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PROCESSO Nº TST-Ag-ARR-1958-88.2013.5.15.0077

A C Ó R D Ã O
(5ª Turma)
GMBM/MCF/mv 

AGRAVO. RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO


PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
E RESULTADOS – PLR. NATUREZA
JURÍDICA. APLICAÇÃO DE MULTA. O TRT
confirmou a sentença que determinara
a integração das comissões ao
salário, em decorrência da
comprovação da conduta irregular da
primeira reclamada, que realizava o
pagamento das parcelas das comissões
sob a rubrica PLR, calculadas sobre a
produção mensal e atingimento de
metas individuais. Nesse contexto,
para se chegar à conclusão pretendida
pela reclamada de que não houve
desvirtuamento da parcela denominada
PLR, necessário seria o reexame do
conjunto fático-probatório, o que
impossibilita o processamento da
revista, ante o óbice da Súmula 126.
Em processos envolvendo a mesma
controvérsia e a mesma reclamada,
esta Corte tem reiteradamente
decidido na direção de que a PLR paga
sobre a produtividade individual deve
integrar a remuneração por ser, na
verdade, comissão e ostentar natureza
salarial. Considerando a
improcedência do recurso, aplica-se à
parte agravante a multa prevista no
art. 1.021, § 4º, do CPC. Agravo não
provido, com aplicação de multa.

Vistos,   relatados   e   discutidos   estes   autos   de


Agravo   em   Recurso   de   Revista   com   Agravo   n°  TST­Ag­ARR­1958­
88.2013.5.15.0077, em que é Agravantes BV FINANCEIRA S.A. ­ CRÉDITO,
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO E OUTRO  e Agravado  GUILHERME GALBIATI
TOMASETO.
Firmado por assinatura digital em 22/08/2019 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme
MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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Trata-se de agravo interposto contra decisão


monocrática que examinou o recurso de revista, com fulcro no art.
932 do CPC.
Na minuta de agravo, a parte defende a incorreção
da r. decisão agravada quanto ao tema "PLR – NATUREZA JURÍDICA".
É o relatório.

V O T O

1 - CONHECIMENTO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade,


conheço do agravo.

2 – MÉRITO

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS – PLR.


NATUREZA JURÍDICA.

A decisão agravada, quanto ao tema, foi proferida


nos seguintes termos:

"COMISSÕES PAGAS SOB A RUBRICA PARTICIPAÇÃO NOS


LUCROS E RESULTADOS. FRAUDE. NATUREZA SALARIAL.
INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO.

No agravo de instrumento, a parte ora agravante apontou ofensa aos


arts. 7º, XI e XXVI, 8º, III e VI, da CF/88; e 2º, § 1º, inciso II, e 3º, da Lei
nº 10.101/0093.
Sustentou, em síntese, que Sustenta, em síntese, que a PLR não tem
nenhuma relação com comissão e era paga semestralmente, conforme
critérios e datas fixadas em acordo coletivo, motivo pelo qual não deve
integrar o salário.
Examino.
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O e. TRT confirmou a sentença que determinara a integração das


comissões ao salário, em decorrência da comprovação da conduta
fraudulenta da primeira reclamada, que realizava o pagamento das parcelas
das comissões sob a rubrica PLR, calculadas sobre a produção mensal e
atingimento de metas individuais, possuindo a natureza de prêmio ao
trabalhador.
Assentou para tanto que ‘Restou cabalmente comprovado nos autos
que a parcela denominada PLR, prevista nas normas coletivas juntadas
pela primeira ré, era, na verdade, comissão decorrente de vendas, ou
seja, cuida-se de parcela que envolvia a remuneração pela
produtividade demonstrada, razão pela qual tal verba deve ser
reconhecida como de natureza salarial, integrando, por consequência, a
remuneração, para efeitos de verbas reflexas’ (destaquei).
Nesse contexto, para se chegar à conclusão pretendida pela reclamada
de que não houve desvirtuamento da parcela denominada PLR, necessário
seria o reexame do conjunto fático-probatório, o que inviabiliza o
processamento da revista, ante o óbice da Súmula 126.
Nesse mesmo sentido, precedentes recentes de todas as Turmas desta
Corte envolvendo a reclamada:
[...]
Incidem, portanto, a Súmula nº 333 desta Corte e o art. 896, § 7º, da
CLT como óbices ao prosseguimento da revista, a pretexto da alegada
ofensa aos dispositivos apontados, bem como da divergência
jurisprudencial transcrita.
Nego seguimento."

Na minuta de agravo, afirma que seu agravo de


instrumento reúne condições de conhecimento e provimento, por ofensa
aos arts. 7º, XI, e XXXVI, 8º, III, e VI, da Constituição, 2º, § 1º,
II, e 3º, da Lei 10.101/2000, bem como por divergência
jurisprudencial.
Sustenta, em síntese, ser plenamente possível e
autorizada a utilização de critérios individuais para aferição de
produtividade, cumprimento de metas e participação dos empregados
para fins de divisão de participação.
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Afirma, ainda, que a decisão agravada, ao negar


vigência a instrumento normativo celebrado de forma legítima e sem
qualquer contradição com a expressão legal, foi omissa quanto aos
artigos 7º, XI e XXVI, e 8º, III e IV, da Constituição.
Examino.
Destaco, de início, que a parte cuidou de indicar,
no recurso de revista, o trecho da decisão recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto da
insurgência, atendendo ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT.
(fls. 1792/1793 seq. 1)
O e. TRT consignou, quanto ao tema: (destaquei)

"INTEGRACÃO - PLR- DESVIRTUAMENTO DO


PAGAMENTO DA PARCELA. NATUREZA JURÍDICA DE
COMISSÕES A sentença recorrida e julgou procedente o pedido em
epígrafe, ao fundamento de que há elementos nos autos que indicam a
existência de fraude na instituição do regime PLR, que em realidade
eram pagas comissões e prêmios.
O cerne da controvérsia diz respeito à natureza da PLR (Participação
nos lucros e Resultados), ou seja, se correspondia exatamente à
nomenclatura que lhe era atribuída ou se não passava de verdadeira
comissão, paga sob rubrica diversa com a finalidade de imprimir à verba
feição indenizatória e não salarial.
Da análise dos autos, observa-se que a reclamada firmou acordos de
participação nos lucros e resultados (fls. 450/613), estipulando as regras
para a concessão da parcela, sendo que, apesar da complexidade dos
critérios de apuração fixados nos instrumentos normativos, a verba estava
associada basicamente ao desempenho individual do empregado, utilizados
critérios qualitativos e quantitativos de avaliação, independente dos
resultados da empresa, o que é incompatível com o disposto nos arts. 1° e
2°, § 1°, inc. I, da Lei no 10.101/00.
É a própria ré que reconhece, nas razões do recurso, que havia
critérios qualitativos e quantitativos para o pagamento da PLR, o que já
demonstra que estava desvinculada dos resultados/lucros da empresa, que
constitui a essência da PLR.
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É certo ainda que não obstante a existência de acordos de PLR, o


preposto dos reclamados, admitiu que a PLR na realidade, se tratava de
comissões, declarando: ‘(...) que o reclamante recebia PLR de acordo com
o desenvolvimento profissional’ (fls. 715v).
Há, ainda, outros aspectos que indicam a ocorrência de pagamento de
comissões mascaradas sob a participação nos lucros.
A testemunha Ana Cláudia ouvida a rogo do reclamante, relatou que
‘recebiam variáveis a cada 6 meses; que a depoente era em média R$
25.000.00 a R$ 30.000.00 por semestre: que a PLR vinha junto com a
variável semestralmente, de forma complexiva o valor de PLR era de R$
1. 500, 00/R$2.000,00 efetivamente’. (fl. 716).
'A testemunha Alexandra Cosme, foi incisiva ao afirmar que ‘todos
recebiam comissão pelos produtos vendidos; que a empresa pagava essas
comissões semestralmente mascaradas na forma de PLR (fl. 722)
Restou cabalmente comprovado nos autos que a parcela denominada
PLR, prevista nas normas coletivas juntadas pela primeira ré, era, na
verdade, comissão decorrente de vendas. Ou seja, cuida-se de parcela que
envolvia a remuneração pela produtividade demonstrada, razão pela qual tal
verba deve ser reconhecida como de natureza salarial, integrando, por
consequência, a remuneração, para efeitos de verbas reflexas.
Não há que se falar em violação ao art. 7°, VI da CF ou à autonomia
negocial, diante da configurada fraude trabalhista.
Correta a r. sentença de Origem.
Quanto ao pedido sucessivo, de aplicação da Sumula 253 do C. TST,
entendo que este é inaplicável, já que havia o pagamento de verdadeira
comissão, ainda que fosse semestralmente sob a rubrica de PLR. Assim,
não há que se falar em gratificação semestral, quando a verba possui
verdadeira natureza salarial.
Nada a reformar."

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de


que a apuração da participação nos resultados com base em critérios
individuais qualitativos e quantitativos de produtividade e sem
registro de sua vinculação com os lucros e resultados da empresa

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está desalinhada com o comando constitucional contido no art. 7º,


XI, da Carta de 1988.
Desse modo, o Regional ao concluir que a PLR
apurada através da produtividade mensal do empregado não possui
natureza de comissão, decidiu de forma contrária ao entendimento
desta Corte, conforme se extrai dos seguintes precedentes:

"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE


REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/14.
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. NATUREZA
JURÍDICA. A parte agravante não apresenta argumentos capazes de
desconstituir a decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento,
uma vez que o recurso de revista não demonstrou pressuposto intrínseco
previsto no art. 896 da CLT. Na hipótese, o Tribunal Regional, valorando
fatos e provas, concluiu que a parcela denominada Participação nos
Lucros e Resultados possuía natureza salarial, porquanto os critérios
fixados para o pagamento da PLR abrangiam, exclusivamente, o
desempenho individual de cada empregado, independentemente do
resultado financeiro da empresa. Assentou que a PLR paga correspondia,
na verdade, a comissões pelas vendas e contratos realizados. Assim,
evidenciado o caráter fático-probatório da controvérsia, a admissão do
recurso de revista encontra óbice na Súmula nº 126 do TST. Agravo a que
se nega provimento." (Ag-AIRR-182-62.2013.5.04.0561, Relator Ministro:
Walmir Oliveira da Costa, 1ª Turma, Publicação: DEJT 10/11/2017).

"PARCELA INSTITUÍDA "PLR", PAGA SEMESTRALMENTE


PELA PRODUÇÃO INDIVIDUAL DO EMPREGADO. NATUREZA
JURÍDICA DE COMISSÕES. Na hipótese, ficou registrado, no acórdão
recorrido, que a parcela variável paga à reclamante tinha natureza
jurídica de verdadeiras comissões, uma vez que era apurada com base
em critérios individuais referentes à sua produção, em nada se
relacionando com os lucros e resultados da empresa. Embora a parcela
variável paga à reclamante tenha sido prevista em norma coletiva como
participação nos lucros e resultados, a sua natureza jurídica deve ser aferida
com base nos contextos fático e probatório dos autos. Não basta a
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denominação jurídica apontada na norma coletiva. Desse modo,


considerando que a parcela variável paga à reclamante tinha contornos de
comissões, não há como afastar a sua natureza salarial. Ressalta-se que
rever a conclusão do Tribunal de origem acerca da natureza jurídica da
parcela paga semestralmente à reclamante demandaria o revolvimento a
valoração de fatos e provas feita pelas instâncias ordinárias, vedado nesta
esfera recursal de natureza extraordinária, nos termos da Súmula nº 126 do
TST. Precedentes. Recurso de revista não conhecido. (...) Recurso de revista
não conhecido." (ARR-1021-67.2013.5.09.0652, Relator Ministro: José
Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma, Publicação: DEJT 19/05/2017).

"(...) RECONHECIMENTO DA NATUREZA SALARIAL DA PLR -


INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO. O Tribunal Regional consignou
que a parcela participação nos lucros e resultados era paga sobre a
produtividade individual da empregada. Assim, a parcela denominada
PLR ostentava verdadeira natureza de comissões. Constata-se, pois, que
a empresa se utilizava dessa parcela com o propósito de pagar verdadeiras
comissões aos seus empregados, visando burlar a legislação trabalhista.
Precedentes. Recurso de revista não conhecido." (RR-70600-
12.2012.5.17.0007, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte,
3ª Turma, Publicação: DEJT 15/12/2017).

"2. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. DESCARACTERIZAÇÃO.


NATUREZA DE COMISSÕES. NÃO CONHECIMENTO. A egrégia Corte
Regional consignou que a Lei nº 10.101/2000, que trata da participação nos
lucros e resultados das empresas, dispõe expressamente que dentre os
critérios dos programas de metas e resultados pode ser levada em
consideração a produtividade da empresa, e considerando que o preposto
da reclamada declarou que o critério para pagamento da PLR era a
nota que o coordenador dava para o empregado, restava configurado
que as comissões devidas foram pagas sob a roupagem de PLR, o que
autorizava sua integração ao salário obreiro. Nesse contexto, revela-se
inviável aferir ofensa aos artigos 7º, XI, da Constituição Federal e 2º da Lei
10.101/00, em face do reconhecimento da natureza jurídica da parcela em
debate como sendo de comissão, e não participação nos lucros e resultados.
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Recurso de revista de que não se conhece." (RR - 263-94.2013.5.03.0025


Data de Julgamento: 14/03/2018, Relator Ministro: Guilherme Augusto
Caputo Bastos, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 16/03/2018).

"PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. NATUREZA


JURÍDICA. COMISSÕES. Nos termos dos artigos 1º e 2º a Lei
10.101/2000, o pagamento da PLR - de caráter indenizatório - depende do
atingimento de metas, resultados e prazos referentes à produção global da
empresa. No caso presente, o Tribunal Regional, com suporte no conjunto
fático-probatório dos autos, registrou que restou demonstrado que a PLR
era paga com base no desempenho individual do empregado. Destacou
que "a PLR é apurada de acordo com o volume de financiamentos
individualmente obtidos pelo operador". Concluiu, assim, que os
valores pagos a título de PLR eram vinculados à produção individual
de cada empregado, configurando contraprestação pelos serviços
prestados e possuindo natureza salarial. Logo, somente como o
revolvimento de fatos e provas é que se poderia chegar à conclusão diversa,
o que não se admite, ante o óbice da Súmula 126/TST. Nesse cenário,
ainda que houvesse norma coletiva prevendo o caráter indenizatório da
PLR, o contexto probatório dos autos revela que a parcela, na verdade,
tratava-se de comissão paga de acordo com a produtividade do
empregado, possuindo natureza salarial. Ilesos os dispositivos apontados
como violados. Arestos paradigmas escudados em premissas fáticas
diversas não autorizam o processamento da revista (Súmula 126/TST).
Recurso de revista não conhecido. (...)" (RR-87-19.2013.5.03.0057, Relator
Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, 5ª Turma, Publicação: DEJT
27/10/2017).

"COMISSÕES QUITADAS SOBRE A RUBRICA PLR.


INTEGRAÇÃO. O Tribunal a quo, com base no princípio da primazia da
realidade e na análise dos fatos e provas dos autos, registrou: "demonstrou a
prova oral que a parcela quitada sob a rubrica de PLR tinha como objetivo
remunerar o resultado do trabalho, pelo alcance de metas, por venda de
produtos dos réus, tratando-se de contraprestação paga ao empregado pelo
empregador, com nítida natureza salarial". Consignou ainda que "o
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pagamento da suposta PLR levava em conta a produtividade e o


desempenho individual do empregado, não tendo relação com o
resultado da empresa, detalhe que corrobora a assertiva de que a PLR
era o modo de pagamento disfarçado das comissões, de natureza
eminentemente salarial, conforme art. 457 da CLT". Observa-se que o
Regional, mantendo a sentença, concluiu ter sido demonstrado o pagamento
mensal de comissões extrafolha a ensejar sua integração ao salário. Com
efeito, o quadro factual reconhecido no acórdão recorrido tem o condão
de possibilitar a integração da referida rubrica para fins de cálculo das
demais parcelas salariais, pois, como verificado, trata-se de caso de
aplicação das regras inerentes às comissões e não das relativas à
participação nos lucros e resultados propriamente dita, o que afasta, por
consequência lógica, a incidência das negociações coletivas indicadas,
assim como das disposições contidas na Lei 10.101/2000. Recurso de
revista não conhecido." (RR-1874-34.2012.5.03.0020, Relator Ministro:
Augusto César Leite de Carvalho, 6ª Turma, e Publicação: DEJT
15/12/2017).

"PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. PAGAMENTO


SIMULADO DE COMISSÕES. NATUREZA SALARIAL
DEMONSTRADA. A verba paga pelo empregador ao obreiro a título de
Participação nos Lucros e Resultados possui, a rigor, natureza indenizatória,
inclusive em razão de previsão constitucional expressa nesse sentido.
Contudo, sua utilização irregular, como contraprestação dissimulada,
frustrando a finalidade para a qual foi criada e desvinculada dos lucros
obtidos pela empresa, conduz ao reconhecimento do caráter salarial, em
razão do Princípio da Primazia da Realidade, que rege as relações
trabalhistas. No caso dos autos, o Tribunal Regional, soberano na
análise do conjunto fático-probatório, consignou que a preposta da
empresa confessou que as comissões, apuradas mensalmente, eram
pagas a título de participação nos lucros e resultados. Registrou, ainda,
não ser possível ‘juridicamente o estabelecimento, como PLR, de
parcela cuja apuração depende exclusivamente do rendimento
individual do empregado, sem nenhuma relação com os resultados
globais da empresa, ou de uma certa filial dela’. Nos termos do § 1º do
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artigo 457 da CLT, integram o salário não só a importância fixa estipulada,


como também as comissões pagas pelo empregador. Assim, ao reconhecer a
nulidade do ajuste firmado entre as partes e determinar a natureza
remuneratória da parcela, com a sua consequente integração ao salário do
autor, a Corte a quo deu perfeita subsunção dos fatos à norma. Recurso de
revista de que não se conhece. (...)" (RR-1762-51.2012.5.03.0057, Relator
Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª Turma, Publicação: DEJT
13/10/2017).

"INTEGRAÇÃO DA COMISSÃO/PLR NA REMUNERAÇÃO. O


processamento do recurso de revista também não se viabiliza por ofensa aos
artigos 7º, XI e XXVI, da CF, 2º da Lei nº 10.101/2000 e 611, § 2º, da CLT,
nem por contrariedade à Súmula nº 253 do TST, porque, conforme se
depreende do acórdão regional, os valores supostamente pagos a título
de PLR se referiam, na verdade, às comissões sobre vendas, em fraude
à legislação trabalhista com o objetivo de afastar a integração à
remuneração. Agravo de instrumento conhecido e não provido." (AIRR-
2213-60.2012.5.02.0039, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª
Turma, Publicação: DEJT 10/11/2017).

Nesse contexto, não tendo sido apresentados


argumentos suficientes à reforma da r. decisão impugnada, deve ser
desprovido o agravo.
Considerando a improcedência do recurso, aplica-se
à parte agravante a multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC, no
importe de R$5.000,00 (cinco mil reais), equivalente a 5% do valor
da causa (R$ 100.000,00), em favor da parte reclamante.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo, com
aplicação de multa.

ISTO POSTO

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ACORDAM  os   Ministros   da   Quinta   Turma   do   Tribunal


Superior   do   Trabalho,  por unanimidade, conhecer do agravo e, no
mérito, negar-lhe provimento, e, considerando a improcedência do
recurso, aplicar à parte agravante a multa prevista no art. 1.021, §
4º, do CPC, no importe de R$5.000,00 (cinco mil reais), equivalente
a 5% do valor da causa (R$ 100.000,00), em favor da parte
reclamante.
Brasília, 21 de agosto de 2019.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


BRENO MEDEIROS
Ministro Relator

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