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Campus Alegrete
Tubo de Venturi
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SUMÁRIO
1. RESUMO 4
2. INTRODUÇÃO 5
3. OBJETIVO 11
4. METODOLOGIA 11
5. RESULTADOS 13
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS 21
7. BIBLIOGRAFIA 21
1. RESUMO
Mecânica dos fluidos é o ramo da física que estuda o comportamento dos fluidos em
repouso (estática dos fluidos), seus movimentos (dinâmica dos fluidos) e também da interação
entre corpos sólidos em contato com fluidos.
Fluido é toda substância que não resiste à tensão de cisalhamento aplicada em sua
superfície.
ABSTRACT
Fluid mechanics is the branch of physics that studies the behavior of resting fluids (fluid
statics), their movements (fluid dynamics) and also the interaction between solid bodies in contact
with fluids.
Fluid is any substance that does not withstand the shear stress applied on its surface
2. INTRODUÇÃO
Segundo Çengel et al (2012), mecânica dos fluidos é o ramo da física que estuda o
comportamento dos fluidos em repouso (estática dos fluidos), seus movimentos (dinâmica dos
fluidos) e também da interação entre corpos sólidos em contato com fluidos.
Ainda de acordo com Çengel et al (2012), uma das caracterizações dos fluidos é a de não
resistir às tensões de cisalhamento aplicadas.
Em vista que o processo de convecção está presente tanto em transporte de energia em
forma de calor como no transporte de um fluido, Tardu et al (2008) diz que as equações que
descrevem o escoamento de um fluido incompressível sendo a Eq. (1) a equação de conservação
da massa de um fluido escoando, a Eq. (2) a equação que descreve a conservação do momento.
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕
𝜕𝜕
+𝜕 +𝜕 + 𝜕 +𝜕( + + ) =0 (1)
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕 𝜕𝜕
𝜕
𝜕𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝜕 𝜕 𝜕²𝜕 𝜕²𝜕 𝜕²
𝜕( +𝜕 𝜕 +𝜕 𝜕 +𝜕 )= 𝜕 +𝜕( + + 𝜕 )+𝜕 (2.a)
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕² 𝜕𝜕²
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝜕
𝜕 𝜕 𝜕 ²
𝜕𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝜕 𝜕 𝜕²𝜕 𝜕²𝜕 𝜕²
𝜕( +𝜕 𝜕 +𝜕 𝜕 +𝜕 )= 𝜕 +𝜕( + + 𝜕 )+𝜕 (2.b)
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕² 𝜕𝜕²
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝜕
𝜕 𝜕 𝜕 ²
𝜕𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝜕 𝜕 𝜕²𝜕 𝜕²𝜕 𝜕²
𝜕( +𝜕 𝜕 +𝜕 𝜕 +𝜕 )= 𝜕 +𝜕( + + 𝜕 )+𝜕 (2.c)
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕𝜕² 𝜕𝜕²
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝜕
𝜕 𝜕 𝜕 ²
componentes (u, v, w) formam o vetor velocidade; no caso da equação 2, ela foi dividida entre as
direções cartesianas de X, Y e Z.
Antes do estudo aprofundado do comportamento de um fluido, é essencial a explicação do
do comprimento, podendo ser desconsiderada a profundidade, maneira essa que que aproxima o
escoamento para um deslocamento em duas dimensões, sendo y a altura a partir da placa e x como
sendo a distância a partir do início da placa. A Fig. (1) exemplifica as fases do escoamento.
𝜕𝜕
𝜕y=0 =0 (3)
𝜕𝜕
𝜕𝜕
𝜕y=0 =0 (4)
𝜕𝜕
Ao encontrar a superfície da placa, a velocidade U∞ sofre uma abrupta parada, sendo que
essa parada interfere no valor da velocidade da camada superior de fluido, pois o fluido não resiste
à tensão de cisalhamento, τ, tensão essa dada pela Eq. (5)
𝜕𝜕
𝜕=𝜕 (5)
𝜕𝜕
Essa tensão de cisalhamento irá provocar uma diminuição de velocidade até uma altura δ
a partir da superfície da placa. Essa altura δ é denominada espessura da camada limite, sendo
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caracterizada pela altura na qual o perfil de velocidade possuí valor de U = 0,99U∞. Ela possuí a
influência de uma propriedade que fornece uma resistência ao cisalhamento do fluido,
denominada por viscosidade dinâmica, 𝜕.
Acima da região delimitada pelo envoltório da camada limite, δ, o valor da tensão de
cisalhamento τ é desprezível.
Uma ferramenta de importante aplicação no estudo de escoamentos de fluidos é o número
de Reynolds, número esse adimensional que relaciona a velocidade média do escoamento do
fluido, U, a forma característica do corpo por onde o fluido escoa, L, a massa específica do fluido,
ρ; bem como a viscosidade dinâmica do mesmo, μ. Tal número adimensional é dado na Eq. (6).
𝜕𝜕
𝜕𝜕𝜕
= (6)
𝜕
O número de Reynolds fornece o perfil de escoamento do fluido, sendo que pode ser
caracterizado como escoamento laminar, escoamento esse caracterizado pela ordenação do
movimento do fluido; escoamento de transição, caracterizado pelo início do comportamento
desordenado das partículas de fluido e por fim, o escoamento turbulento; escoamento que
apresenta componentes de rotação e translação na partícula de fluido, sendo imprevisível
descrever o comportamento do mesmo.
Após compreender os mecanismos de escoamento de um fluido, pode-se empregar os
conceitos básicos no escoamento de um fluido dentro de uma região delimitada, duas placas por
exemplo. A Fig. (3) exemplifica esse modelo, sendo que dentro de um escoamento confinado, o
fluido apresenta uma região de entrada, Lf , na qual os efeitos da camada limite influenciam a
velocidade do escoamento, e a região de escoamento plenamente desenvolvido, região essa onde
pode se considerar como permanente.
propriedades físicas extensivas, sendo estas a massa, quantidade de momento ou energia. Para
relacionar um sistema e um volume de controle, é aplicada o Teorema de transporte de
Reynolds, teorema este batizado em homenagem ao engenheiro inglês Osborne Reynolds.
Antes de prosseguir com o Teorema de transporte de Reynolds, é essencial explicar a
diferença entre uma propriedade intensiva e uma propriedade extensiva. Uma propriedade
intensiva é independente das dimensões do sistema ou volume de controle. São algumas
propriedades intensivas a temperatura, a pressão, massa específica. As propriedades extensivas
em contrapartida são as grandezas que são diretamente afetadas pelas dimensões do sistema ou
volume de controle, sendo algum dos exemplos extensivos a massa, quantidade de momento,
energia, volume.
O Teorema de transporte de Reynolds nos afirma que um volume de controle permanece
constante independentemente do seu deslocamento ao longo do tempo, bem como as variações
de suas propriedades intensivas e extensivas se conservam se comparadas às referentes ao
sistema fechado. O Teorema de transporte de Reynolds é dado pela Eq. (7).
𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕
𝜕 = ∫ 𝜕𝜕 (𝜕. 𝜕 )𝜕𝜕 + ∫ 𝜕𝜕 (7)
𝜕𝜕
𝜕𝜕 𝜕𝜕 𝜕 𝜕𝜕
𝜕
∆𝜕 ∆𝜕2
+ + ∆𝜕 = 0 (8)
𝜕𝜕 2𝜕
∀ 1= ∀ 2 (9)
𝜕 𝜕
𝜕 (𝜕 )² = 𝜕 (𝜕 )² (11)
14 1 24 2
3. OBJETIVO
O escopo deste experimento foi o de comparar os resultados obtidos através da variação
de vazão de fluido na entrada do tubo de Venturi com os valores teóricos provenientes através das
equações de Bernoulli e da conservação da massa.
4. METODOLOGIA
tubo de Venturi um volume de 0,015m³ (15L), valor este fornecido por uma escala presente no
reservatório de fluido.
Após selecionado o volume de líquido a ser incidido sobre o tubo, a bomba de fluido teve
a vazão aberta ao máximo e aferidos os valores da altura da coluna de fluido que estavam
conectadas à diferentes regiões do tubo de Venturi.
Selecionada uma variação na vazão do fluido proveniente da bomba acoplada no
reservatório, esperou-se a estabilização da altura de fluido nas diferentes regiões do tudo de
Venturi e com o auxílio do cronômetro, foram realizadas três medições de tempo para poder obter
um valor de tempo médio que será necessário para o cálculo futuro da vazão de fluido incidente.
Após a obtenção dos tempos, variava-se a vazão de fluido oriunda da bomba e esperava-
se novamente a estabilização da altura da coluna de fluido e, logo após, eram anotados os valores
da altura da coluna. Após os valores serem devidamente anotados, realizavam-se as tomadas de
tempo.
Foram realizadas um total de dez variações nas vazões para o tubo de Venturi, resultando
numa ampla gama de valores a serem utilizados para a interpretação física do fenômeno estudado.
A Fig. (4) apresenta uma ilustração esquemática do tubo de Venturi bem como os locais
do mesmo que estavam interligados ao painel milimetrado para aferição da altura da coluna de
fluido.
Figura 4: Representação esquemática do tubo de Venturi e dos locais que estavam acoplados ao
painel para aferição da altura da coluna de fluido.
5. RESULTADOS
𝜕 𝜕
𝜕 (𝜕 )² = 𝜕 (𝜕 )² (12)
𝜕4 𝜕 𝜕4 𝜕
𝜕𝜕 2
𝜕𝜕 = (𝜕 ) 𝜕𝜕 (13)
𝜕
Com esta nova relação, podemos fazer utilização da equação (8) e isolar do lado direito da
igualdade os valores das velocidades e deixar do lado esquerdo os termos referentes à pressão e
altura; desta forma nos fornecendo a Eq. (14).
(𝜕𝜕− 𝜕𝜕2 𝜕𝜕
𝜕𝜕) + (𝜕𝜕 − 𝜕𝜕) = − 2 (14)
2𝜕
𝜕𝜕 2𝜕
𝜕𝜕 2
𝜕𝜕 2 = [1 − ( ) ] (15)
𝜕𝜕
Realizando a substituição em (8) com o termo proveniente de (15), obtemos a Eq. (16).
(𝜕𝜕− 𝜕𝜕 𝜕𝜕 2
𝜕𝜕) + (𝜕𝜕 − 𝜕𝜕) = 2 (1 − ) (16)
𝜕𝜕
𝜕𝜕 2𝜕
𝜕 𝜕− 𝜕𝜕
2𝜕[( )+ (𝜕 − 𝜕 )]
𝜕𝜕 𝜕 𝜕
𝜕𝜕 = √ 𝜕𝜕 2 (17)
[1− (𝜕 ) ]
𝜕
𝜕 𝜕− 𝜕𝜕
2𝜕[( )]
𝜕𝜕
𝜕𝜕 = √ 𝜕𝜕 2 (18)
[1− (𝜕 ) ]
𝜕
𝜕𝜕ℎ 𝜕− 𝜕𝜕ℎ 𝜕
2𝜕[( )]
𝜕𝜕
𝜕𝜕 = √ 𝜕𝜕 2 (19)
[1− (𝜕 ) ]
𝜕
Simplificando os termos obtidos da pressão, podemos finalmente obter uma relação para
a velocidade da garganta no tubo de Venturi dada pela Eq. (20).
2𝜕[(ℎ 𝜕− ℎ 𝜕)]
𝜕𝜕 = √ 𝜕𝜕 2 (20)
[1− (𝜕 ) ]
𝜕
Através dos dados obtidos nas aferições realizadas, foi confeccionada a Tab. (1).
Tabela 1: Valores obtidos para altura da coluna de fluido através da variação de vazão no tubo de
Venturi.
15 0,51849291 28,93 276 270 174 28 66 136 178 206 224 236 244
15 0,46097111 32,54 268 260 174 38 74 138 174 202 220 232 238
15 0,43859649 34,2 260 254 174 48 82 140 174 200 214 226 232
15 0,42577349 35,23 252 246 172 58 88 142 174 196 210 220 226
15 0,403986 37,13 244 238 172 68 94 144 174 194 206 216 220
15 0,37945864 39,53 236 230 170 78 102 146 174 190 200 210 214
15 0,35816619 41,88 228 222 170 88 108 148 172 186 196 204 208
15 0,33061494 45,37 220 204 170 98 116 150 170 182 192 198 201
15 0,30024019 49,96 210 206 170 108 122 152 170 180 186 192 194
15 0,27757217 54,04 202 200 168 118 128 154 168 176 184 188 190
Com base na equação (11) que nos fornece uma relação entre o diâmetro da seção, D, e a
área da mesma, tornou-se necessária a relação entre às áreas da seção da garganta, Ag, e a área
selecionada arbitrariamente ao longo do tubo de Venturi, área esta denominada por An.
De acordo com essa notação, determinou-se as relações apresentadas nas equações Eq.
(21), Eq. (22) e Eq. (23).
𝜕𝜕
𝜕𝜕
(21)
𝜕𝜕 2
( ) (22)
𝜕𝜕
𝜕𝜕 2 𝜕𝜕 2
[( ) −( ) ] (23)
𝜕𝜕 𝜕𝜕
A equação (23) nos fornece a pressão adimensional ideal para qualquer área
arbitrariamente selecionada.
Distância
ao longo do Diâmetro Pressão Adimensional
Pressão Área (m²) (Ag/An) (Ag/An)²
Venturi (m) ideal (Ag/Ae)² - (Ag/An)²
(mm)
Através dos valores de vazão teórica e vazão experimental, foi possível o cálculo do
coeficiente de descarga, C, através da Eq. (24). Com os valores do coeficiente de descarga,
desenvolveu-se a Tab. (3) que correlaciona os valores teóricos e experimentais para o
experimento.
𝜕𝜕𝜕ã𝜕
𝜕 =
𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕𝜕
(24)
𝜕𝜕𝜕ã𝜕
𝜕𝜕ó𝜕𝜕𝜕𝜕
Com base nas tabelas, foi possível correlacionar os valores de vazão teórico e experimental
para o tubo de Venturi, sendo possível vê-los através de um gráfico.
Gráfico 1: Relação entre os valores teóricos e experimentais de vazão para o tubo de Venturi.
Valores Experimentais
0,0006
0,0005
Vazão experimental (m³/s)
R² = 0,9775
0,0004
Valores experimentais
0,0003
Linear (Valores
0,0002 experimentais)
Linear (Valores
0,0001 experimentais)
0
0,00025 0,0003 0,00035 0,0004 0,00045 0,0005
Vazão Teórica (m³/s)
ℎ 𝜕− ℎ 𝜕
𝜕𝜕2⁄
(25)
( 2𝜕)
Com base nisto, construiu-se a Tab. (4) que relacionava os valores da primeira vazão
obtida experimentalmente e sua representação da pressão adimensional real correspondente.
Tendo em vista a pressão adimensional real, foram selecionadas diferentes vazões obtidas
experimentalmente e, com os valores adimensionais reais, desenvolveu-se um gráfico entre a
posição do tubo de Venturi e a pressão adimensional em tal ponto.
Gráfico 2: Relação entre valores de pressão adimensionais e posição ao longo do tubo de Venturi.
Tendo em vista o gráfico acima, é válida a representação dos pontos selecionados ao longo
do tubo de Venturi. De acordo com a Fig. (5), o pontos selecionados e suas respectivas distâncias
a partir da entrada são: A sendo 0, B igual à 15mm, C igual à 30mm, D igual à 45mm, E igual à
60mm, F igual à 75mm, G igual à 90mm, H igual à 105mm, J igual à 135mm, K igual à 150mm
e, por fim, L igual à 165mm.
Com base nos dados obtidos, verificou-se que os valores obtidos experimentalmente para
o jato d’água incidente sobre às superfícies côncava e plana foram próximos ao obtidos através
do método teórico, a discrepância nos valores deu-se devido às simplificações impostas
inicialmente no método teórico, tais como considerar a aceleração gravitacional uniforme e igual
à 10m/s², desconsiderar as forças viscosas no fluido, considerar as propriedades físicas do fluido
constantes ao longo do escoamento.
7. BIBLIOGRAFIA
I. Bejan, A., 2013, “Convection Heat Transfer”. 4ed. Duke University, Durham, NC,
USA.
II. Favre-Marinet, M., Tarde, S., 2009, “Convective Heat Transfer: Solved Problems”.
London, UK: ISTE ltd.
III. Incropera, F.P., DeWitt, D. P., 2007, “Fundamentos de Transferência de Calor e de
Massa”. 6ed., Rio de Janeiro: Editora LTC.
IV. Kreith, F. F, Manglik, R. M., Bohn, M. S., 2011, “Principles Of Heat Transfer”. 7ed,
Stamford, CT, USA: Editora: Cengage Learning.
V. Çengel, Y. A. Cimbala, J. M., 2012, “Mecânica do Fluidos: Fundamentos e
aplicações”. 10ed. Porto Alegre.