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Texto 1.

Modelos de Justiça Administrativa

Modelos processuais marcantes da Justiça Administrativa

São dois os modelos processuais que marcaram a Justiça Administrativa:

1. Modelo francês, ou objectivista;

2. Modelo alemão, ou subjectivista.

Modelo objectivista: foi desenvolvido em França, a partir da Revolução de 1789,


assente na base do princípio liberal da separação de poderes.
Este modelo regia-se pela ideia radical do princípio da separação de poderes,
defendendo um contencioso, dito, especial para regular a actuação da Administração
Pública. Atribuía a competência para solucionar litígios a tribunais administrativos, que
na realidade não eram verdadeiros tribunais, mas apenas meros órgãos administrativos
independentes, em que o juiz não era entendido como tal, mas como juiz – ministro.
A par desta ideia de radicalidade do princípio da separação de poderes e da existência
de órgãos administrativos, quase tribunais, para resolução de conflitos, existia a
possibilidade de haver recursos que apenas consistissem em recursos de anulação.

A par desta ideia de radicalidade do princípio da separação de poderes e da existência


de órgãos administrativos, quase tribunais, para resolução de conflitos, existia a
possibilidade de haver recursos que apenas consistissem em recursos de anulação de
decisões administrativas (recours pour excès de pouvoir). Ou seja, os recursos só eram
admitidos quando se tratasse de questões de mera legalidade, tinham que ser
sucessivos – porque pressupunha uma decisão administrativa que fosse prévia – e
limitados, porque para além de o juiz não ter plenos poderes de cognição, a execução
das sentenças proferidas em sede deste tipo de tribunal era de extrema dificuldade.
Este recurso de anulação era destinado, essencialmente, à fiscalização da legalidade
do exercício dos poderes administrativos, em que os particulares desempenhavam uma
função de auxiliares da legalidade, pois eram estes que requeriam o dito recurso de
anulação.

Modelo subjectivista: após a Segunda Grande Guerra, através da Alemanha, surgiu o


modelo alemão ou subjectivista. Este, ao contrário do modelo francês, visou uma maior
fiscalização dos poderes discricionários da Administração que acabava por ser total a
discricionariedade de exercício de tais poderes por parte dos órgãos administrativos.
Neste modelo subjectivista passou a haver uma verdadeira justiça administrativa,
incluída na lógica própria de tribunais comuns, passando a haver verdadeiros tribunais
e não órgãos administrativos detentores de poderes discricionários. O juiz do
contencioso administrativo passou a deter jurisdição plena, sempre que houvesse lesão
ou que fossem postos em causa direitos dos cidadãos, de modo a garantir uma maior
protecção judicial nas relações com a Administração. Com esta jurisdição plena, deixou
de haver o recurso de anulação como ponto essencial do sistema de contencioso
administrativo.

Contencioso Administrativo: Apontamentos. M. Mabote (sistematização)


Texto 1. Modelos de Justiça Administrativa

Deste modo, houve um acentuar dos aspectos subjectivistas, aproximando-se o


procedimento do contencioso administrativo ao procedimento processual civil, enquanto
processo de partes, em aspectos como a legitimidade processual.

Actualmente, os modelos de justiça administrativa oscilam entre aqueles que partilham


aspectos do modelo objectivista e subjectivista (modelos mistos) e aqueles que têm um
modelo predominantemente subjectivista, estando ultrapassado totalmente o sistema
objectivista puro.

Baseado no conhecimento de:

JOSE CARLOS JOSE CARLOS VIEIRA DE ANDRADE - A Justiça Administrativa


(lições). Almedina.

VASCO PEREIRA DA SILVA - O Contencioso Administrativo no Divã da Psicanálise.


Almedina.

Contencioso Administrativo: Apontamentos. M. Mabote (sistematização)

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