Mas é claro que a paixão é angustiante! Para Sartre, o homem é o ser
que faz escolhas. E é essa necessidade de ter de escolher que o faz o livre. Uma vez uma escolha ter sido feita, uma ação é tomada e um caminho é determinado. Ora, mas é exatamente a determinação de um caminho, a abertura de uma escolha, que faz o homem reflexivo de tudo abandonado! A positividade de uma bebida tomada é a negatividade de todas que poderiam ter sido escolhidas. O preço de uma cerveja é toda uma adega! Assim é a paixão. Meu desejo insaciável por você é a negação de todas as outras que eu poderia estar pegando. Isaias Bispo de Miranda – 29 de agosto de 2019