenheiros de segurança do trabalho. Os EPIs
são, afinal, a última linha de defesa quando algo
dá errado ou põe em risco a saúde durante uma
atividade do dia-a-dia. Para justificar tamanha fé
nesses equipamentos, eles passam por um
verdadeiro teste de fogo: os calçados e luvas
isolantes são submetidos a ensaio de tensão
elétrica.

O solado isolante de borracha dos calçados protege os trabalhadores que lidam com
eletricidade; o ensaio serve para atestar essa proteção.

79
Diagrama esquemático do circuito de testes, que é reproduzido no laboratório.

O objetivo do teste é verificar as condições dielétricas do solado isolante por meio da medição
da corrente de fuga que passa através do calçado. Trocando em miúdos: o procedimento
determina a resistência do solado à passagem de corrente elétrica, aplicando-se uma tensão
de ensaio de 14 mil volts (14 quilovolts ou 14 kV). Tudo para minimizar os riscos de choque
elétrico a quem calçar o sapato – de uso obrigatório para quem trabalha com manutenção em
eletricidade.

Todos os calçados vêm com o Certificado de Aprovação (CA) marcado na "língua".

80
Ensaio dielétrico em calçado de segurança

81
O ensaio de tensão aplicada em calçados de segurança é um procedimento relativamente
simples. Primeiramente, um mata-borrão com dimensão de 65% do tamanho da palmilha do
calçado é mergulhado em uma solução salina e colocado dentro do sapato. Em seguida, é
preciso montar o circuito. O interior do calçado é preenchido com esferas de aço inoxidável e
ele é levado até uma superfície metálica aterrada. Um eletrodo é inserido dentro do sapato. A
partir da mesa de controle (onde ficam o multímetro digital, cronômetro e miliamperímetro) é
aplicada uma tensão gradativa no sapato, até que se atinja o valor de 14 kV. Este nível de
tensão deve ser mantido durante um minuto. A corrente de fuga na elevação de tensão e
durante a aplicação de 14 kV alternada não deve exceder 0,5 mA (miliamperes). No teste
ilustrado, o calçado suportou muito bem o ensaio. No entanto, para testar o limite de proteção,
foi realizado um teste destrutivo, onde gradativamente elevou-se a tensão até 28 kV, quando a
isolação do calçado foi rompida. Resultado: fogo e um buraco no sapato.

82
10 – SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

A NR-1 no seu item 10.2.8, trata das MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricos devem ser previstas e


adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos,
às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores.

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem prioritariamente, a desenergização


elétrica conforme estabelece este NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de
segurança.

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2, devem


ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação, das partes vivas,
obstáculos, barreiras sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação,
bloqueio do religamento automático.

O Equipamento de proteção coletiva é destinado à proteção de um ou mais trabalhador, sendo


este equipamento, utilizado como medida de proteção primária. Caso as condições de proteção
não sejam devidamente satisfeitas, deverão ser adotadas medidas de proteção individual.

ISOLAÇÃO DAS PARTES VIVAS:

Interposição ou separação das partes energizadas,


mediante a aplicação de materiais eletricamente
isolantes, de forma a impedir o contato com as
partes energizadas.
Sendo a isolação somente instalada e retirada
com ferramenta apropriada.

OBSTÁCULO:

Elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato por ação deliberada
(correntes, fitas, telas, cones e outros).

83
Sistema de Proteção

A instalação de um sistema de proteção dos equipamentos do Sistema Elétrico de Potência


tem a finalidade de detectar os defeitos e isolá-los o mais rápido possível.

Um sistema de proteção deverá sempre estar coberto por outro sistema de apoio que compõe
a chamada proteção de retaguarda.

Os sistemas de proteção elétricos exigem dispositivos de proteção com altíssimo grau de


confiabilidade e precisão chamado Relé de Proteção.

SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE ALIMENTAÇÃO.

Proteção contra choques por contatos indiretos, que consiste em provocar o seccionamento de
um circuito de forma automática pela ação de um dispositivo de proteção (disjuntores, fusíveis
e outros).

Proteção para impedir que na ocorrência de falta (contato) entre parte energizada e massa ou
parte energizada e condutor de proteção se originem tensões entre massas e terra, superiores
ao limite denominado máxima tensão de contato permissível com duração superior a tempos
predeterminados.

DISJUNTORES

A gás SF6 trifásico138 kV A grande volume de óleo monofásico


138kV

84
RELIGADORES

KF KFE NULEC

INVÓLUCRO:
Dispositivo ou componente envoltório de separação das partes energizadas com o ambiente
destinado a impedir qualquer contato com as partes internas energizadas (quadros, caixas,
gabinetes, painéis e outros).

Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstos e adotados,


prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às
atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores.

85
ATERRAMENTO

Equipamento usado para a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores


do circuito elétrico.

86
Teste de Funcionamento do Detector de tensão de contato

Equipamento usado para a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores


do circuito elétrico.

Fita de Sinalização Zebrada

FINALIDADE

Delimitação de áreas de trabalho de obras civis, serviços e


obras executadas em áreas internas e externas e em vias
públicas, podendo, se necessário, ser acoplada ao cone de
sinalização.

87
CONE DE SINALIZAÇÃO

FINALIDADE

- Sinalização de áreas de serviços e obras em vias


públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e
de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita
zebrada, sinalizador STROBO, bandeira e etc;

SINALIZAÇÃO:

A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a orientar,


alertar e advertir as pessoas sobre os riscos ou condições de perigo existentes, proibições de
ingresso ou acesso e cuidados ou ainda, aplicados para identificação dos circuitos ou partes.

É fundamental a existência de procedimentos de sinalização padronizados, documentados e


que sejam conhecidos por todos trabalhadores próprios e prestadores de serviços.
Os materiais de sinalização constituem-se de cone, fita, grade, sinalizador luminoso, corda,
bandeirola, bandeira, placa, etc

88
11 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A NR-6 estabelece as disposições legais relativas aos EPIs, com redação dada pela
portaria nº 25, de 15 de outubro de 2001.

Quanto ao EPI cabe ao empregador:

a) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao empregado somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria


de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o empregado sobre o uso adequado guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE qualquer irregularidade observada.

Quanto ao EPI cabe ao empregado:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Capacete de segurança com suspensão e jugular

Capacete de
segurança tipo aba
frontal com abafador

Especificação do capacete de segurança classe “AB” com suspensão e jugular

89
Certificado de Aprovação (CA) / Classe (A, B e A/B)

Certificado de Aprovação

- Ao adquirir o EPI a empresa deve solicitar ao fornecedor o Certificado de Aprovação – CA


que possui validade de 5 anos;

- O certificado de Aprovação deverá ser apresentado à contratante pela contratada sempre


que for por esta exigida.

Classes
Existem duas classes de capacetes:
Classe “A” – Destina-se a uso geral, exceto em trabalhos com energia elétrica;
Classe “B” – Destina-se a uso geral, inclusive para trabalhos com energia elétrica;
Classe “A” / ”B” – Atende as duas especificações anteriores.

Na Light, o capacete está normatizado pela Norma Técnica Light-NTL nº 0050/84-RO,


a qual foi elaborada com base na NBR 8221/83 ABNT.

Capacete Conjugado (com abafador e com protetor facial) de segurança aba frontal
classe “AB” com suspensão e jugular;

Capacete conjugado com protetor


Facial, indicado para poda de árvores.

90
Óculos de Segurança

Óculos de Segurança

Óculos de segurança, constituídos de


armação convencional de náilon,
protetores laterais de material plástico
multiperfurado, transparente, haste tipo
espátula de náilon ou meias hastes de
náilon, lentes de policarbonato incolor,
verde claro ou verde escuro.

Proteção dos olhos do usuário, contra impactos de partículas volantes multidirecionais e


luminosidade intensa frontal, quando utilizados com as lentes verdes.

Balaclava

Capuz carrasco Protetor auditivo tipo concha

91
Protetor auditivo tipo inserção

Proteção auditiva do
usuário contra ruídos
superiores a 85 dB.

Proteção Respiratória

Protegem contra a falta de oxigênio e temperaturas externas, além de altas concentrações de


pó, fumaça, névoa, gases e vapores.

92
Luvas de borracha e Luvas de cobertura (proteção das luvas de borracha)

Luva isolante de borracha


natural, conforme a norma
ANSI/ASTMD.120.94.

Classe de tensão:

00 (Tarja Bege) – Tensão de


utilização 500 Volts.

(Tarja Vermelha) - Tensão de


utilização 1.000 Volts.

(Tarja Branca) – Tensão de


utilização 7.500 Volts.

(Tarja Amarela) – Tensão de


utilização 17.000 Volts.
Manga de borracha
(Tarja Verde) – Tensão de
utilização 26. 500 Volts.

(Tarja Laranja) – Tensão de


utilização 36.000 Volts.

Utilizada em atividades que envolvam


o uso de eletricidade.

Calçado de segurança sem componentes metálicos

Calçado de Segurança Tipo Botina

Botina de segurança confeccionada em couro curtido ao cromo, elástico nas laterais, palmilha
de montagem em couro reconstituído, sem biqueira de aço e solado de borracha com
resistência ao calor por contato até 300°C.

Proteção dos pés do usuário contra riscos de natureza leve e contra agentes térmicos (calor de
contato).

Calçado de Segurança Tipo Coturno

Coturno de segurança confeccionado em vaqueta curtida ao cromo hidrofugada, gáspea forrada


em raspa, palmilha de montagem em couro no sistema Strobel, cadarço, ilhós e solado
bicomponentes borracha/poliuretano injetado direto ao cabedal.
93
Proteção dos pés do usuário em trabalhos onde não haja risco de queda de materiais e ou
objetos pesados sobre os artelhos.

Cinto de Segurança, Talabarte e Trava Quedas

Cinturão Tipo Pára-Quedista e Talabarte de Segurança

Cinturão de segurança, tipo pára-quedista, confeccionado em cadarço de material sintético,


com meia argola em “D” de aço forjado, posicionada nas costas na altura dos ombros, regulável
ao cinto através de dois passantes de couro, três fivelas duplas sem pino, confeccionada em
aço estampado e utilizada para ajuste, sendo uma das extremidades através de
entrelaçamentos e outra extremidade formada por uma alça entrelaçada, fixa na argola em “D”.

94
12 – POSTURA E VESTUÁRIOS DE TRABALHO

NR-17 ERGONOMIA

Dispositivo Legal

Redação dada pela Portaria n° 3.751 do MTE, de 23/11/1990.

Aspectos da Norma Ergonomia

A NR-17 visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e


descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho.

Ergonomia é…

A ciência e a arte de adequar o trabalho e o ambiente de


trabalho às necessidades dos trabalhadores.

- Use seu cérebro, não suas costas.

- Trabalhe inteligentemente, não mais duro.

- Adapte o trabalho, não o trabalhador.

ERGONOMIA

É um conjunto de ciência e tecnologia que procura a adaptação confortável e produtiva entre o


ser humano e seu trabalho, basicamente procurando adaptar as condições de trabalho às
características do ser humano.

Origem da palavra ERGONOMIA

ERGO = trabalho;

NOMOS = regras; ou seja

REGRAS PARA ORGANIZAR O TRABALHO.

95
O Esqueleto

O corpo humano é constituído de 200 ossos, distribuídos em


quatro partes principais:

- O crânio;

- Os membros superiores (braço, mãos, dedos);

- Os membros inferiores (pernas, pé, dedos);

- O tronco (onde está localizado a coluna vertebral)

Acidentes específicos no esqueleto = Fratura

Acidentes com as articulações = entorse, luxações, (esforço

repetitivo de movimentos geram lesões nas articulações)

A Musculatura

Os músculos recobrem o esqueleto, mantendo a


mobilidade em determinadas partes do corpo.

Os músculos representam em média de 45% do corpo


dos homens e 35% do corpo das mulheres.

São divididos em duas categorias:

- Os músculos estriados (ex.: bíceps, abdominal, etc.);

- Os músculos lisos (e.: músculos do estômago,


intestino).

O movimento dos músculos se dá através do movimento


de suas fibras. As fibras musculares possuem a
capacidade de contrair e esticar, para desenvolverem
trabalho, consome oxigênio e glicose (através da
circulação sangüínea).

96
A Coluna Vertebral

A coluna vertebral é formada por 32 a 34 vértebras e


são divididas em 5 regiões:

- Região cervical: 7 vértebras;

- Região dorsal: 12 vértebras (articulam as costas)

- Região lombar: 5 vértebras;

- Sacro: 5 vértebras;

- Coccis: 3 a 5 vértebras.

A coluna vertebral funciona como uma estrutura que permite ao ser humano ao mesmo tempo
uma estrutura fixa para sustentação do corpo e uma estrutura móvel que possibilita mover a
parte superior do corpo, as curvas garante o equilíbrio em pé.

Discos Invertebrais

Estão localizados entre as vértebras e formados por cartilagem


fibrosa com líquido interno, se deformam com o uso
inadequado da coluna e a deformação natural (com o passar
do tempo) principalmente para as pessoas que não fazem
exercício físico.

Vértebras

São amortecedores naturais de cargas e pressões existentes


entre uma vértebra e outra, porém com degeneração precoce
ao longo da vida do ser humano.

97
Possibilidade de Articulação da Coluna Vertebral

As articulações dependem dos discos intervertebrais, dos


tipos semi-móveis. Certos movimentos têm um limite de
amplitude:

- Movimento de flexão para frente e para trás;

- Movimento de flexão lateral; movimento de rotação.

No movimento de flexão o centro do


disco inter-vertebral se desloca da
posição natural para a área que não
está sofrendo pressão.

POSTURA

Todo esforço de manutenção postural leva a uma tensão muscular estática (isométrica) que
pode ser nociva à saúde.

LER (Lesão por Esforço Repetitivo):

Um estudo feito pela universidade de Iowa, nos EUA, mostrou


que trabalhadores em suas atividades laborais sentem dor!

- 70% referem dor na parte inferior da coluna


- 46% referem dor nos joelhos
- 43% referem dor nos pulsos e mãos
- 42% referem dor nos ombros e pescoço

Evitar esforço excessivo no transporte, de carga e descarga, montagem e manuseio de


materiais e equipamentos.

98
LER (Lesão por Esforço Repetitivo):

Também chamada de:


Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT).

Fatos relativos à LER

1) Ela age no seu sistema músculo-esquelético – Afeta os seus músculos, nervos, tendões,
ligamentos, articulações, cartilagem e discos vertebrais.

2) Ela é cumulativa – Acontece gradualmente, ao contrario de acidentes.

3) Ela é uma doença crônica – Seus efeitos duram um longo tempo.

AET (Análise Ergonômica do Trabalho):

- De que forma seu trabalho te machuca?

- De que forma o trabalho pode ser modificado?

Os FATORES DE RISCO da LER são:

. Força • Vibração
. Repetição • Extremos de Temperatura
. Má Postura • Stress Ocupacional
. Posturas Estáticas

ARCO ELÉTRICO

Definição:

Chama-se de arco elétrico a corrente elétrica que circula através do ar ou de um material


isolante, após vencer a resistência de isolamento existente.
Ou seja, ao se interromper um circuito a tensão gera um campo elétrico entre os contatos. Este
campo acelera elétrons livres no ar a tal ponto que, ao colidir com as moléculas próximas,
provoca uma ionização, liberando outros elétrons que serão por sua vez acelerados, assim, o
ar deixa de ser isolante, passando a conduzir a eletricidade.

O arco elétrico possui energia suficiente para queimar roupas e provocar incêndios, além de
emitir vapores de material ionizado e raios ultravioleta.
Um arco elétrico produz calor que pode causar queimaduras de segundo ou terceiro graus.

99
ARCO ELÉTRICO

Em trabalhos com eletricidade, pode haver formação de arco elétrico, seja na abertura de
circuitos em carga ou em curto circuito. A energia intensa e de curta duração de um arco elétrico
representa uma exposição de natureza inigualável. Uniformes de trabalho de uso diária feitos
com algodão, ou tecidos mistos de poliéster e algodão, independente do peso, podem inflamar
em determinado nível de exposição e continuarão a queimar, aumentando a extensão das
lesões provenientes do arco.

A Light através da PSL00032GGE-07-RO VESTIMENTA ATICHAMA, normatiza a roupa


utilizada pelos seus funcionários e funcionários de contratadas em atividades com risco de arco
elétrico.

Normalmente, os efeitos do arco elétrico manifestam-se de forma drástica provocando


queimaduras da pele humana, onde as conseqüências são imediatas.

100
Vestimenta/vestuário

A NR-10 no item 10.2.9.2 determina “As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às
atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências
eletromagnéticas”.

Vestimenta de trabalho é, no caso em análise, entendida como mais um equipamento de


proteção, destinada à proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra os diversos
riscos elétricos e, especialmente, protegê-los dos seus efeitos:

Condutibilidade: Para proteção contra os riscos de contato – as vestimentas não deverão


possuir elementos condutivos.

Inflamabilidade: Para proteção contra os efeitos térmicos dos arcos elétricos e seus flashes,
as roupas resistentes a chamas têm que minimizar as lesões por queimaduras e oferecerem ao
trabalhador alguns segundos de tempo de fuga.

Influências eletromagnéticas: Para proteção contra os efeitos provocados por campos


eletromagnéticos com intensidade que tenha potencial de risco, em certas circunstâncias (linha
viva método ao potencial) as roupas deverão ser condutivas.

A Light normatiza a utilização e conservação de uniforme antichama através da


PSL00032GE-07-RO.

101
Nota: conforme ensaio de flamabilidade estabelecido pela Norma NFPA 2112, para o tempo
de exposição à chamas de 3 segundos, a queimadura deve ser inferior a 50% do corpo.
O tecido com as características descritas acima, utilizado na fabricação do uniforme, foi
plenamente aprovado no referido ensaio.

CAPA DE CHUVA ROUPA DE APICULTOR


Conjunto de segurança, composto de calça e
japona com mangas compridas e capuz
confeccionado em PVC fechamento através de
três botões de pressão de plástico, com
fechamento interno de velcro. CA: 2136

Macacão de segurança, para apicultor (trato


com abelhas), confeccionado em lona
totalmente fechado, com fecho frontal em velcro
ou zíper, capuz aba total e tela de vazada,
abertura frontal, punho em poliéster. CA: 12311

102
13 – SEGURANÇA COM VEÍCULO E TRANSPORTE DE PESSOAS,
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

VEÍCULO COMO FERRAMENTA DE TRABALHO

No sistema elétrico de potencia, o veículo é uma das principais ferramentas de trabalho,


sendo em algumas situações de trabalho a mais importante.

Estudos demonstram que nós somos capazes de dirigir com o dobro de segurança do que
temos atualmente. Basta desenvolver a capacidade de conduzir um veículo, por meio de um
aperfeiçoamento.

Uma única falha de julgamento, ou erro poderá resultar na perda de vidas e de equipamentos
de altíssimo custo.

Ao desrespeitar limites de velocidade, não utilizar cinto de segurança, manobrar


precipitadamente, ocupar mais de uma faixa, abusar da buzina, utilizar o celular na direção, o
condutor estará criando uma imagem negativa de sua empresa cujo nome poderá estar
estampado em letreiros ao longo da carroceria.

Muitos motoristas não têm consciência desta responsabilidade. É comum relatos de acidentes
onde o condutor aponta como “culpa” a falta de acostamento, a chuva, vento lateral ou frontal,
intensidade da luz, um buraco na pista, entre diversos outros fatores.

FATORES QUE DETERMINAM O ACIDENTE DE TRÂNSITO

- Condutor;
- Meio Ambiente; e,
- Veículo.

Após analisar as causas de milhares de acidentes, foi possível chegar às seguintes


conclusões:

90% dos acidentes são causados por falhas humanas.

6% são causados por má condição das vias.

4% são causados por falhas mecânicas.

DIREÇÃO DEFENSIVA

O QUE O CONDUTOR NÃO DEVE FAZER

- Dirigir sob efeito de substâncias químicas;


- Trafegar em velocidade inadequada;
- Inexperiência e falta de conhecimento; e,
- Falta de atenção e observação.
DEVERES DO CONDUTOR

103
- Conhecimento;
- Atenção;
- Previsão;
- Decisão; e,
- Habilidade.

NÃO SERÁ PERMITIDO

- Que empregados viajem em compartimento de carga, salvo por motivo de força maior, com
permissão da autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN, conforme alínea
II, artigo 230 da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro);

- Acesso à carroceria, a não ser em escada apropriadas para este fim;

- Que empregados viajem nos estribos ou com qualquer parte do corpo fora do veículo;
- Subir ou descer do veículo em movimento;
- Que mais de 2 (duas) pessoas viajem ao lado do motorista.

ATENÇÃO: O veículo com equipamento de guindaste, escada hidráulica ou mecânica, cesta


aérea, perfuratriz e outros, deve ser operado por empregado devidamente treinado e habilitado
e ser utilizado somente para as atividades a que se destina.

OBSERVAÇÃO:

- Os materiais e equipamentos que forem colocados no interior da carroceria ou sobre a


plataforma do veículo devem ser devidamente acondicionados e fixados, de modo a não
cair ou deslocar-se e não dificultar a passagem dos empregados em serviços.

Veículo com separação física Cargas ultrapassando em 1m as dimensões


de material / passageiro do veículo têm que ser sinalizadas

104
14 – SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO

A NR-10 no seu item 10.10 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA determina:

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de
segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 -
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir:

a) Identificação de circuito elétrico;


b) Travamento e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comando;
c) Restrições e impedimentos de acesso;
d) Delimitações de áreas; e
e) Sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de
cargas

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA:

A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a orientar,


alertar e advertir as pessoas sobre os riscos ou condições de perigo existentes, proibições de
ingresso ou acesso e cuidados ou ainda, aplicados para identificação dos circuitos ou partes .

É fundamental a existência de procedimentos de sinalização padronizados, documentados e


que sejam conhecidos por todos trabalhadores próprios e prestadores de serviços.
Os materiais de sinalização constituem-se de cone, fita, grade, sinalizador luminoso, corda,
bandeirola, bandeira, placa, etc.

CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA SINALIZAÇÃO:


- Estar bem situada;
- Ser de fácil interpretação;
- Obedecer a uma padronização;
- Não deve ser dispersiva;
- Visível a certa distância.

Procedimento padronizado destinado a orientar, alertar e advertir as pessoas sobre os riscos


ou condições de perigo existentes, proibições de ingresso ou acesso e cuidados ou ainda
aplicados para identificação dos circuitos ou partes.

105
PLACAS DE SINALIZAÇÃO

Finalidade

Destinada advertir as pessoas quanto ao perigo de ultrapassar


áreas delimitadas onde haja a possibilidade de choque elétrico,
devendo ser instalada em caráter permanente.

Finalidade

Destinada a advertir e sinalizar equipamento energizado,


estando ou não no interior da área delimitada para trabalhos.
Utilizada em conjunto com a fita de sinalização. Destina-se
também a sinalizar cubículos ou painéis adjacentes aquele
liberado para manutenção, a fim de evitar engano de
identificação.

Finalidade

Destinada a alertar quanto à obrigatoriedade do uso de


determinado equipamento de proteção individual.

Finalidade

Destinada a advertir sobre o perigo de explosão quando do


contato de fontes de calor com os gases presentes no
ambiente. Ex: depósitos de inflamáveis, salas de baterias. A
mesma deve ser afixada no lado externo do ambiente em
questão.

106
15 – LIBERAÇÃO DE INSTALAÇÃO PARA SERVIÇO E PARA OPERAÇÃO
E USO
A NR-10 no seu item 10.5 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELETRICAS DESENERGIZADAS,
determina:

10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para


trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecidas a seqüência abaixo:

a) seccionamento;

b) impedimento de reenergização ;

c) constatação da ausência de tensão;

d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos


circuitos;

e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); e

f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização .

PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

TIPOS DE ACESSO Á REDE

Trabalhos Sem Tensão

Para efetuar qualquer trabalho sem tensão, em instalações de Baixa Tensão ou de Média
Tensão, é necessário estabelecer, previamente o pedido de impedimento. Para isso é preciso
preencher a Nota de Informação.

Os trabalhos sem tensão somente poderão ser executados por trabalhadores portadores de
Título de Habilitação adequados.

Nenhum trabalho nas redes pode ser efetuado se não tiver autorização do Responsável de
Operação.

A decisão de realizar um trabalho com tensão compete ao Responsável de Operação que


designará o Responsável de Trabalho.

Em Baixa Tensão, o Responsável de Trabalho deverá ter uma Autorização de Trabalho com
Tensão (ATT) ou uma Licença para Trabalho com Tensão (LTT).

Os trabalhos com tensão somente poderão ser executados por trabalhadores que tenham o
Título de Habilitação para trabalhos com tensão.

Em hipótese alguma, o pessoal não habilitado em “BTC” ou “MTC”, poderá realizar trabalhos
com tensão.

107
Tem-se, portanto que o simples desligamento de uma linha de distribuição não garante a
segurança do eletricista, e o aterramento provisório das fases da rede de AT é fundamental
para que as condições adequadas de trabalho sejam obtidas.

Trabalhos na Proximidade de Instalação com Tensão

Na realização de trabalhos na proximidade de partes condutoras nuas pertencentes a


instalações de BT, se não for possível desenergizar, serão adotadas as seguintes medidas de
proteção para garantir a segurança dos trabalhos:

- Delimitar a Zona de Trabalho sinalizando-a adequadamente; e

- Isolar as partes condutoras com tensão, dentro da zona de trabalho, utilizando anteparos,
mantas, capuzes, etc.

Trabalhos na Proximidade de Partes Condutoras Nuas de Instalações de AT com Tensão

Consideram-se distâncias mínimas de segurança para os trabalhos a realizar na proximidade


de instalações de AT energizadas, não protegidas (medidas entre o ponto mais próximo com
tensão e qualquer extremidade do trabalhador ou do material que utiliza) as seguintes:

Zona de Risco e Zona Controlada

108
Rotina de Manobras

A fim de se conseguir um bom nível de segurança nas comunicações com os Despachantes,


as solicitações de manobras devem ser escritas na Folha de Manobras (FOM) e repetidas, para
se ter certeza de que não houve engano na transmissão ou recepção da manobra a ser
executada.

As manobras devem ainda ser conferidas contra o diagrama da subestação, para


assegurasse de sua correção.

Os equipamentos de manobras (disjuntores, secionadores, etc.) deverão ser sempre


mencionados pelo seu número de operação e pelo seu nome.

DOCUMENTAÇÃO

LIGHT
Conforme Instruções Gerais de Segurança da Diretoria de Distribuição.

DOCUMENTOS DE OPERAÇÃO
- Caderno de Mensagem
- Nota de Manobra
- Nota de Informação
- Aviso de Entrega
- Documento de Operação

NOTA DE INFORMAÇÃO
É o documento que deverá ser preenchido pelos órgãos ou grupos (Manutenção, Expansão,...)
que desejam impedir um circuito, ou realizar uma intervenção sem impedimento para a
execução de um trabalho.

CADERNO DE MENSAGEM
É o documento que será utilizado sempre que o Responsável de Operação autoriza um
serviço a um Responsável de Trabalho via comunicação verbal.

Obs.: Ambos devem preencher os campos de Emissor e Receptor com as mesmas


informações.

DOCUMENTO DE OPERAÇÃO:
É o formulário que deverá ser preenchido pelo Responsável de Operação, na data programada
para a execução da atividade, sendo entregue pelo Responsável de Impedimento no local do
serviço ao Responsável de Trabalho, quando se tratar de serviço sem tensão.

Ao término do serviço, o Responsável de Trabalho deverá devolver o documento ao


Responsável de Impedimento no campo.

109
AVISO DE ENTREGA DE UMA INSTALAÇÃO:
É o documento que deverá ser preenchido pelo Responsável do Serviço quando uma nova
instalação for liberada para energização.

O Responsável de Operação deve receber o “projeto” antes da realização da “Obra Nova”.


O pessoal que trabalha para a realização da “Obra Nova” não deve interferir nas redes
energizadas.

O Responsável de Operação deve receber o “projeto” antes da realização da “Obra Nova”.


O pessoal que trabalha para a realização da “Obra Nova” não deve interferir nas redes
energizadas.

Entrega do documento “Aviso de entrega de uma instalação” = Transferência de


Responsabilidade.

Responsabilidade do Responsável de Operação.

Para trabalhar nas redes preciso de uma


Autorização de Trabalho do Responsável de
Operação.

110
NOTA DE MANOBRA:
É o documento que deverá ser preenchido pelos Operadores de Manobra (turma de
Emergência), no ato do recebimento da ordem do COD referente a separação, energização ou
bloqueio de um trecho ou equipamento.
Obs.: Depois da realização da ordem o operador deve confirmar a manobra executada.

ACESSO À REDE

O acesso a rede, para realização de trabalhos sem tensão ou com tensão, só será permitido
para os trabalhadores que tenham formação, autorizado/habilitado:

Resumindo:

São considerados autorizados os trabalhadores habilitados ou capacitados com anuência


formal da empresa:

- Todo profissional autorizado deve portar identificação visível e permanente contendo as


limitações e a abrangência de sua autorização.

- O profissional autorizado a trabalhar em instalações elétricas deve ter essa condição


consignada no sistema de registro de empregado da empresa.

- Os profissionais e pessoas autorizadas a trabalhar em instalações elétricas devem


apresentar estado de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas.

- Os profissionais e pessoas autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem possuir


treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas.

- Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das
situações a seguir:

a) Troca de função ou mudança de empresa;

b) Retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a 03


meses;

c) Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos e/ou processos de


trabalho.

- O trabalho em áreas classificadas deve ser precedido de treinamento específico de acordo


com o risco envolvido;

- Os trabalhadores com atividades em proximidades de instalações elétricas devem ser


informados e possuir conhecimentos que permitam identificá-las, avaliar seus possíveis riscos
e adotar as precauções cabíveis.

111
A LIGHT só habilita pessoas que trabalhem em sua Empresa, mas verifica regularmente
se as pessoas das empresas terceirizadas estão capacitadas para realizar, com toda
segurança, as operações que lhes são pedidas.

Formação:
Todo o pessoal, além dos conhecimentos profissionais já adquiridos, deve ter recebido uma
formação sobre os riscos inerentes à execução das operações nas instalações elétricas ou
próximas destas, e sobre como preveni-los.

Para realizar trabalhos sem tensão, é necessário ser titular de uma habilitação BTS (para BT)
e MTS (para MT).

As habilitações BTS e MTS autorizam a realizar trabalhos apenas em redes desenergizadas.

As habilitações BTC e MTC autorizam realizar trabalhos em redes energizadas e não


energizadas.

Para realizar trabalhos com tensão, é necessário ser titular de uma habilitação BTC (para BT)
e MTC (para a MT).

LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS


Para assegurar um bom desenvolver de um Impedimento, há 05 regras básicas e
necessárias:

Na Light são utilizadas as “Cinco Regras de Ouro do Impedimento”.

1 • SEPARAÇÃO
2 • INTERDIÇÃO
3 • IDENTIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES
4 • VERIFICAÇÃO DE AUSÊNCIA DE TENSÃO
5 • LIGAÇÕES A TERRA E EM CURTO-CIRCUITO

1) SEPARAÇÃO
Consiste em isolar a instalação ou equipamento que ficará indisponível por meio de cortes
elétricos e físicos, observáveis à vista, de todas as possíveis fontes de tensão. Um corte visível
deverá ser realizado.

112
- Na Alta Tensão, por meio de:

1. Seccionadores ou interruptores-seccionadores;
2. Interruptores ou disjuntores com faca de corte visível;
3. Extração de disjuntores das respectivas blindadas;
4. Tirar jump; e
5. Um corte deverá ser verificado em cada uma das três fases.

Seccionamento Em Rede Aérea

Seccionamento Monofásico do Circuito

Operação sem
carga ou com
carga limitada.

Operação em
carga com
Loadbuster.

Seccionamento Trifásico do Circuito

Operação em
carga chave a
gás SF6.

Operação em
carga em chave
Mecânica.

113
Seccionamento Em Rede Subterrânea

Chave a óleo de 3 direções. Manobra em Chave a gás SF6

Na Baixa Tensão rede aérea Na Baixa tensão rede subterrânea

Um corte deverá ser verificado em cada uma das três fases e também no neutro.

Existem equipamentos em que o corte pode não ser visível. Neste caso, existirão
dispositivos que garantem que o corte é efetivo.

114
2) INTERDIÇÃO

Consiste em interditar a manobra dos equipamentos de corte. Compreendendo duas ações:

Bloqueamento do Equipamento:

Bloqueamento do equipamento de corte com dispositivos mecânicos tais como cadeados,


fechaduras, ou outros princípios equivalentes. Também pode ser realizado com corte dos
circuitos auxiliares (elétricos, pneumáticos ou hidráulicos) das instalações com comandos
remotos.
Bloquear os comandos dos equipamentos que pode repor tensão.

Impedimento de Reenergização

É o estabelecimento de condições que impedem, a reenergização do circuito ou


equipamento desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle do seccionamento.

Chaves seccionadoras
de distribuição trifásicas
impedidas.

115
Bloqueios e Impedimentos

Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou religamento de


dispositivos de manobra (chaves, interruptores).

Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de manobra fixo
numa determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada. Em geral utilizam
cadeados.

É importante que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a inserção de


mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de
manutenção

3) IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO EM REDE DE DISTRIBUIÇÃO

A identificação permite saber com certeza que os trabalhos são realizados em instalação
isolada. Esta operação, particularmente importante, deve ser efetuada no local do trabalho.

Diferentes métodos podem ser utilizados e a combinação pode permitir uma identificação
segura.
- Conhecimento da situação geográfica do canteiro;
- Consulta dos planos, esquemas e/ou cartografia;
- Conhecimento da instalação e de suas características; e
- Leitura das placas e das etiquetas.

Apenas a identificação visual,


quando se pode acompanhar
sem interrupção, desde o
ponto onde foi realizada a
separação, ou ligação à terra e
em c/c até a zona de trabalho,
é considerada como uma
identificação segura.

116
- Para os cabos, não sendo possível identificá-los por um método não destrutivo indiscutível,
a utilização de um meio destrutivo como o “Pique Coupe” no cabo é obrigatório.

- Para as instalações em condutores nus, a verificação de ausência de tensão e a ligação à


terra e em c/c no local do trabalho têm valor de identificação.

- Uma vez feita essa identificação, deve-se materializá-la na instalação com uma marcação,
a não ser que as ligações à terra e em c/c sejam visíveis de qualquer ponto na zona de
trabalho ou que não haja nenhum risco de confusão.

- A identificação da instalação é de responsabilidade do Responsável de Impedimento.

4) AUSÊNCIA DE TENSÃO (VAT)

A verificação de ausência de tensão consiste em constatar a ausência de tensão na


instalação isolada.

A verificação deve ser realizada bem próxima do lugar onde será encontrado o trabalho,
entre quaisquer dos condutores de fases e também do condutor de neutro.

Ao verificar a ausência de tensão deve-se agir como se a instalação estivesse com tensão,
por isso deve-se:

- Usar o equipamento de proteção adequado;

- Respeitar as distâncias de segurança;

- Verificar a ausência de tensão em todos os condutores; e

- Utilizar equipamentos adequados à tensão de serviço.

117
Na BT e na AT utiliza-se o Detetor de Tensão por contato sonoro e luminoso adequado.

Detector de tensão de Detector de tensão Detector de tensão


contato. capacitivo uso em TDC. para BT.

Na BT e na AT – Examinar todos os condutores. Verificar o bom funcionamento do detetor


de tensão, imediatamente antes e depois da sua utilização.

Em algumas instalações a verificação da ausência de tensão não é possível, (material


protegido, por exemplo) nesse caso devem ser aplicadas as instruções particulares indicadas
pelo fabricante.

A utilização de aparelhos de medidas como o voltímetro e também como detector de campo


elétrico é proibida.

5) LIGAÇÃO À TERRA E EM CURTO - CIRCUITO (LAT)

A ligação à terra e em curto-circuito tem a finalidade de:

- Manter a instalação sem tensão depois de ser verificado o corte e a ausência de tensão;

- Proteger contra as:

a) Manobras intempestivas que possam energizar a instalação;

b) Tensões indutivas, residuais e capacitivas;

c) Descargas atmosféricas.

As ligações à terra e em c/c dizem respeito a todos os condutores e ao neutro.

118
Deve ser feita com condutores de seção adequada à corrente máxima de curto-circuito, com
pinças adequadas aos condutores e com emprego de material isolante e equipamento de
proteção individual adequado.

Os equipamentos de separação estão associados a um seccionador de ligação à terra e em


c/c, é conveniente proceder ao fechamento desse equipamento. Esta medida permite
assegurar a eliminação da tensão em caso de retorno intempestiva da tensão no(s) ponto(s)
de separação.

Para colocar a LAT e em C/C o operador deve manter-se afastado dos condutores ativos e
utilizar os EPI’s adequados.

Instalação de Aterramento Temporário com Equipotencialização dos Condutores do


Circuito

Constatada a inexistência de tensão, o conjunto de aterramento temporário será ligado a


haste terra, e os condutores deverão ser ligados entre si (realizar a equipotencialização das
fases).

Aterramento em Rede de Distribuição Aérea

119
Aterramento em Rede de Distribuição Subterrânea - Utilização de PAT (Plug de
Aterramento)

Aterramento em Rede de Distribuição Subterrânea - Aterramento Através de Chave


Seccionadora

120
EM SED

Na Light são utilizadas as “Cinco Regras de Ouro do Impedimento”.

1 • SEPARAÇÃO
2 • INTERDIÇÃO
3 • IDENTIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES
4 • VERIFICAÇÃO DE AUSÊNCIA DE TENSÃO
5 • LIGAÇÕES A TERRA E EM CURTO-CIRCUITO

1) SEPARAÇÃO

SECCIONAMENTO EM PAINÉIS - SED

SECCIONAMENTO DE CHAVE MOTORIZADA - SED

Acionamento de comando remoto Abertura da chave

121
2) INTERDIÇÃO

Impedimento de Reenergização

Chave seccionadora SED , trifásica impedida

3) IDENTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO

A identificação permite saber com certeza que os trabalhos são realizados em instalação
isolada. Esta operação, particularmente importante, deve ser efetuada no local do trabalho.
Diferentes métodos podem ser utilizados e a combinação pode permitir uma identificação
segura.
- Conhecimento da situação geográfica do canteiro;
- Consulta dos planos, esquemas e/ou cartografia;
- Conhecimento da instalação e de suas características; e
- Leitura das placas e das etiquetas.

Apenas a identificação visual, quando se pode acompanhar sem interrupção desde o ponto
onde foi realizada a separação ou ligação à terra e em c/c até a zona de trabalho, é considerada
como uma identificação segura.

Para as instalações em condutores nus, a verificação de ausência de tensão e a ligação à terra


e em c/c no local do trabalho têm valor de identificação.
Uma vez feita essa identificação, deve-se materializá-la na instalação com uma marcação, a
não ser que as ligações à terra e em c/c sejam visíveis de qualquer ponto na zona de trabalho
ou que não haja nenhum risco de confusão.

A identificação da instalação é de responsabilidade do Responsável de Impedimento.

122
4) AUSÊNCIA DE TENSÃO

É a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico.

Ausência de Tensão,
É a constatação de ausência de tensão na instalação isolada.

A verificação deve ser realizada bem próxima do lugar onde será executado o trabalho, em
todos os condutores (fases e também do condutor de neutro se houver).

Ao verificar a ausência de tensão deve-se agir como se a instalação estivesse com tensão,
por isso deve-se:

- Usar o equipamento de proteção adequado;

- Respeitar as distâncias de segurança;

- Verificar a ausência de tensão em todos os condutores; e

- Utilizar equipamentos adequados à tensão de serviço.

Verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico.

Detector de tensão de contato

123
5) ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Aterramento Temporário no (138kV) Primário do Transformador

Ligação do condutor terra na malha de aterramento

124
Aterramento Temporário no (138kV) Secundário do Transformador

Ligação do condutor terra a Interligações das fases a terra.


malha de aterramento.

125
16 – TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE REMOÇÃO, ATENDIMENTO,
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

A NR-10 determina:

10.12.2 -Todo trabalhador autorizado deve estar apto a


executar o resgate e prestar primeiros socorros a
acidentados, especialmente através de reanimação
cardio-respiratória.

10.12.3 -Toda empresa deve possuir métodos de


resgate padronizados e adequados às suas atividades,
disponibilizando os meios para a sua aplicação.

OUTRAS NORMAS

NR 18 – NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção,

18.13. Medidas de proteção contra quedas de altura


...
18.23. Equipamento de Proteção Individual - EPI.

18.23.1. A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado


ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante as disposições
contidas na NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI.

18.23.2. O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em serviços de
eletricidade e em situações em que funcione como limitador de movimentação.

18.23.3. O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de
2,00m (dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador.

NR 6 Equipamento de Proteção Individual

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no


item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com
o disposto no ANEXO I desta NR.

ANEXO I - Lista de Equipamentos de Proteção Individual:

I – EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

I.1 – Dispositivo trava-queda

a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em


operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de
segurança para proteção contra quedas.

126
I.2 – Cinturão

- Cinturão de segurança tipo pára-quedista para proteção do usuário contra riscos de queda
em trabalhos em altura;

RESGATE DE ACIDENTADOS EM ESTRUTURAS AÉREAS

• Estas informações, por si só, não habilitam os profissionais como socorristas ou resgatistas,
porém podem capacitar um grupo a efetuar um salvamento especifico dentro de padrões de
segurança aceitáveis, desde que devidamente treinados.

• Resgate é, no geral, um assunto extremamente complexo que deve ser compreendido em


sua totalidade.

•As forças envolvidas devem ser consideradas para, no mínimo 02 pessoas, o que dobra os
limites de carga de trabalho e ruptura de materiais.

• As ancoragens, os equipamentos, as técnicas e o comportamento da equipe devem estar


dimensionados para cada ocorrência em particular.

•Treinamento, aprimoramento e simulações freqüentes são pré-requisitos que dão ao


socorrista a capacidade e a autoconfiança necessárias para a pratica de um resgate seguro.

•É imprescindível que o equipamento de resgate seja apropriado e esteja em plenas


condições de utilização e, fundamentalmente, sempre disponível para uma emergência.

•O Socorrista tem de ser treinado, certificado e psicologicamente apto à ação.

RESGATE DE ACIDENTADOS EM ESTRUTURAS AÉREAS

O equipamento de resgate de acidentados é fácil manuseio e faz a diferença no socorro a


acidentados por choque elétrico ou mal súbito em estruturas aéreas.
É necessário que os profissionais que atuam em atividades com escadas, saibam como
utilizar este equipamento.

Para um atendimento eficaz, o equipamento deve estar próximo ao local de trabalho (na base
do poste).

ACONDICIONAMENTO

O equipamento de resgate vem acondicionado em sacola e é composto por:

- Cadarço de náilon (com resistência aproximada de 350 kg) com 15m de comprimento;
- Dois mosquetões de trava simples;
- Um controlador d e descida;
- Um carretel

127
Para facilitar o regate, é incluído na sacola um canivete que terá como finalidade o corte do
talabarte.

Importante

1- O socorrista não pode esquecer do canivete no momento em que pegar o equipamento


de resgate.

2- O equipamento possui um lacre de segurança, que deverá ser rompido quando o


equipamento for utilizado. Neste caso, a turma receberá uma sacola com um novo
equipamento, e o equipamento usado deverá ser encaminhado para exame.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

 Leve
 Fácil Transporte
 Fácil Aplicação
 Boa resistência mecânica
 Resgate rápido e seguro
 Pequeno esforço do socorrista

PRÉ-REQUISITO

Primeiros Socorros

PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS PARA UM RESGATE RÁPIDO E SEGURO

1- O equipamento deve estar próximo ao local do serviço;


2- Manter-se calmo
3- Utilizar os equipamentos de segurança de proteção individual;
4- (*) A escada deve estar corretamente amarrada;
5- Afastar o acidentado do contato de equipamento ou rede energizada;
6- Fixar o equipamento de resgate em local resistente. Pode ser:
-Mão francesa
-No parafuso à cinta
-No suporte do transformador
-Armação secundária
-No próprio poste
7- Certificar-se do perfeito fechamento dos mosquetões;
8- Não deixar o equipamento com folga;
9- Segurar a fita de controle antes de cortar o talabarte;
10-Cuidado para a fita não dobrar;
11-Evitar a ocorrência de troncos durante a decida

(*) Este item não depende do socorrista, porém se a escada não estiver corretamente
amarrada, o socorrista deve redobrar os cuidados durante o socorro.

128
ATENÇÃO:

Os procedimentos acima visam um resgate rápido e seguro tanto para você


socorrista como para a pessoa que você vai resgatar.

É muito importante que você esteja protegido, usando equipamento de


segurança, afinal você vai regatar e não pode se acidentar.

• O material aqui contido não habilita por si só qualquer pessoa que se oriente apenas por
estas informações.

•As atividades profissionais em altura devem ser tratadas caso a caso e sempre haverá novas
variáveis a serem consideradas.

•Os equipamentos para trabalho e resgate em altura, assim como suas técnicas, se
aperfeiçoam dia a dia, sendo necessária a atualização de informações periodicamente.

Este material não substitui o trabalho do engenheiro e do técnico de segurança na


elaboração das instruções de segurança do trabalho, apenas contribui com a orientação
técnica na montagem e utilização de determinados sistemas de segurança em altura, que
deverão ser devidamente adaptados às condições específicas de cada ambiente de
trabalho.

EQUIPAMENTO DE RESGATE EM ESPAÇO CONFINADO

A NR-33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços


Confinados, no item 33.4.1 determina:

O empregador deve elaborar e implementar procedimentos


de emergência e resgate adequado aos espaços
confinados incluindo, no mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos


a partir da Análise de Riscos;

b) descrição das medidas de salvamento e primeiros


socorros a serem executadas em caso de emergência;

c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de


comunicação, iluminação de emergência, busca, resgate,
primeiros socorros e transporte de vítimas;

d) acionamento de equipe responsável, pública ou


privada, pela execução das medidas de resgate e primeiros
socorros para cada serviço a ser realizado; e

e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis


cenários de acidentes em espaços confinados.

129
.NR 10 Serviços em Eletricidade

10.3.1.1.1. Quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de proteção coletiva forem


insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes pessoais, devem ser utilizados
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC e Equipamentos de Proteção Individual - EPI, tais
como varas de manobra, escadas, detectores de tensão, cintos de segurança, capacetes e
luvas, observadas as prescrições previstas no subitem 10.1.2.

10.3.3. Situações de emergência.

10.3.3.1. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações


elétricas, deve estar apto a prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente através
das técnicas de reanimação cardiorrespiratória.

10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas


atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação.

Parada cardiorrespiratória

Causas:
A presença de corpo estranho nas vias respiratórias,
sufocação por poeira ou gases, envenenamentos,
asfixia, traumatismos, queimaduras, reações alérgicas,
infarto, choque elétrico e parada do coração podem
determinar a falta de respiração.

A parada da respiração após 5 (cinco) min. Pode levar


a danos irreversíveis ou a morte.

Sintomas
- Inconsciência;
- Tórax parado ➪ Ausência de movimentos
respiratórios;
- Lábios, língua e unhas arroxeadas.
- Palidez excessiva;
- Pupilas dilatadas;
- Lábios, língua e unhas arroxeadas.

130
Atendimento:
Respiração boca a boca.

Respiração Boca a Boca em Adultos

- Deitar a vítima sobre uma superfície lisa e firme;


- Retirar objetos da boca, desobstruindo a passagem de ar;
- Elevar suavemente o queixo da vítima;

- Após a preparação, apertar a narinas da vítima com a


ponta dos dedos polegar e indicador, para impedir que
o ar escape;

- Colocar a sua boca sobre a boca da vítima e soprar


2 vezes observando se o peito se eleva a cada
sopro;

- Repetir a operação de 12 a 18 vezes por minuto,


sem interrupção.

Movimentação e transporte de emergência

A vítima de um acidente pode ter seu estado agravado se não


forem tomados cuidados mínimos e essenciais em seu
transporte para atendimento médico. Portanto, para evitar riscos,
em primeiro lugar é preciso verificar o estado geral da vítima
antes de transportá-la.

Quando movimentar a vítima?

- Quando seu estado estiver se agravando rapidamente;

- Quando houver a certeza de que o socorro não virá.

131
Transporte em Maca

A maca é a melhor maneira de transportar um acidentado. Dependendo do local onde o


acidente tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. E mais importante é
preciso saber colocar a vítima sobre a maca.

Antes de movimentar a vítima:

- Controlar sinais vitais;


- Controlar hemorragias;
- Imobilizar pontos com suspeita de fratura.

Improvisação de Maca

Maca feita com três jaquetas e Maca feita com uma colcha e duas
dois cabos de vassouras varas resistentes

Maca feita com corda e Maca feita com sacos de aniagem


duas varas resistentes e duas varas resistentes

132
Transporte sem Maca

Durante a movimentação:

- Não interromper os procedimentos de


emergência;

- Evitar movimentos bruscos.

Arrastar a vítima esticada no sentido do comprimento:

- Puxando pelos pés, sem levantá-los muito;

- Puxando pelos braços, com estes cruzados, apoiando a


cabeça da vítima.

Os métodos com mais de três pessoas são mais seguros:

Atenção:

Em alguns casos, é melhor que se procure ajuda imediata, ao invés de se tentar remover a
vítima sozinho. Um ato desmedido de heroísmo pode levar a vítima a uma disfunção
irreversível. O que se deve ter em mente é que não se recomenda fazer nada além do
essencial, de maneira que os procedimentos sejam todos eles cumpridos com o esperado
sucesso.

133
17 – ACIDENTES TÍPICOS – ANÁLISE, DISCUSSÃO, MEDIDAS DE
PROTEÇÃO

TÓPICOS A SEREM DEBATIDOS

1) – Atropelamento, colisões;

2) – Ataque de insetos ou de animais;

3) - Quedas;

4) – Choque Elétrico;

5) – Queimaduras por arco elétrico (manobras);

6) – Quase acidentes.

134
18 – RESPONSABILIDADES

A NR-10 no seu item 10.13 – RESPONSABILIDADE destaca:

10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos


contratantes e contratados envolvidos.

10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre


os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos a serem adotados.

10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e


serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.

10.13.4 Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho;

b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e


regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde;

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que


considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

Conforme o Art. 158 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas

Cabe às empresas:

 Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

 Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar


no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;

 Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos competentes;

 Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Cabe aos empregados:

 Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, bem como as instruções


dadas pelo empregador;

 Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina do


trabalho;

 Usar corretamente o EPI quando necessário.

135
NA LIGHT

Para todo e qualquer serviço realizado na rede, a OPERAÇÃO é a principal responsável pelo
controle desses acessos. Sendo assim, foram adotadas comunicações, divisões de
responsabilidade e documentos operacionais.

Responsabilidades

Responsável de Serviço;
Responsável de Trabalho;
Responsável de Operação;
Responsável de Impedimento;
Responsável de Ensaios;
Operador de Manobra;
Eletricista; e
Atendente.

RESPONSÁVEL DE SERVIÇO:

Responsável Técnico pela solicitação de serviços através da NI (Nota de Informação), para


permitir o acesso à rede elétrica por um Responsável de Trabalho. É o fiscal da obra, o
responsável pela qualidade do serviço executado.

RESPONSÁVEL DE TRABALHO:

Pessoa habilitada, designada pela Light ou pela Empreiteira, para receber a autorização de
trabalho para executar os serviços solicitados e em seguida, encarregar-se da direção
efetiva dos mesmos.

O Responsável de Trabalho:

> Dá as ordens,
> Toma as medidas de Segurança,
> Garante a Organização,
> Coordena,
> Fiscaliza.

O Responsável de Trabalho deve:

> Observar ordem e respeito pela zona de trabalho,


> Cuidar da aplicação das medidas de segurança,
> Zelar pela boa execução do trabalho,
> Zelar pelo emprego adequado de ferramentas e do material de segurança.

136
O Responsável de Trabalho não deve:

> Manobrar os equipamentos existentes nas Redes,


>Tirar os dispositivos de Ligações à Terra e em Curto Circuito colocados pelo
Responsável de Impedimento.

RESPONSÁVEL DE OPERAÇÃO:

Tem a responsabilidade das decisões que permitem autorizar ou não, os trabalhos e as


intervenções nas redes de MT/BT do seu território, em segurança.

É o único responsável pelo acesso às instalações de BT / AT

SÓ O RESPONSÁVEL DE OPERAÇÃO AUTORIZA OS TRABALHOS:

> Todos os trabalhos com ou sem Tensão nas Redes de BT / AT


> Todos os trabalhos de Proximidade de BT / AT

PROCEDIMENTO LEGAL:

> Autorização de Trabalho com Instalação IMPEDIDA => Documento de Operação


com Entrega em Campo.

> Autorização de Trabalho com Instalação ENERGIZADA => Caderno de


Mensagem.

RESPONSÁVEL DE IMPEDIMENTO:

Pessoa habilitada, designada pelo Responsável de Operação para executar todas as fases
do Impedimento e que está encarregada de tomar ou de mandar tomar as medidas de
segurança correspondentes.

O Responsável de Impedimento é o responsável pelas cinco etapas do Impedimento.

137
RESPONSÁVEL DE ENSAIOS:

Tem a responsabilidade do ensaio e da localização de defeitos em cabos subterrâneos. É


ao mesmo tempo Responsável de Trabalho.

OPERADOR DE MANOBRA:

Eletricista designado pelo Responsável de Operação para executar por solicitação do COD,
com ordem escrita ou verbal, as manobras nas instalações elétricas de AT. É responsável
pelas manobras nas redes.

ELETRICISTA

Tem a responsabilidade de executar o serviços sob o comando de um Responsável de


Trabalho.

ATENDENTE

Tem a responsabilidade de receber e providenciar o atendimento das reclamações dos


clientes em BAIXA TENSÃO.

Não pode autorizar os serviços em ALTA TENSÃO.

138

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