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Esses três fenômenos observáveis nos seres vivos indicam que, diferentemente
dos seres inanimados, eles possuem uma outra característica diferente e exclusiva, de
regulação interna, o que será o objeto de estudo de uma nova ciência chamada biologia;
esta ciência introduzirá os conceitos de “organismo”, “função”, “evolução” e
“desenvolvimento”. Dentro desta nova ciência em ascensão, destacam-se dois nomes. O
primeiro é Jean-Baptiste de Lamarck, cuja tese considerava que “(1) mudanças no
ambiente (2) criam novas necessidades que (3) levam o animal a desenvolver novos
hábitos que (4) envolvendo o uso intensificado ou o desuso de órgão fazem com que (5)
estes se desenvolvam ou se atrofiem” (FIGUEIREDO, 1989, pág. 76), tudo de maneira
hereditária. O segundo nome é o de Charles Darwin, cuja teoria da seleção natural das
espécies exerce influência até os dias de hoje.1A biologia evolutiva, portanto, considera
os acontecimentos naturais e humanos em termos de adaptação: “explicar um fenômeno
biológico corresponde, em primeiro lugar, a identificar suas funções. A análise causal dos
mecanismos está subordinada à análise funcional voltada para os efeitos adaptativos”
(GONÇALVES, 2018).
Dessa maneira, podemos discernir dois grandes efeitos do funcionalismo na
psicologia. No plano ontológico, adota-se um modelo instrumentalista em que os
processos psicológicos básicos (atenção, percepção, memória etc.) estão orientados à
adaptação. No plano metodológico, objetiva-se a produção de conhecimento integrado
em função, estrutura e gênese.
Quanto ao movimento da assim chamada psicologia funcional, o mesmo
desenvolveu-se nos EUA em fim do século XIX e início do século XX. A principal
característica dessa teoria baseia-se na tendência intencional dos seres vivos para
conseguir adaptação ao meio, a diferença do comportamento mecânico dos seres
inanimados. O funcionalismo não teve a intenção de criar um novo modelo de
pensamento, mas criticava a visão estruturalista de Wundt e Titchener, sem, no entanto,
1
Falaremos um pouco dessa teoria em outro trabalho.
querer substitui-la; interessava-se, sobre tudo, nas pesquisas que explicavam como o ser
humano se adapta ao meio ambiente.
Referências