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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA AS PERTURBAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO E AUTISMO DE COIMBRA

Tipologia de Operação: Qualificação de pessoas com deficiência e ou incapacidade

Operação N.º: POISE-03-4229-FSE-000197

Assistente Administrativo/a e de
Apoio ao Armazém

(6374PCDI-Empreendedorismo )

(Formador)

Ana Raquel de Carvalho Rodrigues

(Agosto 2019)

DTP.05.00
Módulo/ UFCD: 6374PCDI-Empreendedorismo

Ficha técnica:

Título Empreendedorismo

Autor Ana de Carvalho

Área temática Empreendedorismo

Público a que se destina Qualificação de pessoas com deficiência e ou incapacidade.

O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à


unidade de formação de curta duração nº 6374PCDI-
Características técnicas
Empreendedorismo, de acordo com o Catálogo Nacional de
Qualificações.

Identificar as características do ao empreendedorismo.


Objetivos
Reconhecer os procedimentos de estímulo ao empreendedorismo.

Coutinho, A. et al., Empreendedorismo feminino: Kit Pedagógico,


Ed. Bee Consulting/ Programa Rumos, 2010
Ferreira, M.P., et al. Ser Empreendedor - Pensar, Criar e Moldar a
1
Nova Empresa (1ª ed.). Edições Sílabo, 2008
Fontes
Oliveira, A., Criação de empresas, Manual Técnico do Formando,
Ed. ANJE, 2008
Rodrigues, S., Empreendedorismo, Manual Técnico do Formando,
Ed. ANJE, 2008

Especificações técnicas Guia de acompanhamento às sessões de Empreendedorismo.

Observações -

DTP.037.01 Formador: Ana Raquel Rodrigues


Módulo/ UFCD: 6374PCDI-Empreendedorismo

Índice

Índice ............................................................................................................................................................ 2

1. Características do empreendedorismo ................................................................................................ 3

1.1. Otimismo, iniciativa e criatividade .............................................................................................. 3

1.2. Conhecimento e inovação .......................................................................................................... 5

1.3. Relacionamento interpessoal ..................................................................................................... 8

1.4. Capacidade de liderança ........................................................................................................... 10

1.5. Capacidade de organização ...................................................................................................... 11

2. Suportes ao empreendedorismo ....................................................................................................... 14

2.1. Estratégias de intervenção ........................................................................................................ 14

2.2. Resistência ao fracasso ............................................................................................................. 15

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Módulo/ UFCD: 6374PCDI-Empreendedorismo

1. Características do empreendedorismo

O termo empreendedor tem a sua origem na língua francesa e traduz-se por um intermediário, ou seja,
alguém que está entre o produtor e o cliente.

▪ o empreendedor tem um “modelo” que o influencia


▪ tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, energia, necessidade de realização
▪ o fracasso é visto como um resultado
▪ luta contra padrões impostos; diferencia-se; tem a capacidade de ocupar um intervalo não
ocupado por outros no mercado
▪ rede de relações bem definida e gerenciada
▪ conhecimento do negócio
▪ cultiva a imaginação e aprende a definir visões
▪ traduz os seus pensamentos em ações
▪ alta tolerância à ambigüidade e incerteza
▪ comprometimento; ele crê no que faz; orientado para resultados

1.1. Otimismo, iniciativa e criatividade

De onde é que vêm as novas ideias? 3

1. O inesperado: por exemplo, o insucesso que esteve na origem da penicilina.


2. Uma incongruência: uma discrepância entre o que existe e o que toda a gente gostava de que
existisse, embora possa não o saber ainda, como poderá acontecer.
3. Necessidades de processo: uma forma diferente e melhor de fazer as mesmas coisas, quer em
termos da indústria quer de serviços.
4. Mudanças no setor ou estrutura do mercado: resultam ou não das imposições legais.
5. Mudanças demográficas: como por exemplo, o prolongamento da idade de reforma.
6. Mudanças de perceção: de costumes ou de significados, de que pode ser exemplo de uma maior
preocupação com a saúde e com a forma física.
7. Conhecimento novo: resultante de nova informação, dos avanços tecnológicos ou de novas
teorias.

Assim, a criatividade é a capacidade de criar, produzir ou inventar coisas novas. Desta forma, ser criativo
é "think outside the box" (expressão em inglês que significa pensar fora da caixa), ou seja, pensar de forma
diferente. É ser original, não seguindo as normas pré-estabelecidas e nunca imitando o que já foi feito
milhares de vezes.

Neste sentido, podemos considerar dois tipos de criatividade:

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1. Criatividade individual, provém de:


• Conhecimentos:
• Capacidade intelectual;
• Estilo de pensamento;
• Traços de personalidade;
• Motivação;
• Ambiente.

2. Criatividade organizacional depende da criatividade dos indivíduos no seio da organização, bem


como de uma variedade de processos sociais e fatores contextuais que modelam a forma como
estes interagem e se comportam, como por exemplo:
• Estrutura organizacional;
• Abordagem de estão estratégica;
• Cultura organizacional.

A criatividade e a inovação são dois conceitos que andam de mãos juntas. A criatividade é essencial para
pessoas que querem inovar, inventar, criar coisas novas. É importante referir que a criatividade não
necessariamente significar criar alguma coisa do zero, muitas vezes significa inovar, ou seja, melhorar
alguma coisa já existente.

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O Brainstorming - algumas regras para a reflexão:

Os participantes deverão sugerir o maior número possível de ideias originais que possam funcionar como
soluções, assim como estimular as ideias dos outros:

▪ Encorajar todos os alunos a dizerem todo o tipo de ideias - quanto mais ousadas/radicais melhor!
▪ NÃO JULGAR ideias;
▪ Quantidade é mais importante que qualidade;
▪ Tomar atenção às ideias que vão surgindo e construir outras a partir dessas;
▪ Qualquer ideia é válida, mesmo que pareça parva, impossível ou irrelevante;
▪ Não censurar ou criticar as suas próprias ideias ou as ideias dos outros.

Ter sempre presente:

▪ Que o processo de reflexão passa por fases. Tanto há fases em que surgem muitas ideias como
noutras fases as ideias surgem de forma lenta. Quando o processo abranda, é uma boa altura
para rever as ideias geradas até então e trabalhá-las.
▪ A reflexão em grupo pode durar entre 5 minutos a 2 horas, apesar da maior parte dos grupos
trabalhar num intervalo de 5-15 minutos.

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Criatividade e Técnicas para Resolver Problemas Criativos

1. O “brainstorming” gera ideias possíveis sobre um problema num tempo limitado através de
contributos espontâneos dos participantes.
2. O “brainstorming” inverso é semelhante ao “brainstorming” exceto pelo facto de a crítica ser
permitida.
3. O “brainwriting” é uma criação silenciosa de ideias, por escrito, feita por um grupo de pessoas.
A criatividade é importante para identificar um novo produto. A chave para reconhecer uma
oportunidade reside no conhecimento e experiência do empreendedor.
4. O método Gordon: usa-se quando os membros do grupo não conhecem a natureza exata do
problema.
a. Menciona-se um conceito geral associado ao problema e pedem-se ideias;
b. O verdadeiro problema é revelado e pedem-se sugestões.
5. O método da lista de verificação: desenvolve-se uma nova ideia através de uma lista de questões
relacionadas.
6. A livre associação.
7. Relações forçadas: tentam forçar relações entre algumas combinações de produtos
8. O caderno de apontamentos coletivo: os participantes consideram o problema e a sua solução,
registando ideias várias vezes por dia.
9. Lista de atributos: técnica para encontrar ideias exigindo que o empreendedor liste os atributos
de um problema e veja cada um de vários pontos de vista. 5

10. A abordagem do grande sonho: exige que o empreendedor sonhe com o problema e a sua
solução, é o pensar em grande.

1.2. Conhecimento e inovação

De forma simples, inovar significa criar coisas novas, fazer coisas de forma diferente. Desta forma, a
inovação nas empresas está associada com a implementação de novas ideias, sejam relacionadas com
novos produtos, novos processos produtivos, novos processos comerciais e, sobretudo, com o
reconhecimento de novas oportunidades de negócio. Assim, a novidade, a criatividade, a invenção e a
difusão são as bases do conceito de inovação.

Quem pode e quem quer inovar?

A vontade de inovar é, seguramente, um desejo comum a todos os indivíduos e empresas. Com as


inovações, as empresas procuram:

1. A resposta para os seus problemas do dia-a-dia;


2. A possibilidade de ultrapassar os concorrentes;

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3. Aumentar as vendas;
4. Oportunidade de diversificar a produção;
5. Melhorar a imagem da marca;
6. Acesso a novas tecnologias.

Cada empresa, mediante a sua estratégia, define a forma como pretende inovar. Contudo, todas as
empresas querem inovar porque têm consciência de que é através dela que conseguirão melhores
resultados (como por exemplo o aumento das vendas, a descoberta de uma nova tecnologia, o aumento
do lucro, entre outos).

É importante compreender que os conceitos de invenção e inovação são frequentemente confundidos.


Assim, define-se por invenção a descoberta, criação, ou seja, é a primeira ideia de um novo produto,
sistema ou processo (exemplos: o fogo, a domesticação de animais, escrita, a roda, entre outros).

No entanto, a inovação é a primeira introdução de um novo produto, processo ou sistema, na atividade


comercial ou social de um determinado espaço geográfico. A inovação é uma estratégia adotada pela
empresa com vista à maximização dos seus lucros ou, em último caso, é utilizada para sobreviverem face
às sucessivas mudanças num mundo globalizado.

Exemplos de inovação de produto:

▪ Televisão de parede de ecrã plano


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▪ Patins em linha
▪ Mapas digitais para os automóveis
▪ DVD (Digital Video Disc)
▪ Computadores pessoais translúcidos
▪ Calçado desportivo com sensores biométricos

Exemplos de inovação de serviço:

▪ Operações bancárias pela internet


▪ Aluguer de vídeos diretamente na televisão
▪ Entrega das compras ao domicílio
▪ Linha telefónica de apoio pediátrico
▪ Serviço de limpeza ao domicílio
▪ Entrega de vídeos e pizza em conjunto

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As principais fontes de inovação podem ser:

Clientes

Distribuidores Concorrentes

Inovação

Forncedores I&D

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Em suma e como consequência, as empresas devem associar à inovação a mudança. Esta mudança é
aquela que permite que a empresa não se agarre ao passado, que não fique anestesiada com o sucesso
competitivo dos seus atuais produtos no mercado. A verdadeira empresa inovadora procura a mudança,
evolui na procura de novos produtos e novos mercados, adota estratégias competitiva, melhora os seus
processos de fabrico, procura novas soluções tecnológicas, entre outras.

1.3. Relacionamento interpessoal

O Relacionamento Interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e da psicologia, que significa a


relação, ligação ou vinculo entre duas ou mais pessoas. Este é influenciado por diferentes contextos:
familiar, escolar, laboral, religioso, entre outros.

Desta forma, o relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, depende de um conjunto
de normas comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. Segundo
Sigmund Freud, a comunicação é uma característica nata ao Homem.

Assim, existem dois tipos de relacionamento interpessoal:

 Relacionamento interpessoal profissional: é o relacionamento criado no âmbito profissional.


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 Relacionamento interpessoal pessoal: é a forma como o Homem lida com as pessoas mais
próximas.

Estes dois tipos de relacionamento interpessoal estão divididos em:

 Relações unilaterais:

É uma relação onde uma parte “sai a ganhar”, isto é, surge em situações de discussão ou
confronto onde um dos participantes é obstinado e não aceita e ignora o ponto de vista alheio.

 Relações bilaterais:

Surge quando existem trocas de informações entre os indivíduos, este tipo de relação é marcado
por boas experiências para ambas as partes. Zelar por relações bilaterais, é fundamental para
promover relacionamentos saudáveis e duradouros.

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Os fatores que influenciam o relacionamento interpessoal são:

 O Autoconhecimento:

É um processo longo e contínuo, é nele que avaliamos os nossos sentimentos e a forma como
reagimos a determinadas situações. É através do autoconhecimento que somos capazes de criar
amor próprio.

 O Amor próprio:

O amor próprio denomina-se pelo quanto gostamos de nós mesmos.

 A Tolerância:

É o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou não se pode
impedir. A tolerância é uma atitude fundamental para quem vive em sociedade. Uma pessoa
tolerante normalmente aceita opiniões ou comportamentos diferentes daqueles estabelecidos
pelo seu meio social.

 Empatia:

A empatia denomina-se pela capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa
caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender
sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente 9

outro indivíduo.

Ao analisar o conceito de relacionamento interpessoal, não pode ser esquecida a relação paralela que
este tem com o relacionamento intrapessoal.

O Relacionamento intrapessoal significa a aptidão que um individuo tem de se relacionar com os seus
próprios sentimentos e emoções, ou seja, é a capacidade de autoconhecimento e autodomínio que uma
pessoa tem. Este tipo de relacionamento é muito importante, pois determina a forma como agimos a cada
situação do dia-a-dia.

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1.4. Capacidade de liderança

A nossa sociedade atual encontra-se em constantes mudanças, o que leva à necessidade de motivação
dos colaborados e, para tal, é obrigatório existirem líderes fortes e criativos. O papel do líder deve ser
capaz de inspirar, criar empatia e relações de confiança tanto com os seus funcionários, como clientes e
até fornecedores.

Ser líder não é sinónimo de uma pessoa autoritária, convencionalmente chama de chefe ou patrão. Assim,
a autoridade está relacionada com o direito de decidir, de dirigir outros na execução das tarefas ou
desempenho de certos deveres, tendo em vista a prossecução dos objetivos da organização e influência
como a capacidade de alterar o comportamento de alguém, o poder é a capacidade de exercer influência.

Embora o líder muitas vezes se confunda com o gestor (por ser o empresário a desempenhar as duas
funções) importa distinguir a essência das duas funções aqui em causa:

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Enquanto que ao Gestor cabe tomar as principais decisões operacionais da organização, o Líder tem como
missão criar a visão para a empresa. A comunicação bem-sucedida da visão é um fator de competitividade
importante, que só é possível se existir partilha do projeto e uma identificação da equipa com o mesmo.

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Cabe ao líder desenvolver a cultura empresarial através da implantação de valores, avaliação de


desempenho dos colaboradores, inovação, mudança e processos de melhoria e através da comunicação.
Estima-se que os líderes passem 80% do seu tempo a comunicar. A comunicação é fundamental no
processo de motivação pois só assim é possível:

1. Saber o que se espera de cada um / qual a sua posição na estrutura


2. Ter uma perceção dos objetivos
3. Dar a conhecer as alterações
4. Difundir as políticas, regras e procedimentos

A comunicação é também imprescindível na implementação das ações planeadas e na globalização e


dinâmicas de mudança, dada a importância da transmissão de informação e conhecimentos do exterior
para o interior.

1.5. Capacidade de organização

Uma das tarefas mais importantes do líder é a escolha da sua equipa. É necessário conhecer os pontos
fortes e fracos de cada candidato no contexto de uma função em particular.

Este sistema baseia-se nos seguintes pressupostos:

1. As exigências da função devem ser definidas atendendo ao contexto estratégico, 11

contexto empresarial e natureza do trabalho;


2. Devem ser identificados os pontos fortes e fracos do candidato a partir da sua
experiência, formação e competências;
3. É necessário fazer o cruzamento entre as necessidades da empresa e as características
do candidato.

Os autores identificaram sete situações estratégicas empresariais possíveis que devem ser consideradas
na seleção dos candidatos:

1. Arranque da empresa;
2. Mudança profunda na organização;
3. Gestão de recursos e procura de aumento do lucro;
4. Crescimento do mercado;
5. Crescimento da empresa;
6. Liquidação e investimento;
7. Nova aquisição.

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Os conhecimentos e competências exigidas aos candidatos a funções de chefia são:

1. Capacidade para resolver problemas;


2. Gestão de operações;
3. Gestão de recursos humanos;
4. Direção estratégica;
5. Liderança;
6. Gestão do próprio trabalho;
7. Conhecimentos gerais de gestão.

Propõem também sete fases para o processo de contratação de quadros:

1. Especificação da situação do negócio e da orientação estratégica;


2. Confirmação ou alteração da estrutura organizativa atual;
3. Descrição das funções de cada lugar-chave da estrutura;
4. Avaliação do pessoal-chave na estrutura;
5. Distribuição do pessoal-chave pelos diferentes lugares.

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Para avaliar a adequação das características do candidato ao posto de trabalho é necessário traçar
previamente o perfil ideal para as funções a desempenhar. Este perfil poderá incluir as seguintes
dimensões:

1. Análise e identificação de problemas; 12. Tomada de decisões estratégicas;


2. Aplicação prática das soluções; 13. Abertura à inovação e à mudança;
3. Execução e controle; 14. Gestão do processo estratégico;
4. Comunicação com os outros; 15. Empatia e influência interpessoal;
5. Delegação; 16. Gestão de equipas;
6. Gestão de crises; 17. Automatização;
7. Capacidade de negociação; 18. Maturidade e força emocional;
8. Enfoque nos recursos humanos; 19. Integridade pessoal;
9. Capacidade de recrutamento; 20. Conhecimentos técnicos;
10. Desenvolvimento dos subordinados; 21. Conhecimentos funcionais;
11. Conceptualização e perspetiva do 22. Conhecimento do negócio.
contexto estratégico;

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2. Suportes ao empreendedorismo

2.1. Estratégias de intervenção

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Fase 1: Identificar e avaliar a oportunidade

a. Identificar as oportunidades: elas resultam do empreendedor estar alerta às


possibilidades. Fontes: amigos, familiares, experiência pessoal, mercado, etc…
b. Avaliação das oportunidades: é o elemento mais crítico do processo de
empreendedorismo.
c. O processo de avaliação implica analisar:
a. Duração da oportunidade;
b. Valor real e valor percebido;
c. Risco e retornos;
d. Adequação às competências e objetivos do empreendedor;
e. Singularidade ou vantagem diferencial no seu ambiente de concorrência;
d. A dimensão do Mercado e a largura da janela de oportunidade são as bases primárias
para determinar os riscos e as recompensas:
a. Os Riscos:
• risco de mercado;
• risco da concorrência;
• risco da tecnologia;

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• risco financeiro;
b. O capital necessário forma a base para o retorno e as recompensas.
e. A identificação e avaliação da oportunidade deve permitir a tomada de decisão sobre:
a. Uma descrição do produto / serviço;
b. Uma análise da oportunidade;
c. Avaliação do empreendedor e da equipa;
d. Especificações de todas as atividades e recursos necessários;
e. Capital necessário para financiar a empresa.

Fase 2: Desenvolver um plano de negócios.

1. Construir um bom plano de negócios para explorar a oportunidade;


2. Este plano é essencial para determinar os recursos necessários, obter esses recursos e
gerir com sucesso a empresa.

Fase 3: Determinar os recursos necessários.

1. Avaliar os recursos atuais do empreendedor;


2. Diferenciar os recursos críticos dos não críticos;
3. Não subestimar a quantidade e variedade de recursos necessários (humanos,
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tecnológicos, financeiros, etc)

Fase 4: Gerir a empresa

1. O empreendedor deve usar os recursos para implementar o plano de negócios;


2. Isso implica implementar uma estrutura de gestão, assim como identificar um sistema
de controlo.

2.2. Resistência ao fracasso

O empreendedorismo e a inovação andam de mãos dadas no meio empresarial, em maior ou menor grau,
estes acarretam alguns riscos para a organização, dado que implica investimentos aos quais estão
associadas determinadas expetativas no que respeita às vantagens daí resultantes. Assim sendo, as
empresas devem ponderar os riscos de inovar face aos riscos de não inovar.

Os riscos de inovar resultam de:

▪ O produto não satisfazer as necessidades do cliente;

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▪ A inovação acarreta elevados investimentos, com grande dificuldade de rentabilização durante


o ciclo de vida do produto;
▪ A concorrência aproveitar a inovação, através das imitações mais ou menos eficientes ou através
da incorporação de alguns elementos distintivos;
▪ Existir escassez de meios financeiros para implementar uma ideia inovadora;
▪ Verificar-se incapacidade para implantar a inovação;
▪ Assumir um risco demasiado elevado que leve os financiadores a exigir uma remuneração
superior;
▪ Risco de perda de conhecimento quando a inovação é realizada em parceria com outra empresa;
▪ A empresa tornar-se dependente do novo produto.

Por outro lado, a opção de não inovar implica outros riscos:

▪ Os produtos/ serviços tornam-se obsoletos;


▪ A diminuição da rentabilidade, devido à redução do valor dos produtos/serviços leva a uma
diminuição das receitas;
▪ A perda de imagem da empresa e dos produtos;
▪ A perda de competitividade;
▪ A perda de quota de mercado;
▪ A perda de ideias de negócio;
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▪ O não acompanhamento dos novos padrões tecnológicos;
▪ A redução do ciclo de vida expetável para o produto.

Claramente, ao não inovar a empresa arrisca-se a perder oportunidades de negócio, receitas,


competitividade e rentabilidade para os concorrentes mais inovadores. Todavia, inovar pode ser
desencorajador para as empresas, uma vez que assumir riscos e incertezas futuras não é tarefa fácil.
Assim, estima-se que a taxa de insucesso dos pioneiros (os inovadores) é de 47% e que apenas 11% é que
têm sucesso no mercado. Todavia, 71% das empresas que são criadas apenas sobrevivem 5 anos.

Tendo em conta estas estatísticas, cada empresa deve identificar um conjunto de motivações próprias
para investir num processo longo e contínuo de inovação:

▪ Proteção contra riscos económicos;


▪ A satisfação das necessidades dos consumidores;
▪ Fidelização dos clientes;
▪ A melhoria da qualidade do produto;
▪ A diversificação do produto;
▪ O aumento da margem de lucro;

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▪ A criação de parcerias;
▪ Aproveitar novas oportunidades de mercado.

São estas as motivações que levam as empresas a inovar. Para tal, têm de conjugar três fatores:

1. Oportunidade (capacidade de perceber uma necessidade de mercado)


2. Vontade (determinação e empenho em que algo aconteça)
3. Capacidade (existência de recursos humanos, financeiros e técnicos para ser capaz de executar)

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