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Patrimônio Cultural
no Brasil: práticas
e instituições
Márcia Chuva
Patrimônio Cultural
Meta da aula
Objetivos
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INTRODUÇÃO
Marcus Guimarães
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Patrimônio Cultural
Marquesrro
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Todavia, essa ideia não nasceu consagrada. Ela foi fruto de disputas,
travadas ainda nos anos 1920, quando a ideia de modernidade
era interpretada de diversas formas.
Os modernistas
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Patrimônio Cultural
Arquitetura eclética
Refere-se a uma expressão artística, predominante no final do século XIX até
as primeiras décadas do século XX, a qual mistura estilos arquitetônicos do
passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica. Ela combina,
especificamente, elementos da arquitetura clássica, medieval, renascentista,
barroca e neoclássica. Do ponto de vista técnico, a arquitetura eclética
também se aproveitou dos novos avanços da engenharia do século XIX,
como a que possibilitou construções com estruturas de ferro forjado. Além do
uso e mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética de maneira
geral se caracterizou pela simetria, busca de grandiosidade, rigorosa
hierarquização dos espaços internos e riqueza decorativa.
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Darwinius
Figura 5.9: Exemplo de arquitetura eclética: Teatro Figura 5.10: Fachada do Teatro Municipal totalmente
Municipal do Rio de Janeiro, em cartão postal de 1909. restaurada após as reformas, em maio de 2010.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/ Fonte: http://meta.wikimedia.org/wiki/File:Teatro_
thumb/3/3a/Teatro_municipal_rio_1905.jpg/250px- Municipal_do_Rio_de_Janeiro,_Agosto_de_2010-2.jpg
Teatro_municipal_rio_1905.jpg
Figura 5.11: Faculdade de Direito da Universidade Figura 5.12: Palácio Teresa Cristina (Prefeitura da
de São Paulo (situada no Largo de São Francisco) cidade de Teresópolis – RJ).
edifício neocolonial, inaugurado em 1939. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/ thumb/7/72/Teresopolis-Prefeitura.jpg/800px-Teresopolis-
thumb/7/7a/Faculdade_de_Direito_da_USP.jpg/220px- Prefeitura.jpg
Faculdade_de_Direito_da_USP.jpg
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Rodrigo Soldon
Figura 5.13: Visão do pátio interno
do Museu Histórico Nacional.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/thumb/5/56/
MHN-Patio2.jpg/450px-MHN-Patio2.jpg
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Agência Brasil
Figura 5.14: Getúlio Vargas governou o Brasil por
suas vezes. Após tomar o poder, em 1930, governou
até 1945. Em 1951, foi eleito democraticamente
presidente e ficou no poder até 1954, quando se
suicidou.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/1/1d/Getulio.gif
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Atende ao Objetivo 2
As concepções de modernidade
1. Desde o início da República, até os anos 1930, vimos ocorrer no Brasil transformações
significativas na ideia de modernidade. Descreva as duas principais concepções de
modernidade que se opunham nos anos 1920. Indique qual delas é incorporada às políticas
nacionalistas do Governo Vargas.
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Resposta Comentada
As duas principais ideias de modernidade que se opõem nos anos 1920 são:
1) segundo a primeira concepção, ser moderno era se igualar à alta cultura europeia. Para ser
moderno, o país deveria imitar a Europa, seus valores estéticos e culturais, e, ao mesmo tempo,
eliminar os elementos culturais ligados às tradições populares e à herança colonial ibérica,
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vistas como sinal de atraso. Nessa linha, foram feitas as reformas urbanas no Rio de Janeiro,
que apagavam os vestígios do passado; da sociedade arcaica e tradicional brasileira. Nessa
linha de interpretação, a expressão arquitetônica predominante foi o ecletismo;
2) a outra ideia de modernidade valorizava, justamente, a cultura popular, as tradições e,
portanto, a expressão artística e arquitetônica do período colonial, especialmente das cidades
mineiras, visto como primeiro momento de expressão genuína da nação brasileira.
Nessa interpretação, as expressões arquitetônicas predominantes foram a neocolonial e a
arquitetura moderna.
Nos anos 1930, a segunda linha de interpretação torna-se predominante e, dentro dela, a
arquitetura moderna torna-se representativa do poder de Estado.
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Dario Alvarez
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Resposta Comentada
A associação entre “conservação do passado” e a “modernização do presente” deu-se, ainda
nos anos 1920, pelos intelectuais, ligados ao Movimento Modernista. Estes buscavam as raízes
da nação. Redescobriam o Brasil com as viagens ao interior, ao mesmo tempo em que buscavam
modernizar o país e fazê-lo tomar parte do mundo civilizado com autenticidade, sem imitações.
Os intelectuais, ligados ao Movimento Modernista, foram os primeiros a fazer esta associação
entre “conservação do passado” (com a exaltação dos monumentos e obras de arte do Brasil
colonial, especialmente ligadas às expressões do Barroco) e a “modernização do presente”
(com a promoção da arquitetura modernista) – ainda nos anos 1920.
Nas suas reflexões e buscas das raízes da nação, através de viagens de “redescobrimento”, pelo
interior do Brasil, eles, os intelectuais, tinham em mente construir um projeto de modernização
original e sem imitações. Objetivaram, tornando o Brasil parte do mundo civilizado, com
autenticidade, a partir de suas características únicas.
Este projeto modernista oficializa-se, quando passam a ser tombados, no período, bens
representativos da arte colonial mineira e as novas edificações modernistas.
Essa associação pode ser identificada:
1) quando são tombados no período bens representativos da arte colonial mineira e as novas
edificações modernistas;
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2) quando identificamos, nos quadros do Sphan, que os responsáveis pela proteção do patrimônio
histórico são intelectuais ligados ao Movimento Modernista, escritores e também os arquitetos,
que introduzem a arquitetura modernista no Brasil.
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Tito Martins
Figura 5.23: Monumento no Campo de Santana (ou
Praça da República), no Centro do Rio de Janeiro.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
thumb/c/cb/Monumento_Campo_de_Santana.jpg/800px-
Monumento_Campo_de_Santana.jpg
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Hamilton Lima
Figura 5.24: Avenida Presidente Getúlio Vargas, no
Centro do Rio de Janeiro.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
thumb/6/64/Presidente_vargas_saindo_do_centro.jpg/800px-
Presidente_vargas_saindo_do_centro.jpg
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Taurus_br
Figura 5.25: Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (Paço de São
Cristóvão) – Rio de Janeiro.
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7a/
Pa%C3%A7o_de_S%C3%A3o_Crist%C3%B3v%C3%A3o.jpg/800px-Pa%C3%A7o_
de_S%C3%A3o_Crist%C3%B3v%C3%A3o.jpg
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Atende ao Objetivo 3
Resposta Comentada
O princípio que confere legitimidade ao Decreto-lei 25 é o da “função social da propriedade”.
Por meio desse princípio, o direito de propriedade fica subordinado a uma função social maior,
permitindo assim que a coletividade usufrua do patrimônio cultural. O proprietário não perde
completamente a sua propriedade, por isso não se trata de uma desapropriação. Seus direitos
sobre ela ficam apenas limitados: o proprietário ainda pode vender sua propriedade, mas tem
a obrigação de conservá-la e de consultar o órgão de patrimônio sobre qualquer reforma que
pretenda realizar nela.
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Atividade Final
Aliás, a esse respeito, não há paralelismos possíveis entre o que ocorre no Brasil, ao
longo do século XIX, e o panorama europeu do mesmo período. Aqui, o momento é
de franca abertura à cultura europeia em geral e francesa em particular – inclusive
com patrocínio oficial, como aconteceu no episódio da Missão Francesa. A paulatina
inserção de algumas regiões brasileiras no mercado internacional, através da produção
de determinadas matérias-primas – o algodão, o café, a borracha –, facilitando
intercâmbios de todos os tipos, vem reforçar o processo. No final do século, há uma
associação clara, por parte das elites brasileiras, entre valores culturais europeus e
as noções vigentes de modernidade e de civilização, manifestados nos costumes, nas
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Emblemáticas deste momento são as reformas urbanas, realizadas no Rio de Janeiro pelo
prefeito Pereira Passos, já nos primeiros anos do século XX. Destaca-se, aí, o episódio
da abertura da Avenida Central, entre 1904 e 1906, que implicou no arrasamento de
extensa área do antigo núcleo colonial da cidade, substituído por arremedos das mais
modernas manifestações ecléticas europeias. (...) (PINHEIRO, 2006; p. 4-5).
Neste mesmo ano, foi promulgada nova Constituição Federal, que, em seu Capítulo
II, artigo 148, incluiu entre os deveres do Estado a proteção dos “objetos de interesse
histórico e o patrimônio artístico do país“ (cit. in ANDRADE, op. cit. p. 109) (PINHEIRO,
2006; p. 7-8.)
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Resposta Comentada
1. Você deve sinalizar: a posição das elites do Brasil de abertura e de ampla receptividade à
cultura europeia em geral – com destaque para a Arquitetura; que as noções de modernidade
e de civilização europeia permitiram a transformação de paisagens urbanas do Brasil, para
os moldes europeus, em nome inclusive do progresso; as reformas urbanas do início do século
XX, como a de Pereira Passos no Rio de Janeiro (abertura da Avenida Central – atual Avenida
Rio Branco – entre 1904 e 1906). Você deve ressaltar que as noções de modernidade e de
civilização europeia, no final do século XIX, foram muito importantes para a construção histórica
dos símbolos que passaram a representar a nossa nação e o nosso patrimônio nacional. Você
deve enfatizar que, inicialmente, a imagem de “país civilizado” esteve associada à importação
de gostos que espelhassem a Europa e, por decorrência, que negassem a cultura popular do
Brasil. Neste processo, as reformas urbanas, além de promoverem o padrão arquitetônico,
urbanístico e cultural da Europa no Brasil, também destruíram antigas e amplas áreas de moradia
e de comércio. De igual modo, também removeram considerável contingente populacional que
originalmente habitava e trabalhava em tais áreas.
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2. Em sua resposta, você deve identificar que já a partir de 1924 o poeta e deputado Augusto
de Lima, através de projeto de lei (complementar), tenta impedir a saída de obras de arte do
Brasil; que, em 1934, o Governo Federal criou a Inspetoria dos Monumentos Nacionais – no
âmbito do Museu Histórico Nacional; que em 1936, no Rio de Janeiro, houve a criação do
primeiro órgão nacional de preservação do patrimônio – Sphan; o fato de o Estado Novo ter
associado “patrimônio” com “conteúdo ideológico”. Neste processo histórico, você deve ressaltar
que, com o início da Era Vargas, houve a valorização dos traços arquitetônicos remanescentes
do período colonial do Brasil, bem como a rusticidade dos costumes. Para tanto, a participação
de intelectuais, ligados ao Movimento Modernista, como: Mário de Andrade, Carlos Drummond
de Andrade e Rodrigo Melo Franco de Andrade, foi fundamental para a nova formulação de
políticas de Estado na área do patrimônio cultural do país.
CONCLUSÃO
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RESUMO
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