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FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

CURSO DE DIREITO PÚBLICO E DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA

RAFAEL ARAÚJO SILVA

A BALEIA AZUL: BREVES APONTAMENTOS PENAIS SOBRE A NOVA


MODALIDADE DE CRIME NA INTERNET

ARAGUAÍNA
2017
RAFAEL ARAÚJO SILVA

A BALEIA AZUL: BREVES APONTAMENTOS PENAIS SOBRE A NOVA


MODALIDADE DE CRIME NA INTERNET

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato


Sensu, apresentado à Faculdade Católica Dom Orione
como requisito parcial para obtenção de título de
especialista em Direito Público e Docência Universitária.

Orientador: Profº Me. Daniel Cervantes Angulo Vilarinho

ARAGUAÍNA
2017
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A BALEIA AZUL: BREVES APONTAMENTOS PENAIS SOBRE A NOVA


MODALIDADE DE CRIME NA INTERNET

THE BLUE WHALE: BRIEF PENALTY APPOINTMENTS ON THE NEW MODE OF


CRIME ON THE INTERNET

Rafael Araújo Silva1


Daniel Cervantes Angulo Vilarinho (Or.)2

RESUMO

O presente artigo cientifico tem como finalidade analisar o mais novo instrumento de
crimes contra a vida na internet, chamado de BALEIA AZUL, onde já se tornou uma
preocupação mundial devido aos suicídios que começaram na RÚSSIA e hoje
abrangem o mundo inteiro, inclusive o Brasil, levando na maioria das vezes crianças
e adolescentes a tirarem sua própria vida. Por meio deste, será discutido os crimes
cometidos pelos curadores/administradores do jogo/desafio com base no Código
Penal brasileiro, analisando a doutrina vigente e situações de conflitos entre delitos,
bem tanto quanto casos reais que estão sendo investigados no Brasil. Neste presente
trabalho será utilizado o método de investigação bibliográfico.

Palavras-chaves: Baleia azul. Suicídio. Jogo da morte. Redes sociais. Código penal.

ABSTRACT

This article aims analyze science the newest instrument of crimes against life on the
internet, called BLUE WHALE, where he became a global concern due to suicides that
began in Russia and today covers the whole world, including Brazil, leading most of
the time children and adolescents to take your own life. Through this, it will be

1Graduado em direito pela Faculdade Católica Dom Orione.


2 Graduado em Direito pela UNORP (2001). Graduado em História pelo IMES-FAFICA (2007).
Especialista em Direito Civil e Processual Civil pela UNORP (2003). Especialista em Direito do Trabalho
e Direito Processual do Trabalho pela FACDO (2014). Mestre em Direito pela UNAERP (2010).
Doutorando em Letras: Ensino da Língua e Literatura pela UFT (2017). Professor da Faculdade Católica
Dom Orione.
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discussed the crimes committed by the Trustees/administrators of the game/challenge


based on the Brazilian Penal Code, analyzing the current doctrine and conflict
situations between offenses, well as much as actual cases that are being investigated
in Brazil. In this present work is used the method of bibliographical research.

Keywords: Blue whale. Suicide. Death game. Social networks. Penal code.

1 INTRODUÇÃO

Ultimamente a rede social é uma atividade que está se tornando cada vez
mais frequente nas vidas de toda a população mundial, com o intuito de conhecer,
aproximar, criar laços com pessoas próximas e também de todas as partes do mundo,
as redes sociais também estão sendo de grande ajuda nas questões como de
educação, comércio e também muito utilizada pelo Estado com a finalidade de manter
o povo informado de suas principais alterações e também como suporte.
Entretanto, elas podem se tornar uma das piores ferramentas existentes nos
dias de hoje, onde as pessoas de má-fé se utilizam da vulnerabilidade de crianças,
adolescentes e até mesmo adultos para lhe fazer vários males, uma delas é a BALEIA
AZUL, conhecida como o jogo do suicídio, onde a vítima será induzida e instigada a
tirar sua própria vida após 50 desafios impostos por um curador ou administrador, que
chegam até a intimidar as vítimas caso estas não queiram terminar suas ordens.
Neste será colocado em discursão todos os crimes, controvérsias
doutrinarias, e alguns comentários acerca da tipificação do crime e suas
consequências, como também alguns casos reais para análise que ocorreram em
nosso país.

2 A BALEIA AZUL

Conforme afirma o site do Governo do Estado de Mato Grosso o jogo ou


desafio foi criado na Rússia entre o período de 2015 e 2016, e está totalmente ligado
a suicídios em series em toda parte do mundo, pois o administrador ou curador busca
causar danos psicológicos aos participantes com 50 (cinquenta) tarefas, tarefas essas
que levarão a vítima à tirar sua própria vida, as vítimas na maioria das vezes crianças
e adolescentes são incentivadas ou instigadas a fazer uma série de desafios, que de
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acordo com relatos variam em assistir filmes de terror nas madrugadas, tatuar o
desenho da baleia azul com uma navalha e até o ultimo desafio que seria o
suicídio.(MATO GROSSO, 2017).
Após breve análise, é possível perceber que a origem do nome ainda não foi
confirmada, mas provavelmente trata-se da referência com as grandes baleias azuis
que aparecem na beira mar e morrem encalhadas, na maioria das vezes por
desorientação de um líder doente, aparentando dessa forma, o suicídio. (BEDINELLI;
MARTÍN, 2017).

2 PREVISÕES DO CRIME NO CODIGO PENAL

2.1 Condutas tipificadas como crime ao curador

Com fulcro no artigo 122 do Código Penal, o suicídio no Brasil não é um ilícito
penal, em compensação o agente que induz, instiga ou auxilia responde pelo delito,
caso haja lesão corporal grave ou morte (BRASIL, 1940). Os curadores desse tipo de
jogo, diferente do que a maioria da população pensa, não respondem apenas pelo
respectivo artigo, que seria a Indução, instigação ou auxilio, dependendo da
capacidade da vítima, eles podem responder até mesmo pelo crime de homicídio,
abaixo uma análise mais detalhada.
Conforme o artigo 122 do CP, o ato de indução, instigação ou quando há
auxilio para que o suicídio se consume, ocorre uma aplicação de pena constituída pelo
nosso ordenamento jurídico de até seis anos de reclusão, para os casos em que o
suicídio se consuma, há também a cominação de pena de até três anos de reclusão
para os fatos em que se da tentativa de suicídio o desfecho é o de lesão corporal de
natureza grave. (BRASIL, 1940).
Ainda dispõe no seu artigo 122, parágrafo único que a pena é dobrada: I – se
o crime é praticado por motivo egoístico; e II – se a vítima é menor ou tem diminuída,
por qualquer causa, a capacidade de resistência. São causas de aumento da pena e
incidem na terceira fase da aplicação da pena. (BRASIL, 1940).
O induzimento para Nucci (2017) significa criar uma ideia não existente,
inspirar, incutir. Ou seja, o autor sugere a vítima que ela dê fim à sua própria vida.
Ainda para o autor, no caso os sujeitos ativo e passivo podem ser qualquer pessoa, o
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sujeito passivo é preciso ter um mínimo de discernimento ou resistência, quando não


há esse requisitos, tipifica o crime de homicídio. (NUCCI, 2017).
É possível extrair deste tipo de situações que geralmente os jovens estão em
um estado muito avançado de depressão e de desanimo, e acabam se expondo nas
redes sociais como instagram, facebook e até mesmo nos status do whatsapp, onde
são presas fáceis para quem está acompanhando e recrutando as vítimas para esse
desafio, as vezes eles não tem nem o pensamento de tirarem a própria vida, porém o
curador a induz a fazer isso, como forma de acabar com sua dor.
Para Prado (2007) a instigação é estimular, incitar, acoroçoar uma ideia
suicida já existente, ou seja, se uma pessoa em estado terminal hesita entre retirar a
própria vida ou lutar até o fim e o agente o estimula a optar pelo suicídio, caracterizará
a instigação.
Isto é o que ocorre em boa parte dos casos, as vítimas já possuem uma ideia
existente e são instigadas a consumar o suicídio, o curador determina cinquenta
desafios que farão eles perderem o medo de cumprir o último, que será a morte.
Mirabete e Fabbrini (2010, p. 48) afirma que o Auxílio trata-se de dar apoio
material ao suicídio, ou seja, dar o acessório para que o sujeito passivo tire sua própria
vida, tendo como exemplo quem “fornece uma faca ou entrega uma corda para a
pessoa se matar”.
Após pesquisas e noticiários, no caso da baleia azul, o auxilio é quase
impossível, pois até o momento as vítimas não tiveram contato direto com o curador
e fazem os desafios diretamente pela internet.

2.2 Circunstâncias que ocorrem o aumento de pena

Conforme nosso ordenamento jurídicos, os “curadores” do jogo baleia azul


ainda podem ter sua pena dobrada pelo parágrafo único do artigo 121, pela prática de
possuir motivos egoísticos, por se tratar na maioria das vezes por menores de idade
e quando o sujeito passivo tem sua resistência diminuída.
Conforme pode-se analisar a seguir, a prática por motivo egoístico se encaixa
perfeitamente com o curador do jogo, pois ele age com profundo desprezo a vida
alheia e sente prazer no suicídio das vítimas após os 50 desafios por ele impostos,
que envolve situações perigosas e automutilação. Segundo Mirabete e Fabbrini (2010,
p. 51: “Exige-se elemento subjetivo do tipo (dolo específico), composto pelo fim que
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revela profundo desprezo do agente pela vida alheia ao sobrepor-lhe interesses


pessoais”.
Seguindo o mesmo raciocínio, afirma Masson (2011), o motivo egoístico
significa o individualismo exagerado, ou seja, aquele que evidencia exagero apego
próprio em prejuízo dos interesses alheios. Com isto, entende-se que isto justifica-se
da mais rigorosa punição, pois o agente almeja alcançar algum proveito, econômico
ou não, como a consumação do suicídio do sujeito passivo. Como por exemplo
podemos citar o curador do desafio que estimula um jovem que encontrou na internet
por vias de redes sociais que enfrenta problemas depressivos a suicidar-se com o
desafio, apenas para satisfazer seu prazer com a morte ao próximo.
No segundo caso, refere-se à uma vítima que estabelece que ser menor de
idade ou ter diminuída por qualquer causa a sua capacidade de resistência, veja-se,
a idade mencionada no artigo 122, parágrafo único, inciso II quer dizer dos 14 aos 18
anos, pois abaixo disso a vítima seria inimputável e o administrador responderia pelo
crime de homicídio.

Se um menor não tiver qualquer capacidade de compreender o que significa


um ato suicida, quem o tenha convencido a realiza-lo responde por homicídio.
Ocorre que a maior parte da doutrina presume essa total falta de capacidade
de entendimento quando a vítima não for maior de 14 anos. Assim, por essa
forma de interpretação, a causa de aumento do art.122, parágrafo único,
inciso II, só tem incidência se a vítima tiver mais de 14 e menos de 18 anos
na data do suicídio. (GONÇALVES, 2011).

Portando é possível extrair-se que é usado como analogia o fato de que os


menores de 14 anos são totalmente incapazes, pois já que não são capazes de
consentir nem mesmo o ato sexual, muito menos seriam capazes de terem
discernimento de tirar a própria vida.
Quando se retrata em diminuir a capacidade de resistência da vítima, pode-
se enquadrar no momento em que o curador do jogo constrange a vítima de uma
determinada forma para não deixa-la abandonar o desafio, constrangimento esse
prometendo um mal futuro para sua família ou amigos caso haja desistência,
acabando dessa forma a capacidade de resistência do sujeito passivo e tipificando
dessa forma o aumento de pena.
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2.3 A saída do jogo

Após as pesquisas, é possível depreender-se que inúmeros indivíduos são


recrutados para o jogo em um momento de desespero e na maioria das vezes em um
estado psicológico de completa depressão, o que acontece, é que muitas vezes as
pessoas acordam a tempo, e tentam desistir dos desafios, contudo, ocorre ameaças
por parte do curador, que diz que não pode abandonar as tarefas, e se abandonar irá
assassinar a família do “jogador “, com essa atitude o sujeito ativo tem tudo para
responder outra tipificação do nosso código penal, conforme afirma o artigo 146 do
CP, onde é hipótese de constrangimento ilegal o fato de constranger à outrem, através
de grave ameaça ou até mesmo violência, ou após de lhe haver diminuído, por
qualquer outra forma, a capacidade de resistência, a não fazer o que o ordenamento
jurídico admite, ou a fazer o que ela não manda. (BRASIL, 1940).
Masson (2011) com base em nossa Constituição, todos os Brasileiros tem
total liberdade de agir dentro dos limites legais, esse delito infringe totalmente o nosso
artigo 5º, inciso II, da constituição federal “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei “, ou seja, apenas a lei pode fazer você
obrigar ou adotar algum tipo de comportamento ou proibi-lo.
Com base no grande doutrinador Nucci (2017) o curador iria responder por
mais um crime, o constrangimento ilegal, pois ele reduz totalmente a capacidade de
resistência da vítima quando lhe faz uma grave ameaça representando uma
intimidação, e contendo uma promessa de promover contra a pessoa um mal futuro e
sério.
Entretanto como explicado acima no item 2.2, há previsão de aumento do
dobro da pena no próprio artigo 122 parágrafo único do código penal, que afasta o
crime de constrangimento, por ele ser um crime subsidiário, para Masson (2011), se
a conduta for elemento meio de execução de um crime mais grave, ela será absolvida.

3 COMPETÊNCIA

De acordo com nossa constituição federal, a competência para esse tipo de


crime é a justiça estadual, pois o mesmo não há qualquer menção no artigo 109 da
CF, que dispõe os crimes de jurisdição federal, e mesmo que a polícia federal esteja
se solidarizando com os casos ocorridos em nosso pais, isso não significa que a
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competência será federal, pode haver confusão sobre a qual justiça recorrer pela
questão do crime de pedofilia na internet ser um crime federal, mas nesse caso o
Brasil faz parte de um trato internacional que repudia esse ato, o considerando dessa
forma um delito de competência federal. (BRASIL, 1988).
Deste modo, é possível afirmar que apesar de um crime de grande
repercussão mundial, a baleia azul ainda não tem nenhum tratado internacional, e
desse modo continua fazendo parte de um crime da justiça estadual.

4 CASOS REAIS

De acordo com o site da Revista Claudia, da editora Abril, embora estes casos
estejam ocorrendo recentemente no Brasil, esse jogo já vem trazendo vários casos
em algumas partes do pais, alguns apenas tentativas, outros infelizmente foram
consumados, na maioria jovens e todos contem indícios que realmente foram
apresentados desafios em grupos de Whatsapp e automutilações pelo corpo, bem
tanto o consumo de medicamentos para depressão, abaixo casos retirados da
matéria: Desafio da baleia azul: como andam as investigações no Brasil:

4.1 A morte de Maria de Fátima Oliveira

Conforme afirma o site da Revista Claudia, no dia 11 de abril, uma jovem de


apenas 16 anos cometeu suicídio em Vila Rica (MT), sendo uma das primeiras jovens
com suspeitas de estar no desafio da Baleia Azul, a suposição foi confirmada pelo
delegado responsável pelo caso, e que há vários indícios da suposta participação da
jovem no desafio. (MELERO, 2017).
No Caso foram ouvidos amigos e parentes da jovem, o celular de Maria e de
outras possíveis vítimas foram presos, e o até o momento da pesquisa o inquérito se
encontra em aberto e foi pedido prazo devido se tratar de um crime virtual.

4.2 Baleia Azul em Muhuaçu (MG)

Também retirado da matéria acima, uma garota de apenas 13 anos de idade


apareceu com lesões no braço e também havia ingerido medicamentos controlados
na cidade de Muhuaçu, Minas Gerais. (MELERO, 2017).
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Investigadores da polícia civil alegam participação da jovem em grupo de


whatsapp onde há o tão repercutido desafio da baleia azul, entretanto antes de terem
acesso a todos os arquivos e conversas, ela apagou todos os dados do aparelho. A
jovem deve prestar depoimentos e o caso segue em investigação. (MELERO, 2017).

4.3 Curitiba em alerta

Também encontrado no site da Revista Cláudia, em Curitiba(PR), a polícia


civil abriu uma grande investigação sobre a tentativa de oitos suicídios na capital, a
suspeita é que todos eles participavam do desafio da baleia azul. (MELERO, 2017).
Inquéritos foram apurados pelo fato dos jovens se automutilarem e ingerirem
medicamentos, todos os jovens estão sendo ouvidos, mas até o momento os
curadores não foram encontrados. (MELERO, 2017).
A prefeitura emitiu uma alerta geral, orientando toda a população a dialogarem
mais com seus filhos e ficarem atentos com sinais de isolamento, remédios e
principalmente sobre sinais de automutilação. (MELERO, 2017).

4.4 Tubarão (SC)

Conforme o Jornal Notisul (2017), uma garota de 20 anos da cidade de


Tubarão, Santa Catarina, estava com o namorado que a segurava com força, por
causa desse acontecimento, a Policia Militar foi acionada para averiguar a situação,
quando a polícia militar chegou ao local, a moça saiu correndo e ignorou a ordem para
parar, mas acabou sendo abordada após perseguição. A moça estava bastante
desorientada e havia várias automutilações pelo corpo, a mesma admitiu que
participava do desafio da baleia azul e o namorado estava apenas tentando a controlar
com medo que ela tirasse a própria vida. Conforme fontes da Revista Claudia, após
investigação, foi descoberto que o grupo era comandado por um homem no estado
do Pará, ele será ouvido pelo departamento de polícia do próprio Estado, onde irá um
representante de Santa Catarina para averiguar os fatos. (MELERO, 2017).
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4.5 João Pessoa (PB)

Por fim, o site ainda traz o caso de uma adolescente de João pessoa (PB) de
apenas 14 anos chamou a atenção ao se automutilar e subir no telhado da escola,
ambas constadas no desafio da Baleia azul, de acordo com o responsável pelo caso,
os administradores dos grupos colhem todas as informação via redes sociais e a
indicação é que todos não se exponham de maneira alguma, e não colocar nenhum
número de contato telefônico, para evitar esse tipo de induzimento ou instigação,
orienta o coordenador do Centro Integrado de Operações policiais da Paraíba (CIOP).
(MELERO, 2017).
Deste modo, conclui-se que é por esses e por vários outros casos que o Brasil
está se mobilizando para extinguir com esse tipo de crime, com investigações por
parte tanto da polícia civil, como da polícia federal para identificar os curadores, e com
mobilizações por parte de várias instituições para ajudarem instruírem os pais para
que esse male não destrua suas famílias.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como foi analisado no decorrer deste presente artigo, o desafio ou jogo da


baleia azul só tende a se expandir, causas como a depressão, a exposição da vida
pessoal e número de telefones nas redes sociais são as formas mais fáceis desses
criminosos atuarem e devastarem a vida dos crianças e adolescentes, a solução mais
viável seria a conscientização da família sobre a formação da criança e a vigília sobre
os adolescentes, verificando marcas de automutilação e fiscalizando o que eles fazem
no mundo virtual. O Estado já começou a agir com programas que estão abordando
os casos e as eventuais consequências com a ajuda tanto de colégios, quanto da
polícia.
Apesar de haver tipificação em nosso ordenamento jurídico, na prática é
embasada em leis muito brandas, causando uma total sensação de impunidade
devido as circunstancias de consumação do crime, que tem que ter por obrigação
lesão corporal grave ou morte, sem contar que se trata de um crime em âmbito virtual,
que torna mais difícil as investigações devido ao expansão da internet e dos comandos
de ocultamento da identificação do dispositivo feito pelos criminosos, porém com o
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auxílio da família, programas sociais e também de delegacias especializadas, pode-


se extinguir de nossa sociedade essa nova modalidade de crime contra a vida.

REFERÊNCIAS

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o tabu do suicídio juvenil. 2017. Disponível em: <
http://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/27/politica/1493305523_711865.html>. Acesso
em: 3 abr. 2017.

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______. Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília,


DF, 7 dez. 1940. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del2848.htm>. Acesso em: 3 abr. 2017.

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MASSON, Cleber Rogério. Direito penal esquematizado: parte especial. 3. ed. Rio
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MATO GROSSO. PJC de Vila Rica instaura inquérito de suposto suicídio após
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MELERO, Maria Beatriz. Desafio da baleia azul: como andam as investigações no


Brasil. Revista Cláudia, 10 maio 2017. Disponível em: <
http://claudia.abril.com.br/sua-vida/desafio-baleia-azul-investigacoes-brasil//>.
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MIRABETE, Julio Fabbrini; FABBRINI, Renato N. Manual de direito penal: parte


especial: arts. 121 a 234-B do CP. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito penal: parte especial – arts. 121 a
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PRADO. Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: volume 2: parte especial:
arts. 121 a 183. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

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