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Os Annales (I):
civilização e
sociedade em
Lucien Febvre e
Marc Bloch
Pedro Spinola Pereira Caldas
Historiografia Contemporânea
Meta da aula
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
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INTRODUÇÃO
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Atende ao Objetivo 1
Não há história econômica e social. Há a história, sem tirar nem pôr, em sua
unidade. A história que é, por definição, absolutamente social. Em minha opinião,
a história é o estudo cientificamente elaborado das diversas atividades e das
diversas criações dos homens de outros tempos, captadas em sua época, no marco
de sociedades extremamente variadas, e, sem dúvidas, comparáveis umas com as
outras (FEBVRE, 1992, p. 40).
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Resposta Comentada
O conhecimento histórico, para Febvre, não deveria se resumir à política (o “ídolo do
político”, de Simiand). O conhecimento produzido pelo historiador deveria ser fruto de
associações entre várias áreas da vida humana, de modo que, mediante essas relações
livres, a Historiografia se tornasse “social”.
É claro que essa inovação foi possível pelo clima intelectual vivido na Europa após a Primeira
Guerra, marcado, principalmente, pela desconfiança em relação à tradição, sobretudo em
relação às decisões políticas dos homens de Estado.
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Atende ao Objetivo 2
Resposta Comentada
Mentalidade é uma noção que permite a investigação objetiva da cultura de uma época
em sua totalidade, ou seja, como algo verificável para além das características individuais.
A mentalidade de uma época é formada por aquilo que ela não questiona, com que
ela conta para continuar vivendo. É, como foi dito, a moldura de um quadro. Dentro do
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quadro, podemos ter várias cores, figuras etc., mas a moldura é o limite que vale para
tudo que está dentro do quadro.
A civilização é formada justamente por essa mentalidade. É civilizado aquele que incorpora
uma mentalidade específica, e que não questiona a assimilação dessa mentalidade.
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Atende ao Objetivo 3
3. De que maneira a crítica de François Simiand foi importante para Marc Bloch construir
uma história social e comparativa?
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Resposta Comentada
François Simiand criticava três ídolos: o ídolo das origens, do político e do indivíduo. O
ídolo das origens representava a crença de que, para conhecer um fenômeno histórico,
precisamos recuar no tempo e vê-lo em sua origem, em sua primeira aparição nominal,
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por assim dizer. O ídolo da política representava a convicção de que a ação política é o
principal objeto de estudo dos historiadores. Já o ídolo do indivíduo significa a certeza de
que o sujeito responsável pelas mudanças históricas é uma pessoa só, cuja genialidade é
capaz de alterar modos de vida.
Bloch demonstrou que o interesse da História parte do presente, e é em função deste que o
passado adquire sentido – criticando, assim, o ídolo das origens. Demonstrou também que
a política – como é caso da obra sobre os reis taumaturgos – não pode ser compreendida
separadamente da mentalidade e da cultura. Critica-se, assim, o ídolo do político. Por fim, para
criticar o ídolo do indivíduo, Bloch argumenta que as alterações na história são complexas,
isto é, multifatoriais, resultantes das várias relações humanas: das relações sociais.
A sociedade, portanto, é o lugar em que os homens se ligam e exercem influência uns sobre os outros;
é nela que eles se tornam comparáveis, justamente porque estão em contato permanente.
CONCLUSÃO
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Atividade Final
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Resposta Comentada
Lucien Febvre e Marc Bloch procuraram escrever uma história total, isto é, procuraram
fazer a crítica aos três ídolos (político, origem e indivíduo), mostrando que os agentes
históricos se relacionavam entre si.
Febvre enfatizou as ideias de mentalidade e civilização, mostrando como há um grande
denominador comum entre os homens. A mentalidade é aquilo que não se questiona, e a
expressão da mentalidade é a civilização construída pelos homens. Já Bloch privilegiou o
conceito de sociedade, isto é, cada ação humana se inscrevia em uma teia de relações,
ou melhor, ao agir, o homem necessariamente se punha em relação com os demais.
Deve-se destacar, por outro lado, o gosto de Febvre pelo estudo de indivíduos. Embora não
tenha feito aquilo que Simiand criticava (o ídolo do indivíduo), Febvre usou individualidades
como Rabelais e Lutero para conhecer melhor a mentalidade de uma época. É como se
o indivíduo destacado fosse o caminho mais apropriado para se conhecer o limite de
uma época: já que um indivíduo excepcional tem limites, os limites dele são os limites
da sua época (Rabelais, mesmo extraordinário e crítico do pudor religioso e do belo
renascentista, não poderia ser ateu. Já Bloch enfatizava mais o que há de social e menos
o que há de individual em cada período histórico.
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RESUMO
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