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Trabalho 2

Deve-se ao naturalista inglês Charles Darwin (1809 – 1882) a elaboração da teoria


da seleção natural das espécies, teoria de cunho evolutivo que considera que os
organismos melhor adaptados ao meio ambiente têm maiores chances de sobrevivência
de aqueles menos adaptados. Os primeiros deixarão maior número de descendentes,
enquanto que os últimos verão sua progênie suceder-se em menor número. O ponto chave
da teoria está em uma organização da forma mais funcional possível dos traços
morfológicos e comportamentais do ser vivo. Essa função, portanto, não mira uma total
e harmoniosa adaptação com o ambiente natural, mas sim uma melhor adaptação em
relação às outras espécies que competem nesse mesmo meio natural.
A partir dessa teoria, surgiu nos Estados Unidos na segunda metade do século
XIX, o chamado darwinismo social. Esta teoria foi desenvolvida pelo filósofo Herbert
Spencer, que simplesmente transpôs os elementos da teoria natural de Darwin para a vida
social. Spencer acreditava que a teoria evolutiva se daria também nas sociedades
humanas, em que o mais apto para a sobrevivência conseguiria prevalecer. Considerava,
ainda, que o a sociedade humana poderia alcançar a perfeição mediante essa seleção
natural evolutiva, pelo que proclamava que sequer o estado deveria intervir para corrigir
eventuais disparidades, desequilíbrios ou iniquidades. Esta teoria teve nos EUA enorme
aceitação em função da origem protestante utilitarista de sua formação como nação,
encontrando condições culturais e históricas para sua disseminação. A leitura feita era a
de que os colonizadores, e posteriormente os primeiros colonos, tinham melhores
condições adaptativas ao meio, eram “mais aptos” para a sobrevivência, em detrimento
do indígena autóctone daquelas terras.
Os reflexos dessa visão de mundo podem ser vistos na enorme desigualdade das
sociedades contemporâneas, em que as pessoas procuram de maneira às vezes obscena e
desumana ocupar o melhor lugar em todas as ordens da vida social, desde a postura em
uma fila para pegar um ônibus até as disputas por heranças entre pessoas consanguíneas;
o que se observa é que é muitas vezes melhor visto quem “se dá melhor” nessa “luta pela
sobrevivência”. As consequências para a psicologia também podem ser vistas ao nos
depararmos com todo tipo de terapias que visam única e exclusivamente as soluções
práticas e a aplicabilidade pragmática de tal ou qual orientação. Podemos assistir como
talvez nunca antes na história da humanidade, infelizmente, à manifestação dos sintomas
psicopatológicos gerados por essa luta pela sobrevivência.

Referências
GONÇALVES, G. R. Funcionalismo. 2018. 35 slides.

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