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Aula 08

Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

CGE
CEARÁ
PETRO

AUDITORIA GOVERNAMENTAL
C o py r i g ht © 2 0 1 8 p o r P r ol u n o AUDITOR DE CONTROLE INTERNO
T o d o s os di r e i t os r e s e r v a d os
PROF. TONYVAN
1 CARVALHO
Aula 08
Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno

Introdução
Bem-vindo, Concursante! É com grande satisfação estar iniciando
nossa nona aula do curso de Auditoria Governamental para Auditor de
Controle Interno da CGE CE. Daremos continuidade com o s Testes e
procedimentos de auditoria (Testes de auditoria. Revisão a nalítica.
Entrevista. Conferência de cálculo. Confirmação. Interpretação das
informações. Observação ).

Feita essa breve introdução, daremos início ao curso, seguindo roteiro


abaixo:

Au la Tem a In í ci o em Pr o gr es so Por cen ta gem


Governança e análise de risco.
Governança no setor público. O papel da
auditoria na estrutura de governança.
Au la 0 Estrutura conceitual de anál ise de risco 12/12 0%
(COSO). Elementos de risco e controle.
Aplicação da estrutura conceitual de
análise de risco. (PARTE 01)
Governança e análise de risco.
Governança no setor público. O papel da
auditoria na estrutura de governança.
Au la 1 Estrutura conceitual de análise de risco 17/12 8%
(COSO). Elementos de risco e controle.
Aplicação da estrutura conceitual de
análise de risco. (PARTE 02)
Nor mas da INTOSAI: Declaração de
Li ma. Códi go de ética e padrões de
auditoria. Auditoria no setor púb lico
Au la 2 22/12 17%
estadual. Operacionalidade. Nor mas
relativas à execução dos trabalhos.
(PARTE 01)
Nor mas da INTOSAI: Declaração de
Li ma. Códi go de ética e padrões de
auditoria. Auditoria no setor público
Au la 3 27/12 25%
estadual. Operacionalidade. Nor mas
relativas à execução dos trabalhos.
(PARTE 02)
Nor mas do IIA: O papel das nor mas de
auditoria. Nor mas int ernacionais para o
exercício profissional da auditoria
interna. Definição de auditoria interna,
independência, prof iciência e zelo
profissional, desenvol vimento
Au la 4 02/01 33%
profissional contínuo, programa de
garantia de qualidade, planej amento,
execução do trabalho de auditoria,
comunicação de resultados,
monitoramento do pr ogresso, resolução
da aceitação dos riscos pela

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Au la Tem a In í ci o em Pr o gr es so Por cen ta gem


administração.
Nor mas vi gentes de auditoria
independente das demonstrações
Au la 5 contábeis emanadas pelo Conselho 07/01 42%
Federal de Contabilidade (CFC): NBC TA
200(R1)

Planej amento. Programas de auditoria.


Au la 6 09/01 50%
Papéis de trabalho.

Amostragem es tatística em auditoria.


Au la 7 18/01 58%
Eventos ou transações subsequentes.

Testes de auditoria. Revisão analítica.


Entrevista. Conferência de cálculo.
Au la 8 20/01 67%
Confir mação. Interpretação das
infor mações. Obser vação.
Procedi mentos de audi toria em áreas
Au la 9 23/01 8% 75%
específicas das demonstrações contábeis.
Nor mas relativas à opinião do auditor.
Au la 1 0 25/01 8% 83%
Relatórios e pareceres de auditoria
Aspectos Gerais de Auditoria
Au la 1 1 31/01 8% 92%
Governamental
Au la 1 2 Si mulado e revis ão em mapas. 02/02 8% 100%

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Testes de auditoria. Revisão analítica. Entrevista.


Conferência de cálculo. Confirmação.
Interpretação das informações. Observação.

1. CONTEXTUALIZAÇ ÃO ................................................................... 5

2. EVIDÊNCI A DE AUDI TORI A ........................................................... 9

3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORI A ................................................16

4. LISTA DE QUESTÕES ..................................................................26

5. QUESTÕES COMENTAD AS ...........................................................31

6. BIBLIOGRAFI A ............................................................................57

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1. Contextualização
O TCU sintetiza o seguin te conceito geral de auditoria:
Audi t o ri a é o p ro c es so s i ste má ti co, doc u ment ad o e i nd epe nd ent e de s e
av a li ar o bj et i v am ent e um a s itu aç ão o u cond iç ão p a ra d e te rmi na r a
ext en s ão na qu al c r it ér io s s ão at end ido s, obte r e vid ên c ia s qua nto a es s e
ate ndi m ent o e re l at a r os re su lta do s de s sa av al i aç ão a u m de stin at á rio
pr ed et e r min ado . [ gr if o n os s o ]

O processo de auditoria se desenvolve em três fases . Cada uma dessas


fases é integrada por atividades e se inicia com o planejamento, continua
com a fase de execução e te rmina com a fase de relatório. Ressalta -se,
todavia, que o planejamento não é uma fase estanque, deve ser atualizado
em todas as fases do processo, inclusive durante a execução do trabalho de
coleta de evidências que confirmem as afirmações. Além dessas et apas,
considera-se que alguns aspectos são transversais e perpassam por todas
as fases do processo de auditoria, tais como: controle de qualidade,
documentação e comunicação. Estes aspectos contribuem para garantir a
eficácia e a credibilidade da auditoria .

Fonte: Programa de aprimoramento profissional em Auditoria do TCU


– Auditoria governamental (2011)

O planejamento é fase do processo de auditoria em que se desenvolve e


se documenta o plano de um trabalho específico, estabelecendo o escop o,
o prazo e a alocação de recursos, bem como desenvolvendo os

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procedimentos necessários para consecução do objetivo da auditoria, tais
como: obtenção da visão geral do objeto de auditoria; identificação e
avaliação de objetivos, riscos e controles; elabor ação do programa ou
projeto de auditoria; elaboração preliminar de papéis de trabalho.
Já a execução do programa ou projeto de auditoria é a fase da auditoria na
qual a equipe utiliza as fontes de informação e aplica os procedimentos
previstos na fase de p lanejamento em busca de evidências para
fundamentar as conclusões. O auditor realiza testes, coleta evidências,
desenvolve os achados ou constatações e documenta o trabalho realizado,
observando as normas, o método ou os padrões de auditoria.
Por fim, o relatório que consiste no instrumento formal e técnico por
intermédio do qual a equipe comunica aos leitores o objetivo e as questões
de auditoria, o escopo e as limitações de escopo, a metodologia utilizada,
os achados de auditoria, as conclusões e as prop ostas de encaminhamento.
É na fase de execução, também conhecida como “trabalho de campo”, que o
auditor vai à procura de evidência apropriada e suficiente para fundamentar
a sua opinião. Essa fase é predominantemente executada nas dependências
da entidade auditada, na qual o programa de auditoria é executado
mediante a aplicação dos procedimentos e técnicas estabelecidos na fase
de planejamento.
Segundo o glossário de termos do controle externo do TCU, evidência (do
achado ou da constatação) é informação obtida durante a ação de controle
que documenta o achado ou a constatação e respalda o exame técnico e a
conclusão da instrução ou relatório. Pode ser classificada como física,
documental, testemunhal e analítica. Deve ter os seguintes atributos:
 Confiabilidade - a evidência deve revelar que os mesmos resultados
serão obtidos se a fiscalização for repetida. Para obter evidências
confiáveis, é importante considerar a utilização de diferentes fontes e
abordagens. Fontes externas, em geral, são mais confiáveis que
internas; evidências documentais são mais confiáveis que orais;
evidências obtidas por observação direta ou análise são mais
confiáveis que aquelas obtidas indiretamente;
 Relevância - a evidência é relevante se for relacionada, de forma
clara e lógica, aos critérios e objetivos da fiscalização;
 Suficiência - a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem
persuadir o leitor de que os achados, conclusões, recomendações e
determinações da auditoria estão bem fundamentados. É importante
lembrar que a quantidade de evidências não substitui a falta dos
outros atributos (validade, confiabilidade, relevância). Quanto maior a
materialidade do objeto fiscalizado, o risco, e o grau de sensibilidade

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do fiscalizado a determinado assunto, maior será a necessid ade de
evidências mais robustas;
 Validade - a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em
informações precisas e confiáveis.
A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na
obtenção e avaliação da evidência de auditoria e, par a isso, ele utiliza os
procedimentos, que consistem em um conjunto de verificações e
averiguações previstas num programa de auditoria, que permitem obter
evidências ou provas suficientes e adequadas para analisar as informações
necessárias à formulação e f undamentação da opinião por parte da
atividade de auditoria.
Trata-se ainda, do mandamento operacional efetivo, sendo ações
necessárias para atingir os objetivos nas normas auditoriais. Também
chamado de comando, os procedimentos representam a essência do ato de
auditar, definindo o ponto de controle sobre o qual se deve atuar. O
fundamental é descrever o que se deve fazer, ou seja, como deve ser o
exame.
Os procedimentos de auditoria para obter essa evidência podem incluir a
inspeção, observação, confirmaç ão externa, recálculo, reexecução e
procedimentos analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação.

ESQUEMATIZANDO

NAT: Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União.

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2. Evidência de Auditoria
A NBC TA 500(R1) define o que constitui evidência de au ditoria na auditoria
de demonstrações contábeis e trata da responsabilidade do auditor na
definição e execução de procedimentos de auditoria para a obtenção de
evidência de auditoria apropriada e suficiente que permita a ele obter
conclusões razoáveis para fundamentar sua opinião. Segundo a norma
supracitada:
E vid ên ci a d e a udit or i a co mp r een de a s inf orm a çõ es u ti liz ad as pel o au dito r
pa ra ch eg ar à s con c lus õe s e m qu e s e f unda m ent am a su a opin iã o. E la
i nc l u i as in for m aç õe s c ont i d as n os re gis tros c o n tá b e is qu e s up or ta m as
de m ons tr aç õ es c o nt á b e is e o utr as i nf or m aç õ es . [ gr if o n os s o ]

Duas definições muito cobradas em provas de concursos é o conceito de


adequação e suficiência. As bancas costumam fazer a inversão de suas
definições. Portanto, fiquem atentos a esse detalhe. Veja:
5. P ar a os f ins d as ( P ar a f i ns de n or m as ) d e au d it or i a, os t er mos a s e g u ir
(pos s u e m) tê m os s ig n if ic a dos a tr i bu íd os a b a ix o :
(a) Re g is tr os c on t áb e i s c o mpr e en d e m os re g is tr os de l a nç a m en t o s c on t áb e is
e s ua d oc um e nt aç ã o - s u p ort e (c h e qu es e r e g i s tr os d e t rans f erê nc i as
e le tr ô n ic as de f un d os , f at ur as , c o ntr a tos ) ; os l iv ros d i ár io , r a z ões g er a l e
aux i l i ar es , as r ec las s i fic aç ões n as d em o ns tr aç õ es c on tá b e is n ão r ef l et i das n o
d iár i o e as p la n i l has d e tra b a lh o, q u e s u por t em as a l oc aç õ es d e c us t os ,
c á lc u l os , c o nc i l iaç õ es e d iv u l g aç õ es .
(b) Ade qu aç ão da e vid ên c ia de au dito r i a é a m edi da da q ual id ad e d a
ev id ên ci a d e au dit o ri a , is to é, a s u a r e lev â nc i a e c o nf i a bi l i da d e p ar a
s up or tar as c onc l us õe s e m q ue s e fu n da m en ta a op i n iã o d o a ud i tor .
(c ) E vi dê nc ia d e a u dit o ri a co mp re end e as inf or ma çõ e s ut il i z ad as pe lo
aud it o r p ar a ch eg ar às co nc lu sõ es em qu e s e fu nd am ent am a su a op ini ão .
A ev i d ênc i a d e au d it or i a i nc l ui as in for maç õ es c o nt i d as n o s reg is tros
c on t áb e is qu e s u p or t a m as de m o ns tr aç ões c on t áb e is e info rm a ç õe s o bt id a s
de out ra s f ont e s . ( Al t er a d o p e la N B C T A 5 0 0 ( R1 ))
(d) Es p ec i al is t a d a ad m i nis tr aç ã o é u ma p es s o a ou or g a n i zaç ã o c o m
es p ec i al i za ç ão em u ma áre a , qu e n ã o c on t ab i l id a d e ou au d it or ia , c u j o
tra b al h o n aq u el a ár e a d e es p ec i al i za ç ão é u ti l i za d o p e la e n ti d ad e par a a j ud á -
l a na el a bo r aç ã o das de m ons tr aç õ es c o nt á b e is .
(e) S uf i ci ên c ia d a e vid ên c ia d e au dito r i a é a med id a d a qu ant ida de d a
ev id ên ci a de audi t o ri a. A qu a nt i d ad e n ec es s ár ia d a ev i d ênc i a d e au d it or i a é
af et a da p el a av a l i aç ã o d o a u d it or d os r is c o s de dis t orç ã o r el ev a n te e t am b ém
pe l a q ua l i d ad e d a ev id ênc i a d e a ud i tor i a. [ gr i fo n os s o]

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ESQUEMATIZANDO

Ressalte-se que nessa norma só houve uma alteração, qual seja: parte da
definição de Evidência de Auditoria. Veja essa informação, em forma de
mapa mental, para ajudá -lo na memorização:

Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve


considerar a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas
como evidência. Se essas informações a serem utilizadas forem elaboradas
com a utilização de um especialista da administração, ele deve, na medida
necessária, levando em conta a importância do trabalho desse especialista
para os propósitos dele:
(a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista;
(b) obter entendimento do tr abalho do especialista; e
(c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência
de auditoria para a afirmação relevante.
Abriremos um parêntese para explicar o que vem a ser relevância e
confiabilidade da informação, segundo a NBC TA 500. V eja:
A r e le v ânc i a t rat a d a l ig aç ão lóg ic a o u infl uên c ia so br e a fi nal id ad e do
pro c edi me nt o d e a udit o r ia e, qu ando ap rop ri ad o, a a fi rm a ção e m
con si de r aç ão . E la po de s e r afe ta da p el a d ir e çã o d o t es te .
A conf i abi li dad e d a s info r ma çõ e s a s er em ut i l i za d as c o m o ev id ê nc i a d e
au d it or i a e , por t an to , da pr ó pr ia a ud i tor i a , é in flu en ci ad a p el a su a font e e
su a nat ur ez a, e a s ci r cun st ânc i as n a s qua is sã o obt ida s , i ncl uin do o s
cont ro le s sob re su a e la bo ra ç ão e m anut en ç ão, qu an do re le v ant e.
P or t a nt o, ge n er al i za ç ões s o bre a c on f ia b i l i da d e d e v ár ios ti p os de ev id ê nc ia
de a ud i tor i a es t ão s u je i tas a im p ort a nt e s ex c eç õ es . Mes m o qu a nd o as
i nf or maç õ es a s er e m ut i l i za d as c o mo ev i d ê nc ia d e a u d it or ia s ão obt i d as de

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fo nt es ex t er n as à e n ti da d e, p od e m ex is t ir c i rc uns t ânc i as qu e p od em a f et ar a
s ua c on f ia b i li d a de . [gr if o n os s o]

Além disso, ao definir os testes de controles e os testes de detalhes, o


auditor deve determinar meios para selecionar itens a serem testados que
sejam capazes de cumprir os procedimentos de auditoria. E, nesse c aso, se
essa evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em outra,
ou ele tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem
utilizadas como evidência de auditoria, ele deve determinar quais
modificações ou acréscimos aos procedimen tos de auditoria são
necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse
assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria.
Esquematizando informações mais relevantes sobre evidências, extraídas
dessa norma, que já foram objeto de p rova:

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A suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter -
relacionadas. A suficiência é a medida da quantidade de evidência de
auditoria. Essa quantidade necessária é afetada pela avaliação do auditor
dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a
probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria) e também
pela qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade,
menos evidência pode ser exigida).

A obtenção de mais evidência de audito ria não compensa a sua


má qualidade. [grifo nosso]

A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua


relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que
se fundamenta a opinião do auditor.

A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e


sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que
é obtida. [grifo nosso]

Um item que aparece com frequência em provas é a natureza da


confiabilidade da evidência. Informações obtidas de uma fonte ex terna são
mais seguras do que obtida internamente na entidade auditada. Veja:

A8. Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de


auditoria consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de
natureza diferente do que a partir de itens de evidência de
auditoria considerados individualmente . Por exemplo,
informações corroborativas obtidas de uma fonte independente da
entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da
evidência de auditoria gerada internamente, tais como a evidência
existente e m registros contábeis, minutas de reuniões ou
representação da administração.
A9. Entre as informações de fontes independentes da
entidade que o auditor pode usar como evidência de auditoria
podem estar confirmações de terceiros, relatórios de analistas
e dados comparáveis sobre concorrentes (dados referenciais
para benchmarking). [grifo nosso]

Ressaltamos que a evidência para a obtenção de conclusões para


fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de: (a)
procedimentos de avaliação de risc os; e (b) procedimentos adicionais de
auditoria, que abrangem: testes de controles, quando exigidos pelas normas
de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e procedimentos
substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos
substantivos.

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(FCC - Analista Judiciário (TST)/Contabilidade / Apoio Especializado -


2017) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor
para fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo
ser suficiente, que é a medida da quantidade dessas evidências. Nos
termos da NBC TA 200, essa quantidade pode ser afetada
a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção.
b) pela complexidade dos riscos de auditoria.
c) pelo percentual dos riscos de detecção.
d) pela estrutura das demonstrações contábeis.
e) pel histórico da informação contábil.
Comentário:
Questão aborda detalhes de uma das características da evidência de
auditoria – a suficiência. Segundo a NBC TA 200(R1):
13. [...]
(b) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As
evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.
Para fins das NBCs TA:
(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da
evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de
auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção
relevante e também pela qualidade de tal evidência;
(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da
evidência de auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no
fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do
auditor. [grifo nosso]

Dessa forma, a quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada


pela avaliação do auditor dos riscos de distorção, ou seja, quanto mais
elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária
mais evidência de auditoria.
Gabarito: A.

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(FCC – Auditor Fiscal da SEFAZ MA – 2016) Os auditores independentes, nas
auditorias das demonstrações contábeis, utilizam informações para fundamentar suas
conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas através de evidência de auditoria.
Acerca da evidência de auditoria é correto afirmar que
a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos
de auditoria executados.
b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.
c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria.
d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.
e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo.
Comentários:
Questão aborda aspectos gerais de evidência de auditoria, segundo a NBC TA 500(R1).
Segue mapa mental com as informações mais relevante sobre evidência de auditoria:

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Analisando os mapas acima, concluímos que a letra “a” está errada porque a evidência é
de natureza cumulativa. O erro da letra “b” é porque medida de quantidade se refere à
suficiência, ao invés de adequação. Dessa forma, a letra “d” está correta. Por outro
lado, segundo item 5, da NBC TA 500, a quantidade necessária da evidência de auditoria
é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela
qualidade da evidência de auditoria, o que invalida a letra “c”. Por fim, segundo item A1, a
evidência tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos
de auditoria realizados durante o curso do trabalho, tornando as letras “a” e “e” erradas.
Portanto, alternativa correta é D.

(FCC – Auditor de Controle Interno (CGM São Luís)/Abrangência Geral – 2015) Nos
termos das NBC TAs, as medidas da qualidade e da quantidade da evidência são,
respectivamente,
a) suficiência e adequação.
b) suficiência e abrangência.
c) adequação e abrangência.
d) adequação e plausibilidade.
e) plausibilidade e adequação.
Comentários:
Segundo a NBC TA 200(R1), especificamente item 13, evidências de auditoria são as
informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia
a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das
NBC TAs:
(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência
de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação
do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência;
(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de
auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às
conclusões em que se baseia a opinião do auditor.

Bem, ao analisar as alternativas, perceberemos que nenhuma é gabarito por causa da


palavra “respectivamente”. Isso acabou inviabilizando uma alternativa correta, já que
inverteu as definições de suficiência e adequação (letra A). Se a Banca não tivesse
restringido com essa palavra, a alternativa correta seria A. Portanto, questão anulada.

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3. Procedimentos de Auditoria
Os procedimentos de auditoria são o conjunto de procedimentos técnicos
com base nos quais o au ditor obtém evidências ou provas que sejam
suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre a adequação
das demonstrações contábeis auditadas em relação à estrutura de relatório
financeiro aplicável, permitindo que eventuais distorções relevantes sejam
identificadas.
Agora, detalharemos os procedimentos de auditoria e, posteriormente,
serão apresentados mapas mentais com as informações -chave de cada
procedimento. Normalmente, as bancas costumam colocar em provas uma
situação prática ou extrai a de finição de um desses procedimentos e
pergunta qual tem correlação com o caso concreto (apresentado no
enunciado da questão). É raro em prova de auditoria não vir cobrando, pelo
menos, uma questão envolvendo esse assunto. Veja:
Ins pe ç ão
A 14 . A i ns pe ç ão en v olv e o ex a me de re g ist ro s ou d oc um ento s, int e rno s
ou e xt e rno s, em f o rm a d e p ap el , em f orm a el et rôn i ca ou em out ra s
míd ia s , ou o e x am e f ís i co de um a ti vo . A i ns p eç ã o de reg is tr os e
doc u me n tos f or n ec e ev id ê nc ia d e au d it or i a c o m gr aus v ar iáv e is de
c on f ia b i l id a de , d ep e n de n do de s u a n at ur e z a e fo n te e , n o c as o de r eg is tros
i nt er n os e d oc u m en t o s , d a ef ic ác ia d os c o ntr o les s o bre a s u a p rod uç ã o. U m
ex e m p lo d e i ns p eç ão ut i l i za d a c om o tes t e é a i ns p eç ão d e r e gis tr os em b us c a
de ev i d ênc i a d e a ut or i za ç ã o .

A 15 . A l g uns doc u m e nt os re pr es en ta m ev i dê nc ia d e a ud i tor i a dir e ta da


ex is t ênc i a de u m at iv o, p or ex e m pl o , u m doc u me n to q ue c ons t it u i um
i ns tr u me nt o f i na nc eir o, c o m o u ma aç ã o o u tí tu l o. A i ns p e ç ão d e t a is
doc u me n tos po d e n ã o for nec er nec es s ar ia m en t e ev i dê nc ia d e a ud it or i a s o br e
pro pr i ed a de o u v a l or . A lé m d is s o, a i ns peç ã o de u m c o ntr at o ex ec ut a do p o de
for n ec er ev i d ênc i a d e au d it or i a r el ev a nt e p ara a a p l ic aç ã o de p o lí t ic as
c on t áb e is d a en t id a d e, t a is c om o rec o nh ec i m en t o de r ec e i ta .

A 16 . A i ns p eç ão de at iv os t an gív e is p o d e for nec er ev i d ênc i a de au d it or i a


c on f iáv e l q u an t o à s ua ex is t ê nc i a , m as n ão nec es s ar ia m e nt e qu a nt o a os
d ire i tos e o br i gaç õ es da e n ti d ad e o u à av a l iaç ã o dos a t iv os . A i ns p eç ão d e
it e ns i nd iv i d ua is d o e s to q ue p o de ac o m pa n har a o bs erv aç ão da c on t ag e m d o
es t o qu e.

O bs e rv a çã o
A 17 . A ob s er v a ção con si st e no ex am e do pr oc e sso ou p r oc edi me nto
ex e cut ado po r ou t r os, p or ex e mpl o, a obs er v aç ão p el o aud ito r d a
cont ag em do e st oqu e p el os e mp re ga dos da ent id ad e ou da e xe cu ç ão d e
ati vi da de s d e c ont r ole . A o bs erv aç ã o f orn ec e ev i d ênc i a de au d it or i a a
res p e it o da ex ec uç ão de pr oc es s o o u p roc e d im e nt o, mas é l i m it a da ao p on to

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no t em p o em q u e a o bs erv aç ão oc orr e e pe l o f a to d e qu e o at o de s er
obs er v a do po d e a fe t ar a ma n e ira c o mo o pr oc es s o ou pro c ed i m en t o é
ex ec u ta d o.
Conf ir ma ç ão e xt er na ( Conf ir m aç ão c om te rc e ir os ou c i rc ul a riz a çã o )
A 18 . Um a conf ir m aç ão e xte rn a r ep re s ent a ev id ên ci a d e aud it ori a obti da
pel o au dit o r como r e spo st a e sc r ita d e t er ce i ro (a p a rt e que co nfi rm a ) ao
aud it o r, em f o rm a es cr it a, el et rôn i ca ou e m out r a m ídi a . O s p r oc e d i me n tos
de c on f ir m aç ão ex t er na fr e q ue nt e me n te s ão r e lev a nt es n o tra ta m en to de
af ir m aç õ es as s oc ia d a s a c ert os s a l dos c on t áb e is e s e us e l e me nt os . C o nt ud o ,
as c o nf ir maç õ es ex t er n as n ã o pr ec is a m s e res tr i ng ir ap e na s a s al d os
c on t áb e is . P or ex e mp l o, o a ud i tor p od e s o l ic it ar c o nf ir m aç ão de ter mos d e
c on tr at os ou tr a ns a ç ões d a e nt i da d e c om t erc ei ros ; a s ol ic it aç ão d e
c on f ir maç ã o po d e s er p la n ej a da par a p er gu n tar s e f or a m ef e tu a da s qu ais q ue r
mo d if ic aç ões n o c o n tr a to e , e m c as o af ir ma t iv o , qu a is s ã o os d et a l hes
re lev a nt es . O s pr oc e d i me nt os de c on f irm aç ão ex t er na ta m bé m s ão ut i l i za d os
par a a o bt e nç ã o d e e v i dê nc ia d e a ud i tor i a a res p ei t o d a a us ê nc i a d e c er tas
c on d iç ões , po r ex e m p l o, a a us ênc i a de ac or do p ar a le l o (s i d e agr e em e nt) q u e
pos s a i n fl u enc i ar o r e c on h ec im e nt o d a r ec e i ta .

Re c ál cul o
A 19 . O r ec á lcu lo c ons ist e n a v er if ic a ç ão d a ex at id ão m at em áti c a d e
docu m ent o s o u re g ist ro s. O r ec á lc u l o po d e s er r e a li za d o ma n ua l o u
e le tr o n ic am e nt e.

Re e xe cu ç ão
A 20 . A r ee x ec uç ão en vol v e a e xe cu ç ão ind epe nd ent e p elo aud ito r de
pro c edi me nt o s ou c ont r ol es qu e fo r am ori gin a lm ent e re a liz ado s com o
pa rt e do cont ro le i nt er no da enti da de .

P ro ce dim ent os ana lí t ico s


A 21 . O s p roc ed im ent o s an al ít ico s c ons ist e m em a v al ia ç ão d a s
info rm a çõ es f e it a s por me io de e stud o da s re la çõ e s p la us ív e i s ent r e
dado s f in an ce ir os e n ão f ina nc e ir os . O s p ro c edi me nto s an al íti co s
inc lu em t a mb ém a i nv est ig aç ão d e fl utu aç õe s e r el aç õe s id ent ifi ca da s
que s ej am in co ns ist ent es c om o ut ra s inf orm a çõ es r e le v ant es ou qu e s e
de sv ie m s ign if i ca t i va ment e do s v alo r e s p r ev i sto s.

Ind ag aç ão
A 22 . A in da ga ç ão co nsi st e na b us c a de i nfor ma çõ e s junt o a p es so a s co m
conh e ci me nt o, f in an ce i ro e n ão f ina nc e ir o, de ntr o ou fo ra d a ent ida de . A
i nd a gaç ã o é u t il i za d a ex t e ns a m en t e e m t od a a au d it or i a, a lé m de o utr o s
proc e d im e nt os d e au d it or i a. As in d ag aç ões p od e m i nc lu ir d es de i n da g aç õ e s
es c r it as f or ma is at é i n da g aç õ es or ais i nf or m a is . A av a l i aç ã o das r es p os tas às
i nd a gaç õ es é p ar t e i nt egr a l d o pr oc es s o d e i nd a gaç ã o.

A 23 . As r es pos t as às i nd a gaç õ es po d em f or nec er a o a ud i tor i n for maç õ es n ão


ob t id as an te r i or m en te ou ev id ê nc ia de au d it or i a c om pr o ba tó ri a .

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A lt er na t iv a m e nt e, as res pos t as p od e m f orn ec er i nf or maç õ es
s i gn i fic a tiv a m en te d iv er g e nt es das i nf or ma ç ões q ue o a u di t or ob t ev e , p or
ex e m p lo , i nf or maç õ es r ef er e nt es à p os s i b il i da d e d a a dm i n is tr aç ão b ur l ar os
c on tr ol es . Em a l gu ns c as os , as res p os t as à s i nd a gaç õ es f or nec e m u m a bas e
par a qu e o au d i tor mo d if i qu e o u r ea l i ze pr oc ed i m en t os d e a ud i to ri a a d ic io n ais .
[gr i fo n os s o]

A definição de cada procedimento de auditoria, certamente, (que é, desta


norma) o item que mais aparece em provas. Segue mapa mental para ajudá -
los na memorização.

ESQUEMATIZANDO

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Para finalizar essa norma, abordaremos a seleção de itens para testes,
objetivando a obtenção de evidência de auditoria. Veja:
A 52 . Um t es t e ef ic a z f or n ec e ev id ê nc ia d e a ud i tor i a a pro pr i ad a n a m ed i d a em
qu e , c ons i d er a d a c o m o utr a ev i dê nc i a de au di t or ia o b ti d a o u a s er o bt i d a,
s er á s uf ic i en t e p ar a as f in a l i da d es d o a u d it or . A o s e l ec io n ar it e ns a s ere m
tes ta d os , o it em 7 ex i ge q u e o a ud i tor de te r m in e a re l ev â nc i a e c on f ia b i l id a de
das i nf or m aç õ es a s er e m ut i l i za d as c o mo ev i dê nc i a d e au d it or ia ; ou tro
as p ec to da ef ic ác ia ( s uf ic i ênc i a) é u ma c o ns id er aç ã o im p ort a nt e na s e leç ã o
de i te ns a s er e m te s ta d os . O s m e ios à dis po si çã o do aud ito r p ar a a
se l eç ão d e it e ns a se re m t e st ado s s ão:
(a ) s el e ção d e t odo s os it en s ( e xa me d e 1 00% );
(b) se le ç ão de i t en s es pe cí fi co s; e
(c ) am ost r ag em d e a udit o r ia .

A ap l ic aç ã o de q ua l q u er u m des s es m ei os o u d e um a c om b i naç ã o de l es p o d e
s er a pr op r i a da d ep e n de n do d as c ir c u ns t â n c i as es pec íf ic as , p or ex e m p lo , os
ris c os d e d is t or ç ão r e lev a nt e re l ac io n ad o s à af ir maç ã o q ue es t á s e nd o
tes ta d a, e a pr a t ic id a d e e e fic i ê nc i a d os d if e ren t es m ei os .
S el eç ão d e t odo s os it e ns
A 53 . O a u d it or p od e d ec id ir q u e s er á m a is apr o pr ia d o ex am i nar t o da a
po p u laç ã o de i t ens qu e c o ns t i tu e m um a c l as s e d e tr ans aç õ es ou s a l do
c on t áb i l ( o u um es tr a t o d en tr o d es s a p op u l aç ã o) . É i mpr ov áv e l u m ex a me de
10 0% n o c as o d e tes t es d e c o ntr o les ; c on t u do , é ma is c o mu m p ar a t es t es d e
de t al h es . U m ex a me d e 1 00 % p od e s er a pr o pr ia d o q ua n do , p or ex emp lo :
• a p opu la ç ão co nst it ui u m núm e ro pe qu e no d e it en s d e gr an d e v alo r;
• h á um r i sco s ign if ic ati vo e out ro s m ei os n ão fo rne c em e v idê nc i a d e
aud it o ri a ap ro pr i ada e suf ic i ent e; o u
• a n at u r ez a r ep et it iv a d e um c ál cu lo ou out ro p ro c es so ex e cut ado
aut o m at i ca me nt e po r si st em a d e i nfo rm aç ão to rna um e x a me de 1 00%
efi ci ent e qu ant o aos cu sto s.

S el eç ão d e it ens es p ec íf i co s
A 54 . O a u di t or po d e dec i d ir s e lec i o nar i t e ns es p ec íf ic os de u m a po p u laç ã o.
A o t o mar es s a dec i s ão , f a tor es q ue p o de m s er r e lev a nt es i nc lu e m o
en t en d i me nt o da e nt i da d e p e l o a u d it or, o s ris c os av a l ia d os d e d is to rç ã o
re lev a nt e e as c ar a c ter ís t ic as d a po p u la ç ão q u e es t á s e n do t es t ad a . A
s e leç ã o c o m b as e e m j ul g a me nt o d e it ens e s pec íf ic os es tá s u je i ta ao r is c o de
nã o a m os tr a ge m . It e n s e spe c ífi co s s el e cio nado s pod em i nc lu ir:
• valo r alt o ou it e ns - ch av e. O a ud i to r p od e d ec id ir s e l ec i on ar i te ns
es p ec íf ic os d e ntr o d e u m a po p u laç ã o p o rqu e e les t êm v a l or e lev a do o u
ex ib e m a l g um a c ar a c ter ís t ic a, p or ex e m p l o, it e ns s us p e it os , nã o us ua is ,
par t ic u l ar m en te pr o p e ns os a r is c o o u qu e t e nh a m h is t ór ic o de err o ;
• todos os it en s ac im a d e c e rto va lo r . O a ud i tor p o de d ec i d ir ex am i n ar it ens
c u jos v a lor es r e gis tr ad os ex c e d a m c er to v al or , d e mo d o a v er if ic ar u m a
gra n d e pr o p or ç ão d o v a l or to ta l d e u m a c l as s e de tr a ns aç õ es ou s al d o
c on t áb i l;

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• it ens pa ra o bt e nç ã o de inf or ma ç ão . O au d it or p o d e ex am i n a r it ens pa ra
ob t er i nf or m aç õ es s o b r e as s u nt os c o m o a n at ur e za da e nt i da d e o u a na tu re za
de tr a ns aç õ es .

A 55 . E mb or a o ex a me s e l et iv o d e it e ns es pec íf ic os d e um a c l as s e de
tra ns aç õ es ou s a ld o c on t áb i l fr e qu e nt e me n t e s e j a u m me i o ef ic ie nt e d e ob t er
ev id ê nc i a de au d it or i a , n ão c ons t it u i a m os tr ag e m e m a u d it or ia . O s res u l ta d os
de pr oc e d im e nt os d e au d it or i a a p lic a dos a it e ns s e l ec i o na d os d e s s a m an e ir a
nã o po d em s er pr o j et a dos par a a p o pu l aç ã o in t eir a ; p ort a nt o, o ex a me
s e le t iv o d e i te ns es p e c íf ic os n ão f orn ec e ev i dê nc ia d e a u d it or ia r ef er en te a o
res t a nt e d a p op u laç ã o .

Amo st ra ge m em aud i t or ia
A 56 . A am ost r ag em em au dit or ia d e stin a - se a po s si bi lit a r co ncl us õe s a
se r em t i r ad as d e um a po pu la ç ão int e ir a c om ba s e no te ste d e amo st r ag e m
ext r aí da d el a . A a mo s tr a g em e m a ud i to ri a é d is c ut i da n a N BC T A 5 3 0. [ gr i fo
nos s o ]

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(FUNDEP - Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa/Analista Administrativo


(CODEMIG)/Auditor - 2018) A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião
consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria, que é obtida por meio de
procedimentos de auditoria. A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo com a
COLUNA I, fazendo a relação entre os procedimentos de auditoria e seus objetivos,
conforme prescrito pela NBCT TA 500.
COLUNA I
1. Inspeção
2. Indagação
3. Confirmação externa
COLUNA II
( ) Fornecer evidências de auditoria que podem conter informações significativamente
divergentes daquelas já obtidas, por exemplo, informações referentes à possibilidade de a
administração burlar os controles.
( ) Fornecer evidências de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por
exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o
reconhecimento da receita.
( ) Fornecer evidências de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo
de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos
controles sobre a sua produção.
Assinale a sequência CORRETA.
a)1 2 3
b)3 2 1
c) 2 3 1
d) 2 1 3
Comentário:
Questão trata dos procedimentos de auditoria utilizado pelo auditor na
buscar de evidência para formação a sua opinião. Segundo a NBC TA
500(R1).
Segue mapa mental com os procediment os de auditoria:

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Segundo a norma supracitada:


Indagação
A23. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações
não obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória.
Alternativamente, as respostas podem fornecer informações
significativamente divergentes das informações que o auditor obteve,
por exemplo, informações referentes à possibilidade da administração
burlar os controles . Em alguns casos, as respostas às indagações
fornecem uma base para que o auditor modifique ou realiz e procedimentos
de auditoria adicionais.

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Confirmação externa
A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida
pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao
auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mí dia. Os procedimentos
de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de
afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos.
Contudo, as confirmações externas não precisam se restringir apenas a
saldos contábeis. Por exempl o, o auditor pode solicitar confirmação de
termos de contratos ou transações da entidade com terceiros; a solicitação
de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas
quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os
detalhes relevantes. Os procedimentos de confirmação externa também são
utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito da
ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de acordo
paralelo (side agreement) que possa influenciar o re conhecimento da
receita. [...]

Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou
externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o
exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece
evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade,
dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e
documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção . Um
exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de r egistros em
busca de evidência de autorização. [grifo nosso]
Gabarito: C.

(FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal (Teresina) – 2016) A


evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a
opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de
auditoria.
O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um
ativo é efetuado mediante o procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) circularização.
c) investigação.
d) confirmação.

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e) inspeção.
Comentários:
Raramente uma prova de auditoria não contempla, pelo menos, uma
questão sobre procedimentos de auditoria. Aqui, você deve ficar atento às
palavras-chave. O mapa mental abaixo vai ajudá-los na resolução dessa
questão.

Ao realizar o cotejo entre as alternativas e o mapa acima , concluímos que


se trata da inspeção. Portanto, alternativa correta é E.
Gabarito: Letra E.

(FCC – Auditor Fiscal da SEFAZ MA – 2016) Os resultados obtidos n os


procedimentos de auditoria executados pelo auditor independente
contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório.
O auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes
de controles ou procedimentos substantivos , dependendo do contexto em
que sejam aplicados, entre outros, os procedimentos de auditoria:
a) inspeção, observação, confirmação externa.
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b) inspeção, amostragem, vistoria.
c) inspeção, amostragem, pericia.
d) inspeção, monitoramento, vistoria.
e) inspeção, indagação, perícia.
Comentários:
Como sempre falo: raramente tem uma prova de auditoria que não
contemple, pelo menos, uma questão sobre procedimentos de auditoria.
Aqui, a questão queria saber quais os procedimentos de auditoria. O mapa
mental abaixo vai ajudá-los na resolução dessa questão.

Ao realizar o cotejo entre as alternativas e o mapa acima , concluímos que


os procedimentos são inspeção, observação, confirmação externa.
Portanto, alternativa correta é A.

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4. LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna -
2018) Determinado auditor defrontou -se com evidências circunstanciais
acerca de uma não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou
matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa si tuação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela
relacionados, julgue o item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da
quantidade da evidência, enquanto a suficiência da auditoria está associada
à qualidade da evidência.

2. (CESPE - Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio


Especializado - 2018) À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do
Conselho Federal de Contabilidade que tratam do auditor independente e da
auditoria independente de informação contábil hi stórica, julgue o item
subsequente.
A documentação de auditoria e a evidência de auditoria remetem ao mesmo
conceito, ou seja, ambas são constituídas por registros, documentos e
outras informações que permitem a obtenção de conclusões pelo auditor.

3. (CESPE – Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)


Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não
conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados,
julgue o item a seguir.
A evidência circunstancial demonstra um fato que pode levar a outro fato e não é
suficiente para sustentar um achado.

4. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura - 2018) Os testes de auditoria


que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelos sistemas de informações da entidade são denominados
a) aprovações.
b) observância.
c) salvaguarda.
d) segregações.
e) substantivos.

5. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018) Na aplicação dos


testes de observância, o auditor deve verificar a
a) existência dos componentes patrimoniais em determinada data.
b) existência e a efetividade dos controles internos.
c) ocorrência efetiva das transações contabilmente registradas.
d) conformidade entre os mecanismos de avaliação patrimonial e as normas.
e) existência de eventos ou itens patrimoniais não registrados.

6. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018) A categoria de


relevância de determinada evidência encontrada pela auditoria depende da
a) objetividade do auditor na obtenção da evidência.

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b) efetividade do sistema de controle interno.
c) obtenção da evidência por meio de documentos originais.
d) atuação direta do auditor na obtenção da evidência.
e) natureza dos procedimentos adotados para obter a evidência.

7. (CESPE – (Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) Cadeia de evidências composta


por códigos, referências cruzadas e registros que conectam saldos de contas e outros
resultados a dados originais de transações é denominada
a) evidência relevante.
b) evidência apropriada.
c) trilha de auditoria.
d) papel de trabalho.
e) afirmação de auditoria.

8. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)


Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Na execução de procedimentos de controle interno, um auditor
acompanhou os procedimentos adotados por um agente público municipal durante a
execução de uma operação. Em seu relatório, o auditor descreveu os referidos
procedimentos bem como analisou os riscos da ação executada pelo agente público.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que o auditor realizou uma revisão analítica.

9. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)


Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise
de documentos e ativos tangíveis.

10. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção
monetária de certa dívida municipal e, com o objetivo de averiguar as distorções
encontradas, releu alguns documentos a fim de confirmar os termos que poderiam ter
afetado os cálculos testados.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para
complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo.

11. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Entre os procedimentos de auditoria inclui-se o exame documental, o qual permite a
análise de processos, atos formalizados e documentos avulsos.

12. (CESPE – (Auditor Municipal de Controle Interno (CGM João


Pessoa)/Geral/Auditoria, Fiscalização, Ouvidoria e Transparência – 2018) A respeito
dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item
a seguir.
O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá
considerar o conjunto de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado;
entretanto, em caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem
problemas a mencionar, sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável.

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13. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018) As evidências de auditoria


possuem diferentes níveis de persuasão quanto à validação das informações. Nesse
sentido, no que se refere à fonte, o documento que fornece maior segurança e
confiabilidade é
a) a planilha de recálculo efetuado pelo auditor.
b) o relatório de observação física do auditor.
c) o relatório de controle interno.
d) a nota fiscal eletrônica de fornecedor.
e) o extrato bancário fornecido pela empresa auditada.

14. (CESPE Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa - 2017) Ao


examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações
entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a
análise vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias
orçadas etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise
de regressão, o auditor adota o procedimento denominado
a) inspeção.
b) confirmação.
c) recálculo.
d) contagem.
e) revisão analítica

15. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa – 2017) Na


sua prestação de contas, um servidor de determinado órgão federal apresentou recibos
da utilização de taxi, notas fiscais de alimentação e de hospedagem. O setor financeiro
processou a prestação de contas e fez a devida guarda da documentação após registro
na contabilidade da entidade.
Nesse caso, se o auditor interno desejar verificar a integridade dessas informações
contábeis, o procedimento adequado será o(a)
a) confirmação externa.
b) vouching.
c) inspeção física.
d) rastreamento.
e) conferência de cálculos.

16. (CESPE Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de
auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue.
Os procedimentos de auditoria são definidos no próprio programa. Nessa ocasião,
descreve-se o que deve ser feito e como devem ser realizados os exames. As
averiguações e verificações devem permitir que os auditores formem uma opinião que
fundamente sua manifestação.

17. (CESPE - Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de
auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue.
Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença
máxima aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em
valor monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o
resultado de modelos estatísticos mais sofisticados.

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18. (CESPE- Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de
auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue.
O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar
com os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuando
um teste de observância.

19. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR)/Contábil - 2016 ) Uma evidência de


auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a existência real de recursos humanos,
instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência
a) analítica.
b) física.
c) testemunhal.
d) por confirmação de terceiros.
e) documental

20. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Administração / Administrativa -


2016) Com relação ao que dispõem as Normas Técnicas de Auditoria (NBC–TA), julgue o
próximo item.
A qualidade da evidência de auditoria é medida pela sua suficiência, que é
composta por aspectos como a relevância e a confiabilidade da informação
que dará suporte às conclusões do auditor.

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GABARITO

1 ER R AD O
2 ER R AD O
3 CE RT O
4 E
5 B
6 E
7 C
8 ER R AD O
9 CE RT O
10 ER R AD O
11 CE RT O
12 ER R AD O
13 D
14 E
15 D
16 CE RT O
17 CE RT O
18 CE RT O
19 B
20 ER R AD O

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5. QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna -
2018) Determinado auditor defrontou -se com evidências circunstanciais
acerca de uma não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou
matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela
relacionados, julgue o item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da
quantidade da evidência, enquanto a suficiê ncia da auditoria está associada
à qualidade da evidência.
Comentários:
Item errado. Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas
pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua
opinião. Ele possui duas características: um a qualitativa (adequação) e
outra quantitativa (suficiência). Veja que o item inverteu as definições.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da
evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade para
suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da
evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é
afetada pela avaliação do auditor dos risc os de distorção relevante e
também pela qualidade da evidência de auditoria. [grifo nosso]

Gabarito: Errado

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2. (CESPE - Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio
Especializado - 2018) À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do
Conselho Fede ral de Contabilidade que tratam do auditor independente e da
auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item
subsequente.
A documentação de auditoria e a evidência de auditoria remetem ao mesmo
conceito, ou seja, ambas são constituíd as por registros, documentos e
outras informações que permitem a obtenção de conclusões pelo auditor.
Comentários:
Item errado. Evidência de auditoria é parte integrante da documentação de
auditoria, ou seja, documentação é mais ampla do que evidência. Des sa
forma, documentação e evidência são conceitos diferentes. Nesse sentido,
veja como as NBC TAs definem cada uma:
Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria
executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões
alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão
“papéis de trabalho”). [NBC TA 230(R1)][grifo nosso]
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As
evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.
[NBC TA 200(R1)] [grifo nosso]
Gabarito: Errado

3. (CESPE – Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)


Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não
conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados,
julgue o item a seguir.
A evidência circunstancial demonstra um fato que pode levar a outro fato e não é
suficiente para sustentar um achado.
Comentários:

Item certo. Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor


para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. O Manual de
orientações técnicas de atividade de auditoria governamental do poder executivo federal
(2017, p.97) ratifica a informação sobre a evidência circunstancial disposta no item da
questão:

5.3.2 NATUREZA DAS EVIDÊNCIAS

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Quanto à natureza, as evidências de auditoria podem ser classificadas em legais e de
auditoria.

São considerados itens de evidência legal:

a) evidência direta: comprova diretamente um fato, sem que seja necessário elaborar
suposições;

b) evidência circunstancial: também conhecida como indício, demonstra um fato


que pode levar a um outro fato. Não é suficiente para sustentar um achado;

c) evidência conclusiva: constitui sozinha prova absoluta dos fatos e das circunstâncias
que informa. É mais difícil de ser obtida, porque envolve altos custos e longos períodos de
tempo;

d) evidência corroborativa: serve de suporte para outras evidências, de forma a torná-las


mais confiáveis, relevantes e úteis. Deve ser obtida a partir de fontes diferentes das
evidências originais, podendo ser internas ou externas ao órgão ou entidade auditada. A
evidência que é corroborada é mais adequada do que a evidência não confirmada.
Caracteriza-se como uma atitude de ceticismo profissional a ação do auditor interno
governamental de obter informações de outras fontes com o objetivo de corroborar as
informações obtidas da Unidade Auditada;

Portanto, item certo.


Gabarito: Certo.

4. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura - 2018) Os testes de auditoria


que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelos sistemas de informações da entidade são denominados
a) aprovações.
b) observância.
c) salvaguarda.
d) segregações.
e) substantivos.
Comentários:

Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a


realização de seus trabalhos – testes substantivos.

A NBC TI 01 define testes de observância e testes substantivos:

12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna

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12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,
incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno
obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à
administração da entidade.

12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os


controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.
Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:

a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;

b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua


execução; e

c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou


jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à


suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de
informação da entidade.[grifo nosso]

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Atualmente esses testes têm novas designações. Segundo A NBC TA 330 (R1):

4. Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:

(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar


distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:

(i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e

(ii) procedimentos analíticos substantivos.

(b) Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade


operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes
no nível de afirmações.

Resumidamente:

Testes de observância (atualmente Testes de controle) faz a verificação dos controles


internos. É analisado se os procedimentos são executados corretamente (existência,
efetividade e continuidade).

Testes substantivos (atualmente Procedimentos analíticos substantivos) faz a verificação


da informação propriamente dita, tais como: classes de transações, de saldos de contas e
de divulgações.

Portanto, alternativa correta é E.


Gabarito: Letra E

5. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018) Na aplicação dos


testes de observância, o auditor deve verificar a
a) existência dos componentes patrimoniais em determinada data.
b) existência e a efetividade dos controles internos.
c) ocorrência efetiva das transações contabilmente registradas.
d) conformidade entre os mecanismos de avaliação patrimonial e as normas.
e) existência de eventos ou itens patrimoniais não registrados.
Comentários:

Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a


realização de seus trabalhos – testes de observância.

A NBC TI 01 define testes de observância e testes substantivos:

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12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna

12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,


incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno
obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à
administração da entidade.

12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que


os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e
administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes
procedimentos:

a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;

b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua


execução; e

c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou


jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,


exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da
entidade.[grifo nosso]

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Atualmente esses testes têm novas designações. Segundo A NBC TA 330 (R1):

4. Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:

(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar


distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:

(i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e

(ii) procedimentos analíticos substantivos.

(b) Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade


operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes
no nível de afirmações.

Resumidamente:

Testes de observância (atualmente Testes de controle) faz a verificação dos


controles internos. É analisado se os procedimentos são executados corretamente
(existência, efetividade e continuidade).

Testes substantivos (atualmente Procedimentos analíticos substantivos) faz a verificação


da informação propriamente dita, tais como: classes de transações, de saldos de contas e
de divulgações.

Portanto, alternativa correta é B.

Ressalte-se que as demais alternativas contêm procedimentos relacionados aos testes


substantivos.
Gabarito: Letra B

6. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018) A categoria de


relevância de determinada evidência encontrada pela auditoria depende da
a) objetividade do auditor na obtenção da evidência.
b) efetividade do sistema de controle interno.
c) obtenção da evidência por meio de documentos originais.
d) atuação direta do auditor na obtenção da evidência.
e) natureza dos procedimentos adotados para obter a evidência.
Comentários:

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A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. Ela
é de natureza cumulativa e primariamente obtida a partir de procedimentos de auditoria
executados durante o curso da auditoria.

A questão aborda aspecto específico da relevância de determinada evidência encontrada


pela auditoria. A relevância é influenciada pela natureza Segundo a NBC TA 500(R1):

Relevância

A27.A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do


procedimento de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A
relevância das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria pode
ser afetada pela direção do teste. Por exemplo, se a finalidade de um procedimento de
auditoria é testar para verificar se há superavaliação na existência ou valorização das
contas a pagar, testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento de
auditoria relevante. Por outro lado, para testar se há subavaliação na existência ou
valorização das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas não seria relevante,
mas testar informações como desembolsos subsequentes, faturas não pagas, faturas de
fornecedores e exceções apontadas nos relatórios de recebimento de mercadorias podem
ser relevantes.

A28. Um dado conjunto de procedimentos de auditoria pode fornecer evidência


relevante para certas afirmações, mas não para outras. [...][grifo nosso]

Portanto, alternativa correta é E.


Gabarito: Letra E.

7. (CESPE – (Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) Cadeia de evidências composta


por códigos, referências cruzadas e registros que conectam saldos de contas e outros
resultados a dados originais de transações é denominada
a) evidência relevante.
b) evidência apropriada.
c) trilha de auditoria.
d) papel de trabalho.
e) afirmação de auditoria.
Comentários:

Questão doutrinária acerca da definição de trilha de auditoria. William C. Boynton e


Outros (Auditoria, Atlas, 2002) enfatiza que o sistema contábil de uma entidade deve
fornecer uma trilha de auditoria (trilha de transação) completa, para cada transação. “Uma
trilha de auditoria é uma cadeia de evidências composta por códigos, referência cruzadas

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e documentação que conectam saldos de contas e outros resultados aos dados originais
de transações”. Assim, é feito um mapeamento, mostrando as relações existentes entre
as transações, para possibilitar a aferição do cálculo do saldo das contas. Em outros
termos, trilha de auditoria é uma técnica que permite o acompanhamento de todas as
atividades que afetam um determinado conjunto de informações, como um registro de
dados, desde o momento em que ele entra em um sistema até o instante em que é
removido.

Portanto, alternativa correta é C.

Embora a questão fosse atípica, poderíamos encontrar a resposta correta por eliminação,
uma vez que os demais conceitos expostos nas demais alternativas são de fácil
compreensão. Veja:

Letra A) evidência relevante: é uma evidência importante no contexto de uma auditoria.

Letra B) evidência apropriada: é uma evidência adequada no contexto de uma auditoria.


Adequação se refere à qualidade da evidência.

Letra D) papel de trabalho: “Documentação de auditoria é o registro dos


procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e
conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis
de trabalho”)”.[NBC TA 230(R1)][grifo nosso]

Letra E) afirmação de auditoria: segundo a NBC TA 315(R1), “afirmações são


declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às
demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de
distorções potenciais que possam ocorrer”.
Gabarito: Letra C.

8. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)


Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Na execução de procedimentos de controle interno, um auditor
acompanhou os procedimentos adotados por um agente público municipal durante a
execução de uma operação. Em seu relatório, o auditor descreveu os referidos
procedimentos bem como analisou os riscos da ação executada pelo agente público.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que o auditor realizou uma revisão analítica.
Comentários:
Item errado. No caso em tela, o procedimento adequado é a observação ao invés da
revisão analítica.
Segundo a NBC TA 500(R1):

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Observação
A17. A observação consiste no exame d processo ou procedimento executado por
outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos
empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação
fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas
é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser
observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. Ver
NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens
Selecionados para orientação adicional sobre a observação da contagem de estoque.
[grifo nosso]
Já a revisão analítica (atualmente designada por procedimentos analíticos) consiste na
avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados
financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou
seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por
meio da “verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situação ou tendências atípicas”.
Desse modo, temos que a observação é um exame de auditoria voltado para verificar
como certas atividades estão sendo executadas, enquanto a revisão analítica é um
exame voltado para constatações das “atipicidades”.

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Portanto, item errado.


Gabarito: Errado.

9. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)


Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise
de documentos e ativos tangíveis.
Comentários:
Item certo. Durante a fase de execução, o auditor aplica diversos procedimentos em
busca de evidências. A inspeção é um desses procedimentos e consiste em testar a
efetividade dos controles, particularmente daqueles relativos à segurança de quantidades
físicas ou qualidade de bens tangíveis. A evidência é coletada sobre itens tangíveis.
A Inspeção física é o ato físico de verificação, atento e minucioso do objeto (ex. bens
móveis e imóveis) sob exame, dentro ou fora das instalações do ente auditado,
observando-o no seu aspecto estrutural, com o objetivo precípuo de constatar a sua
existência, características ou condições físicas.
Segundo a NBC TA 500(R1):

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Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou
externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame
físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria
com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de
registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um
exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de
evidência de autorização.[grifo nosso]

Portanto, item certo.


Gabarito: Certo.

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Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção
monetária de certa dívida municipal e, com o objetivo de averiguar as distorções
encontradas, releu alguns documentos a fim de confirmar os termos que poderiam ter
afetado os cálculos testados.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para
complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo.

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Comentários:

Item errado. No caso em tela, o procedimento adequado é o recálculo ao invés de


revisão analítica.

Segundo a NBC TA 500(R1):

Recálculo

A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou


registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.[grifo nosso]

Já a revisão analítica (atualmente designada por procedimentos analíticos) consiste na


avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados
financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou
seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por
meio da “verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situação ou tendências atípicas”.

Desse modo, temos que o recálculo é um exame de auditoria voltado para constatações
da veracidade das demonstrações contábeis quanto à exatidão matemática, enquanto a
revisão analítica é um exame voltado para constatações das “atipicidades”.

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Portanto, item errado.

Gabarito: Errado.

11. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Entre os procedimentos de auditoria inclui-se o exame documental, o qual permite a
análise de processos, atos formalizados e documentos avulsos.
Comentários:

Item certo. Durante a fase de execução, o auditor aplica diversos procedimentos em


busca de evidências. O exame documental é um desses procedimentos e consiste em
apurar, demonstrar, corroborar e concorrer para provar, acima de qualquer dúvida cabível,
a validade e autenticidade de uma situação, documento ou atributo, ou a responsabilidade
do universo auditado, por meio de provas obtidas em documentos integrantes dos
processos de toda natureza no curso normal das atividades da entidade auditada, para
evidenciar constatações, conclusões e recomendações. De modo geral, o exame
documental busca comprovações das transações que, por meios legais, são evidenciadas
por documentos comprobatórios.

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Portanto, item certo.
Gabarito: Certo.

12. (CESPE – (Auditor Municipal de Controle Interno (CGM João


Pessoa)/Geral/Auditoria, Fiscalização, Ouvidoria e Transparência – 2018) A respeito
dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item
a seguir.
O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá
considerar o conjunto de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado;
entretanto, em caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem
problemas a mencionar, sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável.
Comentários:
Item errado. A primeira parte da questão está certa. A evidência de auditoria é
necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Ela tem natureza
cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados
durante o curso do trabalho. Obtém-se segurança razoável quando o auditor obtiver
evidência de auditoria apropriada e suficiente para a redução do risco de auditoria. Nesse
contexto, a suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. A
suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. Já a adequação é a
medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua confiabilidade
para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
A segunda parte da questão está errada, pois tanto a suficiência quanto a adequação
são características inerentes a qualquer evidência. Além disso, a obtenção de mais
evidência de auditoria não compensa a sua má qualidade. Dessa forma, suficiência e
adequação são indispensáveis tanto em análises quantitativas quanto qualitativas.

Portanto, item errado.


Gabarito: Errado.

13. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018) As evidências de auditoria


possuem diferentes níveis de persuasão quanto à validação das informações. Nesse
sentido, no que se refere à fonte, o documento que fornece maior segurança e
confiabilidade é
a) a planilha de recálculo efetuado pelo auditor.
b) o relatório de observação física do auditor.
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c) o relatório de controle interno.
d) a nota fiscal eletrônica de fornecedor.
e) o extrato bancário fornecido pela empresa auditada.
Comentários:
Quando o auditor executa procedimentos de auditoria, deve-se considerar a relevância e
a confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Por
outro lado, se houver dúvidas quanto à confiabilidade dessas informações, determina-se
quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para
solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros
aspectos da auditoria.
Sobre o tema confiabilidade da evidência, a NBC TA 500(R1) estabelece diretrizes:
Confiabilidade
A31. A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria
e, portanto, da própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as
circunstâncias nas quais são obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e
manutenção, quando relevante. Portanto, generalizações sobre a confiabilidade de
vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a importantes exceções.
Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria são
obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a
sua confiabilidade. Por exemplo, informações obtidas de fonte externa independente
podem não ser confiáveis se a fonte não tiver conhecimento ou se for possível que
especialista da administração não tenha objetividade. Embora reconhecendo que podem
existir exceções, as seguintes generalizações sobre a confiabilidade da evidência de
auditoria podem ser úteis:
• a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes
independentes fora da entidade;
• a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os
controles relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção,
impostos pela entidade, são efetivos;
• a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da
aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida
indiretamente ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de
controle);
• a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou
de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo,
uma ata de reunião elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma
representação verbal subsequente dos assuntos discutidos);
• a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que

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Auditoria Governamental para Auditor de Controle Interno
foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja
confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção. [grifo
nosso]
A questão quer saber qual das evidências enumeradas nas alternativas é a mais
confiável. Para fundamentar a sua resposta, ACREDITAMOS que a banca tomou por
base uma das generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria acima, qual
seja, “a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de
fontes independentes fora da entidade”. Nesse caso, a única que poderia ser obtida
externamente à entidade auditada seria a nota fiscal eletrônica de fornecedor. Além
disso, essa nota fiscal é um documento formal, fazendo com ela cumpra mais outra
generalização quanto a sua confiabilidade – “a evidência de auditoria em forma de
documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a
evidência obtida verbalmente”. Já as demais evidências enumeradas nas outras
alternativas, todas são obtidas por fontes internas.
Por outro lado, tomando por base uma outra generalização possível no caso em tela, qual
seja, “a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do
que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência”, haveria, nesse
caso, duas alternativas corretas - o relatório de observação física do auditor e a
planilha de recálculo efetuado pelo auditor. Isso levaria a anulação da questão.
Ressalto que nem sempre as questões estão bem redigidas e explicadas. Temos que
ficar atentos e escolher a melhor alternativa.
Portanto, alternativa correta é D.
Gabarito: Letra D

14. (CESPE Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa - 2017) Ao


examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações
entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a
análise vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias
orçadas etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise
de regressão, o auditor adota o procedimento denominado
a) inspeção.
b) confirmação.
c) recálculo.
d) contagem.
e) revisão analítica
Comentários:

Questão aborda a aplicação de um procedimento de auditoria com o objetivo de verificar


as relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros por

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meio do procedimento de revisão analítica. A revisão analítica (atualmente designada por
procedimentos analíticos) consiste na avaliação das informações feitas por meio de
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os
procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações
identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se
desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são utilizados quando há
atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da verificação do
comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades
absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas.
A tolerância, fixada antes de ser realizado o teste, é a máxima diferença aceitável entre os
valores esperados (projetados pelo modelo) e os valores reais que forem observados.
Ultrapassado esse limiar, considera-se não explicada a variação, demandando
explicações e testes adicionais. Essa tolerância pode ser especificada como um
determinado valor monetário, um percentual predeterminado, uma combinação de ambos
ou, mais raramente, através do resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. Se o
auditor desejar entrar em maior profundidade estatística, poderá aplicar procedimentos
adicionais que permitem ao modelo captar variações nos dados que não se encaixem na
hipótese de dependência linear estrita de uma variável em relação a outra.

No caso em tela, durante o teste de revisão analítica, o auditor fez a análise vertical das
demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas.

Portanto, alternativa correta é E.

Comentário das demais alternativas:

Letra A) inspeção física: exame de registros ou documentos, internos ou externos, em


forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um
ativo.[NBC TA 500]

Letra B) confirmação externa: é a evidência de auditoria obtida como resposta por


escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato
eletrônico ou outro meio. [NBC TA 505]

Letra C) recálculo (conferência de cálculos) que é a revisão das memórias de cálculos


ou a confirmação de valores por meio do cotejamento de elementos numéricos
correlacionados, de modo a constatar a adequação dos cálculos apresentados; análise
documental. [NBC TA 500]

Letra D) contagem: as duas implicações mais usuais de contagem são (1) a contagem
física de recursos tangíveis, tais como caixa em tesouraria ou o estoque em mãos, e (2)
localização de todos os documentos pré-numerados. A primeira constitui uma forma de
avaliação da evidência física, enquanto a segunda pode ser vista como uma forma de
avaliação dos controles internos da companhia, mediante evidência objetiva da
integridade dos registros contábeis. Contagem proporciona evidência ascendente, cujo
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contexto econômico deve inicialmente ser buscado, via evidência descendente. [William
C. Boynton e outros (Auditoria, Atlas, 2002)]
Gabarito: Letra E

15. (CESPE – Analista Judiciário (TRE BA)/Contabilidade/ Administrativa – 2017) Na


sua prestação de contas, um servidor de determinado órgão federal apresentou recibos
da utilização de taxi, notas fiscais de alimentação e de hospedagem. O setor financeiro
processou a prestação de contas e fez a devida guarda da documentação após registro
na contabilidade da entidade.
Nesse caso, se o auditor interno desejar verificar a integridade dessas informações
contábeis, o procedimento adequado será o(a)
a) confirmação externa.
b) vouching.
c) inspeção física.
d) rastreamento.
e) conferência de cálculos.
Comentários:
Questão aborda procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor em
busca de evidências apropriadas e suficientes. O auditor quer verificar a
integridade, que consiste em verificar se todas as transações e todos os
eventos foram registrados. Dos procedimentos elencados na questão o mais
adequado é o rastreamento , uma vez que é realizad a uma investigação
minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e
procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do
responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado. Portanto,
alternativa correta é D.
Comentário da s demais alternativas:
Letra A) confirmação externa : é a evidência de auditoria obtida como
resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que
confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. [NBC TA 505]
Letra B) vouching: envolve (1) seleção de lançamentos nos registros
contábeis e (2) obtenção e inspeção da documentação com base na qual os
lançamentos foram efetuados, para determinação da validade e exatidão
das transações contabilizadas. A direção do teste é oposta à do
rastreamento. É um procedimento muito utilizado para detectar lançamentos
a maior nos registros contábeis. Assim, constitui procedimento importante
para obtenção de evidências sobre afirmações de existência ou ocorrência.
Vouching fornece evidência ascendente e como acontece com rastreamento
e contagem, geralmente é precedido pela realização de procedimentos
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descendentes com os quais se obtêm evidências do contexto econômico
com base no qual o vouching deve ser realizado.[W illiam C. Boynton e
outros (Auditoria, Atlas, 2002)]
Letra C) inspeção física: exame de registros ou documentos, internos ou
externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o
exame físico de um ativo.[NBC TA 500]
Letra E) conferência de cálculos (recálculo) que é a revisão das
memórias de cálculos ou a confirmação de valores por meio do cotejamento
de elementos numéricos correlacionados, de modo a constatar a adequação
dos cálculos apresentados; análise documental. [NBC TA 500]
Gabarito: Letra D.

16. (CESPE Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de
auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue.
Os procedimentos de auditoria são definidos no próprio programa. Nessa ocasião,
descreve-se o que deve ser feito e como devem ser realizados os exames. As
averiguações e verificações devem permitir que os auditores formem uma opinião que
fundamente sua manifestação.
Comentários:
Item certo. Item aborda aspectos dos procedimentos de auditoria. Crepaldi,
em sua obra, na versão digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª
ed. São Paulo: Atlas, 2016, p.90” explicita que:
10.13 PROGRAMA DE AUDITORIA
Antes de iniciar qualquer trabalho de auditoria, convém ter preparado um
programa de auditoria, que é um rol de medidas de verificação a serem
aplicados, expostas de tal forma que as inter -relações de um
procedimento com outro estejam claramente demonstradas . O
julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre os
programas de auditoria.
O programa de auditoria consiste em p lano de trabalho para exame de
área específica. Ele prevê os procedimentos que deverão aplicados
para que se possa alcançar o resultado desejado .
[...] A Comissão de Normas de Contábeis e Procedimentos de Auditoria já
levou em consideração esse problemas e expediu recomendações de que
deve ser estimulada a preparação de programas de auditoria detalhados
que possam ser adotados para muitos outros tipos de serviços além
dos rotineiros.
Considerando os seguintes itens:
Quando deve ser preparado o programa;
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Quem deve preparar o programa;
Qual a utilidade do programa; e
Qual a vantagem de não se preparar o programa.[grifo nosso]
No mesmo sentido, Marcelo Cavalcanti Almeida (Auditoria: um curso
moderno e completo. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2012, p.83) evidencia os
principais objetivos dos programas de auditoria são os seguintes:
- Estabelecer, por escrito, a política da firma de auditoria;
- Padronizar os procedimentos de auditoria dos profissionais de uma mesma
organização;
- Evitar que sejam omitidos procedimentos importantes de auditoria;
- Melhorar a qualidade dos serviços de auditoria.
O programa de auditoria é uma definição ordenada de objetivos,
determinação de escopo e roteiro de procedimentos detalhados, destinado a
orientar a equipe de auditoria; configura -se na essência operacional do
trabalho de auditagem relativamente a uma área especifica da Companhia
ou a gestão de determinado sistema organizacional e deve estabelecer os
procedimentos para a identificação, analise avaliação e registro da
informação durante a execução do trabalho.
A NBC T 11 - IT - 07 (Interpretação Técnica do Planejamento da Auditoria)
prevê a relação do programa de auditoria com os procedimentos. Veja:
CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
[...]
7. O programa de auditoria deve ser preparado por escrito ou por outro
meio de registo, o que facilita o entendimento dos procedimentos de
auditoria a serem adotados e propicia uma orientação mais adequada para
a divisão do trabalho.
8. O detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem adotados
deve esclarecer o que o auditor necessita examinar na entidade , com
base no seu sistema contábil e de controles internos.
9. No programa de auditoria devem ficar claras as diversas épocas para
a aplicação dos procedimentos e a extensão com que os exames ser ão
efetuados.
10. O programa de auditoria, além de servir como guia e instrumento de
controle para a execução do trabalho, deve abranger todas as áreas a
serem examinadas pelo auditor independente.[grifo nosso]
Uma vez definido os procedimentos no programa de auditoria, o auditor está
apto à utilizá-los para fazer averiguações e verificações em busca de
evidências para fundamentar a sua opinião.

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Ressalte-se que essa norma – INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC T 11 - IT -
07 - foi revogada pela NBC TA 200. É comum, em auditoria, cobrar
dispositivos de normas revogadas. Por isso, nada de querer “brigar” com a
banca quanto a essa prática.
Portanto, item certo.
Gabarito: Certo.

17. (CESPE - Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de
auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue.
Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença
máxima aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em
valor monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o
resultado de modelos estatísticos mais sofisticados.
Comentários:

Item certo. A revisão analítica (atualmente designada por procedimentos analíticos)


consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis
entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou
seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por
meio da verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situação ou tendências atípicas. A tolerância, fixada antes de ser realizado o teste, é a
máxima diferença aceitável entre os valores esperados (projetados pelo modelo) e os
valores reais que forem observados. Ultrapassado esse limiar, considera-se não explicada
a variação, demandando explicações e testes adicionais. Essa tolerância pode ser
especificada como um determinado valor monetário, um percentual predeterminado, uma
combinação de ambos ou, mais raramente, através do resultado de modelos estatísticos
mais sofisticados. Se o auditor desejar entrar em maior profundidade estatística, poderá
aplicar procedimentos adicionais que permitem ao modelo captar variações nos dados
que não se encaixem na hipótese de dependência linear estrita de uma variável em
relação a outra.

Portanto, item certo.

Gabarito: Certo.

18. (CESPE- Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de
auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue.

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O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar
com os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuando
um teste de observância.
Comentários:

Item certo. A situação apresentada coincide com um dos procedimentos que devem ser
levado em consideração na aplicação dos testes de observância - observação. Veja:

Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os


controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e
administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes
procedimentos:

a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;

b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua


execução; e

c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou


jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.[ item
12.2.3.2, NBC TI 01] [grifo nosso]

Portanto, item certo.

Gabarito: Certo.

19. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR)/Contábil - 2016 ) Uma evidência de


auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a existência real de recursos humanos,
instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência
a) analítica.

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b) física.
c) testemunhal.
d) por confirmação de terceiros.
e) documental
Comentários:
Questão aborda aspecto doutrinário acerca da classificação da evidência de
auditoria.
Crepaldi explicita que:
“As informações que fundamentam os resu ltados de auditoria são chamadas
de evidências, que ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo
a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à
administração da entidade. Portanto, temos os tipos de evidência
mencionados a seguir:
analítica: comparações com expectativas desenvolvidas com base em
experiência anterior, orçamento, dados e conhecimento;
documentárias: diversos tipos de documentos em poder do auditado que
podem ser inspecionados durante a auditoria;
eletrônicas: informaç ões produ zidas e mantidas em meio eletrônico;
confirmação: tipo especial de evidência documentária que envolve, por
escrito, respostas diretas e solicitações escritas;
matemática: recálculo, do auditor, de valores utilizados na preparação das
demonstrações contábeis;
física: evidência obtida em exame físico ou inspeções de ativos
intangíveis;
representação por escrito: declarações que abordam afirmações da
administração, assinadas por pessoas responsáveis e competentes.
verbal: o auditor, muitas ve zes, rece be evidência verbal em resposta às
perguntas dirigidas a executivos e funcionários.” [ Auditoria Contábil:
teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2016 , p.194] [grifo nosso]
Analisando a situação descrita, o que prevalece é o aspecto material, ou
seja, a existência real de algo tangível (evidência física).
Portanto, alternativa correta é B.
Gabarito: Letra B.

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20. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Administração / Administrativa -
2016) Com relação ao que dispõem as Normas Técnicas de Auditoria (NBC–TA), julgue o
próximo item.
A qualidade da evidência de auditoria é medida pela sua suficiência, que é composta por
aspectos como a relevância e a confiabilidade da informação que dará suporte às
conclusões do auditor.
Comentários:

Item errado. A questão inverteu as características de suficiência e adequação, segundo a


NBC TA 200 (R1). Veja:

A30. A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua


relevância e confiabilidade no suporte das conclusões em que se baseia a opinião
do auditor. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua
natureza e depende das circunstâncias individuais em que são obtidas. [grifo nosso]

Portanto, item errado.

Gabarito: Errado.

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CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 10ª edição. São Paulo:
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