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ARQUITETURA E URBANISMO

PLANEJAMENTO URBANO REGIONAL

REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS- AM


Análise e Caracterização

DISCENTES: Beatriz F. de Oliveira, Caroliny B. Lécia, Daniel Moraes, Eugênia Marques,


Ivan Pedro

DOCENTE: Gilson J. Bergoc

Londrina
2019
Beatriz F. de Oliveira, Caroliny B. Lécia, Daniel Moraes, Eugênia
Marques, Ivan Pedro

REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS- AM


Análise e Caracterização

Trabalho do Curso de Arquitetura e


Urbanismo da UEL – Universidade Estadual
de Londrina – para a disciplina de
Planejamento Urbano Regional.

Docente: Gilson J. Bergoc

Londrina
2019

2
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - A PONTE RIO NEGRO, QUE COMEÇA NO BAIRRO DA COMPENSA E SEGUE ATÉ A RODOVIA ESTADUAL AM-070 (MANAUS-
MANACAPURU). ............................................................................................................................................... 97
FIGURA 2 - ÁREA URBANA DE SILVES, EM 2019. ............................................................................................................. 98
FIGURA 3 - LINHAS DE TRAVESSIA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS/AM. ............................................................... 107
FIGURA 4 - LIGAÇÃO POR TRAVESSIA MANAUS/CAREIRO DA VÁRZEA E POR PONTE MANAUS/IRANDUBA. ................................. 108
FIGURA 5 - TERMINAIS DE PASSAGEIRO, 2019. .............................................................................................................. 110
FIGURA 6 - LINHAS DE TRANSMISSÃO DO SIN, COM ENFOQUE NA RM MANAUS, EM 2019. ............................................... 117
FIGURA 7 - DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA RM MANAUS...................................................... 129
FIGURA 8 - TEATRO MUSEU AMAZONAS, VISTA EXTERNA................................................................................................. 156

LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – POPULAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA RMM, EM 2010. ...................................................................................... 24
GRÁFICO 2 - PIRÂMIDE ETÁRIA, DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPOS DE IDADE, MANAUS, EM 1991. ......................................... 26
GRÁFICO 3 - PIRÂMIDE ETÁRIA, DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPOS DE IDADE, MANAUS, EM 2000. ......................................... 26
GRÁFICO 4 - PIRÂMIDE ETÁRIA, DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E GRUPOS DE IDADE, MANAUS, EM 2010. ......................................... 27
GRÁFICO 5- ORIGEM DOS IMIGRANTES INTRE-ESTADUAIS EM MANAUS, COM MENOS DE 5 ANOS DE RESIDÊNCIA, EM 2000. ........ 28
GRÁFICO 6 – LOCAL DE MORADIA ANTERIOR, RURAL E URBANA, DOS MIGRANTES RECENTES, EM MENOS DE 5 ANOS. ................. 28
GRÁFICO 7 – TAXA BRUTA DE NATALIDADE POR 1.000 HABITANTES, NO AM E NO BRASIL. ..................................................... 30
GRÁFICO 8 - TAXA DE MORTALIDADE POR SEXO NA RMM, EM 2017.................................................................................. 31
GRÁFICO 9 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, EVOLUÇÃO DE 2010 E 2017....................................................................... 33
GRÁFICO 10 – CONTRIBUIÇÃO DOS COMPONENTES PARA O IGHM, EM 2000 E 2010. .......................................................... 43
GRÁFICO 11- IDHM NA RMM, EM 2010. ................................................................................................................... 43
GRÁFICO 12 – EVOLUÇÃO IDH EM MANAUS. ................................................................................................................. 44
GRÁFICO 13 – EVOLUÇÃO DO IDHM, EM MANAUS. ........................................................................................................ 44
GRÁFICO 14 - ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO NA RMM. ................................................................................................. 45
GRÁFICO 15 – DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NA RMM. ......................................................................................................... 47
GRÁFICO 16 - PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) 1999, 2010 E 2016: EVOLUÇÃO. ............................................................... 51
GRÁFICO 17 - PIB PER CAPITA 1999, 2010 E 2016: EVOLUÇÃO. ....................................................................................... 53
GRÁFICO 18 - PIB POR SETORES: 1999, 2010 E 2016. .................................................................................................... 58
GRÁFICO 19 - PIB AGROPECUÁRIO 1999, 2010 E 2016. ................................................................................................. 60
GRÁFICO 20 - PIB INDUSTRIAL 1999, 2010 E 2016. ....................................................................................................... 62
GRÁFICO 21 - PIB SERVIÇOS 1999, 2010 E 2016. ......................................................................................................... 64
GRÁFICO 22 - PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS: LAVOURA TEMPORÁRIA, EM 2017. ........................................................... 74
GRÁFICO 23 - PRODUTOS AGRÍCOLAS: CEREAIS, LEGUMINOSAS E OLEAGINOSAS, 2017. ......................................................... 75
GRÁFICO 24 - VALOR ADICIONADO À ECONOMIA: GASTO TOTAL COM ZFM. ......................................................................... 79
GRÁFICO 25 - LINHAS ESTADUAIS NO TRANSPORTE DE CARGAS NO ESTADO DO AMAZONAS, 2010. ......................................... 100
GRÁFICO 26 - LINHAS INTERESTADUAIS NA HIDROVIA DO SOLIMÕES-AMAZONAS, 2010. ..................................................... 101
GRÁFICO 27 - EVOLUÇÃO DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM MANAUS, 2010 A 2017. ............................................... 120
GRÁFICO 28 - EVOLUÇÃO DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO INTERIOR DO AM, 2010 A 2017. .................................... 121
GRÁFICO 29 - DOMICÍLIOS RURAIS COM ACESSO À ENERGIA, DA RM MANAUS. ................................................................. 122
GRÁFICO 30 - DOMICÍLIOS URBANOS COM ACESSO À ENERGIA, DA RM MANAUS. ............................................................. 123
GRÁFICO 31 - POTÊNCIA DE ENERGIA GERADA NA RM MANAUS, EM 2019. ..................................................................... 125
GRÁFICO 32 - SANEAMENTO NOS DOMICÍLIOS RURAIS DA RM MANAUS, 2010. ................................................................ 127
GRÁFICO 33 - SANEAMENTO NOS DOMICÍLIOS URBANOS DA RM MANAUS, 2010. ............................................................ 127
GRÁFICO 34 - TOTAL DE DOMICILIO COM SANEAMENTO ADEQUADO NA RMM. ................................................................ 128
GRÁFICO 35 - POPULAÇÃO URBANA COM ACESSO À REDE DE ÁGUA, RM MANAUS. ........................................................... 131
GRÁFICO 36 - POPULAÇÃO URBANA COM ACESSO À ESGOTO ADEQUADO, RM MANAUS. .................................................... 134
GRÁFICO 37 - PORCENTAGEM DE DESTINO DO LIXO NOS DOMICÍLIOS DA RM MANAUS, EM 2010........................................... 137
GRÁFICO 38 - DESTINO DO LIXO NOS DOMICÍLIOS NOS MUNICÍPIOS DA RM MANAUS, EM 2010. ............................................ 138
GRÁFICO 39 -EVOLUÇÃO DO CONSUMO PER CAPITA DE ÁGUA NA RMM. ........................................................................ 143
GRÁFICO 40 - CONSUMO DE ÁGUA RETIRA E CONSUMIDA NA RMM, EM 2017. ............................................................... 144
GRÁFICO 41 - CONSUMO DE ÁGUA RETIRA E CONSUMIDA NA RMM, EM 2007. ............................................................... 144
GRÁFICO 42 - CONSUMO DE ÁGUA RETIRA E CONSUMIDA NA RMM, EM 1997. ............................................................... 145
3
GRÁFICO 43 - TAXA DE MÉDICOS POR 1.000 HABITANTES, EM 2017. .............................................................................. 150
GRÁFICO 44 - TAXA DE DENTISTA POR 1.000 HABITANTES.............................................................................................. 151

LISTA DE MAPAS
MAPA 1 – LEIS DE INTEGRAÇÃO À REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS. ........................................................................... 13
MAPA 2 - LIMITES POLÍTICOS REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS. ................................................................................. 14
MAPA 3 – REDE URBANA DA AMAZÔNIA LEGAL. ............................................................................................................. 15
MAPA 4 - DOMÍNIOS GEOMORFOLÓGICOS PROPOSTOS PARA O ESTADO DO AMAZONAS. ......................................................... 17
MAPA 5 - MAPA FÍSICO DO AMAZONAS. ........................................................................................................................ 19
MAPA 6 - A REGIÃO HIDROGRÁFICA AMAZÔNICA NO QUADRO DA AMÉRICA LATINA. ............................................................. 20
MAPA 7 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, EM 2010. ................................................................................................... 31
MAPA 8 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, EM 2017. ................................................................................................... 32
MAPA 9 – TAXA DE FECUNDIDADE TOTAL, EM 2010. ....................................................................................................... 33
MAPA 10 – IDHM NA RMM, EM 2000. ...................................................................................................................... 36
MAPA 11 – IDHM NA RMM, EM 2010. ...................................................................................................................... 36
MAPA 12 – IDHM LONGEVIDADE NA RMM, EM 2010. .................................................................................................. 38
MAPA 13 – IDHM RENDA NA RMM, EM 2010. ............................................................................................................ 39
MAPA 14 - EDUCAÇÃO NA RMM, 2010. ...................................................................................................................... 40
MAPA 15 - IDHM TOTAL, 2010. ................................................................................................................................. 41
MAPA 16 – IDHM NA RMM, EM 2010. ...................................................................................................................... 42
MAPA 17 – ÍNDICE GINI NA RMM, EM 2010. ............................................................................................................... 47
MAPA 18 - PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS: LAVOURA PERMANENTE, EM 2017. .............................................................. 72
MAPA 19- PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS: LAVOURA TEMPORÁRIA, EM 2017. ............................................................... 73
MAPA 20 - PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS: CEREAIS, LEGUMINOSAS E OLEAGINOSAS, 2017. ............................................. 74
MAPA 21 - FASES DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA RMM: 1999, 2010 E 2016 ........................................................................... 76
MAPA 22 – RECURSOS NATURAIS: UNIDADES METALOGENÉTICAS ...................................................................................... 83
MAPA 23 – RECURSOS NATURAIS: RECURSOS MINERAIS ................................................................................................... 84
MAPA 24 – MUNICÍPIOS COM POTENCIAL PARA PISCICULTURA.......................................................................................... 85
MAPA 25 - UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, EM 2017 .............................................. 92
MAPA 26 – SISTEMA RODOVIÁRIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS ...................................................................... 94
MAPA 27 - ÁREA DE SAÍDA DE FLUXO NA ÁREA CENTRAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS. ........................................ 95
MAPA 28 - LIGAÇÕES RODOVIÁRIAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, SEM ESCALA. .................................................. 96
MAPA 29 - TRAVESSIA AM-254 PASSANDO POR AUTAZES-AM, 2019. .............................................................................. 98
MAPA 30 – SISTEMA DE HIDROVIAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS. ................................................................... 99
MAPA 31 - MAPA MULTIMODAL AMAZONAS INDICADOS PORTOS, AEROPORTOS, RODOVIAS E HIDROVIAS DA RMM. ............... 104
MAPA 32 - LOCALIZAÇÃO DO PORTO DE MANAUS. ........................................................................................................ 105
MAPA 33 - COMPLEXO PORTUÁRIO DE MANAUS. .......................................................................................................... 105
MAPA 34 - MAPA DOS AERÓDROMOS PRESENTES NA REGIÃO METROPOLITANA, EM 2019................................................... 109
MAPA 35 - LOCALIZAÇÃO DO AEROPORTO EDUARDO GOMES EM RELAÇÃO AO CENTRO DE MANAUS, 2019. ............................ 111
MAPA 36 – LIGAÇÕES AÉREAS DE PASSAGEIROS, COM ENFOQUE NA RMM, EM 2010. ...................................................... 112
MAPA 37 - LIGAÇÕES AÉREAS DE CARGA, COM ENFOQUE RMM, EM 2010. ..................................................................... 113
MAPA 38 - RESÍDUOS MODELO GRAVITACIONAL DE CARGA, COM ENFOQUE RMM, EM 2010. ............................................ 114
MAPA 39 - LINHAS DE TRANSMISSÃO NO SIN COM ENFOQUE NA RMM, EM 2010. .......................................................... 118
MAPA 40 - LINHAS DE TRANSMISSÃO NO SIN COM ENFOQUE NA RMM, EM 2015. .......................................................... 118
MAPA 41 –PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À ENERGIA, EM 2000. ..................................................... 123
MAPA 42 - PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À ENERGIA, EM 2010. ..................................................... 124
MAPA 43 -GERAÇÃO DE ENERGIA NA RMM, EM 2019 (KW)......................................................................................... 125
MAPA 44 – PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ÁGUA, EM 1991. ............................................ 132
MAPA 45 - PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ÁGUA, EM 2000. ............................................ 133
MAPA 46 - PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ÁGUA, EM 2010. ............................................ 133
MAPA 47 - PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ESGOTO, EM 1991. ......................................... 135
MAPA 48 - PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ESGOTO, EM 2000. ......................................... 136
MAPA 49 - PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ESGOTO, EM 2010. ......................................... 136
MAPA 50 – PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM COLETA DE LIXO, EM 2010. ......................................................... 138

4
MAPA 51 - UNIVERSIDADES PÚBLICAS OU PRIVADAS - ENSINO PRESENCIAL, EM 2019.......................................................... 146
MAPA 52 - CAMPUS DA UEA NO AMAZONAS, EM 2016. ............................................................................................... 147
MAPA 53 - HOSPITAIS E UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE, EM 2019. ................................................................................... 148
MAPA 54 - NÚMERO DE MÉDICOS, EM 2017. ............................................................................................................... 149
MAPA 55 - NÚMERO DE DENTISTAS, EM 2017. ............................................................................................................. 151
MAPA 56 - RECORTE DO MAPA INTERATIVO ANCINE - COMPLEXOS CINEMATOGRÁFICOS, EM 2019...................................... 152
MAPA 57 – MUSEU NA RMM, EM 2019. ................................................................................................................... 153
MAPA 58 – BIBLIOTECAS NA RMM, EM 2019.............................................................................................................. 154
MAPA 59 - TEATROS E SALAS DE ESPETÁCULO NA RMM, EM 2019 ................................................................................. 155
MAPA 60 - COBERTURA POR SINAL DE TELEFONIA MÓVEL, EM 2018. ............................................................................... 157

LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - DATAS DE FUNDAÇÃO DE MUNICÍPIOS E LEIS QUE OS INTEGRARAM À RMM. .......................................................... 13
TABELA 2 - ÁREA TOTAL E URBANA DOS MUNICÍPIOS COMPONENTES DA RMM. ..................................................................... 21
TABELA 3 – DENSIDADE DEMOGRÁFICA E ÁREA TOTAL E POR MUNICÍPIO, EM 2010. ............................................................. 22
TABELA 4 – POPULAÇÃO URBANA E TOTAL POR MUNICÍPIO DA RMM, EM 2010. ................................................................. 23
TABELA 5 – POPULAÇÃO TOTAL, POR GÊNERO, RURAL/URBANA, EM MANAUS. .................................................................... 24
TABELA 6 – ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO, EM MANAUS........................................................................................... 25
TABELA 7 – COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO NATURAL E MIGRANTE, POR CLASSES DE TEMPO DE RESIDÊNCIA, EM 2000. ............... 29
TABELA 8 – TAXA DE MORTALIDADE GERAL NA RMM, EM 2017. ...................................................................................... 30
TABELA 9 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, PARA CADA 100 NASCIDOS. .......................................................................... 32
TABELA 10 – LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE, EM MANAUS.......................................................................... 34
TABELA 11 – IDHM NA RMM, EM 2010. ..................................................................................................................... 42
TABELA 12 – NÚMERO DE ESCOLAS NA RMM, EM 2014.................................................................................................. 46
TABELA 13 – RENDA PER CAPITA EM RELAÇÃO AO ÍNDICE GINI.......................................................................................... 48
TABELA 14 – ÍNDICE GINI, EM 2010. ........................................................................................................................... 48
TABELA 15 - MAIORES E MENORES RIQUEZAS, EM 2016. .................................................................................................. 52
TABELA 16 - DISTRIBUIÇÃO DAS RIQUEZAS, EM 2016. ...................................................................................................... 54
TABELA 17 - RENDIMENTO MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA NOMINAL, EM 2010. ............................................................. 55
TABELA 18 - RENDIMENTO MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA NOMINAL, EM 2010, POR SEXO................................................. 55
TABELA 19 - RENDIMENTO MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA NOMINAL, EM 2010, POR ETNIA. .............................................. 56
TABELA 20 - PERFIL DE RENDIMENTO NOMINAL MENSAL, EM 2017. .................................................................................. 57
TABELA 21 – ATIVIDADES COM MAIOR VALOR ADICIONADO BRUTO, EM 2010 E 2016. ......................................................... 68
TABELA 22 - RMM: VALOR ADICIONADO BRUTO A PREÇOS CORRENTES, EM 2016 (X1000). ................................................. 70
TABELA 23 - VAB* SETORES RMM X AMAZONAS, EM 2016. ........................................................................................... 71
TABELA 24 - PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS: LAVOURA PERMANENTE, EM 2017. ............................................................ 73
TABELA 25 - PECUÁRIA: DESTAQUES, EM 2017. .............................................................................................................. 75
TABELA 26 - VAB SETORES RMM X AMAZONAS, EM 2016: INDÚSTRIA. ............................................................................. 77
TABELA 27 - RMM: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2010-2016. ............................................................................................ 81
TABELA 28 – MINÉRIOS REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS ......................................................................................... 82
TABELA 29 – EXTRAÇÃO VEGETAL NO REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, EM 2017. ...................................................... 86
TABELA 30 – SILVICULTURA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, EM 2017. ............................................................... 87
TABELA 31- EXTRAÇÃO VEGETAL NO REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, EM 2007. ....................................................... 87
TABELA 32 - SILVICULTURA NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, EM 2007. ............................................................... 88
TABELA 33 – UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, EM 2010........................................... 89
TABELA 34 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS, EM 2017. .......................................... 90
TABELA 35 – MOTIVOS DE VIAGEM PARA MANAUS, ATRATIVOS NATURAIS, 2009................................................................. 93
TABELA 36 - GRUPO DE MERCADORIAS TRANSPORTADAS PELA HIDROVIA SOLIMÕES-AMAZONAS, 2010. .................................. 101
TABELA 37 - ESTIMATIVA DE MOVIMENTAÇÃO ANUAL DE PASSAGEIROS DOS PRINCIPAIS TRECHOS/LINHAS DO ESTADO DO AMAZONAS,
2017. ........................................................................................................................................................... 107
TABELA 38 – MOVIMENTO DE CARGA SÃO PAULO-MANAUS, 2010. ............................................................................... 113
TABELA 39 - ENERGIA BRUTA GERADA NA CAPITAL, 2010 E 2011. .................................................................................. 119
TABELA 40 - ENERGIA REQUERIDA NA CAPITAL, 2016 E 2017. ....................................................................................... 120
TABELA 41 - ENERGIA BRUTA GERADA NO INTERIOR, 2010 E 2011. ................................................................................ 121

5
TABELA 42 – GERAÇÃO E FONTES DE ENERGIA NA RMM, EM 2019. ................................................................................ 126
TABELA 43 – SITUAÇÃO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO AMAZONAS. ................................................................................. 129
TABELA 44 – SISTEMAS PRODUTORES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA RMM. .................................................................. 130
TABELA 45 – PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ÁGUA. ........................................................... 132
TABELA 46 - PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL COM ACESSO À REDE DE ÁGUA............................................................. 135
TABELA 47 – CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA (GWH) POR CLASSE, EM MANAUS, 2010 E 2009. ........................................ 139
TABELA 48 - CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA (GWH) POR CLASSE, NO INTERIOR, 2010 E 2009. ........................................ 140
TABELA 49 - CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA (GWH) POR CLASSE, EM MANAUS, 2016 E 2017. ........................................ 141
TABELA 50 - CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA (GWH), POR CLASSE, NO INTERIOR, 2016 E 2017......................................... 141
TABELA 51 – CONSUMO MÉDIO PER CAPITA DE ÁGUA NA RMM, EM L/HAB./DIA. ........................................................... 142

6
Sumário
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 10
2. DEFINIÇÃO DE REGIÃO METROPOLITANA ..................................................................................... 11
3. ASPECTOS LEGAIS .......................................................................................................................... 12
3.1. Legislações ............................................................................................................................. 12
3.1.1. Lei Complementar N°52/2007 de 30/05/2007.................................................................. 12
3.1.2. Lei Complementar N° 59/2007 de 27/12/2007................................................................. 12
3.1.3. Projeto de Lei Complementar N°3 de 17/03/2009. .......................................................... 12
4. ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS .................................................................................................. 14
4.1. Limites Políticos e Limitações Físico-Geográficas da Região Metropolitana de Manaus e seus
Municípios e seu Entorno .................................................................................................................. 14
4.2. Relevo .................................................................................................................................... 16
4.3. Rede Hidrográfica .................................................................................................................. 19
4.4. Área do Município e da Área Urbana da Sede dos Distritos ................................................. 21
5. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS .......................................................................................................... 22
5.1. Densidade Demográfica ........................................................................................................ 22
5.2. População Urbana, Rural e Total ........................................................................................... 23
5.3. Estrutura Etária Populacional (Município de Manaus) ......................................................... 25
5.4. Migrações .............................................................................................................................. 27
5.5. Taxa de Natalidade ................................................................................................................ 29
5.6. Taxa de Mortalidade ............................................................................................................. 30
5.7. Taxa de Fecundidade ............................................................................................................. 33
6. ASPECTOS SOCIAIS......................................................................................................................... 35
6.1. IDH ......................................................................................................................................... 35
6.1.1. IDHM – Longevidade ......................................................................................................... 37
6.1.2. IDHM – Renda.................................................................................................................... 38
6.1.3. IDHM – Educação .............................................................................................................. 39
6.1.4. IDHM – Total...................................................................................................................... 40
6.2. ÍNDICE GINI ............................................................................................................................ 46
7. ASPECTOS ECONÔMICOS I ............................................................................................................ 49
7.1. PIB TOTAL .............................................................................................................................. 49
7.1.1. PIB TOTAL REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS .......................................................... 49
7.1.2. PIB TOTAL POR MUNICÍPIO - 2016 .................................................................................... 49
7.2. PIB E RENDA PER CAPITA ....................................................................................................... 52
7.2.1. PIB PER CAPITA MÉDIO REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS ..................................... 52
7.2.2. PIB PER CAPITA POR MUNICÍPIO - 2016 ............................................................................ 52
7.2.3. RENDA PER CAPITA POR MUNICÍPIO 2016: ....................................................................... 54

7
7.2.4. PIB por setores .................................................................................................................. 58
7.2.5. PIB AGROPECUÁRIA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS........................................... 59
7.2.6. PIB AGROPECUÁRIA POR MUNICÍPIO 2016:...................................................................... 59
7.2.7. PIB INDÚSTRIA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS ................................................... 61
7.2.8. PIB INDÚSTRIA POR MUNICÍPIO 2016 ............................................................................... 61
7.2.9. PIB SERVIÇOS REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS: .................................................... 63
7.2.10. PIB SERVIÇOS POR MUNICÍPIO 2016: ................................................................................ 63
7.3. PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS ................................................................................. 65
7.3.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ......................................................................................................... 65
7.3.2. SETOR PRIMÁRIO: AGROPECUÁRIA ................................................................................... 71
7.3.3. SETOR SECUNDÁRIO: INDUSTRIA ...................................................................................... 76
7.3.4. SETOR TERCIÁRIO: SERVIÇOS ............................................................................................ 79
8. ASPECTOS ECONÔMICOS II ........................................................................................................... 81
8.1. Recursos Naturais .................................................................................................................. 81
8.2. Sistemas de Transportes Regionais ....................................................................................... 93
8.2.1. Sistema Rodoviário ............................................................................................................ 93
8.2.2. Sistema Hidroviário ........................................................................................................... 99
8.2.3. COMPLEXO PORTUÁRIO DE MANAUS ............................................................................. 104
8.2.4. Sistema Aeroviário .......................................................................................................... 109
8.3. Sistema de Abastecimento de Energia ................................................................................ 114
8.4. Sistema de Saneamento Ambiental .................................................................................... 126
8.4.1. Sistema de Abastecimento de Água ................................................................................ 128
8.4.2. Sistema de Tratamento de Esgoto .................................................................................. 133
8.4.3. Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos ........................................................................... 136
8.5. Consumo de Energia e Água ................................................................................................ 139
8.5.1. Consumo de Energia Por Classe ...................................................................................... 139
8.5.2. Consumo de Água Per Capita .......................................................................................... 142
9. ASPECTOS ECONÔMICOS III ........................................................................................................ 145
9.1. Equipamentos Públicos ....................................................................................................... 145
9.1.1. Universidades .................................................................................................................. 145
9.1.2. Rede e Infraestrutura de Saúde: Hospitais e UBSs.......................................................... 147
9.1.2.1. Número de Médicos .................................................................................................... 148
9.1.2.2. Número de Dentistas................................................................................................... 150
9.1.3. Equipamentos Culturais .................................................................................................. 152
9.1.3.1. Complexos Cinematográficos ...................................................................................... 152
9.1.3.2. Museus ....................................................................................................................... 153
9.1.3.3. Bibliotecas ................................................................................................................... 154
9.1.3.4. Teatros e salas de espetáculo...................................................................................... 155

8
9.1.4. Telecomunicações: Cobertura de Telefone Móvel ......................................................... 156
10. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 158
11. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 160

9
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido, em grupo, ao longo da disciplina “Planejamento

Urbano e Regional’’, e tem o objetivo de sistematizar dados e análises referentes à

Região Metropolitana de Manaus, escolhida para ser objeto de estudo do grupo.

Foram levantados dados de diversas fontes para produção de mapas, gráficos e

tabelas, como forma de territorializar o cenário região, e para o entendimento das

dinâmicas espaciais que articulam os municípios enquanto região metropolitana, suas

potencialidades e demandas.

Foi desenvolvido por temas, que se complementam. Primeiramente apresenta-se a

definição do conceito de Região Metropolitana, seguido da contextualização da Região

Metropolitana de Manaus, nosso objeto de estudo, e a legislação que a regulamenta.

No capítulo seguinte são apresentados os aspectos físico-territoriais apresentando a

hidrografia e o relevo e os limites territoriais sobre os quais se estruturam os

municípios. Na sequência, em Aspectos Demográficos e Aspectos Sociais, são

abordados temas como a relação entre população urbana e rural e o índice de

desenvolvimento humano, dados que observados em progressão ao longo dos anos,

mostram as mudanças e tendências para o desenvolvimento da Região e sua

urbanidade. Por fim apresentamos os Aspectos Econômicos, que trazem desde dados

como PIB e Renda por município como análises da dinâmica e estrutura de transporte

de cargas e mercadorias pelos diversos meios, Hidroviário, Aquaviário e Aeroviário,

além do levantamento das redes de infraestrutura essenciais para o desenvolvimento

e consolidação da Região Metropolitana como tal.

Esse trabalho, considerando o tempo de produção e a possibilidade de

aprofundamento nos temas analisados, trouxe referencial para desenvolver trabalhos

relacionados ao tema ao longo da vida profissional na área de Planejamento Urbano e

Regional, partindo do olhar sobre agrupamentos urbanos e suas complexidades.

10
2. DEFINIÇÃO DE REGIÃO METROPOLITANA
O conceito de Região vem sendo formulado ao longo de décadas, e é bastante

complexo. Está relacionado ao conceito de áreas diferenciais. Se transformou muito ao

longo do tempo e trata-se de um conceito intelectualmente produzido, e também de

disputa ideológica política. O conceito e definição de Metrópoles e Regiões

Metropolitanas também passa pelo mesmo processo de mudança. No Brasil, as

primeiras regiões metropolitanas foram definidas oficialmente na década de 70, e hoje

temos 75 regiões consideradas de acordo com o Sistema IBGE de Recuperação

Automática - SIDRA.

De acordo com o Estatuto da Metrópole (lei federal n. 13.089, de 12 de janeiro de

2015) define, em seu art. 2º, no inciso V, uma metrópole como “espaço urbano com

continuidade territorial que tem influência sobre uma área no mínimo maior ou igual

à área de uma capital regional” e em seguida, no inciso VII, define a região

metropolitana como uma “aglomeração urbana que configure uma metrópole”. Sua

grande contribuição é promover diretrizes de gestão integrada de planejamento como

as “Funções Públicas de Interesse Comum – FPICs” em regiões metropolitanas e

aglomerações urbanas referentes à definição de leis de uso e ocupação do solo, de

gestão de transporte e saneamento básico, integrando-as, também traz normativas

para o estabelecimento Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado para as escalas

metropolitanas.

11
3. ASPECTOS LEGAIS
3.1. Legislações
3.1.1. Lei Complementar N°52/2007 de 30/05/2007.
Em 30/05/2007 instituiu-se, através da Lei Complementar 52/2007, a Região

Metropolitana de Manaus, sendo esta composta pelos Municípios de Manaus,

Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Presidente

Figueiredo. Por meio desta lei, visa-se a integração dos interesses de todos os

municípios participantes, com relação aos serviços, planejamento e execuções de

funções públicas da região. Além disso, estabeleceu-se o Conselho de

Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana de Manaus – CDSRMM como

órgão administrativo da RMM que além de contar com membros do Executivo Estadual

e das Câmaras Municipais participantes, será vinculado à Secretaria de Governo do

Estado do Amazonas – SEGOV, sendo presidido pelo Chefe do Executivo Estadual.

Portanto, são estes órgãos responsáveis pela aplicação, planejamento, atualização e

supervisão de programas e serviços elaborados no Plano de Desenvolvimento

Integrado da RMM, visando os projetos de interesse metropolitano ou comum.

3.1.2. Lei Complementar N° 59/2007 de 27/12/2007.


Com a instituição da Lei Complementar 59/2007 em 27 de dezembro de 2007,

houve a incorporação de novos municípios à Região Metropolitana de Manaus que, a

partir desta publicação, passa a ser constituída por 8 (oito) municípios, Manacupuru o

novo integrante da RMM. Além disso, passou-se a aceitar 12 membros do Executivo

Estadual (na lei anterior eram aceitos 11 membros), cargos passíveis de recondução e

com mandato de 2 anos, participantes da administração do CDSRMM.

3.1.3. Projeto de Lei Complementar N°3 de 17/03/2009.


O Projeto de Lei Complementar N° 3, de 17 de março de 2009, por fim, agrega

mais cinco municípios à RMM, visando fomentar ainda mais a organização e a

execução de funções e serviços públicos de interesse mútuo, sendo, a partir daí, a

Região Metropolitana constituída por: Manaus, Iranduba, Novo Airão, Careiro da

12
Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro,

Silves, Autazes e Manaquiri, totalizando 13 municípios.

Mapa 1 – Leis de Integração à Região Metropolitana de Manaus.

Fonte: MMA/IBGE; Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, elaborado

pelos autores.

Tabela 1 - Datas de fundação de municípios e leis que os integraram à RMM.

Quadro de Ingresso de Municípios à Região Metropolitana de Manaus


Ano de Fundação município Instrumento legal de ingresso à Região Metropolitana
1669 Manaus
1981 Iranduba
1981 Novo Airão
LEI COMPLEMENTAR N° 52/2007 de 30/05/2007
1987 Careiro da Várzea
1874 Itacoatiara
1981 Rio Preto da Eva
1985 Presidente Figueiredo
1894 Manacupuru LEI COMPLEMENTAR N° 59/2007 de 27/12/2007
1955 Careiro
1955 Autazes
1981 Manaquiri PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° 3 de 17/03/2009
1956 Itapiranga
1956 Silves

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.


13
4. ASPECTOS FÍSICOS TERRITORIAIS
4.1. Limites Políticos e Limitações Físico-Geográficas da Região
Metropolitana de Manaus e seus Municípios e seu Entorno
A Região Metropolitana de Manaus compreende 13 municípios em uma extensão

de 127.306 km² que corresponde aproximadamente à área dos estados de

Pernambuco e Alagoas. O mapa abaixo expõe os limites políticos entre os municípios

da RMM que está localizada a nordeste do estado do Amazonas e faz divisa com

Roraima. A Rede Hidrográfica acabou sendo uma condicionante importante na

delimitação territorial dos municípios, visto que esta área é atendida pelo Rio

Amazonas e Rio Negro.

Mapa 2 - Limites Políticos Região Metropolitana de Manaus.

Fonte: Emplasa/CDT, 2018, elaborado pelos autores.

Neste mapa podemos perceber a conformação dos municípios integrantes da

primeira fase da Região Metropolitana, constituída por 8 municípios: Careiro da Várzea,

14
Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Novo Airão, Rio Preto da Eva e Presidente

Figueiredo. Atualmente os municípios de: Autazes, Careiro, Itapiranga, Manaquiri e

Silves também compõem a Região Metropolitana.

É importante ressaltar que a RMM está localizada dentro da Amazônia Legal:

delimitação territorial que corresponde à área de atuação da Superintendência de

Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM delimitada no Art. 2o da Lei Complementar

n. 124, de 03.01.2007. A região é composta pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas,

Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso, bem como pelos Municípios do

Estado do Maranhão situados ao oeste do Meridiano 44º. Possui uma superfície

aproximada de 5 217 423 km², correspondente a cerca de 61% do território brasileiro.

Mapa 3 – Rede Urbana da Amazônia Legal.

Fonte: IBGE, modificado pelos autores.

15
As Terras Indígenas, assim como outros tipos de Áreas Protegidas, além de

exercerem papel fundamental na conservação da biodiversidade, também atuam como

barreiras gigantes ao avanço do desmatamento. Segundo o IPAM, a perda de floresta

dentro das TIs foi inferior a 2% no período 2000- 2014, enquanto a média de área

desmatada na Amazônia no mesmo período foi de 19%.

Essa baixa taxa é decorrente dos modos tradicionais de ocupação territorial dos

povos indígenas, sua maneira de utilização dos recursos naturais, costumes e tradições

que, predominantemente, resultam na preservação das florestas e de sua

biodiversidade. No interior dessas áreas também são registrados casos isolados de

desmatamento que geralmente está relacionado às atividades realizadas por não

indígenas, sendo considerada invasão de terras.

4.2. Relevo
Do ponto de vista da geografia física do estado do Amazonas, predomina um vasto

domínio de terrenos de cotas modestas, inferiores a 200 m, com porções elevadas

restritas ao norte do estado, com cotas que chegam a alcançar cerca de 3.000 m de

altitude. Segundo MAIA, 2010 o estado apresenta nove domínios geomorfológicos,

sendo que destes cinco estão contidos na RMM: Planície Amazônica, Tabuleiro da

Amazônia Centro-Ocidental, Baixos Platôs da Amazônia, Superfícies Aplainadas do

Norte da Amazônia e Planalto Residual do Norte da Amazônia.

16
Mapa 4 - Domínios geomorfológicos propostos para o estado do Amazonas.

Fonte: MAIA, 2010; modificado pelos autores.

A Planície amazônica é composta por planícies de inundação e terraços fluviais

muito amplos, chegando a dezenas de quilômetros de largura ocorrendo ao longo da

bacia hidrográfica dos rios Negro, Solimões e Amazonas; especificamente na RMM este

domínio abrange os municípios de Autazes, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru,

Manaus e Novo Airão. Onde o desenvolvimento se deu a partir da navegação fluvial e

agricultura de várzea.

A região dos Tabuleiros da Amazônia Centro-Ocidental possui cotas

invariavelmente abaixo de 30 metros, constituindo superfícies planas assentadas sobre

rochas sedimentares pouco litificadas1 . Com solo predominantemente mais argiloso,

presente nas formações derivadas do Solimões. Os terrenos representados pelos

tabuleiros da Amazônia Centro-Ocidental estão, em sua maioria, ocupados pela

Floresta Amazônica preservada, devido à pouca acessibilidade e à dificuldade de

1
Litificação: Conjunto complexo de processos que convertem sedimentos em rocha consolidada.
17
implantação de infraestrutura viária em solos imperfeitamente drenados apresentando

baixa resistência.

Os Baixos Platôs da Amazônia Centro-Oriental apresentam Mata de Terra Firme e

são caracterizados por terrenos baixos – em cotas inferiores a 200 metros – com solos

espessos, pobres e bem drenados, abrangendo a maior porção de área da RMM. As

superfícies tabulares dos baixos platôs em geral, são truncadas por rebordos erosivos

com desníveis de 20 a 50 metros, assim, representam os relevos remanescentes das

superfícies aplainadas e ressaltam na paisagem por erosão diferencial.

As Superfícies Aplainadas do Norte da Amazônia correspondem a áreas arrasadas

por prolongados eventos de erosão generalizada, conjugados com notável

estabilidade tectônica em escala regional, apresentam cotas que variam entre 100 e

250 metros e notabilizam-se pela ocorrência de extensas áreas aplainadas ou

levemente entalhadas pela rede de drenagem. Nesse caso, as superfícies aplainadas

são desfeitas em um relevo colinoso de baixa amplitude de relevo e estão presentes

nos municípios próximos a fronteira do estado com Roraima.

O Planalto Residual da Amazônia apresenta relevo movimentado em colinas

dissecadas, morros e platôs espalhados, identificando-se vertentes declivosas e vales

estreitos com média densidade de drenagem. As cotas de que variam entre 200 e 400

metros evidenciam conjuntos de topografia mais elevada, com solos

predominantemente espessos, pobres e bem drenados; ocupados por Mata de Terra

Firme os terrenos estão quase que completamente ocupados pela Floresta Amazônica

preservada.

Conforme pode ser observado no mapa físico da RMM as cotas não ultrapassam

o valor de 500 metros, como já exposto anteriormente este relevo ocorre devido, entre

outros fatores, a abundância de recursos hídricos encontrados na região.

18
Mapa 5 - Mapa Físico do Amazonas.

Fonte: IBGE, modificado pelos autores.

4.3. Rede Hidrográfica


A Região Hidrográfica Amazônica abrange cerca de 40% do território nacional

– com extensão nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia

e Roraima – com território de 3.869.953 km², da área total de 6.925.674 km²

representada por: Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia (5,8%), Equador

(2,2%), Venezuela (0,8%) e Guiana (0,2%). Em decorrência de tal extensão territorial,

compreendendo mais de 60% da disponibilidade hídrica do País, foram propostos dois

níveis de divisão da Região Hidrográfica, sendo 10 Sub-regiões de nível 1 e 49 de nível

2, que não foram expostas na cartilha.

19
Mapa 6 - A Região Hidrográfica Amazônica no quadro da América Latina.

Fonte: MMA, 2010.

Na RMM estão contidas as sub-regiões hidrográficas: Negro, Trombetas,

Solimões, Tapajós e Madeira; com destaque para os rios Amazonas, com mais de 6.000

km de extensão da nascente até a foz e a maior descarga de água doce lançada aos

oceanos, e Negro, como apresentado no mapa físico. O Rio Negro passa pelos

municípios de Novo Airão, Iranduba e Manaus até chegar no Amazonas/Solimões que

percorre Itapiranga, Silves, Itacoatiara, Careiro da Várzea, Manaus, Autazes, Manaquiri

e Manacapuru.

20
Devido a extensão da Bacia Amazônica e suas Sub-bacias os mapas e dados

levantados neste âmbito não expõem em detalhe a situação da própria região

metropolitana, mas sim de um contexto geral da Amazônia Legal.

4.4. Área do Município e da Área Urbana da Sede dos Distritos


Atualmente a Região Metropolitana de Manaus possui uma extensão de cerca de

127.306 km². De acordo com a área total, o maior município é Presidente Figueiredo,

correspondendo a 20% da área total da RMM, o menor município é Iranduba com

2.216 km², totalizando 1,7% da área total.

Tabela 2 - Área total e urbana dos municípios componentes da RMM.

Área Área rural


Área da
urbana da da
Municípios Região unidade
unidade unidade %
Metropolitana territorial
territorial territorial
(km²)
em 2010 (km²)
Autazes 7652,852 4,898 7647,954 0,06
Careiro 6096,21 2,803 6093,407 0,05
Careiro da Várzea 2627,474 0,208 2627,266 0,01
Iranduba 2216,817 11,637 2205,18 0,52
Itacoatiara 8891,906 13,531 8878,375 0,15
Itapiranga 4335,075 2,373 4332,702 0,05
Manacapuru 7336,576 9,524 7327,052 0,13
Manaquiri 3973,259 1,194 3972,065 0,03
Manaus 11401,092 427,085 10974,01 3,75
Novo Airão 37776,77 3,719 37773,05 0,01
Presidente Figueiredo 25459,099 6,484 25452,62 0,03
Rio Preto da Eva 5815,622 9,593 5806,029 0,16
Silves 3723,382 1,948 3721,434 0,05
127306,134

Fonte: Embrapa, 20152

Referente às áreas urbanas o município com maior extensão urbanizada é a capital

Manaus, representando 3,75% da área total do município, o município com menor área

2
Disponível em: http://geoinfo.cnpm.embrapa.br/layers/geonode%3Aareas_urbanas_br_15; Acesso
em: maio de 2019.

21
urbanizada é Careiro da Várzea com 0,208 km² que correspondem a 0,01% da extensão do

município. De modo geral, todos os municípios apresentam uma relação desproporcional entre

áreas rurais e urbanizadas como reflexo da vasta extensão territorial de cada cidade, além de

outros fatores econômicos e ambientais.

5. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
5.1. Densidade Demográfica
A densidade demográfica é constituída da razão de número de habitantes por km²

de território. Por meio desta informação, torna-se possível conhecer o quão populoso

é (ou não) determinada região.

Tabela 3 – Densidade Demográfica e Área Total e Por Município, em 2010.

Densidade Demográfica e Área total e por município - 2010


município ÁREA (km²) DENSIDADE DEMOGRÁFICA (hab/km²)
Autazes 7.596,93 4,23
Careiro 6.095,72 5,37
Careiro da Várzea 2.632,56 9,09
Iranduba 2.213,95 18,42
Itacoatiara 8.888,33 9,77
Itapiranga 4.232,47 1,94
Manacapuru 7.327,10 11,62
Manaquiri 3.979,23 5,73
Manaus 11.400 158,06
Novo Airão 37.751,28 0,39
Presidente Figueiredo 25.397,19 1,07
Rio Preto da Eva 5.818,78 4,42
Silves 3.752,89 2,25
Região Metropolitana 101.475 24,11
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Segundo o Censo demográfico do ano 2000, pelo IBGE, a densidade demográfica

da Região Metropolitana de Manaus era de 16,22 hab/km², sendo que em 2010, este

número subiu para 24,11 (vide tabela acima). Este crescimento é decorrente do

aumento da população (tanto urbana quanto rural) que passa a ocupar o mesmo

território.

22
5.2. População Urbana, Rural e Total
Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas

Brasileiras, em 2010, a RM de Manaus possuía um grau de urbanização de 94% e cerca

de 60% da população estadual residia na RM. A população deste município da RM,

Manaus, correspondia, em 2010, a 85% da população metropolitana. A taxa de

crescimento da população da RM de Manaus, entre 2000 e 2010, foi de 2,5% ao ano.

Tabela 4 – População Urbana e Total Por Município da RMM, em 2010.


População Urbana, Rural e Total por município da RMM - 2010
município POP. URBANA POP. RURAL POP. TOTAL
Autazes 13.893 18.242 32.135
Careiro 9.437 23.297 32.734
Careiro da Várzea 1.000 22.930 23.930
Iranduba 28.979 11.802 40.781
Itacoatiara 58.157 28.682 86.839
Itapiranga 6.451 1.760 8.211
Manacapuru 60.174 24.967 85.141
Manaquiri 7.062 15.739 22.801
Manaus 1.792.881 9.133 1.802.014
Novo Airão 9.499 5.224 14.723
Presidente Figueiredo 13.001 14.174 27.175
Rio Preto da Eva 12.205 13.514 25.719
Silves 4.029 4.415 8.444
TOTAL 2.016.768 193.879 2.210.647

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Ao analisar a tabela acima, percebe-se que na RMM, de acordo com o Censo de

2010 (IBGE), há uma predominância de população rural por parte de mais da metade

dos municípios constituintes. Destacam-se os municípios de Careiro, Careiro da Várzea

e Manaquiri sendo estes com maioria da população vivendo em meio rural e Manaus

que apresenta uma grande diferença entre população rural e urbana.

23
Gráfico 1 – População dos Municípios da RMM, em 2010.

População dos Municípios da Região


Metropolitana de Manaus - 2010
2.000.000
1.800.000
1.600.000
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0

POP. URBANA POP. RURAL POP. TOTAL

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Percebe-se, ao observar o município de Manaus, que, “visualmente”, sua

população total e urbana é quase a mesma, em detrimento da população rural do

mesmo.

Abaixo uma tabela mais detalhada a respeito, exclusivamente, do município de

Manaus e seus dados populacionais dos últimos 3 Censos demográficos.

Tabela 5 – População Total, por Gênero, Rural/Urbana, em Manaus.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

24
Evidencia-se, na tabela acima, o crescimento populacional urbano em relação ao

rural; o primeiro representa, em todos os anos, mais de 99% da população total, sendo

que o segundo não chegou a expressar nem 1% do total. Percebe-se, também, como

a população residente de mulheres sempre foi maior, nas últimas 3 décadas, que a

população masculina, representando, nos 3 anos, mais de 50% da população total do

município.

5.3. Estrutura Etária Populacional (Município de Manaus)


Adotando o conceito de razão de dependência como sendo o porcentual da

população de menos de 15 e da com 65 anos ou mais, como sendo população

dependente (potencialmente inativa), em relação à população de 15 a 64 anos como

sendo potencialmente ativa, observa-se, na tabela abaixo, que, entre 1991 e 2010

houve a diminuição gradual de quase 10% (entre cada Censo) da razão de

dependência, ou seja, um aumento da população potencialmente inativa em

detrimento da diminuição da população ativa, o que resultou num aumento gradativo

da taxa de envelhecimento municipal (razão entre a população de 65 anos ou mais de

idade em relação à população total).

Tabela 6 – Estrutura Etária da População, em Manaus.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Por meio das pirâmides etárias fica evidente o que se observou na tabela acima; há

cada vez mais, com o passar dos anos, a tendência de estreitamento da base e

25
alargamento do topo, ou seja, a diminuição da população mais nova e o aumento do

número de idosos. Também é possível inferir, por meio das pirâmides abaixo, que a

expectativa de vida das mulheres, em todos os anos apresentados, é maior que a dos

homens.

Gráfico 2 - Pirâmide Etária, Distribuição por Sexo e Grupos de Idade, Manaus, em 1991.

Fonte: http://atlasbrasil.org.br, alterado pelos autores.

Gráfico 3 - Pirâmide Etária, Distribuição por Sexo e Grupos de Idade, Manaus, em 2000.

Fonte: http://atlasbrasil.org.br, alterado pelos autores.

26
Gráfico 4 - Pirâmide Etária, Distribuição por Sexo e Grupos de Idade, Manaus, em 2010.

Fonte: http://atlasbrasil.org.br, alterado pelos autores.

5.4. Migrações
Segundo informações de censos demográficos, o grande crescimento populacional

da cidade de Manaus é decorrente, em grande parte, do intenso processo migratório

na região, iniciado por volta dos anos 60, por conta da instalação da Zona Franca de

Manaus que acabou por ser um indutor de migração para a região. Passou-se de

171.343 habitantes, em 1960, para 1.802.525 habitantes em 2010.

A tabela abaixo mostra, de acordo com dados do ano 2000 coletados pelo IBGE,

que muitos imigrantes que se direcionam à Manaus são provenientes do próprio

estado do Amazonas, sendo os municípios de Itacoatiara e Parintins os maiores

representantes em número deste movimento de migração.

27
Gráfico 5- Origem dos Imigrantes Intre-estaduais em Manaus, com Menos de 5
Anos de Residência, em 2000.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Como mostram os gráficos abaixo, a respeito dos Censos de 1980 a 2000, a maioria

dos imigrantes ditos recentes (que estão na região há menos de 5 anos) apresentavam

moradia anterior no meio urbano, sendo que houve, de 1980 a 2000, uma significativa

diminuição dos migrantes provenientes do meio rural. É possível inferir que tal

aumento de imigrantes provenientes tanto do meio rural quanto urbano, está

relacionado à disponibilidade e oferta de serviços da Região Metropolitana de Manaus.

Gráfico 6 – Local de Moradia Anterior, Rural e Urbana, Dos Migrantes Recentes, em


menos de 5 anos.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

28
Tabela 7 – Composição da População Natural e Migrante, Por Classes de Tempo de
Residência, em 2000.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

A tabela acima apresenta uma relação da composição da população da Região

Metropolitana de Manaus. Observa-se que predominam as mulheres, sejam migrantes

ou não, nos números populacionais do ano 2000 e que, em grande maioria, os

migrantes são compostos por jovens/adultos de 18 a 39 anos de idade.

5.5. Taxa de Natalidade


A taxa bruta de natalidade, geralmente expressa, em termos de mil habitantes, é o

indicador demográfico que representa a razão entre o total de nascimentos ocorridos

ao longo de um ano e a população estimada no meio do período (ISJN, 2013).

De acordo com a tabela abaixo, nota-se que tanto o estado do Amazonas como o

Brasil, vêm apresentando decréscimo nas taxas de natalidade. Tal fato pode ter diversos

motivos, tais como a redução de filhos por mulher, os índices de empregados e

desempregados, escolaridade, renda e etc.

29
Gráfico 7 – Taxa Bruta de Natalidade por 1.000 Habitantes, no AM e no Brasil.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

5.6. Taxa de Mortalidade


Analisando a tabela abaixo, em paralelo com os dados referentes à população por

sexo dos municípios , percebe-se que, mesmo as mulheres sendo maioria populacional

(vide tabela 8), a taxa de mortalidade dos homens, para 2017, mantém-se muito acima

da das mulheres.

Tabela 8 – Taxa de Mortalidade Geral na RMM, em 2017.

Taxa de Mortalidade Geral na RMM -2017 (para cada 1000 pessoas)


município SEXO MASCULINO SEXO FEMININO
Autazes 84 59
Careiro 75 43
Careiro da Várzea 29 17
Iranduba 146 76
Itacoatiara 262 168
Itapiranga 19 13
Manacapuru 250 166
Manaquiri 26 21
Manaus 6.312 4.315
Novo Airão 34 31
Presidente Figueiredo 50 34
Rio Preto da Eva 69 29
Silves 21 8
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.
30
Abaixo, no gráfico, percebe-se a gritante diferença referente à taxa de mortalidade

por sexo na Região Metropolitana de Manaus, sendo evidente o contraste do

município de Manaus.

Gráfico 8 - Taxa de Mortalidade por Sexo na RMM, em 2017.

Taxa de Mortalidade por Sexo na RMM (2017)


7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0

SEXO MASCULINO SEXO FEMININO

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 7 – Taxa de Mortalidade Infantil, em 2010.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

31
Mapa 8 – Taxa de Mortalidade Infantil, em 2017.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

A tabela abaixo apresenta informações a respeito das mortes ocorridas somente

até o primeiro ano de vida, que é o que característica o dado como mortalidade infantil

propriamente dito.

Tabela 9 – Taxa de Mortalidade Infantil, para cada 100 nascidos.


Taxa de Mortalidade Infantil (para cada 1000 nascidos)
município TX. Mortalidade Infantil - 2010 TX. Mortalidade Infantil - 2017
Autazes 10,5 15,61
Careiro 2,36 11,72
Careiro da Várzea 0 4,22
Iranduba 11,53 4,25
Itacoatiara 11,18 18,14
Itapiranga 0 12,12
Manacapuru 14,62 11,35
Manaquiri 25,75 13,33
Manaus 13,8 14,52
Novo Airão 11,7 15,02
Presidente Figueiredo 22,22 9,56
Rio Preto da Eva 29,22 4,74
Silves 18,75 8,13
Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

32
Gráfico 9 – Taxa de Mortalidade Infantil, Evolução de 2010 e 2017.

Taxa de Mortalidade Infantil (2010 e 2017)


35
30
25
20
15
10
5
0

TX. Mortalidade Infantil - 2010 TX. Mortalidade Infantil - 2017

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

5.7. Taxa de Fecundidade


Taxa de fecundidade refere-se à estimativa do número de filhos que terá uma

mulher até o término do seu período reprodutivo.

Mapa 9 – Taxa de Fecundidade Total, em 2010.

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.


33
No mapa acima, observa-se que o maior índice de taxa de fecundidade encontra-

se em Itacoatiara, em sua zona urbano, equivalente a 3,68%, segundo dados do Censo

Demográfico de 2010.

A esperança de vida ao nascer é um indicador que compõe a dimensão

Longevidade do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDHM). É caracterizado pelo

número de anos que se espera que um recém-nascido possa viver, de acordo com a

taxa de mortalidade registrada no seu ano de nascimento. No Brasil, a esperança de

vida ao nascer era de 64,7 anos em 1991, de 68,6 em 2000 e 73,9 em 2010, segundo o

Ipea. Comparando com os mesmos dados para o município de Manaus, obtém-se que

em 91 o município superou o índice do Brasil, totalizando 65,9 anos de esperança de

vida, pareou-se no ano 2000, com 68,6 e fechou, em 2010, com 74,5 anos, 0,6 a mais

que a União.

Tabela 10 – Longevidade, Mortalidade e Fecundidade, em Manaus.

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

Com relação à taxa de mortalidade até 5 anos de idade, percebe-se, pela tabela

acima, que houve um expressivo decréscimo dessa taxa entre o ano 1991 e 2010

34
6. ASPECTOS SOCIAIS
6.1. IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano é um instrumento capaz de “medir” o grau

de desenvolvimento de cada região, por meio da avaliação da qualidade da educação,

da renda e da saúde (expectativa de vida). Assim como outros índices, apresenta níveis

de avaliação, sendo, em dados numéricos:

• Baixo (menor que 0,555)

• Médio (0,555 – 0,699)

• Alto (0,700 – 0,799)

• Muito Alto (0,800 – 1)

Em 2010, por meio do Censo Demográfico proferido pelo IBGE, o município de

Manaus obteve 0,737 de IDHM, sendo 0,658 de Educação, 0,826 de Longevidade e

0,738 em relação à Renda, tendo Longevidade como o maior índice do município.

O mapa logo abaixo expõe o IDHM, e seus subíndices, da Região Metropolitana de

Manaus, no ano de 2000. Percebe-se, comparando com os dados referentes,

exclusivamente, ao município de Manaus no ano de 2000, como há uma grande

discrepância com relação aos números e qualidades numéricas do IDHM. Por exemplo,

com relação ao IDHM total, sendo 0,737 o de Manaus e 0,585 o de toda RMM, no

mesmo ano. Além disso, apresentou pontuação de 0,414 na Educação, 0,730 na

Longevidade e 0,661 na Renda.

35
Mapa 10 – IDHM na RMM, em 2000.

Fonte: IBGE.

Mapa 11 – IDHM na RMM, em 2010.

Fonte: IBGE.

36
O mapa acima representa, assim como o anterior, o IDHM da Região

Metropolitana de Manaus, só que agora do ano 2010. Enquanto, no mesmo ano, o

município de Manaus apresentou 0,737 de índice, toda a RMM apresentou 0,720. Com

relação ao Censo anterior, 2000, houve um grande crescimento por parte de ambos os

índices, porém, evidencia-se uma grande aproximação da RMM com o município de

Manaus com relação ao IDHM. Além disso, em 2010, Manaus obteve IDHM Educação

de 0,636, 0,812 de Longevidade e 0,724 de Renda, crescendo em todos os subíndices

em comparação ao ano 2000.

6.1.1. IDHM – Longevidade


O índice Longevidade está relacionado à expectativa de vida ao nascer de

determinada região. Em 1991, Manaus apresentava 65,87 no índice. Já em 2000, esse

número aumentou para 68,60, tendo, em 2010, seu fechamento com 74,54.

Logo abaixo, um mapa esquemático que representa a RMM e seu IDHM

Longevidade referente à cada município integrante da RMM no ano de 2010. Neste

Censo, Manaus apresentou Alta Longevidade com 0,826, acompanhado de Itacoatiara

que apresentou 0,810 e do município de Presidente Figueiredo, com 0,800, todos

apresentando Alta Longevidade.

37
Mapa 12 – IDHM Longevidade na RMM, em 2010.

Fonte: IBGE.

6.1.2. IDHM – Renda


O índice Renda, constituinte do IDHM, é uma ferramenta que pode ser medida

per capita ou por estratos, sendo, portanto, passível de se obter o valor que recebe
cada divisão da população (com rendas diferentes), permitindo uma melhor

interpretação de cada setor. Por meio dele, é possível estabelecer índices que acusem

as desigualdades econômicas e sociais de uma determinada região, pois, justamente,

trata-se da relação de renda dos mais e menos abastados, fator de extrema

importância para a constituição do IDHM total. Segundo o Ipea, o município de

Manaus, em 1991, apresentou 0,307 de IDHM Renda, tendo aumentado para 0,443 em

2000 e, posteriormente, 0,658 em 2010. Percebe-se, comparando os dados, que desde

o Censo de 1991, o valor numérico do índice mais do que duplicou entre os 2 censos,

38
indicando, principalmente, que houve diminuição da desigualdade econômica no

município.

Mapa 13 – IDHM Renda na RMM, em 2010.

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

Logo acima, observa-se, no mapa, que Manaus consta com Alto Rendimento,

atingindo a numeração de 0,658, seguido do município de Presidente Figueiredo, com

0,623 (Médio Rendimento) e Itacoatiara com 0,615 também com Médio Rendimento

6.1.3. IDHM – Educação


O IDHM Educação é, como os outros, um dos fatores a serem considerados no

IDHM Total. Manaus obteve, em 1991 0,307 no índice, subindo para 0,443 em 2010 e

0,658 em 2010. Observa-se, logo abaixo, um mapa que expõe os valores do IDHM

39
Educação para cada município da Região Metropolitana de Manaus, sendo que a

cidade de Manaus médio desenvolvimento, com 0,65%, os municípios de Presidente

Figueiredo e Itacoatiara apresentam 0,53%, com médio desenvolvimento, também.

Mapa 14 - Educação na RMM, 2010.

Fonte: IBGE.

6.1.4. IDHM – Total


Por IDHM Total entende-se uma média elaborada a partir dos resultados dos

sub índices (Longevidade, Renda e Educação) já abordados anteriormente. Abaixo, no

mapa, observa-se a classificação do índice IDHM na Região Metropolitana de Manaus.

40
Mapa 15 - IDHM Total, 2010.

Fonte: IBGE.

Logo abaixo, um mapa esquemático e uma tabela com os valores dos IDHMS de

cada município da RMM no ano de 2010.

41
Mapa 16 – IDHM na RMM, em 2010.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

Percebe-se, observando tanto o mapa acima como a tabela abaixo, que os

municípios de Novo Airão e Careiro apresentaram os menores índices da RMM, tendo

Autazes e Careiro da Várzea como valor médio e os demais municípios, inclusive

Manaus, apresentaram os valores numéricos mais elevados de IDHM dentro da Região

Metropolitana de Manaus em 2010.

Tabela 11 – IDHM na RMM, em 2010.


Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM 2010
município RENDA (%) LONGEVIDADE EDUCAÇÃO IDHM TOTAL IDHM RMM
Autazes Muito Baixo - Muito Baixo 0,565 - 0,594
Careiro Muito Baixo Alta Long. Muito Baixo 0,527 - 0,563
Careiro da Várzea Muito Baixo Alta Long. Muito Baixo 0,565 - 0,594
Iranduba Médio Rendimento Alta Long. Muito Baixo 0,596 - 0737
Itacoatiara Médio Rendimento Alta Long. Médio 0,596 - 0737
Itapiranga - - Muito Baixo 0,596 - 0737
Manacapuru Muito Baixo Muito Baixa Muito Baixo 0,596 - 0737 0,737
Manaquiri Muito Baixo - Muito Baixo 0,596 - 0737
Manaus Alto Rendimento Alta Long. Médio 0,596 - 0737
Novo Airão Muito Baixo Alta Long. Muito Baixo 0,527 - 0,563
Presidente Figueiredo Médio Rendimento Alta Long. Médio 0,596 - 0737
Rio Preto da Eva Médio Rendimento Alta Long. Muito Baixo 0,596 - 0737
Silves - - Muito Baixo 0,596 - 0737

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.


42
Gráfico 10 – Contribuição dos Componentes Para o IGHM, em 2000 e 2010.

Fonte: PNJD; IPEA; FJP. Elaborado pelos autores.

O gráfico acima mostra a contribuição de cada sub índice dos componentes do

IDHM. Observa-se, tanto em 2000 quanto em 2010, que a Longevidade é o fator de

maior contribuição para o IDHM Total da Região Metropolitana de Manaus.

Gráfico 11- IDHM Na RMM, Em 2010.

Fonte: PNJD; IPEA; FJP. Elaborado pelos autores.

Acima, um gráfico em barras representando o crescimento do IDHM da RMM.

Percebe-se quase uma manutenção do índice Renda durante todos os anos, sendo que

Educação foi o índice em que houve maior desenvolvimento, sendo responsável pelo

crescimento expressivo que atingiu em 2010.

43
Gráfico 12 – Evolução IDH em Manaus.

Fonte: PNJD; IPEA; FJP. Elaborado pelos autores.

Gráfico 13 – Evolução do IDHM, em Manaus.

Fonte: PNJD; IPEA; FJP. Elaborado pelos autores.

44
Gráfico 14 - Escolaridade da População na RMM.

Fonte: PNJD; IPEA; FJP. Elaborado pelos autores.

Percebe-se, analisando os gráficos acima dos 3 últimos Censos Demográficos,

que houve decréscimo dos adultos de 25 anos ou mais que se encontram na qualidade

de analfabetos e com ensino fundamental incompleto. Além disso, os que também não

haviam completado o ensino fundamental, porém já eram alfabetizados, somaram

29,5% em 2010, 15,7% a menos que em 1991. Os adultos com fundamental completo

e ensino médio incompleto mantiveram-se numa margem mais constante (apenas

0,7% de variação, fechando com 15,9% no último Censo. Já os que apresentam ensino

médio completo e superior incompleto, aumentaram de 21,8% para 38,9%. Com ensino

superior completo houve aumento, fechando com 11% em 2010.

Abaixo, os números de escolas Estaduais, Municipais e Particulares da Região

Metropolitana de Manaus no ano de 2014.

45
Tabela 12 – Número de Escolas na RMM, em 2014.
Número de Escolas RMM - 2014
município Estadual Municipal Particular
Autazes - - -
Careiro - - -
Careiro da Várzea 6a8 25 a 69 Inexistente
Iranduba 6a8 25 a 69 até 5
Itacoatiara 9 a 21 70 a 145 até 5
Itapiranga - - -
Manacapuru 9 a 21 70 a 145 até 5
Manaquiri - - -
Manaus 22 a 231 146 a 499 6 a 239
Novo Airão até 5 até 18 Inexistente
Presidente Figueiredo até 5 25 a 69 até 5
Rio Preto da Eva até 5 até 18 até 5
Silves - - -
RMM 343 956 252

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

6.2. ÍNDICE GINI


O índice Gini consiste em um instrumento utilizado para medir o grau de

concentração de renda de determinada região, apontando as diferenças entre os

rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Varia, numericamente, de 0 a 1, sendo

que 0 representa uma situação de total igualdade, ou seja, todos teriam a mesma renda

e o valor 1 significa total desigualdade de renda, ou seja, como se apenas 1 pessoa

mantivesse toda a renda do lugar.

No gráfico abaixo, representa-se a distribuição de renda da população nos

últimos 3 Censos Demográficos. Percebe-se que, entre 1991 e 2010.

46
Gráfico 15 – Distribuição de Renda na RMM.

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

No mapa abaixo, os dados de 2010 do índice Gini da Região Metropolitana de

Manaus. Observa-se que Careiro apresenta o maior valor numérico, ou seja, é o

município de maior desigualdade de renda, sendo sucedido por Manaus e Autazes.

Mapa 17 – Índice GINI na RMM, em 2010.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

47
Tabela 13 – Renda Per Capita em Relação ao Índice GINI.

1991 2000 2010


Renda per capita
537,29 531,53 790,27
% de extremamente pobres 5,82 10,49 3,75
% de pobres 20,42 28,63 12,9
Índice Gini 0,56 0,62 0,61
Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

Na tabela acima, os Índices Gini da Região Metropolitana de Manaus dos

últimos 3 Censos Demográficos proferidos pelo IBGE. E, logo abaixo, os índices Gini do

ano de 2010 de todos os municípios participantes da RMM discriminados. Percebe-se,

por análise, que Manaus e Iranduba lideram em valores numéricos, sendo que os que

me-nos apresentam desigualdade de renda (menor índice Gini) são Itacoatiara,

Manaquiri, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Silves.

Tabela 14 – Índice GINI, em 2010.


Índice GINI - 2010
município GINI
Autazes 0,598 - 0,609
Careiro 0,637 - 0,669
Careiro da Várzea 0,538 - 0,575
Iranduba 0,612 - 0,636
Itacoatiara 0,576 - 0,598
Itapiranga 0,673 - 0,808
Manacapuru 0,538 - 0,575
Manaquiri 0,576 - 0,598
Manaus 0,612 - 0,636
Novo Airão 0,576 - 0,598
Presidente Figueiredo 0,576 - 0,598
Rio Preto da Eva 0,576 - 0,598
Silves 0,576 - 0,598

Fonte: IBGE. Elaborado pelos autores.

48
7. ASPECTOS ECONÔMICOS I
7.1. PIB TOTAL
PIB TOTAL: O Produto Interno Bruto, é a soma de tudo que foi produzido, bens e

serviços consumidos por indivíduos, empresas e pelo governo no período de análise

(em geral, em um ano), em todo o território em questão.

• Mede a atividade econômica do país (estado ou município), e inclui todos os

itens produzidos e vendidos legalmente, ou seja, trabalhos informais não

registrados, não compõem o cálculo do PIB.

• Não indica desenvolvimento, pois não inclui aspectos sociais, como a qualidade

da educação e da saúde, por exemplo. Porém, um alto PIB, significa que as

pessoas possuem mais dinheiro e estão mais propensas a consumir mais, logo,

é necessário maior investimento em infraestrutura e mais empregos.

7.1.1. PIB TOTAL REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS


1999: R$ 13.570.510.000,00

2010: R$ 51.795.323.415,00

2016: R$ 76.326.135.406,00

7.1.2. PIB TOTAL POR MUNICÍPIO - 2016


1. Manaus R$ 70.296.364.352,00

2. Itacoatiara R$ 2.054.829.560,00

3. Manacapuru R$ 1.241.891.227,00

4. Iranduba R$ 636.014.040,00

5. Presidente Figueiredo R$ 546.209.210,00

6. Rio Preto Da Eva R$ 445.164.167,00

7. Careiro Da Várzea R$ 295.105.277,00

8. Autazes R$ 287.716.749,00

49
9. Manaquiri R$ 249.818.300,00

10. Careiro R$ 241.608.195,00

11. Novo Airão R$ 120.587.125,00

12. Itapiranga R$ 100.553.784,00

13. Silves R$ 97.990.169,00

• Manaus é a cidade que apresenta o maior crescimento significativo entre as

cidades da RMM, responsável por 91,75% do PIB total em 2016

• No mesmo ano, a capital do estado contribuiu com 98% do PIB no setor

industrial, porém apenas 9% no setor agropecuário

• Itacoatiara possui 2% do PIB total, com principal PIB no setor de serviços,

também 2% do total na categoria

• 37% do PIB total do município de Silves em 2016, foi proveniente do setor

agropecuário

50
Gráfico 16 - PIB (Produto interno Bruto) 1999, 2010 e 2016: Evolução.

80.000.000,00

70.000.000,00

60.000.000,00

50.000.000,00
(x1000) R$

40.000.000,00

30.000.000,00

20.000.000,00

10.000.000,00

0,00

1999 2010 2016

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores

51
Tabela 15 - Maiores e menores riquezas, em 2016.

PIB Total PIB Agropecuária PIB Indústria PIB Serviços


Município Posição
(x 1000 R$) (x 1000 R$) (x 1000 R$) (x 1000 R$)

Manaus 1º 70.296.364,35 212.144,59 25.131.156,62 24.632.348,99

Itacoatiara 2º 2.054.829,56 620.768,09 182.363,43 661.260,92

Itapiranga 12º 100.553,78 42.649,62 3.180,96 17.382,41

Silves 13º 97.990,17 37.091,43 3.077,38 14.701,45

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

7.2. PIB E RENDA PER CAPITA


PIB Per Capita: Produto interno Bruto TOTAL dividido pelo número de habitantes

do local.

• Mede o quanto, do total produzido, seria de cada pessoa, se todos tivessem

partes iguais.

7.2.1. PIB PER CAPITA MÉDIO REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS


1999: R$ 2.703,92/hab

2010: R$ 9.228,72/hab

2016: R$ 13.307,84/hab

7.2.2. PIB PER CAPITA POR MUNICÍPIO - 2016


1. Manaus: R$ 33.564,11/hab

2. Itacoatiara: R$ 20.860,58/hab

3. Presidente Figueiredo: R$ 16.206,55/hab

4. Rio Preto Da Eva: R$ 14.234,32/hab

5. Iranduba: R$ 13.618,27/hab

6. Manacapuru: R$ 13.027,29/hab
52
7. Itapiranga: R$ 11.123,21/hab

8. Silves: R$ 10.712,82/hab

9. Careiro Da Várzea: R$ 10.321,25/hab

10. Manaquiri: R$ 8.518,37/hab

11. Autazes: R$ 7.621,23/hab

12. Novo Airão: R$ 6.650,15/hab

13. Careiro: R$ 6.543,75/hab

Gráfico 17 - PIB per capita 1999, 2010 e 2016: Evolução.

R$40.000,00

R$35.000,00

R$30.000,00

R$25.000,00
(x1000) R$

R$20.000,00

R$15.000,00

R$10.000,00

R$5.000,00

R$-

1999 2010 2016

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.


53
Tabela 16 - Distribuição das riquezas, em 2016.

PIB Total
Município Posição PIB Per Capita (R$)
(x1000 R$)

Manaus 1º 70.296.364,35 33.564,11

Itacoatiara 2º 2.054.829,56 20.860,58

Novo Airão 12º 120.587,13 6.650,15

Careiro 13º 241.608,20 6.543,75

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

7.2.3. RENDA PER CAPITA POR MUNICÍPIO 2016:


Segundo o IBGE, a Renda Per Capita, ou, Rendimento Mensal Domiciliar Per

Capita Nominal, é o resultado da soma dos rendimentos recebidos por cada morador,
dividido pelo total de moradores do domicílio.

• Salário Mínimo 2019: fixado em R$ 998,00 (Diário Oficial, 2019)

• Renda média do Estado do Amazonas 2017: R$ 850,00 (IBGE, 2017) - 18º

nacional

Panorama - 2010:

Salário Mínimo: fixado em R$ 510,00

Renda média do Estado do Amazonas: R$ 457,00 - 18º nacional

Renda média da Região Metropolitana de Manaus: R$ 299,77

• 12 das 13 cidades em 2010, possuíam rendimentos per capita inferiores a 1

salário mínimo da época.

• Em 9 anos, o estado do Amazonas mantém-se na 18º posição de

Rendimento Nominal no país.

54
Tabela 17 - Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita Nominal, em 2010.

Comparativo (%)
Rendimento
Salário Mínimo = R$ 510,00
Manaus R$ 641,00 125,7
Presidente Figueiredo R$ 402,00 78,8
Itacoatiara R$ 317,00 62,2
Manacapuru R$ 316,00 62,0
Rio Preto da Eva R$ 305,00 59,8
Iranduba R$ 297,00 58,2
Itapiranga R$ 274,00 53,7
Novo Airão R$ 260,00 51,0
Autazes R$ 238,00 46,7
Careiro da Várzea R$ 217,00 42,5
Silves R$ 216,00 42,4
Careiro R$ 214,00 42,0
Manaquiri R$ 200,00 39,2
TOTAL R$ 299,77 58,8
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Tabela 18 - Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita Nominal, em 2010, por Sexo.

Masculino Feminino

Autazes R$ 722,00 R$ 480,00


Careiro R$ 612,00 R$ 459,00
Careiro da Várzea R$ 554,00 R$ 448,00
Iranduba R$ 817,00 R$ 573,00
Itacoatiara R$ 820,00 R$ 626,00
Itapiranga R$ 803,00 R$ 571,00
Manacapuru R$ 885,00 R$ 563,00
Manaquiri R$ 569,00 R$ 404,00
Manaus R$ 1.471,00 R$ 1.132,00
Novo Airão R$ 736,00 R$ 558,00
Presidente Figueiredo R$ 1.002,00 R$ 745,00
Rio Preto da Eva R$ 806,00 R$ 573,00
Silves R$ 642,00 R$ 497,00
TOTAL R$ 803,00 R$ 586,85
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

55
Tabela 19 - Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita Nominal, em 2010, por Etnia.

Amarela Branca Indígena Parda Preta

Autazes R$ 814,00 R$ 858,00 R$ 380,00 R$ 607,00 R$ 611,00


Careiro R$ 651,00 R$ 651,00 R$ 464,00 R$ 523,00 R$ 556,00
Careiro da
R$ 525,00 R$ 560,00 R$ 383,00 R$ 513,00 R$ 469,00
Várzea
Iranduba R$ 913,00 R$ 823,00 R$ 530,00 R$ 692,00 R$ 677,00
Itacoatiara R$ 1.390,00 R$ 973,00 R$ 514,00 R$ 675,00 R$ 627,00
Itapiranga R$ 690,00 R$ 727,00 R$ 505,00 R$ 693,00 R$ 637,00
Manacapuru R$ 696,00 R$ 1.020,00 R$ 517,00 R$ 660,00 R$ 1.215,00
Manaquiri R$ 604,00 R$ 572,00 R$ 337,00 R$ 494,00 R$ 442,00
Manaus R$ 1.637,00 R$ 1.874,00 R$ 1.147,00 R$ 1.108,00 R$ 1.083,00
Novo Airão R$ 560,00 R$ 965,00 R$ 609,00 R$ 608,00 R$ 579,00
Presidente
R$ 881,00 R$ 1.255,00 R$ 874,00 R$ 814,00 R$ 856,00
Figueiredo
Rio Preto da Eva R$ 680,00 R$ 864,00 R$ 481,00 R$ 699,00 R$ 578,00
Silves R$ 519,00 R$ 808,00 R$ 1.526,00 R$ 529,00 R$ 579,00
TOTAL R$ 812,31 R$ 919,23 R$ 635,92 R$ 662,69 R$ 685,31
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Quando classificada por sexo ou etnia, o perfil da Renda Mensal muda, mesmo em

2010, e nos revela fatores importantes, como:

• Em todas as cidades da RMM, apenas os homens possuíam renda acima do

piso nacional, sendo a média feminina R$ 217,00 mais baixa que a masculina.

• A população indígena era a mais afetada em 2010, com 6, das 13 cidades,

de renda mensal inferior ao salário mínimo vigente. Brancos foram os que

tiveram rendimento maior em todas as cidades.

• Manaus era a única com rendimento superior a R$ 1000,00 em todas as

categorias, com leve variação, porém, seguindo os mesmos padrões de

valorização (por sexo ou etnia) das demais cidades.

Este panorama evoluiu ao longo dos últimos anos conforme as estimativas

elaboradas pelo IBGE, com a Renda Mensal da população acompanhando o

56
crescimento do salário mínimo nacional. Entretanto, como visto nos dados abaixo

(IBGE, 2018), no ano de 2017 as taxas de ocupação da população, em registros formais

de trabalho, encontram-se em sua maioria abaixo de 10%, o que pode indicar um alto

índice de pessoas desempregadas ou autônomas na região. Outro dado alarmante é

um total de 1 milhão (47%) de habitantes com rendimento de até ½ salário mínimo, o

equivalente a R$468,50.

Tabela 20 - Perfil de Rendimento Nominal Mensal, em 2017.

População População Salário População com até População com até


Município
Estimada Ocupada (%) Médio* ½ Salário (%)** ½ Salário (pessoas)

Autazes 38.454 4,9 1,7 49,2 18.919

Careiro 37.399 3,9 2,2 53,5 20.008

Careiro da
29.190 3,2 1,6 53,1 15.500
Várzea

Iranduba 47.407 10,3 1,9 44,1 20.906

Itacoatiara 99.854 9,9 1,9 45,2 45.134

Itapiranga 9.125 5,2 1,7 49,1 4.480

Manacapuru 96.460 5,7 1,9 46,1 44.468

Manaquiri 30.222 3,3 1,6 49,5 14.960

Manaus 2.130.264 23,7 3 37,9 807.370

Novo Airão 18.586 6,5 1,7 48,7 9.051

Presidente
34.574 14,2 3,2 41,9 14.487
Figueiredo

Rio Preto da
32.001 5,7 1,9 44 14.080
Eva

Silves 9.211 5,7 1,8 49,1 4.523

TOTAL*** 2.612.747 7,9 2,0 47,0 1.033.888

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores

*Salário médio mensal dos trabalhadores formais 2017 (Salário Mínimo R$ 937,00)

**População com rendimento nominal mensal per capita até 1/2 salários mínimos

em 2017

57
***Média dos valores apresentados visando definir um panorama geral da Região

Metropolitana em 2017

7.2.4. PIB por setores

Gráfico 18 - PIB por setores: 1999, 2010 e 2016.

R$ 30.000.000,00

R$ 25.000.000,00

R$ 20.000.000,00
(X1000)

R$ 15.000.000,00

R$ 10.000.000,00

R$ 5.000.000,00

R$ 0,00
Agro Agro Agro Ind Ind Ind Serv Serv Serv
1999 2010 2016 1999 2010 2016 1999 2010 2016
PIB por setor R$ 177.0 R$ 1.322 R$ 2.343 R$ 7.593 R$ 20.52 R$ 25.63 R$ 4.639 R$ 20.59 R$ 26.11

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

58
7.2.5. PIB AGROPECUÁRIA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS
1999: R$ 153.534.000,00

2010: R$ 1.249.882.364,00

2016: R$ 2.256.942.084,00

7.2.6. PIB AGROPECUÁRIA POR MUNICÍPIO 2016:


1. Itacoatiara: R$ 620.768.087,00

2. Manacapuru: R$ 514.826.106,00

3. Rio Preto Da Eva: R$ 227.748.871,00

4. Manaus: R$ 212.144.592,00

5. Iranduba: R$ 190.314.672,00

6. Careiro Da Várzea: R$ 155.654.905,00

7. Manaquiri: R$ 103.790.919,00

8. Presidente Figueiredo: R$ 91.048.019,00

9. Autazes: R$ 86.490.278,00

10. Careiro: R$ 46.696.196,00

11. Itapiranga: R$ 42.649.616,00

12. Silves: R$ 37.091.425,00

13. Novo Airão: R$ 14.208.676,00

59
Gráfico 19 - PIB Agropecuário 1999, 2010 e 2016.

700.000,00

600.000,00
(x1000) R$

500.000,00

400.000,00

300.000,00

200.000,00

100.000,00

0,00

1999 2010 2016

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores

60
7.2.7. PIB INDÚSTRIA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS
1999: R$ 7.593.477.000,00

2010: R$ 20.526.892.227,00

2016: R$ 25.637.216.074,00

7.2.8. PIB INDÚSTRIA POR MUNICÍPIO 2016


1. Manaus R$ 25.131.156,62

2. Itacoatiara R$ 182.363,43

3. Presidente Figueiredo R$ 116.729,45

4. Manacapuru R$ 70.216,17

5. Iranduba R$ 61.659,02

6. Rio Preto da Eva R$ 24.297,73

7. Autazes R$ 12.416,38

8. Careiro R$ 10.683,40

9. Careiro da Várzea R$ 8.926,54

10. Manaquiri R$ 7.583,46

11. Novo Airão R$ 4.925,55

12. Itapiranga R$ 3.180,96

13. Silves R$ 3.077,38

61
Gráfico 20 - PIB Industrial 1999, 2010 e 2016.

30.000.000,00

25.000.000,00
(x1000) R$

20.000.000,00

15.000.000,00

10.000.000,00

5.000.000,00

0,00

1999 2010 2016

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores


62
7.2.9. PIB SERVIÇOS REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS:
1999: R$ 4.639.771.000,00

2010: R$ 20.594.802.955,00

2016: R$ 26.118.496.477,00

7.2.10. PIB SERVIÇOS POR MUNICÍPIO 2016:


1. Manaus R$ 24.632.348,99

2. Itacoatiara R$ 661.260,92

3. Manacapuru R$ 276.357,24

4. Iranduba R$ 160.357,99

5. Presidente Figueiredo R$ 116.476,51

6. Rio Preto da Eva R$ 70.689,34

7. Autazes R$ 45.601,41

8. Careiro R$ 42.568,56

9. Novo Airão R$ 28.852,20

10. Manaquiri R$ 27.396,69

11. Careiro da Várzea R$ 24.502,79

12. Itapiranga R$ 17.382,41

13. Silves R$ 14.701,45

63
Gráfico 21 - PIB Serviços 1999, 2010 e 2016.

30.000.000,00

25.000.000,00
(x1000) R$

20.000.000,00

15.000.000,00

10.000.000,00

5.000.000,00

0,00

1999 2010 2016

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores


64
7.3. PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS
7.3.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
A economia do Amazonas sofreu, ao longo do tempo, diversos momentos que se

integram fortemente à história da Amazônia, permeando as distintas e antagônicas

visões predominantemente externas de empresas e governos, para toda a Região

Amazônica.

De modo geral, a formação territorial da região ocorreu durante o período da

colonização portuguesa até o início do regime democrático, e se caracteriza,

principalmente, pela consolidação dos limites territoriais baseados mais pela

diplomacia nos controles geopolíticos, do que pela força militar.

Este período presenciou o ápice econômico da região durante os impetuosos ciclos

de extração dos recursos naturais, como o “ciclo da Borracha”, por exemplo, mas

também enfrentou o abandono e a desvalorização quando estes mesmos produtos

perderam sua importância no mercado internacional.

Em um segundo momento, o Estado Novo, com forte atuação da política

econômica de Getúlio Vargas, passou-se a elaborar um Planejamento Urbano para a

Amazônia. Em 1946, a Constituição Federal já trazia um “programa de desenvolvimento

da Amazônia”.

No governo JK as ações políticas sobre a região aceleraram. Seu Plano de Metas

visava expandir e diversificar a industrialização no país, que até então se concentrava

no Sul, em um momento em que a Amazônia e sua população servia apenas como

fonte de matéria prima para este polo industrial, principalmente no mercado de peles

de animais e castanhas.

Era preciso diminuir as distâncias para a produção e a dependência das

importações, para então, reduzir os custos brasileiros. Na busca por esses objetivos, foi

necessário o desenvolvimento econômico da Região Amazônica e para isso, diversas

rodovias e estradas que cortaram as florestas em direção aos polos nacionais foram

construídas, interligando as regiões do Brasil, e junto às hidrelétricas na bacia

65
Amazônica estimularam a produção e o crescente econômico, em especial, desta

região.

Nos anos que se seguiram, uma série de políticas públicas contundentes, porém

antagônicas foram realizadas. De um lado o investimento de capital financeiro para a

modernização tecnológica, os incentivos fiscais às grandes empresas, e o acumulo de

riquezas dos grandes proprietários da região; do outro, o incentivo à migração dos

pequenos produtores principalmente do Sul e do Nordeste (que antes haviam perdido

suas terras para a modernização agrícola) para ocuparem as então, “terras vazias” da

Amazônia, e a produzirem, na promessa de prosperidade.

Durante o Regime Militar, agropecuários e madeireiros foram os grandes

beneficiados pelos programas de investimentos, que apesar de estimularem o

planejamento urbano da região, a criação de órgãos regulamentadores, estradas (a

principal delas, a transamazônica) e infraestruturas diversas, acabou por favorecer

principalmente estas categorias, com foco especialmente na exportação,

comprometendo a floresta e os recurso naturais da região.

Neste mesmo período, define-se um importante polo industrial: A Zona Franca de

Manaus. Em 1967 (dez anos após sua idealização) é decretada a instalação do polo que

se expandia por uma área abrangente da Amazônia, e se baseava em 30 anos de

incentivos fiscais (SUFRAMA ), tendo como centro principal, a capital amazonense,

Manaus.

Este é sem dúvida um marco na economia nacional, sobretudo na região norte,

onde se encontra a Amazônia. Este impacto pode ser visto, principalmente, no principal

estado da região, o Amazonas.

O maior em extensão territorial do país, o estado do Amazonas se desenvolveu em

meio à floresta Tropical, historicamente, em contraditória harmonia com a natureza. A

concentração financeira nos municípios que pertencem à Zona Franca (a qual engloba

além da indústria, agropecuária e comércio) eleva as desigualdades em um território

vasto, gerando um desenvolvimento total baixo e não homogêneo no estado.

66
Embora seja o 16º PIB nacional em 2016, correspondentes a 89 milhões (IBGE), o

Amazonas possui a 8ª cidade mais rica do país. Sua capital, Manaus, obteve um PIB

total pouco maior a 70 milhões também em 2016, o equivalente a 79% de todo o

produto do estado.

Grande parte deste valor se deve ao Polo Industrial de Manaus (PIM), que segundo

o SUFRAMA (2018), fatura uma média anual de R$ 80 bilhões. Entretanto, esta não é

uma realidade comum em toda a Região Metropolitana de Manaus, principalmente,

no que diz respeito às atividades econômicas.

67
Tabela 21 – Atividades com Maior Valor Adicionado Bruto, em 2010 e 2016.

Atividade com maior valor adicionado bruto 2010


Autazes Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Careiro Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Careiro da Várzea Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós colheita

Iranduba Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Itacoatiara Demais serviços

Itapiranga Construção

Manacapuru Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Manaquiri Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Manaus Indústrias de transformação

Novo Airão Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Presidente Figueiredo Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Rio Preto da Eva Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Silves Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Atividade com maior valor adicionado bruto 2016


Autazes Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Careiro Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Careiro da Várzea Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós colheita

Iranduba Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Itacoatiara Demais serviços

Itapiranga Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Manacapuru Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós colheita

Manaquiri Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Manaus Indústrias de transformação

Novo Airão Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Presidente Figueiredo Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Rio Preto da Eva Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós colheita

Silves Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores

68
A classe “Demais serviços” compreende a agregação dos setores:

• Transporte, armazenagem e correio;

• Alojamento e alimentação;

• Informação e comunicação;

• Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados;

• Atividades imobiliárias;

• Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços

complementares;

• Educação e saúde privados;

• Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços e serviços

domésticos dos municípios que compõem a Região Metropolitana, 8 tiveram como

principal atividade econômica a Administração Pública em 2016.

Isto significa que a maior fonte de arrecadação destas prefeituras, se baseia no

custo do bem-estar de sua população, por meio da produção “não-mercantil”. De

acordo com os dados do Sistema de Contas Regionais do Brasil (2018), a região norte

é a segunda com mais cidades dependentes desta atividade.

69
Tabela 22 - RMM: Valor Adicionado Bruto A Preços Correntes, em 2016 (x1000).

Administração, defesa,
Agropecuária Indústria Serviços educação, saúde públicas e
seguridade social

Autazes R$ 86.490,28 R$ 12.416,38 R$ 45.601,41 R$ 137.590,66

Careiro R$ 46.696,20 R$ 10.683,40 R$ 42.568,56 R$ 135.494,82

Careiro da Várzea R$ 155.654,91 R$ 8.926,54 R$ 24.502,79 R$ 102.129,04

Iranduba R$ 190.314,67 R$ 61.659,02 R$ 160.357,99 R$ 191.385,05

Itacoatiara R$ 620.768,09 R$ 182.363,43 R$ 661.260,92 R$ 378.668,81

Itapiranga R$ 42.649,62 R$ 3.180,96 R$ 17.382,41 R$ 35.285,20

Manacapuru R$ 514.826,11 R$ 70.216,17 R$ 276.357,24 R$ 336.399,70

Manaquiri R$ 103.790,92 R$ 7.583,46 R$ 27.396,69 R$ 107.902,71

Manaus R$ 212.144,59 R$ 25.131.156,62 R$ 24.632.348,99 R$ 7.887.481,94

Novo Airão R$ 14.208,68 R$ 4.925,55 R$ 28.852,20 R$ 69.223,46

Presidente
R$ 91.048,02 R$ 116.729,45 R$ 116.476,51 R$ 193.149,56
Figueiredo

Rio Preto da Eva R$ 227.748,87 R$ 24.297,73 R$ 70.689,34 R$ 109.693,37

Silves R$ 37.091,43 R$ 3.077,38 R$ 14.701,45 R$ 41.057,06

TOTAL R$ 2.343.432.390,00 R$ 25.637.216.090,00 R$ 26.118.496.500,00 R$ 9.725.461.358,00

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

De modo geral, embora a participação expressiva da Região Metropolitana de

Manaus no setor agropecuário (com pouco mais de 1/3 do VAB total do estado) fica

evidente que no panorama atual, a região tem desempenhado um importante papel

econômico nos setores de Serviço (inclusive administração pública) e principalmente,

industrial, reafirmando sua relevância para o estado.

70
Tabela 23 - VAB* Setores RMM x Amazonas, em 2016.

Agropecuária Indústria Serviços**

Região
Metropolitana de R$ 2.343.432.390,00 R$ 25.637.216.090,00 R$ 35.843.957.858,00
Manaus

Estado do
R$ 5.881.000.000,00 R$ 26.341.000.000,00 R$ 43.666.000.000,00
Amazonas

Participação da
RMM no VAB 39,8 97,3 82,1
estado (%)

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

* VAB: Contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas,

obtida pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário

absorvido por essas atividades (CNM, 2018).

**Inclusive, Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social.

7.3.2. SETOR PRIMÁRIO: AGROPECUÁRIA


O Censo Agro de 2017, realizado pelo IBGE, aponta um crescimento de 21% no

número de estabelecimentos agropecuários do Amazonas nos últimos 11 anos, que,

conforme o mesmo levantamento, totalizaram um aumento de 10% na área destinada

ao setor no estado, agora em torno dos 4 milhões de hectares. Este crescimento se

torna mais significativo pois desde 1980, com a diminuição da população rural, os

números estavam em declínio.

Em relação a utilização das terras, 65% destes 4 milhões de hectares ainda se

preservam como matas naturais, segundo o mesmo estudo. Em segundo lugar

encontram-se as pastagens plantadas, com 795 hectares (20%), e logo em seguida as

pastagens naturais, com 9% das terras agropecuárias amazonenses.

Estes números refletem também na ocupação da população, que conforme aponta

o IBGE, totalizam 329.932 pessoas nas atividades agropecuárias em 2017, responsável

por 18,5% da força de trabalho no Estado.

71
Quanto à agricultura na Região Metropolitana de Manaus, quando classificada em

Lavouras Permanentes (que permanecem mesmo após a colheita), Lavouras


Temporárias (sujeitas ao plantio depois da colheita) e Cereais, Leguminosas e
Oleaginosas (que desrespeitam às respectivas definições de classes), as principais
culturas agrícolas cultivadas nas imediações da RMM são: milho, arroz, feijão e soja,

além de uma diversa gama de frutas, dentre as quais banana, laranja, abacaxi, cana-

de-açúcar, limão, coco-da-baía, entre outros; apresentando uma grande diversidade

de produtos e culturas, preservando o setor em atividade durante todo o ano.

Mapa 18 - Principais Produtos Agrícolas: Lavoura Permanente, em 2017.

LEGENDA

Banana Maracujá

Laranja Mamão

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

72
Tabela 24 - Principais Produtos Agrícolas: Lavoura Permanente, em 2017.

90.000 300.000,00

80.000
250.000,00
70.000

60.000 200.000,00

50.000
150.000,00
40.000

30.000 100.000,00

20.000
50.000,00
10.000

0 0,00
GUARANA LARANJA BANANA MARACUJÁ MAMÃO
VALOR PRODUÇÃO (R$) 5.115 76.692 63.709 56.939 46.622
ÁREA PLANTIO (ha) 525 2.884 3.584 1.167 986
QUANTIDADE PRODUZIDA (Kg/ha) 1.060,00 173.537,00 183.265,00 229.942,00 258.586,00

VALOR PRODUÇÃO (R$) ÁREA PLANTIO (ha) QUANTIDADE PRODUZIDA (Kg/ha)

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 19- Principais Produtos Agrícolas: Lavoura Temporária, em 2017.

LEGENDA

Mandioca Melancia

Abacaxi Cana-de-Açúcar

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

73
Gráfico 22 - Principais Produtos Agrícolas: Lavoura Temporária, em 2017.

140.000 250.000,00

120.000
200.000,00
100.000

80.000 150.000,00

60.000
100.000,00
40.000
50.000,00
20.000

0 0,00
CANA BATATA MANDIOC
MELANCIA ABACAXI
AÇUCAR DOCE A
VALOR PRODUÇÃO (R$) 61.314 6.108 118.124 37.979 61.677
ÁREA PLANTIO (ha) 3.653 411 27.475 1.593 1.892
QUANTIDADE PRODUZIDA (Kg/ha) 63.338,00 89.777,00 130.932,00 204.114,00 215.426,00

VALOR PRODUÇÃO (R$) ÁREA PLANTIO (ha) QUANTIDADE PRODUZIDA (Kg/ha)

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 20 - Principais Produtos Agrícolas: Cereais, leguminosas e Oleaginosas, 2017.

LEGENDA

Milho Arroz

Feijão

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

74
Gráfico 23 - Produtos Agrícolas: Cereais, leguminosas e Oleaginosas, 2017.

4.500 30.000,00
4.000
25.000,00
3.500
3.000 20.000,00
2.500
15.000,00
2.000
1.500 10.000,00
1.000
5.000,00
500
0 0,00
FEIJÃO ARROZ MILHO
VALOR PRODUÇÃO (R$) 1.204 1.168 3.334
ÁREA PLANTIO (ha) 815 835 4.126
QUANTIDADE PRODUZIDA (Kg/ha) 9.994,00 18.424,00 28.166,00

VALOR PRODUÇÃO (R$) ÁREA PLANTIO (ha) QUANTIDADE PRODUZIDA (Kg/ha)

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores

Tabela 25 - Pecuária: Destaques, em 2017.

Aquicultura: Aquicultura: Galináceos Bovinos Bubalinos


Município
Tambaqui (kg) Matrinxã (kg) (cabeças) (cabeças) (cabeças)

Autazes 133.800 - 10.120 40.456 28.755

Careiro 100.000 8.000 15.000 22.910 780

Careiro da
8.000 3.000 9.000 55.827 6.000
Várzea

Iranduba 814.000 62.000 638.000 7.200 464

Itacoatiara 80.000 730.000 112.000 45.029 10.150

Itapiranga 88.000 8.750 4.000 3.624 223

Manacapuru - - 162.357 11.298 99

Manaquiri 185.000 - 25.000 7.739 363

Manaus 750.000 300.000 2.064.500 5.225 1.236

Novo Airão 11.000 27.000 11.500 430 -

Presidente
205.000 75.000 25.391 9.606 150
Figueiredo

Rio Preto da
1.200.000 800.000 74.000 3.527 250
Eva

Silves 8.300 14.600 9.116 9.017 468

TOTAL 3.583.100 2.028.350 3.159.984 221.888 48.938

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores


75
7.3.3. SETOR SECUNDÁRIO: INDUSTRIA

Mapa 21 - Fases de industrialização da RMM: 1999, 2010 e 2016

X1000 (R$)

- -25000

- 25001-50000

- 50001-100000

- 100001-200000

- 200001-

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

76
Atualmente um dos estados com maior crescimento na indústria nacional, o

Amazonas obteve em outubro de 2018 aumento de 12,4% em seu setor Industrial

(IBGE, 2018), muito acima do crescimento nacional de 0,2% no mesmo período.

Não à toa, este é o principal setor do estado que ano a ano eleva os números da

economia amazonense e claro, do país. Em 2016, o Valor Adicionado Bruto (VAB) da

indústria da Região Metropolitana de Manaus, (onde se encontra a maior parte do Polo

industrial do estado), ficou em torno de R$ 25,6 bilhões, o equivalente a 97,3% de todo

o VAB do Amazonas, cerca de R$ 26,3 bilhões.

Tabela 26 - VAB Setores RMM x Amazonas, em 2016: Indústria.

Agropecuária Indústria Serviços*


Região
Metropolitana de R$ 2.343.432.390,00 R$ 25.637.216.090,00 R$ 35.843.957.858,00
Manaus
Estado do
R$ 5.881.000.000,00 R$ 26.341.000.000,00 R$ 43.666.000.000,00
Amazonas
Participação da
RMM no VAB 39,8 97,3 82,1
estado (%)
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Estes números se devem em parte ao Polo Industrial de Manaus (PIM), um veículo

irradiador de desenvolvimento no modelo Zona Franca de Manaus, com foco no

desenvolvimento regional do Amazonas, e que concede incentivos fiscais à produção

industrial na região.

De acordo com o boletim, emitido pelo SUFRAMA no ano passado, ao final de 2017

o PIM havia apresentado um faturamento total de R$ 82 bilhões. Destes, 75% advém

de 4 setores principais: bens de informática, eletrodomésticos, duas rodas e setor

químico (matérias plásticas). Os três principais produtos, responsáveis por 40% do

faturamento deste ano foram:

1. Televisores de tela LCD (11 milhões de unidades produzidas, com

faturamento de US$4,8 bilhões – aproximadamente R$15,3 bilhões);


77
2. Telefones celulares (13,5 milhões de unidades produzidas, com faturamento

de US$2,7 bilhões, ou R$8,7 bilhões);

3. Motocicletas (884 mil unidades produzidas, com faturamento de US$2,6

bilhões, ou R$8,4 bilhões).

Este panorama corresponde diretamente à atuação da Zona Franca de Manaus

desde sua formação em 1967. Sendo uma área de livre comércio, com incentivos fiscais

especiais, e com o objetivo de formar um parque industrial e comercial que permitisse

o desenvolvimento da Amazônia no mercado internacional, atualmente a área abriga

cerca de 600 indústrias (SUFRAMA), que comercializam principalmente diversos tipos

de produtos químicos, eletrônicos, informáticos e automobilísticos.

Está presente nos estados de Rondônia, Roraima, Acre, Amapá e Amazonas, e entre

as principais indústrias que se consolidaram no local, estão Nokia, Siemens, Honda e

Yamaha, por exemplo. Muito semelhante ao PIM, a ZFM atua principalmente nos

segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e químico.

Entre seus principais produtos podemos destacar aparelhos celulares e de áudio e

vídeo, televisores, motocicletas, e concentrados para refrigerantes. Abriga também um

Polo Agropecuário, responsável por projetos voltados às atividades de produção de

alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira, e outros.

Boa parte de seus principais produtos sofreram influencias políticas diretas, como

é o caso do setor tecnológico e de informática que se beneficiou do decreto

presidencial em 2006 que prorrogava os incentivos fiscais até 2019 para o setor em

todo o país. De modo semelhante, em 2007 entrou em vigor o Sistema Brasileiro de

TV digital, baseado no modelo de transmissão japonês, como consequência, os

produtos voltados ao segmento de telecomunicações obtiveram grande ascendência

nos anos seguintes.

De fato, que, o modelo do Polo Industrial idealizado por Juscelino Kubitschek em

57, tem obtido bons resultados e, no que diz respeito à Região Metropolitana de

Manaus, desempenha enorme importância na economia local. No entanto, a

78
metodologia de incentivos fiscais tem consumido altos custos, cerca de 24 bilhões em

renuncias fiscais (FOLHA DE SÃO PAULO, 2018), o que significa mais investimento no

setor privado, por parte dos governos, do que no setor público.

Gráfico 24 - Valor adicionado à economia: Gasto total com ZFM.

Fonte: Folha de São Paulo, 2019.

Assim, apesar dos números positivos do setor industrial amazonense,

principalmente para sua Região Metropolitana, seu balanço final em relação ao resto

do país tem se mantido inferior, o que faz reavaliar os métodos, investimentos, e a

própria infraestrutura industrial da região.

7.3.4. SETOR TERCIÁRIO: SERVIÇOS


Atualmente o segundo maior Setor da Região Metropolitana de Manaus, que

corresponde às atividades de comércio de bens e à prestação de serviços, o Setor

Terciário tem se mantido em um crescimento regular desde a implantação do modelo

Zona Franca de Manaus na década de 60. Esta regularidade é de grande impacto nas

contas do estado, chegando a 82% de todo o Valor Adicionado Bruto de serviços em

2016.

79
Segundo o IBGE, em janeiro de 2018, o comércio varejista do Amazonas registrou

um crescimento de 8,4%, enquanto a média nacional ficou em 3,2%. Este aumento no

volume de vendas tem como destaque segmentos como artigos de uso pessoal e

doméstico (6,8%) e equipamento e material para escritório, informática e comunicação


(3,7%), além de supermercados, alimentos, bebidas e fumo (2,3%) e tecidos, vestuário

e calçados (0,9%).

No mesmo período, outros segmentos registraram quedas, sendo eles:

combustíveis e lubrificantes (-0,3%); móveis e eletrodomésticos (-2,3%); e artigos


farmacêuticos, médicos e ortopédicos (-2,5%).

Já em 2017, de acordo com dados obtidos também pelo IBGE, o estado do

Amazonas havia registrado um crescimento de 8,4% no volume de Serviços, sendo o

terceiro maior do país naquele período.

Embora os números positivos no estado nos últimos anos, a RMM no conjunto de

seus municípios, tem como principal atividade econômica no setor terciário a

Administração Pública. Em 2016, esta já era uma característica de 48% das cidades no

país (CNM, 2018).

Esta atividade abrange órgãos governamentais da administração, entidades

públicas juridicamente constituídas como empresas, entidades paraestatais e fundos

de caráter público (como FGTS e PIS/PASEP). Sua produção é basicamente não-

mercantil, ou seja, “a produção de bens e serviços que são fornecidos às outras


unidades institucionais gratuitamente ou a preços economicamente não significativos”

(IBGE, 2000).

Estes serviços são contabilizados no perfil de despesas, uma vez que em sua

maioria, são gratuitos, e podem inclui: serviços coletivos (como justiça e segurança),

programas de educação, material didático, cultura, transporte público e outros. O Valor

Adicionado Bruto final, referente às Administrações Públicas é mensurado pelos custos,

que incluem as remunerações (salários e contribuições sociais), consumo de capital

fixo, e impostos incidentes sobre a produção (pagos pelo órgão administrador), e estes

custos por sua vez, são pagos com recursos dos cofres públicos destes municípios.
80
Assim, fica evidente a importância da administração pública nas cidades da Região

Metropolitana de Manaus, que necessita estar dotada de instrumentos de gestão e

recursos financeiros capazes de desenvolver suas localidades na medida das

necessidades destas, prestando bons e efetivos serviços à população.

Tabela 27 - RMM: Administração Pública 2010-2016.

VAB administração, saúde, educação VAB administração, saúde, educação


Município
e seguridade publica 2010 e seguridade publica 2016

Autazes R$ 83.562,54 R$ 137.590,66

Careiro R$ 81.613,85 R$ 135.494,82

Careiro da Várzea R$ 57.756,80 R$ 102.129,04

Iranduba R$ 104.315,40 R$ 191.385,05

Itacoatiara R$ 228.763,78 R$ 378.668,81

Itapiranga R$ 21.322,11 R$ 35.285,20

Manacapuru R$ 201.172,52 R$ 336.399,70

Manaquiri R$ 54.269,14 R$ 107.902,71

Manaus R$ 4.520.076,22 R$ 7.887.481,94

Novo Airão R$ 39.170,10 R$ 69.223,46

Presidente
R$ 99.855,02 R$ 193.149,56
Figueiredo

Rio Preto da Eva R$ 62.037,92 R$ 109.693,37

Silves R$ 23.837,06 R$ 41.057,06

TOTAL R$ 5.577.752,45 R$ 9.725.461,36

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

8. ASPECTOS ECONÔMICOS II
8.1. Recursos Naturais
Segundo o MMA – Ministério do Meio Ambiente, a região Amazônia guarda a

maior reserva de madeira tropical do mundo, incluindo como um todo, recursos

81
naturais como borracha, castanha, peixes e minérios. A Região Metropolitana de

Manaus, por sua vez, apresenta maiores reservas de recursos minerais, como pode ser

visto no mapa 23. A região contém maiores áreas de recursos minerais potenciais para

a construção civil, como, também, pequenas áreas para insumos agrícolas: de potássio

e salgema, e área de polimetálicos: estanho, zircônio, nióbio, tântalo, ytrio e flúor.

Mas ainda, segundo o mapa 23, dentro das áreas potenciais de minerais utilizados

para a construção civil, como areia, arenito, brita e granito, há minerais e rochas para

uso industrial também: como argila e caulim. Já na capital da região, em Manaus, há

pontos de recursos de água mineral ou água potável de mesa, como um recurso

natural além dos minerais. E em alguns pontos a sudeste da região metropolitana, em

Itacoatiara, há alguns pontos minerais para uso energético, de turfa, próximos ao Rio

Amazonas e Rio Madeira. Na tabela abaixo, é possível ver os recursos minerais

específicos de alguns municípios da RMM.

Tabela 28 – Minérios Região Metropolitana De Manaus

MUNICÍPIO MINÉRIO LOCALIZAÇÃO


Novo Airão Areia e Seixo Aluviões ao longo do Rio Negro
Caulim, areia, argila, brita, Alteração de rochas da Formação Alter
Manaus
laterita do Chão

Depósitos de planície de inundação e


Itacoatira Argila, areia, laterita
alteração da Formação Alter do Chão
Brita e granitoides com
Rochas vulcânicas do Grupo Iricoumé e
potencial para rochas
granitos de Suite Intrusica Mapuera
ornamentais
Presidente
Figueiredo Jazimentos associados a rochas da Suite
Estanho além nióbio,
Intrusiva Madeira, corpos Agua Boa e
zircônia, criolita, tantalita,
Madeira e aos placeres da região de
Terras Raras e bauxita
Pitinga

Fonte: CPRM, SUREG-MA (GEREMI/GERIDE), MME, elaborado pelos autores.

Além dos recursos minerais, a região metropolitana, por estar inserida dentro da

área da Amazônia legal, apresenta grande biodiversidade de fauna e flora, com a maior

reserva de diversidade biológica do mundo, possibilitando a utilização de alguns


82
recursos biológicos como forma de produção econômica, através da extração vegetal,

da prática de silvicultura, da pesca extrativista e da psicultura.

Mapa 22 – Recursos Naturais: Unidades Metalogenéticas

Fonte: CPRM, SUREG-MA (GEREMI/GERIDE), MME, modificado pelos autores.

83
Mapa 23 – Recursos Naturais: Recursos minerais

Fonte: CPRM, SUREG-MA (GEREMI/GERIDE), MME, modificado pelos autores.

Há estimativas de que na Bacia Amazônica podem ocorrer aproximadamente 1.500

a 6.000 espécies de peixes, o que está relacionado a complexidade física da Bacia

Amazônica (SANTOS E SANTOS 2005, apud. RAMOS, 2016, pg. 8). A pesca dos jaraquis

e de tambaqui são as mais importantes espécies que desembarcam na região de

Manaus, sendo que esses peixes também são os mais aceitos pela população de baixa

renda e pelo mercado consumidor (DIAS-NETO, 2015 apud. RAMOS, 2016, pg. 12). A

pesca de subsistência, extrativista, existe desde antes da colonização da Amazônia

(SMITH, 1979, apud. RAMOS,2016, pg.17) o que influenciou a pesca comercial na

região, tanto por pescadores profissionais quanto por pescadores moradores

ribeirinhos, sendo que o consumo do peixe é uma das suas principais fontes de

abastecimento alimentar da região metropolitana.

Segundo o SUFRAMA (2003), no estado do Amazonas havia uma estimativa de 411

piscicultores, sendo que as espécies mais cultivadas eram o tambaqui, o matrinchã e o

pirarucu. No estado, quatro estações de piscicultura em produção se destacam, todas


84
inseridas dentro da Região Metropolitana de Manaus, nos municípios de Manaus,

Itacoatiara, Manacapuru, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. A produção de

Balbina, em Presidente Figueiredo, tinha uma capacidade instalada de 5.000.000 de

alevinos, enquanto as demais estações produziam cerca de 260.000 alevinos.

Há cerca de vinte anos a oferta e demanda de pescado tem sido suprida pela pesca

extrativista, porém a irregularidade na oferta, determinada pela sazonalidade da

produção, tem alterado o cenário atual. O que aumentou o incentivo a atividade da

piscicultura, com produção uniforme durante o ano todo, influenciando na

regularização da oferta de pescado, o que atenua a variação de preços ao longo do

ano (SUFRAMA, 2003).

Ainda segundo o SUFRAMA (2003), as áreas recomendadas para o

desenvolvimento da psicultura são áreas de terra firme, próximas as rodovias federais

e estaduais, ou com fácil acesso às hidrovias existentes, sendo que os municípios de

Manaus, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Itapiranga, Iranduba e Presidente

Figueiredo são os que apresentam as condições favoráveis a essa atividade.

Mapa 24 – Municípios Com Potencial Para Piscicultura

Fonte: SUFRAMA, 2003, pg. 9.

85
Já o recurso biológico de extração vegetal, que prevalece em quase todos os

municípios da região metropolitana, com exceção apenas de Careiro da Várzea, é a

extração do fruto do açaí, que teve uma produção, em 2017, de 8370 toneladas,

gerando uma receita de R$14.256.000,00, como pode ser visto nas tabelas abaixo. O

município de Itacoatiara detinha 59,75% da produção da região, mas em 2007, a

produção se resumia a 333 toneladas, representando o grande aumento da demanda

nacional pelo fruto, que resultou em um aumento de 2.413,51% da produção fruto em

uma década.

A castanha-do-pará e o carvão vegetal são outros produtos mais recorrentes da

RMM, com uma produção de 654 toneladas de castanha e 778 toneladas de carvão,

em 2017. Já a prática de silvicultura da região produz lenha e madeira em tora em mais

quantidade, e, em 2017, a produção de lenha foi de 99.458,00 m³, com valor da

produção de R$1.364.000,00, enquanto a produção de madeira em tora, com menos

volume, de 33.5523,00 m³, teve mais arrecadação, de R$ 85.153.000,00.

Tabela 29 – Extração Vegetal No Região Metropolitana De Manaus, Em 2017.


CASTANHA DO
AÇAI CARVÃO VEGETAL
PARÁ

quant. valor quant. valor prod. quant. valor prod.


MUNICÍPIO
(t) prod. (R$) (t) (R$) (t) (R$)

Autazes 74 118.000 465 1.232.000 29 38.000


Careiro 370 592.000
Careiro da Várzea 170 281.000
Iranduba 168 302.000
Itacoatiara 5000 7.500.000 55 110.000 320 640.000
Itapiranga 720 1.800.000
Manacapuru 52 361.000 1 2.000
Manaquiri 1285 2.313.000 20 43.000 10 15.000
Manaus 201 301.000 33 49.000
Novo Airão 45 113.000 100 260.000
Presidente Figueiredo 350 595.000 3 7.000 16 27.000
Rio Preto da Eva 2 3.000 10 30.000 200 560.000
Silves 103 258.000 654 1.684.000 778 1.610.000
Fonte: IBGE, elaborada pelos autores.
86
Tabela 30 – Silvicultura Na Região Metropolitana De Manaus, Em 2017.

LENHA MADEIRA EM TORA

valor
quant. quant. valor prod.
MUNICÍPIO prod.
(m³) (m³) (R$)
(R$)
Autazes 4120 52.000
Careiro 45 3.000
Careiro da Várzea
Iranduba 500 4.000 1450 83.000
Itacoatiara 30000 180.000 132000 52.800.000
Itapiranga 5745 38.000 70700 3.182.000
Manacapuru 29 2.000
Manaquiri 1200 45.000
Manaus 1728 16.000 11750 3.760.000
Novo Airão
Presidente Figueiredo 320 3.000 6394 1.151.000
Rio Preto da Eva 45000 288.000 22000 2.530.000
Silves 12000 780.000 90000 21.600.000
Fonte: IBGE, elaborada pelos autores.

Tabela 31- Extração Vegetal No Região Metropolitana De Manaus, Em 2007.

CASTANHA DO
AÇAI
PARÁ
quant. valor quant. valor prod.
MUNICÍPIO
(t) prod. (R$) (t) (R$)
Autazes 74 118.000 465 1.232.000
Careiro 2 4.000
Careiro da Várzea
Iranduba
Itacoatiara 21 20.000 93 204.000
Itapiranga 2 3.000
Manacapuru 207 196.000 79 248.000
Manaquiri 31 29.000
Manaus 2 6.000
Novo Airão 11 11.000
Presidente Figueiredo
Rio Preto da Eva 47 112.000
Silves 1 3.000
Fonte: IBGE, elaborada pelos autores.

87
Tabela 32 - Silvicultura Na Região Metropolitana De Manaus, Em 2007.

LENHA MADEIRA EM TORA

valor
quant. quant. valor
MUNICÍPIO prod.
(m³) (m³) prod. (R$)
(R$)
Autazes 4.120 52.000
Careiro 70.338 215.000 15.690 428.000
Careiro da Várzea
Iranduba 34.628 113.000 2.992 94.000
Itacoatiara 29.758 100.000 1.623 44.000
Itapiranga 4.830 20.000
Manacapuru 52.699 161.000 34.628 1.091.000
Manaquiri 1.871 59.000
Manaus 5.086 17.000 7.467 314.000
Novo Airão 13.840 44.000 4.977 131.000
Presidente Figueiredo 2.975 10.000
Rio Preto da Eva 55.420 233.000 2.900,00 76.000
Silves 22.292 77.000
Fonte: IBGE, elaborada pelos autores.

Em 2007, as produções de carvão vegetal e lenha eram maiores do em 2017: 4.665

toneladas e 295.986 toneladas, respectivamente, representando uma diminuição da

produção de aproximadamente 66,50% de ambas, porém o valor de produção

permaneceu semelhante.

Os recursos hídricos, por sua vez, são expressos através da Bacia Amazônica, que

possibilita tanto a extração de recursos biológicos, como a pesca, como possibilita

através dos rios, modais de transportes pelas hidrovias do Rio Amazonas, Rio Madeira

e seus afluentes. Apesar da abundância desse recurso, a sua utilização para geração de

energia elétrica não é incentivada na região, uma vez que os rios da bacia apresentam

pouca declividade, resultando em pouco potencial hidrelétrico. Mesmo o Rio

Amazonas sendo um dos maiores rios de planície do Brasil, não proporcionando

eficiência energética para a região e para o país.

O que faz com que a Região Metropolitana de Manaus gere energia elétrica a partir

de combustíveis fósseis, importados de outras regiões do estado do Amazonas, com

as usinas termelétricas. Importando gás natural de pelo gasoduto de Coari-Manaus e


88
embarcação nos portos de Manaus, com os petroleiros carregados de óleo diesel.

Segundo, Deborah Rezaghi (ECODEBATE, 2013), nos sete estados da região Amazônica

há 260 usinas termelétricas em operação, para o abastecimento energético da região,

despejando 6 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera (CO2), o

principal ativo causador do aquecimento global. Essa consequência afeta todos os

grandes recursos naturais da região, como do país e do mundo.

Uma das formas de proteger os recursos naturais é através das áreas protegidas

das Unidades de Conservação, que têm um papel importante na promoção do

desenvolvimento sustentável e na manutenção dos ecossistemas. As áreas protegidas

do Amazonas incluem unidades de conservação federais, estaduais, municipais, assim

como terras indígenas também. Dentro da Região Metropolitana de Manaus, as

unidades de conservação aumentaram no decorrer dos anos, sendo que em 2010,

como pode ser visto na Tabela 33, o total de área de conservação era de 3.263.176 ha,

que passou 4.765.817 ha, em 2017, um aumento de 46%. Os tipos de unidades de

conservação podem ser vistos nas tabelas abaixo.

Tabela 33 – Unidades De Conservação Na Região Metropolitana De Manaus, Em


2010.

Categoria NOME DA UNIDADE Municipio ÁREA (ha)


Presidente
Urubuí 36.600
ÁREAS DE PROTEÇÃO Figueiredo - AM
AMBIENTAL Manacapuru -
Lago do Piranha
AM

ÁREAS RELEVANTE DE Proj. Dinâmica Biológica


Manaus - AM 3.288
INTERESSE ECOLÓGICO Fragmentos Floresta

Manaus e Novo
Anavilhanas 350.018
Airão - AM
ESTAÇÕES ECOLÓGICAS
Universidade do
Manaus - AM 2.750
Amazonas
PARQUE NACIONAL Jaú Novo Airão -AM 2.272.000
RESERVAS BIOLÓGICAS Campina (INPA) Manaus - AM 900

89
Presidente
Figueredo,
RESERVAS BIOLÓGICAS Uatumã Urucará e São 560.000
Sebastião do
Uatumã - AM
RESERVA ESCOLÓGICA Sauim - Castanheira Manaus - AM 109
Manaus e Rio
Adolfo Ducke (INPA) Preto da Eva - 10.072
RESERVA FLORESTAL
AM
Egler (INPA) Manaus - AM 700
Mindú Manaus - AM 35
Cachoeira do Alto
Manaus - AM 208
Tarumã
PARQUES MUNICIPAIS Tarumãzinho Manaus - AM 120
Parque Cultural de
Desporto e Lazer da Manaus - AM 28
Ponta Negra
Ponta Negra Manaus - AM 2.164
Tarumã Manaus - AM 9.558
Ponte da Bolívia Manaus - AM 8
UNIDADES AMBIENTAIS Tupé Manaus - AM 13.500
DO MUNICÍPIO DE
MANAUS Encontro das Águas Manaus - AM 446
Universidade do
Manaus - AM 670
Amazonas
Praia do Amarelinho Manaus - AM
JARDIM BOTÂNICO Bosque da Ciência Manaus - AM 2
Manaus - AM
JARDINS ZOOLÓGICO CIGS
Tropical Hotel Manaus - AM

HORTO MUNICIPAL Horto Municipal Chico Manaus - AM


Mendes
MONUMENTOS Cachoeira dos Noivos Manaus - AM
NATURAIS Cachoeira das Almas Manaus - AM
Fonte: SEPLAN – Anuário Estatístico do Amazonas, 2011. Elaborado pelos autores.

Tabela 34 - Unidades De Conservação Na Região Metropolitana De Manaus, Em


2017.

Categoria NOME DA UNIDADE Municipio ÁREA (ha)

Presidente
ÁREAS DE PROTEÇÃO Figueiredo e Rio
Caverna do Moroaga 374.700
AMBIENTAL Preto da Eva -
AM

90
Margem Direita do Rio Iranduba,
Negro - Setor Paduari - Manacapuru e 461.741
Solimões Novo Airão - AM
Manaus, Novo
Margem Esquerda do
Airão e
Rio Negro - Setor Aturiá 586.422
Presidente
- Apuauzinho
Figueiredo - AM
Margem Esquerda do
Rio Negro - Setor Manaus e Novo
56.793
Tarumã Açu - Tarumã Airão - AM
Mirima
Parque Linear do Bindá Manaus - AM 6
Tarumã / Ponta Negra Manaus - AM 22.699
Manaus e Rio
ÁREA RELEVANTE DE Proj. Dinâmica Biológica
Preto da Eva - 3.288
INTERESSE ECOLÓGICO Fragmentos Floresta
AM
Rio Preto da Eva
Rio Urubu 27.342
FLORESTAS ESTADUAIS - AM
Rio Negro Setor Norte Novo Airão - AM 146.028
PARQUE ESTADUAL Rio Negro Setor Sul Manaus - AM 77.950
Sumaúma Manaus - AM 52
Federal Barcelos
(AM), Codajás
Jaú 2.272.000
(AM) e Novo
PARQUE NACIONAL Airão (AM)
Manaus e Novo
Anavilhanas 350.018
Airão - AM
Tapauá, Uatumã
RESERVA BIOLÓGICA
Abafuri Presidente 288.000
FEDERAL
Figueredo - AM
RESERVA DE Tupé Manaus - AM 11.973
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL Piagaçu - Purus Manaus - AM 86.233

Presidente
Adão e Eva 100
Figueiredo - AM
Presidente
Estância Rivas 100
Figueiredo - AM
Presidente
Fazenda Betel 68
Figueiredo - AM
RESERVA PARTICULAR Laço de Amor Manaus - AM 8
DO PATRIMÔNIO Presidente
NATURAL FEDERAL Morada do Sol e da Lua 7
Figueiredo - AM

Nazaré das Lajes e Lajes Manaus - AM 52

Presidente
Reserva dos Arqueiros 25
Figueiredo - AM
Presidente
Quatro Elementos 25
Figueiredo - AM
91
Presidente
Sol Nascente 2 20
Figueiredo - AM
Presidente
Santuário 60
Figueiredo - AM
Presidente
Sítio Bela Vista 63
Figueiredo - AM
Presidente
Morada do Sol 44
Figueiredo - AM
Fonte: SEPLAN – Anuário Estatístico do Amazonas, 2018. Elaborado pelos autores.

As unidades podem ser localizadas de forma generalizada no mapa abaixo, que

separa os tipos de áreas de conservação. No mapa, de 2017, é possível ver que as

unidades de conservação de ordem municipal se localizam majoritariamente em

Manaus e Presidente Figueiredo, como comprovado pelas tabelas de área e tipos de

unidades, assim como as maiores áreas das unidades de conservação da RMM,

correspondentes as unidades estaduais. Essas áreas de preservação correspondem

também o interesse turístico na região metropolitana, que é, então, fortalecido pelos

recursos naturais presentes.

Mapa 25 - Unidade De Conservação Na Região Metropolitana De Manaus, Em 2017

Fonte: SEMA, 2017, modificado pelos autores.

92
Segundo a Pesquisa Do Comportamento Do Turismo Na Região Metropolitana De

Manaus (IFPEAM,SEBRAE, 2009), o turismo se fortalece por conta dos atrativos naturais,

os maiores motivos que influenciam os turismo na região, tanto nacional quanto o

estrangeiro, são os atrativos naturais e culturais, sendo que a fauna ou a flora é o

motivo de 75,8% dos turistas estrangeiros, enquanto 32,6% dos turistas nacionais

procuram mais por rios e cachoeiras, como pode ser vista na tabela 35. Além de

Manaus, os turistas demonstram interesse pelo município de Presidente Figueiredo,

em busca de rios ou cachoeiras.

Tabela 35 – Motivos de Viagem para Manaus, Atrativos Naturais, 2009.

Fonte: IFPEAM/SEBRAE, 2009, pg. 7.

8.2. Sistemas de Transportes Regionais


8.2.1. Sistema Rodoviário
A Região Metropolitana de Manaus é cortada no sentido norte-sul pela rodovia

federal BR-174, que conecta a região ao norte do país, com o estado de Roraima. E ao

passar por dentro de Manaus, se transforma em BR-319, a partir do momento que

sobrepassa o Rio Amazonas, ligando Presidente Figueiredo a Careiro da Várzea e

Manaquiri, como conexão com o estado de Rondônia, e ao munícipio de Autazes, pela

rodovia estadual AM-254. Enquanto os munícipios a oeste: Iranduba, Manacapuru e

Novo Airão, se conectam pela AM-070/AM-352, e os munícipios a leste: Rio Preto da

Erva, Itacoatiara e Itapiranga, pela AM-010/AM-363.

93
Mapa 26 – Sistema Rodoviário da Região Metropolitana de Manaus

Fonte: MMA/IBEGE, elaborado pelos autores.

A rede rodoviária, devido às grandes e densas porções de matas e de rios, se dá

de forma esparsa, promovendo em sua grande maioria a conexão de municípios à

capital Manaus e finalizando seu trajeto no encontro com uma barreira natural, sem

estender-se em conexão com outras linhas rodoviárias de conexão nacional, definindo

um certo isolamento da RMM. No mapa abaixo é possível observar a discrepância de

atendimento deste modal da região em relação a outras do Brasil.

94
Mapa 27 - Área de Saída de Fluxo na Área Central da Região Metropolitana de
Manaus.

Fonte: Ministério dos Transportes, 2017, modificado pelos autores.

Observando o mapa é notório a difícil conexão através das rodovias, por

motivos já enunciados anteriormente, tanto entre cidades da própria RMM quanto a

transposição de fronteiras estaduais. Para uma análise mais detalhada da RMM, foi

produzido um mapa aproximado da região:

95
Mapa 28 - Ligações rodoviárias na Região Metropolitana de Manaus, sem escala.

Fonte: Mapa Rodoviário do Ministério dos Transportes, 2017, modificado pelos

autores.

A visualização do mapa possibilita compreender a complexidade do transporte

na região, que é permanentemente transpassada por rios de extenso leito, formando

ligações entre as cidades por terra que conectam as cidades, e ao mesmo tempo estão,

através dos rios, em conexão pelo transporte viário. É uma relação dinâmica vista de

cima, mas com diversas dificuldades no plano do território, devido à condição precária

de alguns trechos das estradas, sem boa manutenção, que acabam por estabelecer

dificuldades e isolamento de algumas cidades. Portanto, a relação do transporte

Rodoviário, juntamente com o Hidroviário, se estabelece como potência para

promover conectividade entre os municípios assim como um grande desafio, sendo

essencial que se promova infraestrutura adequada para a consolidação da Região

Metropolitana de Manaus.

Em 2011, a inauguração da ponte do Rio Negro, no dia 24 de outubro,

possibilitou a integração dos municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão,

possibilitando também a comunicação com outros 30 municípios das calhas dos

Solimões, Purus e Juruá até a Capital. A ponte é considerada a maior ponte fluvial e

96
estaiada (suspensa por cabos) do Brasil, com 3,6 quilômetros de extensão (3.595

metros).

A construção da ponte ocasionou em uma nova organização socioespacial,

possibilitando a oportunidade de deslocamento entre as cidades em busca de lazer,

como infraestruturas vizinhas. Segundo Isaque Sousa (2013), restaurantes, cafés e

postos de combustíveis foram as atividades comerciais e de serviço fortalecidas,

principalmente em Iranduba e Manacapuru, após a inauguração da ponte. Um ponto

interessante de se ressaltar, ainda segundo Sousa, é que o preço da gasolina, álcool e

diesel aumentassem em 15% após a construção da ponte, se equiparando ao preço

encontrado na capital, sendo que os postos de combustíveis quase dobraram em

número no município de Iranduba. O fluxo de pessoas e bens comercializados, antes

em direção a Presidente Figueiredo e Rio Preto as Eva, passaram a ser direcionados

para Iranduba e Manacapuru.

Figura 1 - A Ponte Rio Negro, que começa no bairro da Compensa e segue até a rodovia
estadual AM-070 (Manaus-Manacapuru).

Foto: Chico Batata/Agecom.

A Ponte sobre o Rio Negro, portanto, integrou por transporte Rodoviário a

Região Metropolitana de Manaus até Novo Airão, porém a hidrovia do Rio Negro
97
permanece estabelecida. Uma outra situação das rodovias complementadas por

travessias hidroviárias se dá em Autazes, que através da AM-254 é necessário transpor

um afluente do Amazonas através de transporte de balsa para chegar à sede do

Município, dando continuidade à rodovia e conectando-se ao sistema hidroviário.

Outra situação de acesso complementar, é para a área urbana de Silves, entre

Itacoatiara e Itapiranga, á Leste de Manaus. Para chegar a Silves, entra-se numa estrada

saindo da AM-363, entre Itacoatiada e Itapiranga, até um pequeno porto, onde é

possível atravessar para a ilha fluvial até a cidade. Essas duas situações, para melhor

entendimento, foram mapeadas através de imagens do Google via satélite e estão

melhor ilustradas abaixo:

Mapa 29 - Travessia AM-254 passando por Autazes-AM, 2019.

Fonte: Google Maps, acesso em julho de 2019, elaborado pelos autores.


Figura 2 - Área Urbana de Silves, em 2019.

Fonte: Google Maps, modificado pelos autores.

98
8.2.2. Sistema Hidroviário
O Sistema Hidroviário da RMM se caracteriza por englobar o transporte fluvial,

como o de lacustre, no interior do continente. No estado do Amazonas, por sua vez,

os principais rios, como o Solimões-Amazonas e, seu afluente, rio Madeira, são rios de

planície, de baixo curso, sendo mais favoráveis à navegação, por conta de uma

declividade suave e regular, sem muitos obstáculos a navegação (Miguems, 1996 apud

IPEA, 2014). E como pode ser visto no mapa 30, tanto o Rio Amazonas, quanto o Rio

Madeira atravessam a Região Metropolitana de Manaus, sendo considerados como um

modal de transporte, as hidrovias. Ainda segundo Miguems (1996 apud IPEA, 2014), a

conexão entre Porto Velho-RO e a foz do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, é

feita pela hidrovia do rio Madeira, com extensão de 1.056 km, sendo a única via de

transporte para a população que vive ao longo da sua margem.

Mapa 30 – Sistema de Hidrovias na Região Metropolitana de Manaus.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

99
Por conta da inexistência de malha ferroviária no estado, assim como na Região

Metropolitana, a hidrovia do rio Solimões-Amazonas é altamente utilizada para

transporte de cargas, pela navegação interior estadual, como pela interestadual, pela

cabotagem e pelo longo curso. Segundo a ANTAQ (2011b), a linha de maior influência

estadual é a de Coari, fora da região metropolitana, até Manaus, representando 80,65%

da movimentação de cargas do estado, sendo a mercadoria essencialmente de

produtos químicos orgânicos. A movimentação estrita dentro da região metropolitana

é representada pelo restante da movimentação do estado, 19,35%, por combustíveis e

óleos minerais, mostrando a grande importância das linhas na região, como pode ser

visto no gráfico abaixo.

Gráfico 25 - Linhas estaduais no transporte de cargas no Estado do Amazonas,


2010.

Fonte: ANTAQ, 2011b, pg.8.

As linhas interestaduais vêm, em maior quantidade de outros estados, como

Rondônia e Pará, sendo 64% das movimentações no total, mas representando 84% das

cargas importadas pelo estado através do Solimões-Amazonas, em Manaus e

Itacoatiara, enquanto só 22% saem de Manaus para os outros estados, como pode ser

visto no gráfico 26. Dados que convergem com o carácter exportador da hidrovia, já

que através dela grandes quantidades de bauxita, minério de ferro, soja, madeira são

100
enviadas para europa, como na tabela 36, sendo a Bauxita responsável por quase 42%

dessa movimentação. Outro ponto importante é o carácter exportador do munícipio

de Itacoatiara, por cargas de transporte de longo curso, em comparação ao carácter

importador de Manaus, segundo ANTAQ, 2011b.

Gráfico 26 - Linhas Interestaduais Na Hidrovia Do Solimões-Amazonas, 2010.

Fonte: ANTAQ, 2011b, pg.13.

Tabela 36 - Grupo de mercadorias transportadas pela hidrovia Solimões-


Amazonas, 2010.

Fonte: ANTAQ, 2010b, pg. 24. Modificada pelos autores.

101
A utilização do sistema aquaviário nos rios da bacia amazônica foi essencial no

processo de ocupação da Região Norte do país como um todo, possibilitando os ciclos

econômicos que impulsionaram a economia da região, como o Ciclo da Borracha no

final do século XIX e, atualmente, é essencial para a implantação e consolidação da

Zona Franca de Manaus, sendo muito importante na dinâmica econômica e social da

região. Os estudos mais recentes no âmbito do planejamento federal, como o Plano

Nacional de Integração Hidroviária (PNIH) e o Plano Hidroviário Estratégico (PHE),

enaltecem a importância das hidrovias como parte necessária da solução logística do

país. Sendo 85% dos municípios do estado do Amazonas não possuem acesso

rodoviário, tendo como forma principal de deslocamento o meio aquaviário, tanto para

transporte de passageiros como o de cargas, facilitando a entrada e saída de

mercadorias.Com a densa floresta segmentando alguns dos municípios, se torna a

principal, e na maioria das vezes a única forma de transporte de cargas e pessoas entre

os municípios da RMM. Como ressaltado por SILVA (2012) ‘‘a relação ‘entre rios’

desempenha alta função social de abastecimento e comunicação entre as

comunidades ribeirinhas, a importância do transporte aquaviário na região, tanto para

o deslocamento de passageiros, como também para cargas diversas, fica evidente

quando algum habitante dali se refere às distâncias entre as cidades e localidades

ribeirinhas em “horas de barco”.’’

No estado do Amazonas não existe um órgão regulador que centralize a

regulação das atividades de transporte aquaviário estadual, porém existe um projeto

de lei em tramitação da Assembleia Legislativa do estado que prevê o estabelecimento

dessa competência para Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do

Estado do Amazonas (ARSAM). Buscou-se então informações e gráficos de órgãos

nacionais como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAC, da Agência

Nacional da Água - ANA e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, além

do desenvolvimento de interpretações sobre o levantamento territorial feito através de

mapas e análises das condições regionais da RMM.

O modal apresenta vantagens de custo como mão de obra empregada, onde

para se transportar 10000 toneladas de carga são necessários 556 homens para operar
102
uma frota de 278 caminhões (sendo cada caminhão com capacidade média de 36

toneladas e considerando motorista e ajudante), enquanto que um comboio fluvial

com a mesma capacidade necessita de apenas 12 homens em sua tripulação. O modal

fluvial também apresenta o menor impacto ambiental no requisito desmatamento, pois

não é necessário abertura de vias pela floresta, utilizando-se de menor investimento

na produção das linhas, sendo necessário somente a estruturação dos Portos e

logística complementar.

O estudo disponibilizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários

(Antaq) do estudo de Caracterização da Oferta e da Demanda do Transporte Fluvial de

Passageiros na Região Amazônica, indicaram que a maior parte dos usuários desses

transportes são jovens, com idade entre 18 e 40 anos (58%), escolaridade de nível

fundamental e médio (54% têm até o ensino médio incompleto) e rendimento familiar

mensal médio de R$ 1.675,00. Pelo menos 35% dos entrevistados exerciam atividades

autônomas como ocupação. Os principais motivos de viagem foram: lazer ou visita a

amigos e parentes (40%) e compromissos de trabalho e tratamento médico (45%).

A rede hidroviária interliga diversos municípios da RMM, como é possível

analisar a partir do recorte feito do mapa do Mapa Multimodal do Estado do

Amazonas, feito pelo DNIT- Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes.

De acordo com o mapa interligam-se via portos, todos os municípios da RMM

com exceção das regiões urbanizadas dos municípios de Presidente Figueiredo, Careiro

e Silves, este último se localiza dentro de uma Lagoa do rio Amazonas e sua

interligação será melhor analisada no tópico de Transporte Rodoviário deste trabalho.

103
Mapa 31 - Mapa Multimodal Amazonas indicados Portos, Aeroportos, Rodovias e
Hidrovias da RMM.

Fonte: DNIT, 2013, modificado pelos autores.

8.2.3. Complexo Portuário de Manaus


Considerando a grande dimensão e conectividades múltiplas do Complexo

Portuário de Manaus, abordaremos ele em análise mais detalhada. Ele é composto por

um porto público e dez Terminais de Uso Privativo (TUPs), formando um complexo

com 11 portos contemplando diversas atividades e demandas de cargas diferentes. As

imagens a seguir mostram a localização dos mesmos:

104
Mapa 32 - Localização do Porto de Manaus.

Fonte: Imagem Google Earth, elaborado por LabTrans - AM.

Mapa 33 - Complexo Portuário de Manaus.

Fonte: Imagem Google Earth, elaborado por LabTrans - AM.

É notório o grande complexo portuário e naval, uma vez que são inúmeras as

instalações localizadas ao longo da margem destacam-se os Terminais de Uso Privativo

Chibatão e Chibatão II, Super Terminais, Cimento Vencemos, Ocrim, Navecunha, Moss,

105
Ibepar Manaus (Transporte Bertolini), JF Oliveira, REMAM, Sanave e Carinhoso. Em

termos de representatividade para o complexo portuário, destacam-se os terminais

que operam cargas de longo curso e cabotagem, quais sejam: TUP Chibatão, TUP Super

Terminais, que atuam na movimentação de contêineres; o TUP Cimento Vencemos que

movimenta cimento a granel e o TUP Ocrim, que movimenta trigo a granel.

No transporte de passageiros, ressaltamos o Porto Público de Manaus e o Porto

da Manaus Moderna, ambos concentrando o fluxo de passageiros. No estudo realizado

pela UFPA junto à ANTAQ em 2013, foram identificadas cerca de 76 linhas de

navegação (entre interestaduais e intermunicipais) em funcionamento no estado do

Amazonas, das quais 62 têm origem em Manaus, o que corresponde a

aproximadamente 80% das linhas regionais operadas no estado, sendo de fato o

grande polo de intercomunicação hidroviário da Região Metropolitana.

Também de acordo com o estudo realizado pela UFPA, considerando a RMM

temos uma concentração de transporte de cargas maior na travessia Manaus (AM) –

Careiro (AM) e entre os municípios de Manaus (AM) e Itacoatiara (AM). Sendo Careiro

uma cidade interligada através da ligação por travessia de balsa e se ligando

na continuidade de rodovia BR-319, levando até a capital Porto Velho.

No transporte de passageiros levantado em 2017 pela UFPA dos principais

trechos do Estado do Amazonas, destaca-se também as linhas Manaus (AM) –

Manaquiri (AM) e Manaus (AM) – Autazes (AM) na RMM, muito provavelmente por se

tratarem de trechos de acesso mais dificultado através das linhas rodoviárias e a

relação de valor de transporte para os mesmos trechos.

106
Tabela 37 - Estimativa de movimentação anual de passageiros dos principais
trechos/linhas do estado do Amazonas, 2017.

Fonte: UFPA,2017, modificado pelos autores.

A travessia entre Manaus e Careiro/Careiro da Várzea pode ser melhor analisada

na figura abaixo:

Figura 3 - Linhas de Travessia na região metropolitana de Manaus/AM.

Fonte: UFPA, 2017, modificado pelos autores.


107
Outro ponto de travessia indicado no mapa se dá entre Manaus e Iranduba, hoje

também possível de ser atravessada pela ponte do Rio Negro, que é a única existente

sobre o Rio Negro, como também a segunda maior ponte fluvial no mundo, superada

apenas pela ponte sobre o rio Orinoco, em Ciudad Bolívar, na Venezuela.

Figura 4 - Ligação por travessia Manaus/Careiro da Várzea e por ponte


Manaus/Iranduba.

Fonte: Google Maps, acessado em julho de 2019, elaborada pelos autores.

Com a inauguração da ponte, a travessia que antes era feita somente por balsas

e durava cerca de 40 minutos, agora dura menos de dez minutos de carro.

Proporcionou a integração com maior facilidade entre Manaus, Iranduba, Novo Airão

e Manacapuru que fazem parte da RMM. A construção da ponte pretendeu estimular

as atividades econômicas de extrativismo, piscicultura, produção de hortaliças,

atividade agropecuária e faz parte do Plano Plurianual da Região Metropolitana de

Manaus.

108
8.2.4. Sistema Aeroviário
A Região Metropolitana só está contemplada por um Aeroporto em

funcionamento, conhecido como Aeroporto Eduardo Gomes em Manaus. Os

aeródromos dentro da RMM localizados em Autazes e Itacoatiara funcionam sem

atividade regular, somente como pistas de pouso e decolagem de aviões de pequeno

porte. O mapa abaixo foi modificado da consulta do site do LabTrans da Universidade

Federal de Santa Catarina - UFSC, que mostra a situação mais atualizada dos

aeródromos e suas interligações.

Mapa 34 - Mapa dos Aeródromos Presentes na Região Metropolitana, em 2019.

Fonte: LabTrans UFSC, modificado pelos autores.

109
Figura 5 - Terminais de passageiro, 2019.

Fonte: Photobon, Flicker.

O Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes é um aeroporto

internacional no município de Manaus, no Amazonas. É o maior aeroporto da Região

Norte do Brasil com capacidade anual para 13,5 milhões de passageiros,

movimentando, diariamente, uma média de 9.020 passageiros. É o mais movimentado

da rede Infraero no transporte de mercadorias, respondendo por 28,71% de todo o

movimento de cargas gerenciadas pela estatal no país em 2018, com 134 voos e

336.930 kg de carga aérea. Os funcionários das empresas que operam o sistema

aeroportuário representam uma população fixa de 4.524 pessoas.

Em 2018 movimentou 2.751.031 passageiros, sendo o décimo oitavo aeroporto

mais movimentado do país. Atualmente, oito companhias aéreas operam no

aeroporto, ligando Manaus à cidades dos continentes da América do Norte, Central e

do Sul, além das rotas domésticas. Está localizado na zona oeste da cidade, mais

precisamente no bairro Tarumã, distante 14 km do Centro de Manaus como mostra a

figura abaixo:

110
Mapa 35 - Localização do Aeroporto Eduardo Gomes em relação ao Centro de
Manaus, 2019.

Fonte: Google Maps, modificado pelos autores.

A a polarização de fluxo de passageiros, quanto de carga, em Manaus, pode ser

melhor compreendida nos mapas abaixo:

111
Mapa 36 – Ligações Aéreas De Passageiros, Com Enfoque Na RMM, Em 2010.

Fonte: ANAC, 2010 apud IBGE, 2013 pg. 20. Elaborado pelos autores.

Apesar de conexões diretas da região metropolitana a outros estados da região

norte do país, a conexão de fluxo de passageiros se mostrou maior para o outras

grandes metrópoles do país, como São Paulo e Brasília, e que através dela é possível

acessar os demais pontos do Brasil. Mas a região se mostra pouco conectada e com

baixo fluxo de movimentação de passageiros em âmbito regional e estadual, porém, o

transporte de cargas entre São Paulo-Manaus, segundo o IBGE (2013), na tabela 38, é

o maior fluxo registrado. Devido a Zona Franca de Manaus, que tem grande parte das

sedes das empresas em São Paulo, como também principal centro consumidor, o fluxo

de aéreo teve início desde a instituição da Zona Franca, gerando resquícios até hoje,

como pode ser visto no mapa 38.

112
Mapa 37 - Ligações Aéreas De Carga, Com Enfoque RMM, Em 2010.

Fonte: ANAC, 2010 apud IBGE, 2013 pg. 22. Elaborado pelos autores.

Tabela 38 – Movimento De Carga São Paulo-Manaus, 2010.

Fonte: IBGE, 2013 pg. 19.

113
Mapa 38 - Resíduos Modelo Gravitacional De Carga, Com Enfoque RMM, Em 2010.

Fonte: ANAC, 2010 apud IBGE, 2013 pg. 47. Elaborado pelos autores.

E ainda, segundo de Freire e outros (1977, apud IBGE, 2013 pg. 53), a região

norte na década de 1970 era drenada até Belém, porém em 2010, a estrutura se

modifica, uma vez que Manaus passa a se relacionar diretamente a São Paulo e Brasília.

8.3. Sistema de Abastecimento de Energia


Uma análise mais ampla do cenário no qual a região metropolitana está inserida

é representada pelos dados do MME – Ministério de Minas e Energia, (LOBÃO,

2008), uma vez que, na região da Amazônia ocidental, a maioria da energia elétrica

é produzida por termelétricas, cuja matéria-prima é o óleo diesel. Esse tipo de usina,
114
além de ter um preço mais elevado em comparação a hidroelétricas, emite dióxido

de carbono para a atmosfera, por conta da queimada do óleo diesel no processo

de produção da energia elétrica.

E em uma análise mais focada, segundo a Manaus Energia, atual Amazonas

Energia, em 2005, a distribuição de energia elétrica era feita por ela própria para a

capital do estado do Amazonas, Manaus, prioritariamente pela hidrelétrica de

Balbina como pelas termoelétricas de Mauá e Aparecida, enquanto as demais

cidades do interior eram atendidas pela CEAM - Companhia Energética do

Amazonas S/A (ANEEL, 2005). Porém, em 2008, a CEAM foi incorporada pela

Manaus Energia e hoje, então, a Região Metropolitana de Manaus passa a ser

atendida, totalmente, pela Amazonas Energia, controlada pela Eletrobrás (ANEEL,

2008).

Ainda segundo o MME (LOBÃO, 2008), os aproveitamentos hidrelétricos

economicamente viáveis, fora da Amazônia, estariam comprometidos, num estudo

que abrange a perspectiva de 2007 a 2016, o que sugeria que a base do suprimento

de energia elétrica do país dependeria de futuras instalações hidrelétricas na

Amazônia. O que poderia vir a alterar o caráter da produção de energia no estado,

como na região metropolitana, característica que pode ser comprovada pelos

dados mais atuais da ELETROBRÁS (2017), que comprova que a produção de

energia por combustíveis fósseis, por óleo ou por gás, diminuiu. Com a desativação

de usinas termoelétricas da Amazonas GT, como com a redução da geração de

energia das usinas térmicas da Eletronorte: em 2016, a geração de energia

termoelétrica teve uma diminuição de 65%, devido à desativação da unidade de

geração térmica a vapor da Eletrobrás Amazonas Energia.

Assim, o caráter ainda predominante de termoelétricas na região norte do país

vem diminuindo, prioritariamente por questões ambientais e por conta da nova

expectativa de fonte de energia elétrica na região: o linhão de Tucuruí.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME, 2011) a linha de transmissão

Tucuruí-Macapá-Manaus, licitada em 2008, permite a ligação dos Estados do

115
Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao SIN - Sistema Interligado Nacional, o que

diminuindo o custo com geração termelétrica e conecta sistemas da região

amazônica ao sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil (SIN).

A interconexão dos sistemas elétricos proporciona a transferência de energia entre

subsistemas, o que permite, então, a obtenção de ganhos sinérgicos e integração

dos recursos de geração e transmissão, gerando maior segurança e economicidade

(ONS, 2019). Então, com a implantação dessa nova linha de transmissão,

economicamente, há uma redução de um gasto de R$ 2 bilhões por ano, ao mesmo

tempo que 3 milhões de toneladas de carbono deixam de ser lançadas na

atmosfera.

A previsão desse novo sistema é da produção de 2.500 MW, com a conclusão

das Subestações Cachoeira Grande, Mauá e Jorge Teixeira, transmitindo energia

para todo o Estado do Amazonas, porém o projeto gera um caso de conflito

ambientalista-indigenista em relação a expansão da infraestrutura necessária ao

desenvolvimento da região norte. Segundo o Movimento de Solidariedade Ibero-

americana (MSIa, 2019), o investimento deveria ter sido finalizado em 2014, porém,

com oposições da Fundação Nacional do Índio (Funai), está parado. O projeto

atravessa 123km da Terra Indígena de Waimiri-Atroari, o que posiciona a obra,

ainda, em processo de licenciamento ambiental, segundo o MME.

A obra conecta Manaus, na região metropolitana, a Tucuruí-PA, e a Boa Vista -

RR. Essa última conexão ainda não foi executada, como uma linha planejada, por

conta dos conflitos ambientalistas, como pode ser visto na figura abaixo.

116
Figura 6 - Linhas De Transmissão Do SIN, Com Enfoque Na RM Manaus, Em 2019.

Fonte: SINDAT – ONS, 2019, modificado pelos autores.

Assim, é possível ver a evolução das de linhas de transmissão próximas à região

metropolitana ligadas ao SIN. Em 2010, que eram mínimas, apenas existia a

interligação da UHE Balbina até a capital Manaus, com projetos futuros de

interligação do sistema (Mapa 39 ). Já em 2015, as projeções de conexão entre

Manaus até Oriximiná-PA, é concretizada, passando por Silves, concretizando uma

parte da obra de Tucuruí, porém ainda com previsão de conexão com Boa Vista-

RR, como em 2019. (Mapa 40)

117
Mapa 39 - Linhas De Transmissão No SIN Com Enfoque Na RMM, Em 2010.

Fonte: ELETROBRÁS – Relatório Anual E De Sustentabilidade 2010, pg. 38.

Mapa 40 - Linhas De Transmissão No SIN Com Enfoque Na RMM, Em 2015.

Fonte: ELETROBRÁS – Relatório Anual E De Sustentabilidade 2015, pg. 86.

118
Segundo Eletrobrás Amazonas Energia (2011), a energia nominal instalada na

capital, Manaus, foi um total de 2.141,7 MW, dos quais, 1.366,7 MW são de geração

própria e 305 MW provenientes dos Produtores Independentes de Energia - PIE’s,

enquanto 470,0 MW são de locação. Já a energia bruta gerada pode ser detalhada

na tabela 39, sendo que a geração do ano de 2011 representa 4,18% sobre o ano

de 2010, com 40,79% de toda geração proveniente de usinas próprias.

Tabela 39 - Energia Bruta Gerada Na Capital, 2010 E 2011.

Fonte: ELETROBRÁS AMAZONAS ENERGIA – Relatório Socioambiental 2011,


pg.35.

Já em 2017, a companhia forneceu a demanda de 10.390 GWh requeridas tanto

pela capital, quanto pelo interior do Estado, inferior em 1,77% da ocorrida no ano

de 2016, enquanto a demanda máxima nominal do sistema foi de 1.714 MW, 3,92%

abaixo da realizada no ano anterior (ELETROBRÁS 2017b). A tabela abaixo, mostra

as fontes de energia requeridas por Manaus, em 2017, como em 2016, sendo que

a Hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, está sendo contabilizada como

parte do SIN.

A demanda da capital representa 75,5% de toda a potência do estado, uma vez

que para todo o Amazonas, existia uma potência instalada de 2.270MW (EPE, 2018),

demonstrando, assim, a polarização de recursos na região.

119
Tabela 40 - Energia Requerida Na Capital, 2016 E 2017.

Fonte: ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO AMAZONAS - Relatório Anual de


Responsabilidade Socioambiental Exercício 2017, pg.9.

Com a tabela, é possível perceber que o cáráter de fonte de energia do estado

realmente se alterou como previsto por Lobão em 2008, o consumo de energia na

capital aumentou de 2010 para 2017, 20,35%, enquanto a produção por hidrelétricas,

considerada equivalente a produção do SNI, aumentou 452,08%, que se corresponde

inversamente com a energia termelétrica, uma vez que a geração diminuiu 41,53%.

Gráfico 27 - Evolução Da Geração De Energia Elétrica Em Manaus, 2010 A 2017.

Fonte: ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO AMAZONAS, 2010/2017, elaborado pelos


autores.

120
Enquanto no interior, representando os demais municípios da RMM, a energia

bruta gerada em 2011 foi de 1.305,1 GWh, 6,0% maior do que em 2010, sendo que

87% dessa geração foi proveniente de usinas térmicas próprias, para um total de

400.776 consumidores ativos de todos os demais munícipios. Já em 2017, o total

de energia gerado pera suprir o interior foi de 1.659,50 GWh, 34,68% maior do que

em 2010, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Tabela 41 - Energia Bruta Gerada No Interior, 2010 E 2011.

Fonte: ELETROBRÁS AMAZONAS ENERGIA – Relatório Socioambiental 2011,


pg.36.

Gráfico 28 - Evolução Da Geração De Energia Elétrica No Interior Do AM, 2010 A


2017.

Fonte: ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO AMAZONAS, 2010/2017, elaborado pelos


autores.

121
A utilização de fontes de energia térmica nos munícipios do interior contradiz o

aumento da utilização de energia hidrelétrica na capital, o que mostra que a capital é

a cidade, ainda em 2017, com maior acesso a rede do Sistema Interligado Nacional,

não necessitando das alternativas de usinas termelétricas para abastecimento de

energia.

Segundo o CENSO, IBGE, na capital Manaus, em 2010, 99,71% dos domicílios

urbanos tinham acesso à energia elétrica, enquanto em 2000, era 99,25% dos

domicílios com acesso, mostrando que a infraestrutura de transmissão de energia

elétrica urbana aumentou junto com o aumento da população, sendo capaz de

atender quase a totalidade da população urbana, enquanto para a população rural em

2000, só 43,57% dos domicílios tinham acesso, aumentando a abrangência em 2010,

para 82,64%.

Já os demais municípios da região metropolitana, em 2010, apresentavam mais de

90% dos domicílios urbanos com acesso a rede de energia elétrica, mostrando a

evolução do sistema de forma nivelada. Mas para a população rural ainda há falta de

infraestrutura, uma vez que, numa média das cidades, só 78,62% dos domicílios rurais

tinham acesso à energia elétrica, ainda sim, um aumento significativo de 30,83% dos

anos 2000.

Gráfico 29 - Domicílios Rurais Com Acesso À Energia, Da Rm Manaus.

122
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.
Gráfico 30 - Domicílios Urbanos Com Acesso À Energia, Da RM Manaus.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 41 –Porcentagem Da População Total Com Acesso À Energia, em 2000.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

123
Mapa 42 - Porcentagem Da População Total Com Acesso À Energia, em 2010.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

Como pode ser visto nos mapas, a porcentagem de população total com acesso à

rede de energia aumento de 2000 a 2010. Sendo que em 2010, quase a totalidade da

RMM atende mais de 80% da população com energia, sendo a única exceção o

município de Manaquiri que atende de 60% a 80%.

Apesar das principais fontes de energia da Região Metropolitana virem das usinas

de propriedade da Eletrobrás, como a UHE Balbina e UTE Mauá, ligadas ao SIN,

algumas outras fontes alternativas são produzidas, como através da radiação solar:

como as presente em Novo Airão. Sendo consideradas miniusinas, com uma média de

13,5kW de produção, segundo ao BIG – Banco de Informações de Geração da ANEEL

– Agência Nacional de Energia Elétrica (2019), esse tipo de fonte representa apenas

0,004% de toda a geração de energia na região metropolitana, como pode ser visto no

gráfico 31.

Em, 2019, ainda segundo BIG, a capital se mostra o município com maior geração

de energia, da ordem acima de 500.000kW, sendo que todos os municípios da RMM

produzem algum tipo de energia, mesmo sendo até 5000kW, como é o caso de Novo

Airão, Silves, Rio Preto da Eva e Careiro da Várzea.

124
Gráfico 31 - Potência De Energia Gerada Na RM Manaus, Em 2019.

Fonte: ANEEL – BIG, 2019, elaborado pelos autores.

Mapa 43 -Geração De Energia Na RMM, Em 2019 (Kw).

Fonte: MMA/IBGE/ANEEL-BIG,2019, elaborado pelos autores.

Na tabela 42, é possível ver mais detalhadamente a quantidade exata de potência

gerada em cada município da RMM, em 2019, como qual é o tipo de fonte de energia

de cada e suas respectivas porcentagens no sistema total. A produção de energia

através de usinas hidrelétricas (UHE) são 100% de Presidente Figueiredo, pela Usina de

Balbina, enquanto o restante dos municipios apresenta majoritariamente produção a

partir de usinas termelétricas (UTE), como já discutido, a partir de óleo diesel. Sendo

que outras fontes de energia térmica são o óleo combustível, com quase 99,99% da

125
produção em Manaus; o gás natural, 100% da produção na capital; e a biomassa, com

maior porcentagem, 64,16% em Itacoatiara. A geração de energia por fontes

renováveis, como a usinas fotovoltaicas, por radiação solar (UFV), fica prioritariamente

em Novo Airão, com 63,49% da produção, destacando Manaus e Autazes como

produtores também.

Tabela 42 – Geração e Fontes de Energia na RMM, em 2019.


GERAÇÃO DE ENERGIA NA RMM, em 2019
UTE_ga
UTE_ole UTE_oleo
POT UTE s UTE_biomass UHE UFV
Município o diesel combustív
(kW) (%) natural a (%) (%) (%)
(%) el (%)
(%)
15,8
9551 0,61 4,76 0 0 0 0
Autazes 7
Careiro 6000 0,38 3 0 0 0 0 0
Careiro da Várzea 3250 0,21 1,62 0 0 0 0 0
Iranduba 25000 1,59 12,48 0 0 0 0 0
Itacoatiara 9000 0,57 0 0 0 64,16 0 0
Itapiranga 5100 0,32 2,55 0 0 0 0 0
Manacapuru 27166 1,73 13,56 0 0 0 0 0
Manaquiri 5020 0,32 2,51 0 0 0 0 0
146468 20,6
93,3 54,5 99,99 100 0,19 0
Manaus 6 3
63,4
4259 0,27 2,1 0,01 0 0 100
Novo Airão 9
Presidente
279710 0,32 0 0 0 35,65 0 0
Figueiredo
Rio Preto da Eva 3200 0,2 1,6 0 0 0 0 0
Silves 2680 0,17 1,34 0 0 0 0 0
Fonte: ANEEL-BIG,2019, elaborado pelos autores.

8.4. Sistema de Saneamento Ambiental


Segundo dados coletados no CENSO 2010, do IBGE, na Região Metropolitana

de Manaus, em uma média, só 18,6% dos domicílios particulares permanentes urbanos

tem acesso ao sistema de saneamento adequado, enquanto para os domicílios rurais,

essa portagem cai drasticamente para 1,4%. O gráfico 32, mostra o quanto a população

rural está em grande desvantagem, uma vez que 80,1% dos domicílios apresentam

saneamento inadequado, em comparação ao gráfico 33, que mostra que maior parte

da população urbana apresenta saneamento semi-adequado.

126
Gráfico 32 - Saneamento Nos Domicílios Rurais Da RM Manaus, 2010.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Gráfico 33 - Saneamento Nos Domicílios Urbanos Da RM Manaus, 2010.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

127
Gráfico 34 - Total De Domicilio Com Saneamento Adequado Na RMM.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Em análise mais detalhada, o gráfico 34, mostra ainda que em 2000, segundo

dados do IBGE, a maioria dos municípios da região metropolitana apresentavam

melhores porcentagens de domicílios particulares permanentes com acesso a

saneamento adequado, diminuindo a abrangência em 2010. Outra questão é que a

maioria dos munícipios da RMM apresenta menos de 30% dos domicílios com

saneamento adequado, mostrando a precariedade da infraestrutura, com exceção da

Capital e Presidente Figueiredo, mas ainda sim, apresentam menos de 50% da

população com saneamento adequado.

8.4.1. Sistema de Abastecimento de Água


Segundo a Agência Nacional das Águas – ANA (2010), somente as cidades de

Presidente Figueiredo e Itacoatiara, dentro da Região Metropolitana de Manaus

apresentam sistema de abastecimento de água satisfatório, enquanto os outros onze

munícipios requerem ampliação do sistema existente, as previsões de adequação são

para o cenário do ano de 2025.

128
Figura 7 - Diagnóstico Do Sistema De Abastecimento De Água Na RM Manaus.

Fonte: ANA, Atlas Brasil: resultados por estados, 2010, pg.20

Na tabela do Atlas Brasil: resultados por estado (ANA,2010), é possível ver mais

detalhadamente a situação de todos os municípios do Amazonas, e o investimento

total do estado para atingir sistemas de abastecimento satisfatórios, que abrange a

ordem R$823,16 milhões para os 45 municípios que ainda necessitam de melhorias no

sistema, incluindo os 11 municípios da RMM. Entretanto, o capital previsto para ser

investido na região metropolitana é do total de R$768, 92 milhões, que representa

93,41% de todo o capital de investimento do estado.

Tabela 43 – Situação Abastecimento de Água no Amazonas.

Fonte: ANA, Atlas Brasil: resultados por estados, 2010, pg.20

129
Tabela 44 – Sistemas Produtores de Abastecimento de Água na RMM.

Fonte: ANA, Atlas Brasil: resultados por estados, 2010, pg.20

Enquanto na outra tabela, também do Atlas Brasil, de 2010, é possível ver o tipo

de sistema produtor que abastece os municípios da Região Metropolitana de Manaus,

e os principais mananciais que fornecem água. A capital é atendida principalmente

pelo Rio Negro, enquanto os demais municípios são atendidos por mananciais

superficiais ou mistos, como também por poços.

E ainda, segundo IBGE, a população urbana das cidades da Região

Metropolitana de Manaus, no geral apresentava, em 2010, mais acesso à rede de água,

mesmo que apenas por um cômodo residencial, com uma média de 80,38%, da

população urbana metropolitana com acesso à água. Mas com o gráfico 35, é possível

perceber que, em alguns municípios, em 1991, maior parte da população tinha acesso

à rede d’água do que em comparação com a população de 2010, o que sugere que

com o aumento da população, a infraestrutura de abastecimento de água não

aumentou proporcionalmente, resultando na diminuição da abrangência do sistema.

Apesar de mais 50% da população urbana da região metropolitana ter acesso à

rede de água, a figura 7 mostra que ainda não é satisfatório, sugerindo que os

munícipios ainda não atendem a população rural de forma adequada, necessitando,

assim, de maior investimento no sistema.

130
Gráfico 35 - População Urbana Com Acesso À Rede De Água, RM Manaus.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

A cidade de Manaus é atendida pela companhia Águas de Manaus, e segundo

esta, o sistema de abastecimento de água é composto por quatro Estações de

Tratamento de Água (ETAs), duas na zona oeste, ETA 1 e a ETA 2, responsáveis por

abastecer 80% da cidade, enquanto as demais estão situadas na zona sul, A ETA

Mauazinho e zona leste da cidade, ETA Ponta das Lajes, no esquema de distribuição

Programa Águas para Manaus (Proama). A companhia ainda conta com 41 Centros de

Produção de Águas Subterrâneas (CPAs) em operação.

Os mapas abaixo mostram a evolução de três décadas da porcentagem da

população total, através da contagem dos domicílios particulares permanentes

urbanos e rurais, com acesso à rede de água. Em 1991 a RMM apresentava, como um

todo, 56,97% da população com acesso à água, enquanto em 2000, o número subiu

para 57,78%, ainda maior em 2010, com 77,87% acesso à rede de água. Em 2010,

portanto, quase todos os municípios da RMM apresentam mais de 60% da população

com acesso à água, com exceção de Autazes, com apenas 22,59% com acesso à rede.

131
Tabela 45 – Porcentagem da População Total com Acesso à Rede de Água.

Acesso à Rede de Água na RMM


Município Agua_1991 Agua_2000 Agua_2010
Autazes 64,7 25,07 22,59
Careiro 66,29 52,56 82,17
Careiro da Várzea 87,74 97,55 100
Iranduba 25,13 21,43 72,97
Itacoatiara 54,54 59,63 91,19
Itapiranga 18,29 61,42 75,29
Manacapuru 70,18 55,87 66,27
Manaquiri 85,66 59,29 97,33
Manaus 79,52 67,52 71,36
Novo Airão 52,24 43,29 64,45
Presidente Figueiredo 71,44 84,4 95,07
Rio Preto da Eva 64,86 62,99 93,25
Silves 0 60,08 80,38
Média Total 56,97 57,78 77,87
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 44 – Porcentagem Da População Total Com Acesso À Rede De Água, em 1991.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

132
Mapa 45 - Porcentagem Da População Total Com Acesso À Rede De Água, em 2000.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 46 - Porcentagem Da População Total Com Acesso À Rede De Água, em 2010.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

8.4.2. Sistema de Tratamento de Esgoto


Enquanto o sistema de abastecimento de água atende de forma satisfatória a

população urbana da região metropolitana, o sistema de esgoto sanitário deixa a

133
desejar. O gráfico 36, assim como a tabela 46, mostram que onze municípios

apresentam menos de 50% da população com acesso ao esgotamento sanitário, com

exceção os municípios de Presidente Figueiredo e Manaus.

Mas o gráfico ainda mostra outro fato, em 1991, alguns munícipios atendiam a

população urbana com muito mais abrangência do que em 2010, o que também indica

que o sistema que se mostrava satisfatório na década de 1991 não acompanhou o

crescimento da população, resultando em baixos números da população com acesso

ao tratamento de esgoto. O que pode influenciar em problemas de saúde, por falta de

higiene adequada.

Gráfico 36 - População Urbana Com Acesso À Esgoto Adequado, RM Manaus.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

No ano de 1991, apenas 13,58% da média da população total da RMM tinha acesso

à esgoto sanitário adequado, sendo que Manaus na época era o município com maior

infraestrutura, mas ainda sim, com apenas 49,36% da população. Já nos anos 2000, o

percentual médio de atendimento de esgoto sanitário aumenta na região

metropolitana para 42,57%, atendendo quase metade de toda a população. Porém,

com o crescimento populacional, a infraestrutura não se desenvolveu da mesma forma,

resultando num dado alarmante de que em 2010, apenas 25,17% da população da

RMM tinham acesso à rede de esgoto adequado.


134
Tabela 46 - Porcentagem da População Total com Acesso à Rede de Água.

Acesso à Rede de Esgoto na RMM


Município Esgoto_1991 Esgoto_2000 Esgoto_2010
Autazes 9,17 10,16 27,54
Careiro 36,24 28 29,21
Careiro da Várzea 0 71,83 4,22
Iranduba 10,58 41,48 17,45
Itacoatiara 19,79 46,55 27,1
Itapiranga 0,23 32,64 8,28
Manacapuru 26,45 33,92 30,31
Manaquiri 2,76 11,52 19,41
Manaus 49,36 69,13 62,56
Novo Airão 1,39 42,22 23,02
Presidente
Figueiredo 10,25 88,02 56,21
Rio Preto da Eva 0 59,07 11,9
Silves 10,26 20,85 10,01
Média Total 13,58 42,72 25,17
Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 47 - Porcentagem Da População Total Com Acesso À Rede De Esgoto, em


1991.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

135
Mapa 48 - Porcentagem Da População Total Com Acesso À Rede De Esgoto, em
2000.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 49 - Porcentagem Da População Total Com Acesso À Rede De Esgoto, em


2010.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

8.4.3. Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos


Segundo o CENSO 2010, do IBGE, o destino do lixo nos municípios da Região

Metropolitana de Manaus é, em média, 65,4% coletado por serviços de limpeza,

136
enquanto o restante ou é jogado em locais inapropriados, enterrados, ou

queimados na propriedade dos domicílios. Essa última alternativa representou

31,1% das opções de coleta dos resíduos sólidos, e se mostra como sistema

principal de alguns municípios, como Careiro, Careiro da Várzea e Manaquiri. O que

se mostra problemático, uma vez que segundo a Lei de Crimes Ambientais – Lei

9605 de 12 de fevereiro de 1998, art. 54, é crime causar qualquer tipo de poluição

que possa resultar em danos à saúde humana e de animais, como a destruição da

flora.

A queimada dos resíduos sólidos pode provocar problemas à saúde, por emitir

diversos gazes tóxicos e como qualquer queimada, diminui a umidade relativa do

ar, o que pode acarretar problemas respiratórios, como também pode ajudar na

ocorrência do aquecimento global, pela liberação de dióxido de carbono,

aumentando o buraco na camada de ozônio, se tornando um problema não só de

saneamento e saúde, como do meio ambiente.

Gráfico 37 - Porcentagem de destino do lixo nos domicílios da RM Manaus, em 2010.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

137
Gráfico 38 - Destino do lixo nos domicílios nos municípios da RM Manaus, em 2010.

Fonte: IBGE, elaborado pelos autores.

Mapa 50 – Porcentagem Da População Total Com Coleta De Lixo, em 2010.

Fonte: MMA/IBGE, elaborado pelos autores.

Segundo o mapa acima, é possível ver que apenas na capital da RMM mais de 80%

da população apresenta destino correto de resíduos sólidos, a partir da coleta de lixo,

enquanto a maioria restante apresenta de 60% a 80%, sendo que no município de

Careiro da Várzea só até 20% dos resíduos sólidos são coletados e tratados.
138
8.5. Consumo de Energia e Água
8.5.1. Consumo de Energia Por Classe
O consumo de energia elétrica da capital da RMM, segundo a ELETROBRÁS,

(2010), em 2010, foi de um total de 3982,82 GWh, sendo um aumento de 9,06% do ano

de 2009, sendo que a classe industrial que apresenta maior índice de consumo,

representando aproximadamente 40% de todo o consumo da capital. Enquanto o

consumo nas cidades do interior, representando as demais cidades da região

metropolitana de Manaus, teve um consumo total, em 2010, de 825,57 Gwh, que

representa aproximadamente 21% da energia consumida em Manaus, destacando a

disparidade entre as cidades, ressaltando a centralização da capital.

Tabela 47 – Consumo De Energia Elétrica (Gwh) Por Classe, Em Manaus, 2010 e


2009.

Fonte: ELETROBRÁS – Amazonas Energia, Relatório Socioambiental 2010, pg. 47.

139
Tabela 48 - Consumo De Energia Elétrica (Gwh) Por Classe, No Interior, 2010 e
2009.

Fonte: ELETROBRÁS – Amazonas Energia, Relatório Socioambiental 2010, pg. 48.

Nas cidades do interior do Amazonas, ao contrário da dinâmica da capital, o

consumo residencial que assume a maior porcentagem do todo, sendo 46% de todo o

mercado.

Já em 2017, o consumo total na capital de 4639 GWh, um aumento de 16,42%

no consumo no decorrer de sete anos, e uma mudança significativa na classe de maior

consumo, que passou a ser outras classe, ao invés da classe industrial, por conta da

migração para o consumo livre e desaceleração produtiva das indústrias (ELETROBRÁS,

2017b). Sendo que a classificação “Outras classes”, representando os consumidores

livres, apresentou aumento, então, significativo nessa área, de 86,19%, como pode ser

visto na tabela 49.

Ainda segundo a Eletrobrás Distribuição Amazonas (2017b), o número de

consumidores aumentou para 576.098, em 2017, 3,57% maior em relação a 2016, mas

a energia consumida retraiu 2,81%, convergindo com a diminuição do consumo por

parte das indústrias e comércio.

140
Tabela 49 - Consumo De Energia Elétrica (Gwh) Por Classe, Em Manaus, 2016 E
2017.

Fonte: ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO AMAZONAS - Relatório Anual de


Responsabilidade Socioambiental Exercício 2017, pg.10.

Enquanto o total consumido de energia elétrica, em 2017, no interior, foi um

total de 1.213 GWh, representando uma diminuição de 2,06% em relação a 2016, mas

um aumento em relação a 2010, de 47% do consumo, o que pode indicar o maior

acesso à energia nas cidades do interior da RMM, após alguns anos de consolidação

da formação da região metropolitana. Ainda, o consumo no interior é

predominantemente residencial, sendo 50% do mercado, mostrando que o consumo

livre ainda não atingiu os munícipios do interior, como na capital.

Tabela 50 - Consumo De Energia Elétrica (Gwh), Por Classe, No Interior, 2016 E


2017.

Fonte: ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO AMAZONAS - Relatório Anual de


Responsabilidade Socioambiental Exercício 2017, pg.11.

141
8.5.2. Consumo de Água Per Capita
Segundo indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

(SNIS), da Secretaria Nacional de Saneamento, através da Série História, foi possível

compilar os dados correspondentes ao consumo médio per capita de água dos

munícipios da RMM. Os dados foram coletados nos anos de 1997, 2007 e 2017,

respeitando um intervalo de uma década de cada coleta, porém nem todos os

municípios apresentaram dados, logo a média de consumo per capita da região

metropolitana de cada ano foi feita a partir dos municípios com dados fornecidos,

como poder visto nas tabela 51.

Como uma média, então, foi calculado o consumo per capita da RMM, no

decorrer das três décadas, e segundo o gráfico 39, é possível ver que o consumo

aumento com o passar dos anos, de 59,15 l/hab./dia, em 1997, com seis municípios

participantes, para 147,75 l/hab./dia, em 2017. No decorrer dos trinta anos, houve um

aumento de 149,8% do consumo per capita de água, enquanto o maior salto de

consumo ocorrer da década de 1997 para 2007, com aumento de 129,75%, e de 2007

para 2017, o aumento foi de 8,72%, mostrando uma maior estabilidade do consumo

médio geral da região metropolitana, mesmo que alguns municípios tenham quase

dobrado seu consumo em dez anos. A evolução do consumo de água per capita pode

ser visto no gráfico 39.

Tabela 51 – Consumo Médio Per Capita De Água Na RMM, Em L/Hab./Dia.

Consumo Médio Per capita de Consumo Médio Per capita de Consumo Médio Per capita de
Água - RMM 1997 Água - RMM 2007 Água - RMM 2017

Municipio l/hab./dia Municipio l/hab./dia Municipio l/hab./dia


Autazes 52,8 Autazes 59,5 Autazes 138,4
Careiro 63,9 Careiro Careiro
Careiro da Várzea Careiro da Várzea 85,9 Careiro da Várzea 205,7
Iranduba 54,4 Iranduba 145,3 Iranduba
Itacoatiara Itacoatiara 250,1 Itacoatiara
Itapiranga 74,9 Itapiranga Itapiranga
Manacapuru 47,8 Manacapuru Manacapuru 97
Manaquiri Manaquiri 82 Manaquiri 145,9
Manaus 110,2 Manaus 135,9 Manaus 77,9
Novo Airão Novo Airão Novo Airão 235,6
Presidente Figueiredo Presidente Figueiredo 167,5 Presidente Figueiredo 509,8

142
Rio Preto da Eva Rio Preto da Eva Rio Preto da Eva
Silves Silves Silves 149,6
Média RMM 59,15 Média RMM 135,9 Média RMM 147,75
Fonte: SNS/SNIS, Série Histórica, elaborada pelos autores.

Gráfico 39 -Evolução Do Consumo Per Capita De Água Na RMM.

Fonte: SNS/SNIS, Série Histórica, elaborada pelos autores.

Segundo as Contas econômicas ambientais da água: Brasil 2013-2015 (IBGE, 2018),

a média de consumo per capita de água no Brasil, em 2015, por Famílias foi de 108,4

litros/dia, enquanto o consumo médio per capita na RMM, em 2015, foi de 171,15 litros

por dia, 57,89% maior que a média nacional, sendo que segundo a Organização das

Nações Unidas (ONU), 110 litros/dia de água é suficiente para atender as necessidade

básicas de uma pessoa.

Já segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), através do Sistema Nacional de

Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) no estudo dos Usos Consuntivos de

Água no Brasil (1931-2030), o consumo da Região Metropolitana de Manaus, em 2017,

foi de 1,94 m³/s, equivalente a 1940 l/s, sendo que 70,8% do consumo de água foi para

abastecimento humano, 58,2% para abastecimento urbano e 12,6% para

abastecimento rural, sendo o segundo maior uso pela indústria, com 11,6%. Enquanto

o volume de água retirada para o uso é de 10710 l/s, com o principal volume de

retirada sendo para abastecimento urbano e rural, 55,6%, enquanto o segundo maior
143
volume de retirada é para as termelétricas da região, com 32,4%. O que demonstra que

toda a quantidade de água retirada para energia elétrica para RMM, não é

contabilizada em forma de consumo, mas sim em forma de retorno, sendo descartada,

voltando para os corpos hídricos como forma de esgoto.

Gráfico 40 - Consumo De Água Retira E Consumida Na RMM, Em 2017.

Fonte: ANA, Usos Consuntivos da Água no Brasil, modificado pelos autores.

Gráfico 41 - Consumo De Água Retira E Consumida Na RMM, Em 2007.

Fonte: ANA, Usos Consuntivos da Água no Brasil, modificado pelos autores.

Já em 2007, o volume de retira de água na RMM, foi aproximadamente o dobro

do volume de água retirada em 2017, sendo 20050 l/s, sendo o maior uso para as

termelétricas, com 71,4%, enquanto o abastecimento humana, urbano e rural, aparece

em segundo lugar, com 21,6%. Porém, o maior volume de água consumido foi para

abastecimento urbano e rural, com 61,8%. A mudança do volume principal de água

retirada de 2007 para 2017, se encaixa no cenário da diminuição do uso de

144
termelétricas na região metropolitana, diminuindo consequentemente o volume de

água utilizada nesse sistema, que ainda era predominante em 1997.

Gráfico 42 - Consumo De Água Retira E Consumida Na RMM, Em 1997.

Fonte: ANA, Usos Consuntivos da Água no Brasil, modificado pelos autores.

O volume de água retirada em 1997 está mais próximo do valor total de 2017,

porém, aproximadamente dividido em dois usos prioritários, as termelétricas, 45,8%, e

o abastecimento humana urbano e rural, 42,4%. Enquanto o consumo, como padrão

nas três décadas, é prioritariamente para o abastecimento humano urbano e rural, com

63,1% do volume total consumido na época.

9. ASPECTOS ECONÔMICOS III


9.1. Equipamentos Públicos
9.1.1. Universidades
Observa-se a concentração de Universidades públicas e privadas na Capital

Manaus, fato que já era esperado.

Foram levantados inicialmente, do site do Ministério da Educação, universidades

e faculdades públicas e privadas de caráter presencial e à distância, e nesse primeiro

levantamento observamos a grande presença de universidades particulares

oferecendo cursos de Ensino a Distância, conhecido como EAD. Não teríamos base de

dados para mensurar a abrangência desses cursos, portanto, decidimos apresentar

neste trabalho somente o levantamento de cursos presenciais, em instituições públicas

e privadas, dispondo os dados no mapa abaixo:


145
Mapa 51 - Universidades Públicas ou Privadas - Ensino Presencial, em 2019.

Fonte: MMA/IBGE;Cadastro e-MEC, elaborado pelos autores.

Notou-se a forte presença da Universidade Estadual do Amazonas - UEA,

instituída pela Lei nº 2.637, de 12 de janeiro 2001, abrangendo todos municípios da

RMM, e também em quase todos os municípios do Estado do Amazonas, seja com

alguns pequenos campus ou apenas um ou dois cursos em prédios próprios ou

cedidos pelo Governo do Estado. Por se tratar de uma Universidade Estadual e Pública,

é importante por desenvolver não só o ensino, mas a pesquisa e extensão universitárias

em polos descentralizados do estado. É considerada a maior universidade multicampi

do País, ou seja, é a instituição de ensino superior brasileira com o maior número de

unidades que integram a sua composição possuindo diversos cursos de graduação e

pós-graduação Lato e Stricto Sensu. Abaixo apresenta-se um mapa onde é possível

localizar todos os pontos de abrangência:

146
Mapa 52 - Campus da UEA no Amazonas, em 2016.

Fonte: SEPLANCIT, editado pelos autores.

Interpretando os dois mapas conjuntamente observa-se que na região

metropolitana tanto a UEA assim como nenhuma outra instituição de ensino superior

não está presente nos municípios de Silves, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva e

Manaquiri, sendo necessário deslocamento intermunicipal da população para acessar

o Ensino Superior.

9.1.2. Rede e Infraestrutura de Saúde: Hospitais e UBSs


A Região Metropolitana de Manaus, como já analisado, tem uma interligação

de difícil acesso entre os municípios, dependendo muitas vezes de transportes

informais e dificultado a acessibilidade dos portos em épocas de rios menos cheios,

ressaltando a importância de que exista atendimento de saúde em cada município.

Para tanto foi feito o levantamento numérico por município dos equipamentos de

saúde, considerando a falta de informação mapeada dos órgãos referentes à região

específica. Para que fosse possível dar consistência ao levantamento, optou-se por

considerar somente Hospitais e as Unidades Básicas de Saúde, essas que ‘’são o

contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de

comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde’’.


147
Mapa 53 - Hospitais e Unidades Básicas de Saúde, em 2019.

Fonte: e-MEC, elaborado pelos autores.

Todos os municípios são atendidos por, pelo menos, uma Unidade Básica de

Saúde. Nota-se, como na maioria das estruturas da RMM, a centralização em Manaus,

esse fato se dá tanto por ser a Capital Estadual, ter facilidade de acesso e escoamento

de pessoas e produtos via Hidrovia, Rodovia e Aeroportos em relação aos outros

municípios no geral além de ser o ponto onde concentra-se a maioria da população

da região metropolitana.

9.1.2.1. Número de Médicos


Em 2017 o estado do Amazonas possuía em seu quadro funcional um total

de 3.598 médicos ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), dos quais 2.738

concentrados em Manaus. O gráfico abaixo mostra a taxa de médicos para cada 1.000

habitantes, onde pode-se observar que Manaus está acima está acima da média do

Estado, com 1,29 profissionais para cada mil habitantes, porém a média do estado

como um todo é próxima à da capital.

Ainda que o mapa não focalize a região metropolitana, é possível analisar

a partir do mapa 54, onde estão apresentados todos os municípios do estado com

148
atendimento entre 24 e 66 profissionais, sendo também a média da região

Metropolitana. Manaus representa 76% de todos os profissionais do Estado, portanto,

ainda que a RMM no geral seja bem atendida, há a possibilidade de conseguir

atendimentos mais especializados na Capital.

Mapa 54 - Número de médicos, em 2017.

Fonte: SEPLANCTI, 2017.

149
Gráfico 43 - Taxa De Médicos Por 1.000 habitantes, em 2017.

Fonte: SEPLANCTI, modificado CNES - 2017

9.1.2.2. Número de Dentistas


Dados extraídos do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do

Brasil – CNES apresentam o quantitativo de dentistas ligados ao Sistema Único de

Saúde (SUS) referente ao ano 2017. O estado do Amazonas possui em seu quadro

funcional um total de 994 dentistas ligados ao SUS, dos quais 49% estão localizados

na capital e 51% distribuídos no interior. O gráfico apresenta então a maioria dos

profissionais está localizada no interior, e esse levantamento ainda que não considere

a RMM, é possível interpretar que o maior atendimento, para além da Capital, está em

Itacoatiara (30) e Iranduba (32).

150
Mapa 55 - Número de dentistas, em 2017.

Fonte: SEPLANCTI, 2017

Gráfico 44 - Taxa De Dentista Por 1.000 habitantes.

Fonte: SEPLANCTI, modificado CNES - 2017

151
9.1.3. Equipamentos Culturais
9.1.3.1. Complexos Cinematográficos
Esse é um recorte de mapa interativo consultado no site oficial da Agência

Nacional do Cinema - ANCINE, a partir do qual é possível ver a localização geográfica

dos complexos cinematográficos de todo o território brasileiro, em funcionamento

através da regulamentação da ANCINE. Estão listados os complexos comerciais, ou

seja, os quais utilizam tecnologia de projeção digital e/ou 35mm, cobram ingresso e

tem programação de exibição de longa-metragens com lançamento recente em

sessões de caráter público.

Mapa 56 - Recorte do Mapa interativo ANCINE - Complexos Cinematográficos, em


2019.

Fonte ANCINE, 2019, modificado pelos autores.

O intuito é servir como ferramenta de políticas públicas de ‘’incentivo e

expansão do mercado de salas de exibição no Brasil’’, como descrito no site.

Atualmente, ‘ir ao cinema’ é uma atividade de lazer muito procurada por diversas faixas

etárias, o custo de manutenção de um Cinema é alto e permanente, havendo

necessidade de público constante para mantê-lo sem prejuízos, estando, normalmente,

localizados em centros urbanos de maior população. Vemos novamente a

centralização do serviço em Manaus, com um total de 8 Complexos, porém

152
Manacapuru e Itacoatiara são pólos dentro da região metropolitana e concentram

fluxo das cidades próximas, havendo 1 Complexo em cada cidade, sendo importante

que existam esses cinemas descentralizando o acesso somente de Manaus.

9.1.3.2. Museus
Mapa 57 – Museu na RMM, em 2019.

Fonte: Mapa da Cultura, produzido pelos autores.

São poucos os municípios onde existem Museus na Região Metropolitana.

Considerando que Manaus centraliza a maioria dos equipamentos e é onde há muito

fluxo turístico regional, nacional e internacional, muitos museus acontecem na Capital.

Presidente Figueiredo e Manacapuru também são contemplados com Museus.

153
9.1.3.3. Bibliotecas
Mapa 58 – Bibliotecas na RMM, em 2019.

Fonte: Mapa da Cultura, produzido pelos autores.

No levantamento de Bibliotecas temos grande quantidade de atendimento

desse tipo de bem cultural nas cidades da RMM. Em grande maioria são Bibliotecas

Municipais públicas, o que demonstra o olhar sobre acervos, a importância dada a eles

inclusive nos municípios pequenos, para a conservação e o acesso a livros. O município

de Careiro é o único onde não há biblioteca.

154
9.1.3.4. Teatros e salas de espetáculo
Mapa 59 - Teatros e Salas De Espetáculo na RMM, em 2019

Fonte: Mapa da Cultura, produzido pelos autores.

Manaus é mais uma vez detentora da maior infraestrutura, dessa vez, para

acolher espetáculos e apresentações culturais. O município de Itacoatiara tem apenas

uma sala/auditório utilizada para o mesmo fim, porém a estrutura não contempla

grandes espetáculos ou eventos, sendo necessário o deslocamento de toda a região

metropolitana para Manaus para acessar esse tipo de bem cultural.

• Teatros Amazonas

Esse teatro merece uma apresentação própria, destaca-se por seu valor

arquitetônico e sua relação com os ciclos culturais e econômicos do desenvolvimento

desta região tratada. O Teatro Amazonas foi construído para contemplar a alta

sociedade amazonense da época e estar à altura de outros centros culturais pelo Brasil

e o Mundo. Foi Inaugurado em 1896 com capacidade para 701 pessoas, localizado no

Centro da cidade de Manaus. Só foi possível devido aos grandes lucros conseguidos

no período histórico que conhecemos como Belle Époque, em pleno Ciclo da Borracha.

Hoje abriga, além da sala de ópera, em suas galerias e salas um Museu de acesso

155
gratuito somente para estudantes que necessitem realizar pesquisas escolares. Aos

outros visitantes, é cobrada uma taxa.

Para alcançar seu objetivo de pompa, foi decorado e construído com materiais

muito nobres, com destaque para sua cúpula central adornada em azulejos pintados á

mão com as cores da bandeira nacional. Foi palco de atrações nacionais e

internacionais, com grandes espetáculos teatrais, de dança, música e shows como o da

banda The White Stripes. Foi eleito uma das sete maravilhas brasileiras em 2008 pela

Revista Caras e também pelo escritório de design Goff e em 2019 foi colocado como

uma das casas de ópera mais bonitas do mundo.

Figura 8 - Teatro Museu Amazonas, vista externa.

Fonte: Karina Hermes.

9.1.4. Telecomunicações: Cobertura de Telefone Móvel


De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL existem

cinco empresas de telefonia móvel em atuação no Estado do Amazonas, são elas: Claro,

Nextel Telecomunicações Ltda, Oi, Vivo e Tim. A construção do mapa foi feita focando

na Região Metropolitana de Manaus, procurando destacar os municípios com maior e


156
menor número de operadoras em atendimento, proporcionando uma leitura visual

dessa situação. As operadoras Claro e Vivo estão presentes em todos os municípios e

a Tim é de menor abrangência.

Os municípios de Careiro da Várzea, Silves, Itapiranga e Novo Airão são os

menos atendidos pelas empresas, destacando-se Careiro da Várzea atendido somente

pela Claro e Vivo, empresas que fazem a cobertura completa do Estado do Amazonas.

Mapa 60 - Cobertura por sinal de Telefonia Móvel, em 2018.

Fonte: MMA/IBGE; ANATEL, 2018, elaborado pelos autores.

157
10. CONCLUSÃO
Nossa área estudada é na Região Norte do Brasil, área pouco abordada ao longo

dos estudos de graduação, sendo nosso curso voltado principalmente aos estudos com

aproximação da realidade de onde nos inserimos, no caso Londrina-PR, Região Sul do

país. Considerando isso, tivemos o desafio de compreender, para além dos dados, o

contexto geográfico, social, político e histórico para dar sentido aos dados, exercício

de muito ganho para ampliar referenciais e a compreensão sobre o Brasil como um

todo.

A grande quantidade de rios, matas, reservas ambientais e territórios indígenas que

permeiam a Região Metropolitana de Manaus, podem ser vistas como um entrave para

o progresso econômico e urbano do lugar, porém, considerando as possibilidades de

desenvolvimento de fontes de renda alternativos, que através dos rios e das matas

consigam, com manejo sustentável e produção voltada para geração de renda na

escala do pequeno produtor, é possível que se amplie as dinâmicas produtivas já

existentes, sem gerar danos irreversíveis à esse contexto. E a partir desse investimento

em uma produção de capital sustentável, seria imprescindível investir na infraestrutura,

como saneamento básico urbano e rural, para melhora da qualidade de vida da

população, fortalecendo a região metropolitana como um todo.

O reforço às prefeituras é uma forma de investir, devido atual dependência dos

municípios para os serviços públicos, ofertados pelo poder público municipal, sendo

assim, somente com os instrumentos de gestão adequados e recursos financeiros

suficientes, as cidades serão capazes de desenvolver na medida de suas necessidades,

com serviços efetivos e de qualidade. Porém, há uma necessidade de descentralização

da capital Manaus, uma vez que fica clara a carência dos municípios próximos quanto

à qualidade de vida. Embora os números em alguns segmentos, principalmente os

econômicos, sejam positivos para estas cidades, ainda assim não se comparam aos da

capital, elevando drasticamente os índices de desigualdade, baseados numa política

atual de concessões que necessita de uma revisão de seus objetivos, e mais ainda, a

quem se destina.

158
Com a melhora nas condições de vida, estudo, saúde e moradia, vinculados às

diversas oportunidades que o mercado da região oferece, promovendo cada município

individualmente, para mais autonomia de serviços e desenvolvimento com menos

centralidade na capital, será possível homogeneizar, e aumentar, o desenvolvimento

de todos municípios da região metropolitana de Manaus.

159
11. REFERÊNCIAS
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