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Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 5: 325-334, 1995.

ESTUDOS DE PÚBLICO: A AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO


COMO INSTRUMENTO PARA COMPREENDER
UM PROCESSO DE COMUNICAÇÃO*

Adriana M ortar a Alm eida**

Neste estudo pretendemos discutir a avalia­ sição e visitante, para que se possa realmente me­
ção de exposições através da análise da bibliogra­ lhorar o poder de comunicação das exposições.
fia disponível. Apresentaremos as pesquisas da área a partir
Na história dos museus, da Europa e da A m é­ de tem áticas que consideram os fundam entais,
rica, verificamos mudanças de prioridades nestas como os tipos de avaliação, a relação do público
instituições: Inicialm ente o museu é, principal­ com as exposições, as tipologias de público obti­
mente, um repositório de objetos, aos poucos tor­ das e métodos de pesquisa.
na-se centro de pesquisa e mais tarde passa a se
preocupar com as exposições enquanto espaço de
divulgação de conhecimento. Os museus, princi­ H istórico
palmente no século XX, vão se especializando e
tom ando suas exposições cada vez mais didáticas. Nos últimos 25 anos, na Europa e América do
V e rific a m -se p re o c u p a ç õ e s p e d a g ó g ic a s no Norte, houve um grande aumento do número de
aperfeiçoam ento das técnicas museográficas, de pesquisas de público de museus, passando de en-
arquitetura e design. quêtes demográficas para estudos de comportamen­
O afluxo de público aos museus toma-se um to, personalidade, referências, reações e assimila­
sinal de sucesso. Aos poucos, os pesquisadores das ção dos visitantes.
áreas de museologia e educação em museus perce­ A preocupação com a fruição da exposição
bem que a quantidade de visitantes nem sempre pelo público não é nova. Em publicações, ela apa­
corresponde à qualidade da fruição das exposi­ rece no início deste século (EUA/1916), num arti­
ções. Crescem as preocupações no sentido de co­ go de Benjamin Gillman sobre a fadiga nos mu­
nhecer o público visitante, suas características bási­ seus, causada segundo ele, pelas vitrinas mal
cas (perfil) e expectativas para o aperfeiçoamento estruturadas (sobre as quais as pessoas têm que se
da programação dos museus. Mas só isto não é curvar para enxergar), além do fato de o museu ser
suficiente: é preciso entender o processo de com u­ um lugar tenebroso, chato, um depósito de bric-à-
nicação que ocorre dentro do museu, entre expo­ brac. Nos anos 20, em Viena, Otto Neurath desen­
volve avaliação da exposição do Museu Econômico
e Social. O eixo é o visitante: busca-se saber suas
necessidades e desejos para decidir quais inform a­
(*) Este estudo é parte de minha dissertação de mestrado: “A ções serão comunicadas e de que maneira será sua
relação do público com o Museu do Instituto Butantan: apresentação. Entre 1928 e 1931, Edw ard Ro-
Análise da exposição Na Natureza não Existem Vilões”.
binson e Arthur Melton (EUA) realizam estudos
Escola de Comunicações e Artes da USP, 1995, sob orientação
de Maria Helena Pires Martins. empíricos de observação do público: percurso nas
(**) Seção Educação do Museu de Arqueologia e Etnologia salas, partes que mais atraem, como o público uti­
da Universidade de São Paulo. liza diferentes recursos, entre outras questões. Nos
(1) “...um entendimento claro das experiências dos visitantes anos 40, foram realizados diversos estudos para
não será obtido através das análises do número de visitantes.
com preender de que maneira cada tipo de apre­
A valiações do m useu, se pretendem refletir a m issão
educacional do museu, deveriam considerar se os programas sentação influenciava os visitantes. Havia interes­
do m useu com unicam suas m ensagens com eficá cia .” se em estudos psicológicos que seriam desenvol­
(Munley, 1987:117). vidos em maior escala nos anos 70. Harris Shettel

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foi pioneiro na utilização sistemática de maquetes partamentos, trabalhando com verba governam en­
para antecipar reações do público, corrigir textos e tal, são criados para que os órgãos culturais sejam
ilu straçõ es antes da m ontagem da exposição mais bem dirigidos e com isso se evite desperdício
(Screven, 1993:6-12). de verbas públicas. A diminuição das verbas ofi­
Entre 1959 e 1961, D.F.Cameron e P.S. Abbey ciais para os órgãos culturais estimulou o desen­
(Canadá) realizaram as primeiras enquêtes siste­ volvimento de estratégias de m arketing para atrair
máticas em museu relacionando composição demo­ maior público, incluindo as avaliações dos progra­
gráfica e comportamento. Verificaram que a popu­ mas e exposições.
lação tinha dificuldades de decifrar as exposições Na Inglaterra, o curador passa a ver o visitante
e entender as mensagens propostas, assim deter­ como um consumidor, que precisa gostar do que
minaram a necessidade de metodologias para defi­ vê, senão não retomará. O visitante/consumidor se
nir aquilo que o visitante precisa e a eficiência da diferencia do público/massa, pois é individualizado
comunicação das idéias apresentadas. Nesse sen­ dentro de subgrupos, para os quais serão adaptadas
tido, as exposições dos museus criados na década as exposições. Para alguns profissionais da área mu-
de 70 (Centro Científico de Ontario, Museu Real seológica, o interesse em melhorar as exposições é
da Columbia Britânica entre outros) tentaram res­ fundamental e portanto não há problema se esse
ponder às necessidades dos visitantes, através de aperfeiçoamento é gerado por interesses comerciais,
uma estética industrial que leva em conta a satis­ pois no final o público será beneficiado (McManus,
fação do consum idor (Willians, 1993: 20-25, gri­ 1993: 26-32 e McDonald, 1993: 12-27).
fo nosso). Na França, foi fundado em 1991 um Observa­
Nos anos 80, a importância dos estudos de tório Permanente de Públicos (OPP) que realiza
público não é mais questionada e várias revistas pesquisas em nível nacional para perceber evo­
publicam artigos sobre o assunto: Science Edu- luções e diferenças entre os museus. Há um a gran­
cation, Journal o f Research in Science Teaching, de preocupação com o cidadão francês enquanto
Curator, M useum News. Além disso são criadas usuário dos estabelecimentos culturais. A pesar de
publicações exclusivam ente sobre este assunto, as questões mercadológicas também serem leva­
como as revistas Visitor Studies Conference Pro- das em conta, o visitante é antes visto com o cida­
ceedings e ILVS R eview : A jo u rn a l o f visitor dão e não como consumidor, pois o primeiro refle­
behavior( 1988), ambas norte americanas e a fran­ te sobre projetos e princípios propostos na produ­
cesa Publics & Musées, com o primeiro número ção do produto que utiliza e o segundo não (Le
de 1991. Maree, 1993: 91-109).
Concordamos com a afirmação de Shettel e Do Brasil, conhecemos os seguintes trabalhos:
Munley, sobre o espaço definitivo ocupado pela Em 1976, o M useu de Arte de São Paulo realizou
avaliação no museu: uma pesquisa de seu público, por três meses, du­
“com a premissa básica de que os museus rante a exposição “GSP/76”, determinando o per­
devem ter um impacto educacional sobre o fil dos visitantes (idade, escolaridade, sexo, ocu­
visitante eventual, a avaliação se torna, por pação), freqüência de visitação ao MASP, m oti­
princípio, uma parte necessária e integrante vação da visita, conhecimento de outros museus e
da exposição e do processo de desenvolvi­ tempo de visitação (MASP, 1976). Em 1987, M a­
mento educativo.” (Shettel, 1986: 63). rio de Souza Chagas coordenou uma pesquisa rea­
lizada por alunos da UNI-RIO, na qual foram en­
Em alguns países são criados departamentos trevistadas pessoas na rua (deveriam dizer uma
(federais, estaduais, municipais) na área cultural palavra que relacionasse ao estím ulo “m useu”).
para desenvolvimento de estudos de públicos das Pelo título do trabalho sabemos o que a maioria
diversas atividades culturais oferecidas. Esses de­ respondeu: “M useu: coisa velha, coisa antiga”
(Chagas, 1987). Desses trabalhos aqui citados não
derivaram novas exposições ou políticas culturais
(2) Com o os autores verificam , apesar da importância
ou mesmo modificações nas exposições anterio­
reconhecida da avaliação, ela não era executada sistema­
ticamente pelos museus norte-americanos naquela época, nem res. Nesse sentido, se levarmos em conta a defini­
fa zia parte do currículo dos cursos de form ação de ção de “avaliação de exposição” de Screven (1990:
profissionais de museus. 36), como sendo

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“um processo para obtenção de informações cos os estudos de público de museus no Brasil, e
sobre visitantes que, em últim a instância, os publicados são raros, para que possamos fazer
podem contribuir para a eficácia de uma ex­ afirmações generalizantes.
posição e seus com ponentes interpretativos
sobre o comportamento do visitante, seus in­
teresses, ou capacidade de comunicação da A especificidade das relações
exposição.", do público com as exposições
m useológicas: tipos de público
tais pesquisas carecem de continuidade.
N a dissertação de M. Cristina O. Bruno en­
contramos a continuidade da avaliação determi­ Antes de discutirmos a avaliação de exposi­
nando a concepção de um a nova programação. ções, destacaremos alguns aspectos da relação do
Bruno avaliou a ação museológica do Instituto de visitante (público) com a exposição (museu). A
Pré-H istória da USP, que incluía a exposição de especificidade desse processo de comunicação de­
longa duração “27 Anos de Preservação, Pesquisa term ina as abordagens das avaliações.
e Ensino” (1978-1983), exposições itinerantes e o Como outras instituições culturais, os museus
Serviço Educativo. : A pesquisadora obteve gran­ atraem aqueles visitantes que se identificam com
de parte do material para avaliação através de ques­ suas propostas. Ao longo dos anos, os museus defi­
tionários respondidos pelos estudantes que vi­ niram sua imagem para o público e criaram tam ­
sitavam, com monitoria, o Museu de Pré-História bém sua imagem do público.
Paulo Duarte. A partir da análise dos vários re­ McDonald faz uma retrospectiva da relação
sultados, Bruno desenvolveu novos programas de do público com o museu (na Inglaterra) partindo
ação m useológica (1984): Programa I: Exposição do pressuposto de que os museus criam os seus
de longa duração sobre o cotidiano na pré-história públicos ou “conjuntos de visitantes” (corps de
e na arqueologia; Programa II: Serviço Educativo visiteurs) específicos, pois a visão do visitante ‘ide­
atuando junto a alunos e professores em monitorias al’ está inscrita implícita ou explicitam ente nos
e cursos; Program a III: Exposições itinerantes nas objetos expostos. Assim, no início do século, os
regiões onde se desenvolviam pesquisas arqueo­ museus criaram visitantes sóbrios e sérios, que
lógicas; e Programa IV: M emória e Documenta­ faziam o mesmo percurso em que os objetos esta-
ção do Instituto de Pré-História (Bruno, 1984). vam sempre protegidos por vitrinas e/ou cordas. A
Cristina M. de Souza e Silva, em sua disser­ arquitetura, por vezes, fazia com que os visitantes
tação de mestrado “Pesquisa de público em mu­ controlassem uns aos outros, verificando suas rea­
seus e instituições abertas à visitação - fundamen­ ções e comportamentos. Com a abertura em horá­
tos e m etodologias” (Silva, 1989), baseou-se nas rios mais amplos e gratuidade no século XX,4 os
estatísticas do IBGE de acervo e visitação de mu­ museus públicos ingleses davam a impressão do
seus, sugerindo algumas metodologias de estudos livre acesso de todos - idéia incluída no projeto de
de público. Nação em andamento - dissimulando as diferenças
Nos estudos norte-americanos e europeus que de classe, sexo, etnia, que afetavam a capacidade
tivemos oportunidade de ler, são feitas, eventual­ de cada grupo de se identificar ao projeto propos­
mente, generalizações. Apesar das grandes dife­ to.
renças que separam as áreas culturais da Europa e Nos últimos 25 anos, as exposições passaram
A m érica do Norte em relação ao Brasil, acredi­ por avaliações para tom á-las cada vez melhores
tamos que podem os fazer valer para nossos mu­ aos visitantes, que freqüentam mais os museus. Nas
seus tais afirmações. Infelizmente, ainda são pou­ novas exposições, os visitantes podem escolher
percursos individualizados e aprofundar mais ou
menos seus conhecimentos nos temas propostos.
O perfil atual do visitante é o de um consum idor
(3) Existem várias dissertações que enfocaram a educação com iniciativa, escolhas rápidas e senso de res-
em museus. Os profissionais dos setores educativos dos
museus sempre realizaram avaliações sistemáticas visando
alimentar novas programações. Vide: Alencar, 1987; Cazelli,
1992; Cintra, 1990; Freire, 1992; Gaspar, 1993; Grinspum, (4) Os museus públicos ingleses eram gratuitos para qualquer
1991; Grossmann, 1988 e Lopes, 1988. visitante, até 1987 quando começaram a cobrar ingressos.

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ponsabilidade. M cDonald insere essa “nova” vi­ ‘‘Para o visitante de museu, aprender re­
são de visitante dentro do ideal contem porâneo presenta uma ampla gama de experiências -
de trabalhador: indivíduo flexível, com iniciati­ desde o dom ínio de novas inform ações até
va, senso de responsabilidade e m otivação pes­ um aumento de sensibilidade estética, um au­
soal. Assim, os museus pretendem ter visitantes mento da curiosidade sobre o mundo natural
cada vez mais ativos, em harm onia com as neces­ e um crescimento pessoal. No museu, onde
sidades da sociedade contem porânea (McDonald, os objetos e idéias estão interligados para
1993: 12-27). transmitir uma mensagem, aprender signifi­
Em Toronto (Canadá) foi realizada uma am­ ca form ar opiniões e fo rm a r uma sensibili­
pla pesquisa (Linton, 1992: 239-259) envolvendo dade estética e cultural. Os fatores envolvi­
entrevistas com o público visitante de quatro mu­ dos nesse tipo de aprendizagem consistem,
seus locais (A rt Gallery ofO ntario (AGO), Royal principalm ente, em sentim entos subjetivos,
Ontario Museum (ROM), Ontario Science Center condições da mente, e desenvolvim ento de
(OSC) e Toronto M etropolitan Zoo (ZOO)) e não- significado pessoal sobre o conteúdo dos pro­
visitantes contatados por telefone. Nessa pesquisa gramas ”,
ficou clara a diferença de perfil dos visitantes dos
quatro museus, percebendo-se uma escala que va­ Munley lembra que avaliar a aprendizagem em
riava da Galeria de Arte até o Zoo: museu é um desafio, pois os visitantes vêm ao m u­
Os não-visitantes (não foram em nenhum dos seu com diferentes níveis de interesse e conheci­
museus nos últimos 3 anos) gostavam mais de fi­ mento. A experiência da visita é individual, sendo
car em casa vendo TV ou praticando hobbies, sen­ que cada pessoa presta mais atenção a elementos
do que muitos têm pouco tempo disponível para diferentes. Geralmente a linguagem dos objetos é
lazer e pouco interesse nesses museus. desconhecida pelos visitantes, cabendo aos cura­
dores, designers e educadores auxiliar o visitante
a encontrar significados. A avaliação ajuda os pro­
AGO_______ ROM OSC ZOO fissionais de museu a conhecer a com preensão do
Experiência mais ________ Maior público e suas respostas às exposições e progra­
contemplativa > socialização
mas.
Público mais Público mais
velho jovem
W hitney alerta que, geralmente, os criadores
das exposições acham que conhecendo um pouco
M enos crianças -------------> M ais crianças
o que seu público pensa e apresentando as infor­
mações de forma organizada e interessante, cer­
Os autores detalharam uma série de dados da tamente estarão colaborando na aprendizagem dos
pesquisa, sempre buscando mostrar a necessidade visitante. O autor (Whitney, 1990: 70) considera
de modificação de exposições, de estratégias de que,
marketing e de tratamento aos visitantes para am­
pliação e satisfação do público. Este último fator, “...um grande problema dos museus e de ou­
a experiência positiva da visita ao museu, é fun­ tras organizações voltadas para a educação
damental pois constatou-se que foi “de boca” a informal é que normalmente têm que enviar
forma mais eficaz de divulgação e motivação para a mesma mensagem geral para todos os visi­
visitar ou não os museus. tantes. ”,
Durante a visita ao museu, o público pode se
quando sabemos que cada indivíduo/visitante vem
divertir, se chatear, aprender, aum entar sua cu­
com conhecim entos prévios e interesses especí-
riosidade sobre alguns temas, se cansar, etc.. A pos­
sibilidade de aprendizagem e a forma em que ela
ocorre no museu é muito discutida pelos educado­ (5) Munley cita uma série de tipos de pesquisas de avaliação,
res. sobre “o uso de etiquetas; estímulo de curiosidade do público
Em artigo sobre avaliação em museus, Munley adulto; eficácia de exposições interativas; a extensão da
aprendizagem fatual; o poder de atração de diferentes
destaca que a aprendizagem em museus é espe­
exibições; a efetividade da seqüência de informações e os
cífica e difere daquela de espaços tradicionais como efeitos da interpretação ao vivo no tradicional ambiente de
a escola (Munley, 1987: 116): museu” (Munley, 1987:118).

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ficos que podem não estar incluídos na aborda­ dizagem é a liberdade de escolha de itinerário pelo
gem da exposição ou estar dispersos, dificultando visitante.
a fruição. Uma visita pode gerar três tipos básicos de
C.G. Screven tem vários artigos sobre ava­ impacto: cognitivo (fatos, conceitos, princípios,
liação em m useus além de ser um dos editores habilidade de resolver problemas...); afetivo (ex­
da ILVS Review . Em artigo (Screven, 1991: 10- citação, amolação, disposição para entender ou­
20) para a revista do CECA (C om itê de E du­ tros pontos de vista, confiança em si...) e sen-
cação e A ção C ultural do ICOM ) ele discute ex­ soriom otor (atividades m anuais práticas com ­
posições educativas para visitantes livres, isto plementares à exposição). Screven acha que os
é, com o fazer um a exposição didática funcionar objetivos da exposição devem ser definidos e ex­
para o público espontâneo/não organizado? Scre­ pressos claramente, sem ambigüidades. O impac­
ven lem bra que se aprende no m useu dentro de to da informação fatual é quase nulo dado que o
um ritm o próprio, de form a exploratória e não tempo diante de uma vitrina é de 15 a 30 segundos
linear, estando sem pre no cam po do não-form al. (Screven, 1991: 14).
O ensino baseia-se nos objetos, apresentados na
“Os resultados afetivos e as capacidades
exposição, que não deve ser pensada com o um
cognitivas mais gerais podem, na verdade,
grande livro. Para Screven os visitantes se com ­
constituir fin s educativos mais realistas para
portam de três m aneiras básicas na sala de ex­
os museus e ser uma conseqüência da visita
posição: 1. Há um pequeno grupo que não pres­
mais verossímil do que o conteúdo carrega­
ta atenção às exposições e que pouco aprende;
do de informações de muitas exposições que
dificilm ente consegue-se m udar tal situação. 2.
se dizem educativas ”.
Um pequeno grupo que tem centros de interesse
particulares e sabe o que quer ver e aprender. 3. Nos estudos de público da Cité de Sciences et
Um grande grupo que explora o museu ao acaso de VIndustrie (França) podem os acom panhar a
procurando algo que lhe interessa. N este caso as determinação de diferentes tipologias de visitan­
exp osições bem elaboradas criam interesse e tes de acordo com a metodologia e a abordagem
com unicam. da pesquisa. Antes de ser inaugurada a Cité foram
Além disso, Screven lembra que, fora dos gru­ feitas pesquisas de público e a partir dos três tipos
pos escolares, a maioria dos visitantes tem nível encontrados foram criados diferentes elementos
de instrução mais elevado que o conjunto da popu­ museológicos para sensibilizá-los: 1) Indivíduo
lação, tem uma orientação social ou familiar (visi­
ta em grupos de duas ou três pessoas), sua orienta­
(6) Sobre esta questão da seqüência de elementos/módulos
ção visual/sensorial é mais atraída por seres vi­
da exposição, há o artigo de Falk (1993: 133-146), em que
vos, objetos em movimento, coisas novas e busca ele experimenta organizar de maneira linear e não-linear os
o novo, o único, o inédito. mesmos módulos expositivos e avalia o comportamento e
Pensando nestes visitantes, Screven aponta compreensão do público. Neste estudo ele conclui que o
os aspectos que podem incitá-los a aprender: os visitante frui melhor a exposição não-linear, tendo sua
curiosidade atiçada no início e desenvolvendo seu próprio
intrínsecos ao am biente museal que nascem da
roteiro de visitação. Falk sugere que a exp osição seja
interação do público com o conteúdo da apresen­ composta por elementos individualmente coerentes, que
ta çã o ; e os e x trín se c o s, que são a tiv id a d e s tenham sentido em si mesmos, não necessitando de leitura de
exploratórias, sociais e fam iliares que criam m o­ forma linear e hierarquizada.
tivações para a aprendizagem . O autor destaca (7) Esta opinião vai ao encontro da proposta de Munley
que o desafio está em tornar a “exploração livre” quando ela afirma que quem avalia deve utilizar “in s­
trumentos de pesquisa capazes de revelar a qualidade
e “interação social” úteis aos objetivos educa­
m ultid im en sion al da visita ao m useu tanto quanto a
cionais a não elem entos dispersivos. Para ele a aprendizagem cognitiva e afetiva que freqüentemente ocorre.
diversão não é incompatível com a aprendizagem, Pode-se determinar, por exemplo, se os visitantes estão aptos
mas aquela deve ser um meio e não um fim em si a identificar os cinco tipos de pontas de flecha apresentados e
mesma. etiquetados na exposição, mas este dado é periférico se o
profissionais montaram a exposição não só para aumentar o
Screven ressalta a importância dos elementos
conhecimento dos visitantes sobre pontas de flecha, mas para
informais da exposição para motivação dos visi­ contribuir no seu entendimento dos Cherokee enquanto um
tantes. Uma das motivações que facilitam a apren­ povo.” (Munley, 1987:121).

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com atitude contem plativa e passiva (VER): cri­ cessariamente visitam exposições todas as vezes
ação de objetos de grande impacto visual que le­ que vão à Mediateca. Visita de aprofundam ento
vem à reflexão e interesse mais ativos; 2) Atitude em que o v isitan te já co n h ece a C ité e vem
desperta, interativa, m anual (TOCAR): se o pú­ aprofundar temas. Vizinhos que vêm a pé, conhe­
blico quer fazer a exposição deve ter elementos para cem bem a Cité e o parque e vão a poucos locais e
participação ativa; 3) Atitude motivada, exigente, Congressistas que não visitam a Cité ficando con­
reflexiva (COMPREENDER): desenvolver o ní­ finados ao espaço para congressos (M engin, 1993:
vel de compreensão de fenômenos subjacentes. 47-65).
Depois da inauguração, foram realizadas vá­ Em artigo de R. Miles (1993: 27-28) sobre o
rias pesquisas de público. Uma pesquisa de 1987 M useu Britânico de História Natural, ele explica
determinou os tipos segundo a satisfação lúdico/ que as exposições educativas passam por discus­
didática após a visita: Austeros (10%) aprende­ sões entre os experts (curadores), autores da expo­
ram sem se divertir; fúteis (20%) divertiram-se sem sição, pesquisadores de exposição e designers de
aprender; blasés (6%) já conheciam conteúdos, não exposição, além de avaliadores, educadores e edi­
aprenderam nem se divertiram; frustrados (12%) tores para sua realização. Trata-se de um processo
acharam visita muito curta e museu muito cheio e de trocas para a melhor concepção das exposições.
satisfeitos (52%) aprenderam e se divertiram. Os avaliadores observaram que as visitas ao
U m a segunda pesquisa relacionou o uso de museu não duram mais do que duas horas e trinta
dez elementos da exposição (Explora) com a con­ minutos incluindo os vários serviços que concor­
cepção de ciência e tecnologia dos visitantes. Fo­ rem com a exposição (restaurante, loja, sanitári­
ram definidos quatro tipos de visitantes: Ciência os). Durante uma típica visita:
e tecnologia são vistas profissionalmente: visi­ - visitantes movem-se o tempo todo exploran­
tantes têm conhecimentos prévios, apreciam pro­ do todo o museu para ‘sentir’ o conjunto das expo­
postas pedagógicas, porém ficam distantes e passi­ sições mais do que os elementos individuais;
vos; Ciência e tecnologia vistas a nível pessoal: - maioria das exposições são inspecionadas
participam e respondem às solicitações da exposi­ casualmente. Somente algumas, variando de visi­
ção, discutem com monitores e empenham-se em tante para visitante, provocam atenção por algum
não esquecer o que viram; Sem envolvim ento e período de tempo. Paradas na exposição podem
com prevenção: buscam alguma informação reuti- durar de 45 minutos até menos de 30 segundos;
lizável, mostrando-se reservados em relação às pro­ - é dada maior atenção à exposição nos pri­
postas espetaculares e Sem envolvimento e sem meiros 30 minutos de visita; com o tempo o visi­
prevenção: deixam-se guiar pelas sinalizações da tante pára menos freqüentemente na exposição e
Cité. Ativos quando a curiosidade é estimulada; fica menos tempo.
em busca de prazer instantâneo, deixam módulos Miles conclui:
sem entender o objetivo da demonstração.
“quanto mais entenderm os o que acontece
As pesquisas continuaram na Cité e em 1991,
durante uma visita, tanto mais seremos ca­
através de entrevistas (de 3343 visitantes de mais
pazes de planejar exposições que atendam às
de 12 anos) e observações, foram definidas nove
classes de finalidades de visitas, que podem se necessidades de nossos visitantes; e estare­
mos mais capacitados para fornecer um am ­
sobrepor: Fam iliar para distração das crianças,
ocorrendo com freqüência. Estudiosa na qual in­ biente onde possa ocorrer aprendizagem . ”
(Miles, 1993: 28).
divíduo ou grupo vai direto para o módulo de inte­
resse para aprender. Descoberta de estudantes
feitas por jovens de longe que visitam sem roteiro
prévio. Descoberta incluindo Géode em que os Tipos de avaliação
visitantes passam muitas horas, geralmente de tu­
ristas estrangeiros em férias, conhecendo toda a A realização de experiências de pesquisa e es­
Cité. D escoberta sem Géode menor do que a vi­ tudos de públicos foram determinando algumas ca­
sita anterior, incluindo menos turistas estrangei­ tegorias que são aceitas e referidas em novos estu­
ros que a anterior. A ssíduos da M ediateca inclui dos. Podemos definir os tipos de avaliação por seus
visitantes que freqüentam a M ediateca e não ne­ objetivos, métodos, abordagens e procedimentos.

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M unley considera que os estudos de público ção estudados: avaliação formativa: dá inform a­
{audience studies) - todo esforço sistemático para ção sobre e fic á c ia do p ro g ram a d u ran te seu
obter inform ações sobre público de museus - po­ desenvolvimento; avaliação somativa: realizada
dem ser divididos em cinco tipos, segundo o obje­ quando com pletada um a exposição ou program a
tivo que se pretende alcançar: Justificativa do trazendo elem entos para futuras program ações;
valor da instituição e/ou de programa; Auxílio no avaliação processual: traz informações sobre os
planejam ento a longo prazo para museu ou parte procedimentos de um programa ou exibição, dan­
dele; A uxílio na form ulação de novos programas; do ênfase às características do programa, com o
Saber a eficiência de programas existentes e, au­ tamanho da mostra, número de palestras num se­
mento com preensão de como as pessoas utilizam minário, a existência de guias de galerias na expo­
museus através de processo de pesquisa e elabora­ sição. O estudo procura saber como estes elem en­
ção teórica. tos contribuem para a aprendizagem e satisfação
Os dois prim eiros objetivos são alcançados do visitante; avaliação de produto: mede e inter­
através de pesquisas de marketing, levantamentos preta a consecução de objetivos das exposições e
dem ográficos e estimativas das necessidades. O programas. Estes estudos focalizam os resultados
último dem anda um a pesquisa científica. O 3o e 4o da aprendizagem do visitante e as mudanças de
requerem avaliações de programas existentes e atitudes. Esses quatro tipos podem aparecer numa
novos (Munley, 1986: 18-23). mesma avaliação dependendo dos interesses dos
Em 1987, Hana Gottesdiener publica uma bi­ profissionais do museu e dos recursos existentes
b lio grafia com entada de estudos de avaliação (Munley, 1987).
(Gottesdiener, 1987) em que distingue quatro ti­ Screven reconhece, como os autores já vistos,
pos de avaliação: avaliação prévia que ocorre quatro tipos de avaliação. Porém, para ele há uma
durante o planejamento da exposição; formativa, avaliação prelim inar (Front-end Evaluation) em
realizada através de simulações e montagens pré­ que se busca conhecer os conceitos, preconceitos e
vias de partes da exposição; somativa, que permi­ mal-entendidos sobre os temas a serem tratados,
te estudar a recepção da exposição pronta pelo pelo público potencial. Com essa primeira pesqui­
público e, avaliação da avaliação, que traz ele­ sa realiza-se o planejamento geral. Na fase de defi­
mentos para novos estudos e destaca o fato de a nição do design é realizada a avaliação form ativa
avaliação ser parte do processo de produção. com a utilização de modelos e maquetes e observa­
Estas diferentes formas de avaliação podem ção e entrevista de visitantes. Uma vez montada a
se dar em três abordagens: avaliação centrada nos exposição faz-se a avaliação som ativa que infor­
objetivos: visa saber se foram atingidos os obje­ ma o que precisa ser modificado. Para testar as
tivos pedagógicos da exposição, se o visitante m o­ modificações, com modelos, faz-se a avaliação
dificou seu com portam ento no sentido proposto corretiva (Remedial Evaluation). Tanto a avalia­
pelos realizadores; avaliação naturalista: não é ção corretiva como a formativa são instrumentos
elaborada a priori, levando em conta as atitudes práticos e rápidos (não são pesquisas que neces­
dos visitantes e profissionais do museu, “a ênfase sitem de grupo de controle e análises estatísticas)
é dada sobre a diversidade de experiências pes­ para informar quais elementos da exposição pode­
soais. As hipóteses devem emergir ao curso do es­ riam ser melhorados dentro dos objetivos propostos
tudo. Observações e entrevistas são essenciais nes­ (Screven, 1990: 36-66).
ta abordagem ” ; avaliação funcional: “insiste so­
bre a necessidade de adaptar seus métodos de pes­
quisa a cada novo estudo empreendido. Na verda­ M étodos de pesquisa
de, a qualidade do cliente e a natureza das ques­
tões que se colocam determinam avaliações dife­ Em Bourdieu & Darbel (Bourdieu, 1985) te­
rentes” (Gottesdiener, 1987: 9-11). Cada uma des­ mos um profundo estudo do público de museus de
tas abordagens tem suas limitações e deve ser uti­ arte na Europa (França, Holanda, Polônia, G récia
lizada com clareza de opções. e Espanha) a partir de questionários. Bourdieu de­
Também para Munley, existem quatro tipos talha a metodologia da pesquisa na qual procurou
básicos de avaliação, distintos pelo momento em fazer verificações que confrontassem um sistema
que são aplicados e pelos aspectos da program a­ de proposições teóricas com um sistema coerente

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Estudos Bibliográficos - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 5: 325-334, 1995.

de fatos produzidos. Através de questionários pré­ “Os métodos utilizados para coletar inform a­
vios, de entrevistas de controle, de observações e ções precisam estar diretamente relaciona­
questionários, o autor traça um perfil da preferên­ dos aos tipos de questões e temas abordados
cia de artistas e hábitos do público em museu de no estudo, e - talvez o mais importante - os
arte de diferentes condições sociais e níveis de es­ m étodos precisam ser com patíveis com o
colaridade. ambiente do m useu” (Munley, 1987: 121).
G ottesdiener apresenta alguns m étodos de
Munley apresenta quatro princípios que deve­
pesquisa relacionados com os conteúdos que se
riam nortear a avaliação do museu: avaliações
deseja avaliar. Um dos casos é o da avaliação de
fornecem informações acuradas e úteis na m e­
modificação de comportamento, que torna neces­
dida em que trazem as experiências dos v i­
sário questionar o público antes e depois da visita.
sitantes para a pesquisa: o pesquisador precisa
N este caso pode-se incorrer em problemas, pois as
ouvir os visitantes e não fazer apenas questões fe­
questões direcionarão previamente a atenção do
chadas ou controlar o tempo de visitação. A autora
visitante para elementos perguntados. Como op­
estimula o diálogo do pesquisador com o público
ção pode-se com parar grupos que visitaram com
para o entendim ento de seu comportamento. Ava­
grupos que não visitaram a exposição. As ques­
liações devem tratar as pessoas como seres hu­
tõ es d ev em ser e la b o ra d a s c la ra m e n te sem
m anos: o hom em p o d e c o m e n ta r seu c o m ­
ambigüidades. E é claro que ao avaliar aprendiza­
portamento e dar sentido às suas ações. Novamente
gem deve-se levar em conta os objetivos do públi­
a autora destaca a importância de se ouvir o visi­
co, isto é, “e se os visitantes não vêm para apren­
tante e de se elaborar bem as questões, para que
der, o que significa avaliar a aprendizagem ?”
fique claro que o pesquisador deseja saber qual foi
(Gottesdiener, 1987: 20).
a experiência do visitante e que não pretende testá-
Screven considera que o desafio de projetar
lo. A natureza m ultidim ensional das experiên­
uma exposição educativa passa por duas necessi­
cias no m useu requer uma abordagem que ana­
dades: maximizar habilidade de passar mensagens
lise a interrelação de variáveis múltiplas:
principais com o mínimo de tempo e esforço e,
gerar motivação suficiente para encorajar esse tem­ “As questões que direcionam as atividades de
po e esforço e de fazer visitante ir da visitação ‘pas­ avaliação devem ser questões sobre comuni­
siva’ para a ‘ativa’. No processo para atingir tais cação, aprendizagem e percepções. Assim, a
objetivos, Screven distingue duas maneiras de ob­ unidade de análise da avaliação de programa
servar/testar os visitantes, que podem ser utilizadas e exposição de museus é a interação entre vi­
nos diferentes tipos de avaliação: Cued test no qual sitantes e o ambiente criado pelo museu
o visitante sabe que está sendo observado e testa­ Munley ressalta que a avaliação em museu não
do. Nesse caso, assume-se que a deve se pautar em modelos de aprendizagem for­
“performance dos visitantes mais motivados mal, “mas pela atenção aos processos com o da
reflete melhor a capacidade de comunicação criatividade, formação de conceito e a aquisição
(ensino) dos materiais do que a dos visitantes de atitudes, crenças e valores.” Avaliações devem
que olham e lêem p or si. ” (Screven, 1990: 49). se guiar pelo entendim ento das diferentes ca­
racterísticas do museu enquanto um am biente
Assim, essa forma de teste é mais apropriada de aprendizagem: deve-se levar em conta que a
para informar a capacidade da exposição em trans­ experiência no museu é baseada principalmente na
mitir conteúdos. Já no Non Cued Test o visitante vivência dos objetos e menos em etiquetas e textos
não sabe que está sendo observado e/ou que será escritos (Munley, 1987: 126-127).
testado. Nesse caso avalia-se melhor a capacidade Na conclusão de seu artigo, Munley alerta para
de elementos da exposição (objetos, painéis, tex­ o fato de que avaliações não trarão receitas/fórm u­
tos, displays) de atrair visitantes livres e verificar las para novas exposições e programas, mas auxi­
o grau de atenção dedicado. liarão na identificação de padrões de comportamen­
Para Munley, vários métodos podem ser utili­ to e na compreensão de como o visitante interage
zados para se realizar avaliações, mas a decisão com os diferentes elementos do museu, para que
sobre qual usar deve estar baseada no tipo de in­ se possa sempre melhorar a comunicação com o
formação que se quer obter. público.

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Neste estudo, procuramos apresentar um pano­ po teórico a partir das reflexões e análises das ex­
rama, ainda preliminar, dos estudos de público e periências realizadas. Com a continuidade e apro­
avaliação de exposições, abordando alguns dos te­ fundamento dos estudos acreditamos que será possí­
mas por eles tratados: histórico, tipos de público, vel delimitar com bastante clareza, quais os métodos
tipos de avaliação e métodos de pesquisa. Percebe­ e procedimentos de uma avaliação para cada expo­
mos que a área de pesquisa está ampliando seu cor­ sição museológica, segundo os objetivos propostos.

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Recebido para publicação em 11 de setembro de 1995.

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