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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL

DE _____________

PROCESSO: xxxx

xxxxxxxxx, parte qualificada nos autos em epígrafe, por seus advogados que esta
subscrevem, inconformada com a r. sentença proferida, vem respeitosamente à presença
de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO INOMINADO, nos termos das razões
que seguem.
Informa que deixa de juntar as guias de preparo recursal por ser beneficiário da justiça
gratuita.
Requer, assim, após seu recebimento, a remessa eletrônica dos autos para Egrégia Turma
Recursal.
Por derradeiro, requer que as publicações sejam realizadas exclusivamente nome da
Dra., inscrita na OAB/SP nº xxx, sob pena de nulidade.
Nestes termos,
Pede e espera provimento.
Local, data
Advogado

RAZÕES DO RECURSO
AUTOS:
ORIGEM:
RECORRENTE:
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS

EGRÉGIA TURMA RECURSAL


COLENDOS JULGADORES
SÍNTESE DOS FATOS
O Recorrente é portador de xxxxxx estando totalmente incapacitado de exercer suas
atividades laborais desde xxxx, conforme confirmado pelos Laudo Médicos acostados aos
autos.
Entretanto, o MM juiz de primeiro grau, julgou improcedente a presente ação, acatando
exclusivamente os termos apresentados no laudo do perito judicial, nos seguintes termos:
(colacionar o dispositivo da sentença)
Ocorre, todavia, que a presente decisão está eivada de nulidade, conforme será
demonstrado.

PRELIMINARMENTE

DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso é tempestivo, porque a parte Recorrente tomou ciência da publicação
da sentença dia xxxxx.
Considerando do dia xx até dia 20/01/2018 os prazos ficam suspensos em razão das férias
do advogado, nos termos do art. 220 do CPC, o prazo fatal para recurso vence dia xxx.
Assim esse recurso é tempestivo.

DA DESNECESSIDADE DA REALIZAÇÃO DO PREPARO RECURSAL ANTE A CONCESSÃO


DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
A parte Recorrente esclarece que é beneficiária da Gratuidade Processual, e, portanto,
isento do recolhimento de custas, conforme deferido na sentença:
(...)
Inicialmente, concedo o benefício da assistência judiciária gratuita à parte autora, ante o
requerimento expresso formulado na petição inicial, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituição Federal e do artigo 4º da Lei 1.060/50.
(grifo nosso)

DO PREQUESTIONAMENTO
Tendo em vista que a discussão do tema proposto envolve a negativa de vigência de Lei
Federal e também violação à Constituição Federal, há possibilidade de que seja necessária a
interposição de recursos excepcionais.
Para tanto a matéria deverá ser enfrentada perante as instâncias ordinárias, nos termos
das Súmulas 282 e 356 do STF.
A matéria fica, portanto, desde já PREQUESTIONADA, para fins recursais, requerendo
expressa manifestação deste Judiciário quanto à violação dos dispositivos citados.

BREVE RELATO DOS FATOS


Primeiramente, cumpre esclarecer que por acreditar no que está disposto no art. 201,
inciso I, da Constituição Federal, e no direito à percepção do benefício ali previsto, bem
como no slogan do Instituto Nacional da Previdência Social: “Previdência Social, proteção
para o trabalhador e sua família”, que a parte autora aguarda o justo e devido
reconhecimento à percepção de seu benefício em decorrência de incapacidade laboral.
Cumpre esclarecer que a parte Autora requereu administrativamente o benefício auxílio-
doença em razão do quadro incapacitante de (descrever a doença com CID/CIF)
Em decorrência do indeferimento do pedido, interpôs a presente ação vez que a
parte recorrente encontra-se em tratamento médico paliativo diante do quadro
irreversível e doloroso que levou a limitação física, impedida de desenvolver a
atividade que sempre realizou para manter seu sustento, restando na incapacidade
para o trabalho, já que para o exercício da profissão de DE xxxxxx é imprescindível
habilidades com os membros em sua capacidade plena.
Desse modo, o perito do juízo, após perícia absurdamente superficial, afirmou de maneira
leviana e irresponsável que a recorrente possui capacidade para o labor. Demonstrou-se
para o juízo que o douto perito nem mesmo respondeu aos quesitos trazidos pela parte
autora, requerendo, portanto, nova perícia, realizada por expert na área de xxxx.
Porém, a r. sentença julgou improcedente o pedido pois a perícia não constatou
incapacidade laborativa da parte recorrente, mesmo tendo sido apresentados exames,
atestados e declarações médicas, os quais são expressos ao mencionar que a parte
autora é portadora de tais moléstias, estando em tratamento contínuo apenas
paliativo, não havendo previsão do fim do tratamento, CONCLUINDO PELA
IMPOSSIBILIDADE DE RETORNO AO TRABALHO.
Em sentença, o d. magistrado a quo entendeu que o pleito por novo exame se tratava de
mero inconformismo, convalidando a desleixada perícia realizada, indeferindo a concessão
do benefício requerido. Entendimento esse que não pode prevalecer conforme será
demonstrado.
RAZÕES DO RECURSO INOMINADO
DA NECESSIDADE DE REFORMA DA SENTEÇA
Em sentença, a recorrente teve seu pedido negado sob a alegação de haver capacidade para
o trabalho, tendo em vista o laudo pericial juntado.
Todavia, a sentença proferida merece reforma, uma vez que baseada em uma prova que
contraria toda a documentação médica juntada nos autos. De fato, a perícia judicial foi feita
por médico não especialista, que não soube avaliar o quadro de saúde da recorrente da
maneira correta.
Veja-se que o laudo pericial sequer atendeu aos quesitos juntados pela parte autora.
Muito embora a documentação médica constante dos autos atesta a sequelas, a exemplo do
relatório de xxxxx, da médica assistente, Drª xxxx, inscrita no CRM sob o nº xxx, médica
especialista em xxxx, nos seguintes termos:
(colacionar o relatório da médica assistente)
Insta esclarecer que o periciando diariamente está acometido de sintomas como dor
intensa diariamente, apesar de toda dedicação ao tratamento médico há anos, sua moléstia
só aumenta.
Observações estas necessárias a serem registradas no próprio laudo pericial:
(colacionar partes importantes do laudo pericial do assistente – se houver)
O que fugiu a r. sentença foi a sensibilidade de analisar de uma forma ampla o presente
caso, afinal os sintomas e efeitos perversos de sua doença (aspecto físico) incidem e tem
repercussão gigantescas no cerne de sua atividade cotidiana e no Princípio da Dignidade
Humana e das Liberdades Fundamentais, as quais o segurado, de alguma forma busca
abrandar por meio da Previdência Social.
Para dar maior robustez a impugnação, aponta-se também o descaso do perito, com a parte
autora, pois essa tem dificuldades que se agravaram com o decorrer dos anos, como para
sair de casa, bem como utilizar transporte público, afinal quem sente as fortes dores que
lhe acomete há anos como irá realizar atividades da vida comum?
Inegável a necessidade de nova perícia na especialidade requerida na Inicial e reiterada na
impugnação ao laudo pericial.
Nota-se que a jurisprudência não apenas autoriza como encoraja a realização de nova
perícia quando o exame original é insuficiente:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OU AUXÍLIO-DOENÇA. INCAPACIDADE. NECESSIDADE DE
REALIZAÇÃO DE NOVA PERÍCIA MÉDICA. BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM. REABERTURA DE INSTRUÇÃO. REALIZAÇÃO
DE LAUDO. 1. Consoante estabelece o artigo 437do CPC, o juiz pode determinar a realização de nova perícia
quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida. A segunda perícia, segundo estatui o artigo 438
do CPC, "tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou
inexatidão dos resultados a que esta conduziu", sendo certo que ao julgar o feito, cabe "ao juiz apreciar
livremente o valor de uma e outra" (parágrafo único do art. 439 do CPC). 2. A realização de nova perícia pressupõe
reabertura da instrução processual, e, consequentemente, julgamento da causa com consideração do elemento de
prova agregado aos autos. Quando o feito está no Tribunal de apelação, assim, havendo necessidade de outra
perícia, só resta a anulação da sentença, pois necessária também a manifestação do juiz de primeiro grau acerca
dos novos elementos de convicção que a Corte ad quem reputou essenciais para o adequado julgamento da causa.
3. Hipótese em que se impõe anular a sentença para determinar a reabertura da instrução processual, com a
realização de nova perícia. (TRF4, AC 2009.72.99.000244-3, QUINTA TURMA, Relator para Acórdão RICARDO
TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, D. E. 19/04/2010)

AÇÃO DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO. AUXÍLIO DOENÇA E/OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.


IMPROCEDENCIA. PRELIMINAR DE NULIDADE EM RAZÃO DA NÃO INTIMAÇÃO DO INSS PARA SE MANIFESTAR
SOBRE O PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO. REJEITADA. PEDIDO DE DECLARAÇÃO, INCIDENTER TANTUM, DE
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 3º DA LEI 9469/97. REJEITADO. PRELIMINAR DE NULIDADE POR TER SIDO A
PERICIA MÉDICA REALIZADA POR PERITO NÃO ESPECIALISTA. ACOLHIMENTO. DESATENDIMENTO AO QUE DISPÕE
O ART. 145 E PARÁGRAFOS DO CPC. DESIGNAÇÃO DE NOVO PERITO. NECESSIDADE. SENTENÇA ANULADA.
RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO. Assim, dou provimento ao recurso da parte autora, para anular a sentença,
devendo os autos retornarem ao juízo de origem, para realização de nova perícia. (Classe: Apelação, Número do
Processo: 0100559-69.2008.8.05.0001, Relator (a): Cynthia Maria Pina Resende, Quarta Câmara Cível, Publicado
em: 18/11/2015)

Não podemos esquecer também de alguns princípios como o IN DÚBIO PRO MISERO E DA
FUNÇÃO SOCIAL DA PREVIDÊNCIA, e, basta a análise da documentação médica juntada nos
autos para verificar a complexidade do caso e a necessidade de perícia específica.
Neste diapasão, o nobre julgador a quo não concedeu aposentadoria o restabelecimento do
auxílio doença, mesmo depois de todos os documentos apresentados que comprovam a
incapacidade. O perito nomeado não respondeu claramente aos quesitos, sendo inegável a
contradição entre as anomalias, os laudos de “verdadeiros peritos” (médicos que
acompanham a recorrente há anos), e o laudo do perito do juízo.
Por fim, não soa justo nem razoável atribuir-se efeito a referida sentença, sem o
estabelecimento do benefício, eis que a recorrente não pode retornar ao trabalho.
É necessária, ante todo o exposto, a reforma na sentença para conceder aposentadoria por
invalidez à recorrente, ou, ao menos, a realização de nova perícia, a ser perfectibilizada por
médico especialista.
Foi diagnosticado que a parte recorrente é portadora de (incluir doença e CID/CIF),
limitações estas que a impossibilita de realizar atos comuns da sua vida diária.
Ora Excelência, como pode o réu cessar/indeferir o benefício alegando não ter
incapacidade para o trabalho, sendo que os laudos médicos concluíram justamente o
contrário?
Não há dúvidas da existência do mal que a impede de reingressar ao mercado de trabalho,
como se denota através da documentação acostada aos autos, e assim obter a concessão do
restabelecimento do auxílio doença, pois apresenta a carência necessária não perdendo a
qualidade de segurado, em razão do surgimento da doença, conforme os documentos que
seguem anexos a inicial.
Consigne-se, portanto, que a segurada faz jus, ao auxílio-doença previdenciário, nos termos
da Lei 8.213/91, artigo 59:
“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15
(quinze) dias consecutivos”.

Nesta linha, o artigo 1º da Lei n.º 8.213/91, definindo o objetivo da Previdência Social,
refere-se a "assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção,
por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço,
encargos familiares e de reclusão ou morte daqueles de quem dependiam
economicamente" (g.n.).
No dizer de Sergio Pinto Martins, a Previdência Social consiste, portanto, numa forma de
assegurar ao trabalhador, com base no princípio da solidariedade, benefícios ou serviços
quando seja atingido por uma contingência social.
Finalmente, (e o mais importante para o caso em concreto), conforme entendimento
esposado pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
"O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar sua convicção com outros elementos ou fatos provados
nos autos, sendo certo, ademais, que o princípio do livre convencimento motivado apenas reclama do juiz que
fundamente sua decisão, em face dos elementos dos autos e do ordenamento jurídico" (STJ, AGRESP 439574/MG,
Relator Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ de 5.5.2003, p. 307).

NOVA PERÍCIA
Caracterizada a deficiência da perícia retratada por um laudo lacônico ou inconclusivo,
requer a parte pericianda, a realização de nova perícia (art. 480, CPC), regida pelas mesmas
disposições estabelecidas para a perícia que a antecedeu (art. 480, § 2º, CPC).
A segunda perícia terá por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira,
suprindo omissões ou corrigindo inexatidões dos resultados decorrentes do trabalho
pericial anterior (art. 480, § 1º, CPC).
Nos termos do artigo 480, § 3º, “a segunda perícia não substituirá a primeira, cabendo ao
juiz apreciar o valor de uma e de outra”. Pensamos que a aplicação desta regra somente
será possível quando os vícios forem sanáveis. Afinal, se o trabalho pericial vier a ser
considerado nulo, não há como se cogitar sua valoração pelo magistrado, hipótese na qual a
segunda perícia certamente é realizada em substituição à primeira.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, a parte recorrente requer a esta I. Turma Recursal, conheça do
presente recurso e, no mérito lhe dê TOTAL PROVIMENTO, reformando a decisão (error in
judicando) de 1º Grau para JULGAR TOTALMENTE PROCEDENTE A DEMANDA para:
I – conceder benefício decorrente de incapacidade laboral;
II - subsidiariamente, caso seja de entendimento desta Turma, anular a sentença proferida
e determinar a realização de nova perícia médica, por médico especialista na área de
reumatologista.
Requer, ainda:
Agilidade na apreciação do julgamento do feito, por se tratar de verba de caráter
alimentar, e estar em condição de miserabilidade a parte recorrente e sua família;
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Loca, data
Advogados
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