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EXORTAI-VOS MUTUAMENTE

O escritor da Epístola aos Hebreus, tendo em mente um povo que está em perigo de afastar-se de Deus,
dá a seguinte instrução: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso
coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia,
durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.”
(Hebreus 3.12, 13).
Nesta passagem, o autor usa em sua argumentação, o exemplo da geração de israelitas que saiu do
Egito e não alcançou a terra prometida. E porque foi que Deus não permitiu que aquela geração que deixou o
Egito não herdasse a terra prometida? Foi exatamente por causa do coração incrédulo e endurecido deles. A
geração que saíra do Egito tivera um coração incrédulo e endurecido apesar ter ouvido a voz de Deus e de ter
visto os seus grandiosos feitos durante os 40 anos de peregrinação.
Comentando o verso 13, citado acima, Calvino diz que o antídoto para que não nos afastemos de Deus é
a exortação mútua. O verso 13 diz: “exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje,
a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”. E eu diria que é um antídoto triste e
perigosamente negligenciado, pois trata-se de desobediência à boa vontade de Deus. E toda desobediência
haverá de trazer consigo consequências nefastas.
É preciso deixar claro que a exortação mútua é a boa vontade de Deus para o seu povo, durante sua
peregrinação terrena. O que temos nos versos citados acima não é uma instrução isolada que se aplica tão
somente à realidade dos leitores originais da Epístola. Mas é uma instrução que se aplica ao povo de Deus
como um todo, em todas as épocas de sua peregrinação terrena. O texto citado acima diz que é algo que deve
ser praticado “cada dia, durante o tempo que se chama Hoje”.
Além disso, esta recomendação de exortação mútua é um padrão que pode ser encontrado ao longo das
epístolas do Novo Testamento. Por exemplo, Paulo fala da prática da exortação mútua aos Romanos: “E certo
estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o
conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros” (Romanos 15.14). Quando escreve aos
tessalonicenses, o tema da exortação mútua também está na pauta de Paulo: “Consolai-vos, pois, uns aos
outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.” (1 Tessalonicenses 5.11)
A exortação mútua é assunto também no ensino de Paulo aos gálatas: “Irmãos, se alguém for
surpreendido nalguma falta, vós , que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para
que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas
6.1,2). Os colossenses foram instruídos na mesma direção: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo;
instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e
cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” (Colossenses 3.16)
Você percebe que há um padrão que se repete nas epístolas do Novo Testamento? Você percebe que a
exortação mútua não é uma recomendação isolada que se aplica somente aos hebreus? A leitura destas
passagens nos leva a conclusão inevitável de que a prática da exortação mútua é a vontade de Deus para a sua
igreja. Deus quer que, por meio da exortação mútua, cada crente ajude o seu irmão na aplicação da Escritura
em sua vida diária. Então a prática da exortação mútua não é uma opção para a igreja.
Rev. Paulo Ribeiro Fontes

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