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Para mim, que já fui descrita como uma apaixonada por flauta doce
por diversas vezes, é uma alegria sem fim olhar para este livro que surge
para nos auxiliar neste trabalho árduo e gratificante de manter viva a prática
da flauta doce em nosso país.
Precisamos de mais. Precisamos ter caminhos, práticas e
pensamentos diferentes a percorrer, a escolher, a recorrer.
Este texto sobre a flauta doce hoje traz informações sobre o que
chamamos da prática contemporânea para o instrumento, em nossa língua
materna, com o objetivo de aproximar os estudantes e flautistas brasileiros
de uma literatura que só é acessível em língua estrangeira. Isso torna mais
simples o caminho daquele que deseja conhecer mais profundamente a
prática da flauta doce.
Um início para que o autor possa contribuir ainda mais para esse
instrumento musical tão especial.
09 de janeiro de 2017
O presente livro originou-se do meu trabalho monográfico de
conclusão do curso de música, orientado pelo professor doutor Ticiano
Rocha. É fruto de muito estudo e de um árduo, porém prazeroso trabalho
que envolve um instrumento que é o centro de uma delicada discussão: a
flauta doce1, também conhecida como flauta de bisel. Esse instrumento tão
peculiar originou-se de um apito folclórico, presente em culturas muito
remotas (O’KELLY, 1990). No princípio, era apenas um apito num tubo
escavado em um galho ou num vaso moldado na argila, o qual produzia um
som que fascinava o homem pré-histórico.
1
Para não tornar o termo “ ” ou “ ” (como prefiro) muito repetitivo, toda referência ao
instrumento será feito apenas como flauta. As demais formas desse tipo de instrumento serão
acompanhadas de sua designação. Ex.: flauta transversa, ocarina e assim por diante. Vale
ressaltar que toda a experimentação foi desenvolvida com a flauta alto.
instrumento começou a ser refinado e ocupar lugar de destaque em diversas
culturas ao redor do mundo. O tempo passou, o instrumento modificou-se,
desapareceu e ressurgiu no cenário musical, em meados do século XVIII,
depois de passar 150 anos esquecido e ofuscado pelos instrumentos mais
conhecidos (HAUWE, 1984). Contudo, a flauta nunca deixou de fascinar o
homem. Embora informações mais recentes nos levem a acreditar que a
flauta tenha sobrevivido até a metade do século XIX na forma do ,
uma curiosa flauta em Lá@, podemos dizer também que esse instrumento
permaneceu, no cenário musical, na forma do francês, até o início
do século XX (KÜFFER, 2016).