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Aula 00 – Pronomes
Curso: Português
Professor: Bruno Spencer
APRESENTAÇÃO
Olá amigos!!!
Vamos direcionar este curso à preparação para o concurso do
Ministério Público de São Paulo, cargos de Analista Técnico Científico,
todas as especialidades.
O edital já SAIU, portanto não podemos perder tempo em nossa
preparação.
Este curso foi feito para você que quer um material COMPLETO e
OBJETIVO, que lhe possibilite assimilar a matéria em um menor espaço de
tempo possível.
Meu nome é Bruno Spencer, atualmente, exerço a função de Auditor
Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB, cargo que persegui por alguns
anos, sendo aprovado em 27º lugar no histórico concurso de 2012.
Para chegar a esse resultado, podem ter certeza que foi necessário muito
PLANEJAMENTO e DEDICAÇÃO. Milagres acontecem todos os dias, mas é
fundamental que façamos a nossa parte da melhor maneira possível,
com disciplina, fé e perseverança.
Quando me vi desempregado, após dar muita "cabeçada" e não obter
sucesso no mercado de trabalho, resolvi entrar de vez no mundo dos concursos.
O primeiro que tentei verdadeiramente foi o da Caixa Econômica de
2008. Como estava desempregado, estudava de manhã e de tarde, à noite
frequentava um cursinho e, quando chegava em casa, estudava mais um pouco
só para relaxar. Resultado?? Consegui o primeiro lugar do polo Recife.
Isso foi o que eu precisava, para ganhar mais autoconfiança. Daí decidi
que seria AFRFB. Então, dei seguimento aos estudos. Passei no ATA-MF em
2009, em 2010, na SAD-PE e no MPU, em 2012, no ACE - MDIC (excedente) e
AFRFB.
Devemos, pois, lembrar que vida de concurseiro não é feita só de
sucessos. Aqui, não mencionei minhas derrotas, mas podem ter certeza que
foram tantas quantos os sucessos.
O que vejo em comum entre as pessoas que passam em concursos é que
todas estudam com confiança que um dia chegarão à vitória, por isso
conseguem manter o foco e a disciplina. Não há concorrentes para
quem está preparado.
Trabalhe sua mente, não se deixe desanimar, estude hoje para estar
preparado amanhã. Vamos lá pessoal!!!!!!!!!!!
FOCO, DISCIPLINA E PERSEVERANÇA!
4 Pontuação. 8
8 Colocação pronominal. 0
9 Crase. 7
Aula Conteúdo
00 Pronomes
01 Classes Gramaticais
02 Verbo
03 Função Sintática dos Termos (REVISÃO)
04 Períodos e Conectivos
05 Concordância Verbal e Nominal
06 Regência Verbal e Nominal
07 Crase
08 Pontuação
09 Coerência e Coesão Textual
10 Texto
11 Ortografia, Acentuação e o Novo Acordo Ortográfico (REVISÃO)
Aula 00 – Pronomes
Olá amigos!
Hoje vamos ao estudo dos PRONOMES. Este é um assunto
importantíssimo e que se reflete em muitos outros, mas que também é muito
abordado diretamente por algumas bancas.
Atentem aos conceitos de cada espécie de pronome. Procurem
entender suas formas de utilização e deem especial ATENÇÃO ao item 2.3 –
Colocação Pronominal.
Vamos nessa!!!
Sumário
1 – Classificação .................................................................................. 6
2 – Pronomes Pessoais ........................................................................ 7
2.1 - Retos .......................................................................................... 7
2.2 - Oblíquos ..................................................................................... 8
2.3 – Colocação Pronominal ................................................................ 10
2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais.................................. 13
3 – Pronomes Possessivos ................................................................. 15
4 – Pronomes Demonstrativos ........................................................... 16
5 – Pronomes Relativos ..................................................................... 18
6 – Pronomes Interrogativos ............................................................. 19
7 – Pronomes Indefinidos .................................................................. 19
8 – Pronomes de Tratamento ............................................................. 20
9 – Questões Comentadas ................................................................. 21
10 - Lista de Exercícios ...................................................................... 56
11 – Gabarito ..................................................................................... 80
12 – Referencial Bibliográfico ............................................................ 80
1 – Classificação
Exemplos:
Meu carro é vermelho.
meu - pronome adjetivo - acompanha e qualifica o nome “carro”
Ele é vermelho.
ele - pronome substantivo - substitui o termo “meu carro”
2 – Pronomes Pessoais
2.1 - Retos
Eu (singular)
1a Pessoa Quem fala
Nós (plural)
Tu (singular)
2a Pessoa Para quem se fala
Vós (plural)
ele(a) (singular)
3a Pessoa De quem se fala
eles(a) (plural)
2.2 - Oblíquos
ÁTONOS TÔNICOS
Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.
• Vou cortar as cebolas. / Vou cortá-las.
1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012
Comentários:
Gabarito: E
Ex. Atendeu todos aquele que, mesmo envergonhados, lhe solicitaram ajuda.
Nesse caso, o pronome é atraído pelo pronome relativo QUE, mesmo estando
antes do termo intercalado.
Fique ligado!
Nos exercícios, verifique o posicionamento da banca a respeito do tema.
2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
Comentários:
Alternativa A - Incorreta – A palavra “não” atrai o pronome, por isso seria
correto a próclise nesse caso. “Não me queira mal...”
Alternativa B - Correta – Não se começa período com pronome átono, por
isso está correto o emprego da ênclise.
Alternativa C - Incorreta – Por mais esquisito que seja, a nossa gramática atesta
como correto o uso da mesóclise para os tempos futuro de presente e futuro
do pretérito do indicativo. “Encontrar-nos-emos depois...”
Alternativa D - Incorreta – ATENÇÃO, note que “sempre” também é uma palavra
atrativa por ser advérbio.
Eis algumas palavras atrativas: advérbios, pronomes indefinidos, pronomes
relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras negativas.
“Quando sempre me chamarem...”
Alternativa E - Incorreta – “Jamais” também é classificado como advérbio,
assim como palavra de negação, por isso atrai o pronome “te” para antes do
verbo. “Jamais te desesperes...”
Gabarito: B
OBSERVAÇÃO:
1 - As formas verbais no PARTICÍPIO NÃO admitem ÊNCLISE!!!
Ex. Eles haviam ajudado-nos. (ERRADO)
2 - No caso de o verbo principal estar no PARTICÍPIO, a forma ideal será a
segunda (ênclise em relação ao auxiliar).
linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.
OBSERVAÇÃO
Quando há preposição entre o verbo auxiliar e verbo principal, admite-se a
próclise ou ênclise, desde que não esteja no particípio.
Ex. O médico deixou de se cuidar. / O médico deixou de cuidar-se.
3 – Pronomes Possessivos
meu(s), minha(s)
1a Pessoa
nosso(s), nossa(s)
teu(s),tua(s)
2a Pessoa
vosso(s), vossa(s)
Há situações que o uso dos pronomes possessivos seu(s), sua(s), pode gerar
certa confusão quanto a quem ou a que se referem.
Exemplo:
O cachorro comeu o seu almoço.
4 – Pronomes Demonstrativos
QUANDO USAR...
ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
objeto está momento
ESSE(A)(S) algo DEPOIS de
PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO
5 – Pronomes Relativos
• O livro que estou lendo é ótimo. / O livro o qual estou lendo é ótimo.
• Falei com a mãe do seu amigo que esteve lá na delegacia.
Para evitar duplo sentido, melhor seria usar “o qual” ou “a qual”, a
depender de quem “esteve lá na delegacia”.
OBSERVAÇÃO:
1. O pronome QUEM é usado apenas para PESSOAS.
2. O pronome ONDE é usado apenas para LUGARES.
3. NÃO se usa artigo após o pronome CUJO(A)(S).
6 – Pronomes Interrogativos
7 – Pronomes Indefinidos
8 – Pronomes de Tratamento
SENHOR(A) •Respeitoso
9 – Questões Comentadas
3) VUNESP/AAJ/TJM SP/2011
Leia o texto para responder à questão.
Ismael odiava beijos em público. Era uma coisa que o deixava perturbado desde
a infância na casa dos seus pais. Mas vibrava de alegria ao ficar sabendo de
eventual repressão a algum beijoqueiro. A notícia que ouviu pelo rádio, na casa
de um vizinho, sobre o jogador de vôlei que havia sido repreendido por um
membro da organização do Mundial de Clubes de Vôlei por beijar em público
sua mulher, após a conquista de um título, deixou-o simplesmente eufórico.
Os amigos ficavam espantados diante dessa insólita situação, mesmo porque,
aos 17 anos, poderia facilmente arrumar uma namorada e beijá-la à vontade,
se fosse o caso.
Não era o caso, ele achava o beijo em público uma conduta afrontosa. Jurava
para si próprio que jamais casal algum se beijaria perto dele. Mas como evitar
que isso acontecesse? Não poderia, claro, recorrer à violência, conforme
conselho recebido de alguns professores que elogiavam essa sua ideia sobre o
beijo. Eles evitavam atos de violência. Teria de recorrer a algum meio eficiente,
mas não agressivo para expressar a sua repulsa. E aí lhe ocorreu: a tosse! Uma
forma fácil de advertir pessoas inconvenientes. Naquele mesmo dia fez a
primeira experiência. Avistou, na escola, um jovem casal se beijando. Colocou-
se atrás dos jovens e começou a tossir escandalosamente até que eles pararam.
O rapaz, depois de uma breve reclamação, levantou-se e saiu resmungando.
Mas a moça, que, aliás, já conhecia, Sofia, moradora da sua rua, olhou-o até
com simpatia. Ele estranhou. Deu as costas e foi embora.
À noite, estava sozinho em casa, quando alguém bateu à porta. Abriu, era Sofia.
Sorrindo, ela lhe estendeu um frasco: era xarope contra a tosse. Num impulso,
ele puxou-a para si e deu-lhe um doce e apaixonado beijo. O primeiro e decisivo
beijo de sua vida.
Estão namorando (e beijando muito). Quanto ao xarope, deu-o a um amigo.
Descobriu o que é bom para a tosse, ao menos para a tosse que nasce da
neurose: é o beijo. Grande, grande remédio!
(Moacyr Scliar, Folha de S.Paulo, 16.11.09. Adaptado)
d) evitavam-na.
e) evitavam-o.
Comentários:
Para substituir o complemento verbal (objeto direto) “atos de violência”,
devemos utilizar o pronome oblíquo OS, pois “atos” é masculino e plural.
Como a forma verbal termina com som nasal (AM), devemos acrescentar a
consoante N.
Portanto:
Eles evitavam atos de violência. = Eles evitavam-nos.
Gabarito: C
4) VUNESP/ContJ/TJM SP/2011
Leia o texto para responder à questão.
A escravidão levou consigo oficios e aparelhos, como terá sucedido a outras
instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo
oficio. Um deles era o ferro ao pescoço, outro, o ferro ao pé; havia também a
máscara de folha-de-flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos
escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para
respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber,
perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que
eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a
sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social
e humana nem sempre se alcança sem o grotesco e alguma vez o cruel. Os
funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.
(Machado de Assis. Pai contra mãe. Em: Relíquias de casa velha)
Alternativa A – Incorreta – O verbo LEVAR é transitivo direto, por isso deve ser
complementado pelo pronome OS para se referir ao termo “oficios e aparelhos”.
Alternativa B – Correta – A próclise foi utilizada corretamente em “que os fazia”,
uma vez que o pronome relativo QUE atrai o pronome oblíquo.
O pronome O foi utilizado corretamente para se referir a “vício da embriaguez”,
já que o verbo PERDER é transitivo direto – TD (não pede preposição).
Alternativa C – Incorreta – O pronome relativo ONDE deve ser utilizado apenas
para LUGARES.
A frase deve ser escrita da seguinte maneira:
A máscara tinha três buracos, e um cadeado atrás, que/o qual a fechava.
O complemento da forma verbal “fechava” deve ser expresso pelo pronome A
na posição de próclise devido à atração do pronome relativo QUE/O QUAL.
Alternativa D – Incorreta – Como a forma verbal “perdiam” termina com som
nasal (AM), o pronome A deve vir acompanhado da consoante N - perdiam-
na.
Alternativa E – Incorreta - O pronome “cujas” é inadequado na oração, pois ele
estabelece erroneamente uma ideia de posse entre os termos “instituições
sociais” e “escravidão”.
Os pronomes adequados ao contexto seriam QUE e AS QUAIS.
Havia outras instituições sociais, que/as quais a escravidão levou consigo.
Gabarito: B
6) VUNESP/Tes/CM Itápolis/2015
Leia o texto e responda à questão.
A consciência crítica
No exercício da atividade de headhunter *, tenho passado grande parte da vida
entrevistando e avaliando profissionais de todas as idades, sexo e nacionalidade
e, ao longo desse tempo, tenho notado também as competências que
frequentemente faltam aos brasileiros.
Uma delas, rara de encontrar e não é de hoje, chamo de consciência crítica.
Essa habilidade permite às pessoas que a têm tomar posições firmes diante dos
dilemas da vida, fazer julgamentos precisos e dar opiniões claras quando
necessário. Não me refiro aqui àquela falsa força das pessoas que dizem o que
pensam com contundência, sem nem medir os danos que uma frase mal
colocada pode causar. A consciência crítica é fruto de uma rara combinação de
conhecimento e sabedoria – duas coisas diferentes. Talvez, por isso, seja difícil
de encontrar.
O conhecimento são os recursos que temos e usamos para fazer um diagnóstico.
Precisamos separar fatos de opiniões, usar modelos mentais que facilitem a
organização de informações e ser cuidadosos com os detalhes. Antes de fazer
uma crítica, precisamos desse diagnóstico bem-feito. A sabedoria contribui para
Expressão feliz. Conheço vários casais que devotam aos filhos a mesma atenção
obsessiva que um pesquisador dedica aos seus ratinhos de laboratório. Gostam
de controlar tudo sobre os filhos. Como os helicópteros, estão constantemente
a planar sobre a existência dos petizes.
E quando finalmente descem a terra, é a desgraça: correm com eles para aulas
de música, caratê, natação, matemática. No regresso a casa, é ver esses
pequenos escravos, mortificados e exaustos, antes de se recolherem aos
quartos. Não sei que tipo de crianças os “pais-helicóptero” estão a produzir.
Deixo essas matérias para os especialistas. Digo apenas que a profusão de
“pais-helicóptero” é uma brutal amputação da infância e da adolescência. Para
além de corromper a relação entre pais e filhos.
Sobre a amputação, não sei que adulto eu seria se nesses primeiros anos não
houvesse a sensação de liberdade, mas também a percepção do risco, que me
acompanhava todos os dias. Apesar dos ossos que quebrei, dores foram
compensadas pela confiança que ganhei e pela intuição de que o mundo não é
uma ameaça constante, povoado por sequestradores, pedófilos ou
extraterrestres.
Mas os “pais-helicóptero” corrompem a relação essencial entre eles e os filhos.
Anos atrás, o filósofo Michael Sandel escreveu um ensaio contra o uso da
engenharia genética para produzir descendências perfeitas. Dizia Sandel que se
os pais pudessem manipular os fetos para terem superfilhos, estaria quebrada
a qualidade essencial da parentalidade: o fato de amarmos os filhos
incondicionalmente. Sejam ou não perfeitos.
Igual raciocínio é aplicável aos “pais-helicóptero”: é natural desejar o melhor
para os filhos. Porém não é natural ter com os filhos a mesma relação que existe
entre um treinador e o seu atleta, como se a vida – acadêmica, pessoal,
emocional – fosse uma mini-Olimpíada permanente.
Na minha infância, as únicas medalhas que colecionei são as cicatrizes que trago
no corpo. Não as troco por nada.
(Folha de S.Paulo, 29.07.2014. Adaptado)
Considere as expressões destacadas nas frases do texto.
I. E, por falar em árvores, cheguei a construir uma casa rudimentar no cimo
de uma oliveira que aguentou apenas duas horas.
II. Às vezes pergunto o que aconteceria aos meus pais se o pequeno selvagem
que fui reaparecesse agora.
III. Mas os pais da “babyboom generation” deixavam as suas crianças à solta,
talvez por entenderem que uma criança é uma criança.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as expressões destacadas
estão substituídas, correta e respectivamente, pelos pronomes em:
a) construí-la; lhes aconteceria; deixavam-as.
8) VUNESP/Aux SG (IPSMI)/IPSMI/2016
Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.
a) Me indicaram dois livros para ler nas férias.
b) Ele nunca dedicou-se muito aos familiares.
c) Assim que avisaram-me, retornei ao hotel.
d) Eu não telefonei-lhe porque estava viajando.
e) Reservaram-lhe duas passagens aéreas.
Comentários:
REVISANDO:
Perfeito!!!
4 Ênclise ao principal OK conseguiu livrar-se Forma
recomendada!!!
Como também não se pode iniciar a frase com o pronome “SE”, a forma mais
apropriada seria “tem-se visto”.
Alternativa E – Incorreta – O futuro do pretérito do indicativo é um caso
típico de mesóclise (discriminá-los-ia)
Gabarito: C
– O senhor não pode fazer uma coisa dessas. Por que isso, aborrecer as
pessoas?
– É para passar o tempo. Vivo sozinho, e com isso eu me divirto um pouco, né?
O moço delegado cruzou as mãos atrás da cabeça, fechou os olhos e meditou
sobre os próximos trinta anos. Pensou também na vida, na solidão e em arranjar
uma namorada. Abriu os olhos e lá estava o velhinho.
– Pois eu vou contar uma coisa. A sua vizinha, essa do varal, está
interessadíssima no senhor, gamadona.
O velho subiu nas nuvens, encantado. Recusou-se a dar mais detalhes, mandou-
o para casa, e chamou a senhora:
– Ele esteve aqui. É um senhor de idade. Bonitão, viu?
Confessou que fez tudo por amor, para chamar a sua atenção. Percebeu que
uma chama romântica brilhou nos olhos dela.
Caso encerrado.
(Humberto Werneck, Org. Coleção melhores crônicas – Ivan Angelo. Global,
2007. Adaptado)
11) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
12) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
18) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010
Comentários:
Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fez referência
desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-
entendido.
Alternativa D – Incorreta –
Gabarito: E
À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o
nível. Os melhores cursos souberam implementar o mais básico. "Não dá para
deixar o aluno por si só o tempo inteiro. É preciso fazer uso constante da
tecnologia para conectá-lo ao professor”, alerta a doutora em educação
Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por exemplo, usar
a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre
que, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade
brasileira diz respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos
desafios intelectuais. Muitos aqui não estão preparados para a função, como
enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos indicam ainda a relevância de o
aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir a aulas esporádicas
nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar à
vontade a biblioteca e os laboratórios.
grandes e vão absorver quase um terço dos universitários até 2015. São
números que reforçam a premência da busca pela excelência.
Comentários:
Gabarito: E
Comentários:
O pronome relativo “cuja” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse. As pessoas são portadoras da singularidade e não ao contrário.
Gabarito: D
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)
Comentários:
Gabarito: E
A ideia de que o tempo tem uma direção, é irreversível, e caminha em linha reta
não era uma unanimidade – tampouco uma obviedade. As marés, os solstícios,
as estações, a movimentação dos astros no céu e o próprio comportamento
biológico (o ciclo menstrual, as etapas de amadurecimento do corpo) fizeram
muitos povos da Antiguidade sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos,
como se sua natureza fosse circular e repetitiva.
Os maias achavam que a história se repetiria a cada 260 anos. Esse período
recebia o nome de lamat, após o qual o primeiro dia voltaria a acontecer. Os
estoicos achavam que, toda vez que os planetas se alinhassem, retomando a
mesma posição que ocupavam no início dos tempos, o Cosmo seria recriado.
Não é por acaso que toda a trama de uma típica peça de teatro grego se resolvia
num único dia – o tempo representado se fecha sobre si mesmo, ao encerrar
um ciclo de representação.
(Luiz Costa Pereira Junior. Língua Portuguesa Especial. Etimologia. São Paulo:
Segmento, ano I, janeiro 2006, p. 38 e 39, com adaptações)
Comentários:
Gabarito: E
Questão de gosto
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando
alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de
conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de
colégio.” Questão de gosto.
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra,
a ausência vale a presença − tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem
valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa
análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga
as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das
fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas
contradições.
Comentários:
Gabarito: B
24) FCC/AP/MANAUSPREV/Administrativa/2015
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os
excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
Considere:
Comentários:
Gabarito: D
10 - Lista de Exercícios
1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012
2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
3) VUNESP/AAJ/TJM SP/2011
Leia o texto para responder à questão.
Ismael odiava beijos em público. Era uma coisa que o deixava perturbado desde
a infância na casa dos seus pais. Mas vibrava de alegria ao ficar sabendo de
eventual repressão a algum beijoqueiro. A notícia que ouviu pelo rádio, na casa
de um vizinho, sobre o jogador de vôlei que havia sido repreendido por um
membro da organização do Mundial de Clubes de Vôlei por beijar em público
sua mulher, após a conquista de um título, deixou-o simplesmente eufórico.
Os amigos ficavam espantados diante dessa insólita situação, mesmo porque,
aos 17 anos, poderia facilmente arrumar uma namorada e beijá-la à vontade,
se fosse o caso.
Não era o caso, ele achava o beijo em público uma conduta afrontosa. Jurava
para si próprio que jamais casal algum se beijaria perto dele. Mas como evitar
4) VUNESP/ContJ/TJM SP/2011
Leia o texto para responder à questão.
A escravidão levou consigo oficios e aparelhos, como terá sucedido a outras
instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo
oficio. Um deles era o ferro ao pescoço, outro, o ferro ao pé; havia também a
máscara de folha-de-flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos
escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para
respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber,
perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que
eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a
sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social
6) VUNESP/Tes/CM Itápolis/2015
Leia o texto e responda à questão.
A consciência crítica
No exercício da atividade de headhunter *, tenho passado grande parte da vida
entrevistando e avaliando profissionais de todas as idades, sexo e nacionalidade
e, ao longo desse tempo, tenho notado também as competências que
frequentemente faltam aos brasileiros.
Uma delas, rara de encontrar e não é de hoje, chamo de consciência crítica.
Essa habilidade permite às pessoas que a têm tomar posições firmes diante dos
dilemas da vida, fazer julgamentos precisos e dar opiniões claras quando
necessário. Não me refiro aqui àquela falsa força das pessoas que dizem o que
pensam com contundência, sem nem medir os danos que uma frase mal
colocada pode causar. A consciência crítica é fruto de uma rara combinação de
conhecimento e sabedoria – duas coisas diferentes. Talvez, por isso, seja difícil
de encontrar.
O conhecimento são os recursos que temos e usamos para fazer um diagnóstico.
Precisamos separar fatos de opiniões, usar modelos mentais que facilitem a
organização de informações e ser cuidadosos com os detalhes. Antes de fazer
uma crítica, precisamos desse diagnóstico bem-feito. A sabedoria contribui para
a elaboração da síntese, que é a conclusão de nosso raciocínio e a maneira como
expressaremos a crítica consistente e, de preferência, construtiva.
Minhas observações de profissionais brasileiros mostram que, muitas vezes,
exatamente por não ter desenvolvido sua consciência crítica, a pessoa não
assume nem defende posições, não opina quando perguntada e se esconde
atrás de uma falsa postura educada, para não fazer um julgamento sobre um
fato ou sobre uma atitude.
Um traço forte da cultura brasileira é a busca da harmonia, mas ela não pode e
não deve ocupar o espaço de posições firmes, de posturas íntegras e do prazer
de assumir e defender uma causa. O pior arrependimento vem sempre da
omissão e raramente da ação.
(Luiz Carlos Cabrera. Você S/A, janeiro de 2015. Adaptado)
* Headhunter: aquele que seleciona os melhores profissionais para áreas
executivas.
Expressão feliz. Conheço vários casais que devotam aos filhos a mesma atenção
obsessiva que um pesquisador dedica aos seus ratinhos de laboratório. Gostam
de controlar tudo sobre os filhos. Como os helicópteros, estão constantemente
a planar sobre a existência dos petizes.
E quando finalmente descem a terra, é a desgraça: correm com eles para aulas
de música, caratê, natação, matemática. No regresso a casa, é ver esses
pequenos escravos, mortificados e exaustos, antes de se recolherem aos
quartos. Não sei que tipo de crianças os “pais-helicóptero” estão a produzir.
Deixo essas matérias para os especialistas. Digo apenas que a profusão de
“pais-helicóptero” é uma brutal amputação da infância e da adolescência. Para
além de corromper a relação entre pais e filhos.
Sobre a amputação, não sei que adulto eu seria se nesses primeiros anos não
houvesse a sensação de liberdade, mas também a percepção do risco, que me
acompanhava todos os dias. Apesar dos ossos que quebrei, dores foram
compensadas pela confiança que ganhei e pela intuição de que o mundo não é
uma ameaça constante, povoado por sequestradores, pedófilos ou
extraterrestres.
Mas os “pais-helicóptero” corrompem a relação essencial entre eles e os filhos.
Anos atrás, o filósofo Michael Sandel escreveu um ensaio contra o uso da
engenharia genética para produzir descendências perfeitas. Dizia Sandel que se
os pais pudessem manipular os fetos para terem superfilhos, estaria quebrada
a qualidade essencial da parentalidade: o fato de amarmos os filhos
incondicionalmente. Sejam ou não perfeitos.
Igual raciocínio é aplicável aos “pais-helicóptero”: é natural desejar o melhor
para os filhos. Porém não é natural ter com os filhos a mesma relação que existe
entre um treinador e o seu atleta, como se a vida – acadêmica, pessoal,
emocional – fosse uma mini-Olimpíada permanente.
Na minha infância, as únicas medalhas que colecionei são as cicatrizes que trago
no corpo. Não as troco por nada.
(Folha de S.Paulo, 29.07.2014. Adaptado)
Considere as expressões destacadas nas frases do texto.
I. E, por falar em árvores, cheguei a construir uma casa rudimentar no cimo
de uma oliveira que aguentou apenas duas horas.
II. Às vezes pergunto o que aconteceria aos meus pais se o pequeno selvagem
que fui reaparecesse agora.
III. Mas os pais da “babyboom generation” deixavam as suas crianças à solta,
talvez por entenderem que uma criança é uma criança.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as expressões destacadas
estão substituídas, correta e respectivamente, pelos pronomes em:
a) construí-la; lhes aconteceria; deixavam-as.
8) VUNESP/Aux SG (IPSMI)/IPSMI/2016
Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.
a) Me indicaram dois livros para ler nas férias.
b) Ele nunca dedicou-se muito aos familiares.
c) Assim que avisaram-me, retornei ao hotel.
d) Eu não telefonei-lhe porque estava viajando.
e) Reservaram-lhe duas passagens aéreas.
11) FCC/TJ/TST/Administrativa/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
12) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Texto I
O jivaro
Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um
jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de
um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações,
e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
O Sr. Matter:
− Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.
E o índio:
− Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!
(Rubem Braga, Recado de primavera)
Texto II
Anedota búlgara
Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que
também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma
barbaridade.
(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)
O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se
caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar
andorinhas e borboletas à morte.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se, de forma
correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,
a) não o ocorrendo de tais levá-las.
b) não ocorrendo-lhe dos mesmos levar-lhes.
c) lhe não ocorrendo destes as levar-lhes.
d) não ocorrendo-o dos cujos as levarem.
e) não lhe ocorrendo destes levá-las.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas
estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -
circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
18) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010
À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o
nível. Os melhores cursos souberam implementar o mais básico. "Não dá para
deixar o aluno por si só o tempo inteiro. É preciso fazer uso constante da
tecnologia para conectá-lo ao professor”, alerta a doutora em educação
Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por exemplo, usar
a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre
que, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade
brasileira diz respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos
desafios intelectuais. Muitos aqui não estão preparados para a função, como
enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos indicam ainda a relevância de o
aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir a aulas esporádicas
nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar à
vontade a biblioteca e os laboratórios.
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)
A ideia de que o tempo tem uma direção, é irreversível, e caminha em linha reta
não era uma unanimidade – tampouco uma obviedade. As marés, os solstícios,
as estações, a movimentação dos astros no céu e o próprio comportamento
biológico (o ciclo menstrual, as etapas de amadurecimento do corpo) fizeram
muitos povos da Antiguidade sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos,
como se sua natureza fosse circular e repetitiva.
Os maias achavam que a história se repetiria a cada 260 anos. Esse período
recebia o nome de lamat, após o qual o primeiro dia voltaria a acontecer. Os
estoicos achavam que, toda vez que os planetas se alinhassem, retomando a
mesma posição que ocupavam no início dos tempos, o Cosmo seria recriado.
Não é por acaso que toda a trama de uma típica peça de teatro grego se resolvia
num único dia – o tempo representado se fecha sobre si mesmo, ao encerrar
um ciclo de representação.
(Luiz Costa Pereira Junior. Língua Portuguesa Especial. Etimologia. São Paulo:
Segmento, ano I, janeiro 2006, p. 38 e 39, com adaptações)
Questão de gosto
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando
alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de
conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de
colégio.” Questão de gosto.
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra,
a ausência vale a presença − tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem
valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa
análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga
as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das
fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas
contradições.
24) FCC/AP/MANAUSPREV/Administrativa/2015
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os
excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
Considere:
11 – Gabarito
1 E 7 B 13 E 19 E
2 B 8 E 14 E 20 D
3 C 9 C 15 C 21 E
4 B 10 A 16 E 22 E
5 E 11 C 17 E 23 B
6 D 12 D 18 E 24 D
12 – Referencial Bibliográfico