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IV SALÃO DE EXTENSÃO
(fernandesluane6@gmail.com)
Introdução
espaço de segregação (DE BAECQUE, 2011)., em que os cinéfilos – dos quais derivaram
diversos críticos e autores, tais como os da geração francesa surgida no final da década de
1960, hoje conhecida como nouvelle vague – geralmente ocupavam-se em estabelecer uma
relação entre autor e musa, sujeito e objeto da obra representada, legando o feminino ao
campo da representação, e elevando a crítica a um espaço que lhe seria exterior, estabelecendo
realizadoras de filmes.
Desenvolvimento
Também houve a preocupação em fomentar o entrelaçamento entre as exibições e a
agenda do calendário feminista. Três momentos foram relevantes: inicialmente o debate na
FASSO com a exibição do filme À margem do corpo (2009), de Débora Diniz, no dia 27 de
outubro de 2017, que conta sobre Deuseli que ao ser brutalmente estuprada e engravidar, é
impedida de abortar. Traz ao telespectador um forte enredo acerca de questões femininas
marginalizadas. O segundo momento foi a exibição do filme O processo (2016) -
documentário que retrata o golpe de 2016 que destituiu a presidenta Dilma de seu cargo - em
que o grupo foi o responsável por trazer às telas do cinema da cidade Mossoró-RN, no
período de 7 a 13 de junho. Por último, houve a mostra do filme A árvore de Marcação
(1993), produzido por Jussara Queiroz, que aborda a temática do trabalho infantil e do
coronelismo, exibido em julho, no auditório do Departamento de Comunicação da UERN.
O último debate também foi pautado pela interlocução entre extensão e pesquisa,
sendo parte das atividades do PIBIC (2017-2018) O cinema diaspórico de Jussara Queiroz,
Resultados e discussões
pelo filme.
Na exibição do filme O processo, ocorreu uma intensa mobilização social, via evento
ingresso, pré-distribuindo o suficiente para a lotação de uma sala de 137 lugares, exigência
alternativos.
Olhar opositor (HOOKS, 2017) e pela leitura do capítulo sobre a autora no livro O Cinema da
Retomada (NAGIB, 2002). Na análise no debate, enfatizamos que este é o único longa-
protagonista do seu longa. Ambas transitam de suas cidades natais e viajam de encontro ao
Rio de Janeiro. É nesse estado que A Árvore de Marcação é idealizado e produzido, durante
quase uma década, entre o período de abertura política do país e o início do governo Collor.
realizadora são pouco conhecidas no Brasil, até mesmo em seu estado, onde uma de suas
obras chegou a ser rejeitada pela curadoria do Festival de Cinema de Natal, de acordo com o
documentário O Voo silenciado do Jucurutu (2007), de Paulo Laguardia, que narra a trajetória
dessa realizadora. A diáspora se faz presente em A Árvore de Marcação nas trajetórias das
Considerações finais
Referências
DE BAEQUE, Antoine. Cinefilia. São Paulo: Cosac e Naify, 2011.
DINIZ, Debora. À margem do corpo. Documentário. ABA/Fundação Ford, 2006. DVD, 43 min, cor.
HOOKS, Bell. O olhar opositivo: a espectadora negra. Fora de quadro. Trad. Carol Almeida.
Disponível em <https://foradequadro.com/2017/05/26/o-olhar-opositivo-a-espectadora-negrapor-bell-
hooks/>, acesso em 08/12/2017.
NAGIB, Lúcia. O Cinema da Retomada: Depoimentos de 90 Cineastas dos Anos 90. São Paulo:
Editora 34, 2002.