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DE _____________
PROCESSO: xxxx
xxxxxxxxx, parte qualificada nos autos em epígrafe, por seus advogados que esta
subscrevem, inconformada com a r. sentença proferida, vem respeitosamente à presença
de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO INOMINADO, nos termos das razões
que seguem.
Informa que deixa de juntar as guias de preparo recursal por ser beneficiário da justiça
gratuita.
Requer, assim, após seu recebimento, a remessa eletrônica dos autos para Egrégia Turma
Recursal.
Por derradeiro, requer que as publicações sejam realizadas exclusivamente nome da
Dra., inscrita na OAB/SP nº xxx, sob pena de nulidade.
Nestes termos,
Pede e espera provimento.
Local, data
Advogado
RAZÕES DO RECURSO
AUTOS:
ORIGEM:
RECORRENTE:
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS
PRELIMINARMENTE
DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso é tempestivo, porque a parte Recorrente tomou ciência da publicação
da sentença dia xxxxx.
Considerando do dia xx até dia 20/01/2018 os prazos ficam suspensos em razão das férias
do advogado, nos termos do art. 220 do CPC, o prazo fatal para recurso vence dia xxx.
Assim esse recurso é tempestivo.
DO PREQUESTIONAMENTO
Tendo em vista que a discussão do tema proposto envolve a negativa de vigência de Lei
Federal e também violação à Constituição Federal, há possibilidade de que seja necessária a
interposição de recursos excepcionais.
Para tanto a matéria deverá ser enfrentada perante as instâncias ordinárias, nos termos
das Súmulas 282 e 356 do STF.
A matéria fica, portanto, desde já PREQUESTIONADA, para fins recursais, requerendo
expressa manifestação deste Judiciário quanto à violação dos dispositivos citados.
Não podemos esquecer também de alguns princípios como o IN DÚBIO PRO MISERO E DA
FUNÇÃO SOCIAL DA PREVIDÊNCIA, e, basta a análise da documentação médica juntada nos
autos para verificar a complexidade do caso e a necessidade de perícia específica.
Neste diapasão, o nobre julgador a quo não concedeu aposentadoria o restabelecimento do
auxílio doença, mesmo depois de todos os documentos apresentados que comprovam a
incapacidade. O perito nomeado não respondeu claramente aos quesitos, sendo inegável a
contradição entre as anomalias, os laudos de “verdadeiros peritos” (médicos que
acompanham a recorrente há anos), e o laudo do perito do juízo.
Por fim, não soa justo nem razoável atribuir-se efeito a referida sentença, sem o
estabelecimento do benefício, eis que a recorrente não pode retornar ao trabalho.
É necessária, ante todo o exposto, a reforma na sentença para conceder aposentadoria por
invalidez à recorrente, ou, ao menos, a realização de nova perícia, a ser perfectibilizada por
médico especialista.
Foi diagnosticado que a parte recorrente é portadora de (incluir doença e CID/CIF),
limitações estas que a impossibilita de realizar atos comuns da sua vida diária.
Ora Excelência, como pode o réu cessar/indeferir o benefício alegando não ter
incapacidade para o trabalho, sendo que os laudos médicos concluíram justamente o
contrário?
Não há dúvidas da existência do mal que a impede de reingressar ao mercado de trabalho,
como se denota através da documentação acostada aos autos, e assim obter a concessão do
restabelecimento do auxílio doença, pois apresenta a carência necessária não perdendo a
qualidade de segurado, em razão do surgimento da doença, conforme os documentos que
seguem anexos a inicial.
Consigne-se, portanto, que a segurada faz jus, ao auxílio-doença previdenciário, nos termos
da Lei 8.213/91, artigo 59:
“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15
(quinze) dias consecutivos”.
Nesta linha, o artigo 1º da Lei n.º 8.213/91, definindo o objetivo da Previdência Social,
refere-se a "assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção,
por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço,
encargos familiares e de reclusão ou morte daqueles de quem dependiam
economicamente" (g.n.).
No dizer de Sergio Pinto Martins, a Previdência Social consiste, portanto, numa forma de
assegurar ao trabalhador, com base no princípio da solidariedade, benefícios ou serviços
quando seja atingido por uma contingência social.
Finalmente, (e o mais importante para o caso em concreto), conforme entendimento
esposado pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
"O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar sua convicção com outros elementos ou fatos provados
nos autos, sendo certo, ademais, que o princípio do livre convencimento motivado apenas reclama do juiz que
fundamente sua decisão, em face dos elementos dos autos e do ordenamento jurídico" (STJ, AGRESP 439574/MG,
Relator Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ de 5.5.2003, p. 307).
NOVA PERÍCIA
Caracterizada a deficiência da perícia retratada por um laudo lacônico ou inconclusivo,
requer a parte pericianda, a realização de nova perícia (art. 480, CPC), regida pelas mesmas
disposições estabelecidas para a perícia que a antecedeu (art. 480, § 2º, CPC).
A segunda perícia terá por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira,
suprindo omissões ou corrigindo inexatidões dos resultados decorrentes do trabalho
pericial anterior (art. 480, § 1º, CPC).
Nos termos do artigo 480, § 3º, “a segunda perícia não substituirá a primeira, cabendo ao
juiz apreciar o valor de uma e de outra”. Pensamos que a aplicação desta regra somente
será possível quando os vícios forem sanáveis. Afinal, se o trabalho pericial vier a ser
considerado nulo, não há como se cogitar sua valoração pelo magistrado, hipótese na qual a
segunda perícia certamente é realizada em substituição à primeira.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, a parte recorrente requer a esta I. Turma Recursal, conheça do
presente recurso e, no mérito lhe dê TOTAL PROVIMENTO, reformando a decisão (error in
judicando) de 1º Grau para JULGAR TOTALMENTE PROCEDENTE A DEMANDA para:
I – conceder benefício decorrente de incapacidade laboral;
II - subsidiariamente, caso seja de entendimento desta Turma, anular a sentença proferida
e determinar a realização de nova perícia médica, por médico especialista na área de
reumatologista.
Requer, ainda:
Agilidade na apreciação do julgamento do feito, por se tratar de verba de caráter
alimentar, e estar em condição de miserabilidade a parte recorrente e sua família;
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Loca, data
Advogados
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