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DADOS DO CANDIDATO
NOME:
INSCRIÇÃO: CADEIRA:
COMISSÃO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA – CEREM BAHIA
→ Responda às questões de forma objetiva, com letra legível, restringindo-se ao que foi solicitado,
na Folha de Respostas própria. Utilize caneta de tinta azul ou preta. Respostas a lápis não serão
consideradas.
→ Cada questão deve ser respondida exclusivamente na Folha de Respostas, respeitando o espaço
reservado para cada uma.
→ Não será corrigida a questão respondida fora da sequência apresentada na Folha de Respostas.
→ Resposta rasurada, escrita de forma ilegível, em forma de esquema, diagrama ou desenho será
invalidada.
→ Folha de Respostas assinada fora do local indicado ou identificada de qualquer forma implicará na
anulação da Prova.
→ Não amasse, não dobre, não manche nem rasure a Folha de Respostas.
→ Antes de iniciar a Prova confira a sequência das páginas e da numeração das Situações-Problema
do seu Caderno de Prova. Se identificar qualquer equívoco, informe-o imediatamente ao aplicador de
provas.
→ O tempo total para realização da Prova é de quatro horas, sendo o tempo mínimo de permanência
do candidato em sala de Prova de duas horas. A saída da sala de prova com o Caderno de Prova será
permitida a partir dos quinze minutos finais do tempo previsto para a realização da Prova, ou seja, depois de
decorridas as três horas e quarenta e cinco minutos do início efetivo da Prova.
→ Ao concluir sua Prova, sinalize para o aplicador de provas, aguarde para entregar a Folha de
Respostas e cumprir os procedimentos por ele recomendados.
Situações-Problema de 1 a 25
Situação-Problema 1
Homem, 60 anos de idade, trabalhava em uma fábrica de telhas de amianto e, atualmente, é vendedor
ambulante. Procura atendimento médico com queixa de tosse seca e dispneia aos esforços há vários meses, e com
dificuldade para subir escadas e ladeiras. Nega tabagismo, etilismo ou comorbidades conhecidas. Ao exame físico,
apresenta murmúrios vesiculares abolidos, em base direita, e estertores crepitantes em base esquerda, além de
baqueteamento digital. Realizada radiografia de tórax apresenta espessamento pleural parietal e diafragmático na
forma de placas, bilateralmente, além de derrame pleural à direita.
Situação-Problema 2
Mulher, 40 anos de idade, empregada doméstica, procura atendimento médico queixando-se de ganho
ponderal nos últimos 3 meses e astenia. Nega comorbidades ou uso de medicações, tabagismo ou etilismo. Ao
exame físico, PA: 150X90mmHg, peso: 70kg, altura: 1,60m. Apresenta fácies pletórica, acne em face e tórax,
abdome globoso com estrias violáceas e edema simétrico 2+/4 em membros inferiores. Realizados exames que
apresentaram Hb: 12g/d, leucócitos: 12mil cel/mm3, plaquetas: 200mil cel/mm3, Cr: 1,0mg/d, Ur: 26mg/d, Na:
140mEq/, K: 3,0mEq/, glicemia em jejum: 120mg/d, cortisol urinário livre de 24h: 240μg (VR: 3-43μg/24h),
cortisol medido à meia noite: 12μg/d (VR <7,5μg/d), ACTH: 45pg/m (20-80pg/m).
Situação-Problema 4
Mulher, 40 anos de idade, recepcionista, vem para consulta com cardiologista por queixa de “pressão alta”.
Diz que há dois dias estava trabalhando quando sentiu cefaleia frontal em peso e atribuiu à pressão arterial,
porque quando sente dor de cabeça “a pressão está sempre alta”. Mediu a PA com o médico do trabalho e verificou
níveis de 160X90mmHg. Em casa, após melhora da cefaleia, voltou a medir a pressão arterial duas vezes, com
intervalo de uma hora, verificando níveis de 124X70mmHg e 130X70mmHg. Nega comorbidades, tabagismo ou
etilismo. Ao exame, apresenta-se em bom estado geral e nutricional, corada. PA: 150X90mmHg em mais de uma
medida, sem alterações significativas com a mudança de decúbito ou de membro. FC: 85bpm. Exame segmentar
sem alterações.
Situação-Problema 5
Homem, 30 anos de idade, caminhoneiro, dá entrada no Pronto-Socorro. Há uma semana, iniciou febre
diária com calafrios, mialgia difusa, náuseas e prostração que duraram cerca de quatro dias. Apresentou
melhora temporária por cerca de 24h, que associou a uso de analgésicos mas, há dois dias, voltou a ter febre
diária, cefaleia, vômitos, epistaxis e diarreia com aspecto em borra de café. Mantém prostração intensa. Nega
transfusões ou cirurgias prévias, tatuagens, piercings ou uso de drogas. Divorciado, nega relações sexuais nos
últimos três meses. Veio do Acre, viajando por estradas, há cerca de duas semanas. Ao exame físico, apresenta-se
lúcido, orientado, descorado 2+/4, ictérico 3+/4, com temperatura: 39oC, FC: 60bpm, PA: 90X60mmHg.
Ausculta cardiorrespiratória sem alterações. Abdome sem alterações. Exames laboratoriais apresentam
Hb: 11g/d, leucócitos: 4100cel/mm3, plaquetas: 95mil cel/mm3, Cr: 3,8mg/d, Ur: 150mg/d, K: 4,8mEq/,
BT: 7mg/d (D 5,5mg/d), AST: 2500U/, ALT: 1450U/, FA: 228U/, RNI: 2,2, PCR: 10mg/d.
Situação-Problema 7
Paciente, sexo feminino, 45 anos de idade, apresenta tosse produtiva com expectoração amarelada há 5 dias,
associada a febre, hiporexia e dispneia. Há três dias, foi diagnosticada pneumonia e iniciada antibioticoterapia,
sem melhora do quadro. Ao exame físico, regular estado geral, febril, FR: 26irpm. Murmúrio vesicular presente
em hemitórax direito e abolido em 1/3 inferior de hemitórax esquerdo, com crepitações em hemitórax esquerdo.
Raio-X de tórax mostra condensação pulmonar esquerda, opacidade em 1/3 inferior de HTE, com linha de
Desmoiseau-Ellis. Realizada toracocentese com saída de líquido de aspecto purulento. Bioquímica revela pH:7,1,
glicose: 45mg/d, LDH:1246U/.
Situação-Problema 9
Paciente, sexo feminino, 45 anos de idade, procura a Unidade de Pronto Atendimento devido à dor de forte
intensidade em hipocôndrio direito, com irradiação para ombro direito há 24 horas. Relata ainda febre baixa,
náuseas e episódios de vômitos associados ao quadro. Ao exame físico, paciente encontra-se em REG, corada,
desidratada 2+/4+, eupneica, normocárdica e normotensa. Ritmo cardíaco regular em 2 tempos sem sopros.
Murmúrio vesicular fisiológico simétrico bilateral. Abdome flácido doloroso à palpação superficial e profunda
de epigastro e hipocôndrio direito, com sinal de Murphy positivo. Foram solicitados exames laboratoriais
que apresentaram HB:16g/d, leucócitos: 13400 sem desvio à esquerda, amilase: 76 (VR: 28–100U/),
lípase 28 (VR <60U/), ureia: 80 (VR: 10–50mg/d), creatinina 1 (VR: 0,6-1,2mg/d), sódio: 136 (VR: 135–145mEq/),
potássio: 3,5mEq/ (VR: 3,5–4,5mEq/), pH: 7,47 (VR: 7,35–7,45), PaO2: 92mmHg (80–100), PaCO2: 44mmHg (35–45),
HCO3: 29mmHg (22-26). Realizada internação hospitalar, iniciado jejum, antibioticoterapia e analgesia
adequados.
Situação-Problema 10
Homem, 33 anos de idade, vem à UPA com queixa
de dor lombar à esquerda, de forte intensidade há 1
hora, associada a náuseas e um episódio emético. Refere
ter apresentado 4 episódios semelhantes nos últimos 10
dias. Ao exame físico, paciente em regular estado geral,
temperatura axilar: 38oC, pulso: 110bpm, pressão
arterial: 150X90mmHg. RCR em 2T, BNF sem sopros,
MVF sem RA. Abdome flácido, doloroso à palpação
de flanco esquerdo, sem visceromegalias, sinal de
Giordano positivo. Realizados exames que apresentam
Hb: 15,5; HT: 36; leucócitos: 15000 com 13% de
bastões. Sumário de urina: hemoglobina +, nitritos +,
sedimento 35 piócitos/campo, 25 hemácias/campo.
Realizou TC sem contraste de abdome.
Situação-Problema 12
Puérpera, primípara, 28 anos de idade, durante consulta no sétimo dia pós-parto, refere dificuldade para
amamentar e mastalgia. Ao exame, paciente encontra-se febril, temperatura oral: 39oC. Mama direita com
induração palpável e edema na união dos quadrantes superiores, com hiperemia local e dor à palpação. Em região
areolar de mama direita, observa-se uma pequena fissura. Mama esquerda dolorosa à palpação, com hiperemia
discreta difusa. Expressão mamilar: positiva bilateralmente (apenas leite materno). Paciente pergunta se existe
alguma “pomada barata” que possa usar para evitar o aparecimento de novas fissuras.
Situação-Problema 13
Paciente, 18 anos de idade, primigesta, com 34 semanas e 1 dia de gestação, chega à Emergência com dor
em baixo ventre e sangramento vaginal. PA: 160X105mmHg, FC: 116bpm, AU: 35cm, BCF: 98bpm, tônus uterino
aumentado, movimentação fetal não foi notada. Ao exame especular apresenta sangramento ativo de moderada
quantidade pelo colo. Ao toque vaginal, bolsa íntegra e tensa, apresentação cefálica, 3cm de dilatação.
Situação-Problema 15
Mulher, 31 anos de idade, secundigesta, secundípara, vem para consulta ginecológica de rotina no
Ambulatório. No prontuário verifica-se que teve uma consulta anterior. Negava alterações em exames prévios.
Negava comorbidades. O exame ginecológico não revelou alterações no colo. Fez, naquela época, colpocitologia
oncótica com o seguinte resultado: células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente
não neoplásicas, ASC-US. A paciente não retornou para checar o resultado e, só após 2 anos, vem para nova
consulta. Nega intercorrências. Nova colpocitologia oncótica evidencia células escamosas atípicas de significado
indeterminado quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau, ASC-H.
Situação-Problema 16
Menino, 3 anos de idade, é levado à consulta na UBS com história de que, há cinco dias, vem tossindo
durante o dia, piorando à noite; há secreção nasal fluida e clara. A tosse é irritativa. Refere temperatura máxima
de 37,9oC nos dois primeiros dias, mantendo-se ativo, inclusive, indo à escola. Esporadicamente ronca durante o
sono. A genitora relata que o menor apresentou oito episódios semelhantes no último ano, fato que a preocupa.
Ao exame, ativo, em bom estado geral, hidratado, eupneico, afebril, corado. Temperatura: 36,3oC. Frequência
respiratória de 28ipm. O exame mostra hiperemia de retrofaringe e, à ausculta, há murmúrios vesiculares bem
distribuídos, com alguns roncos de transmissão.
Frente ao quadro,
A) indique a suspeita diagnóstica, nesse momento.
B) especifique o agente etiológico – gênero – mais prevalente.
C) apresente, suscintamente, a informação que deve ser fornecida à mãe, considerando o número de episódios semelhantes
na história dessa criança.
Situação-Problema 18
Adolescente, sexo masculino, 16 anos e 6 meses de idade, vai ao Ambulatório de Referência, queixando-se de
ser mais baixo que seus irmãos e solicitando "tratamento para crescer". Sem outras queixas. A história pregressa
mostra que nasceu com peso de 3580g e comprimento de 50cm. Com 2 anos, pesava 11500g e media 87,5cm;
aos 5 anos pesava 17100g e media 92cm; aos 8 anos pesava 27kg e media 106cm; aos 10 anos pesava 40kg e
media 111cm; aos 12 anos pesava 56kg e media 124cm; aos 14 anos pesava 60kg e media 145cm. Relata que
houve leve atraso no início da puberdade. Nega doenças importantes e internamentos. Passou a jogar basquete
há, aproximadamente, um ano. O pai mede 184cm e a mãe mede 163cm. Irmão de 14 anos mede 170cm.
Ao exame, 16 anos, pesa 68kg e mede 167cm. Critérios de Tanner compatíveis com a idade cronológica atual.
Sem alterações ao exame segmentar.
Considerando as informações sobre o caso e o gráfico apresentado para definir o padrão de crescimento de meninos, indique
A) o diagnóstico específico quanto ao desenvolvimento desse adolescente.
B) o exame de imagem necessário para esse diagnóstico.
C) o achado que define o diagnóstico nesse exame de imagem.
Situação-Problema 20
Menino, 2 anos de idade, chega à UPA com dor abdominal difusa e náuseas. Segundo a mãe, eliminou 3
vermes nos vômitos. Refere eliminação de um verme nas fezes, no dia anterior. Ao exame, encontra-se em bom
estado geral, hidratado, sem alterações em dados vitais. Exame cardiorrespiratório sem alterações. Abdome pouco
distendido, sem visceromegalias, sem sinais de irritação peritoneal, doloroso à palpação. Ruídos hidroaéreos
presentes.
Situação-Problema 21
O Ministério da Saúde, MS, adotou, em 2016, novos parâmetros para medir o perímetro cefálico e identificar
casos suspeitos de bebês com microcefalia. Para menino, a medida é igual ou inferior a 31,9cm e, para menina,
igual ou inferior a 31,5cm. A mudança vale para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação. Ao adotar
a medida prevista, o MS procurou melhorar a performance do perímetro cefálico, como teste diagnóstico para
microcefalia, modificando os pontos de corte.
Considerando os princípios gerais de validação de um teste diagnóstico e o perímetro cefálico como teste de triagem,
A) cite o parâmetro de desempenho do teste, do ponto de vista epidemiológico, que deve ser elevado para evitar que pacientes
normais sejam investigados, posteriormente, com outros exames.
B) indique como se calcula a sensibilidade do perímetro cefálico como teste da detecção da microcefalia.
C) cite o dado epidemiológico que pode modificar o valor preditivo da medida do perímetro cefálico para detecção de microcefalia,
sabendo-se que o desempenho de um teste diagnóstico varia conforme a população estudada.
Situação-Problema 23
O Secretário Municipal de Saúde de uma cidade do interior recebeu pedido de um pediatra para tratamento
de uma criança com leucemia linfoide aguda com um novo medicamento de ação imunobiológica. A utilização
desse produto farmacêutico é de alto custo e, a priori, não há recursos municipais para bancá-la. A criança
provém de uma família de classe média, cujo poder aquisitivo não possibilita a aquisição da medicação. A cidade
onde a criança mora não dispõe de onco-hematologistas, nem de serviços capazes de administrar e acompanhar
o tratamento.
Frente ao relato,
A) indique o documento formal que deve ser preenchido pelos médicos assistentes da criança para obtenção de medicamento
com recurso federal, através do Componente Especializado de Assistência Farmacêutica, CEAF.
B) indique o procedimento administrativo, previsto no SUS, que pode ser utilizado, em curto prazo, para resolver o problema da
falta de recursos no munícipio para o tratamento dessa criança.
C) cite o Principio Fundamental Básico do SUS que pode justificar o tratamento dessa criança com medicações e procedimentos
de alto custo, no nível Terciário de Saúde.
Situação-Problema 24
Na definição de medicamentos de alto custo, a serem bancados pelo SUS, são importantes evidências
científicas que permitam a decisão no contexto da Medicina Baseada em Evidências. Os critérios de evidência
científica de Oxford são universalmente aceitos como base para a tomada de decisão.
Situação-Problema 25
Para erradicar a varíola, o sanitarista Oswaldo Cruz convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina
Obrigatória, em 31 de outubro de 1904, que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais,
entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.