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1. Proteções
A partir de alturas de queda livre superiores a 1,50 m é obrigatório que o equipamento anti-
queda incorpore um dispositivo anti-quedas retráctil, destinado a absorver energia cinética
transmitida a todo o conjunto.
Antes da instalação do equipamento, deverá ser garantido que não existe qualquer obstáculo
permanente ou ocasional susceptível de ser adverso, quer para o utilizador, quer para o
equipamento, ao longo da queda ou movimento pendular.
Normalmente, este equipamento é ligado por intermédio de um cabo de amarração a uma
“linha de vida” ou a um dispositivo anti-queda.
4. Linhas de Vida
Nos trabalhos em coberturas, a utilização de uma linha de vida é uma solução contra quedas
em altura. Esta pode ser constituída por um cabo de aço, fixo nas extremidades, onde se
prende o mosquetão do cabo de amarração pertencente ao arnês de segurança utilizado pelo
trabalhador.
Como alternativa ao aço, as linhas de vida também podem ser materializadas por uma ou mais
fitas de fibra (nylon).
4. Redes de Proteção
As redes são elementos que devem impedir ou limitar com segurança a queda de pessoas ou
objectos, fazendo parte de um conjunto com suportes, ancoragens e acessórios, necessitando
de dimensionamento prévio.
4.1 Verticais
As redes verticais, caracterizadas por serem colocadas verticalmente ou com ligeira inclinação,
são utilizadas para a protecção de aberturas nas paredes e devem ser fixadas directamente a
elementos de construção rígidos ou a suportes metálicos verticais.
4.1 Horizontais
As redes colocadas horizontalmente devem ter dispositivos de fixação directa à edificação ou
uma estrutura de suporte permitindo o deslocamento da rede sem impedimentos que
provoquem o impacto do corpo em elementos rígidos.
Quando colocada a partir da fachada, a extremidade da estrutura de suporte da rede deve
estar afastada 3,70 m, para uma queda de 6,00 m, compreendendo o referido afastamento
uma folga de 0,50 m, para que seja garantida a queda do corpo na rede.
4.1 Grande extensão
Vulgarmente conhecidas por “coretes”, as aberturas devem estar tapadas com madeira ou, se
a sua dimensão o justificar, delimitadas por guarda-corpos e rodapés.
1.1 Escavações
As escavações em vala de paredes verticais ou quase verticais, com uma profundidade
superior a 1,20 m e uma largura igual ou inferior a dois terços da profundidade, devem ser
objecto de entivação.
A entivação deve ser definida e calculada para suportar os impulsos do terreno tendo em conta
eventuais sobrecargas de construções, depósitos de quaisquer materiais, equipamentos de
trabalho e circulação de veículos em vias próximas, com as inerentes vibrações.
Os painéis de entivação são um tipo de protecção, normalmente utilizado, nas valas ou
trincheiras.
5. Escadas de mão
Para atingir o fundo das escavações, devem utilizar-se escadas de acesso distanciadas entre
si, no máximo, 15 m, e garantir que estas ultrapassam o bordo superior da vala, no mínimo, em
1 m.
tipo de escadas muito utilizado nos estaleiros são as de madeira, de configuração clássica, que
devem respeitar os seguintes valores limite:
largura mínima da escada: 1,00 m, com excepção de escadas de uso esporádico e restringido
a trabalhadores especificamente autorizados, caso em que a largura poderá reduzir-se a 0,55
m;
largura mínima dos cobertores dos degraus: 0,15 m;
desnível máximo entre degraus sucessivos, correspondente à altura do espelho: 0,25 m;
desnível máximo a vencer por um tramo de escada, entre dois patamares: 3,70 m;
comprimento mínimo dos patamares intermédios: metade da largura da escada, com o limite
inferior de 1,00 m;
altura mínima livre do espaço de passagem sobre a escada: 2,20 m.
As escadas inclinadas devem ser dotadas, do(s) lado(s) do vazio, de guarda-corpos ou outros
dispositivos de protecção, de eficácia pelo menos equivalente.
As escadas portáteis, ou de mão, são um tipo de escada que provoca um elevado índice de
acidentes de trabalho. Facilita-se muito na sua utilização e o improviso, muitas vezes, é fatal.
Para este tipo de equipamento existem regras que importa observar com rigor.
Devem ter uso restrito para acessos de carácter ocasional e apoio a serviços de pequena
envergadura e duração.
É recomendável o uso de escadas com comprimento até 7,00 m, largura útil entre os
montantes não inferior a 0,30 m, e degraus com espaçamento não superior a 0,30 m.
Para uma conveniente utilização, as escadas devem ser colocadas de forma a garantir a sua
estabilidade, formando um ângulo com a horizontal próximo dos 75º, com os montantes
apoiados num suporte suficientemente resistente, de dimensões adequadas e imóveis, de
modo a que os degraus se mantenham na posição horizontal.
O deslizamento do apoio inferior das escadas deve ser impedido durante a sua utilização, quer
pela fixação da parte superior ou inferior dos montantes, pela utilização de um dispositivo anti-
derrapante ou ainda por qualquer outro meio de eficácia equivalente.
Nos trabalhos com escadas duplas, de abrir, o tensor entre os dois ramos deve estar
completamente estendido a fim de evitar qualquer afastamento acidental e consequente
instabilidade da escada.
Não são permitidas em estaleiro escadas de mão emendadas, danificadas ou que apresentem
sinais de deterioração.
As escadas de enganchar com distintos segmentos e as escadas telescópicas devem ser
utilizadas de forma a garantir a imobilização do conjunto dos segmentos.
A menos que sejam tomadas medidas de protecção e vigilância adequadas, não devem ser
utilizadas escadas portáteis:
nas proximidades de portas e quaisquer áreas de circulação de pessoas ou veículos; onde
houver riscos de queda de materiais, ferramentas ou quaisquer outros objectos;
nas proximidades de aberturas em pavimentos e vãos em paredes;
junto de linhas e equipamentos eléctricos desprotegidos.
As escadas portáteis não devem ser utilizadas por mais que um trabalhador em simultâneo,
nunca se devendo mover uma escada com um trabalhador sobre a mesma.
As escadas devem ultrapassar o nível do local a que dão acesso em, pelo menos, um metro.
A subida, a descida e a execução de trabalhos sobre escadas devem efectuar-se de frente
para as mesmas e, quando os trabalhos a mais de 3,50 m de altura exijam movimentos ou
esforços que façam perigar o trabalhador, este deve usar um arnês com um cabo de
amarração a um ponto de ancoragem, a menos que sejam adoptadas medidas de protecção
alternativas adequadas.
6. Andaimes
As partes do andaime que não estejam prontas a ser utilizadas, nomeadamente durante a
montagem, desmontagem ou reconversão do andaime, devem ser assinaladas, nos termos da
legislação aplicável, e convenientemente delimitadas, de modo a impedir o acesso à zona de
perigo.
O acesso aos diferentes pisos dos andaimes far-se-á por meio de escadas com características
regulamentares.
Devem instalar-se guarda-corpos (compostos por duas barras, uma 0,45 metros e a outra 1
metro acima da plataforma) para impedir a queda de pessoas, e guarda-cabeças ou rodapés
(uma tábua com 0,15 metros de altura) para evitar a queda de materiais e ferramentas.
Não é permitida a utilização dos andaimes durante os temporais que comprometam a sua
estabilidade ou a segurança dos operários.
7. Plataformas de Trabalho
7.1 Fixas
9. Equipamentos/Máquinas de Trabalho
9.1 Gruas
No caso das gruas, estas devem ser montadas por pessoal especializado e deve exigir-se da
entidade instaladora um certificado de conformidade e exame de ensaio.
Um diagrama de cargas deverá estar afixado, de modo bem visível, contendo a capacidade
máxima de carga correspondente às diferentes distâncias.
9.2 Máquinas
algumas máquinas deverão possuir uma estrutura de protecção em caso de capotamento (a
chamada 'ROPS', do inglês roll-over protective structure) de acordo com Portaria n.º 933/91, de
13 de Setembro, bem como uma estrutura de protecção contra a queda de objectos (designada
'FOPS', do inglês falling objects protective structure), no âmbito da Portaria n.º 934/91, também
de 13 de Setembro.
'ROPS' de uma motoniveladora.
O livro de registos deverá ser actualizado após qualquer operação de manutenção e/ou
reparação. Se o manobrador detectar alguma anomalia no funcionamento normal da máquina,
esta deve ser parada de imediato e a ocorrência deverá ser comunicada ao respectivo
responsável.
As máquinas para trabalhar madeira são fabricadas com protecções já incorporadas. Estes
dispositivos destinam-se a evitar o contacto das mãos com as peças (componentes) que
efectuam o corte.
Retirar as protecções é contribuir para o aumento da probabilidade de ocorrência dos
acidentes. Para além das protecções, já que se incluem nas máquinas, dispositivos de
paragem rápida. No entanto, por vezes, a paragem não é tão rápida como se pretende pois
estes equipamentos funcionam com rotações elevadas.
O operador destes equipamentos nunca deverá usar vestuário solto ou largo, relógios,
pulseiras, anéis e fios ao pescoço. Se tiver cabelos compridos, torna-se necessário prendê-los.
O pavimento em redor das máquinas deve ser mantido limpo e desobstruído. A manutenção e
limpeza dos equipamentos far-se-á sempre com estes desligados da corrente eléctrica. É
indispensável que as máquinas tenham ligação à terra.
Antes de se ligar os equipamentos, torna-se necessário verificar a existência de algum objecto
ou ferramenta sobre a mesa de trabalho. É extremamente importante nunca abandonar os
equipamentos em funcionamento, pois é elevada a probabilidade de ocorrer um acidente. A
mesa de trabalho deve manter-se sempre desimpedida de ferramentas, pedaços de madeira
ou outros utensílios susceptíveis de serem projectados.
Nas peças curtas ou pouco espessas, é aconselhável utilizar um punho ou empurrador,
evitando assim a aproximação das mãos ao disco.
Ao mesmo tempo, torna-se indispensável a utilização de equipamentos de protecção individual,
tais como:
- óculos (protegem os olhos de possíveis projecções de partículas);
- respirador (que protege as vias respiratórias das poeiras);
- protectores de ouvidos (que protegem os ouvidos do ruído).
9.3 Serras
12. Cofragens
13. Vedação
Sempre que os limites físicos da obra confinem com uma via pública, a obra deve ser dotada
de um sistema de protecção dos utentes da via contra os efeitos da queda de quaisquer
produtos, materiais, ferramentas ou outros objectos.
Se a via pública confinante com a obra tiver trânsito automóvel e a funcionalidade do passeio
for prejudicada por ocupação parcial ou total pelo estaleiro, deve ser executado um corredor de
passagem de peões, com uma largura útil mínima de 0,90 m, dotado de um sistema que
estabeleça uma separação com a faixa de rodagem. Se a edificação confinante com a via
pública tiver altura superior a 3,00 m ou ocorrer qualquer outra situação que prefigure o risco
de queda de materiais ou de objectos, o corredor de passagem de peões deve ser coberto.
Ao implantar a vedação de modo correcto deve ter-se o cuidado de não deixar chapas
salientes, pontas de ferro ou qualquer outro material pontiagudo que possa vir a constituir
elemento agressivo para terceiros.
Todas as vedações metálicas deverão ser ligadas à terra de modo que não sejam, em nenhum
caso, significativas as diferenças de potencial entre a chapa metálica e a terra.