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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Eduardo Pansera Montagna

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A NBR 6118/2007 E A


NBR 6118/2014: ESTUDO DA DUCTILIDADE DE
VIGAS HIPERESTÁTICAS

Porto Alegre
dezembro 2014
EDUARDO PANSERA MONTAGNA

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A NBR 6118/2007 E A


NBR 6118/2014: ESTUDO DA DUCTILIDADE DE
VIGAS HIPERESTÁTICAS

Trabalho de Diplomação apresentado ao Departamento de


Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, como parte dos requisitos para obtenção do
título de Engenheiro Civil

Orientadora: Virgínia Maria Rosito d’Avila Bessa

Porto Alegre
dezembro 2014
EDUARDO PANSERA MONTAGNA

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A NBR 6118/2007 E A


NBR 6118/2014: ESTUDO DA DUCTILIDADE DE
VIGAS HIPERESTÁTICAS

Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pela Professora Orientadora e
pela Coordenadora da disciplina Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II (ENG01040) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2014

Profa. Virgínia Maria Rosito d’Avila Bessa


Dra. pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Orientadora

Profa. Carin Maria Schmitt


Dra. pelo PPGA/UFRGS
Coordenadora

BANCA EXAMINADORA

Profa. Ângela Gaio Graeff (UFRGS)


Ph.D. pela University of Sheffield

Prof. Américo Campos Filho (UFRGS)


Dr. pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Profa. Virgínia Maria Rosito d’Ávila Bessa (UFRGS)


Dra. pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Dedico este trabalho a meus pais, Valter e Iolanda, que
sempre me apoiaram e especialmente durante o período do
meu Curso de Graduação estiveram ao meu lado.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Professora Virgínia Maria Rosito d’Avila Bessa, orientadora deste trabalho, pela
atenção prestada, pelo contínuo incentivo, pelo empenho dedicado a elaboração deste trabalho
e por compartilhar suas experiências profissionais.

Agradeço a Professora Carin Maria Schimitt, pela orientação e apoio.

Agradeço aos meus pais, Valter e Iolanda, pelo incentivo e apoio em todas as minhas
decisões, e pelo exemplo de vida que eles são para mim.

Agradeço a minhas irmãs, Juliana e Amanda, pela amizade e apoio incondicional nas horas
difíceis.

Agradeço a todos meus amigos e colegas, que de alguma forma ajudaram na elaboração deste
trabalho e na conclusão desta etapa da minha vida.
Os que se encantam com a prática sem a ciência são como
os timoneiros que entram no navio sem timão nem
bússola, nunca tendo certeza do seu destino.
Leonardo da Vinci
RESUMO

O presente trabalho estuda o comportamento de vigas hiperestáticas de concreto armado, com


foco na ductilidade, seguindo duas abordagens diferentes. A primeira segue os procedimentos
apresentados na Norma Brasileira NBR 6118/2007 – Projeto de Estruturas de Concreto:
Procedimento. A segunda abordagem segue a nova versão da norma a NBR 6118/2014 –
Projeto de Estruturas de Concreto: Procedimento. Realizou-se primeiramente uma avaliação
das mudanças no texto normativo, comparando-se as duas Normas. Com foco na ductilidade
de vigas hiperestáticas observou-se uma mudança nos cálculos fora das regiões de apoios das
vigas ou de outras ligações entre elementos estruturais, além de mudanças significativas na
posição da linha neutra. Para melhor avaliar essas mudanças definiu-se uma estrutura a ser
estudada pelas duas Normas. Para cada Norma foram avaliados três tipos de carregamentos e
diferentes combinações de cálculo. Na análise dos resultados verificou-se não ter ocorrido
alterações de cálculos para os casos de armadura simples. Para os casos de armadura dupla as
mudanças são significativas e variam para o momento positivo e momento negativo
solicitante. Para as armaduras mínimas os valores limites da Norma antiga eram maiores que
da nova Norma, já o limite máximo de armaduras se manteve sem alterações. Todos os
resultados de cálculos foram obtidos com o auxílio de uma planilha eletrônica.

Palavras-chave: Ductilidade de Vigas Hiperestáticas. Ductilidade do Concreto. Ductilidade do


Aço. Condições de Ductilidade de Estruturas com Elementos Lineares.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Diagrama das etapas da pesquisa .................................................................... 17


Figura 2 – Características dos concretos ensaiados ......................................................... 20
Figura 3 – Diagramas tensão-deformação ........................................................................ 20
Figura 4 – Diagrama tensão-deformação do aço classe A ............................................... 21
Figura 5 – Curva força-deslocamento utilizada para a quantificação da ductilidade
22
global de vigas de concreto armado ...................................................................
Figura 6 – Curva momento-curvatura utilizada para a quantificação da ductilidade 23
local de vigas de concreto armado .....................................................................
Figura 7 – Redistribuição de momentos fletores em viga contínua ................................. 28
Figura 8 – Domínios de estado-limite último de uma seção transversal .......................... 31
Figura 9 – Viga hiperestática V1 ...................................................................................... 36
Figura 10 – Deformações, tensões e resultantes das tensões na seção transversal .......... 38
Figura 11 – Momento solicitante e resultante das tensões ............................................... 40
Figura 12 – Deformações e resultantes das tensões na seção ........................................... 41
Figura 13 – Viga V1 com carregamento de 5kN/m + 2x20kN ...................................... 43
Figura 14 – Diagrama de momentos da viga da figura 17 (em kN.m) ............................ 44
Figura 15 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,75) ......................................................... 45
Figura 16 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,80) ......................................................... 45
Figura 17 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,85) ......................................................... 46
Figura 18 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,90) ......................................................... 46
Figura 19 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,95) ......................................................... 47
Figura 20 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,99) ......................................................... 47
Figura 21 – Viga V1 com carregamento de 20kN/m + 2x100kN .................................. 48
Figura 22 – Diagrama de momento da viga da figura 24 (em kN.m) ............................. 48
Figura 23 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,75) ......................................................... 50
Figura 24 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,75) ............................................................... 50
Figura 25 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,80) ......................................................... 51
Figura 26 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,80) ............................................................... 51
Figura 27 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,85) ......................................................... 52
Figura 28 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,85) ............................................................... 52
Figura 29 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,90) ......................................................... 53
Figura 30 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,90) ............................................................... 53
Figura 31 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,95) ......................................................... 54
Figura 32 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,95) ............................................................... 54
Figura 33 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,99) ......................................................... 55
Figura 34 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,99) ............................................................... 55
Figura 35 – Viga V1 com carregamento de 30kN/m e 2x200kN ................................... 56
Figura 36 – Diagrama de momentos da viga V1 da figura 39 (em kN.m) ...................... 56
Figura 37 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,75) ......................................................... 58
Figura 38 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,75) ............................................................... 58
Figura 39 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,80) ......................................................... 59
Figura 40 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,80) ............................................................... 59
Figura 41 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,85) ......................................................... 60
Figura 42 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,85) ............................................................... 60
Figura 43 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,90) ......................................................... 61
Figura 44 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,90) ............................................................... 61
Figura 45 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,95) ......................................................... 62
Figura 46 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,95) ............................................................... 62
Figura 47 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ=0,99) ......................................................... 63
Figura 48 – Gráfico da relação A x fck (δ=0,99) ............................................................... 63
Figura 49 – Relação do ymax para os momentos negativos ............................................... 65
Figura 50 – Relação do ε2 em função do fck e do δ para momentos ................................. 67
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas .......................................... 34


Tabela 2 – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas .......................................... 34
Tabela 3 – Armaduras mínimas de acordo com cada Norma ........................................... 42
Tabela 4 – Momentos em função do coeficiente de redistribuição adotado .................... 44
Tabela 5 – Momentos em função do coeficiente de redistribuição adotado .................... 49
Tabela 6 – Momentos em função do coeficiente de redistribuição adotado .................... 57
LISTA DE SÍMBOLOS

Ac – área da seção transversal do concreto (m²)

As – área da seção transversal da armadura longitudinal de tração (m²)

AS’ – área da seção transversal da armadura longitudinal de tração (m²)

d – altura útil (m)

d’ – distância entre o eixo da armadura de compressão a face mais próxima do elemento (m)

fc – resistência à compressão do concreto (N/m²)

h – altura total da viga (m)

z – é o braço de alavanca das forças resultantes internas (m)

σc – tensão normal de compressão no concreto (N)

σs – tensão normal de tração no aço (N)

εc – deformação do concreto

εc,max – deformação máxima à compressão do concreto

εs – deformação do aço

ρ – taxa geométrica de armadura longitudinal de tração

γc – coeficiente de ponderação da resistência do concreto

γs – coeficiente de ponderação da resistência do aço


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13
2 DIRETRIZES DA PESQUISA .................................................................................. 15
2.1 QUESTÃO DE PESQUISA ....................................................................................... 15
2.2 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 15
2.2.1 Objetivo Principal ................................................................................................. 15
2.2.2 Objetivo Secundário .............................................................................................. 15
2.3 PRESSUPOSTO ......................... ............................................................................... 16
2.4 DELIMITAÇÕES ...................................................................................................... 16
2.5 LIMITAÇÕES ............................................................................................................ 16
2.6 DELINEAMENTO .................................................................................................... 16
3 DUCTILIDADE DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO .................................... 19
3.1 CONCEITO BÁSICO ................................................................................................ 19
3.2 DUCTILIDADE DO CONCRETO ........................................................................... 19
3.3 DUCTILIDADE DO AÇO ......................................................................................... 20
3.4 DUCTILIDADE DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO ...................................... 22
4. DIRETRIZES PARA ANÁLISE ESTRUTURAL DE VIGAS 25
HIPERESTÁTICAS SEGUNDO A NBR 6118/2007 E A NBR 6118/2014 ..........
4.1 DEFINIÇÕES GERAIS ............................................................................................. 25
4.2 LIMITES PARA REDISTRIBUIÇÃO DE MOMENTOS E CONDIÇÕES DE 27
DUCTILIDADE SEGUNDO A NBR 6118/2007........................................................
4.3 LIMITES PARA REDISTRIBUIÇÃO DE MOMENTOS E CONDIÇÕES DE 29
DUCTILIDADE SEGUNDO A NBR 6118/2014........................................................
4.4 DOMÍNIOS DE ESTADO-LIMITE ÚLTIMO DE UMA SEÇÃO 30
TRANSVERSAL – SOLICITAÇÕES NORMAIS .....................................................
4.5 SOLICITAÇÕES NORMAIS – ESTADOS-LIMITES DE SERVIÇO .................... 32
4.6 ARMADURAS MÁXIMAS, MÍNIMAS E DE PELE .............................................. 33
5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA ESTRUTURA ........................................................ 36
5.1 CÁLCULO SEGUNDO A NBR 6118/2007 E A NBR 6118/2014 ........................... 37
5.2 ARMADURAS MÁXIMAS E MÍNIMAS ................................................................ 42
6 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................ 43
6.1 PRIMEIRO CARREGAMENTO .............................................................................. 43
6.2 SEGUNDO CARREGAMENTO .............................................................................. 48
6.3 TERCEIRO CARREGAMENTO .............................................................................. 56
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 64
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 69
APÊNDICE A .................................................................................................................. 70
APÊNDICE B .................................................................................................................. 75
APÊNDICE C .................................................................................................................. 80
13

1 INTRODUÇÃO

A estrutura de um edifício é a parte da construção responsável por transmitir os esforços para


as fundações (e estas transmitem para o solo). Sua parte principal é formada por vigas, lajes e
pilares distribuídos de forma a atender a finalidade da edificação e aos requisitos de qualidade
estabelecidos em normas, relativos à capacidade resistente, ao desempenho em serviço e à
durabilidade da estrutura. São inúmeros os sistemas estruturais que podem ser utilizados, sua
escolha depende de fatores técnicos e econômicos. A NBR 6118 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 01) tem por objetivo fixar os requisitos
básicos exigíveis para o projeto de estruturas, avaliando os estados limites últimos e de
serviço (ELU e ELS). A atual versão da Norma que foi aprovada em abril/2014 traz
incorporada ao texto inúmeras alterações. A NBR 6118/2014 veio para cancelar e substituir a
Norma anterior, mantendo sua filosofia. De acordo com a nova Norma (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 19), indica que

As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as


condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme
preconizado em projeto conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço
durante o prazo correspondente à sua vida útil.

A NBR 6118/2003, e sua respectiva atualização em 2007, trouxeram consideráveis inovações


para o projeto de estruturas de concreto, quando comparadas com a norma anterior (NBR
6118/1980), a tornando mais abrangente e complexa (SILVA, 2008, p. 11). O objetivo deste
trabalho é avaliar se as alterações na atual Norma trazem mudanças significativas para as
análises estruturais dos projetos. O foco deste trabalho é detalhar algumas mudanças do
capítulo 14 (Análise Estrutural), principalmente o item 14.6.4.3 (Limites para Redistribuição
de Momento e Condições de Ductilidade). Na NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 85), um dos princípios gerais é de que “A
análise estrutural permite estabelecer as distribuições de esforços internos, tensões,
deformações deslocamentos, em uma parte ou em toda a estrutura.”.

Os elementos estruturais devem ser projetados de forma que se possa prever com
antecedência casos de ocorrência de colapso local ou global da estrutura. Para que isto ocorra

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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as estruturas devem ser projetadas para que sofram grandes deslocamentos e deformações
antes da ruína. A ductilidade é a propriedade dos elementos estruturais que lhes confere a
capacidade de sofrer deformações inelásticas nas vizinhanças de uma possível ruptura.

A proposta do trabalho é realizar uma análise estrutural, a partir de um modelo estrutural


adequado, seguindo as orientações da NBR 6118/2007 e outra análise estrutural com
orientações da NBR 6118/2014. Ao final se realizou uma comparação entre os resultados para
se avaliar se as mudanças são significativas na atual versão da Norma, em relação à anterior.

O trabalho está dividido em 7 capítulos que possibilita a análise de vigas hiperestáticas com
foco na ductilidade. No capítulo 2 são apresentadas as diretrizes da pesquisa, contendo
informações pertinentes a respeito da questão de pesquisa, objetivos, pressuposto,
delimitações, limitações e delineamento.

O capítulo 3 apresenta algumas informações necessárias para o entendimento a respeito da


ductilidade do aço, do concreto e de vigas de concreto armado.

Em seguida, o capítulo 4, abordam-se pontos importantes para a análise estrutural segundo as


duas versões da Norma, levando-se em considerações as alterações do texto normativo.

No capítulo 5, está a apresentação da estrutura a ser estudada e das diretrizes de cálculos de


acordo com cada Norma.

O capítulo 6 resume os diversos resultados gerados pelos cálculos da viga hiperestática


descrita no capítulo 5 para três diferentes carregamentos, para se poder avaliar os impactos
decorrentes da revisão do texto da Norma brasileira, no que diz respeito a ductilidade de vigas
hiperestáticas. Por fim, no capítulo 7, estão as considerações finais do trabalho.

Um dos motivos para a realização deste trabalho se refere ao fato de que ele pode fornecer
dados, em conjunto com outros trabalhos realizados sobre o mesmo tema, para as avaliações
por parte dos profissionais envolvidos no projeto estrutural, e também contribuir para as
novas avaliações de revisões de texto da Norma.

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2 DIRETRIZES DA PESQUISA

As diretrizes para desenvolvimento do trabalho são descritas nos próximos itens.

2.1 QUESTÃO DE PESQUISA

A questão de pesquisa do trabalho é: conhecidas as diferenças entre a NBR 6118/2014 e a sua


versão anterior quais os resultados obtidos, com foco na ductilidade de vigas hiperestáticas,
para as estruturas estudadas?

2.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

Os objetivos da pesquisa estão classificados em principal e secundário e são descritos a


seguir.

2.2.1 Objetivo principal

O objetivo principal do trabalho é a avaliação das alterações na NBR 6118/2014, com foco na
ductilidade de vigas hiperestáticas, frente a normativa anterior para o caso estudado.

2.2.2 Objetivo secundário

O objetivo secundário do trabalho é a descrição das diferenças entre a NBR 6118/2007 e a


NBR 6118/2014, com foco na ductilidade de vigas hiperestáticas.

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2.3 PRESSUPOSTO

O trabalho tem por pressuposto que as normas a seguir citadas, utilizadas para a elaboração da
análise estrutural da estrutura estudada, são adequadas para este tipo de estudo:

a) NBR 6118/2007 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento;


b) NBR 6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento.

2.4 DELIMITAÇÕES

O trabalho delimita-se a análise das inovações presente na NBR 6118/2014, com foco na
ductilidade de vigas hiperestáticas.

2.5 LIMITAÇÕES

São limitações do trabalho:

a) utilização do software Ftool unicamente (com as limitações do programa);


b) para o dimensionamento dos elementos estruturais é utilizada uma planilha
Excel elaborada pelo autor;
c) utilização de uma configuração de viga hiperestática, com 2 vãos igualmente
espaçados de 4m cada e mesma configuração de carregamento;
d) concretos até 50MPa.

2.6 DELINEAMENTO

O trabalho foi realizado através das etapas apresentadas a seguir que estão representadas na
figura 1 e são descritas nos próximos parágrafos:

a) pesquisa bibliográfica;
b) avaliação das alterações no texto normativo;
c) definição da estrutura a ser estudada;
d) análise estrutural pela NBR 6118/2007;
e) análise estrutural pela NBR 6118/2014;
f) análise dos resultados e conclusões.
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Figura 1 – Diagrama das etapas da pesquisa

AVALIAÇÃO DAS
ALTERAÇÕES NO TEXTO
NORMATIVO

DEFINIÇÃO DA
ESTRUTURA A SER
ESTUDADA

PESQUISA ANÁLISE ESTRUTURAL


BIBLIOGRÁFICA PELA NBR 6118/2007

ANÁLISE ESTRUTURAL
PELA NBR 6118/2014

ANÁLISE DOS
RESULTADOS E
CONCLUSÕES

(fonte: elaborado pelo autor)

Com a pesquisa bibliográfica são reunidas todas as informações teóricas necessárias para a
realização do trabalho. Teve como material de consulta as Normas NBR 6118/2007 e a NBR
6118/2014, teses e dissertações, artigos publicados em eventos e livros. Também foram
pesquisados materiais na internet. A pesquisa bibliográfica seguiu ao longo de todo o
trabalho, de modo que se integrou à pesquisa aplicada no decorrer das etapas. Após, tem-se a
etapa de avaliação das alterações no texto normativo, quando foi realizada uma análise
comparativa entre a NBR6118/2007 e sua atual versão a fim de se estabelecer quais os
parâmetros e equações que sofreram mudanças, principalmente no capítulo 14 de análise
estrutural.

A etapa de definição da estrutura a ser estudada é fundamentalmente importante, pois é


nela que se pré-definiu a geometria dos elementos. Nesta etapa, foi definida uma seção
representativa de uma viga hiperestática, para a qual se realizou uma análise estrutural com
foco na ductilidade. Com a estrutura definida foi realizada uma análise estrutural pela NBR
6118/2007 e outra análise estrutural pela NBR 6118/2014. O cálculo da viga, pelas duas
Normas, foi feito com auxílio do software Ftool unicamente e de planilhas Excel elaboradas
pelo autor.
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Com a análise dos resultados e conclusões, poder-se-á chegar a conclusões referente as


mudanças do processo de cálculo da Norma.

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3 DUCTILIDADE DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO

Neste capítulo, são apresentadas as principais características da ductilidade de vigas de


concreto armado, bem como de seus dois principais materiais constituintes, descritas nos itens
seguintes.

3.1 CONCEITO BÁSICO

Concreto armado é a associação do concreto simples (mistura dos agregados com cimento e
água) com uma armadura, usualmente constituída por barras de aço. Os dois materiais devem
resistir solidariamente aos esforços solicitantes. Essa solidariedade é garantida pela aderência.
A ductilidade é definida como a capacidade do material, seção, elemento estrutural ou sistema
estrutural, de experimentar deformações inelásticas sem a perda de sua capacidade resistente,
atingindo a ruptura após um considerável acúmulo de energia inelástica de deformação. A
ductilidade é uma medida da capacidade do elemento estrutural se deformar antes que a
ruptura ocorra.

3.2 DUCTILIDADE DO CONCRETO

Um aspecto fundamental do concreto consiste na relação entre as tensões e as deformações. É


através desta relação que se pode avaliar a ductilidade do material. Pinto Junior 1 (1992 apud
GAMINO, 2003, p. 4) realizou três ensaios à compressão com diferentes valores de
resistências de concretos, a fim de se obter o gráfico de tensão-deformação. Os resultados dos
ensaios podem ser observados na figura 2 e 3. Como se pode observar na figura 2, o concreto
ensaiado com resistência superior (concreto B) possui curvas tensão – deformação mais
acentuadas e lineares quando comparados aos concretos de resistências inferiores (concreto
“A”). Assim, conclui-se que o concreto “A” poderá sofrer um amplo intervalo de deformações
para pequenos acréscimos de tensão, caracterizando uma ruptura do tipo dúctil.

1
PINTO JÚNIOR, N. O. Flexão de Vigas de Concreto de Alta Resistência. 1992. 286 p. Tese (Doutorado em
Engenharia) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1992.
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Agora, analisando a figura 3, nota-se que a curva do concreto ensaiado B é mais retilínea e
apresenta deformação mais acentuada à medida que se aumenta as cargas. Segundo Gamino
(2003, p. 4), conclui-se que

Em outras palavras pode-se afirmar que concretos convencionais tendem a


apresentar ductilidade superior frente aos concretos de alto desempenho. Salienta-se,
no entanto, que está observação é plenamente válida somente para o material
concreto, não podendo ser estendida necessariamente para vigas de concreto armado
convencional e de alto desempenho.

Figura 2 – Características dos concretos ensaiados


Concreto fc (MPa) εcmáx (0/00)
A 62,5 2,1
B 82,4 1,88
C 73,9 2,16
(fonte: PINTO JÚNIOR2, 1992 apud GAMINO, 2003, p. 4)

Figura 3 – Diagramas tensão – deformação

(fonte: PINTO JÚNIOR3, 1992 apud GAMINO, 2003, p. 5)

3.3 DUCTILIDADE DO AÇO

O aço, quando adequadamente dimensionado e detalhado, resiste muito bem à maioria dos
tipos de solicitação as quais lhe são impostas. As características mecânicas mais importantes

2
PINTO JÚNIOR, N. O. Flexão de Vigas de Concreto de Alta Resistência. 1992. 286 p. Tese (Doutorado em
Engenharia) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1992.
3
op. cit.
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21

para a definição de um aço são o limite elástico, a resistência e o alongamento na ruptura.


Essas características são determinadas através de ensaios de tração. A ductilidade é a
capacidade do material de se deformar plasticamente sem romper. Pode ser medida por meio
do alongamento ou da estricção. Quanto mais dúctil o aço, maior é a redução de área ou o
alongamento antes da ruptura. Segundo Gamino (2003, p. 5), “Esta ductilidade pode ser
avaliada através do índice de encruamento ‘μe’ obtido através da relação entre as tensões
última ‘fu’ e de escoamento ‘fy’ segundo a fórmula (1) aliado à deformação correspondente à
tensão última conforme ilustra a figura [...][4].”:

μe = fu / fy (fórmula 1)

Onde:
μe = índice de encruamento;
fu = tensões últimas;
fy = tensões de escoamento.

Figura 4 – Diagrama tensão : deformação do aço classe A

(fonte: GAMINO; BARBOSA4, 2002, apud GAMINO, 2003, p. 5)

4
GAMINO, A. L.; BARBOSA, M. P. Vigas de concreto armado de alto desempenho: análise da ductilidade
através do código de cálculo CASTEM 2000. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO, 44., 2002,
Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Ibracon, 2002. CD-ROM.
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3.4 DUCTILIDADE DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO

Para quantificar a ductilidade de vigas de concreto armado Gamino (2003, p. 6) utiliza dois
parâmetros denominados “μd” e “μc”. O primeiro, ductilidade global, pode ser observado e
calculado através da curva força-deslocamento da figura 5. O outro, ductilidade local, pode
ser obtido através de uma curva momento-curvatura (numericamente ou experimentalmente)
através da figura 6.

Figura 5 – Curva força : deslocamento utilizada para a quantificação da


ductilidade global de vigas de concreto armado

(fonte: BARBOSA; GAMINO5, 2002 apud GAMINO, 2003, p. 6)

5
BARBOSA, M. P.; GAMINO, A. L. Numerical Analysis of ductility in reinforced concrete beams in the
CASTEM 2000. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON COMPUTATIONAL STRUCTURES
TECHNOLOGY, 6., 2002, Prague-Czech Republic. Annals… Prague-Czech Republic: 2002. CD-ROM.
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Figura 6 – Curva momento : curvatura utilizada para a quantificação da ductilidade


local de vigas de concreto armado

(fonte: BARBOSA; GAMINO6, 2002 apud GAMINO, 2003, p. 6)

Segundo Gamino (2003, p. 7), os parâmetros de ductilidade global e local podem ser
calculados através das seguintes expressões respectivamente (2) e (3):

μd = δ u / δ y (fórmula 2)

μ c = φu / φy (fórmula 3)

Onde:
δy = deslocamento referente ao momento de escoamento das armaduras;
φy = curvatura referente ao momento de escoamento das armaduras;
δu = deslocamento referente ao ponto de ruptura;
φu = curvatura referente ao ponto de ruptura.

Para Gamino (2003, p. 7),

O deslocamento “δy” pode ser obtido através do ponto de concordância gerado pela
intersecção das retas tangentes aos estágios de pós – fissuração e pós – escoamento
no diagrama força – deslocamento conforme ilustra a figura [...][6].

6
BARBOSA, M. P.; GAMINO, A. L. Numerical Analysis of ductility in reinforced concrete beams in the
CASTEM 2000. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON COMPUTATIONAL STRUCTURES
TECHNOLOGY, 6., 2002, Prague-Czech Republic. Annals… Prague-Czech Republic: 2002. CD-ROM.
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A curvatura “φy” pode ser obtida através do ponto de intersecção de duas retas no
diagrama momento – curvatura: uma sendo tangente à reta formada entre o ponto de
origem e o ponto correspondente a 75% do momento nominal e a outra sendo uma
reta horizontal correspondente ao momento nominal onde ocorre a deformação de
3‰ na fibra mais comprimida da seção transversal, segundo ilustra a figura [...][7].
A curvatura “φu” e o deslocamento “δu” são obtidos no momento da ruptura do
elemento estrutural.

Quando se fala nas deformações que podem ocorrer nas vigas de concreto armado, existem
alguns fatores que podem colaborar nessas deformações. Para Kemp 7 (1998 apud GAMINO,
2003, p. 7) tais fatores são o grau de confinamento do concreto por estribos, a taxa de
armadura longitudinal de tração e a resistência à compressão do concreto. Para Boukari8
(2000 apud GAMINO, 2003, p. 7) outros parâmetros podem influenciar a capacidade de
deformação inelástica de elementos de concreto armado. São eles: o tipo de armadura (ativa
ou passiva), a presença de armadura de compressão, a tensão de escoamento das armaduras, o
espaçamento entre estribos e o efeito escala. De acordo com Gamino (2003, p. 7), “Pode-se
então perceber que a ductilidade é afetada diretamente por grandezas de ordem física em
relação às dimensões do elemento estrutural e por grandezas de ordem mecânica no que diz
respeito aos materiais componentes da estrutura.”.

7
KEMP, A. R. The Achievement of Ductility in Reinforced Concrete Beams. Magazine of Concrete Research,
v. 50, n. 2, p. 123-132, 1998.
8
BOUKARI, S. Contribution a L’Etude Du Béton Armé de Hautes Performances par Simulation
Numérique a L’Aide des Elements Finis. 2000. 134 p. Tèse (Doctorat en Génie) – Institut National dês
Sciences Appliquees de Toulouse, INSA, France, 2000.
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4 DIRETRIZES PARA ANÁLISE ESTRUTURAL DE VIGAS


HIPERESTÁTICAS SEGUNDO A NBR 6118/2007 E A NBR 6118/2014

4.1 DEFINIÇÕES GERAIS

A Norma brasileira para dimensionamento de estruturas de concreto armado (NBR 6118) vem
ao longo dos anos sofrendo várias mudanças em busca de seu aprimoramento. A versão de
1980 ficou em atuação por mais de vinte anos sem sofrer atualizações. No ano de 2003 a
Norma passou por uma grande transformação para se atualizar frente às novas tecnologias
computacionais que tornaram o processo de cálculo estrutural mais refinado e satisfazer as
novas exigências de durabilidade e requisitos mínimos de qualidade que uma estrutura de
concreto armado deve possuir. Esta versão foi atualizada em 2007, porém sem grandes
alterações no processo de cálculo estrutural.

A atual versão da Norma, que entrou em vigor no ano de 2014, traz consigo várias mudanças
importantes para o cálculo estrutural. A proposta é que a Norma seja atualizada com maior
frequência para que ela não fique tão defasada com a realidade, como ocorreu no passado.
Neste capítulo as definições gerais são conceitos que se mantiveram da NBR 6118/2007 para
a NBR 6118/2014 sem alterações.

O objetivo da análise estrutural segundo a atual versão (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE


NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 85), é

[...] determinar os efeitos das ações em uma estrutura, com a finalidade de efetuar
verificações dos estados-limites últimos e de serviço.

A análise estrutural permite estabelecer as distribuições de esforços internos,


tensões, deformações e deslocamentos, em uma parte ou em toda a estrutura.

Na atual versão da Norma, a análise estrutural parte da premissa que sua realização se dá com
a utilização de um modelo estrutural adequado ao objetivo da análise. De forma a satisfazer
todas as verificações impostas pela NBR6118 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2014, p. 86).
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Na norma NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2014, p. 86), define-se que “O modelo estrutural pode ser idealizado como a composição de
elementos estruturais básicos, [...], formando sistemas estruturais resistentes que permitam
representar de maneira clara todos os caminhos percorridos pelas ações até os apoios da
estrutura.”. Esses elementos estruturais básicos são classificados em função de sua disposição
geométrica e de sua função estrutural no projeto. Um desses elementos são as vigas, que a
NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 87),
classifica como “Elementos lineares em que a flexão é preponderante.”.

A NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 87),


também se refere a algumas hipóteses básicas referentes à análise estrutural onde as condições
de equilíbrio devem ser obrigatoriamente satisfeitas e respeitadas assim como as condições de
compatibilidade: “Quando as condições de compatibilidade não forem verificadas no estado-
limite considerado, devem ser adotadas medidas que garantam ductilidade adequada da
estrutura no estado-limite último, resguardado um desempenho adequado nos estados-limites
de serviço.”.

Segundo a NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2014, p. 88), “Para a situação de projeto, a análise estrutural pode ser efetuada por um dos
métodos apresentados [...], que se diferenciam pelo comportamento admitido para os
materiais constituintes da estrutura, não perdendo de vista em cada caso as limitações
correspondentes.”.

Um desses métodos é o de análise estrutural com redistribuição, que a Norma


(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 89), indica:

Na análise linear com redistribuição, os efeitos das ações, determinados em uma


análise linear, são redistribuídos na estrutura, para as combinações de carregamento
do ELU.

Nesse caso, as condições de equilíbrio e de ductilidade devem ser obrigatoriamente


satisfeitas.

Todos os esforços internos devem ser recalculados, de modo a garantir o equilíbrio


de cada um dos elementos estruturais e da estrutura como um todo. Os efeitos de
redistribuição devem ser considerados em todos os aspectos do projeto estrutural,
inclusive as condições de ancoragem e corte de armaduras e os esforços a ancorar.

Cuidados especiais devem ser tomados com relação aos carregamentos de grande
variabilidade.

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As verificações de combinações de carregamento de ELS ou de fadiga podem ser


baseadas na análise linear sem redistribuição. De uma maneira geral é desejável que
não haja redistribuição de esforços nas verificações em serviço.

4.2 LIMITES PARA REDISTRIBUIÇÃO DE MOMENTOS E CONDIÇÕES


DE DUCTILIDADE SEGUNDO A NBR 6118/2007

De acordo com o texto da norma brasileira de projeto de estruturas de concreto armado do ano
de 2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007, p. 81), os limites
para redistribuição de momentos e condições de ductilidade requerem uma atenção nas
regiões de apoio das vigas ou de outras ligações entre elementos estruturais. No ELU quanto
menor for o valor de x/d (posição da linha neutra), maior é a capacidade de rotação. Quando
isto ocorre o aço passa a ser o elemento limitante da resistência da seção. Para que não
ocorram problemas e com o intuito de melhorar a ductilidade nos apoios e nas regiões de
ligação entre elementos estruturais lineares, mesmo nos casos em que as redistribuições de
esforços solicitantes não sejam feitas, o valor de x/d é limitado pelas seguintes expressões,
lembrando que esses limites podem ser alterados somente se for usado detalhes especiais de
armadura:

x/d ≤ 0,50 para concretos com fck ≤ 35 MPa (fórmula 4)

x/d ≤ 0,40 para concretos com fck > 35 MPa (fórmula 5)

Onde:
x = profundidade da linha neutra;
d = altura útil;
fck = resistência característica à compressão do concreto.

Para se fazer a redistribuição de esforços, neste caso a de momentos, reduz-se o momento


fletor multiplicando um fator de redistribuição δ, passando o momento fletor que antes era M
para δM, como na figura 7.

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Figura 7 – Redistribuição de momentos fletores em viga contínua

(fonte: FONTES, 2005, p. 25)

Segundo a NBR 6118/2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2007, p. 81), a relação entre o coeficiente de redistribuição δ e a posição da linha neutra na
seção x/d, para o momento reduzido δM, deve ser dado por:

δ ≥ 0,44 + 1,25 x/d para concretos com fck ≤ 35 MPa (fórmula 6)

δ ≥ 0,56 + 1,25 x/d para concretos com fck > 35 MPa (fórmula 7)

Onde:
x = profundidade da linha neutra;
d = altura útil;
fck = resistência característica à compressão do concreto;
δ = fator de redistribuição.

E o coeficiente de redistribuição deve, ainda, seguir os seguintes limites:

δ ≥ 0,90 para estruturas de nós móveis (fórmula 8)

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δ ≥ 0,75 para qualquer outro caso (fórmula 9)

Ainda segundo a NBR 6118/2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2007, p. 81), “Pode ser adotada redistribuição fora dos limites estabelecidos
nesta Norma, desde que a estrutura seja calculada mediante o emprego de análise não-linear
ou de análise plástica, com verificação explícita da capacidade de rotação de rótulas
plásticas.”.

Na dissertação de mestrado de Fontes (2005, p. 26), observa-se que

[...] Para o concreto de resistência igual ou inferior a 35 MPa, exige-se uma posição
relativa da linha neutra, x/d, menor que 0,448 para que possa ser efetuada alguma
redistribuição (para que se possa ter δ < 1) na análise linear. Para resistências acima
de 35 MPa, o que implica em um material mais frágil, o valor de x/d necessita ser
menor que 0,352, o que caracteriza muito bem as peças sub-armadas, próximas do
domínio 2, que são de interesse dos projetistas estruturais.

4.3 LIMITES PARA REDISTRIBUIÇÃO DE MOMENTOS E CONDIÇÕES


DE DUCTILIDADE SEGUNDO A NBR 6118/2014

De acordo com a NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2014, p. 95), “Para proporcionar o adequado comportamento dúctil em vigas e
lajes, a posição da linha neutra no ELU deve obedecer aos seguintes limites.”:

x/d ≤ 0,45 para concretos com fck ≤ 50 MPa (fórmula 10)

x/d ≤ 0,35 para concretos com 50MPa < fck ≤ 90 MPa (fórmula 11)

Onde:
x = profundidade da linha neutra;
d = altura útil;
fck = resistência característica à compressão do concreto

A Norma (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 95), ainda nos


informa que esses limites podem sofrer alteração caso se utilize detalhes especiais de
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armaduras. Quando se reduzir o momento fletor de M para δM, a profundidade da linha neutra
nessa seção x/d para o momento reduzido, deve ser limitada por:

x/d ≤ (δ – 0,44)/1,25, para concretos com fck ≤ 50 MPa (fórmula 12)

x/d ≤ (δ – 0,56)/1,25, para concretos com 50MPa < fck ≤ 90 MPa (fórmula 13)

Onde:
x = profundidade da linha neutra;
d = altura útil;
fck = resistência característica à compressão do concreto;
δ = fator de redistribuição.

O coeficiente de redistribuição deve, ainda, obedecer aos seguintes limites:

δ ≥ 0,90 para estruturas de nós móveis (fórmula 14)

δ ≥ 0,75 para qualquer outro caso (fórmula 15)

A Norma (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 96) ainda


ressalta que “Pode ser adotada redistribuição fora dos limites estabelecidos nesta Norma,
desde que a estrutura seja calculada mediante o emprego de análise não linear ou de análise
plástica, com verificação explícita da capacidade de rotação das rótulas plásticas.”.

4.4 DOMÍNIOS DE ESTADO-LIMITE ÚLTIMO DE UMA SEÇÃO


TRANSVERSAL – SOLICITAÇÕES NORMAIS

A figura 8 mostra as possíveis configurações últimas do diagrama de deformações específicas


ao longo da seção transversal de uma peça de concreto armado sujeita a solicitações normais.

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Figura 8 – Domínios de estado-limite último de uma seção transversal

(fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 118)

Os valores a serem adotados para os parâmetros εc2 e εcu segundo a NBR 6118/2014
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 30) são definidos a
seguir,

a) para concretos de classes até C50:

εc2 = 2,00/00 e εcu = 3,50/00 (fórmula 16)

b) para concretos de classes C50 até C90:

εc2 = 2,00/00 + 0,0850/00.(fck – 50)0,53 (fórmula 17)

εcu = 2,60/00 + 350/00.[(90 – fck)/100]4 (fórmula 18)

Onde:
εc2 = deformação específica de encurtamento do concreto no início do patamar plástico;
εcu = deformação específica de encurtamento do concreto na ruptura;
fck = resistência característica à compressão do concreto.

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Já a Norma de 2007 considerava os valores de εc2 e εcu constantes e iguais a 2,00/00 e 3,50/00,
respectivamente.

Na NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p.


126), indica-se que caso seja adotada armadura de compressão nas vigas é necessário garantir
boas condições de ductilidade.

A introdução da armadura de compressão para garantir o atendimento de valores


menores da posição da linha neutra (x), que estejam nos domínios 2 ou 3, não
conduz a elementos estruturais com ruptura frágil. A ruptura frágil está associada a
posições da linha neutra no domínio 4, com ou sem armadura de compressão.

A NBR 6118/2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007, p.


109), faz a mesma consideração com a ressalva de que “Nas vigas, principalmente nas zonas
de apoio, ou quando feita redistribuição de esforços, é importante garantir boas condições de
ductilidade [...]”.

4.5 SOLICITAÇÕES NORMAIS – ESTADOS-LIMITES DE SERVIÇO

De acordo com a NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2014, p. 128), “Nos estados-limites de serviço as estruturas trabalham
parcialmente no estádio I e parcialmente no estádio II. A separação entre esses dois
comportamentos é definida pelo momento de fissuração.”. Para o cálculo desse momento se
utiliza a seguinte expressão aproximada:

Mr = αfctIc/yt (fórmula 19)

Onde:
α = 1,2 para seções T ou duplo T;
α = 1,3 para seções I ou T invertido;
α = 1,5 para seções retangulares;
α = fator que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na flexão com a resistência
à tração direta;
yt = distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada;
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Ic = momento de inércia da seção bruta de concreto;


fct = resistência à tração direta do concreto, com o quantil apropriado a cada verificação
particular

No caso da NBR 6118/2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2007, p. 112), a única diferença é que ela considerava apenas α = 1,2 para seções T ou duplo
T e α = 1,5 para seções retangulares, não determinando α para seções I ou T invertido.

Segundo a NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,


2014, p. 128), indica-se que para a avaliação aproximada da flecha em vigas

O modelo de comportamento da estrutura pode admitir o concreto e o aço como


materiais de comportamento elástico e linear, de modo que as seções ao longo do
elemento estrutural possam ter as deformações específicas determinadas no estádio
I, desde que os esforços não superem aqueles que dão início à fissuração, e no
estádio II, em caso contrário.

4.6 ARMADURAS MÁXIMAS, MÍNIMAS E DE PELE

De acordo com a NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, 2014, p. 134), e a NBR 6118/2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2007, p. 117), “A armadura mínima de tração, em elementos
estruturais armados ou protendidos deve ser determinada pelo dimensionamento da seção a
um momento fletor mínimo dado pela expressão a seguir, respeitada a taxa mínima absoluta
de 0,15 %:”

Md,mín = 0,8W0 fctk,sup (fórmula 20)

Onde:
W0 = é o módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra mais
tracionada;
fctk,sup = é a resistência característica superior do concreto à tração.

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Alternativamente, a armadura mínima pode ser considerada atendida se forem respeitadas as


taxas mínimas de armadura longitudinal, como pode-se observar na tabela 1 para Norma de
2014, ou tabela 2 para Norma de 2007.

Tabela 1 – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas

(fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 134)

Tabela 2 – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas

(fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007, p. 117)

As considerações para a armadura de pele segundo a NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 136), são de que:
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35

A mínima armadura lateral deve ser 0,10 % Ac,alma em cada face da alma da viga e
composta por barras de CA-50 ou CA-60, com espaçamento não maior que 20 cm e
devidamente ancorada nos apoios, [...], não sendo necessária uma armadura superior
a 5 cm2/m por face.

Em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da
armadura de pele.

As armaduras principais de tração e de compressão não podem ser computadas no


cálculo da armadura de pele.

A NBR 6118/2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007, p.


119), informa que

A mínima armadura lateral deve ser 0,10% Ac,alma em cada face da alma da viga e
composta por barras de aderência (η1 ≥ 2,25) com espaçamento não maior que 20
cm, [...].

Em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da
armadura de pele.

Para a NBR 6118/2007 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2017, p.


119), e a NBR 6118/2014 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014,
p. 136), “A soma das armaduras de tração e de compressão (As + As’) não pode ter valor
maior que 4% Ac (área da seção transversal do concreto) , calculada na região fora da zona de
emendas.”.

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5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA ESTRUTURA

Este trabalho apresenta um estudo dos impactos decorrentes da revisão da Norma Brasileira
que trata do projeto de estruturas em concreto armado, no que se refere a redistribuição de
momentos e condições de ductilidade de vigas hiperestáticas. Para isso foi realizado o
dimensionamento de uma viga e sua análise estrutural (flexão simples).

Foi realizado uma análise linear com redistribuição de momentos da viga V1, indicada na
figura 9. Essa viga se encontra com suas extremidades sobre apoios simples (de primeira
ordem), e um apoio central de segunda ordem. Essa viga sustenta duas cargas concentradas
nos pontos médios de seus tramos e uma carga distribuída ao longo de toda viga.

Figura 9 – Viga hiperestática V1

(fonte: elaborada pelo autor)

É uma viga de seção retangular com base de 15cm e altura de 45cm. Admite-se a viga V1 em
ambiente interno (Classe de Agressividade Ambiental I para ambientes urbanos) e
participante de uma estrutura de nós fixos, aço CA-50. O cobrimento é de 2,5cm. O d’
(distância entre o CG da armadura de flexão e a face externa da viga) foi considerado como
3,5cm.

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A análise estrutural foi realizada seguindo as orientações da NBR 6118/2007 e da NBR


6118/2014, para isto foi realizada diferentes combinações de carregamento, variações do fck
do concreto e do coeficiente de redistribuição. Os carregamentos escolhidos são em função de
se obter o mais próximo de uma armadura mínima (Asmín), uma armadura dupla (As + As’) e
uma armadura máxima (Amáx). O fck varia de 20MPa até 50MPa, pois a Norma de 2007 é
válida para concretos até 50MPa apenas. O coeficiente de redistribuição varia de 0,75 à 0,99.

5.1 CÁLCULO SEGUNDO A NBR 6118/2007 E NBR 6118/2014

Para o dimensionamento à flexão simples de uma viga de concreto armado, conhecidas as


dimensões da seção transversal (b, h, d e d’) e as resistências dos materiais, no caso aço e
concreto (fck e fyk), o objetivo é determinar a área das armaduras longitudinais que equilibram,
em conjunto com o concreto, o momento fletor de serviço (Mk). (ARAÚJO, 2003, p. 98).

O dimensionamento foi feito no estado limite último, estádio 3, considerando que o concreto
não resiste mais à tração (neste estádio a zona comprimida encontra-se plastificada e o
concreto dessa região está na iminência da ruptura).

Na figura 10 encontra-se um esquema simplificado das solicitações envolvidas, onde Rcc =


αcby fcd, Rsd = Asfyd, 0,4x = 0,5y e Z = d - 0,5y. Basicamente, as incógnitas do problema são: a
área de aço tracionada (As) e a dimensão da altura da zona comprimida (y). O valor de y pode
ser determinado pela equação de equilíbrio de momentos e As pelo equilíbrio de forças
(ARAÚJO, 2003, p. 89-91).

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Figura 10 – Deformações, tensões e resultantes das tensões na seção transversal

(fonte: ARAÚJO, 2003, p. 88)

Equações de equilíbrio de acordo com a figura 10:

∑ F = 0 → 0 = αc b y fcd - As fyd → As (fórmula 21)

∑ MAs = 0 → Md = αc b y fcd (d - 0,5y) → y (fórmula 22)

Onde:
d = altura útil da seção transversal
b = largura da viga
Md = momento fletor externo
αc = 0,85 (para concretos do grupo 1)
fcd = resistência de cálculo à compressão do concreto (fck / 1,4)
fyd = resistência de cálculo ao escoamento do aço de armadura passiva (fyk / 1,15)
y = altura do diagrama retangular (y= λx)
λ= 0,8 (para concretos do grupo 1)
As = área de aço tracionada
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Pela Norma de 2007, para o momento positivo, após determinar o valor de y pela equação de
equilíbrio (fórmula 22), se calcula o valor de ylim = ymáx, aplicando-se as equações de
equilíbrio na figura 11 (ARAÚJO, 2003, p. 86). Quando o momento for negativo (na região
dos apoios), deve-se levar em consideração os cálculos de redistribuição de momentos e
condições de ductilidade vistos no item 4.2 (fórmulas 6 e 7).

Já pela Norma de 2014 após determinar o valor de y pela equação de equilíbrio (fórmula 22),
se calcula o valor de ylim (fórmula 23) e do ydúctil. O cálculo do ydúctil, quando o momento for
positivo, segue as orientações descritas no item 4.3 (fórmulas 10 e 11), que fornece o valor de
x, com isso se calcula ydúctil= λx (sendo que λ=0,8 para concretos do grupo 1). O cálculo do
ydúctil, quando o momento for negativo, segue as orientações descritas no item 4.3 (fórmulas
12 e 13), que fornece o valor de x e com isso se calcula ydúctil= λx (sendo que λ=0,8 para
concretos do grupo 1), e considerando que depende do coeficiente de redistribuição adotado
(δ). O ymáx é o menor valor entre ylim e ydúctil.

Se o valor de y < ymáx indica que a seção está nos domínios 2 ou 3 de deformação (armadura
simples) e, substitui-se este valor na equação de equilíbrio de forças, chegando-se ao valor de
As.

ylim = λ [εcu / (εyd + εcu)] d (fórmula 23)

Onde:
λ = 0,8 (para concretos do grupo 1)
εcu = 3,5 ‰ (para concretos do grupo 1)

Caso contrário onde o valor de y > ymáx deve-se colocar uma armadura na zona comprimida
As’ para ajudar o concreto a resistir aos esforços de compressão. Neste caso não convém o
dimensionamento com armadura simples, deve-se projetar armadura dupla. Para isso, fixa-se
a posição da linha neutra, xlim pela Norma de 2007 e xmáx pela de 2014, e se introduz uma
armadura localizada na zona comprimida, As’, o mais afastado possível da linha neutra. O
momento Mdlim é definido como o momento que pode ser absorvido pela viga no limite do
domínio 3 ou no limite dúctil, ou seja, quando y = ymáx = λ xlim (considerando λ=0,8 para

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concretos do grupo 1). Para se obter Mdlim, se faz o equilíbrio de momentos da figura 11.
Onde Rcclim = αcbymáx fcd e 0,4xlim = 0,5ymáx e Zlim = d - 0,5ymáx (ARAÚJO, 2003, p. 86-87).

Figura 11 – Momento solicitante e resultantes das tensões

(fonte: ARAÚJO, 2003, p. 86)

Equação de equilíbrio de momentos da figura 11:

∑ M = 0 → Mdlim = αc b ymáx fcd (d – 0,5ymáx) (fórmula 24)

Onde:
αc = 0,85 (para concretos do grupo 1)

Para o caso da armadura dupla as resultantes das tensões na seção ficam de acordo com a
figura 12, onde R’sd = As’ σ2, Rsd = As fyd, Zlim = d - 0,5ymáx e Rcclim = αcbymáx fcd (ARAÚJO,
2003, p. 92-97).

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Figura 12 – Deformações e resultantes das tensões na seção

(fonte: ARAÚJO, 2003, p. 93)

Equações de equilíbrio segundo a figura 12:

∑ F = 0 → 0 = αc b ymáx fcd + As’ σ2 - As fyd → As (fórmula 25)

∑ MAs = 0 → Md = Mdlim + As’ σ2 (d – d’) → As’ (fórmula 26)

A tensão σ2 da armadura de compressão As’ deve ser determinada pelo diagrama tensão-
deformação do aço empregado, tendo-se calculado a deformação ε2 a partir da equação de
compatibilidade de deformações (ARAÚJO , 2003, p. 93-94).

ε2 = 0,0035 [(ymáx – 0,8d’) / ymáx ] (fórmula 27)

σ2 = Es ε2 ≤ fyd (fórmula 28)

Onde:
Es = módulo de elasticidade do aço 21.000MPa

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5.2 ARMADURAS MÁXIMAS E MÍNIMAS

As armaduras máximas e mínimas seguem as diretrizes vistas no capítulo 4, item 4.6. A


armadura máxima para a viga V1 é de 4% da Ac (área de concreto da seção transversal), ou
seja 27 cm². A armadura mínima pode ser observada na tabela 3.

Tabela 3 – Armaduras mínimas de acordo com cada Norma

Armadura mínima em cm²


fck NBR2007 NBR2014
20 1,0125 1,0125
25 1,0125 1,0125
30 1,16775 1,0125
35 1,35675 1,107
40 1,5525 1,20825
45 1,74825 1,3095
50 1,944 1,404
(fonte: elaborada pelo autor)

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6 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados gerados pelos cálculos podem ser divididos, de uma forma geral, em três
grupos. O primeiro grupo é o qual a viga V1 está carregada por uma carga pequena a fim de
se obter resultados próximos a uma armadura mínima (5 kN/m + 2x20 kN). No segundo
grupo a viga está carregada por uma carga média (20 kN/m + 2x100 kN) e o terceiro por uma
carga elevada (30 kN/m + 2x200 kN) a fim de se obter a relação na armadura máxima.

6.1 PRIMEIRO CARREGAMENTO

A viga V1, apresentada no capítulo 5, foi carregada com uma carga de 5 kN/m distribuída ao
longo de toda a viga e duas cargas concentradas de 20 kN, como se pode observar na figura
13. Após este carregamento gerou-se o diagrama de momentos pelo software Ftool (figura
14).

Figura 13 – Viga V1 com carregamento de 5 kN/m + 2x20 kN

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 14 – Diagrama de momentos da viga da figura 13 (em kN.m)

(fonte: elaborado pelo autor)

Após foram aplicadas as diretrizes para a redistribuição de momentos e as condições de


ductilidade de acordo com cada Norma (item 4.2 e item 4.3). Os resultados dessas
redistribuições de momentos podem ser observados na tabela 4, em função do coeficiente de
redistribuição.

Tabela 4 – Momentos em função do coeficiente de redistribuição adotado


Carga 5 kN/m + 2x20 kN
Coeficiente de Momento Momento
redistribuição (δ) Positivo (kN.m) Negativo (kN.m)
0,75 20,6 18,8
0,8 20 20
0,85 19,4 21,3
0,9 18,7 22,5
0,95 18,1 23,8
0,99 17,6 24,8
(fonte: elaborada pelo autor)

Com posse dos momentos solicitantes da viga da figura 13, foi calculada a armadura
necessária seguindo as diretrizes de cada Norma. Essas diretrizes são observadas no capítulo
5, item 5.1 para a Norma de 2007 e no item 5.2 para a Norma de 2014. Respeitando-se sempre
os limites de armadura máxima e mínima (item 5.3). Os resultados são apresentados nos
gráficos das figuras 15 a 20 (Astotal x fck) de acordo com cada coeficiente de redistribuição. Os

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cálculos indicaram necessidade de armadura simples para todos os momentos em ambas as


Normas.

Figura 15 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,75)

(fonte: elaborado pelo autor)

Figura 16 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,80)

(fonte: elaborado pelo autor)

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Figura 17 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,85)

(fonte: elaborado pelo autor)

Figura 18 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,90)

(fonte: elaborado pelo autor)

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Figura 19 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,95)

(fonte: elaborado pelo autor)

Figura 20 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,99)

(fonte: elaborado pelo autor)

Como se pode observar pelos gráficos, os valores de cálculo das armaduras necessárias para
este primeiro carregamento deram iguais tanto pela Norma de 2007 quanto pela de 2014. Isto
se dá pelo fato de não ter ocorrido mudanças nos cálculos para armadura simples.
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6.2 SEGUNDO CARREGAMENTO

A viga V1, apresentada no capítulo 5, foi carregada com uma carga de 20 kN/m distribuída ao
longo de toda a viga e duas cargas concentradas de 100 kN, como se pode observar na figura
21. Após este carregamento gerou-se o diagrama de momentos pelo software Ftool (figura
22).

Figura 21 – Viga V1 com carregamento de 20 kN/m e 2x100 kN

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 22 – Diagrama de momentos da viga da figura 21 (em kN.m)

(fonte: elaborada pelo autor)


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Após foram aplicadas as diretrizes para a redistribuição de momentos e as condições de


ductilidade de acordo com cada Norma (item 4.2 e item 4.3). Os resultados dessas
redistribuições de momentos podem ser observados na tabela 5, em função do coeficiente de
redistribuição.

Tabela 5 – Momentos em função do coeficiente de redistribuição adotado

Carga 20 kN/m + 2x100 kN


Coeficiente de Momento Momento
redistribuição (δ) Positivo (kN.m) Negativo (kN.m)
0,75 96,8 86,3
0,8 94 92
0,85 91,1 97,8
0,9 88,3 103,5
0,95 85,3 109,3
0,99 83 113,9
(fonte: elaborada pelo autor)

Com posse dos momentos solicitantes da viga da figura 21, foi calculada a armadura
necessária seguindo as diretrizes de cada Norma. Essas diretrizes são observadas no capítulo
5, item 5.1 para a Norma de 2007 e no item 5.2 para a Norma de 2014. Respeitando-se sempre
os limites de armadura máxima e mínima (item 5.3). Os resultados são apresentados de duas
formas nos gráficos das figuras 23 a 34 de acordo com cada coeficiente de redistribuição.
Primeiro se tem armaduras totais pela resistência do concreto seguidos dos gráficos de
armaduras de tração e compressão pela resistência do concreto para os diferentes momentos
solicitantes

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Figura 23 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,75)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 24 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,75)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 25 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,80)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 26 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,80)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 27 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,85)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 28 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,85)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 29 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,90)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 30 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,90)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 31 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,95)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 32 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,95)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 33 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,99)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 34 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,99)

(fonte: elaborada pelo autor)

Para este carregamento pode-se observar que nos momentos positivos quando as armaduras
dão valores diferentes é porque está se utilizando armadura dupla, quando são de iguais
valores está no caso de armaduras simples, onde não houve mudanças nos cálculos. Nos
momentos negativos para fck≤35 MPa as duas Normas são iguais, elas se diferem apenas a
partir de fck>35MPa.
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6.3 TERCEIRO CARREGAMENTO

A viga V1, apresentada no capítulo 5, foi carregada com uma carga de 30 kN/m distribuída ao
longo de toda a viga e duas cargas concentradas de 200 kN, como se pode observar na figura
35. Após este carregamento gerou-se o diagrama de momentos pelo software Ftool (figura
36).

Figura 35 – Viga V1 com carregamento de 30 kN/m e 2x200 kN

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 36 – Diagrama de momentos da viga da figura 35 (em kN.m)

(fonte: elaborada pelo autor)


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Após foram aplicadas as diretrizes para a redistribuição de momentos e as condições de


ductilidade de acordo com cada Norma (item 4.2 e item 4.3). Os resultados dessas
redistribuições de momentos podem ser observados na tabela 6, em função do coeficiente de
redistribuição.

Tabela 6 – Momentos em função do coeficiente de redistribuição adotado

Carga 30 kN/m + 2x200 kN


Coeficiente de Momento Momento
redistribuição (δ) Positivo (kN.m) Negativo (kN.m)
0,75 181,2 157,5
0,8 176 168
0,85 170,8 178,5
0,9 165,5 189
0,95 160,3 199,5
0,99 156,1 207,9
(fonte: elaborada pelo autor)

Com posse dos momentos solicitantes da viga da figura 35, foi calculada a armadura
necessária seguindo as diretrizes de cada Norma. Essas diretrizes são observadas no capítulo
5, item 5.1 para a Norma de 2007 e no item 5.2 para a Norma de 2014. Respeitando-se sempre
os limites de armadura máxima e mínima (item 5.3). Os resultados são apresentados nos
gráficos das figuras 37 a 48 em função da armadura total (Astotal x fck) em seguida as
armaduras de tração e compressão ambos de acordo com cada coeficiente de redistribuição.

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Figura 37 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,75)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 38 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,75)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 39 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,80)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 40 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,80)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 41 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,85)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 42 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,85)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 43 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,90)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 44 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,90)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 45 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,95)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 46 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,95)

(fonte: elaborada pelo autor)

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Figura 47 – Gráfico da relação Astotal x fck (δ =0,99)

(fonte: elaborada pelo autor)

Figura 48 – Gráfico da relação A x fck (δ =0,99)

(fonte: elaborada pelo autor)

Observa-se que, para muitas situações, a área total de armadura da viga ultrapassou o valor
máximo, inviabilizando a utilização da viga nestas situações.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As alterações no texto da Norma, principalmente no que se refere à redistribuição de


momentos e condições de ductilidade, trouxeram importantes mudanças que afetaram também
a forma de cálculo na análise da estrutura. Na NBR 6118/2007 os limites para redistribuição
de momentos e condições de ductilidade requeriam uma atenção especial somente nas regiões
de apoio das vigas ou de outras ligações entre elementos estruturais, ou seja, nas regiões nas
quais se tinha momentos negativos. Já a NBR 6118/2014 suprimiu de seu texto a referência às
regiões de apoios de vigas ou de outras ligações entre elementos estruturais, com isso as
condições de ductilidade devem ser analisadas em toda a viga, nos momentos positivos e
negativos.

Os limites para armadura mínima também sofreram um ajuste. A Norma de 2014 diminuiu, de
uma forma geral, a quantidade mínima de armadura necessária. Esta mudança pode ser
observada nos gráficos do primeiro carregamento. Para este primeiro carregamento os valores
das armaduras totais são iguais tanto para a Norma de 2007 quanto para à de 2014, isto se dá
pelo fato de não ter ocorrido modificações de cálculo para os casos de armadura simples. No
gráfico da figura 15, pode-se observar que para a armadura do momento positivo, pela Norma
de 2007, o valor de Astotal calculado era menor que Asmín para os concretos com fck 45MPa e
50MPa. O mesmo ocorreu no momento negativo pela Norma de 2007, para os fck 40, 45 e
50MPa. Quando se observa os mesmos resultados pela Norma de 2014, todos os valores de
Astotal calculados são maiores que o Asmín requerido pela nova versão da Norma. Isto ocorreu
também nos gráficos das figuras 16 à 18, para diferentes fck. Já nos gráficos das figuras 19 e
20, independente do fck, os valores de Astotal calculados para os momentos negativos são
maiores que Asmín para as duas versões da Norma. Agora quando se analisa os momentos
positivos, vê-se que para os fck 40, 45 e 50MPa, a Norma de 2007 tem um Asmín maior que o
Astotal.

No caso do segundo carregamento, foi necessário empregar armadura dupla em algumas


situações e é quando se tem a maior diferença entre as normas. Analisando o momento
positivo se pode observar que quando se calcula as armaduras pela Norma de 2014 e vai se
aumentando o fck ela demora mais para entrar nos casos de armadura simples que a de 2007.
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Isto se dá justamente pelo fato de ter ocorrido a supressão da expressão que pedia uma
atenção especial dos cálculos da ductilidade nas regiões de apoio das vigas ou de outras
ligações entre elementos estruturais. Com isto se introduz no cálculo do momento positivo
uma nova variável que é o ydúctil, este por sua vez é sempre menor que o ylim, que antes era
utilizado pela Norma de 2007. Neste caso, com a diminuição do ymáx (menor valor entre ydúctil
e ylim) se tem a necessidade de usar uma armadura dupla em mais casos, acarretando uma
armadura maior. No caso do momento negativo, para as duas Normas se tem o ydúctil (e o ymáx
que é o menor valor entre ydúctil e ylim, a relação do ymáx pode ser observada no gráfico da
figura 49). A diferença está nos limites do fck utilizado para as expressões, no caso de
redistribuição de momentos. A fórmula 6 (capítulo 4, item 4.2) pela Norma de 2007 era válida
para concretos até 35MPa, pela Norma de 2014 a mesma expressão (fórmula 12, capítulo 4,
item 4.3) é válida para concretos até 50MPa. Pode-se observar nos gráficos que no cálculo das
armaduras totais (Astotal), para os momentos negativos, se tem os mesmos resultados para as
duas versões da Norma até concretos com resistência de 35MPa. Após isso a Norma de 2007
muda sua expressão de cálculo de redistribuição de momentos para a fórmula 7 (capítulo 4,
item 4.2), enquanto que a de 2014 permanece na fórmula 12 até 50MPa. Com isto se pode
verificar que pela Norma de 2014 a quantidade de aço (Astotal) tende a diminuir seu valor com
o aumento do fck. Já a Norma de 2007 diminui a quantidade de aço necessária (A stotal) até o fck
= 35MPa, após isso ocorre um ganho na quantidade de armadura para o fck = 40MPa e tende a
voltar a diminuir até o fck = 50MPa.

Figura 49 – Relação do ymáx para os momentos negativos

(fonte: elaborada pelo autor)


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Estes resultados podem ser observados no gráfico da figura 23 e 24. Para o momento positivo
e um fck = 20MPa se tem uma armadura dupla de Astotal = 11,68cm² pela Norma de 2007 e uma
armadura dupla de Astotal = 12,27cm² pela de 2014, ou seja a Norma de 2014 necessita de
5,05% a mais da quantidade total de aço que a de 2007, para este caso. Com o aumento do fck
para 25MPa a armadura pela Norma de 2007 passa a ser uma armadura simples e agora igual
a Astotal = 10,35cm² e pela Norma de 2014 continua uma armadura dupla de Astotal = 11,07cm²,
neste caso a Norma de 2014 necessita de 6,95% a mais de armadura total que a de 2007.
Quando se observa o momento negativo se tem armaduras de iguais valores até 35MPa. Para
fck = 40MPa se tem uma armadura dupla igual a Astotal = 12,26cm² pela Norma de 2007 e uma
armadura dupla igual a Astotal = 8,75cm² pela Norma de 2014, neste caso a Norma de 2014
necessita de 28,63% a menos de armadura total que a de 2007. Resultados semelhantes podem
ser observados nos gráficos das figuras 25 à 34.

Para o terceiro carregamento que é mais robusto e exige mais da viga, se pode observar alguns
fatos importantes. No caso do gráfico da figura 37 e 38 se observa que para o fck de 20MPa a
armadura para o momento positivo segundo a Norma de 2014 ultrapassa o limite da armadura
máxima, enquanto que a armadura segundo a Norma de 2007 é inferior a este limite. Isto se
dá pelo fato de que com um ymáx menor (Norma de 2014) se necessita de uma armadura maior
(a Norma de 2014 necessita de 2,21% a mais de armadura que a de 2007 para este caso), que
neste caso acabou por ultrapassar o limite máximo aceito. Quando se observa o momento
negativo a armadura segundo a Norma de 2014 está dentro dos limites para todos fck
estudados. Porém a Norma de 2007 ultrapassa o valor da armadura máxima justamente nos f ck
maiores que 35MPa. É neste instante que a Norma de 2007 muda sua expressão de cálculo
(fórmula 6 para fórmula 7) a qual diminui o valor de ymáx, necessitando um maior ganho de
armadura, e após isso com o aumento do fck a armadura tende a diminuir (nestes casos a
armadura pela Norma de 2014 chega a ser até 23,7% menor que a de 2007). No gráfico da
figura 39 e 40 todas as armaduras estão dentro dos limites. Nos gráficos das figuras 41, 42, 43
e 44 apenas a armadura do momento negativo segundo a Norma de 2014 ultrapassa, para
alguns fck, o limite estabelecido. Nos gráficos seguintes com o aumento do fator de redução,
aumenta-se o momento negativo solicitante e diminui-se o momento positivo, com isto a
armadura para os momentos positivos ficam dentro dos limites para as duas Normas. Já para
os momentos negativos ela acaba extrapolando na maioria dos fck estudados.

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Outra relação importante que teve significativa variabilidade nesta mudança de Norma foi o
valor da deformação da armadura comprimida, ε2. Esta variação ocorre devido ao fato que ε2
depende do valor de ymáx. Nos cálculos pela Norma de 2014 em nenhum momento o valor de
ε2 ficou abaixo do patamar de escoamento do aço escolhido, CA50. Já pela Norma de 2007 o
valor de ε2 ficou abaixo do patamar do aço CA50 para dois coeficientes de redução,
respectivamente para δ = 0,75 e δ = 0,80. Para os concretos com f ck de 20 até 35MPa, ele se
manteve dentro do patamar estabelecido. Porém quando ocorre a mudança de cálculo para f ck
maiores que 35MPa, o valor do ε2 fica abaixo do patamar de escoamento do aço. Para um
fator de redução de 0,75 e fck de 40, 45 e 50MPa, se tem um ε2 = 1,48% e para um fator de
redução igual a 0,80 e fck de 40, 45 e 50MPa, se tem um ε2 = 1,90%. Estes resultados podem
ser analisados na figura 50.

Figura 50 – Relação do ε2 em função do fck e do δ para momentos negativos

(fonte: elaborada pelo autor)

Para o caso analisado neste trabalho pode-se chegar as seguintes considerações gerais. Para os
momentos positivos a nova Norma necessita de mais armadura dupla e nos casos onde se usa
armadura dupla a nova Norma consome mais aço (Astotal é maior, em alguns casos chegando a
mais de 6%). Para os momentos negativos a nova Norma é igual a antiga até concretos com
resistência de 35 MPa, para concretos maiores que 35 MPa a Norma antiga necessita de mais
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armadura dupla, nestes casos ela consome uma quantidade de aço maior que a nova Norma
(Astotal é maior, em alguns casos chegando de 25 a 30% maior que a Norma de 2014).

Quando se analisa as armaduras máximas, embora o valor do limite máximo ter se mantido
sem alterações, se observa que para os momentos positivos a nova Norma tende a ultrapassar
este limite antes da versão antiga. Para os momentos negativos a Norma antiga tende a
ultrapassar o máximo antes da nova versão para fck maiores que 35 MPa e para fck menores ou
iguais a 35 MPa se mantem iguais. Para as armaduras mínimas os valores limites da Norma
antiga eram maiores ou iguais que da nova versão, portanto a antiga Norma necessita usar a
armadura mínima antes da nova Norma.

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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, J. M. de. Curso de concreto armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v.1.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas


de concreto armado - procedimento. Rio de Janeiro, 2007.

_____. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto armado - procedimento. Rio de Janeiro,
2014.

FONTES, F. F. Análise estrutural de elementos lineares segundo a NBR6118:2003. 2005.


120 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005.

GAMINO, A. L. Análise numérica da ductilidade de vigas de concreto armado


convencional e de alto desempenho. 2003. 121 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Civil) – Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista, Ilha
Solteira, 2003.

SILVA, R. R. da. Impacto das Mudanças na Norma NBR 6118 no Dimensionamento de


Estruturas em Concreto Armado de Edifícios. 2008. 77 f. Trabalho de Diplomação
(Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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APÊNDICE A – Resultados de cálculos para o primeiro carregamento

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As informações contidas nas tabelas A1 a A6 apresentam os resultados dos cálculos


realizados em planilha eletrônica para a obtenção das armaduras de aço necessárias para o
primeiro carregamento estudado, de acordo com o coeficiente de redistribuição de momentos.
Todos os cálculos foram feitos seguindo as diretrizes do capítulo 5. Os valores em vermelho
na coluna de Astotal são aqueles que saíram dos limites da armadura mínima. Na coluna do ε2
são valores que estão fora do patamar de escoamento do aço CA50. Os valores de y estão em
cm e de As em cm².

Tabela A1 – Resultados para o primeiro carregamento δ=0,75


Momento Positivo (20,6 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (kN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,75 4,176467 20,10929 3,012663 1,749642 0 1,749642 4,176467 14,4 2,819444 1,749642 0 1,74964151 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,75 3,303128 20,10929 3,012663 1,729719 0 1,729719 3,303128 14,4 2,819444 1,729719 0 1,72971853 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,75 2,732271 20,10929 3,012663 1,716939 0 1,716939 2,732271 14,4 2,819444 1,716939 0 1,71693928 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,75 2,329811 20,10929 3,012663 1,708043 0 1,708043 2,329811 14,4 2,819444 1,708043 0 1,70804271 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,75 2,030766 20,10929 3,012663 1,701492 0 1,701492 2,030766 14,4 2,819444 1,701492 0 1,70149164 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,75 1,799794 20,10929 3,012663 1,696466 0 1,696466 1,799794 14,4 2,819444 1,696466 0 1,69646611 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,75 1,616016 20,10929 3,012663 1,692489 0 1,692489 1,616016 14,4 2,819444 1,692489 0 1,69248862 100
Momento Negativo(18,8 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (kN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,75 3,79232 7,936 2,265121 1,588711 0 1,588711 3,79232 7,936 2,265121 1,588711 0 1,58871127 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,75 3,002745 7,936 2,265121 1,57242 0 1,57242 3,002745 7,936 2,265121 1,57242 0 1,5724197 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,75 2,485593 7,936 2,265121 1,561929 0 1,561929 2,485593 7,936 2,265121 1,561929 0 1,561929 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,75 2,120521 7,936 2,265121 1,554607 0 1,554607 2,120521 7,936 2,265121 1,554607 0 1,55460722 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,75 1,84901 4,864 1,485197 1,549206 0 1,549206 1,84901 7,936 2,265121 1,549206 0 1,54920622 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,75 1,639163 4,864 1,485197 1,545058 0 1,545058 1,639163 7,936 2,265121 1,545058 0 1,54505751 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,75 1,472108 4,864 1,485197 1,541771 0 1,541771 1,472108 7,936 2,265121 1,541771 0 1,54177067 100

(fonte: elaborada pelo autor)

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Tabela A2 – Resultados para o primeiro carregamento com δ=0,80


Momento Positivo (20 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (kN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,8 4,047962 20,10929 3,012663 1,695807 0 1,695807 4,047962 14,4 2,819444 1,695807 0 1,69580704 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,8 3,202728 20,10929 3,012663 1,677143 0 1,677143 3,202728 14,4 2,819444 1,677143 0 1,67714291 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,8 2,649864 20,10929 3,012663 1,665155 0 1,665155 2,649864 14,4 2,819444 1,665155 0 1,66515544 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,8 2,259919 20,10929 3,012663 1,656803 0 1,656803 2,259919 14,4 2,819444 1,656803 0 1,656803 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,8 1,970084 20,10929 3,012663 1,650649 0 1,650649 1,970084 14,4 2,819444 1,650649 0 1,65064896 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,8 1,746175 20,10929 3,012663 1,645926 0 1,645926 1,746175 14,4 2,819444 1,645926 0 1,64592594 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,8 1,567987 20,10929 3,012663 1,642187 0 1,642187 1,567987 14,4 2,819444 1,642187 0 1,64218659 100
Momento Negativo(20 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (kN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,8 4,047962 9,216 2,436632 1,695807 0 1,695807 4,047962 9,216 2,436632 1,695807 0 1,69580704 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,8 3,202728 9,216 2,436632 1,677143 0 1,677143 3,202728 9,216 2,436632 1,677143 0 1,67714291 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,8 2,649864 9,216 2,436632 1,665155 0 1,665155 2,649864 9,216 2,436632 1,665155 0 1,66515544 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,8 2,259919 9,216 2,436632 1,656803 0 1,656803 2,259919 9,216 2,436632 1,656803 0 1,656803 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,8 1,970084 6,144 1,904948 1,650649 0 1,650649 1,970084 9,216 2,436632 1,650649 0 1,65064896 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,8 1,746175 6,144 1,904948 1,645926 0 1,645926 1,746175 9,216 2,436632 1,645926 0 1,64592594 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,8 1,567987 6,144 1,904948 1,642187 0 1,642187 1,567987 9,216 2,436632 1,642187 0 1,64218659 100

(fonte: elaborada pelo autor)

Tabela A3 – Resultados para o primeiro carregamento com δ=0,85


Momento Positivo (19,4 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (kN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,85 3,919915 20,10929 3,012663 1,642164 0 1,642164 3,919915 14,4 2,819444 1,642164 0 1,6421643 100
25 5kn/m+(2x20kN) 0,85 3,102601 20,10929 3,012663 1,62471 0 1,62471 3,102601 14,4 2,819444 1,62471 0 1,62471035 100
30 5kn/m+(2x20kN) 0,85 2,567638 20,10929 3,012663 1,613486 0 1,613486 2,567638 14,4 2,819444 1,613486 0 1,61348559 100
35 5kn/m+(2x20kN) 0,85 2,190156 20,10929 3,012663 1,605658 0 1,605658 2,190156 14,4 2,819444 1,605658 0 1,60565802 100
40 5kn/m+(2x20kN) 0,85 1,909499 20,10929 3,012663 1,599887 0 1,599887 1,909499 14,4 2,819444 1,599887 0 1,59988729 100
45 5kn/m+(2x20kN) 0,85 1,692632 20,10929 3,012663 1,595457 0 1,595457 1,692632 14,4 2,819444 1,595457 0 1,5954565 100
50 5kn/m+(2x20kN) 0,85 1,520018 20,10929 3,012663 1,591947 0 1,591947 1,520018 14,4 2,819444 1,591947 0 1,59194736 100
Momento Negativo(21,3 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (kN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kn/m+(2x20kN) 0,85 4,326975 10,496 2,566311 1,812693 0 1,812693 4,326975 10,496 2,566311 1,812693 0 1,8126935 100
25 5kn/m+(2x20kN) 0,85 3,42061 10,496 2,566311 1,791239 0 1,791239 3,42061 10,496 2,566311 1,791239 0 1,79123913 100
30 5kn/m+(2x20kN) 0,85 2,828643 10,496 2,566311 1,777499 0 1,777499 2,828643 10,496 2,566311 1,777499 0 1,77749886 100
35 5kn/m+(2x20kN) 0,85 2,411516 10,496 2,566311 1,767943 0 1,767943 2,411516 10,496 2,566311 1,767943 0 1,76794278 100
40 5kn/m+(2x20kN) 0,85 2,101684 7,424 2,179957 1,760911 0 1,760911 2,101684 10,496 2,566311 1,760911 0 1,76091098 100
45 5kn/m+(2x20kN) 0,85 1,862444 7,424 2,179957 1,755519 0 1,755519 1,862444 10,496 2,566311 1,755519 0 1,75551945 100
50 5kn/m+(2x20kN) 0,85 1,672127 7,424 2,179957 1,751254 0 1,751254 1,672127 10,496 2,566311 1,751254 0 1,75125398 100

(fonte: elaborada pelo autor)

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Tabela A4 – Resultados para o primeiro carregamento com δ=0,90


Momento Positivo (18,7 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (kN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kn/m+(2x20kN) 0,9 3,771098 20,10929 3,012663 1,579821 0 1,579821 3,771098 14,4 2,819444 1,579821 0 1,57982074 100
25 5kn/m+(2x20kN) 0,9 2,986129 20,10929 3,012663 1,563718 0 1,563718 2,986129 14,4 2,819444 1,563718 0 1,5637183 100
30 5kn/m+(2x20kN) 0,9 2,471936 20,10929 3,012663 1,553347 0 1,553347 2,471936 14,4 2,819444 1,553347 0 1,55334719 100
35 5kn/m+(2x20kN) 0,9 2,108928 20,10929 3,012663 1,546108 0 1,546108 2,108928 14,4 2,819444 1,546108 0 1,54610788 100
40 5kn/m+(2x20kN) 0,9 1,838938 20,10929 3,012663 1,540767 0 1,540767 1,838938 14,4 2,819444 1,540767 0 1,54076719 100
45 5kn/m+(2x20kN) 0,9 1,630259 20,10929 3,012663 1,536665 0 1,536665 1,630259 14,4 2,819444 1,536665 0 1,53666451 100
50 5kn/m+(2x20kN) 0,9 1,464129 20,10929 3,012663 1,533414 0 1,533414 1,464129 14,4 2,819444 1,533414 0 1,53341395 100
Momento Negativo(22,5 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kn/m+(2x20kN) 0,9 4,586476 11,776 2,667799 1,921406 0 1,921406 4,586476 11,776 2,667799 1,921406 0 1,92140605 100
25 5kn/m+(2x20kN) 0,9 3,62289 11,776 2,667799 1,897165 0 1,897165 3,62289 11,776 2,667799 1,897165 0 1,89716527 100
30 5kn/m+(2x20kN) 0,9 2,994436 11,776 2,667799 1,881682 0 1,881682 2,994436 11,776 2,667799 1,881682 0 1,88168221 100
35 5kn/m+(2x20kN) 0,9 2,551997 11,776 2,667799 1,870933 0 1,870933 2,551997 11,776 2,667799 1,870933 0 1,87093268 100
40 5kn/m+(2x20kN) 0,9 2,223568 8,704 2,374081 1,863032 0 1,863032 2,223568 11,776 2,667799 1,863032 0 1,86303223 100
45 5kn/m+(2x20kN) 0,9 1,970084 8,704 2,374081 1,85698 0 1,85698 1,970084 11,776 2,667799 1,85698 0 1,85698008 100
50 5kn/m+(2x20kN) 0,9 1,768507 8,704 2,374081 1,852195 0 1,852195 1,768507 11,776 2,667799 1,852195 0 1,85219525 100

(fonte: elaborada pelo autor)

Tabela A5 – Resultados para o primeiro carregamento com δ=0,95


Momento Positivo (18,1 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,95 3,644026 20,10929 3,012663 1,526587 0 1,526587 3,644026 14,4 2,819444 1,526587 0 1,52658651 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,95 2,886586 20,10929 3,012663 1,511592 0 1,511592 2,886586 14,4 2,819444 1,511592 0 1,51159175 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,95 2,3901 20,10929 3,012663 1,501922 0 1,501922 2,3901 14,4 2,819444 1,501922 0 1,50192179 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,95 2,039443 20,10929 3,012663 1,495166 0 1,495166 2,039443 14,4 2,819444 1,495166 0 1,49516632 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,95 1,778561 20,10929 3,012663 1,49018 0 1,49018 1,778561 14,4 2,819444 1,49018 0 1,49017969 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,95 1,576877 20,10929 3,012663 1,486347 0 1,486347 1,576877 14,4 2,819444 1,486347 0 1,48634734 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,95 1,416289 20,10929 3,012663 1,48331 0 1,48331 1,416289 14,4 2,819444 1,48331 0 1,48330995 100
Momento Negativo(23,8 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,95 4,869766 13,056 2,749387 2,040084 0 2,040084 4,869766 13,056 2,749387 2,040084 0 2,04008416 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,95 3,843304 13,056 2,749387 2,012587 0 2,012587 3,843304 13,056 2,749387 2,012587 0 2,01258731 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,95 3,174888 13,056 2,749387 1,995077 0 1,995077 3,174888 13,056 2,749387 1,995077 0 1,99507681 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,95 2,704781 13,056 2,749387 1,982943 0 1,982943 2,704781 13,056 2,749387 1,982943 0 1,98294284 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,95 2,356054 9,984 2,518429 1,974037 0 1,974037 2,356054 13,056 2,749387 1,974037 0 1,97403671 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,95 2,087039 9,984 2,518429 1,967221 0 1,967221 2,087039 13,056 2,749387 1,967221 0 1,96722084 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,95 1,873194 9,984 2,518429 1,961836 0 1,961836 1,873194 13,056 2,749387 1,961836 0 1,96183625 100

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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Tabela A6 – Resultados para o primeiro carregamento com δ=0,99


Momento Positivo (17,6 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,99 3,53847 20,10929 3,012663 1,482366 0 1,482366 3,53847 14,4 2,819444 1,482366 0 1,48236637 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,99 2,803837 20,10929 3,012663 1,46826 0 1,46826 2,803837 14,4 2,819444 1,46826 0 1,46825951 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,99 2,322039 20,10929 3,012663 1,459153 0 1,459153 2,322039 14,4 2,819444 1,459153 0 1,45915261 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,99 1,981635 20,10929 3,012663 1,452786 0 1,452786 1,981635 14,4 2,819444 1,452786 0 1,45278615 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,99 1,728319 20,10929 3,012663 1,448084 0 1,448084 1,728319 14,4 2,819444 1,448084 0 1,4480844 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,99 1,532449 20,10929 3,012663 1,44447 0 1,44447 1,532449 14,4 2,819444 1,44447 0 1,4444697 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,99 1,376468 20,10929 3,012663 1,441604 0 1,441604 1,376468 14,4 2,819444 1,441604 0 1,44160402 100
Momento Negativo(24,8 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 5kN/m+(2x20kN) 0,99 5,089245 14,08 2,803977 2,13203 0 2,13203 5,089245 14,08 2,803977 2,13203 0 2,13203032 100
25 5kN/m+(2x20kN) 0,99 4,013772 14,08 2,803977 2,101855 0 2,101855 4,013772 14,08 2,803977 2,101855 0 2,10185455 100
30 5kN/m+(2x20kN) 0,99 3,314301 14,08 2,803977 2,082683 0 2,082683 3,314301 14,08 2,803977 2,082683 0 2,08268297 100
35 5kN/m+(2x20kN) 0,99 2,822735 14,08 2,803977 2,069418 0 2,069418 2,822735 14,08 2,803977 2,069418 0 2,06941773 100
40 5kN/m+(2x20kN) 0,99 2,458285 11,008 2,609738 2,059691 0 2,059691 2,458285 14,08 2,803977 2,059691 0 2,05969134 100
45 5kN/m+(2x20kN) 0,99 2,177251 11,008 2,609738 2,052253 0 2,052253 2,177251 14,08 2,803977 2,052253 0 2,05225338 100
50 5kN/m+(2x20kN) 0,99 1,953919 11,008 2,609738 2,046381 0 2,046381 1,953919 14,08 2,803977 2,046381 0 2,04638077 100

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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APÊNDICE B – Resultados de cálculos para o segundo carregamento

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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As informações contidas nas tabelas B1 a B6 apresentam os resultados dos cálculos realizados


em planilha eletrônica para a obtenção das armaduras de aço necessárias para o segundo
carregamento estudado, de acordo com o coeficiente de redistribuição de momentos. Todos os
cálculos foram feitos seguindo as diretrizes do capítulo 5. Os valores em vermelho na coluna
do ε2 são valores que estão fora do patamar de escoamento do aço CA50. Os valores de y
estão em cm e de As em cm².

Tabela B1 – Resultados para o segundo carregamento com δ=0,75


Momento Positivo (96,8 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,75 29,41996 20,10929 3,012663 10,05205 1,6281 11,68015 29,41996 14,4 2,819444 9,150771 3,118566 12,26934 105,0443031
25 20kN/m+(2x100kN) 0,75 19,76266 20,10929 3,012663 10,34893 0 10,34893 19,76266 14,4 2,819444 9,303645 1,763303 11,06695 106,938094
30 20kN/m+(2x100kN) 0,75 15,34319 20,10929 3,012663 9,641552 0 9,641552 15,34319 14,4 2,819444 9,45652 0,408041 9,86456 102,3129874
35 20kN/m+(2x100kN) 0,75 12,61974 20,10929 3,012663 9,25185 0 9,25185 12,61974 14,4 2,819444 9,25185 0 9,25185 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,75 10,74306 20,10929 3,012663 9,001148 0 9,001148 10,74306 14,4 2,819444 9,001148 0 9,001148 100
45 20kN/m+(2x100kN) 0,75 9,362788 20,10929 3,012663 8,825263 0 8,825263 9,362788 14,4 2,819444 8,825263 0 8,825263 100
50 20kN/m+(2x100kN) 0,75 8,301815 20,10929 3,012663 8,694669 0 8,694669 8,301815 14,4 2,819444 8,694669 0 8,694669 100
Momento Negativo(86,3 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,75 23,46673 7,936 2,265121 7,655637 4,331326 11,98696 23,46673 7,936 2,265121 7,655637 4,331326 11,98696 100
25 20kN/m+(2x100kN) 0,75 16,79054 7,936 2,265121 7,666293 3,510829 11,17712 16,79054 7,936 2,265121 7,666293 3,510829 11,17712 100
30 20kN/m+(2x100kN) 0,75 13,24993 7,936 2,265121 7,67695 2,690331 10,36728 13,24993 7,936 2,265121 7,67695 2,690331 10,36728 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,75 10,98425 7,936 2,265121 7,687607 1,869834 9,557441 10,98425 7,936 2,265121 7,687607 1,869834 9,557441 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,75 9,394861 4,864 1,485197 7,49377 4,766411 12,26018 9,394861 7,936 2,265121 7,698263 1,049337 8,7476 71,34967736
45 20kN/m+(2x100kN) 0,75 8,213567 4,864 1,485197 7,478865 4,035398 11,51426 8,213567 7,936 2,265121 7,70892 0,228839 7,937759 68,93848979
50 20kN/m+(2x100kN) 0,75 7,299241 4,864 1,485197 7,46396 3,304385 10,76834 7,299241 7,936 2,265121 7,644652 0 7,644652 70,9918946

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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Tabela B2 – Resultados para o segundo carregamento com δ=0,80


Momento Positivo (94 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,8 27,55089 20,10929 3,012663 9,805051 1,381087 11,18614 27,55089 14,4 2,819444 8,903768 2,871552 11,77532 105,2670765
25 20kN/m+(2x100kN) 0,8 18,92906 20,10929 3,012663 9,912408 0 9,912408 18,92906 14,4 2,819444 9,056642 1,51629 10,57293 106,6636054
30 20kN/m+(2x100kN) 0,8 14,768 20,10929 3,012663 9,280109 0 9,280109 14,768 14,4 2,819444 9,209516 0,161027 9,370543 100,9744951
35 20kN/m+(2x100kN) 0,8 12,17421 20,10929 3,012663 8,925219 0 8,925219 12,17421 14,4 2,819444 8,925219 0 8,925219 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,8 10,37754 20,10929 3,012663 8,694895 0 8,694895 10,37754 14,4 2,819444 8,694895 0 8,694895 100
45 20kN/m+(2x100kN) 0,8 9,052156 20,10929 3,012663 8,532465 0 8,532465 9,052156 14,4 2,819444 8,532465 0 8,532465 100
50 20kN/m+(2x100kN) 0,8 8,031388 20,10929 3,012663 8,411445 0 8,411445 8,031388 14,4 2,819444 8,411445 0 8,411445 100
Momento Negativo(92 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,8 26,37189 9,216 2,436632 8,233036 4,372519 12,60555 26,37189 9,216 2,436632 8,233036 4,372519 12,60555 100
25 20kN/m+(2x100kN) 0,8 18,35328 9,216 2,436632 8,262334 3,436608 11,69894 18,35328 9,216 2,436632 8,262334 3,436608 11,69894 100
30 20kN/m+(2x100kN) 0,8 14,36506 9,216 2,436632 8,291633 2,500697 10,79233 14,36506 9,216 2,436632 8,291633 2,500697 10,79233 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,8 11,86029 9,216 2,436632 8,320932 1,564785 9,885718 11,86029 9,216 2,436632 8,320932 1,564785 9,885718 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,8 10,11919 6,144 1,904948 8,055479 3,160482 11,21596 10,11919 9,216 2,436632 8,350231 0,628874 8,979105 80,05649436
45 20kN/m+(2x100kN) 0,8 8,832171 6,144 1,904948 8,047934 2,45294 10,50087 8,832171 9,216 2,436632 8,32511 0 8,32511 79,2801603
50 20kN/m+(2x100kN) 0,8 7,839618 6,144 1,904948 8,040389 1,745399 9,785788 7,839618 9,216 2,436632 8,2106 0 8,2106 83,90330854

(fonte: elaborada pelo autor)

Tabela B3 – Resultados para o segundo carregamento com δ=0,85


Momento Positivo (91,10 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,85 25,8734 20,10929 3,012663 9,549225 1,125251 10,67448 25,8734 14,4 2,819444 8,647942 2,615717 11,26366 105,5195439
25 20kN/m+(2x100kN) 0,85 18,09912 20,10929 3,012663 9,477797 0 9,477797 18,09912 14,4 2,819444 8,800816 1,260454 10,06127 106,1562107
30 20kN/m+(2x100kN) 0,85 14,18578 20,10929 3,012663 8,914244 0 8,914244 14,18578 14,4 2,819444 8,914244 0 8,914244 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,85 11,72017 20,10929 3,012663 8,592347 0 8,592347 11,72017 14,4 2,819444 8,592347 0 8,592347 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,85 10,00366 20,10929 3,012663 8,381638 0 8,381638 10,00366 14,4 2,819444 8,381638 0 8,381638 100
45 20kN/m+(2x100kN) 0,85 8,733683 20,10929 3,012663 8,232276 0 8,232276 8,733683 14,4 2,819444 8,232276 0 8,232276 100
50 20kN/m+(2x100kN) 0,85 7,753693 20,10929 3,012663 8,120609 0 8,120609 7,753693 14,4 2,819444 8,120609 0 8,120609 100
Momento Negativo(97,80 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,85 30,17327 10,496 2,566311 8,83806 4,441339 13,2794 30,17327 10,496 2,566311 8,83806 4,441339 13,2794 100
25 20kN/m+(2x100kN) 0,85 20,06882 10,496 2,566311 8,890702 3,394715 12,28542 20,06882 10,496 2,566311 8,890702 3,394715 12,28542 100
30 20kN/m+(2x100kN) 0,85 15,5519 10,496 2,566311 8,943344 2,348091 11,29144 15,5519 10,496 2,566311 8,943344 2,348091 11,29144 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,85 12,78063 10,496 2,566311 8,995987 1,301467 10,29745 12,78063 10,496 2,566311 8,995987 1,301467 10,29745 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,85 10,87471 7,424 2,179957 8,663618 2,443713 11,10733 10,87471 10,496 2,566311 9,048629 0,254842 9,303471 83,75974367
45 20kN/m+(2x100kN) 0,85 9,474494 7,424 2,179957 8,668134 1,670697 10,33883 9,474494 10,496 2,566311 8,930556 0 8,930556 86,37878174
50 20kN/m+(2x100kN) 0,85 8,398958 7,424 2,179957 8,672649 0,897682 9,570332 8,398958 10,496 2,566311 8,796408 0 8,796408 91,91330776

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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Tabela B4 – Resultados para o segundo carregamento com δ=0,90


Momento Positivo (88,3 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,9 24,42425 20,10929 3,012663 9,302221 0,878237 10,18046 24,42425 14,4 2,819444 8,400938 2,368703 10,76964 105,7873856
25 20kN/m+(2x100kN) 0,9 17,3266 20,10929 3,012663 9,073259 0 9,073259 17,3266 14,4 2,819444 8,553812 1,01344 9,567253 105,4445028
30 20kN/m+(2x100kN) 0,9 13,63583 20,10929 3,012663 8,56866 0 8,56866 13,63583 14,4 2,819444 8,56866 0 8,56866 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,9 11,28859 20,10929 3,012663 8,275947 0 8,275947 11,28859 14,4 2,819444 8,275947 0 8,275947 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,9 9,647044 20,10929 3,012663 8,082844 0 8,082844 9,647044 14,4 2,819444 8,082844 0 8,082844 100
45 20kN/m+(2x100kN) 0,9 8,429241 20,10929 3,012663 7,945312 0 7,945312 8,429241 14,4 2,819444 7,945312 0 7,945312 100
50 20kN/m+(2x100kN) 0,9 7,487824 20,10929 3,012663 7,842159 0 7,842159 7,487824 14,4 2,819444 7,842159 0 7,842159 100
Momento Negativo(103,5 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,9 37,00982 11,776 2,667799 9,453066 4,520142 13,97321 37,00982 11,776 2,667799 9,453066 4,520142 13,97321 100
25 20kN/m+(2x100kN) 0,9 21,91263 11,776 2,667799 9,533753 3,367506 12,90126 21,91263 11,776 2,667799 9,533753 3,367506 12,90126 100
30 20kN/m+(2x100kN) 0,9 16,77729 11,776 2,667799 9,61444 2,21487 11,82931 16,77729 11,776 2,667799 9,61444 2,21487 11,82931 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,9 13,71648 11,776 2,667799 9,695127 1,062234 10,75736 13,71648 11,776 2,667799 9,695127 1,062234 10,75736 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,9 11,63681 8,704 2,374081 9,300543 2,008206 11,30875 11,63681 11,776 2,667799 9,749984 0 9,749984 86,21629042
45 20kN/m+(2x100kN) 0,9 10,11919 8,704 2,374081 9,321821 1,117896 10,43972 10,11919 11,776 2,667799 9,538241 0 9,538241 91,36493961
50 20kN/m+(2x100kN) 0,9 8,958472 8,704 2,374081 9,343098 0,227586 9,570685 8,958472 11,776 2,667799 9,3824 0 9,3824 98,03268624

(fonte: elaborada pelo autor)

Tabela B5 – Resultados para o segundo carregamento com δ=0,95


Momento Positivo (85,3 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,95 23,00819 20,10929 3,012663 9,037574 0,61358 9,651154 23,00819 14,4 2,819444 8,136291 2,104045 10,24034 106,1047869
25 20kN/m+(2x100kN) 0,95 16,5271 20,10929 3,012663 8,654591 0 8,654591 16,5271 14,4 2,819444 8,289165 0,748783 9,037948 104,4295307
30 20kN/m+(2x100kN) 0,95 13,05906 20,10929 3,012663 8,206218 0 8,206218 13,05906 14,4 2,819444 8,206218 0 8,206218 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,95 10,83327 20,10929 3,012663 7,942142 0 7,942142 10,83327 14,4 2,819444 7,942142 0 7,942142 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,95 9,269546 20,10929 3,012663 7,766556 0 7,766556 9,269546 14,4 2,819444 7,766556 0 7,766556 100
45 20kN/m+(2x100kN) 0,95 8,106277 20,10929 3,012663 7,64089 0 7,64089 8,106277 14,4 2,819444 7,64089 0 7,64089 100
50 20kN/m+(2x100kN) 0,95 7,205357 20,10929 3,012663 7,546324 0 7,546324 7,205357 14,4 2,819444 7,546324 0 7,546324 100
Momento Negativo(109,3 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,95 - 13,056 2,749387 10,0957 4,626571 14,72227 - 13,056 2,749387 10,0957 4,626571 14,72227 100
25 20kN/m+(2x100kN) 0,95 24,00549 13,056 2,749387 10,20913 3,372625 13,58176 24,00549 13,056 2,749387 10,20913 3,372625 13,58176 100
30 20kN/m+(2x100kN) 0,95 18,09444 13,056 2,749387 10,32256 2,118679 12,44124 18,09444 13,056 2,749387 10,32256 2,118679 12,44124 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,95 14,70426 13,056 2,749387 10,43599 0,864732 11,30073 14,70426 13,056 2,749387 10,43599 0,864732 11,30073 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,95 12,43389 9,984 2,518429 9,983897 1,619131 11,60303 12,43389 13,056 2,749387 10,41783 0 10,41783 89,78541445
45 20kN/m+(2x100kN) 0,95 10,7898 9,984 2,518429 10,02664 0,616228 10,64287 10,7898 13,056 2,749387 10,17035 0 10,17035 95,560264
50 20kN/m+(2x100kN) 0,95 9,538349 9,984 2,518429 9,989718 0 9,989718 9,538349 13,056 2,749387 9,989718 0 9,989718 100

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
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Tabela B6 – Resultados para o segundo carregamento com δ=0,99


Momento Positivo (83 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,99 21,99782 20,10929 3,012663 8,834678 0,410676 9,245354 21,99782 14,4 2,819444 7,933395 1,901141 9,834537 106,3727402
25 20kN/m+(2x100kN) 0,99 15,93212 20,10929 3,012663 8,343026 0 8,343026 15,93212 14,4 2,819444 8,08627 0,545879 8,632148 103,4654297
30 20kN/m+(2x100kN) 0,99 12,62509 20,10929 3,012663 7,933517 0 7,933517 12,62509 14,4 2,819444 7,933517 0 7,933517 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,99 10,48895 20,10929 3,012663 7,689713 0 7,689713 10,48895 14,4 2,819444 7,689713 0 7,689713 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,99 8,983243 20,10929 3,012663 7,526674 0 7,526674 8,983243 14,4 2,819444 7,526674 0 7,526674 100
45 20kN/m+(2x100kN) 0,99 7,860869 20,10929 3,012663 7,409571 0 7,409571 7,860869 14,4 2,819444 7,409571 0 7,409571 100
50 20kN/m+(2x100kN) 0,99 6,990435 20,10929 3,012663 7,321233 0 7,321233 6,990435 14,4 2,819444 7,321233 0 7,321233 100
Momento Negativo(113,90 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 20kN/m+(2x100kN) 0,99 - 14,08 2,803977 10,61981 4,721725 15,34154 - 14,08 2,803977 10,61981 4,721725 15,34154 100
25 20kN/m+(2x100kN) 0,99 25,88429 14,08 2,803977 10,76283 3,390115 14,15294 25,88429 14,08 2,803977 10,76283 3,390115 14,15294 100
30 20kN/m+(2x100kN) 0,99 19,19829 14,08 2,803977 10,90584 2,058506 12,96435 19,19829 14,08 2,803977 10,90584 2,058506 12,96435 100
35 20kN/m+(2x100kN) 0,99 15,51599 14,08 2,803977 11,04885 0,726896 11,77575 15,51599 14,08 2,803977 11,04885 0,726896 11,77575 100
40 20kN/m+(2x100kN) 0,99 13,08284 11,008 2,609738 10,55413 1,331421 11,88555 13,08284 14,08 2,803977 10,96155 0 10,96155 92,22587787
45 20kN/m+(2x100kN) 0,99 11,33282 11,008 2,609738 10,61743 0,241828 10,85925 11,33282 14,08 2,803977 10,68219 0 10,68219 98,36947954
50 20kN/m+(2x100kN) 0,99 10,00622 11,008 2,609738 10,47973 0 10,47973 10,00622 14,08 2,803977 10,47973 0 10,47973 100

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
80

APÊNDICE C – Resultados de cálculos para o terceiro carregamento

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
81

As informações contidas nas tabelas C1 a C6 apresentam os resultados dos cálculos realizados


em planilha eletrônica para a obtenção das armaduras de aço necessárias para o terceiro
carregamento estudado, de acordo com o coeficiente de redistribuição de momentos. Todos os
cálculos foram feitos seguindo as diretrizes do capítulo 5. Os valores em vermelho na coluna
de Astotal são aqueles que extrapolaram os limites da armadura máxima. Na coluna do ε 2 são
valores que estão fora do patamar de escoamento do aço CA50. Os valores de y estão em cm e
de As em cm².

Tabela C1 – Resultados para o terceiro carregamento com δ=0,75


Momento Positivo (181,2 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,75 - 20,10929 3,012663 17,49746 9,073799 26,57125 - 14,4 2,819444 16,59617 10,56426 27,16044 102,2173677
25 30kN/m+(2x200kN) 0,75 - 20,10929 3,012663 17,87565 7,34592 25,22157 - 14,4 2,819444 16,74905 9,209002 25,95805 102,9200324
30 30kN/m+(2x200kN) 0,75 - 20,10929 3,012663 18,25384 5,618041 23,87189 - 14,4 2,819444 16,90192 7,853739 24,75566 103,7021524
35 30kN/m+(2x200kN) 0,75 37,12209 20,10929 3,012663 18,63204 3,890162 22,5222 37,12209 14,4 2,819444 17,05479 6,498477 23,55327 104,5780125
40 30kN/m+(2x200kN) 0,75 25,60392 20,10929 3,012663 19,01023 2,162283 21,17252 25,60392 14,4 2,819444 17,20767 5,143214 22,35088 105,5655394
45 30kN/m+(2x200kN) 0,75 20,97377 20,10929 3,012663 19,38843 0,605571 19,994 20,97377 14,4 2,819444 17,36054 3,787951 21,14849 105,7742027
50 30kN/m+(2x200kN) 0,75 17,95918 20,10929 3,012663 18,80904 0 18,80904 17,95918 14,4 2,819444 17,51342 2,432689 19,94611 106,0453353
Momento Negativo(157,5 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,75 - 7,936 2,265121 13,93659 10,61253 24,54912 - 7,936 2,265121 13,93659 10,61253 24,54912 100
25 30kN/m+(2x200kN) 0,75 - 7,936 2,265121 13,94725 9,792034 23,73928 - 7,936 2,265121 13,94725 9,792034 23,73928 100
30 30kN/m+(2x200kN) 0,75 - 7,936 2,265121 13,9579 8,971537 22,92944 - 7,936 2,265121 13,9579 8,971537 22,92944 100
35 30kN/m+(2x200kN) 0,75 25,28706 7,936 2,265121 13,96856 8,151039 22,1196 25,28706 7,936 2,265121 13,96856 8,151039 22,1196 100
40 30kN/m+(2x200kN) 0,75 20,26648 4,864 1,485197 13,77472 13,52196 27,29668 20,26648 7,936 2,265121 13,97922 7,330542 21,30976 78,06720745
45 30kN/m+(2x200kN) 0,75 17,11067 4,864 1,485197 13,75982 12,79104 26,55086 17,11067 7,936 2,265121 13,98987 6,510045 20,49992 77,20999836
50 30kN/m+(2x200kN) 0,75 14,86975 4,864 1,485197 13,74491 12,06012 25,80504 14,86975 7,936 2,265121 14,00053 5,689548 19,69008 76,30323866

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
82

Tabela C2 – Resultados para o terceiro carregamento com δ=0,80


Momento Positivo (176 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,8 - 20,10929 3,012663 17,03873 8,615059 25,65379 - 14,4 2,819444 16,13745 10,10552 26,24298 102,2966678
25 30kN/m+(2x200kN) 0,8 - 20,10929 3,012663 17,41693 6,88718 24,30411 - 14,4 2,819444 16,29032 8,750262 25,04059 103,0302613
30 30kN/m+(2x200kN) 0,8 - 20,10929 3,012663 17,79512 5,159301 22,95443 - 14,4 2,819444 16,4432 7,395 23,8382 103,8501231
35 30kN/m+(2x200kN) 0,8 32,6542 20,10929 3,012663 18,17332 3,431422 21,60474 32,6542 14,4 2,819444 16,59607 6,039737 22,63581 104,7724211
40 30kN/m+(2x200kN) 0,8 24,27691 20,10929 3,012663 18,55151 1,703543 20,25506 24,27691 14,4 2,819444 16,74895 4,684474 21,43342 105,8176328
45 30kN/m+(2x200kN) 0,8 20,06197 20,10929 3,012663 18,9102 0 18,9102 20,06197 14,4 2,819444 16,90182 3,329212 20,23103 106,9847789
50 30kN/m+(2x200kN) 0,8 17,24538 20,10929 3,012663 18,06146 0 18,06146 17,24538 14,4 2,819444 17,0547 1,973949 19,02864 105,3549624
Momento Negativo(168 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,8 - 9,216 2,436632 14,93742 11,07718 26,0146 - 9,216 2,436632 14,93742 11,07718 26,0146 100
25 30kN/m+(2x200kN) 0,8 - 9,216 2,436632 14,96672 10,14127 25,10799 - 9,216 2,436632 14,96672 10,14127 25,10799 100
30 30kN/m+(2x200kN) 0,8 - 9,216 2,436632 14,99602 9,205354 24,20138 - 9,216 2,436632 14,99602 9,205354 24,20138 100
35 30kN/m+(2x200kN) 0,8 28,85391 9,216 2,436632 15,02532 8,269443 23,29476 28,85391 9,216 2,436632 15,02532 8,269443 23,29476 100
40 30kN/m+(2x200kN) 0,8 22,42997 6,144 1,904948 14,75987 10,44724 25,20711 22,42997 9,216 2,436632 15,05462 7,333531 22,38815 88,81681166
45 30kN/m+(2x200kN) 0,8 18,7354 6,144 1,904948 14,75232 9,739701 24,49202 18,7354 9,216 2,436632 15,08392 6,39762 21,48154 87,70830744
50 30kN/m+(2x200kN) 0,8 16,18898 6,144 1,904948 14,74478 9,032159 23,77694 16,18898 9,216 2,436632 15,11322 5,461709 20,57493 86,53312711

(fonte: elaborada pelo autor)

Tabela C3 – Resultados para o terceiro carregamento com δ=0,85


Momento Positivo (170,8 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,85 - 20,10929 3,012663 16,58001 8,15632 24,73633 - 14,4 2,819444 15,67873 9,646785 25,32551 102,3818503
25 30kN/m+(2x200kN) 0,85 - 20,10929 3,012663 16,95821 6,428441 23,38665 - 14,4 2,819444 15,8316 8,291523 24,12313 103,1491388
30 30kN/m+(2x200kN) 0,85 - 20,10929 3,012663 17,3364 4,700562 22,03696 - 14,4 2,819444 15,98448 6,93626 22,92074 104,0104146
35 30kN/m+(2x200kN) 0,85 30,01806 20,10929 3,012663 17,7146 2,972683 20,68728 30,01806 14,4 2,819444 16,13735 5,580997 21,71835 104,9840734
40 30kN/m+(2x200kN) 0,85 23,05349 20,10929 3,012663 18,09279 1,244804 19,3376 23,05349 14,4 2,819444 16,29023 4,225735 20,51596 106,093647
45 30kN/m+(2x200kN) 0,85 19,19008 20,10929 3,012663 18,08836 0 18,08836 19,19008 14,4 2,819444 16,4431 2,870472 19,31357 106,7734545
50 30kN/m+(2x200kN) 0,85 16,55331 20,10929 3,012663 17,33663 0 17,33663 16,55331 14,4 2,819444 16,59597 1,515209 18,11118 104,4677145
Momento Negativo(178,5 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,85 - 10,496 2,566311 15,95706 11,56063 27,51769 - 10,496 2,566311 15,95706 11,56063 27,51769 100
25 30kN/m+(2x200kN) 0,85 - 10,496 2,566311 16,00971 10,514 26,52371 - 10,496 2,566311 16,00971 10,514 26,52371 100
30 30kN/m+(2x200kN) 0,85 - 10,496 2,566311 16,06235 9,467378 25,52973 - 10,496 2,566311 16,06235 9,467378 25,52973 100
35 30kN/m+(2x200kN) 0,85 34,34315 10,496 2,566311 16,11499 8,420754 24,53574 34,34315 10,496 2,566311 16,11499 8,420754 24,53574 100
40 30kN/m+(2x200kN) 0,85 24,90033 7,424 2,179957 15,78262 9,563 25,34562 24,90033 10,496 2,566311 16,16763 7,37413 23,54176 92,88295626
45 30kN/m+(2x200kN) 0,85 20,49501 7,424 2,179957 15,78714 8,789985 24,57712 20,49501 10,496 2,566311 16,22027 6,327506 22,54778 91,74296593
50 30kN/m+(2x200kN) 0,85 17,58572 7,424 2,179957 15,79165 8,01697 23,80862 17,58572 10,496 2,566311 16,27292 5,280882 21,5538 90,52938193

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
83

Tabela C4 – Resultados para o terceiro carregamento com δ=0,90


Momento Positivo (165,5 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,9 - 20,10929 3,012663 16,11247 7,688758 23,80123 - 14,4 2,819444 15,21119 9,179223 24,39041 102,4754287
25 30kN/m+(2x200kN) 0,9 - 20,10929 3,012663 16,49066 5,960879 22,45154 - 14,4 2,819444 15,36406 7,823961 23,18802 103,2803002
30 30kN/m+(2x200kN) 0,9 - 20,10929 3,012663 16,86886 4,233 21,10186 - 14,4 2,819444 15,51693 6,468698 21,98563 104,1881315
35 30kN/m+(2x200kN) 0,9 27,90884 20,10929 3,012663 17,24705 2,505121 19,75218 27,90884 14,4 2,819444 15,66981 5,113436 20,78324 105,2200287
40 30kN/m+(2x200kN) 0,9 21,8914 20,10929 3,012663 17,62525 0,777242 18,40249 21,8914 14,4 2,819444 15,82268 3,758173 19,58086 106,4032897
45 30kN/m+(2x200kN) 0,9 18,33751 20,10929 3,012663 17,28474 0 17,28474 18,33751 14,4 2,819444 15,97556 2,40291 18,37847 106,3277219
50 30kN/m+(2x200kN) 0,9 15,86834 20,10929 3,012663 16,61925 0 16,61925 15,86834 14,4 2,819444 16,12843 1,047648 17,17608 103,3505226
Momento Negativo(189 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,9 - 11,776 2,667799 16,9955 12,06288 29,05839 - 11,776 2,667799 16,9955 12,06288 29,05839 100
25 30kN/m+(2x200kN) 0,9 - 11,776 2,667799 17,07619 10,91025 27,98644 - 11,776 2,667799 17,07619 10,91025 27,98644 100
30 30kN/m+(2x200kN) 0,9 - 11,776 2,667799 17,15688 9,75761 26,91449 - 11,776 2,667799 17,15688 9,75761 26,91449 100
35 30kN/m+(2x200kN) 0,9 - 11,776 2,667799 17,23756 8,604974 25,84254 - 11,776 2,667799 17,23756 8,604974 25,84254 100
40 30kN/m+(2x200kN) 0,9 27,86352 8,704 2,374081 16,84298 9,550946 26,39393 27,86352 11,776 2,667799 17,31825 7,452338 24,77059 93,84958071
45 30kN/m+(2x200kN) 0,9 22,42997 8,704 2,374081 16,86426 8,660636 25,52489 22,42997 11,776 2,667799 17,39894 6,299702 23,69864 92,84520339
50 30kN/m+(2x200kN) 0,9 19,07549 8,704 2,374081 16,88554 7,770326 24,65586 19,07549 11,776 2,667799 17,47962 5,147067 22,62669 91,77002456

(fonte: elaborada pelo autor)

Tabela C5 – Resultados para o terceiro carregamento com δ=0,95


Momento Positivo (160,3 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,95 - 20,10929 3,012663 15,65375 7,230018 22,88377 - 14,4 2,819444 14,75247 8,720484 23,47295 102,5746741
25 30kN/m+(2x200kN) 0,95 - 20,10929 3,012663 16,03194 5,502139 21,53408 - 14,4 2,819444 14,90534 7,365221 22,27056 103,4200576
30 30kN/m+(2x200kN) 0,95 - 20,10929 3,012663 16,41014 3,77426 20,1844 - 14,4 2,819444 15,05821 6,009959 21,06817 104,3784987
35 30kN/m+(2x200kN) 0,95 26,14812 20,10929 3,012663 16,78833 2,046381 18,83471 26,14812 14,4 2,819444 15,21109 4,654696 19,86578 105,4743025
40 30kN/m+(2x200kN) 0,95 20,81954 20,10929 3,012663 17,16653 0,318502 17,48503 20,81954 14,4 2,819444 15,36396 3,299433 18,66339 106,7392782
45 30kN/m+(2x200kN) 0,95 17,53244 20,10929 3,012663 16,52589 0 16,52589 17,53244 14,4 2,819444 15,51684 1,944171 17,46101 105,6584968
50 30kN/m+(2x200kN) 0,95 15,21468 20,10929 3,012663 15,93466 0 15,93466 15,21468 14,4 2,819444 15,66971 0,588908 16,25862 102,0330457
Momento Negativo(199,5 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,95 - 13,056 2,749387 18,05275 12,58394 30,63669 - 13,056 2,749387 18,05275 12,58394 30,63669 100
25 30kN/m+(2x200kN) 0,95 - 13,056 2,749387 18,16618 11,32999 29,49618 - 13,056 2,749387 18,16618 11,32999 29,49618 100
30 30kN/m+(2x200kN) 0,95 - 13,056 2,749387 18,27961 10,07605 28,35566 - 13,056 2,749387 18,27961 10,07605 28,35566 100
35 30kN/m+(2x200kN) 0,95 - 13,056 2,749387 18,39305 8,822102 27,21515 - 13,056 2,749387 18,39305 8,822102 27,21515 100
40 30kN/m+(2x200kN) 0,95 31,83984 9,984 2,518429 17,94095 9,576501 27,51745 31,83984 13,056 2,749387 18,50648 7,568156 26,07463 94,75672566
45 30kN/m+(2x200kN) 0,95 24,60626 9,984 2,518429 17,98369 8,573598 26,55729 24,60626 13,056 2,749387 18,61991 6,31421 24,93412 93,88805311
50 30kN/m+(2x200kN) 0,95 20,67979 9,984 2,518429 18,02643 7,570694 25,59713 20,67979 13,056 2,749387 18,73334 5,060263 23,79361 92,95421178

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014
84

Tabela C6 – Resultados para o terceiro carregamento com δ=0,99


Momento Positivo (156,1 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,99 - 20,10929 3,012663 15,28324 6,859498 22,14274 - 14,4 2,819444 14,38196 8,349963 22,73192 102,6608378
25 30kN/m+(2x200kN) 0,99 - 20,10929 3,012663 15,66144 5,131619 20,79306 - 14,4 2,819444 14,53483 6,994701 21,52953 103,5419421
30 30kN/m+(2x200kN) 0,99 39,52035 20,10929 3,012663 16,03963 3,40374 19,44337 39,52035 14,4 2,819444 14,68771 5,639438 20,32715 104,5453722
35 30kN/m+(2x200kN) 0,99 24,8749 20,10929 3,012663 16,41783 1,675861 18,09369 24,8749 14,4 2,819444 14,84058 4,284175 19,12476 105,6985023
40 30kN/m+(2x200kN) 0,99 19,99569 20,10929 3,012663 16,75353 0 16,75353 19,99569 14,4 2,819444 14,99346 2,928913 17,92237 106,976677
45 30kN/m+(2x200kN) 0,99 16,90267 20,10929 3,012663 15,93227 0 15,93227 16,90267 14,4 2,819444 15,14633 1,57365 16,71998 104,9440874
50 30kN/m+(2x200kN) 0,99 14,69905 20,10929 3,012663 15,39463 0 15,39463 14,69905 14,4 2,819444 15,2992 0,218387 15,51759 100,7987256
Momento Negativo(207,9 kN.m) NBR 6118
Dados NBR 2007 NBR 2014 As total 2014/As total 2007
Fck (MPa) Carga (KN/m) Fator redução Y Ymax ε2 (%) As As' As total Y Ymax ε2 (%) As As' As total (%)
20 30kN/m+(2x200kN) 0,99 - 14,08 2,803977 18,91209 13,01433 31,92641 - 14,08 2,803977 18,91209 13,01433 31,92641 100
25 30kN/m+(2x200kN) 0,99 - 14,08 2,803977 19,0551 11,68272 30,73782 - 14,08 2,803977 19,0551 11,68272 30,73782 100
30 30kN/m+(2x200kN) 0,99 - 14,08 2,803977 19,19811 10,35111 29,54922 - 14,08 2,803977 19,19811 10,35111 29,54922 100
35 30kN/m+(2x200kN) 0,99 - 14,08 2,803977 19,34112 9,019499 28,36062 - 14,08 2,803977 19,34112 9,019499 28,36062 100
40 30kN/m+(2x200kN) 0,99 38,57749 11,008 2,609738 18,8464 9,624024 28,47042 38,57749 14,08 2,803977 19,48414 7,687889 27,17203 95,43948511
45 30kN/m+(2x200kN) 0,99 26,59939 11,008 2,609738 18,9097 8,534431 27,44413 26,59939 14,08 2,803977 19,62715 6,356279 25,98343 94,67755828
50 30kN/m+(2x200kN) 0,99 22,06627 11,008 2,609738 18,97299 7,444838 26,41783 22,06627 14,08 2,803977 19,77016 5,024669 24,79483 93,85643179

(fonte: elaborada pelo autor)

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Eduardo Pansera Montagna. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2014

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